Manual Compras Licitacoes
Manual Compras Licitacoes
Manual Compras Licitacoes
MANUAL DE
COMPRAS E LICITAÇÕES
4ª Edição
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 1
4ª Edição – 2023
Conforme Portaria GP n.10, de 08 de fevereiro de 2023.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 2
Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
2. VISÃO GERAL............................................................................................................................ 4
2.1. A NOVA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ................................................................... 4
2.2. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES ...................................................................... 5
2.3. PLANEJAMENTO............................................................................................................... 7
2.4. PLANO DE CONTRATAÇÕES ANUAL (PCA) ..................................................................... 9
3. DOCUMENTO DE FORMALIZAÇÃO DE DEMANDA (DFD) ..................................................... 12
4. ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR (ETP) ................................................................................. 14
4.1. CONTEÚDO ..................................................................................................................... 16
5. TERMO DE REFERÊNCIA (TR)................................................................................................ 33
5.1. CONTEÚDO ..................................................................................................................... 34
5.2. ELABORAÇÃO DE ETPs E TRs PADRONIZADOS............................................................ 67
6. ORIENTAÇÕES AOS(ÀS) PREGOEIROS(AS) ......................................................................... 70
7. MODALIDADES DE CONTRATAÇÃO ...................................................................................... 73
7.1. LICITAÇÃO ....................................................................................................................... 73
7.2. CONTRATAÇÃO DIRETA ................................................................................................. 74
8. PROAD .................................................................................................................................... 81
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 3
1. INTRODUÇÃO
A edição da Lei nº 14.133/2021, denominada Nova Lei de Licitações e Contratos,
desencadeou um ciclo ímpar para o mundo jurídico. Muitos juristas se esforçam para
investigá-la. Estudiosos passam a escrever e reescrever livros e artigos. Teorias são
repensadas, diversas críticas e controvérsias são apresentadas. Aos poucos, a norma
abstrata começa a se assentar no dia a dia dos Órgãos Públicos.
Seguindo a mesma linha das edições anteriores, esta edição foi construída com base
nos conhecimentos científicos e empíricos dos(as) servidores(as) envolvidos(as)
diariamente nos processos licitatórios, contratuais, gerenciais e fiscalizatórios que
envolveram o TRT-2 nos últimos anos, não com um olhar apenas ao passado, como
também voltado ao futuro e à operacionalização do novo diploma legal.
2. VISÃO GERAL
Compete aos titulares das áreas demandantes, que atuarão na gestão do futuro
contrato, detalharem, inicialmente, o objeto da contratação, em razão dos aspectos
funcionais da contratação.
Presidência do Tribunal
Diretoria-Geral da Administração
Assessoria Jurídico-Administrativa
1
Competência delegada conforme Ato GP nº 22/2020, Art. 1º, inciso XLIV.
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Secretaria de Auditoria
2.3. PLANEJAMENTO
Cabe frisar que o artigo 18 da NLLC estabelece que a fase preparatória do processo
licitatório é caracterizada pelo planejamento e deve ser compatibilizada com o
Plano de Contratações Anual (PCA), sempre que elaborado, e com as leis
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 8
Após esse passo, é necessário garantir os recursos para que os projetos e ações que
geram despesas possam ser concretizados. E não estamos falando apenas das novas
atividades, já que não podemos descuidar dos serviços contínuos, das manutenções
regulares, entre outros.
Objetivos do PCA
Escopo
Não Escopo
Requisitos
• Prioridade A: Para contratações com valores a partir de 20x (vinte vezes) o valor
do Art. 75, caput, inciso II da Lei 14.133/21 2;
• Prioridade B: Para contratações com valores entre os valores limites das
prioridades A e C;
• Prioridade C: Para contratações com valores até 2x (duas vezes) o valor Art. 75,
caput, inciso II da Lei 14.133/21 3.
Revisões
Durante o ano de sua execução, o PCA poderá ser revisado e alterado nas seguintes
hipóteses:
2
Ver valores no endereço: https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes, documento “Limite de Dispensa
de Licitação”
3
Ver valores no endereço: https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes, documento “Limite de Dispensa
de Licitação”
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 12
ATENÇÃO:
• O DFD é o instrumento que subsidiará a elaboração do
Plano de Contratações Anual.
• O DFD deve, obrigatoriamente, ser juntado como
documento inicial do PROAD de contratação.
• Toda contratação não prevista no PCA deverá ser
motivada, de forma que o pedido excepcional deverá
ser justificado.
• Mesmo sendo uma contratação excepcional, que não
esteja prevista no PCA, o DFD deverá ser apresentado
juntamente com o ETP/TR, utilizando-se do modelo
disponível na intranet.
O TRT2 já criou um modelo de DFD, que deverá ser seguido pela unidade demandante
e está disponível neste link:
https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes
O documento será revisado com frequência, motivo pelo qual recomenda-se que a
consulta ao link acima se realize a cada nova necessidade de elaboração, com o
intuito de mantê-lo atualizado.
O artigo 6º, inciso XX, da NLLC conceitua o ETP como sendo o documento constitutivo
da primeira etapa do planejamento de uma contratação, que caracteriza o interesse
público envolvido e a sua melhor solução e dá base ao anteprojeto, ao termo de
referência ou ao projeto básico a serem elaborados caso se conclua pela viabilidade
da contratação.
https://in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.922-de-30-de-dezembro-de-2021-
371513785
ATENÇÃO:
Ainda que dispensado o ETP, será necessária a
elaboração do DFD.
O TRT2 já criou um modelo de ETP, que deverá ser seguido pelo demandante e está
disponível neste link:
https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes
O documento será revisado com frequência, motivo pelo qual recomenda-se que a
consulta ao link acima se realize a cada nova necessidade de elaboração, com o
intuito de mantê-lo atualizado.
Por fim, abaixo encontra-se um acórdão do TCU que elucida a importância da Etapa
de Estudos Técnicos Preliminares:
4.1. CONTEÚDO
Outra questão relevante é que antes de se optar por qualquer contratação deve ser
verificada a possibilidade de execução direta dos serviços, ou seja, por meio dos
próprios servidores. Isso se deve ao fato de que alguns tipos de contratação de
serviços são considerados “Terceirização Ilícita”.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 17
4.1.2) Histórico
É preciso pesquisar todos os tipos de soluções que o mercado tem a oferecer e que
seriam capazes de suprir a demanda, inclusive analisando se o próprio Tribunal
poderia atender à necessidade. Além disso, é nesta fase que também se analisam
quais as vantagens e desvantagens de cada solução. Esse estudo servirá para auxiliar
a Área Demandante a tomar a melhor decisão na escolha da solução a ser contratada.
Sem que isso seja feito, não é possível afirmar que um produto ou serviço adquirido é
a opção mais vantajosa para o Tribunal.
Sempre que necessário o ETP deve contemplar a análise de como será realizada a
transferência do conhecimento e os direitos de propriedade intelectual da solução
contratada para o Tribunal. Com isso o Tribunal evitará a dependência excessiva com
relação à contratada e o desconhecimento dos processos de trabalho e tecnologias
utilizadas. Desse modelo deverão ser definidos os procedimentos que serão utilizados
para a transferência de conhecimento (reuniões, treinamentos, material e
documentos disponibilizados, cronograma para a transferência, entre outros).
A fase de ETP também é o momento para avaliar as ações necessárias para garantir,
com segurança, a transição contratual. Assim, devem ser avaliados e estabelecidos os
procedimentos para:
• O encerramento contratual, com a definição de como e quando serão feitas as
entregas das versões finais dos produtos e documentação correspondente;
• A transferência de conhecimento e tecnologia;
• A continuidade dos serviços em eventual interrupção de contrato, incluindo o
levantamento das situações em que possam levar às interrupções e a elaboração
de planos de continuidade que preveja as ações necessárias para garantir a
continuidade das atividades e da própria contratação; e
• Eventual necessidade e justificativas para sobreposição de contratos para uma
adequada transição contratual.
De acordo com o art. 18, §1º, inciso XII, da Lei nº 14.133/2021, faz-se necessário trazer
a descrição de possíveis impactos ambientais e respectivas medidas mitigadoras,
incluídos requisitos de baixo consumo de energia e de outros recursos, bem como
logística reversa para desfazimento e reciclagem de bens e refugos, quando aplicável.
O Guia prático deve ser consultado para o apoio na definição dos requisitos com vistas
ao menor impacto ambiental. Entretanto, ressalta-se que a inclusão de requisitos sem
a observação da ampla oferta no mercado pode inviabilizar a contratação, seja pelo
aumento desmesurado dos preços ou mesmo pela ausência de
fornecedores/produtos que se enquadrem nos requisitos. É necessário, portanto,
sopesar as vantagens e desvantagens relacionadas ao atendimento da necessidade.
https://ww2.trt2.jus.br/transparencia/licitacoes-compras-e-contratos/manuais-e-
guias
JURISPRUDÊNCIA DO TCU
Acórdão nº 1375/2015 – Plenário - Informativo 245:
É legítimo que as contratações da Administração Pública
se adequem a novos parâmetros de sustentabilidade
ambiental, ainda que com possíveis reflexos na
economicidade da contratação. Deve constar
expressamente dos processos de licitação motivação
fundamentada que justifique a definição das exigências
de caráter ambiental, as quais devem incidir sobre o
objeto a ser contratado e não como critério de
habilitação da empresa licitante.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 21
ATENÇÃO:
Veremos, a seguir, um item que corresponde a
uma inovação trazida pela Nova Lei de
Licitações e Contratos. Essa inovação se refere
à análise de riscos envolvidos nas
contratações.
Importante lembrar que o ETP deverá evidenciar o problema a ser resolvido e sua
melhor solução. Esse processo exige que cada solução existente no mercado seja
identificada, portanto é certo que cada solução poderá gerar riscos de diversas
naturezas e de diferentes níveis. Assim, mostra-se vital, para a definição da melhor
escolha, a identificação, avaliação e gerenciamento dos riscos presentes em cada
solução.
PROBABILIDADE ALTA
IMPACTO ALTO
EXTREMO:
Inaceitável: tratar e
reduzir
ALTO:
Inaceitável: tratar e
reduzir
MÉDIO:
Aceitável: mitigar,
compartilhar ou evitar
BAIXO:
Aceitável: mitigar,
compartilhar ou evitar
Nos casos em que os riscos forem classificados como baixo e médio e o(a)
demandante optar por adotar ação preventiva, poderá elaborar plano(s) para evitar a
ocorrência do risco, refletindo sobre o custo benefício (se a ação de tratamento para
evitar o risco for mais custosa que a ocorrência do risco, então não vale a pena fazer o
tratamento).
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Quais medidas
Há alguma Qual o
de contingência Quando adotar
medida para tratamento
podem ser tais medidas?
evitar o risco? sugerido?
adotadas?
• Elaborar os estudos • Risco extremo: evitar; • Efetuar • Durante a elaboração
técnicos quando da reduzir levantamento de do ETP
elaboração do Plano contratações
de Contratações similares feitas por
Anual (PCA) outros órgãos;
consultar o Portal
Nacional de
Contratações
Públicas, para coleta
de informações que
possam ser utilizadas
como pesquisa de
mercado
Após elaboração do Mapa de riscos, é muito importante que o(a) demandante faça o
acompanhamento da contratação sob a ótica do monitoramento da ocorrência ou
não dos riscos.
O mapa de riscos poderá ser elaborado em formato de planilha. Como boa prática,
sugere-se que contenha as informações a seguir:
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 29
A definição do objeto é feita após análise das necessidades a serem atendidas, das
soluções disponíveis no mercado para atendimento à demanda e do histórico das
contratações similares realizadas pelo Tribunal e demais itens do ETP, com a
observância às orientações, às premissas e às especificações técnicas definidas pela
área demandante, quando houver.
ATENÇÃO:
A “necessidade a ser atendida” poderá exigir a definição
de mais de um objeto. Portanto, tem-se que um ETP
poderá originar um, dois ou vários TRs, a depender das
conclusões do estudo realizado.
A justificativa de escolha da solução nada mais é do que a exposição dos motivos que
levaram à convicção quanto à melhor escolha. Após todas as análises, é preciso
justificar por que foi realizada a escolha de uma das soluções. É importante mencionar
todas as questões que motivaram a decisão, tais como:
• Vantajosidade operacional;
• Vantajosidade técnica; e
• Vantajosidade financeira.
A justificativa servirá tanto para auxiliar a autoridade superior a tomar uma decisão,
quanto para responder aos questionamentos dos órgãos de controle.
Os benefícios não serão aplicados nas situações a seguir, que deverão ser informados
nos termos de referência, quando for o caso:
• Quando não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos
enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local
4
Súmula 247 do TCU
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Muitas contratações precisam de algum outro produto ou serviço para que o objeto
sirva para suprir a necessidade inicial. Além disso, há situações nas quais outras
unidades precisam ser envolvidas na contratação ou a infraestrutura do Tribunal
precisa ser adequada. Por essa razão, é imprescindível pensar e indicar quais são as
premissas para que a contratação se torne viável ou efetiva.
A avaliação das premissas técnicas inclui os fatores a serem observados para viabilizar
a execução contratual, tais como a necessidade de adequação do ambiente, de
disponibilização de áreas, de adequação às limitações existentes, de disponibilização
de recursos materiais, humanos ou de equipamentos, entre outros avaliados caso a
caso.
ATENÇÃO:
Importante apontar sobre a necessidade da
observância de eventuais critérios de ergonomia nos
casos de aquisições de mobiliário. Recomendando-se
que a Seção de Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho seja instada a se manifestar acerca das
características de bens móveis.
Neste mesmo sentido, a Seção de Acessibilidade e
Inclusão deverá ser instada a se manifestar acerca das
questões atinentes às pessoas com deficiência e
mobilidade reduzida, inclusive no tocante ao
mobiliário, equipamentos, prédios e contratações que
envolvam pessoal.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 32
Esse documento também serve como principal referência para a definição de preços,
elaboração de edital, contratos, entre outros documentos, ou seja, deve conter toda
e qualquer informação que influencie nos custos e na forma de fornecimento de
bens/prestação de serviços.
O TRT2 já criou um modelo de TR, que deverá ser seguido pelo demandante e está
disponível neste link:
https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes
O documento será revisado com frequência, motivo pelo qual recomenda-se que a
consulta ao link acima se realize a cada nova necessidade de elaboração, com o
intuito de mantê-lo atualizado.
5.1. CONTEÚDO
5.1.1) Identificação
5.1.2) Fundamento
Deve ser mencionado o número do Estudo Técnico Preliminar (ETP) que deu origem à
contratação, no qual a área demandante se baseou para a confecção do termo de
referência.
5.1.3) Objeto
5
Conforme Súmula 177 do TCU
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 36
5.1.5) Quantidade
• São vedadas:
1. A inclusão no objeto da licitação de fornecimento de materiais e serviços sem
previsão de quantidades (ex. verba) ou cujos quantitativos não correspondam
às previsões reais do projeto básico ou executivo; e
2. A realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou
de marcas, características e especificações exclusivas.
6
SÚMULA TCU 257 - O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei 10.520/2002.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 43
Podem ser classificados, ainda, como serviços de mão de obra com dedicação
exclusiva, aqueles prestados fora das dependências do Tribunal, desde que não seja
nas dependências da contratada e presentes os seguintes requisitos:
1) Que a contratada não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis
de uma contratação para execução simultânea de outros contratos; e
2) Que a contratada possibilite a fiscalização pela contratante quanto à distribuição,
controle e supervisão dos recursos humanos.
• Vínculo Empregatício: a prestação de serviços de que trata esta Seção não gera
vínculo empregatício entre os empregados da contratada e a Administração,
vedando-se qualquer relação entre esses que caracterize pessoalidade e
subordinação direta. Entretanto, esses serviços exigem a fiscalização do
pagamento das obrigações trabalhistas - em virtude do risco de responsabilidade
subsidiária à administração - observadas as disposições aplicáveis ao tema, em
especial a Súmula 331 do TST e a Resolução n° 169 do Conselho Nacional de
Justiça.
O preço do produto ou da contratação deve ser estimado por meio de uma pesquisa
de preços, que se destina a:
a) fornecer elementos para a aprovação do Termo de Referência;
b) avaliar a disponibilidade orçamentária e financeira;
c) balizar o julgamento da futura licitação/contratação.
Cabe frisar que o artigo 23 da NLLC estabelece que o valor estimado deve ser
compatível com os valores praticados no mercado e aponta que os preços
constantes de bancos de dados públicos devem ser levados em consideração,
observando-se, ainda, a economia gerada pela escala e as características da
localidade.
Nesse contexto, ganha destaque o art. 23, § 1º, da Lei nº 14.133/21, que estabelece que
no processo licitatório para aquisição de bens e contratação de serviços em geral,
o valor estimado será definido com base no melhor preço.
ATENÇÃO:
Segundo a 3ª edição do Guia de Contratações Sustentáveis da JT, o
gestor, ao buscar pelo “Melhor Preço” - que é a proposta de menor
preço que contempla a avaliação do ciclo de vida do produto e os
critérios e as práticas de sustentabilidade-, atende ao equilíbrio
entre a economicidade e a redução do impacto ambiental.
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br
ATENÇÃO:
O orçamento estimado da contratação poderá ter caráter
sigiloso, desde que justificado, sem prejuízo da divulgação do
detalhamento dos quantitativos e das demais informações
necessárias para a elaboração das propostas, conforme artigo 24
da NLLC.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 49
https://intranet.trt2.jus.br/por-dentro-do-trt/compras-e-licitacoes
2. Quais parcelas podem ser subcontratadas, ou seja, haverá apenas uma empresa
contratada, porém mais de uma na execução. Nesse caso, o responsável pela escolha
e acompanhamento dos serviços da subcontratada é a empresa que ganhou a
licitação e foi contratada.
Assim, os responsáveis pela elaboração do termo de referência e do edital de licitação
deverão prever, nesses documentos, a possibilidade de subcontratação, delimitando
as parcelas que a empresa contratada poderá transferir a execução para terceiros. As
situações devem ser analisadas a cada caso, consultando a Assessoria Jurídica
quando houver dúvida. Como a responsabilidade pelos serviços continuará
exclusivamente com a empresa contratada pelo Tribunal, não deverá ser analisada a
qualificação da empresa subcontratada, exceto em situações específicas, nas quais a
complexidade técnica demande esse rigor.
ATENÇÃO:
Se o objeto for divisível e não houver prejuízo para o conjunto, a
contratação deve ser realizada separando os itens em lotes ou
em licitações diferentes, devendo o TR indicar as parcelas que
devem ser contratadas separadamente ou as parcelas dos serviços
passíveis de subcontratação, se houver. É imprescindível a
divisão do objeto quando esta for técnica e economicamente
viável e não represente perda de economia de escala (Súmula
247 do TCU).
3. Para a aquisição de bens de natureza divisível deverá ser reservada cota de até
25% do objeto para MEs/EPPs.
Observe que, enquanto o item ‘1’ é objetivo, para os itens ‘2’ e ‘3’ deverá ser avaliada
inicialmente a possibilidade de subcontratação ou de divisão do objeto.
Por outro lado, os benefícios em questão não serão aplicados nas situações a seguir,
que deverão ser informados nos termos de referência, quando for o caso:
a) Quando não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos
enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados
local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no
instrumento convocatório;
b) Quando a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte ou a
reserva de cotas a estas não for vantajoso para a administração pública ou
representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
c) Nos casos de dispensa (exceto para as compras de baixo valor) ou inexigibilidade
de licitação.
Nesse item, deverão ser informadas todas as regras da contratação, incluindo, entre
outras:
• Prazo, local e condições de entrega ou execução;
• Cronograma Físico Financeiro;
• Prazo e condições de garantia;
• Condições e forma de pagamento.
ATENÇÃO:
• A descrição das tarefas básicas depende das atribuições
específicas do serviço contratado e da realidade de cada
unidade demandante.
• Na contratação de serviços com regime de dedicação
exclusiva de mão de obra, a garantia deve prever cobertura
para o pagamento de encargos trabalhistas e previdenciários
não quitados pela contratada.
7
Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da
Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 56
Execução do objeto:
a) Descrever a dinâmica do contrato, devendo constar, sempre
que possível:
• A definição de prazo para início da execução do objeto
a partir da assinatura do contrato, do aceite, da retirada
do instrumento equivalente ou da ordem de serviços, devendo ser
compatível com a necessidade, a natureza e a complexidade do objeto;
• O prazo mínimo previsto para início da prestação de serviços deverá ser
o suficiente para possibilitar a preparação do prestador para o fiel
cumprimento do contrato;
• A descrição detalhada dos métodos ou rotinas de execução do trabalho
e das etapas a serem executadas;
• A localidade, o horário de funcionamento, dentre outros;
• A definição das rotinas da execução, a frequência e a periodicidade dos
serviços, quando couber;
• Os procedimentos, metodologias e tecnologias a serem empregadas,
quando for o caso;
• O cronograma de realização dos serviços, incluídas todas as tarefas
significativas e seus respectivos prazos; e
• Demais especificações que se fizerem necessárias para a execução dos
serviços.
b) Definir o método para quantificar os volumes de serviços a demandar ao
longo do contrato, se for o caso, devidamente justificado;
c) Definir os mecanismos para os casos em que houver a necessidade de
materiais específicos, cuja previsibilidade não se mostra possível antes da
contratação, se for o caso;
d) Definir o modelo de Ordem de Serviço que será utilizado nas etapas de
solicitação, acompanhamento, avaliação e atestação dos serviços, sempre
que a prestação do serviço seja realizada por meio de tarefas específicas ou
em etapas e haja necessidade de autorização expressa prevista em contrato,
devendo conter, no mínimo:
• Identificação do pedido;
• Identificação da contratada;
• Definição e especificação dos serviços a serem realizados;
• Prévia estimativa da quantidade de horas demandadas na realização da
atividade designada, com a respectiva metodologia utilizada para a sua
quantificação, nos casos em que a única opção viável for a remuneração
de serviços por horas trabalhadas;
• Demais detalhamentos compatíveis com a forma da prestação dos
serviços;
• Local de realização dos serviços;
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 57
• Recursos financeiros;
• Critérios de avaliação dos serviços a serem realizados; e
• Identificação dos responsáveis pela solicitação, avaliação e ateste dos
serviços realizados, os quais não podem ter nenhum vínculo com a
empresa contratada.
e) Na contratação de serviços de natureza intelectual ou outro serviço que o
órgão ou entidade identifique a necessidade, deverá ser estabelecida como
obrigação da contratada realizar a transição contratual com transferência de
conhecimento, tecnologia e técnicas empregadas, sem perda de
informações, podendo exigir, inclusive, a capacitação dos técnicos da
contratante ou da nova empresa que continuará a execução dos serviços.
f) Gestão do contrato e critérios de medição e pagamento:
• Definir os atores que participarão da gestão e fiscalização do contrato;
• Definir os mecanismos de comunicação a serem estabelecidos entre o
órgão ou entidade e a prestadora de serviços;
• Atentar que, no caso de serviços que devam ser implementados por etapas
ou no caso de serviço prestado com regime de mão de obra exclusiva, os
quais necessitem de alocação gradativa de pessoal, os pagamentos à
contratada devem ser realizados em conformidade com esses critérios;
• Definir os mecanismos de controle que serão utilizados para fiscalizar a
prestação dos serviços, adequados à natureza dos serviços, quando
couber;
• Definir o método de avaliação da conformidade dos produtos e dos
serviços entregues com relação às especificações técnicas e com a
proposta da contratada, com vistas ao recebimento provisório;
• Definir o método de avaliação da conformidade dos produtos e dos
serviços entregues com relação aos termos contratuais e com a proposta
da contratada, com vistas ao recebimento definitivo;
• Definir o procedimento de verificação do cumprimento da obrigação da
contratada de manter todas as condições nas quais o contrato foi assinado
durante todo o seu período de execução;
g) Definir uma lista de verificação para os aceites provisório e definitivo, a serem
usadas durante a fiscalização do contrato, se for o caso;
h) Definir as garantias de execução contratual, quando necessário. No caso de
serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, avaliar a
inclusão de exigências de que a garantia possua previsão de cobertura para o
pagamento de encargos trabalhistas e previdenciários não quitados pela
contratada.
i) Indicar eventuais documentos que devam ser entregues junto à nota fiscal
eletrônica para fins de pagamento e se haverá parcelamento do pagamento -
se por medição mensal, medição única ou contraprestação.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 58
ATENÇÃO:
• Tais exigências deverão ser demandadas apenas de empresa
provisoriamente classificada em primeiro lugar no certame,
concedendo-se prazo adequado (mínimo de 5 dias úteis,
prorrogáveis em situações específicas), para que providencie o
envio do documento indicado (folder, amostra ou certificado
em conformidade e emitido pela ABNT ou INMETRO).
• A exigência de amostra só deve ser considerada caso não haja
possibilidade de comprovação do atendimento do produto
ofertado por outros meios.
• A exigência de laudos técnicos para comprovação mínima de
qualidade do objeto deve vir acompanhada da indicação precisa
dos documentos que devem ser apresentados.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 60
IMPORTANTE:
1. É vedada a exigência da qualificação econômico-financeira sem critérios objetivos
definidos de aceitação dos índices e dos documentos apresentados.
2. Poderá ser exigida a apresentação da certidão negativa de falência ou concordata
expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
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No que se refere às penalidades, deve-se atentar para o Ato GP nº 24/22 8, que dispõe
sobre os procedimentos de apuração das sanções administrativas previstas nas Leis
nº 8.666/93, nº 10.520/02 e nº 14.133/21, e dá outras providências.
Por fim, é necessário definir as obrigações da administração, que poderá incluir, entre
outras aplicáveis a cada caso concreto:
• Exercer a fiscalização dos serviços por intermédio de servidores (as)
especialmente designados (as);
• Disponibilizar instalações sanitárias;
• Disponibilizar vestiários com armários guarda-roupas; e
• Destinar local para guarda dos saneantes domissanitários, materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios.
Nas contratações de serviços deve sempre ser exigido que a contratada atenda a
determinado nível de qualidade na execução dos trabalhos. Assim, para avaliar o
atendimento a esses resultados esperados, deverá o responsável pela elaboração do
termo de referência incluir, sempre que possível e necessário, um modelo de medição.
O modelo em questão será denominado, no âmbito deste Tribunal, de Instrumento
de Medição de Resultado (IMR), anteriormente conhecido como acordo de nível de
serviços.
Importante observar o disposto no artigo 9º da Resolução CNJ 468, que estabelece ser
vedado nas contratações:
[...]
VIII – adotar a métrica homem-hora ou equivalente para aferição de
esforço, salvo mediante justificativa e sempre vinculada à entrega de
produtos de acordo com prazos e qualidade previamente definidos;
IX – contratar por postos de trabalho alocados, salvo os casos
justificados mediante a comprovação obrigatória de resultados
compatíveis com o posto previamente definido;
Parágrafo único. No caso dos incisos VIII e IX deste artigo,
excepcionalmente, a remuneração em edital deverá ser
fundamentada por meio de estudo que demonstre objetivamente e
diante da realidade de mercado que tal exigência seja representada
condição indispensável para viabilizar a alocação dos profissionais
com qualificação compatível com o perfil e os níveis de serviço exigidos
para a execução do contrato.
ATENÇÃO:
Importante observar que no ETP a análise de riscos diz respeito à
busca de soluções existentes para atender à demanda
administrativa. Já no TR, a análise e gestão de riscos está
relacionada diretamente à solução escolhida para atender à
necessidade do Tribunal. Portanto, muito embora sigam os
mesmos procedimentos, trata-se de análises distintas a serem
realizadas.
9
Art. 19. Os órgãos da Administração com competências regulamentares relativas às atividades de administração de materiais,
de obras e serviços e de licitações e contratos deverão: [...]
IV - instituir, com auxílio dos órgãos de assessoramento jurídico e de controle interno, modelos de minutas de editais, de termos
de referência, de contratos padronizados e de outros documentos, admitida a adoção das minutas do Poder Executivo federal
por todos os entes federativos;
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 68
O artigo 40 da NLLC, em seu inciso V, alínea “a” 10 merece especial destaque, pois
dispõe sobre a necessidade de atendimento ao princípio da padronização quando da
elaboração do planejamento de compras.
10
Art. 40. O planejamento de compras deverá considerar a expectativa de consumo anual e observar o seguinte:
V- atendimento aos princípios:
a) da padronização, considerada a compatibilidade de especificações estéticas, técnicas ou de desempenho;
§ 1º O termo de referência deverá conter os elementos previstos no inciso XXIII do caput do art. 6º desta Lei, além das seguintes
informações:
I - especificação do produto, preferencialmente conforme catálogo eletrônico de padronização, observados os requisitos de
qualidade, rendimento, compatibilidade, durabilidade e segurança;
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 69
ATENÇÃO:
• A aprovação do TR-Padrão só ocorrerá se existir o respectivo ETP-
Padrão previamente aprovado.
• Ainda que seja o caso de dispensa de elaboração de ETP, o TR-
Padrão só será aprovado mediante a prévia existência de ETP-
Padrão aprovado.
• Os itens “Estimativa de preço” e “Quantidades” sempre deverão
ser indicados de forma atualizada, ainda que haja TR-Padrão
vigente.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 70
Para a análise das propostas e documentos o (a) pregoeiro (a) deve observar os
objetivos e princípios da transparência, do julgamento objetivo, da vinculação ao
edital, do tratamento isonômico e da contratação mais vantajosa para a
Administração, conforme regem os arts. 5º e 11 da Lei nº 14.133/2021.
São procedimentos que devem ser adotados pelo (a) pregoeiro (a) na fase de
julgamento das propostas e dos documentos de habilitação:
1. Consultar as bases centrais disponíveis para registro de empresas apenadas, a
exemplo do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) – CGU e
do SICAF;
2. Diligenciar para esclarecer ou complementar a instrução do processo, a fim de
sanar eventuais dúvidas em relação às propostas e documentos apresentados,
observando que é indevida a desclassificação ou inabilitação de licitantes em
razão da ausência de informações na proposta/documentos que possam ser
supridas pela diligência prevista na NLLC (art. 42, §2º, art. 59, §2º, art. 64);
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 71
Julgamento de Preços
No julgamento das propostas, o (a) pregoeiro (a) deve observar o preço máximo fixado
na licitação e na hipótese do primeiro colocado, mesmo após a negociação, for
desclassificado em razão de sua proposta permanecer acima do preço máximo
aceitável, a negociação poderá ser feita com os demais licitantes, respeitada a ordem
de classificação.
O (A) pregoeiro (a) desclassificará as propostas que apresentarem preços com indícios
de inexequibilidade somente após a realização de diligências para aferir e oportunizar
aos licitantes a demonstração de suas exequibilidades.
Nos termos da Lei Complementar 123/2006 e suas alterações será dado tratamento
diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações
realizadas por este tribunal, o qual deverá ser disciplinado no instrumento
convocatório;
Com vistas a aclarar os fatos, o pregoeiro deverá realizar diligências para buscar as
evidências que servirão de base para tomada de decisão da Administração, na
hipótese de haver suspeita ou indício de burla à aplicação da penalidade.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 73
7. MODALIDADES DE CONTRATAÇÃO
Quando surge a necessidade de adquirir um bem ou contratar um serviço, a
Administração precisará verificar qual é a forma mais adequada ao atendimento de
sua necessidade. A NLLC elenca as opções disponíveis:
COMPRA
LICITAÇÃO
DIRETA
7.1. LICITAÇÃO
Por se tratar de uma exceção à regra da licitação, o gestor deve ser cauteloso ao
decidir-se pela contratação direta, em especial para aquelas que superem os limites
do artigo 75, I e II, da Lei 14.133/2021, pois a legislação considera ilícito penal admitir,
possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei.
A regra nesse caso é que seja demonstrada, de maneira confiável, que o Tribunal
pagará o valor de mercado para o produto ou serviço, utilizando-se, sempre que
possível, de mais de uma fonte de informação.
É dispensável a licitação:
a) Para obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos
automotores com valor até R$ 108.040,82 11;
b) Para outros serviços e compras com valor até R$ 54.020,41 12;
11
Valores atualizados anualmente por meio de Decreto Presidencial.
12
Valores atualizados anualmente por meio de Decreto Presidencial.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 76
Nos termos do art. 75, incisos I e II, são dispensáveis as licitações para aquisição de
bens e serviços de baixo valor para:
• Obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos
automotores até R$ 108.040,82 13;
• Para compras e outros serviços até R$ 54.020,41 14.
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Valores atualizados anualmente por meio de Decreto Presidencial.
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Valores atualizados anualmente por meio de Decreto Presidencial.
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 78
• Para fins de enquadramento nos limites acima devem ser consideradas todas as
contratações de mesma natureza que se preveem necessárias no exercício para o
Tribunal como um todo;
• As obras, serviços e aquisições devem ser programados na sua totalidade, ou seja,
as contratações diretas não podem se referir a parcelas de uma mesma obra ou
serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que
possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
• As unidades demandantes devem informar em seu plano de
compras/contratações sua previsão de consumo, a fim de permitir que a unidade
responsável pelas aquisições (unidade requisitante) as agrupe e verifique se há
necessidade de abertura de procedimento licitatório.
TOME NOTA:
• Enquanto na dispensa é POSSÍVEL a licitação, embora
prescindível, na inexigibilidade a licitação é
IMPRATICÁVEL, posto que não há viabilidade de
competição. Assim, lembre-se! Somente pode ser utilizada
essa hipótese quando se verifica que a licitação é inviável;
• As dispensas são apenas aquelas previstas no artigo 75 da Lei
n° 14.133/2021, ou seja, o rol é exaustivo. Já na
inexigibilidade, em qualquer situação na qual a competição
seja inviável, é possível a contratação direta. Nesse sentido,
as hipóteses previstas nos cinco incisos do artigo 74 da Lei n°
14.133/2021, que trata do tema, são apenas alguns exemplos
de inexigibilidade de licitação.
Antes de falar da adesão à ata de registros de preços (ARP), vamos entender esse
instrumento, que se origina de um procedimento especial de licitação denominado
Sistema de Registro de Preços (SRP).
Quando um órgão público federal firma uma ARP, o Tribunal pode, desde que
previamente admitido e nas condições previstas no edital de licitação, solicitar ao
órgão que realizou a licitação, chamado de gerenciador, autorização para contratar
por meio daquela ata, ou seja, aderir à ata de registro de preços. A Nova Lei de
Licitações e Contratos dispõe sobre o Sistema de Registro de Preços em seus artigos
82 a 86.
Como vimos, uma das hipóteses para o uso do SRP é a aquisição de bens ou a
contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão. Nessa hipótese, o
Tribunal deverá realizar seus estudos técnicos a fim de identificar: a efetiva
Manual de Compras e Licitações – 4ª Edição (2023) 80
Essas informações, junto com a pesquisa de preços realizada pelo Tribunal, serão
compartilhadas com o órgão que gerenciará a licitação, que compatibilizará suas
demandas com as dos demais órgãos participantes, elaborará um único termo de
referência e o edital de licitação:
Identificação da Pré-
demanda questionamentos
Estudo Técnico
Pesquisa de preços
Preliminar
8. PROAD
Todos os procedimentos atinentes às compras e licitações devem tramitar via PROAD
(Processo Administrativo Virtual), que é o sistema eletrônico responsável pela
tramitação de processos administrativos no âmbito do TRT-2. É a ferramenta de
suporte oficial na esfera administrativa e de uso obrigatório para a criação, registro e
tramitação de documentos e processos administrativos.
Nele deverão ser anexados todos documentos necessários para o atendimento das
requisições departamentais (licitações, suas dispensas, inexigibilidades e adesões a
Atas de Registro de Preço), tais como o Documento de Formalização de Demanda
(DFD), o Estudo Técnico Preliminar (ETP), o Termo de Referência (TR), as pesquisas de
mercado, os Editais, dentre outros, até a efetiva contratação do objeto.
https://intranet.trt2.jus.br/outros-sistemas/administrativo/proad
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Disponível em: https://basis.trt2.jus.br/bitstream/handle/123456789/6232/GP_13_17.html?sequence=3&isAllowed=y