GONÇALVEZ, Beatriz. A Cidade e As Crianças.
GONÇALVEZ, Beatriz. A Cidade e As Crianças.
GONÇALVEZ, Beatriz. A Cidade e As Crianças.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832021000200010
I
Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa, PB, Brasil
Doutoranda em Antropologia Social
Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 27, n. 60, p. 285-316, maio/ago. 2021
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Resumo
Este artigo propõe interlocução entre os estudos urbanos envolvendo crianças e a
reflexão sobre políticas urbanas que considerem as multiplicidades de seus habitan-
tes de forma mais democrática e inclusiva. O artigo aborda metodologicamente o uso
do desenho na pesquisa etnográfica, promovendo a análise densa de narrativas e dese-
nhos elaborados por crianças, de 6 a 12 anos (e um adolescente de 13 anos), moradoras
do Morro do Estado, Niterói (RJ). O recurso serviu para a comunicação com as crianças
e para disparar conversas, as estimulando a refletirem sobre os temas de seu cotidiano
e sua visão sobre a cidade. Ao mesmo tempo, produziu conhecimento sobre o bairro, a
cidade onde moram, suas ambiguidades e desejos.
Palavras-chave: antropologia da criança; antropologia e desenho; cidade; etnografia
com crianças.
Abstract
This article proposes a dialogue between urban studies involving children and the
reflection on urban policies that consider the multiplicity of its inhabitants in a more
democratic and inclusive way. The article, methodologically, addresses the use of
drawings in ethnographic research, promoting the dense analysis of narratives and
drawings made by children aged 6 to 12 (and a 13 year old teenager), who live in Morro
do Estado, Niterói (RJ). This resource served to communicate with the children and to
trigger conversations, encouraging them to reflect on the themes of their daily lives
and their view of the city. At the same time, it produced knowledge about the neigh-
borhood, the city where they live, their ambiguities and desires.
Keywords: anthropology of children; anthropology and drawing, city; ethnography
with children.
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Introdução
Este artigo tem como objetivos iniciais pôr em interlocução diferentes áreas
de conhecimento, com destaque para a antropologia urbana e a antropologia
da criança, de modo a fomentar um diálogo com políticas públicas que bus-
cam pensar a cidade de forma mais democrática e inclusiva, considerando as
multiplicidades de seus habitantes e promovendo os direitos dos cidadãos.
Trata-se aqui de um desdobramento de minha pesquisa de mestrado, na qual
atuei simultaneamente como educadora popular e pesquisadora em um projeto
socioeducativo,1 localizado no Morro do Estado, situado na cidade de Niterói (RJ).
Entendendo que os moradores da metrópole, “em suas múltiplas redes, formas
de sociabilidade, estilos de vida, deslocamentos, conflitos etc.”, constituem defi-
nitivamente aquilo que dá vida a ela (Magnani, 2002, p. 15), no desenvolvimento
a seguir, o presente artigo irá explorar dois aspectos. Primeiramente, aquilo que
crianças moradoras do Morro do Estado (matriculadas no Projeto), sujeitos da
minha pesquisa, revelaram a respeito do lugar onde moram: como veem a cidade
e como ilustram os caminhos que percorrem. Em segundo lugar, o potencial e a
relevância de suas ideias e demandas sobre questões relativas à cidade.
Para isso, o texto irá recorrer, principalmente, a quatro atividades que ocor-
reram nos encontros da oficina que elaborei e conduzi, semanalmente, no Pro-
jeto supracitado. Relatos e narrativas das crianças em atividades secundárias
também integrarão as análises. No espaço da instituição (duas salas de aula,
dois banheiros, uma cozinha, um quintal grande, uma brinquedoteca e uma
antessala), mantive contato com aproximadamente 108 alunos, de 6 a 16 anos,
de agosto de 2015 a agosto de 2018.
Diariamente, o Projeto Socioeducativo oferecia, em média, duas oficinas por
turno, da manhã e da tarde; dividindo os alunos matriculados em dois grupos
etários: de 6 a 12 anos e de 13 a 16 anos (podendo sofrer alterações de acordo com
o número de alunos e com a afinidade entre eles). Cada grupo compartilhava com
o educador, aproximadamente, 1 hora e 15 minutos de oficina em sala de aula.
Para os fins deste artigo, o recorte a ser analisado se manteve restrito
aos encontros que tive com o grupo da primeira faixa etária, suas narrativas
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Crianças têm que produzir significados a partir das condições no mundo criado
por adultos, e se, como antropólogo, você descobre qual tipo de significado elas
estão produzindo e como elas estão fazendo isso, você pode realmente demons-
trar não só o processo que constitui as realidades vividas pelas pessoas, mas
também sua necessidade histórica. […] Cada criança precisa dar significado por
si mesma ao mundo habitado. Nos termos mais simples, o que a criança faz (o
que cada um de nós faz) é produzir significados a partir dos significados que
outros produziram e estão produzindo.
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Sigam seus interesses teóricos! Nós já temos descrições do dia a dia das crian-
ças suficientes – o que não temos suficiente é a contribuição que os estudos
das crianças e da infância podem dar aos grandes problemas e debates – o que
acontece com esses problemas e debates quando você os estuda a partir da pers-
pectiva dos estudos da infância? Muitos insights e novas ideias interessantes
surgem… É isso que é necessário. (James, 2014, p. 944).
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“desenhar” uma cidade múltipla, partindo do ponto de vista das práticas, das rela-
ções e das palavras dos citadinos tais como o próprio pesquisador as observa, as
coleta e anota, direta e situacionalmente, e que esta cidade não é menos real que
aquela dos urbanistas ou dos administradores. É outra. (Agier, 2015, p. 486).
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Parte I
3 Atividade inspirada em uma das metodologias apresentadas no livro Como as crianças vêem a
cidade (Vogel; Vogel; Leitão, 1995).
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de 11 anos, destaca o mesmo prédio, também ilustrado nos dois últimos postais,
e identifica-o. Trata-se do Niterói Shopping (que apesar do nome, não configura
um shopping e sim um centro comercial). O prédio se destaca no cenário da
cidade devido a sua altura de 27 andares e seu formato distinto de torre, cilín-
drico, demonstrado nos dois últimos desenhos.
O Niterói Shopping chama atenção na visão que se tem de Niterói quando
se está em grande parte do Morro, inclusive no quintal do Projeto Socioeduca-
tivo (onde a atividade foi realizada). O mesmo ocorre com a Ponte Rio-Niterói,
que aparece, pela segunda vez, no penúltimo desenho. É válido relatar que
alguns responsáveis pelos alunos trabalhavam nesse estabelecimento à época
(como ascensorista de elevador e atendente de quiosque, por exemplo).
No último postal do bloco anterior, o aluno de 11 anos compartilhou com
seus colegas o destaque dado à presença dos prédios em Niterói ao mesmo
tempo que imprimiu na ilustração um elemento de religiosidade.
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4 Exercício elaborado por integrantes da ONG Bike Anjo Niterói, convidados parceiros em um
curso de extensão promovido em 2018 pelo grupo de pesquisa ao qual faço parte, intitulado
Criança e Território/Já Pra Rua! (DAC/IFCS/UFRJ).
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[pelas crianças] no tocante à localização.” (Gell, 1986, p. 345 apud Niemeyer, 1998,
p. 21, grifo meu).
Ao pensar a cidade a partir de uma lógica “de perto e de dentro”, centrada nas
crianças moradoras do Morro do Estado, novas possibilidades de nomear e
renomear coisas escondidas ou dadas pelas lógicas hegemônicas (muitas vezes
externas aos grupos que usam determinados lugares na cidade) aparecem.
“Moro no beco”, escreveu uma aluna de 8 anos. Os alunos apresentaram, e ilustra-
ram, duas categorias classificatórias: becos e escadas. É nesses espaços que eles
reconhecem suas casas, são esses os termos que dão sentido à maneira como se
organizam, e não “ruas”, como eu previamente havia estabelecido. Seus dese-
nhos interpretaram e produziram uma paisagem urbana com a qual eu já estava
“familiarizada”, porém através de outras lógicas e compreensões a respeito dela.
As contribuições de Niemeyer (1998, p. 30) apontam para o fato de que, ao
desenhar sobre questões espaciais (como os trajetos e locomoções), os autores
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“Todo feito de escada e uma que eu vou para escola”, assim uma aluna de
9 anos descreveu seu trajeto cotidiano até o topo do Morro, onde está situada
a escola frequentada pelos alunos que participaram da oficina.5 Os desenhos
dos caminhos pelo Morro do Estado apresentam peculiaridades do lugar, mar-
cado por casinhas, subidas, escadas, animais, etc. “Eu vou para escola andando”,
escreveu uma aluna de 8 anos. Alguns dos desenhos anteriores evidenciaram a
locomoção das crianças por esses caminhos emblemáticos e apontaram o agru-
pamento que ocorre muitas vezes nesses deslocamentos.
Em um dos encontros da minha oficina, procurei compreender os caminhos
que compõem os cotidianos das crianças através dos cinco sentidos. Os relatos
das crianças, oriundos dos debates realizados através dessa atividade, enrique-
cem o presente mapa mental, aprofundando o conhecimento a respeito des-
ses espaços e suas sociabilidades. Pessoas, lixo, beco, boca de fumo, casas, cocô,
coisas, escada, fumaça, gato, bandidos, o caminho, o céu, a calmaria, o Niterói
Shopping, bares e alguns pontos comerciais no Morro, a casa dos seus colegas
foram alguns elementos dos caminhos cotidianos que as crianças associaram
ao sentido da visão.
Diversos elementos que foram relatados sendo vistos também compõem os
relatos daquilo que os alunos disseram que cheiram ao caminhar no Morro do
Estado. Cheiro de cocô, cheiro ruim, cheiro de merda, cheiro de gato, cheiro de
lixo, cheiro de maconha e cigarro se destacaram. Além deles, uma aluna rela-
tou sentir um “aroma bom” e outra o “perfume cheiroso do seu tio”. Algumas
crianças destacaram o “cheiro de pão saindo” ao passar perto de uma padaria
ou ainda o cheiro de comida que sentem, às vezes, entre as casas.
A respeito do paladar, poucas são as crianças que comem quando estão indo
para o Projeto (o que não se aplica a doces, balas e chicletes), considerando que
elas irão lanchar na instituição. Algumas, no entanto, relataram que, vez ou
outra, caminham comendo biscoitos, salgados, pães ou frutas.
Caminhando, as crianças afirmaram às vezes sentir calor, outras vezes, frio
e vento. A respeito do tato elas pontuaram sentir, ainda, suas pernas andando,
seus celulares em suas mãos e água em seus pés.
5 Apenas um aluno que participou da atividade não estudava na Escola Municipal Ayrton Senna,
localizada na parte mais alta do Morro do Estado. Dessa forma, seu desenho se diferenciou
bastante dos seus colegas, sobretudo pela presença de carros e comércios.
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Parte II
6 Nesse sentido, gostaria de apresentar a Iniciativa Internacional das Cidades Amigas das Crian-
ças, liderada pelo Unicef desde 2000. Trata-se de um programa de colaboração entre governos
nacionais, administrações locais e organizações não governamentais presente em mais de 30
países, com destaque em Portugal, onde atua na implementação de políticas locais voltadas
para as crianças. Pautada na Convenção sobre os Direitos das Crianças (1989), o programa busca
estimular ações que insiram as crianças nas tomadas de decisões e nas culturas organizacio-
nais dos municípios (Unicef, 2017).
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1) Escolas melhores com armário para que os alunos não precisem carregar
muito peso.
2) Atendimento melhores nos hospitais, UPAs.
3) Farmácia [em que] não faltem remédios.
4) Mais segurança para podermos andar com segurança.
5) Menos roubos, abusos sexuais, preconceitos.
6) Prefeitos certos sem roubos e desviações.
7) Menos salários atrasados e roubos de dinheiro.
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Considerações finais
7 Nesse período, não era incomum, ao caminhar pelo centro de Niterói, me deparar com grupos
de pessoas (adultos, jovens e crianças) reunidas, conectadas através de seus celulares, em dispu-
tas virtuais visando “capturar” Pokémon.
8 Uma aluna do Projeto Socioeducativo morava em uma casa onde, da laje, se tinha uma visão
privilegiada do pôr do sol da cidade. O Projeto utilizou essa cobertura diversas vezes, para rea-
lizar encontros com os alunos, para gravar vídeos de divulgação, para levar voluntários para
fotografarem, etc.
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geral, atender aos desejos das crianças para a cidade é investir em espaços que
favoreçam as relações interpessoais e o bem-estar coletivo dos seus moradores.
Lefebvre (2001, p. 131) afirma que “nos interstícios da sociedade de consumo
dirigida, nos buracos da sociedade séria que se pretende estruturada e sistemá-
tica, que se pretende tecnicista”, persistem as brincadeiras das crianças. Dessa
forma, compreendo que as crianças ocupam, nos espaços urbanos, um lugar
dotado de agência, com possibilidades criativas para essas cidades. Como visto,
mesmo que as vivências do grupo de crianças com que interagi sejam permea-
das por entraves da vida cotidiana, o encontro, o lúdico, a brincadeira resistem
diante das possíveis inseguranças encontradas (como bandidos e armas, por
exemplo).
Por fim, considero que, nos campos de produção de conhecimento e de
gestão das estruturas urbanas, as cidades não devem seguir modelos prontos
enraizados em ideais – cada vez mais superados – que não contemplam carac-
terísticas de cada local, remetendo à máxima: “Para compreender antropologi-
camente a cidade, é preciso esquecer a cidade” (Agier, 2011, p. 19). Um espaço de
conflitos e lutas, a cidade não é um lugar estático. Compartilho com os ideais
de David Harvey (2013, p. 33) ao afirmar que “nosso mundo urbano foi imagi-
nado e feito, então ele pode ser reimaginado e refeito”. As crianças são capazes
e devem contribuir para isso, possuindo capacidades criativas e imaginativas
para expandir e acolher as relações sociais e humanas nas dinâmicas da cidade
e em seus espaços.
Referências
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MAGNANI, J. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasi-
leira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 17, n. 49, p. 11-29, jun. 2002.
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UNICEF. Programa Cidades Amigas das Crianças. Lisboa: Unicef Portugal, 2017. Dis-
ponível em: https://www.unicef.pt/o-que-fazemos/o-nosso-trabalho-em-portugal/
programa-cidades-amigas-das-criancas/. Acesso em: 26 mar. 2020.
VOGEL, A., VOGEL, V. L.; LEITÃO, G. Como as crianças vêem a cidade. Rio de Janeiro:
Pallas, 1995.
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