R - e - Danilo Ferreira Filho
R - e - Danilo Ferreira Filho
R - e - Danilo Ferreira Filho
CURITIBA
2012
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CURITIBA
2012
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RESUMO
ABSTRACT
This monograph deals with the technological innovation in the field of Small and
Medium Enterprises and the importance of cooperative agreements between
companies to strengthen the innovative capacity of small businesses. The
innovation is considered as a means to reduce production costs and
development of new products able to create new markets or market niches.
Thus, the study aims to understand how small businesses can benefit from
cooperative arrangements for innovation, so as to increase the capacity of this
category of company to compete in markets where innovation is of great
importance as a competitive strategy.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
2 INOVAÇÃO E A SUA IMPORTÂNCIA PARA AS FIRMAS ............................ 8
2.1 OS FATORES ECONÔMICOS DA INOVAÇÃO ......................................... 13
2.1.1 Custos da Inovação e o Porte das Empresas ......................................... 14
2.1.2 Determinantes de Risco da Inovação ...................................................... 16
3 ACORDOS COOPERATIVOS À INOVAÇÃO .............................................. 19
3.1 REDES DE EMPRESA ............................................................................... 19
3.2 DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO COMPARTILHADO .................... 20
4 A INOVAÇÃO EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS ............................. 24
4.1 O EMPREENDEDOR E A INOVAÇÃO NAS PMEs ................................... 26
4.2 AS ESPECIFICIDADES DAS PMES INOVADORAS ................................. 27
4.3 A ESTRATÉGICA INOVATIVA PARA AS PMEs ........................................ 28
4.4 A INOVAÇÃO DAS PMEs NO BRASIL ...................................................... 30
5 CONCLUSÕES ............................................................................................. 32
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 34
5
1 INTRODUÇÃO
1
Segundo Schumpeter (1961, p. 106) os processos de destruição criadora são como
revoluções internas às empresas. “Essas revoluções não são permanentes, num sentido
estrito; ocorrem em explosões discretas, separadas por períodos de calma relativa. O
processo, como um todo, no entanto, jamais para, no sentido de que há sempre uma revolução
ou absorção dos resultados da revolução, ambos formando o que é conhecido como ciclos
econômicos”.
9
o tema inovação não coube nas análises econômicas dos autores clássicos
que trataram do funcionamento da economia e dos mercados.
A importância da inovação para os negócios e para a economia, na
concepção de Schumpeter (1961), está relacionada ao seu impacto sobre a
produtividade e sobre a criação de novos mercados, a capacidade de produzir
mais com menos recursos e a capacidade de produzir novas coisas.
First of all there is the dream and the will to found a private kingdom, usually, though
not necessarily, also a dynasty. […]Then there is the will to conquer: the impulse to
fight, to prove oneself superior to others, to succeed for the sake, not of the fruits of
success, but of success itself.[..] Finally, there is the joy of creating, of getting things
done, or simply of exercising one’s energy and ingenuity. (SCHUMPETER, 1934, pp. 93-
94)2
2
Antes de tudo há o sonho e a vontade de fundar um reino próprio, geralmente, embora não
necessariamente, também uma dinastia. (...) Então há a vontade de conquistar: o impulso para
lutar, para provar a si mesmo ser superior aos demais, para ter o sucesso, não tanto os frutos
do sucesso, mas o sucesso em si. (...) Finalmente há a alegria de criar, de realizar as coisas,
ou simplesmente de exercitar sua energia e engenhosidade”. (SCHUMPETER, 1934, p. 93)
11
inovativo, mesmo sendo dinâmico, pode e deve ser gerenciado, uma vez que
nem todas as inovações são tão profundas a ponto de romperem os
paradigmas pré-estabelecidos em um contexto amplo de mercado e de
economias.
Nesta perspectiva Mitzemberg et. al. (2006) adverte que a inovação
não está restrita aos processos que busquem alcançar a fronteira tecnológica
ou a alta tecnologia, pode ocorrer inovação em “situações organizacionais de
alta ou baixa tecnologia, de produtos ou serviços, grandes ou pequenas
empresas” (MITZEMBERG et alli, 2006, p. 336).
Esta visão é compartilhada por Porter (1987, p. 153), para quem “a
inovação pode ter importantes implicações estratégicas para companhias de
baixa, bem como de alta, tecnologias”, de modo que, não parece haver uma
prerrogativa do grande capital em inovar, idéia que parece ter norteado os
entendimentos de Schumpeter, isto porque, ao longo do tempo, a inovação foi
incorporada aos processos gerenciais e tornou-se um campo de combate muito
importante para ser negligenciado pelos concorrentes, cujos mercados sofrem
mais ou menos impactos das constantes inovações.
3
Os custos foram mencionados como as mais importantes barreiras a inovação. Os altos
custos da inovação têm um efeito negativo e significante sobre a propensão a inovar.
(KAMALIAN et al., 2011, p. 81)
15
Projetos de P&D normalmente envolvem grandes custos fixos que não pendente do
tamanho do mercado para a inovação. A desvantagem das pequenas empresas
decorre do fato de que, dada a taxa bruta de retorno, suas vendas esperadas não são
suficientemente grandes para permitir cobrir esses custos. (SYMEONIDIS, 1996, p.
17)
1. Projetos de P&D normalmente envolvem altos custos fixos que só podem ser
cobertos com vendas suficientemente grandes.
16
4
SCHERER, F.M. Schumpeter and Plausible Capitalism, Journal of Economic Literature 30,
pp. 1416-1433, 1992.
17
As grandes fortunas da economia da informação estão nas mãos das empresas que
conseguiram estabelecer com sucesso arquiteturas proprietárias que são utilizadas
por uma grande base instalada. Ao invés de a companhia considerar apenas o
produto ou o consumidor, deve levar em conta todos os agentes envolvidos no
sistema, que contribuem para a criação de valor econômico. A empresa deve
trabalhar em alianças estratégicas para atrair complementares, buscando atingir o
padrão de mercado. Com isso, conseguirá aprisionar os consumidores, e excluir os
competidores. (KUBOTA e MILANI, 2009, p. 37).
Segundo Kubota e Milani (2009, pp. 37-38) há riscos até mesmos aos
desenvolvedores do padrão tecnológico, quando a ausência de alianças
permite que esta seja melhor aproveitada por outros participantes do mercado
que estabelecem alianças. “Em alguns casos, nem sempre a empresa que
lidera o estabelecimento do padrão é a que colhe os melhores resultados. O
padrão IBM-PC, por exemplo, teve como maiores beneficiários a Microsoft e a
Intel”.
19
5
O tamanho das empresas e seu poder econômico, podem significar uma restrição natural ao
número de empresas envolvidas.
23
6
Os dados são apresentados num levantamento feito sobre os dispêndios em P&D pelas
companhias americanas e francesas; disponível em Chesnais (1996, p. 141-142).
24
Para 57% dos respondentes das empresas que apresentaram maior grau de
satisfação com os resultados, a inovação está entre as três maiores prioridades
e, para 43% é a principal prioridade enquanto que para os mais insatisfeitos a
inovação é uma das 10 prioridades. Pode-se perceber que a priorização do tema
garante recursos e, somado a outros fatores, tende a melhorar o desempenho da
inovação. (Sherer et al. 2010, p. 10)
31
5 CONCLUSÕES
6 REFERÊNCIAS