Bio 4
Bio 4
Bio 4
4º Unidade
Capítulo XIII
O Que é Genética? 3
Questões do ENEM 12
Capítulo XIV
Cruzamentos, Heredogramas e 2 Lei de Mendel 15
Questões do ENEM 21
Capítulo XV
Ecologia 24
Questões do ENEM 34
Capítulo XVI
Relações Entre Os Seres Vivos 36
Questões do ENEM 39
Organização: Apoio:
2
Capítulo
Utilizando trinta e quatro tipos distintos de ervilhas, escolhidas pela facilidade de con- trolar a
polinização das plantas, o frade então deu início a uma cautelosa série de cruzamentos para tentar obter
novas variedades. O estudo envolveu um planejamento cuidadoso, um espa- ço amostral de quase 30 mil
plantas e, pelas suas próprias contas, mais de oito anos de traba- lho. Com seu labor, Mendel demonstrou
que a presença de diferentes caracteres em gerações
3
Capítulo
consecutivas seguia uma determinada proporção estatística, deduzida através da observação. Antes de
Mendel, a hereditariedade era entendida como um processo de mistura ou diluição, onde as características
dos descendentes constituíam-se em uma espécie de meio-termo das qualidades dos pais. O frade
agostiniano foi pioneiro em aplicar a matemática aos estudos em biologia, e através da estatística derivou
as leis de descendência que hoje levam seu nome.
O trabalho científico do monge austríaco foi o primeiro passo para perceber por que é que um
filho pode ter os olhos do pai e o nariz da mãe. É que, tal como ficou provado com as ervilhas, as
características físicas de uma geração são transmitidas às gerações seguintesO reconhecimento, tal como
aconteceu com a maioria dos génios da História, veio depois da sua morte (6 de Janeiro de 1884), no
início do século XX, quando outros investigadores confirma- ram as teorias de Gregor Mendel. Só nessa
altura a justiça foi feita e foi-lhe dado o título de pai da genética.
Mendel trabalhava com uma característica por vez. Somente quando compreendia o mecanismo
de trasmissão de certa característica é que começava a estudar outra, verificando assim que as regras
valiam para todas as características estudadas.
Cada característica estudadas por Mendel, apresentava duas variedades distintas, como segue:
4
Capítulo
Em seus experimentos, Mendel efetuava o cruzamento entre plantas de linhagem pura que
diferiam apenas em uma característica, como cor da semente. Chamou de híbridos os des- cendentes
desses cruzamentos.
A geração inicial, constituída por indivíduos puros e características distintas (sementes amarelas
e sementes verdes, por exemplo), chamou de geração parental (geração P). Os des- cendentes desse
primeiro cruzamento foram chamados de primeira geração filial (geração F1). Após a autofecundação da
geração F1, surgiu, a segunda geração filial (geração F2).
Cruzando plantas puras de ervilhas que produziam sementes amarelas com plantas puras que
produziam sementes verdes, Mendel obteve em F1 100% de plantas que produziam sementes amarelas,
ou seja a variedade produtora de sementes verdes não apareceu em F1. Analisando os descendentes da
geração F2, Mendel constatou que cerca de 75% das semen- tes eram amarelas e 25% verdes; uma
proporção de 3 sementes amarelas para 1 verde (3 : 1).
Mendel chamou de variedade dominante a que se manifestava na geração F1 e reces- siva aquela
que permanecia oculta em F1 e só reaparecia em F2.
Para explicar esse resultado, Mendel propôs que cada caráter dependeria da ação de um par de
fatores ou partículas, hoje conhecidos como genes. Esses fatores existiriam natural- mente nas células dos
organismos e seriam transmitidos aos descendentes por meio dos ga- metas. Durante a formação dos
gametas haveria a separação desses fatores, de modo que cada gameta receberia apenas um fator de cada
par.
5
Capítulo
Na 1ª Lei de Mendel é considerada a herança de apenas um caráter por vez, falando então em
monoibridismo.
Mendel concluiu que: Cada caractere é determinado por um par de fatores que se se- param na
formação dos gametas, indo apenas um dos fatores do par para cada gameta. Para entendermos genética, é
necessário que saibamos alguns termos usados neste estudo:
6
Capítulo
Genes alelos - São genes que formam pares e estão no mesmo lócus do cromosso- mo
homólogo.
Tamanho do Pé Tamanho do Pé
Cor de Cabelo Cor de Cabelo
7
Capítulo
Probabilidade Genética
É usada para estimar matematicamente resultados que ocorrem ao acaso. A probabilidade de um
evento ocorrer é definida pelo quociente entre o número de eventos desejados e o número total de eventos
possíveis que constitui o espaço amostral.
A fórmula é a seguinte:
Probabilidade de um evento
= Número de eventos desejados ( A )
ocorrer ( P)
Número total de eventos possíveis ( S )
Um exemplo: Quando jogamos uma moeda para cima, temos duas possibilidades de
resultado: ela cair com a face “cara” voltada para cima, ou com a face “coroa” voltada para cima.
Portanto temos duas possibilidades. A possibilidade de sair cara é de 1/2 ou 50%, pois temos uma
chance (sair cara) em duas possibilidades (cara ou coroa).
8
Capítulo
Assim como:
A probabilidade é um evento esperado, uma possibilidade, portanto, não é certeza que vá ocorrer.
Quanto mais repetições ocorrerem, mais chances a previsões terão de dar certo.
Quando utilizamos cálculos de probabilidades em genética, não podemos dizer que os indivíduos
que irão nascer terão obrigatoriamente os genótipos calculados, pois é questão de sorte. Quanto mais
indivíduos nascerem, mais chances dos resultados práticos se aproxima- rem dos cálculos.
Regra do “e”
Quando a ocorrência de um evento não afeta a ocorrência do evento seguinte, dizemos que eles
são independentes. Quando queremos calcular a probabilidade da ocorrência de eventos independentes de
uma vez só, utilizamos a regra do “e”.
Exemplo
Se jogarmos duas moedas para cima, qual a probabilidade de sair “cara” nas duas?
Resposta
O fato de sair “cara” em uma moeda não afeta a chance de sair “cara” na outra. Quan- do
acontece esse tipo de evento, multiplicamos as probabilidades dos eventos independen- tes:
9
Capítulo
R = 1/4 ou 25%
R = 1/4 ou 25%
Exemplo
Resposta
O nascimento da primeira filha não afeta a chance de o segundo filho ser do sexo fe- minino,
pois a segregação dos alelos de um gene é tão ao acaso quanto jogar uma moeda para cima e obter
“cara” ou “coroa”. Portanto:
R = 1/4 ou 25%
Regra do “ou”
A regra do “ou” é utilizada quando queremos calcular a probabilidade de ocorrer um evento ou
outro numa mesma oportunidade.
Exemplo
Resposta
Esses dois eventos não ocorrem juntos, pois é um ou o outro, logo são mutuamente
exclusivos. Quando temos esse tipo de situação, somamos as duas probabilidades:
10
Capítulo
R=1
Exemplo
Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos, sendo um menino e uma menina?
Resposta
Ou
R = 1/2
11
Capítulo
(UFC CE) - Alguns estudos com gêmeos idênticos mostraram que o QI, a altura e os talentos artísticos
podem ser diferentes entre esses indivíduos. A melhor explicação para essas diferenças é que:
A) a hereditariedade e o ambiente não possuem influência sobre a expressão dos fenótipos.
B) o ambiente e os genes interagem no desenvolvimento e expressão das características herdadas.
C) o genótipo dos gêmeos depende da interação da dieta e do controle hormonal.
D) as características QI, altura e talentos artísticos dependem apenas do ambiente.
E) os alelos responsáveis por essas características possuem efeito fenotípico múltiplo.
(Unimes SP) - A cor da porção suculenta do caju é determinada por um par de alelos. O alelo recessivo
condiciona cor amarela e o alelo dominante, cor vermelha. Qual a porcentagem
esperada para coloração dos pseudofrutos dos cajueiros, resultante de cruzamentos entre plantas
heterozigóticas com pseudofrutos vermelhos?
A) 50% cajus vermelhos e 50% cajus amarelos.
B) 25% cajus vermelhos e 75% cajus amarelos.
C) 75% cajus vermelhos e 25% cajus amarelos.
D) 100% cajus vermelhos.
E) 100% cajus amarelos.
(PUC PR) - Quando duas populações da espécie vegetal 'Zea mays' (milho), uma homozigota para o
alelo dominante (AA) e uma homozigota para um alelo recessivo (aa), são cruzadas, toda a
descendência da primeira geração (F1) assemelha-se ao tipo parental
dominante (Aa), embora seja heterozigota. Porém, quando a geração F1 se intercruza, a proporção fenotípica
mendeliana 3:1 aparecerá na geração F2, pois os genótipos serão:
A) 1/2 AA e 1/2 aa
B) 1/4 AA, 1/2 Aa e 1/4 aa
C) 1/3 AA e 1/4 aa
D) 1/4 Aa, 1/2 AA e 1/4 aa
E) É impossível determinar os genótipos utilizando os dados acima.
Se um rato cinzento heterozigótico for cruzado com uma fêmea do mesmo genótipo e com ela tiver
dezesseis descendentes, a proporção mais provável para os genótipos destes últimos deverá ser:
A) 4 Cc : 8 Cc : 4 cc
B) 4 CC : 8 Cc : 4 cc
C) 4 Cc : 8 cc : 4 CC
12
Capítulo
D) 4 cc : 8 CC : 4 Cc
E) 4 CC : 8 cc : 4 Cc
A) VV x BB
B) VB x VB
C) VB x VV
D) VB x BB
E) BB x BB
C) os gametas são puros, ou seja, apresentam apenas um componente de cada par de fatores considerado.
O albinismo, a ausência total de pigmento é devido a um gene recessivo. Um homem e uma mulher
planejam se casar e desejam saber qual a probabilidade de terem um filho albino. O que você lhes diria
se ( a ) embora ambos tenham pigmentação normal, cada um tem um
genitor albino; ( b ) o homem é um albino, a mulher é normal mas o pai dela é albino; ( c ) o homem é albino e na
família da mulher não há albinos por muitas gerações. As respostas para estas três questões, na seqüência em que
foram pedidas, são:
B) 25%; 50%; 0%
C) 100%; 50%; 0%
13
Capítulo
(UECE) - Um grupo de coelhos de mesmo genótipo foi mantido junto em uma gaiola e produziu 27
animais de coloração escura para 9 de coloração clara. Admitindo-se para C o gene dominante e c para
o gene recessivo, qual o genótipo dos animais, respectivamente para machos e fêmeas?
A) CC x cc
B) Cc x CC
C) cc x cc
D) CC x CC
E) Cc x Cc
14
Capítulo
Cruzamento-teste
Um fenótipo dominante pode resultar tanto de um genótipo homozigoto dominante quanto de um
genótipo heterozigoto. Portanto, às vezes você sabe que um indivíduo tem fenótipo dominante, mas não
tem certeza de seu genótipo. Essa dúvida pode ser resolvida pelo cruzamento-teste, que consiste em
cruzar tal indivíduo com um homozigoto recessivo e observar o proporção fenotípica da prole. Vamos
exemplificar novamente através do albinismo.
15
Capítulo
Assim, concluímos que a proporção fenotípica resultante do cruzamento entre plantas róseas com
co-dominância é de 1 : 2 : 1.
Em camundongos um gene dominante A determina pigmentação amarela dos pêlos, e seu alelo
recessivo a determina um padrão de pigmentação acinzentada denominada aguti. Observou-se que o
cruzamento de ratos amarelos entre si sempre resulta em uma prole na qual há 2 indivíduos amarelos
para cada aguti (2 : 1).
A presença dos descendentes aguti indica que os pais amarelos são heterozigotos. E, neste caso, a
proporção fenotípica esperada entre descendentes dominantes (amarelos) e recessivos (agutis) é de 3 : 1.
A explicação para o aparecimento da inesperada proporção 2 : 1 é o fato de que indivíduos homozigotos
dominantes (A A) morrem ainda no estágio embrionário.
Heredograma
No caso da espécie humana, em que não se pode realizar experiências com cruzamentos
dirigidos, a determinação do padrão de herança das características depende de um levantamento do
histórico das famílias em que certas características aparecem. Isso permite ao geneticista saber se uma
dada característica é ou não hereditária e de que modo ela é herdada. Esse levantamento é feito na
forma de uma representação gráfica denominada heredograma (do latim heredium, herança), também
conhecida como genealogia ou árvore genealógica.
16
Capítulo
Indivíduos do sexo masculino são representados por um quadrado, e os do sexo femi- nino, por
um círculo. O casamento, no sentido biológico de procriação, é indicado por um traço horizontal que une
os dois membros do casal. Os filhos de um casamento são representados por traços verticais unidos ao
traço horizontal do casal.
17
Capítulo
1ª. Em cada casal, o homem deve ser colocado à esquerda, e a mulher à direita, sempre que for
possível.
2ª. Os filhos devem ser colocados em ordem de nascimento, da esquerda para a di-
reita.
3ª. Cada geração que se sucede é indicada por algarismos romanos (I, II, III, etc.).
Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, da esquer- da para a
direita. Outra possibilidade é se indicar todos os indivíduos de um heredograma por algarismos
arábicos, começando-se pelo primeiro da esquerda, da primeira geração.
A análise dos heredogramas pode permitir se determinar o padrão de herança de uma certa
característica (se é autossômica, se é dominante ou recessiva, etc.). Permite, ainda, des- cobrir o genótipo
das pessoas envolvidas, se não de todas, pelo menos de parte delas. Quando um dos membros de uma
genealogia manifesta um fenótipo dominante, e não conseguimos determinar se ele é homozigoto
dominante ou heterozigoto, habitualmente o seu genótipo é in- dicado como A-, B- ou C-, por exemplo. A
primeira informação que se procura obter, na análise de um heredograma, é se o caráter em questão é
condicionado por um gene dominante ou re- cessivo. Para isso, devemos procurar, no heredograma, casais
que são fenotipicamente iguais e tiveram um ou mais filhos diferentes deles. Se a característica
permaneceu oculta no casal, e se manifestou no filho, só pode ser determinada por um gene recessivo.
Pais fenotipicamente iguais, com um filho diferente deles, indicam que o caráter presente no filho é
recessivo! Uma vez que se descobriu qual é o gene dominante e qual é o recessivo, vamos agora localizar
os homozigotos recessivos, porque todos eles manifestam o caráter recessivo. Depois disso, po- demos
começar a descobrir os genótipos das outras pessoas. Devemos nos lembrar de duas coisas:
1ª. Em um par de genes alelos, um veio do pai e o outro veio da mãe. Se um indiví- duo é
homozigoto recessivo, ele deve ter recebido um gene recessivo de cada ancestral.
2ª. Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele envia o gene recessivo para todos os seus
filhos. Dessa forma, como em um “quebra-cabeças”, os outros genótipos vão sen- do descobertos.
Todos os genótipos devem ser indicados, mesmo que na sua forma par- cial (A-, por exemplo). Por
exemplo:
18
Capítulo
Em uma árvore desse tipo, as mulheres são representadas por círculos e os homens por
quadrados. Os casamentos são indicados por linhas horizontais ligando um círculo a um quadrado. Os
algarismos romanos I, II, III à esquerda da genealogia representam as gerações. Estão representadas três
gerações. Na primeira há uma mulher e um homem casados, na se- gunda, quatro pessoas, sendo três do
sexo feminino e uma do masculino. Os indivíduos presos a uma linha horizontal por traços verticais
constituem uma irmandade. Na segunda geração ob- serva-se o casamento de uma mulher com um
homem de uma irmandade de três pessoas.
Busque mais informações sobre albinismo Busque mais informações sobre sistema ABO
A combinação (probabilidade) das distintas configurações possíveis, quanto à separa- ção dos
fatores, permitem a formação de variados gametas, o que ocasiona maior variabilidade genética. Segue
abaixo, um exemplo prático da Segunda lei de Mendel:
Gameta → RV Gameta → rv
19
Capítulo
Deste cruzamento são originados exemplares vegetais de ervilha 100% heterozigóticos RrVv,
com característica lisa e amarela (geração F1 – primeira geração filial).
A partir do cruzamento entre organismos da geração F1, são formados quatro tipos di- ferentes
de gametas e dezesseis formas possíveis de combinações entre estes, constituindo prováveis genótipos dos
indivíduos que poderão surgir após fecundação (geração F2).
20
Capítulo
(FUVEST-SP) - Dois genes alelos atuam na determinação da cor das sementes de uma planta: A,
dominante, determina a cor púrpura e a, recessivo, determina a cor amarela. A tabela abaixo apresenta
resultados de vários cruzamentos feitos com diversas linhagens dessa planta:
CRUZAMENTO RESULTADO
I x aa 100% púrpura
A) I e II
B) II e III
C) II e IV
D) I e IV
E) III e IV
(MED. SANTO AMARO) - Do primeiro cruzamento de um casal de ratos de cauda média nasceram
dois ratinhos de cauda média e um ratinho de cauda longa. Foram então feitas várias suposições a
respeito da transmissão da herança desse caráter. Assinale a que lhe parecer mais correta.
(UFPA) - Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceçã
21
Capítulo
A) Há fatores definidos (mais tarde chamados genes) que determinam as características hereditárias.
B) Uma planta possui dois alelos para cada caráter os quais podem ser iguais ou diferentes.
D) Na fecundação, a união dos gametas se dá ao acaso, podendo-se prever as proporções dos vários tipos de
descendentes.
E) Os fatores (genes) responsáveis pela herança dos caracteres estão localizados no interior do núcleo, em
estruturas chamadas cromossomos.
(FEEQ-CE-79) - O heredograma representado abaixo refere-se a uma família com casos de albinismo
(anomalia que se caracteriza por total ausência do pigmento melanina na pele).
E) O albinismo é um caráter dominante porque o indivíduo de número 4 é albino e filho de pais normais.
(UFC-CE-83) Olhos castanhos são dominantes sobre os olhos azuis. Um homem de olhos castanhos, filho de pai de olhos
A) 25%
B) 50%
C) 0%
D) 100%
E) 75%
22
Capítulo
A) unicamente morfológicas.
E) hereditárias
E) apenas amarelos
23
Capítulo
Na natureza a sobrevivência é uma questão de sorte ou azar, pois compete a cada um tirar
vantagens de seus atributos e conseguir a difícil luta por espaço e alimentos. O relaciona- mento entre os
seres entre si e com o ambiente constitui o grande tema que estudaremos a se- guir: a ecologia.
Ecologia vem do grego “oikos” que significa ‘casa’ e logos que significa estudo. Para que
possamos entender Ecologia, precisamos interpretar alguns conceitos básicos:
Biosfera
Os seres vivos encontram-se disseminados pelas três
partes fundamentais da Terra: a atmosfera; a litosfera, integrada
pela crosta terrestre e pelo manto que a recobre; e a hidrosfera,
conjunto das águas superficiais do planeta.
24
Capítulo
25
Capítulo
Resumindo:
Fatores Abióticos
Abiótico ( A =não, bio = vida)
Em ecologia, denominam-se fatores abióticos todas as influências que os seres vivos possam
receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-quími- cos do meio
ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, etc.
Fatores abióticos:
• regime climático;
• temperatura;
26
Capítulo
• luz;
• pH;
• umidade;
• solo;
Fatores Bióticos
Bio= vida
Em ecologia, chamam-se fatores bióticos todos os elementos causados pelos orga- nismos em
um ecossistema que condicionam as populações que o formam.
Por exemplo, a existência de uma espécie em número suficiente para assegurar a ali- mentação
de outra condiciona a existência e a saúde desta última. Muitos dos fatores bióticos podem traduzir-se nas
relações ecológicas que se podem observar num ecossistema, tais como a predação, o parasitismo ou a
competição.
Fatores bióticos:
• produtores;
• macroconsumidores;
• microconsumidores.
Habitat
• Endereço” do indivíduo;
27
Capítulo
Nicho Ecológico
• Papel que o indivíduo desempenha na natureza.
• “Profissão” do indivíduo
Cadeia Alimentar
As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande
corrente. O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, transferindo-lhes a
matéria que forma seus corpos e a energia que acumulam para realizar as suas funções vitais
A matéria está constantemente ciclando dentro de um ecossistema, ou dito de outra forma, o que
os seres vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido assim desde do iní- cio da existência da vida
da terra, até os dias de hoje. Trata-se de um ciclo eterno.
Além da matéria, a energia também passa por todos os componentes de um ecossiste- ma, só
que, no entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que significa que a energia não retorna ao
ecossistema como a matéria..
Como podemos notar, os ecossistemas possuem uma constante passagem de matéria e energia de
um nível para outro até chegar nos decompositores, os quais reciclam parte da matéria total utilizada
neste fluxo. A este percurso de matéria e energia que se inicia sempre por um produtor e termina em
um decompositor, chamamos de cadeia alimentar.
Obrigatoriamente, para existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produto- res e os
decompositores. Entretanto não é isso o que acontece na realidade, pois outros com- ponentes estão
presentes.
28
Capítulo
Desta forma a melhor maneira de se estudar uma cadeia alimentar, é através do co- nhecimento
dos seus componentes, ou seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os componentes de
todas as cadeias de uma forma geral podem ser enquadrados dentro das seguintes categorias:
Produtores - são todos os seres que fabricam o seu próprio alimento, através da fo-
tossíntese, sendo neste caso as plantas, sejam elas terrestres ou aquáticas;
Animais - os animais obtém sua energia e alimentos comendo plantas ou outros ani- mais,
pois não realizam fotossíntese, sendo, portanto incapazes de fabricarem seu próprio alimento.
Detalhe de dois cogumelos na serrapilheira (camada de folhas em decomposição) no solo de uma flo- resta. Os c
Em um ecossistema aquático, como uma lagoa por exemplo, poderíamos estabelecer a seguinte
sequência:
Ecossistema Aquático
29
Capítulo
30
Capítulo
de pequeno porte;
Tratam-se de consumidores de
porte maior que alimentam- se dos
Consumidores terciários
consumidores secundários;
Exemplos de cadeia de maior complexidade (teias alimentares). Podemos notar entre- tanto, que
a cadeia alimentar não mostra o quão complexas são as relações tróficas em um ecossistema. Para isso
utiliza-se o conceito de teia alimentar, o qual representa uma verdadei- ra situação encontrada em um
ecossistema, ou seja, várias cadeias interligadas ocorrendo si- multaneamente.
31
Capítulo
Muitas vezes temos a impressão que a Terra recebe uma quantidade diária de luz, maior do que a
que realmente precisa. De certa forma isto é verdade, uma vez que por maior que seja a eficiência nos
ecossistemas, os mesmos conseguem aproveitar apenas uma peque- na parte da energia radiante. Existem
estimativas de que cerca de 34% da luz solar seja refleti- da por nuvens e poeiras; 19% seria absorvida
por nuvens, ozônio e vapor de água. Do restan- te, ou seja 47%, que chega a superfície da terra boa parte
ainda é refletida ou absorvida e transformada em calor, que pode ser responsável pela evaporação da
água, no aquecimento do solo, condicionando desta forma os processos atmosféricos. A fotossíntese
utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da energia total que alcança a superfície total. É importante
sa- lientar, que os valores citados acima são valores médios e nãos específicos de alguma locali- dade.
Assim, as proporções podem - embora não muito - variar de acordo com as diferentes re- giões do País ou
mesmo do Planeta.
Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia disponível diminui à medida
que é transferida de um nível trófico para outro. Assim, nos exemplos dados anterior- mente de cadeias
alimentares, o gafanhoto obtém, ao comer as folhas da árvore, energia quí- mica; porém, esta energia é
muito menor que a energia solar recebida pela planta. Esta perda nas transferências ocorrem
sucessivamente até se chegar aos decompositores.
32
Capítulo
Relação entre número de organismos e tamanho corpóreo em cada nível trófico de uma cadeia alimentar
33
Capítulo
O conjunto do ambiente físico e dos organismos que nele vivem é conhecido como:
A) biótopo
B) ecossistema
C) biomassa
D) bioma
E) comunidade
(MOGI) Ao conjunto de indivíduos de diferentes espécies habitando determinada área dá-se o nome
de:
A) ecossistema
B) comunidade
C) população
D) bioma
E) biosfera
Com relação aos conceitos de habitat e nicho ecológico, marque a opção correta relaciona- da
abaixo:
E) preás podem ocupar o mesmo habitat, mas têm nichos ecológicos diferentes
34
Capítulo
Suponha que em um terreno coberto de capim gordura vivem saúvas, gafanhotos, pardais, preás e
ratos-docampo.
A) cinco populações.
B) seis populações.
C) duas comunidades.
D) seis comunidades.
E) dois ecossistemas
(UA-AM) A posição de uma espécie num ecossistema ao nível de desempenho funcional chama-
se:
C) plasticidade ecológica
D) produtividade primária
E) territorialidade social
35
Capítulo
Relações Harmônicas
Interespecíficas:
36
Capítulo
Intra-Específicas:
37
Capítulo
Intra-Específicas (Homotípicas)
38
Capítulo
(UNICAMP) Que tipos de associações podem ser identificados nas frases a seguir?
B) Dentro do tubo de alguns poliquetos (“minhocas do mar”) vivem pequenos crustáceos que retiram ali- mento da
água que circula pelo tubo.
C) A criação de gado bovino nas savanas africanas prejudica rebanhos de herbívoros nativos.
D) Os pulgões retiram seiva elaborada das plantas, e o excesso de açúcar é eliminado com suas fezes, que servem
de alimento às formigas que os protegem.
B) Colônia
C) Canibalismo
D) Mutualismo
(PUC-MG) Entre as abelhas melíferas que não possuem ferrão, existe uma espécie que inva- de a
colméia de outra, a fim de roubar o mel elaborado por elas. O tipo de relação ecológica descrito é:
A) Parasitismo
B) Predatismo
C) Amensalismo
D) Esclavagismo
E) Mutualismo
(UERJ) Ervas de passarinho são plantas que retiram de outras plantas água e sais minerais. Seus frutos
atraem aves que, por sua vez, irão dispersar as suas sementes. Os tipos de inte- rações entre seres vivos
exemplificadas acima também são desenvolvidas, respectivamente pelas seguintes duplas:
39
Capítulo
(FUVEST) Várias espécies de eucaliptos produzem certas substâncias que, dissolvidas pelas águas da
chuva e transportadas dessa maneira ao solo, dificultam o crescimento de outros vegetais. Por essa
razão, muitas florestas de eucaliptos no Brasil não possuem plantas her- báceas ou gramíneas à sua
sombra. O fato descrito ilustra um exemplo de:
A) Competição intra-específica
B) Mutualismo
C) Comensalismo
D) Predatismo
E) Amensalismo
40