Ausculta PULMONAR
Ausculta PULMONAR
Ausculta PULMONAR
Ausculta Pulmonar
A ausculta torácica é uma técnica diagnóstica muito antiga. Hipócrates já recomendava colocar
o ouvido em contato com a superfície do tórax de seus pacientes para a percepção dos sons
“provenientes do meio interno”. Lembrem que naquela época não existia estetoscópio,
usando- se a ausculta imediata.
Para realização da ausculta pulmonar o ambiente deve estar silencioso e o paciente sentado
com o tórax exposto ou descoberto. No inverno isso não é tão fácil, mas essa é a forma ideal.
Irá se falar para o paciente “Respire mais profundamente pela boca e com os lábios
entreabertos, sem fazer ruídos”
Ausculta Pulmonar Mediata: técnicas utilizadas atualmente, as quais contam com um aparelho
para mediar esse contato, no caso o estetoscópio.
1.3) Definição
Ausculta pulmonar: ato ou efeito de auscultar com o paciente sentado e com tórax descoberto
respirando de boca entreaberta. Do latim auscultare, o verbo auscultar é utilizado no contexto
médico para se referir à ação de ouvir os sons produzidos no interior do corpo humano com a
finalidade de chegar a algum diagnóstico.
É entendida como um método de avaliação clínica, que consiste em escutar os sons produzidos
pelo aparelho respiratório intra e extratorácico, no sentido de valorizar e diferenciar os ruídos
respiratórios normais dos anormais. Cada um tem sua interpretação específica.
-Finalidade: perceber os ruídos normais e patológicos que são gerados durante a respiração em
um intento deliberado de deduzir o estado funcional e/ou estrutural do pulmão, seja este
normal ou patológico.
Classificação
SOM: É a vibração mecânica de um meio elástico gasoso, líquido ou sólido, através do qual a
energia proveniente de uma fonte é transmitida por ondas sonoras sucessivas; Vibrações
audíveis criadas por regiões alternadas de compressão e rarefação de ar.
Altura: depende da freqüência (nº de ciclos ou vibrações por segundo ou hertz-Hz) Elevada
freqüência = Som agudo, já uma Baixa freqüência = Som grave
Intensidade: depende de amplitude das vibrações (onda sonora), fonte produtora, distância a
percorrer desde essa fonte, meio no qual as vibrações passam, segundo estes fatores se
percebe como Som forte ou fraco, Mede-se em decibel (dB)
Quanto mais alto é o som, mais intenso ele é caracterizado. Relaciona-se com a amplitude da
onda sonora, a qual é dependente da fonte de origem dessas ondas.
Timbre ou qualidade: diferença que pode ser percebida entre duas notas da mesma
intensidade e altura. Varia segundo a natureza do corpo em vibração (Som vesicular=apagado e
Som brônquico=claro).
3) Sons normais
Os Sons normais da respiração são o bronquial (ou traqueal) - mais grave - e o vesicular (ou
murmúrio vesicular) - mais apagado
Detalhando...
Caráter de sopro
Agudo
Som suave
Grave
Sussurro do vento
Relação 3/1 ou 2/1 I e E, sem pausa
Audível no restante do tórax com variações regionais
Mais auscultado
Obs.: Dinâmica dos fluídos -O local exato da origem dos sons ainda é incerto, porém, a fonte
de todos os sons respiratórios normais é a turbulência gerada pelo fluxo do ar nas vias aéreas,
transmitida através do parênquima e da parede torácica. Ou seja, que estão relacionados com
o padrão do fluxo do ar nas vias aéreas. Para ocorrer som, tem que ter uma viração, por isso
associar quais as partes das vias aéreas são capazes de realizar essa vibração. Se relaciona com
o padrão de fluxo das vias aéreas
Nas primeiras gerações bronquiais o fluxo é rápido e turbulento ou desordenado com colisão
de bolsões de ar. Nos brônquios periféricos o fluxo é lento e laminar (silencioso). Na zona
intermédia o fluxo é interrompido por vórtices ou redemoinhos
Os sons respiratórios provavelmente só possam originar-se nas vias aéreas aonde a condição
do fluxo é apropriada para aparecimento de oscilações (vibrações) ou turbulência. Uma origem
adicional será o som produzido pelos redemoinhos da via aérea intermediária. Acredita-se que
o som bronquial seja proveniente de vias aéreas mais centrais que aquelas que dão origem ao
murmúrio vesicular.
Som Bronquial: na consolidação. Na pneumonia com consolidação vai ter o frêmito (?)
aumentado e o som brônquico brônquico vesicular e uma ( não ouvi)maciça.
5)Sons Pleuropulmonares
Ruídos ou Sons Adventícios ou Anormais: o fluxo de ar pelo trato respiratório pode produzir,
em algumas situações, sons anormais, também chamados ruídos ou sons adventícios. Embora
os ruídos adventícios possam ser produzidos transitoriamente em pulmões de indivíduos
normais, eles revelam uma anormalidade de base quando estão presentes em respirações
sucessivas.
Sons contínuos: de caráter musical, som que dura 250 ms ou mais dentro do ciclo,
representados pelos Sibilos (mais agudos) e Roncos (mais graves) e o som da semi-obstrução
da laringe ou traquéia que é o Estridor ou Cornagem
estão confinados à inspiração. Semelhantes a queima de sal grosso no fogo. Gerados pela
energia acústica das mini explosões do fluxo aéreo produzidas pela abertura súbita sequencial
das vias aéreas previamente colapsadas com rápida equalização da pressão. Colapsada se abre
e propriamente passa ar, causando então as crepitações.
Acontecem associados com processos que causam acúmulo de fluidos no espaço alveolar ou
intersticial. Equalização explosiva das pressões gasosas entre dois compartimentos
pulmonares, quando uma seção fechada das vias aéreas, os separando, subitamente se abre (*).
Podem também originar-se nas vibrações do ar ao cruzar com secreções (estes podem
desaparecer com a tosse). Isso é comum das vias aéreas grossas (?)
Equalização explosiva das pressões gasosas entre dois compartimentos pulmonares, quando
uma seção fechada das vias aéreas, os separando, subitamente se abre. Em condições
patológicas em que a complacência pulmonar está diminuída, o que facilita o fechamento das
pequenas vias aéreas na expiração (fibrose intersticial, edema e consolidação pulmonar
São Sons Adventícios Contínuos e de duração 250ms (ATS) o que lhe confere o caráter
musical. Que podem ser ouvidos durante a inspiração e expiração, ou só durante a expiração
Os sons adventícios contínuos são os Roncos (< freqüência – 200 Hz) e os Sibilos (> freqüência –
400Hz). Originados pelas rápidas vibrações produzidas pela passagem do fluxo aéreo em ótima
ou alta velocidade através de brônquios de mais de 2 mm e com calibre estreitado, com suas
paredes quase ao ponto de fechar-se (“palheta de instrumento musical”).
Essa passagem de ar tem efeito de sucção sobre as paredes das vias aéreas, que são puxadas
para dentro e começam a vibrar. A vibração emite um som cujas características dependem: 1.
das características da parede do brônquio; 2. do grau de estreitamento e 3. da velocidade do
fluxo de gás.
O timbre (mais agudo ou grave) não está relacionado com o local anatômico da obstrução (via
aérea mais proximal ou mais distal), mas com o grau de estreitamento das vias aéreas em
relação à velocidade do fluxo por elas.
Hipersecreção brônquica;
Em adultos, as principais condições clínicas que cursam com sibilos são a Asma
e a DPOC.
Sibilos e Roncos:
Estridor: ruído adventício contínuo, de tom musical, mais intenso na inspiração, melhor audível
no pescoço do que no tórax. Ocorre nas obstruções parciais, porém extensas, da laringe ou
traquéia.
Atrito Pleural : fricção entre os dois folhetos pleurais, durante o movimento respiratório, pode
causar ruído adventício, quando estes se tornam inflamados. Este som é audível durante a
inspiração e/ou expiração e pode intensificar-se com o aumento da pressão do estetoscópio
sobre a parede torácica. Sua gênese sonora não é bem determinada.
Auscultação da voz
Procedimento que consiste em auscultar o tórax do paciente enquanto ele repete as palavras
“trinta e três” em voz alta;
A intensidade do som transmitido à parede torácica tem a mesma distribuição que descrita
para o frêmito tóracovocal.
Egofonia: broncofonia de qualidade nasalada e metálica. Parte superior dos derrames pleurais
e condensação pulmonar.
Sons respiratórios
Sons adventícios