ZEEDF CT03 Pre Zoneamento 03A Disponibilidade Hidrica
ZEEDF CT03 Pre Zoneamento 03A Disponibilidade Hidrica
ZEEDF CT03 Pre Zoneamento 03A Disponibilidade Hidrica
Governador
Rodrigo Rollemberg
Vice-Governador
Renato Santana
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
1.1. Água: Ecossistemas, Resiliência e Capacidade de Suporte Ambiental – e o Marco Legal
1.2. Unidade de Planejamento utilizada no estudo – a Unidade Hidrográfica
1.3. Marco Legal Brasileiro e Distrital sobre Água
5. RECOMENDAÇÕES
5.1. Recomendações às Próximas Etapas do ZEE-DF
5.2. Recomendações à Minuta do PL
5.3. Estudos Adicionais
6. ANEXOS
APRESENTAÇÃO
O presente documento apresenta uma análise crítica da situação da água no Distrito Federal
(quantidade e qualidade) e as implicações do uso e ocupação do solo. Este trabalho apresenta o
resultado dos estudos e discussões ocorridos de final de 2013 a setembro de 2016, por profissionais
do poder público e de instituição de pesquisa, no âmbito do Grupo de Trabalho de Disponibilidade
Hídrica no DF, como parte dos trabalhos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal
(ZEE-DF), etapa de Pré-Zoneamento.
O objeto deste trabalho é apresentar subsídios para inspirar uma discussão de natureza
transversal sobre a situação das águas e os desafios enfrentados pelos planejamento e gestão
territoriais, com foco na reflexão sobre o uso do solo e os impactos às águas, em busca da
sustentabilidade. Mais diretamente, qualificar a minuta de lei do ZEE/DF por meio de diretrizes e
comandos para as porções do território.
Objetivou-se, com este trabalho, trazer elementos estruturantes para o cumprimento dos
seguintes objetivos secundários:
i. a compreensão e publicização da situação das águas no DF, para elevar os debates junto aos
principais atores e agentes do território e enrobustecer as discussões nos principais loci de
decisão;
iv. prover meios para qualificar as discussões e tomadas de decisão ao nível das instituições
governamentais, particularmente as de planejamento territorial e gestão territoriais, das águas
e o alinhamento com os esforços da infraestrutura, por meio das concessionárias, do ente
regulador e do órgão ambiental, alinhando assim os principais atos autorizativos que
impactam o território e o meio ambiente;
v. avançar tecnicamente na integração dos bancos de dados, por meio da demonstração pratica
do tipo de análise possível e necessária de ser realizada utilizando-se geotecnologia.
Utilizou-se como quadro conceitual e normativo o marco legal vigente federal e distrital ao
nível ambiental (incluindo água) e territorial. Destaque-se, para a qualidade de água, o marco
infralegal vigente sobre o Enquadramento da Água no DF, segundo a Resolução nº02 – CRH/DF, de
dezembro de 2014, o qual define as metas finais de qualidade para um conjunto de trechos de rios
no DF, e a Resolução Nacional CONAMA nº 357.
Abordou-se a questão da poluição em ambientes lóticos e lênticos do DF, através dos estudos
de Fósforo (na forma de carga pontual e difusa) e DBO (na forma de carga pontual). Esclarece-se que
estudos específicos sobre o Lago Paranoá serão empreendidos no contexto da implementação do
ZEE/DF a partir de dados, entre outros, de batimetria.
A disponibilização de dados de monitoramento e sua análise técnica pela CAESB e ADASA foi
fundamental para este processo, assim como o empenho, compromisso e perseverança dos técnicos
do Governo de Brasília pelo qual a Coordenação Geral Técnica do ZEE-DF muito agradece. Especial
agradecimento é feito também à EMBRAPA, pela possibilidade de colaboração muito valiosa do Dr.
Jorge Enoch Werneck, hidrólogo sênior da EMBRAPA Cerrados.
Destaque-se que estes mais de dois anos de trabalho contaram apenas com recursos
humanos e físicos do próprio poder público distrital (e parceria de poder público federal através da
EMBRAPA), o que evidencia a capacidade instalada e a importância do fortalecimento do Estado e do
Sistema Distrital de Meio Ambiente - SISDIMA, e do desenvolvimento de parcerias institucionais,
como esta junto à EMBRAPA, ente que compõe o rol de instituições do Consórcio ZEE – Brasil.
O clima da região é caracterizado por duas estações bem definidas, uma chuvosa, de
setembro a março e outra extremamente seca, de abril a agosto. Durante os períodos de estiagem,
as vazões dos rios diminuem e a demanda aumenta, o que já ocasiona escassez e a consequente
disputa pelo uso da água em algumas bacias.
O incremento do uso da água tem consequências diretas para a redução das vazões dos rios,
causando uma menor capacidade de autodepuração e diluição. A diluição tem uma grande
importância na capacidade de assimilação de um rio. Um rio com pequena capacidade de diluição
possivelmente sofrerá de forma mais expressiva os efeitos da poluição, ao passo que um rio de
grande vazão, ao receber uma pequena vazão de efluentes, poderá não sofrer impactos importantes.
Fonte: Sistema Distrital de Informações Ambientais – SISDIA, a partir da Base de Dados de Hidrografia aprovada pela
Resolução nº 02/2015 – CRH/DF).
Figura 1– Mapa do Hidrográfico do Distrito Federal (ano 2015).
1.1. ÁGUA: ECOSSISTEMAS, RESILIÊNCIA E CAPACIDADE DE SUPORTE – E O MARCO LEGAL
Os rios e lagos são exemplos de ecossistemas. Estes são sistemas adaptativos complexos,
que apresentam dinâmicas entre seres vivos e não vivos em seus ambientes (físicos e biológicos),
nos quais o ser humano é parte integrante. Estes sistemas apresentam características específicas,
dentre as quais a resiliência, definida como a medida da magnitude dos distúrbios que podem ser
absorvidos por um ecossistema sem que o mesmo mude seu patamar de equilíbrio estável.
Destaque-se que após um evento de perturbação natural, quanto menor o período de
recuperação, maior é a resiliência de determinado ecossistema.
Os ecossistemas são profundamente modificados pela ação humana, à exemplo os
ambientes urbanos em sI ou as atividades econômico-produtivas, ambas sustentáveis apenas
quando os ecossistemas que as alicerçam são resilientes (Arrow et al., 1995).
Dentre os serviços ecossistêmicos encontram-se aqueles de provimento de água potável ou
de diluição de esgotos tratados ou ainda de drenagem pluvial natural (infiltração ou filtração),
assegurando qualidade da água nos corpos hídricos. Assim, o curso hídrico desempenhará o papel
de depuração da matéria orgânica presente nos efluentes até atingir o limite de sua capacidade de
assimilação. O conhecimento dessa capacidade dos corpos hídricos receptores de lançamento de
efluentes é importante quando se trata de determinar as vazões de diluição, traduzidos em atos
autorizativos na gestão do território e no planejamento do uso do solo do território.
A capacidade de assimilação / diluição de um curso d’água está relacionada com a sua
capacidade autodepuração e diluição da matéria orgânica lançada. A matéria orgânica presente
nos despejos pode ser degradada pelo consumo de oxigênio dissolvido presente no corpo hídrico.
O parâmetro de qualidade da água que representa a quantidade de oxigênio necessária para
oxidação biológica das substâncias oxidáveis presentes na água é a Demanda Bioquímica de
Oxigênio – DBO, parâmetro previsto no Enquadramento e utilizado nas estratégias de
monitoramento, como um dos indicadores da qualidade das águas, inclusive para outorga.
Resoluções nacionais e distritais estabelecem o regramento para a outorga dos recursos
hídricos. De acordo com a Resolução CNRH nº 140, de 21 de março de 2012, a qual estabelece
critérios gerais para outorga de lançamento de efluentes com fins de diluição em corpos de água
superficiais, o inciso IV, do artigo 3º define vazão de diluição como:
Mais além da previsão na Lei Mãe do DF (1993) – a Lei Orgânica – existe forte justificativa
técnica para utilização da Bacia Hidrográfica e suas sub unidades, as Unidades Hidrográficas, no
planejamento e gestão territoriais. A própria definição de Bacia Hidrográfica apresenta elementos
elucidativos à necessidade de sua utilização no âmbito do poder público, ainda que sua adoção
ainda seja tímida no país.
A bacia hidrográfica é:
uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento
para um único ponto de saída. Esta compõe-se de um conjunto de superfícies vertentes e
de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar em um
leito único no seu exutório.
Tucci, 1997.
(o)palco unitário de interação das águas com o meio físico, o meio biótico e o meio social,
econômico e cultural”
Yassuda, 1993.
É sobre este território definido como bacia hidrográfica que se desenvolvem a ação
antrópica e as atividades humanas.
e, no seu exutório, estão representados todos os processos que fazem parte do seu sistema,
constituindo o registro e
(...) consequência das formas de ocupação do território e da utilização das águas que para
ali convergem.
Porto e Porto, 2008.
As Bacias Hidrográficas são compostas por Unidades Hidrográficas. Estas são unidades que
possibilitam verificar o impacto sobre uma porção coerente de território e são adotadas como
base do planejamento e análise na Lei Nacional e Distrital das Águas, Lei Orgânica do DF, Plano de
Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos (PGIRH), constituindo-se, as menores Unidades de
Planejamento do ZEE-DF.
A “Lei Nacional das Águas”, lei federal nº 9.433 (de 08/01/1997), ou “Política Nacional de
Recursos Hídricos” tem entre os fundamentos a água como um bem de domínio público, dotado
de valor econômico, cujos usos prioritários em situação de escassez são o consumo humano e a
dessedentação animal. Define que a gestão deve tomar como unidade territorial a bacia
hidrográfica, no contexto da gestão integrada da água no território (diretriz geral de ação).
Apresenta, ademais um conjunto de instrumentos, quais sejam os planos de recursos hídricos, o
enquadramento dos corpos de água (em classes segundo os usos preponderantes), a outorga de
direito de uso, a cobrança pelo uso da água e o sistema de informação sobre recursos hídricos e,
adicionalmente, a compensação aos municípios.
Dos instrumentos previstos para a gestão de águas estão o Enquadramento das águas, a
Outorga pelo direito de uso da água e a Cobrança pelo uso da água.
A Outorga é um elemento fundamental para a gestão territorial uma vez que se constitui,
com o licenciamento Ambiental, atos autorizativos chaves. A Outorga, já implantada no Distrito
Federal, utiliza-se do pressuposto de comando e controle no território, pois
(...) representa o poder disciplinador do poder público para viabilizar a equidade entre os
usuários da água, mas também deve ser utilizada como um instrumento de implantação
de sistemas de gestão de demanda e uso racional da água e permitir que se faça o
disciplinamento do tipo de atividade a ser implantada na bacia. É, portanto, ferramenta
auxiliar na gestão territorial.
Porto e Porto, 2008.
O CRH-DF debateu o tema, ao longo de todo ano de 2014, no contexto dos trabalhos de
enquadramento dos rios de domínio federal no DF pelo Comitê Nacional da Bacia do Paranaíba.
Deste debate, foi construída uma proposta na Câmara Técnica do CRH/DF, apreciada e aprovada
pelo pleno do CRH/DF em dezembro de 2014 – a Resolução CRH-DF nº 02/2014 que estabelece o
Enquadramento das Águas Superficiais do DF.
Fonte: Comitês de Bacias Hidrográficas do DF (2013), figura modificada por Jorge Werneck e Irene Mesquita com as
deliberações do CRH/DF
Figura 4 –Enquadramento dos Corpos Hídricos Superficiais no DF (Resolução nº 02/2014 do CRH-DF).
Terciário 95 Terciário 95
Fonte: CAESB, 2015.
Baseando-se nos parâmetros de projeto das ETE, definiu-se no trabalho como “situação
teórica”, ponto de partida para análises futuras.
As cargas pontuais e difusa de fósforo, bem como a pontual de DBO foram avaliadas na seção
de controle de cada unidade hidrográfica, de acordo com a divisão hidrográfica estabelecida
pela ADASA em 2011.
O atendimento da classe do curso d’água, estabelecida pela Resolução nº02/2014 – CRH/DF,
foi considerado no ponto de controle, na entrega para a unidade hidrográfica à jusante.
Utilizou-se referenciais de depuração dos efluentes sugeridos por Von Sperling (2007). No caso
do DF, adotou-se uma depuração de 25 %. O referencial teórico foi adotado por não haver
estudos detalhados da capacidade de depuração dos corpos hídricos.
A avaliação do lançamento utiliza como referência as equações que seguem:
Essa metodologia quantifica a carga poluente no Ponto de Controle de um rio. A carga
poluente em um dado ponto de controle é calculada através da somatória das cargas dos
usuários de montante, caso existam.
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç
𝐾𝑢𝑠𝑢(𝑃𝐶) = [(1 − ) ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)]
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜
100 − 𝑘𝑎 𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç
+ [( )∗( ) ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)]
100 𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç
𝐾𝑢𝑠𝑢(𝑃𝐶) = [(1 − ) ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)]
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜
𝑘𝑎 𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç
+ [(1 − )∗( ) ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)]
100 𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç
𝐾𝑢𝑠𝑢(𝑃𝐶) = [(1 − ) ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)]
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç 𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç ∗ 𝑘𝑎
+ {[( )−( )] ∗ (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)}
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 ∗ 100
𝐾𝑢𝑠𝑢(𝑃𝐶) = (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864)
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç 𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç 𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç ∗ 𝑘𝑎
∗ (1 −
[ )+( )−( )] 𝐾𝑢𝑠𝑢(𝑃𝐶)
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 ∗ 100
𝐷𝑖𝑠𝑡𝐿𝑎𝑛ç ∗ 𝑘𝑎
= (𝑄𝑒 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 0,0864) ∗ [1 − ( )]
𝐾𝑚𝑟𝑖𝑜 ∗ 100
Onde:
Kusu(PC) – Carga do usuário-poluidor no Ponto de Controle, (t/d)
DistLanç – Distância do ponto de lançamento ao Ponto de Controle, (km)
Qe – Vazão de lançamento do efluente, (m3/s)
Ce – Concentração de poluente no efluente, (mg/l)
Kmrio – Comprimento total do rio, (km)
Ka – Potencial de degradação do rio, (adimensional)
𝑲𝑻𝒖𝒔𝒖(𝑷𝑪) = ∑ 𝑲𝒖𝒔𝒖(𝑷𝑪)
Onde:
KTusu(PC) – Carga pontual total no Ponto de Controle, (t/d)
𝑲𝑻𝒖𝒔𝒖(𝑷𝑪) ≤ 𝑲𝒎𝒑(𝑷𝑪)
Onde:
Kmp(PC) – Carga máxima permissível no Ponto de Controle, (t/d)
Cmp(PC) – Concentração máxima permissível no Ponto de Controle, (mg/l)
A Carga Total Calculada terá de ser menor ou igual à Carga Máxima Permissível no Ponto de Controle.
A Carga Máxima adotada no ponto de controle será de 10 mg/l.
Logo:
𝑲𝑻𝒖𝒔𝒖(𝑷𝑪)
𝑪(𝑷𝑪) =
(𝑸(𝑷𝑪) ∗ 𝟎, 𝟎𝟖𝟔𝟒)
Onde:
C(PC) – Concentração de poluente no Ponto de Controle, (mg/l)
Q(PC) – Vazão no Ponto de Controle, (m3/s)
Onde:
QD(PC) – Vazão de diluição no Ponto de Controle, (m3/s)
𝑲𝒎𝒑(𝑷𝑪)
𝑸𝑫𝒎𝒑(𝑷𝑪) =
𝑪𝒎𝒑(𝑷𝑪)
Onde:
QDmp(PC) – Vazão de diluição máxima permissível no Ponto de Controle, (m3/s)
Os dados foram compilados a partir da base hidrológica histórica da CAESB e da base mais
recente da ADASA. As informações de uso do solo advieram do mapeamento realizado pelo ZEE-DF.
As disponibilidades hídricas foram apresentadas por Bacias Hidrográficas através de três indicadores
para vazões especificas (L/s.Km2) e vazões por bacias (m3/s): Qmlt, Q7,10 e Q90. Os resultados
apresentam as vazões médias e máximas tanto de retiradas quanto consumidas (m 3/s), por tipologia
de uso consuntivo, a saber: consumo animal, urbano, rural, industrial e irrigação.
quantidade de águas outorgadas face ao previsto no marco legal (tanto para extração de água
bruta quanto para recepção de drenagem pluvial e de esgoto tratado);
quantidade de água remanescente no rio.
Estes indicadores buscaram aferir o cumprimento ou não das metas finais de qualidade das
águas, por Unidade Hidrográfica. Isto significa apontar, de maneira clara e objetiva, como está a
capacidade de suporte ambiental, considerando o horizonte temporal estabelecido nas metas finais
do Enquadramento, embora possa haver previsão de intensificação de usos (dada pelo PDOT).
O apontamento das incongruências de planejamento e gestão possibilitaram a construção,
pelo GT, de um conjunto de recomendações para superação de comandos contrários ou de
superexplotação do recurso natural água. Possibilitaram, ademais, a reflexão de novos mecanismos e
instrumentos para qualificar o uso da água existente de modo a abrir espaço para a reorganização
espacial. Não resta dúvidas de que existe um desafio grande associado à revisão dos instrumentos
territoriais e urbanísticos, para responder objetivamente a estas questões.
Segundo Silveira & Silveira (2001), o conhecimento das vazões mínimas das bacias é básico em
estudos de disponibilidade hídrica, pois estão naturalmente vinculados a períodos críticos de oferta
de água que condicionam a demanda. As vazões mínimas numa bacia correspondem a uma faixa
relativamente ampla de valores contínuos, sendo necessário estabelecer critérios para identifica-las.
Para o estudo, foram utilizadas como referência as vazões médias das mínimas estabelecidas
pelo Programa de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos do Distrito Federal – PGIRH/DF,
aprovado pelo Conselho de Recursos Hídricos em dezembro de 2012 (Resolução nº 01/2012).
O espaço territorial utilizado para cálculo dessas vazões é a Unidade Hidrográfica– UH.
Segundo o PGIRH (2012), as unidades hidrográficas são subdivisões das bacias hidrográficas e foram
consideradas no Distrito Federal como unidades básicas territoriais para gestão dos recursos hídricos
consoante à lei Orgânica do Distrito Federal. Ao todo, foram estabelecidas quarenta UH, sendo que
algumas delas possuem apenas parte de seu território dentro do Distrito Federal. Posteriormente,
identificou-se que o Distrito Federal é constituído por 41 UH, a qual foi pontuada na resolução do
Enquadramento (Resolução nº02/2014 – CRH/DF).
Os dados de vazão média das mínimas e de vazão outorgada são fornecidos pelo governo,
através da ADASA, com base no PGIRH (2012). No entanto, para a outorga em 10 (dez) UH, a ADASA
adota vazões definidas por estudos específicos. A escolha, conforme recomenda o PGIRH (2012),
aconteceu porque as diferenças encontradas referem-se a escolha de estações diferentes como
referência para regionalização, não havendo, portanto, incorreção na adoção daquelas vazões.
As dez UHs são:
As vazões outorgadas incluem apenas as vazões de retirada, ou seja, não incluem vazão de
diluição de efluente ou drenagem. Essas vazões são apresentadas em anexo.
Para as unidades hidrográficas onde há lançamento de estações de tratamento de esgoto
(ETE) da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal- CAESB, foi calculada a vazão de
diluição do efluente e somada à vazão outorgada para retirada. As vazões de diluição das ETE foram
calculadas pela ADASA e são apresentadas na tabela 24.
Os dados de vazões mínimas observadas consideram as medições de nível feitas nos pontos
de controle do DF, e não ao final de cada trecho enquadrado de rio.
A vazão mínima corresponde à mínima vazão média diária observada no mês. Em algumas
unidades hidrográficas em que a ADASA não possui dados de vazão, foram utilizados dados de
estações pertencentes ao sistema de monitoramento hidrométrico da CAESB. Essas unidades são
listadas na Tabela, que apresenta informações da unidade hidrográfica e da estação fluviométrica
utilizada.
Tabela 2: Estações Fluviométricas da CAESB utilizadas nos estudos
Unidade Hidrográfica Estação Fluviométrica
Código Estação Área Código Estação Área Latitude Longitude
2 2
(Km ) (Km )
16 Ribeirão das Pedras 116,6 60435200 Ribeirão das Pedras 76,15 -15:45:39 -48:09:36
39 Rio Santa Maria 23,3 60443970 Santa Maria - 15,70 -16:02:48 -48:00:58
Saneago
Fonte: CAESB, 2015
Para o estudo, foram consideradas as séries de vazões mínimas observadas de 2009 a 2014. A
partir dessa série, foi identificada a vazão mais desfavorável de cada mês.
Como a área de influência das estações de monitoramento difere da área das unidades
hidrográficas, para determinar a vazão mínima observada da UH, foi calculada a vazão mínima
específica de cada estação e multiplicada pela área da UH correspondente.
Para as UH pertencentes a mais de uma Unidade da Federação é considerada apenas a área
dentro do Distrito Federal. Para as UH do Alto Rio Preto e do Ribeirão Santana, a área considerada foi
de toda a UH, porque o rio é o limite entre o Distrito Federal e o Estado de Goiás, e, assim,
considerando o ponto de controle da ADASA, a bacia contribuinte é toda a UH.
Para avaliar a disponibilidade hídrica, foram estabelecidos dois indicadores de gestão para
aferir o comprometimento da disponibilidade hídrica. O primeiro considera o grau de
comprometimento da UH pelo percentual da vazão outorgável já utilizada (fundamental para melhor
controle da outorga e do licenciamento ambiental) e o segundo avalia as vazões mínimas observadas
em relação à vazão de referência (de grande importância para o planejamento de usos e para a
fiscalização). Ambos indicadores aqui propostos buscam melhorias na gestão das águas ao nível do
sistema de gestão distrital, mas também objetivam ao diálogo com setores de planejamento do
poder público atualmente pouco cientes e permeáveis da importância e do impacto de uma má
gestão das águas para o território e as populações residentes. Desta forma, dá-se mais um passo na
construção de pontes de diálogo entre setores que usualmente pouco se integram, em busca de
caminhos mais virtuosos no planejamento, gestão, monitoramento, controle e fiscalização do
território e de maior transparência junto à população, setores e órgãos de controle.
Para melhor leitura do documento, os resultados das análises estão apresentados somente
após a apresentação do conjunto de indicadores adotados.
Os indicadores de qualidade propostos tratam por um lado da gestão e por outro a qualidade
final do recurso.
Este indicador trata do grau de comprometimento da vazão outorgável do rio como forma de
avaliar a demanda outorgada face à disponibilidade hídrica das Unidades Hidrográficas, o que pode
orientar mais efetivamente instrumentos e processos de gestão territoriais, particularmente a
outorga de direito de uso de recursos hídricos e o licenciamento ambiental, além do monitoramento.
A Resolução ADASA nº350/2006 estabelece os procedimentos gerais para requerimento e
obtenção de outorga do direito de uso dos recursos hídricos em corpos de água de domínio do
Distrito Federal e em corpos de água delegados pela União e Estados.
Essa resolução estabelece como vazão máxima outorgável até 80% (oitenta por cento) das
vazões de referência Q7,10, Q90, ou Qmédia das mínimas mensais. Para a bacia do Rio Preto a parcela de vazão
que pode ser outorgada no DF é de 40% da Qm das mínimas mensais, conforme acordo assinado entre o
Distrito Federal e o estado de Goiás.
Para possibilitar a avaliação, foi calculado, para cada mês, o grau de comprometimento do
curso d’água.
O indicador adotado é a razão entre a vazão outorgada e a vazão outorgável, expressa em
porcentagem, como segue:
𝐐𝐨𝐮𝐭𝐨𝐫𝐠𝐚𝐝𝐚
𝐈𝐐𝐨𝐮𝐭 = 𝐐𝐨𝐮𝐭𝐨𝐫𝐠á𝐯𝐞𝐥 𝒙 𝟏𝟎𝟎
Onde:
Alto 50 – 70
Médio 20 – 50
Baixo <20
Fonte: ZEE/DF (Grupo de Disponibilidade Hídrica), 2015.
É importante destacar que, na definição das classes utilizadas nesta avaliação, foi considerado
o fato de que nem todos os usos nas UH são conhecidos, ou seja, existem usos não autorizados e não
conhecidos. Neste sentido, campanhas têm sido realizadas, em campo, de modo a identificar os usos
reais no território.
3.2.1.2 – INDICADOR DE COMPROMETIMENTO DA VAZÃO REMANESCENTE (VAZÃO MÍNIMA
OBSERVADA/VAZÃO DE REFERÊNCIA)
Este indicador avalia a disponibilidade hídrica a partir da vazão mínima observada em relação
à vazão de referência, isto é a comparação da situação real do rio para com a situação de referência.
Para determiná-lo, foi calculada para cada mês, a razão entre a vazão mínima observada e a
vazão média das mínimas, expressa em porcentagem.
𝐐𝐦𝐢𝐧𝐨𝐛𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚𝐝𝐚
𝑰𝑸𝒓𝒆𝒎 = ( ) 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝟎, 𝟐𝐱𝐐𝐦𝐞𝐝𝐦𝐢𝐧
Onde
𝑰𝑸𝒓𝒆𝒎= Indicador de vazão remanescente observada, expresso em percentagem
Qmínobservada = Vazão mínima observada para a UH a partir da medição nos pontos de controle, l/s
Qmédmín= vazão média das mínimas da UH, l/s
A vazão mínima da unidade hidrográfica foi determinada a partir das vazões mínimas
observadas durante o período de 2009 a 2014 nas estações fluviométricas localizadas nos pontos de
controle da ADASA ou em outros pontos próximos em caso de insuficiência ou inexistência de dados.
Como a área da estação é em geral diferente da área da UH, foi feita regionalização, calculando as
vazões mínimas específicas para a estação e estendendo para a área total da UH. No anexo 1 são
apresentados os dados de medição das estações, bem como as vazões mínimas específicas e as
vazões mínimas das UH. Este tipo de análise é adequado para avaliação da disponibilidade hídrica
das bacias para os fins propostos no ZEE, mas não deve ser utilizada para projetos específicos ou
outras análises devido às limitações decorrentes do pequeno período utilizado e demais limitações
decorrentes do método de regionalização adotado.
O valor utilizado para o indicador é o correspondente ao mês mais desfavorável (mais seco),
ou seja, aquele com o menor percentual de vazão remanescente ou ecológica. Segundo Silveira
(2001), as vazões mínimas ecológicas, ou de preservação ambiental, são as vazões mínimas
necessárias para garantir a manutenção e sobrevivência dos ecossistemas. No caso do DF, a definição
de vazão remanescente advém da Resolução ADASA nº 350/2006, onde a vazão máxima outorgável é
80% (oitenta por cento) da vazão de referência, tendo-se como vazão remanescente mínima 20%
(vinte por cento) da vazão de referência.
Neste estudo, considera-se o comprometimento máximo do rio, toda vez que a vazão medida
é igual ou inferior a 20% (vinte por cento) da vazão de referência. Observe-se que, no DF, a
quantidade de água no rio tem forte impacto na qualidade das águas devido às pequenas vazões
naturais dos rios e dos diferentes usos.
Alto 21 – 45
Médio 46 – 70
Baixo >71
Fonte: ZEE/DF (Grupo de Disponibilidade Hídrica), 2015.
É importante destacar que, na definição das classes utilizadas nesta avaliação, foi considerado
o fato de que nem todos os usos nas UH são conhecidos, ou seja, existem usos não autorizados e não
conhecidos e que não compõem o cadastro de outorgas da ADASA. Neste sentido, campanhas têm
sido realizadas pelo órgão, a campo, de modo a identificar os usos reais no território.
No que se refere às unidades hidrográficas onde estão inseridos lagos, foi feita uma análise
complementar, considerando a vazão de referência como sendo a vazão regularizada. Comparou-se a
vazão outorgada do Lago com a vazão regularizada para avaliação do comprometimento,
considerando-se que a vazão outorgada é a de retirada direta dos lagos.
Considera-se a vazão regularizada, a vazão que pode ser retirada de um reservatório de forma
constante, atrelada a uma garantia de fornecimento.
Para este estudo, a garantia considerada foi de 100% (cem por cento), ou seja, não se admite
falha no fornecimento de água potável. A vazão regularizada foi obtida a partir das séries históricas
medidas no exutório dos tributários dos lagos, portanto, já sofrem o efeito das retiradas de montante
dos pontos de monitoramento.
As vazões regularizadas utilizadas para os Lagos Santa Maria e Descoberto foram obtidas de
balanços hídricos desenvolvidos pela CAESB. Análises para o Lago Paranoá serão realizadas
posteriormente, durante a implementação do ZEE/DF, uma vez que estas demandam necessitam de
dados atualizados de batimetria e balanço hídrico.
Assim, o indicador de disponibilidade hídrica dos lagos é a razão entre a vazão outorgada e a
vazão regularizada, expressa em porcentagem.
Onde:
𝑰𝒍𝒂𝒈𝒐𝒔= Indicador de disponibilidade hídrica do lago, expresso em porcentagem
Qoutorgada = Vazão outorgada para retirada no lago, l/s
Qregularizada = Vazão regularizada do lago, l/s
Alto 61 – 80
Médio 41 – 60
Baixo <40
Fonte: ZEE/DF (Grupo de Disponibilidade Hídrica), 2015.
3.3 – RESULTADOS DA ANÁLISE DE COMPROMETIMENTO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA
Fonte: ZEE-DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2016 (SISDIA, 2016), a partir das UH do DF (Resolução nº 02 – CRH/DF)
Figura 6 – Comprometimento das Unidades Hidrográficas do DF no tocante a outorga de retirada.
Observe-se ao noroeste do território, a sobrecarga das retiradas nas UH do Torto, que inclui
desde a sua porção protegida pelo Parque Nacional de Brasília – PNB, Unidade de Proteção Integral
federal, onde há extração de água bruta do reservatório do Santa Maria, até porções territoriais
muito próximas ao reservatório do Descoberto, que tem sofrido expressiva pressão por ocupação
ilegal. Na porção leste e nordeste, majoritariamente envolvida com atividades agropecuárias, as
outorgas de retiradas referem-se principalmente à irrigação. Na porção norte, a Unidade Hidrográfica
do Alto Maranhão, relacionadas a ocupações no eixo Planaltina-Planaltina de Goiás e Pipiripau.
Retiradas acima do permitido no marco legal vigente trazem graves implicações para o
território. Por exemplo, na região Noroeste do DF, as vazões da UH do Rodeador são criticas para a
manutenção das aguas do reservatório do Descoberto, principal manancial de abastecimento do DF,
(cerca de 65%) partilhado com o Estado de Goiás. A UH do Ribeirão do Torto assegura aguas do
reservatório de Santa Maria (cerca de 23%). Estas UHs compõem a Zona Rural de Uso Controlado e a
Macrozona de Proteção Integral respectivamente (vide figura abaixo).
Na região Leste do DF, seis Unidades Hidrográficas que integram a Bacia Hidrográfica do Rio
Preto estão em estado crítico, o que remete a discussão do padrão de uso da agua para atividades
agropecuárias no DF.
Tabela 6 – Comprometimento das Unidades Hidrográficas do DF no tocante a outorga de retirada (1/8)
Isto significa duplo risco à população do DF: o comprometimento das águas daquelas UH e seu
impacto na qualidade de vida da população local, assim como o comprometimento da água de
reservatórios fundamentais para resguardar o conjunto de populações residente no DF em relação ao
risco de estresse hídrico, principalmente em ambientes urbanos. Isto porque, no caso da BH do
Corumbá, a água destas UH compõe a rede de drenagem natural daquela Bacia Hidrográfica, cujo
reservatório em Goiás é fundamental na estratégia de provimento de água potável no médio e longo
prazos para o DF.
Tabela 7 – Comprometimento da vazão outorgada para diluição no DF (1/3)
A vazão remanescente é aquela vazão que precisa ficar no rio sob risco de comprometer sua
existência. No DF, ela foi estipulada em 20% (resolução ADASA nº 350/2006). Há necessidade de
estabelecer estudos para verificar se esta vazão viabiliza vida nos rios distritais. Com este
entendimento, o CRH/DF definiu o estabelecimento de indicadores ecológicos para os corpos
hídricos, no contexto do Enquadramento (Resolução nº 2 – CRH/DF, 2014), de sorte a trazer meios
para uma gestão de “águas”, superando o paradigma de “recursos hídricos”.
UNIDADE
HIDROGRÁFICA- Máximo Mínimo Indicador %
VAZÕES UN JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
UH Percentual Percentual Outorgado
Nº NOME Outorgado Observado
Qméd min l/s 790 1023 909 801 592 500 414 324 290 239 339 478
Qoutorgável l/s 632 818 727 641 474 400 331 259 232 191 271 382
ALTO RIO Qoutorgada l/s 222 229 327 406 406 406 406 393 384 339 327 229 MUITO
1 177,04% 4,34%
SAMAMBAIA Qmín medida l/s 140 241 110 311 343 200 113 26 21 20 15 33 ALTO
% Outorgado % 35,13 27,98 44,90 63,39 85,77 101,56 122,65 151,43 165,30 177,04 120,39 59,88
% Observado % 17,66 23,52 12,06 38,86 57,94 40,10 27,22 7,89 7,23 8,26 4,34 6,84
Qméd min* l/s 1182 1408 1444 1271 936 759 632 549 510 510 665 925
Qoutorgável l/s 945 1126 1155 1017 749 607 506 440 408 408 532 740
ALTO RIO Qoutorgada l/s 304 304 304 304 305 305 305 305 305 304 304 304 MUITO
2 74,61% 19,66%
MARANHÃO Qmín medida l/s 416 484 554 611 484 383 318 286 286 274 256 182 ALTO
% Outorgado % 32,20 27,03 26,36 29,94 40,75 50,24 60,27 69,33 74,61 74,46 57,22 41,14
% Observado % 35,18 34,36 38,34 48,03 51,66 50,40 50,27 52,13 56,12 53,69 38,45 19,66
Qméd min l/s 8200 9340 9440 8930 7330 6160 5400 4460 3760 3580 4580 6040
Qoutorgável l/s 3280 3736 3776 3572 2932 2464 2160 1784 1504 1432 1832 2416
ALTO RIO Qoutorgada l/s 516 1121 763 1134 1209 1191 1192 1142 1094 1193 564 462 MUITO
3 83,33% 3,91%
PRETO Qmín medida l/s 495 937 369 1542 1177 820 546 328 328 227 450 757 ALTO
% Outorgado % 15,73 30,01 20,21 31,76 41,22 48,33 55,20 64,00 72,74 83,33 30,81 19,14
% Observado % 6,04 10,03 3,91 17,27 16,06 13,32 10,10 7,36 8,73 6,35 9,82 12,53
Fonte: ZEE-DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2016.
Tabela 8 – Comprometimento da vazão outorgada (Retirada e Diluição) da Vazão Remanescente no DF.(2/11)
A diferença observada entre o outorgado e o medido diz respeito a própria natureza dos
indicadores utilizados. Um esta focado na ação de gestão à luz do ato autorizativo da outorga, e
significa a quantidade máxima de água autorizada para uso. Conforme visto para os Lagos
Descoberto e Santa Maria, a vazão outorgada é maior que a vazão utilizada de fato. Em que pese
haver necessidade de uma “folga”, ou seja, uma quantidade adicional de água para situações críticas
de escassez, há necessidade de modular finamente o instrumento da outorga. O outro indicador traz
a situação fática medida no rio, o que trás luzes para aferir qualidade real em que pese as variações
encontradas ao longo do ano e as características climáticas em relação as chuvas no DF.
A situação dos lagos Descoberto e Santa Maria em relação à quantidade de água também foi
objeto de análise. Os dados de vazão regularizada, vazão outorgada, grau de comprometimento e a
classificação das áreas de drenagem UH onde estão inseridos os principais Reservatórios de
abastecimento público do Distrito Federal, em relação à disponibilidade hídrica superficial estão
apresentados na tabela abaixo.
Analisando a tabela acima, verifica-se que os resultados encontrados para as duas UH,
indicam um grau de comprometimento superior a cem por cento. Este resultado indica que a vazão
regularizada encontrada considerando a disponibilidade hídrica atual dos reservatórios está
diminuindo em relação às vazões outorgadas quando da entrada em operação dos
empreendimentos, o que pode no futuro comprometer o abastecimento de parte da população do
Distrito Federal. No entanto esta possibilidade só poderá ser verificada com estudos de modelagem
dos reservatórios, uma vez que o balanço hídrico atual nao considera a capacidade de regularização
do reservatório no longo prazo.
No PGIRH/DF (2012), a disponibilidade hídrica dos lagos também foi determinada. Neste
estudo, a vazão média de longo termo da série natural reconstituída encontrada para a bacia do lago
Descoberto foi de 9,33 m³/s e de 2,64m³/s para a bacia do lago Santa Maria. As variações
encontradas expressam a evolução de uso e ocupação desta bacia, apontando a importância de
qualificar planejamento e controle do território, daí a importância da construção de pontes junto aos
demais setores de planejamento e gestão do poder público, particularmente aqueles diretamente
envolvidos na definição de novas áreas para ocupação.
A vazão média anual captada no ano de 2014 foi de 4.750 litros por segundo para o lago
Descoberto e de 1.890 litros por segundo para o lago Santa Maria, nos dois casos, inferior à vazão
outorgada. Isto significa que o total de água bruta extraído nestes lagos e inferior ao outorgado em
menos de 50%. Se, por um lado, a outorga é antiga, tendo sido expedida em uma época em que
haviam menos recursos do que atualmente, por outro lado, importa pontuar que a vazão outorgada
deve ser superior àquela efetivamente utilizada, de sorte a prevenir situações de estresse e que,
ademais, deve ser modulada à sazonalidade climática. No DF, o regramento da outorga atual ainda
não possibilita gestões sazonais mais acuradas.
O mapa da situação de comprometimento dos lagos no DF está apresentado abaixo.
Fonte: ZEE-DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015
Figura 10 – Situação do comprometimento da quantidade de água dos Lagos do Distrito Federal
As Unidades Hidrográficas que drenam para o reservatório do Lago Paranoá (Rio Descoberto,
Ribeirão Rodeador e Ribeirão das Pedras) e do Ribeirão do Torto (que alimenta a represa Santa
Maria, no interior do Parque Nacional de Brasília) estão em situação de comprometimento. A
questão do uso do solo precisa ser endereçada rapidamente nestas Unidades Hidrográficas.
A outorga de 80% dos rios, tributários e calha principal possibilita o enchimento dos reservatórios,
mantendo-se apenas 20% da agua para tal fim?
Quais as perspectivas no caso da atual variabilidade climática, com atrasos e espaçamento das chuvas,
para manutenção das vazões do rio e enchimento dos reservatórios?
4 - DISPONIBILIDADE HÍDRICA – QUALIDADE
Observa-se que uma porção significativa é atendida pelas bacias de esgotamento sanitário
Melchior e Brasília Sul. Para proteger o Lago Paranoá, parte do esgoto doméstico coletado na bacia
de drenagem da ETE Brasília Sul é atualmente exportado para a ETE Melchior, com ônus para o
Estado da construção e manutenção de infraestrutura para transposição de bacias.
Para avaliar a qualidade da água dos corpos hídricos do DF foram elaborados indicadores e
construídos os respectivos mapas temáticos que indicam o atendimento ao enquadramento e o grau
de comprometimento da qualidade da água no ponto de controle da UH. Neste estudo, foram
avaliados os parâmetros Fósforo e Demanda Bioquímica de Oxigênio.
No Distrito Federal, a maioria das ETE possui eficiência elevada em remoção de carga, com
exceção das ETE Planaltina, Vale do Amanhecer, Sobradinho, Paranoá e São Sebastião, todas na bacia
do São Bartolomeu, que operam a nível secundário. As demais funcionam a nível terciário.
Para simplificação da análise, tomou-se como base a média das cargas per capita do
parâmetro avaliado, gP/hab.dia por bacia de esgotamento (gramas de fósforo por habitante por dia
por bacia de esgotamento). Para análise dos resultados, a carga total do parâmetro foi convertida em
concentração (mg/L) considerando a vazão do rio no ponto de lançamento.
Para determinar a vazão de diluição necessária no ponto de lançamento, sem considerar a
capacidade de autodepuração, foi utilizada a equação abaixo:
𝑸𝒆𝒇𝒍∗(𝑪𝒆𝒇𝒍− 𝑪𝒑𝒆𝒓𝒎)
𝑸𝒅𝒊𝒍 = Equação 1
(𝑪𝒑𝒆𝒓𝒎− 𝑪𝒏𝒂𝒕)
Onde:
Qdil= vazão de diluição necessária para determinado parâmetro de qualidade (m3/s);
Qefl= vazão do efluente que contém o parâmetro de qualidade analisado (m3/s);
Cefl= concentração do parâmetro de qualidade do efluente (mg/L);
Cperm= concentração permitida para o parâmetro de qualidade, no corpo receptor onde é realizado o
lançamento (mg/L);
Cnat= concentração natural do parâmetro de qualidade do corpo receptor onde é realizado o lançamento
(mg/L).
O esgoto tratado pelas ETE é lançado em corpos hídricos utilizados como corpos receptores
para a sua autodepuração. Como os rios do DF são de baixa vazão, nem sempre conseguem
naturalmente promover a autodepuração dos efluentes de modo a alcançar a qualidade desejada.
Para determinar a concentração do parâmetro no exutório (que se constitui o ponto de
controle) de cada unidade hidrográfica adotou-se a vazão de referência estabelecida pela Resolução
nº 13/2011 – ADASA no ponto de controle (Q méd min) e utilizou-se a seguinte equação de diluição:
Onde:
𝑪𝒆𝒙𝒖𝒕ó𝒓𝒊𝒐 Equação 5
𝑰𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅 = 𝑪𝒑𝒆𝒓𝒎
Onde:
Iatend = Indicador de atendimento ao enquadramento (Resolução CRH nº 02/2014);
Cexutório = Concentração no exutório da UH;
Cperm= Concentração do parâmetro permitida no exutório da UH (Resolução CONAMA n° 357/2005).
Onde:
Classificação do Faixa de
Comprometimento da UH Comprometimento (%)
Alto 70 – 90
Médio 40 – 70
Baixo <40
Fonte: ZEE/DF (Grupo de Disponibilidade Hídrica), 2015.
Isto significa tomar decisões para rever e qualificar a gestão (tratamento minucioso às
outorgas existentes e a novos pedidos, bem como maior rigor no licenciamento ambiental) além
desintensificar controle e fiscalização de sorte a impedir novas ocupações e/ou adensamento,
particularmente ocupações ilegais, em toda a UH. Estas medidas são ainda mais relevantes
consideradas as variabilidade climática observada com maior frequência nos últimos anos, podendo
ser resultado de mudanças mais profundas dos padrões climáticos, aos quais é importante qualificar
a gestão e os instrumentos disponíveis tais como plano, outorga e licenciamento ambiental, dentre
outros.
São estas medidas, a serem tomadas para todo o poder público, cujo alcance é muito maior
do apenas aquelas envolvendo os entes que compõem o sistema de gestão dos recursos hídricos no
DF. Por isto, há necessidade, adicionalmente, de internalizar este monitoramento de águas no
planejamento de uso do solo na UH de sorte a propor alternativas a estes eixos de crescimento
urbano ou usos produtivos nesta porção do território.
Mais além de um “não pode”, tem-se o desafio de busca de soluções relativas a alternativas
para melhor uso da água disponível na UH: campanhas para redução do consumo per capita e para
diminuição de desperdícios (da rede e dos usos pela população), incentivos para melhorias
tecnológicas relativas a reuso de água (edilícias e do sistema), entre outros.
4.2.2 – RESULTADOS
Apresenta-se neste tópico os resultados relativos aos níveis de fósforo e de DBO, em ambos os casos,
nos aspectos das cargas difusa, pontual e total.
Classe 04 - - -
Fonte: ZEE/DF (Grupo de Disponibilidade Hídrica), 2015.
Na determinação de um indicador de carga difusa, foram consideradas as 41 (quarenta e
uma) Unidades Hidrográficas delimitadas de acordo com a divisão hidrográfica do Distrito Federal
que consta do Plano de Gerenciamento Integrado dos Recursos hídricos do DF (PGIRH/DF) em 2012 e
adotado no ZEE/DF.
Com base no mapa de uso e ocupação do ZEE/DF do ano de 2009, 12 (doze) classes de uso
foram agrupadas em 4 (quatro) classes (área urbana, área rural, área verde – que engloba áreas de
matas e florestas - e área de água), segundo as classes utilizadas por Von Sperling (2005) para
associação com faixas e valores típicos de contribuição unitária de fósforo por drenagem pluvial.
As contribuições unitárias de fósforo correspondentes as classes de uso, segundo Von Sperling (2005)
estão apresentadas na Tabela 11.
Para estimar a carga unitária de fósforo a ser aplicada às Unidades Hidrográficas do Distrito
Federal, bem como um coeficiente de exportação de carga de fósforo difusa, foram selecionadas
algumas Unidades Hidrográficas das bacias do rio Paranoá, do rio Descoberto e do rio Pipiripau, que
apresentam correspondência em relação às classes de usos estabelecidas por Von Sperling.
Com base na série histórica do monitoramento da qualidade da água e hidrológico, foram
selecionados os dados de concentração de fósforo total – P total (µg/l), vazão (m3/s) e área de
drenagem (km2), onde calculou-se a carga de fósforo (kg/dia) medida nos corpos hídricos
monitorados.
Os dados utilizados referem-se ao período amostral de 2005 a2010, para as bacias do rio
Paranoá e do rio Descoberto, e de 2007 a 2012, para a bacia do Ribeirão Pipiripau, segundo
oRelatório Técnico– PRHR/PRH/CAESB (CAESB, 2015). A metodologia utilizada no relatório está
descrita, sucintamente, a seguir.
Visando mensurar a contribuição unitária de fósforo de acordo com as classes de uso de solo
nas unidades avaliadas, foi determinado um Coeficiente de Exportação de Carga Difusa (CE) e seu
cálculo foi baseado na seguinte equação:
𝑪 𝒙 𝟑𝟔𝟓
𝑪𝑬 = 𝑨
Onde:
Como o coeficiente de exportação de fósforo (P) é expresso em kg/km 2 x ano, o valor de carga de P é
um valor médio em kg/dia;
A vazão de referência utilizada foi calculada por meio da vazão específica de longo termo (qmlt) das
bacias hidrográficas, segundo o PGIRH (2012), multiplicada pela área de cada UH, resultando na vazão
média de longo termo Qmlt;
A concentração difusa de fósforo (P) por UH foi obtida utilizando a seguinte equação:
𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂
𝑪 = 𝑸𝒎𝒍𝒕
Onde:
C = concentração difusa em mg/L;
carga = carga de fósforo difusa calculada utilizando o coeficiente de exportação de fósforo por UH (kg/dia);
Qmlt = vazão média de longo termo de cada UH (m3/s).
Os resultados obtidos para carga difusa de Fósforo (P) com base nos dados da série histórica
das bacias do lago Paranoá, lago Descoberto e ribeirão Pipiripau geraram coeficientes de exportação
para o agrupamento de 3 (três) dos 4 (quatro) usos descritos anteriormente, quais sejam: área
urbana, área rural, área verde e área de água).
A tabela abaixo apresenta os valores médios de coeficiente de exportação de carga difusa
para área urbana, área rural e área verde utilizados no presente estudo.
Tabela 14– Contribuições unitárias de fósforo estimadas a partir das séries históricas
Este parâmetro foi escolhido por apresentar limitação tecnológica em seus níveis de
remoção e ser conservativo. Além disso, o aporte de fósforo nos corpos hídricos acima de sua
capacidade de assimilação/depuração faz com que haja desequilíbrio no ambiente e consequente
degradação da qualidade da água. Em corpos hídricos com movimentos lentos (ambiente lêntico),
como lagos e reservatórios os efeitos podem levar a eutrofização.
Classificação Fósforo total (mg/l) – Fósforo total (mg/l) – Fósforo total (mg/l)
ambientes lênticos intermediário (tempo – lótico e tributários
residência 2 e 40) / de ambientes
tributários diretos de intermediários
ambientes lênticos
Tabela 16– Atendimento ao Enquadramento dos Corpos Hídricos Superficiais do DF – Carga Difusa de fósforo
(P)
Tabela 17– Grau de comprometimento de carga difusa de fósforo (P) por Unidade Hidrográfica, no ponto de
controle do poder público distrital.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF
Nas Figuras12 e 13 são apresentados os mapas de atendimento ao enquadramento e o grau
de comprometimento da UH em relação a concentração de carga difusa de fósforo (P) nos pontos de
controle do GDF em cada Unidade Hidrográfica.
Observação – mapa construído a partir da validação de dados medidos à luz dos dados constantes da literatura.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF
Figura 12 – Atendimento ao Enquadramento no DF – Carga Difusa de Fósforo
Observação – mapa construído a partir da validação de dados medidos à luz dos dados constantes da literatura.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF
Figura 13 – Comprometimento no Atendimento ao Enquadramento no DF – Carga Difusa de Fósforo
(P)
Observe-se que 8 (oito) Unidades Hidrográficas encontram-se com graus “alto” e “muito
alto” e comprometido, isto é, além da capacidade de suporte ambiental. Particularmente 3 (três)
Unidades Hidrográficas estão em situação comprometida: Alto Rio Descoberto, Ribeirão Rodeador e
Riacho Fundo, que requerem políticas públicas claras para superação desta situação, porque
claramente insustentáveis no curto, médio e longo prazos. O poder público distrital, através da
SEAGRI e EMATER instituíram o Programa de Conservação de Água e Solo estabelecendo o início dos
trabalhos na Unidade Hidrográfica do Rodeador. No entanto, faltam políticas claras para o Alto
Descoberto (também rural).
A Unidades Hidrográfica do Riacho Fundo é crítica para a gestão territorial distrital posto que
ali está o tributário mais poluído do Lago Paranoá (Caderno Técnico do Pré-Zoneamento). Soluções
urgentes e efetivas para a ocupação desta Unidade Hidrográfica passam pela regularização ambiental
e fundiária da ocupação no que couber, uma vez que esta Unidade Hidrográfica se caracteriza por
uma combinação de intensa ocupação urbana (Águas Claras) e ocupações urbanas, igualmente
intensas, embora de natureza ilegal, ao longo do eixo do Córrego Vicente Pires (Arniqueiras,
Bernardo Sayão, entre outros), algumas das quais em fase de regularização, como o Vicente Pires.
Existem desafios claros nesta Unidade Hidrográfica, um deles é sem dúvida, a estratégia de
drenagem pluvial, baseada em grandes obras (infraestrutura cinza) que pouco dialoga com uma
organização urbana mais sustentável dando espaço para um real manejo de águas pluviais no próprio
espaço urbano. Remete-se nestes projetos, a baciões de contenção e de dissipação em Áreas de
Preservação Permanente.
As Unidades Hidrográficas do Rio Melchior, Ribeirão Engenho das Lages e Ribeirão do Gama
apresentam níveis de alto comprometimento da UH em relação à concentração de fósforo no ponto
de controle. O controle do P nas diversas porções do território e critica para limitar o aporte de P nos
reservatórios do Descoberto e do Corumbá, posto que são fontes de agua potável as quais o DF nao
pode prescindir. A ocupação nestas Bacias, que se constituem Eixos Produtores de Aguas, deve ser
revista e disciplinada considerando o grave impacto aos reservatórios.
4.2.2.2 – RESULTADOS DE CARGA PONTUAL DE FÓSFORO (P)
Para simplificação da análise, tomou-se como base a média das cargas per capita, que é de
1,2 gP/hab.dia por bacia de esgotamento no Distrito Federal. Para análise dos resultados, a carga
total de fósforo foi convertida em concentração (mg/L) considerando a vazão do rio no ponto de
lançamento.
Neste estudo, optou-se por adotar as concentrações teóricas para cálculo das concentrações
no ponto de lançamento e no exutório da UH. Na próxima atualização deste trabalho, durante a
implementação do ZEE/DF, deve-se utilizar os dados operacionais e compará-los com os teóricos aqui
utilizados. Estes deverão ser apresentados nos Comitês de Bacias e no Conselho de Recursos Hídricos
do DF.
Foram consideradas para a análise as eficiências de remoção de fósforo (P), tomando-se
como base a eficiência projetada para cada ETE. Para as estações que operam em nível terciário, a
eficiência de remoção de fósforo considerada foi de 95%. As demais ETEs foi considerada eficiência
de projeto correspondente ao nível de tratamento adotado. Na Tabela abaixo, a eficiência de
remoção e a concentração efluente de fósforo (P) por bacia de esgotamento é indicada.
A concentração natural de fósforo adotada para os cursos hídricos se baseia em valores
médios de dados de qualidade da água dos mananciais distritais monitorados pela CAESB, em torno
de 0,0013 mg/L.
Como o P (Fósforo) é um parâmetro de baixíssima degradação, a concentração diluída no
ponto de lançamento foi extrapolada para o exutório, portanto com taxa de degradação igual a zero.
Tabela 18– Abatimento da carga gerada pela bacia em função das eficiências aplicadas por bacia de
esgotamento.
Obs: Não foram consideradas as ETE Brasília Norte e Sul (lançam no Lago Paranoá).
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF e nos dados da rede de
monitoramento distrital.
Na Tabela abaixo, a concentração de fósforo (P) no exutório das Unidades Hidrográficas que
recebem os esgotos tratados está apresentada. Os valores estabelecidos para concentração de
fósforo no curso hídrico foram definidos de acordo com as classes definidas pela Resolução CRH nº
02/2014, bem como pelos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/2005.
Tabela 19 –Concentração e carga de fósforo (P) teóricos e de legislação e vazão disponível no exutório das UH
distritais.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF e nos dados da rede de
monitoramento distrital
Nas unidades hidrográficas do Ribeirão Alagado, Ribeirão Ponte Alta, Rio Paranoá, Ribeirão Papuda,
Ribeirão Sobradinho, Alto Rio São Bartolomeu e Médio Rio São Bartolomeu, a vazão de diluição
calculada para a concentração estimada no exutório é maior que a vazão média das mínimas
disponível;
Isto significa níveis de comprometimento das águas, que impedem os usos consuntivos de
água pela população previstos no Enquadramento distrital. Ademais trazem em si potencial de
eutrofização dos principais reservatórios a jusante, comprometendo a qualidade de vida local das
populações, ao longo dos cursos d’água, e trazem uma nova escala de risco ao comprometer
mananciais de abastecimento de toda a população do DF e parte da RIDE.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF e nos dados da rede de
monitoramento distrital.
Assim, das 9 (nove) UH, sete nao atendem ao Enquadramento atualmente. Observe-se que o
atendimento aos parâmetros para a classe 4 da Resolucao CONAMA n*357 (UH Riacho Fundo e UH
Melchior) dá-se porque esta classe não um limite estabelecido para o P (Fósforo). Isto significa que
atendendo apenas aos usos de “navegação e harmonia paisagística”, considera-se não haver
descumprimento desta classe de enquadramento. Isto significa na pratica os mais baixos níveis de
qualidade ambiental possível, ainda dentro do marco legal, implicando impossibilidade de fruição do
corpo hídrico pela população para usos mais nobres como a própria balneabilidade. Na pratica,
significa “estar de costas para o rio”.
Ainda que apresentando conformidade em relação ao Enquadramento, existem dois
desafios a serem enfrentados no tocante a classe 4, particularmente no DF:
(i) definição de parâmetros e alternativas para a manutenção da vida no rio e/ou
possibilidade de seu restabelecimento. Neste sentido, o Enquadramento aponta a necessidade de
definição (em alguns anos) de indicadores ambientais que possibilitem, sempre que couber, a
qualificação dos parâmetros físicos da água, de sorte a melhoria da qualidade ambiental na ponta.
(ii) prevenção e enfrentamento dos impactos de um rio enquadrado como classe 4 no rio a
jusante com classe mais restritiva, isto é rio com melhor qualidade da água.
Em ambos os casos, temos que considerar que quanto maior o afastamento da qualidade da
água do rio (classe 4) do limite máximo da classe 3, maior será o impacto e a degradação do rio em si
e maiores serão os desafios para alcançar a classe definida pra a calha do rio devido à contribuição do
tributário classe 4.
O grau de comprometimento por Unidade Hidrográfica está apresentado na tabela abaixo.
Tabela 21 – Grau de comprometimento de carga pontual por Unidade Hidrográfica.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF
Considera-se grau de comprometimento a concentração no ponto de controle do rio em
relação a concentração permitida em relação à classe de acordo com o Enquadramento.
Nas Figuras14 e 15são apresentados os mapas de atendimento ao enquadramento e o de
grau de comprometimento da concentração de fósforo (P) nos pontos de controle do GDF em cada
Unidade Hidrográfica.
Ressaltamos que, no presente estudo, a avaliação de atendimento ao enquadramento foi
feito em relação ao ponto de controle e não por trecho de rio enquadrado.
Observando as Figura 14 e 15, as Unidades Hidrográficas do Rio Melchior, Ribeirão Ponte
Alta, Ribeirão Alagado, Alto Rio São Bartolomeu, Médio Rio São Bartolomeu, Ribeirão Sobradinho,
Ribeirão Santo Antônio da Papuda não atendem ao enquadramento do ponto de controle, exutório
da UH, e estão comprometidas (grau de comprometimento >100%). Somente a UH Riacho Fundo
atende ao enquadramento, no entanto, o grau de comprometimento desta UH é alto, em torno de 70
a 90% de comprometimento.
Fonte: ZEE/DF, GT Disponibilidade Hídrica, 2015, com base na Resolução nº2/2014 – CRH/DF
Figura 14 – Atendimento ao Enquadramento no DF – Carga Pontual de Fósforo
Observe-se o não atendimento de 7(sete) das 9 (nove) UH monitoradas. São diversas as
implicações da falta de atendimento da qualidade de água nestas UH, dificultando o adensamento
urbano sem que se enderece a questão do esgotamento sanitário, sob risco de estrangulamento da
concessionária. Na porção Sudoeste do território, há impacto tanto no reservatório do Descoberto
quanto no da Corumbá IV, sendo estas UH integrantes do Eixo Produtor de Água para Abastecimento
Humano. O atendimento do Enquadramento da UH do Riacho Fundo, eixo de regularização fundiária
no DF envolvendo Vicente Pires e as ocupações humanas advindas da grilagem a jusante, dá-se
devido a tipologia da classe 4 conforme anteriormente explicado.
Tabela 21 – Grau de comprometimento de carga total de fósforo (P) por Unidade Hidrográfica.
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015
Para representar o impacto das cargas difusa e pontuais de fósforo no ponto de controle de
cada unidade hidrográfica foi realizada a integração dos dois mapas apresentados nas Figuras 16 e
17, resultando na Concentração total de P e Comprometimento da qualidade da água no DF.
As unidades hidrográficas do Alto Rio Descoberto, Ribeirão Rodeador, Ribeirão das Pedras, Rio
Melchior, Riacho Fundo, Ribeirão Ponte Alta, Rio Alagado, Ribeirão Sobradinho, Alto Rio São
Bartolomeu, Médio Rio São Bartolomeu e Ribeirão Santo Antônio da Papuda, não atendem ao
enquadramento de acordo com a classe do corpo hídrico;
Comparando com os mapas de carga difusa e carga pontual, o incremento da carga pontual com a
difusa faz com que haja alteração em relação ao atendimento ao enquadramento, quando se observa
o mapa de carga total.
A UH Baixo Rio Descoberto está com grau muito alto de comprometimento, entre 90 e 100% próximo
de atingir o valor permitido pela classe no ponto de controle;
As UH Engenho das Lajes e Ribeirão do Gama, estão com o grau de comprometimento alto (70 a 90%);
As UH Rio Descoberto, Ribeirão do Torto, Ribeirão Santa Maria, Rio Pipiripau, Ribeirão Santana,
Ribeirão Cachoeirinha, Ribeirão Taboca, Alto Rio Samambaia e toda a bacia do Rio Preto apresentam
médio grau de comprometimento, entre 40 e 70%;
As UH da bacia do Rio Maranhão, as UH Baixo Rio São Bartolomeu e Ribeirão Saia Velha apresentam
baixo grau de comprometimento, abaixo de 40%.
As UH Baixo Rio Descoberto, Engenho das Lajes e Ribeirão do Gama sinalizam que o
planejamento territorial deve ser atrelado a gestão de recursos hídricos da unidade hidrográfica, de
modo que a capacidade suporte do recurso hídrico seja o norteador para que não haja elevado
comprometimento dos cursos hídricos dessas unidades hidrográficas.
4.4 – CARGA PONTUAL DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO
Para simplificação da análise, tomou-se como base a média das cargas per capita que é de
54 gDBO/hab.dia por bacia de esgotamento.
Foram consideradas para a análise as eficiências de remoção de DBO, tomando-se como
base a eficiência referente ao nível de tratamento aplicado em cada estação de tratamento.
Adotou-se calcular as concentrações no exutório e as respectivas diluições no corpo receptor
em função das concentrações teóricas, pois pode-se comparar com os dados operacionais
atualizados, quando da próxima atualização deste trabalho.
A eficiência de remoção e a concentração efluente de DBO, por bacia de esgotamento estão
indicadas na tabela abaixo.
Tabela 23 – Abatimento da carga gerada pela bacia, em função das eficiências aplicadas, por bacia de
esgotamento.
Obs: Não foram consideradas as ETE Brasília Norte e Sul (lançam no Lago Paranoá).
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015
A vazão disponível no ponto de controle refere-se a vazão outorgável (80% Qmedmin) deduzidas as
outorgas emitidas na UH. Esta vazão foi escolhida pois adota-se o princípio dos usos preponderantes
Foi inserida nos cálculos a vazão Qmedmin de entrada no ponto de lançamento, excluídas as
outorgas a montante
No caso dos rios federais onde não há metodologia definida para autodepuração, foi
considerada somente a diluição.
Para determinar a vazão de diluição por lançamento, foi utilizada a equação abaixo que
identifica a vazão necessária para diluição do efluente no ponto:
Onde:
Qlan= vazão lançamento m³/s;
DBOlan= DBO do lançamento em mg/l.
A DBO permitida foi considerada aquela DBO constante da Resolução nº 02/2014 – CRH/DF,
e a DBO natural como a média da DBO verificado pelo programa de monitoramento da qualidade das
águas superficiais e subterrâneas mantido pelo Governo do Distrito Federal através da ADASA.
(-) sem dados de vazão remanescente da CEB (operadora das comportas da represa)
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015
Para as UHRibeirão Alagado e Médio São Bartolomeu, como se tratam de rios de domínio
federal, somente foi calculada a vazão de diluição.
No caso da UH Rio Melchior, por estar enquadrado na classe 4 (sem valor máximo
estabelecido na Resolução CONAMA nº 357/2005), adotou-se o valor máximo de DBO de 20 mg/L no
ponto de controle, e a vazão foi calculada considerando a ETE Melchior, ETE Samambaia e a ETE
Seara.
Considerando que as bacias do Ribeirão Alagado (que recebe efluente tratado das ETE
Alagado e Santa Maria), e do Ribeirão Ponte Alta (que recebe contribuições da ETE Recanto das Emas,
pelo Córrego Vargem da Benção e da ETE Gama), estão situadas próximas ao ponto de controle do DF
na divisa do Distrito Federal, recomendamos que a avaliação das cargas pontuais se estenda até
imediatamente antes da confluência do Ribeirão Alagado com o Ribeirão Ponte Alta.
A Figura 19 apresenta as áreas das bacias até imediatamente antes da confluência dos
referidos rios.
Figura 19 – Delimitação das áreas das bacias do rio Alagado e ribeirão Ponte Alta, imediatamente antes da
confluência.
Ressalta-se ainda, que as duas bacias são afluentes do lago Corumbá, importante manancial
de abastecimento de água para o DF.
Com base nisso, são apresentados os resultados das cargas pontuais das referidas ETEs,
considerando o exutório como sendo imediatamente anterior à confluência desses dois corpos
hídricos.
Para o cálculo da vazão a ser adotada, determinou-se a área das duas bacias até a
confluência e multiplicou-se pela vazão específica definida no PGIRH (2012) para ambas. A vazão
calculada com base na vazão específica, consoante ao PGIRH, está apresentada na tabela abaixo.
Tabela 25–Vazão disponível das bacias do ribeirão Alagado e ribeirão Ponte Alta no novo ponto de controle.
UH Área de Q específica Q calculada pela Q retirada Q disponível calculada
Drenagem do PGIRH específica do PGRIH (m3/s) pela específica do
2 2 3
(km ) (L/s x km ) (m /s) PGIRH (m3/s)
Rio Alagado 95 8,78 0,834 0,102 0,566
Ribeirão Ponte Alta 231 9,61 2,220 0,231 1,545
Obs – PGRIH (Plano de Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos), aprovado pelo CRH/DF em 2012.
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015.
Tabela 26 – Concentração e carga de P no exutório das bacias do rio Alagado e ribeirão Ponte Alta,
comparando com o enquadramento dos corpos hídricos.
UH Concentração Carga de P Concentração Carga assimilável Q disponível Q média
efluente de P no permitida de P de P permitida pelo calculada pela necessária
no exutório exutório pela legislação Enquadramento específica do para diluição
(mg/L) (kg/dia) (mg/L) (kg/dia) PGIRH (m3/s) de P (m3/s)
Rio Alagado 0,1125 4,46 0,05 3,16 0,566 1,47
Ribeirão Ponte 0,0966 10,52 0,10 17,18 1,545 1,48
Alta
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015
Tabela 27 – Concentração e carga de DBO no exutório das bacias do Rio Alagado e Ribeirão Ponte Alta,
comparando com o enquadramento dos corpos hídricos.
UH Concentração Carga de Concentração Carga assimilável Q disponível Q média
efluente de DBO no permitida de de DBO permitida atual necessária
DBO no exutório – DBO pela pelo outorgável para diluição
exutório teórico legislação Enquadramento (m3/s) de DBO
(mg/L) (kg/dia) (mg/L) (kg/dia) (m3/s)
Rio Alagado 4,97 242,84 10 576,46 0,566 0,095
Ribeirão Ponte 4,43 591,01 10 1.534,46 1,545 0,28
Alta
Fonte: ZEE/DF, GT de Disponibilidade Hídrica, 2015
O ribeirão Alagado não dilui o fósforo(P) até os limites da classe 3 imediatamente antes da
confluência;
O ribeirão Ponte Alta dilui o fósforo (P) até os limites de classe 3 imediatamente antes da confluência;
O ribeirão Alagado e o ribeirão Ponte Alta diluem a DBO e ambos apresentam concentração de DBO
classe 2 antes da confluência.
5. RECOMENDAÇÕES
i. a compreensão e publicização da situação das águas no DF, para elevar os debates junto aos
principais atores e agentes do território e enrobustecer as discussões nos principais loci de
decisão;
iv. prover meios para qualificar as discussões e tomadas de decisão ao nível das instituições
governamentais, particularmente as de planejamento territorial e gestão territoriais, das águas
e o alinhamento com os esforços da infraestrutura, por meio das concessionárias, do ente
regulador e do órgão ambiental, alinhando assim os principais atos autorizativos que
impactam o território e o meio ambiente;
v. avançar tcnicamente na integração dos bancos de dados, por meio da demonstração pratica
do tipo de análise possível e necessária de ser realizada utilizando-se geotecnologia.
São importantes ademais para subsidiar o desenho das zonas e subzonas do ZEE/DF, com
respectivas diretrizes.
Assegurar o papel da água como eixo condutor da zonificação preliminar (pré-zoneamento) e final,
uma vez que:
o A manutenção do recurso ambiental em quantidade e qualidade assegura a manutenção dos
serviços ecossistêmicos do território;
o O território mostra uma situação crítica em relação a este recurso natural.
Aproveitar os ensinamentos deste capítulo técnico para nortear a elaboração das diretrizes finais das
zonas e subzonas.
Adoção dos mapas citados abaixo como anexo da minuta do PL de modo a garantir a continuidade do
monitoramento deste recurso, no tocante à quantidade:
o Mapa Disponibilidade Hídrica– Vazão Outorgada para Retirada de Água;
o Mapa Disponibilidade Hídrica– Vazão Outorgada para Diluição;
o Mapa Disponibilidade Hídrica– Vazão Outorgada para Retirada de Água e para Diluição;
o Mapa Disponibilidade Hídrica– Quantidade de Água – Vazão Remanescente.
COD.
25 - UH RIBEIRÃO PONTE ALTA Área UH: 208 Km² EST: 60443830 Área Est: 181,63 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 2849,4 2205,5 1733,8 1184,4 1357,2 1357,2 1937,2 2727,0
2010 4578,0 3037,6 2849,4 3363,1 2606,9 2150,7 1783,7 1549,8 1366,1 1366,1 1645,5 2328,5
2011 2739,1 2678,6 4593,3 3376,4 2739,1 2385,3 2161,6 1768,7 1793,8 1895,7 2161,6
2012 5206,5 2606,9 2431,2 2150,7 2787,9 2096,4 1937,2 1635,8 1885,4 1635,8 580,3 2666,6
2013 2261,0 2431,2 3101,6 3985,6 1909,7 2156,7 1679,5 1466,0 1466,0 1679,5 1679,5 2630,6
2014 2775,9 2387,0 3485,0 5614,4 3829,8 2353,3 1969,8 1624,6 1365,3 1466,0 1969,8 3238,4
Qmín obs 2.261,0 2.387,0 2.431,2 2.150,7 1.909,7 2.096,4 1.679,5 1.184,4 1.357,2 1.357,2 580,3 2.328,5
Qmínesp 12,45 13,14 13,39 11,84 10,51 11,54 9,25 6,52 7,47 7,47 3,19 12,82
QmínUH 2.589 2.734 2.784 2.463 2.187 2.401 1.923 1.356 1.554 1.554 665 2.667
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 711,6 600,3 546,6 494,2 494,2 494,2 740,2 887,5
2010 546,6 948,3 979,2 887,5 827,7 711,6 711,6 655,3 655,3 655,3 769,1 979,2
2011 857,0 688,3 1.160,0 862,2 770,4 800,6 740,7 571,7 598,7 626,2 682,6
2012 1.237,7 13,2 1.346,6 1.497,2 1.273,6 1.346,6 1.167,0 1.132,2 524,2 997,1 1.167,0 1.202,2
2013 1.202,2 1.309,9 1.346,6 1.421,2 788,1 715,1 647,8 585,9 556,9 585,9 616,2 750,9
2014 750,9 680,8 788,1 1.494,5 952,9 952,9 867,2 715,1 647,8 647,8 715,1 909,2
Qmín obs 546,6 680,8 788,1 862,2 711,6 600,3 546,6 494,2 494,2 494,2 616,2 750,9
Qmínesp 12,07 15,03 17,40 19,03 15,71 13,25 12,07 10,91 10,91 10,91 13,60 16,58
QmínUH 574 715 828 906 748 631 574 519 519 519 648 789
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 286,0 3.160,0 255,0 318,0 256,0 212,0 192,0 185,0 200,0 189,0
2010 292,0 247,0 452,0 244,0 215,0 209,0 160,0 172,0 134,0 163,0 258,0 358,0
2011 223,0 345,0 364,0 198,0 221,0 196,0 163,0 155,0 144,0 196,0 225,0 334,0
2012 351,0 325,0 517,0 307,0 246,0 199,0 191,0 152,0 165,0 328,0 269,0
2013 402,0 264,0 296,0 258,0 191,0 188,0 159,0 142,0 135,0 167,0 174,0 449,0
2014 208,0 167,0 372,0 301,0 214,0 195,0 148,0 140,0 146,0 168,0 278,0
Qmín obs 208,0 167,0 255,0 198,0 191,0 188,0 159,0 142,0 134,0 146,0 168,0 269,0
Qmínesp 13,25 10,64 16,24 12,61 12,17 11,97 10,13 9,04 8,54 9,30 10,70 17,13
QmínUH 309 248 378 294 283 279 236 211 199 217 249 399
COD.
5 - UH BAIXO RIO DESCOBERTO Área UH : 202,6 Km² EST: 60436300 Área Est : 928,7 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 9023,4 5565,3 4398,9 3639,6 3591,2 3885,8 6223,2 11373,7
2010 18401,3 12678,3 14218,9 10207,0 6101,2 3935,8 3591,2 3050,7 2409,1 3050,7 6247,7 8274,3
2011 19333,5 17475,6 19448,2 12521,0 6786,2 5678,4 5026,2 3649,6 3469,7 3604,2 4117,7
2012 19906,5 10474,2 5005,1 4003,0 3063,7 2541,1 4195,1 4952,5
2013 43955,5 9176,6 9887,6 10623,3 6813,4 6093,4 4749,9 4008,1 1031,5 4372,8 5008,1 6813,0
2014 7873,6 11223,6 15833,0 24100,7 9828,0 6234,8 5405,3 4622,9 4008,1 3655,9 3428,3
Qmín obs 7.873,6 9.176,6 9.887,6 10.207,0 5.005,1 3.935,8 3.591,2 3.050,7 1.031,5 2.541,1 3.428,3 4.952,5
Qmínesp 8,48 9,88 10,65 10,99 5,39 4,24 3,87 3,28 1,11 2,74 3,69 5,33
QmínUH 1.718 2.002 2.157 2.227 1.092 859 783 666 225 554 748 1.080
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 9.023,4 5.565,3 4.398,9 3.639,6 3.591,2 3.885,8 6.223,2 11.373,7
2010 18.401,3 12.678,3 14.218,9 10.207,0 6.101,2 3.935,8 3.591,2 3.050,7 2.409,1 3.050,7 6.247,7 8.274,3
2011 19.333,5 17.475,6 19.448,2 12.521,0 6.786,2 5.678,4 5.026,2 3.649,6 3.469,7 3.604,2 4.117,7
2012 19.906,5 10.474,2 5.005,1 4.003,0 3.063,7 2.541,1 4.195,1 4.952,5
2013 43.955,5 9.176,6 9.887,6 10.623,3 6.813,4 6.093,4 4.749,9 4.008,1 1.031,5 4.372,8 5.008,1 6.813,0
2014 7.873,6 11.223,6 15.833,0 24.100,7 9.828,0 6.234,8 5.405,3 4.622,9 4.008,1 3.655,9 3.428,3
Qmín obs 7.873,6 9.176,6 9.887,6 10.207,0 5.005,1 3.935,8 3.591,2 3.050,7 1.031,5 2.541,1 3.428,3 4.952,5
Qmínesp 8,48 9,88 10,65 10,99 5,39 4,24 3,87 3,28 1,11 2,74 3,69 5,33
QmínUH 1.345 1.567 1.689 1.743 855 672 613 521 176 434 585 846
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.200,0 1.440,0 1.200,0 1.200,0 1.110,0 935,0 854,0 777,0 703,0 703,0 935,0 1.020,0
2010 1.380,0 1.270,0 1.490,0 1.380,0 1.120,0 971,0 827,0 687,0 554,0 511,0 687,0 1.490,0
2011 2.160,0 2.050,0 2.050,0 1.870,0 1.710,0 1.430,0 1.330,0 1.170,0 971,0 971,0 971,0 1.820,0
2012 2.280,0 1.600,0 1.600,0 1.930,0 1.650,0 1.430,0 1.380,0 1.170,0 989,0 891,0 1.530,0 1.260,0
2013 1.370,0 1.370,0 1.530,0 1.420,0 1.160,0 1.010,0 863,0 815,0 676,0 1.060,0 1.010,0 1.260,0
2014 1.210,0 1.160,0 1.370,0 1.470,0 1.010,0 863,0 768,0 587,0 500,0 500,0 768,0 960,0
Qmín obs 1.200,0 1.160,0 1.200,0 1.200,0 1.010,0 863,0 768,0 587,0 500,0 500,0 687,0 960,0
Qmínesp 15,76 15,23 15,76 15,76 13,26 11,33 10,09 7,71 6,57 6,57 9,02 12,61
QmínUH 1.573 1.520 1.573 1.573 1.324 1.131 1.007 769 655 655 900 1.258
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 951,9 689,9 456,8 332,6 294,1 294,1 640,8 951,9
2010 1.550,7 1.180,1 1.121,6 951,9 640,8 500,9 414,0 204,9 112,6 172,2 435,2 817,5
2011 1.150,7 1.065,5 1.751,7 965,1 744,2 352,3 313,8 192,9 148,2 162,6 277,0
2012 1.449,5 1.382,4 1.065,5 1.188,5 835,4 532,1 443,0 284,2 215,3 153,9 1.065,5 835,4
2013 835,4 1.449,5 1.449,5 1.587,3 1.090,3 820,7 605,7 475,3 367,7 437,1 516,1 948,1
2014 1.423,6 1.617,1 2.064,8 2.321,7 1.017,3 820,7 605,7 516,1 401,2 367,7 516,1 762,2
Qmín obs 835,4 1.065,5 1.065,5 951,9 640,8 352,3 313,8 192,9 112,6 153,9 277,0 762,2
Qmínesp 10,70 13,65 13,65 12,20 8,21 4,51 4,02 2,47 1,44 1,97 3,55 9,77
QmínUH 802 1.023 1.023 914 615 338 301 185 108 148 266 732
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 2040,0 1280,0 1260,0 1620,0 1180,0 842,0 538,0 467,0 416,0 450,0 1140,0 842,0
2010 1540,0 1510,0 1480,0 1170,0 549,0 344,0 205,0 140,0 178,0 219,0 743,0 1720,0
2011 1740,0 1740,0 1720,0 1540,0 503,0 480,0 173,0 102,0 64,0 21,0 789,0 4050,0
2012 3130,0 1740,0 1360,0 503,0 920,0 601,0 336,0 203,0 129,0 115,0 336,0 810,0
2013 789,0 789,0 1290,0 1660,0 854,0 683,0 408,0 251,0 188,0 219,0 302,0 2080,0
2014 640,0 930,0 1650,0 1820,0 1030,0 741,0 507,0 232,0 67,0 34,0 166,0 1820,0
Qmín obs 640,0 789,0 1.260,0 503,0 503,0 344,0 173,0 102,0 64,0 21,0 166,0 810,0
Qmínesp 5,72 7,05 11,25 4,49 4,49 3,07 1,55 0,91 0,57 0,19 1,48 7,23
QmínUH 667 822 1.312 524 524 358 180 106 67 22 173 844
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 738 2280 2280 1450 1610 1150 738 738 1010 1300 1770
2010 2640 2280 1450 1610 1150 803 495 282 41 189 1370 1530
2011 2820 2460 2730 1930 1450 1010 675 332 189 189 869 2460
2012 3360 2650 2150 1990 1530 1240 835 536 325 187 964 1240
2013 1100 1990 1680 1830 1240 964 869 613 384 384 300 997
2014 1710 1420 2030 2190 1420 1450 869 495 282 41 189 738
Qmín obs 1.100,0 738,0 1.450,0 1.610,0 1.150,0 803,0 495,0 282,0 41,0 41,0 189,0 738,0
Qmínesp 9,71 6,52 12,81 14,22 10,16 7,09 4,37 2,49 0,36 0,36 1,67 6,52
QmínUH 2.104 1.412 2.774 3.080 2.200 1.536 947 539 78 78 362 1.412
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.482,5 151,5 1.214,9 1.085,2 1.171,4 1.000,3 1.901,7 2.539,4
2010 2.142,7 1.901,7 1.830,4 1.901,7 1.666,3 1.042,5 1.437,2 1.419,2 1.068,1 2.373,0 2.968,1 3.471,5
2011 5.014,6 4.634,3 5.297,9 3.515,8 3.130,4 2.811,4 2.659,9 2.513,8 2.338,5 2.373,0 2.549,9
2012 1.884,7 1.276,9 842,2 863,2 594,5 438,0 323,5 307,5 2.442,8 2.407,7 2.850,0 2.928,4
2013 2.889,0 4.124,0 4.273,0 4.529,0 3.995,0 3.378,2 2.930,8 2.688,4 2.640,4 2.736,5 2.833,3 3.786,4
2014 3.605,3 3.560,4 4.634,3 7.004,7 3.696,3 3.048,6 2.811,4 2.513,8 2.373,0 2.304,4 2.442,8 2.968,1
Qmín obs 1.884,7 1.276,9 842,2 863,2 594,5 438,0 323,5 307,5 1.068,1 1.000,3 1.901,7 2.539,4
Qmínesp 8,98 6,09 4,02 4,12 2,83 2,09 1,54 1,47 5,09 4,77 9,07 12,11
QmínUH 1.851 1.254 827 848 584 430 318 302 1.049 982 1.868 2.494
COD.
7 - UH CÓRREGO BANANAL Área UH : 121,9 Km² EST: 60477600 Área Est : 120,32 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009
2010 1.690,0 1.020,0 1.090,0 1.890,0 1.520,0 1.300,0 1.160,0 1.020,0 884,0 1.040,0 1.780,0 1.970,0
2011 1.350,0 1.180,0 1.470,0 1.070,0 1.020,0 969,0 870,0 684,0 684,0 684,0 1.020,0 1.410,0
2012 1.650,0 1.650,0 1.530,0 1.590,0 1.530,0 1.350,0 1.130,0 969,0 822,0 775,0 1.590,0 1.240,0
2013 1.350,0 1.650,0 1.590,0 1.590,0 1.350,0 1.180,0 1.020,0 919,0 919,0 919,0 919,0 1.350,0
2014 1.290,0 1.240,0 1.470,0 1.980,0 1.590,0 1.020,0 822,0 729,0 684,0 918,0 1.340,0
Qmín obs 1.290,0 1.020,0 1.090,0 1.070,0 1.020,0 969,0 870,0 684,0 684,0 684,0 918,0 1.240,0
Qmínesp 10,72 8,48 9,06 8,89 8,48 8,05 7,23 5,68 5,68 5,68 7,63 10,31
QmínUH 1.307 1.033 1.104 1.084 1.033 982 881 693 693 693 930 1.256
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.531,2 -514,0 2.107,0 635,2 5.205,3 9.265,5 3.145,1 11.609,5
2010 11.665,9 1.783,3 3.746,5 12.400,2 1.075,6 595,1 610,3 -754,6 -33,6 1.563,6 8.337,7 6.095,2
2011 33.261,5 20.957,9 24.958,5 12.487,9 796,2 8.464,4 519,8 6.853,6 -389,2 -610,7 10.487,6
2012 33.389,7 16.204,4 27.277,1 10.183,6 9.084,6 6.995,1 6.794,9 2.347,2 4.167,0 -269,9 19.658,7 4.704,2
2013 584,0 25.199,7 3.594,7 12.214,5 1.838,8 9.081,2 8.397,8 8.601,9 11.815,7 3.870,1 23.702,5 9.768,0
2014 4.088,1 1.458,2 22.629,3 22.025,9 16.192,1 12.123,3 11.244,9 8.435,5 10.624,6 4.060,4 7.602,1
Qmín obs 584,0 1.458,2 3.594,7 10.183,6 796,2 0,0 519,8 0,0 0,0 0,0 3.145,1 4.704,2
Qmínesp 1,73 4,33 10,67 30,22 2,36 0,00 1,54 0,00 0,00 0,00 9,33 13,96
QmínUH 584 1.458 3.595 10.184 796 0 520 0 0 0 3.145 4.704
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 2.130,0 2.940,0 2.470,0 2.580,0 3.070,0 2.470,0 1.920,0 1.720,0 1.720,0 1.920,0 1.720,0 3.190,0
2010 3.320,0 2.700,0 2.580,0 2.940,0 2.130,0 1.820,0 843,0 1.250,0 1.080,0 1.080,0 2.580,0 4.140,0
2011 2.770,0 2.640,0 2.380,0 2.640,0 2.250,0 2.000,0 1.760,0 1.420,0 1.310,0 1.310,0 2.910,0 3.260,0
2012 4.540,0 3.050,0 2.510,0 3.190,0 2.640,0 2.120,0 1.650,0 1.420,0 1.310,0 1.530,0 2.510,0 2.770,0
2013 2.250,0 2.000,0 2.250,0 2.640,0 1.880,0 1.420,0 1.000,0 815,0 724,0 1.000,0 1.420,0 2.910,0
2014 2.510,0 1.880,0 2.770,0 4.230,0 2.380,0 1.650,0 1.210,0 400,0 724,0 400,0 231,0
Qmín obs 2.130,0 1.880,0 2.250,0 2.580,0 1.880,0 1.420,0 843,0 815,0 400,0 724,0 400,0 231,0
Qmínesp 12,44 10,98 13,14 15,06 10,98 8,29 4,92 4,76 2,34 4,23 2,34 1,35
QmínUH 2.490 2.198 2.630 3.016 2.198 1.660 985 953 468 846 468 270
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.300,0 1.610,0 1.240,0 2.000,0 1.460,0 1.140,0 779,0 629,0 629,0 609,0 1.240,0 1.320,0
2010 2.170,0 1.520,0 1.610,0 1.060,0 824,0 650,0 529,0 401,0 454,0 1.090,0 1.440,0
2011 1.640,0 1.460,0 1.940,0 1.550,0 1.090,0 870,0 671,0 510,0 473,0 473,0 989,0 2.500,0
2012 3.110,0 2.500,0 2.130,0 1.790,0 1.440,0 1.090,0 801,0 629,0 549,0 893,0 1.110,0
2013 989,0 1.580,0 1.550,0 1.910,0 1.380,0 1.110,0 801,0 629,0 510,0 510,0 671,0 1.240,0
2014 1.140,0 941,0 1.550,0 2.770,0 1.760,0 1.320,0 1.060,0 801,0 588,0 549,0 790,0 2.150,0
Qmín obs 989,0 941,0 1.240,0 1.550,0 1.060,0 824,0 650,0 510,0 401,0 454,0 671,0 1.110,0
Qmínesp 7,33 6,97 9,19 11,49 7,86 6,11 4,82 3,78 2,97 3,36 4,97 8,23
QmínUH 1.099 1.045 1.378 1.722 1.178 915 722 567 445 504 745 1.233
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 2620,0 159,0 159,0 894,0 686,0 686,0 686,0 401,0 686,0 894,0
2010 1460,0 1460,0 1580,0 840,0 686,0 636,0 587,0 636,0 788,0 2560,0
2011 1830,0 2290,0 1580,0 1110,0 788,0 493,0 578,0 410,0 410,0 1270,0 1720,0
2012 2470,0 1960,0 1780,0 1720,0 493,0 160,0 30,0 75,0 130,0 333,0 857,0
2013 668,0 1160,0 1490,0 1380,0 761,0 410,0 130,0 30,0 12,0 12,0 30,0 333,0
2014 857,0 857,0 1270,0 3000,0 956,0 192,0 260,0 30,0 192,0 493,0
Qmín obs 668,0 159,0 159,0 894,0 686,0 192,0 130,0 30,0 75,0 130,0 30,0 333,0
Qmínesp 2,85 0,68 0,68 3,81 2,93 0,82 0,55 0,13 0,32 0,55 0,13 1,42
QmínUH 700 167 167 936 719 201 136 31 79 136 31 349
COD.
1- UH ALTO RIO SAMAMBAIA Área UH : 47,1 Km² EST: 60019000 Área Est : 44,22 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 648,6 662,5 307,4 197,9 243,2 247,6 411,4 422,6
2010 662,5 542,4 705,1 428,2 322,0 226,2 105,8 55,4 37,9 34,4 252,0 492,8
2011 669,5 492,8 548,8 655,5 357,6 213,9 153,6 57,6 47,2 66,6 256,4
2012 959,7 1.057,3 686,6 541,4 334,1 188,2 107,2 108,5 90,2 56,0 433,0 237,1
2013 131,0 389,0 448,4 107,7 83,2 34,7 144,2 173,8 565,0
2014 322,5 225,9 102,9 292,2 24,0 19,7 18,5 13,8 30,7
Qmín obs 131,0 225,9 102,9 292,2 322,0 188,2 105,8 24,0 19,7 18,5 13,8 30,7
Qmínesp 2,96 5,11 2,33 6,61 7,28 4,26 2,39 0,54 0,45 0,42 0,31 0,69
QmínUH 140 241 110 311 343 200 113 26 21 20 15 33
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 4.734,1 8.100,3 13.529,0
2010 17.301,0 8.321,8 8.545,5 7.718,0 7.610,1 5.476,8 2.908,1 2.885,5 1.842,7 2.171,0 3.270,3 5.687,9
2011 12.054,4 9.587,3 12.628,8 11.407,3 8.353,7 6.238,8 2.731,3 2.493,1 2.263,4 2.460,0 4.578,2
2012 14.720,3 8.815,4 1.847,9 9.475,5 6.507,0 4.990,0 3.403,6 2.717,4 2.030,0 1.137,8 2.250,6 3.788,1
2013 2.479,8 4.990,0 6.031,1 9.364,2 6.031,1 5.121,5 3.217,3 2.380,5 1.968,6 2.250,6 3.748,9 9.869,0
2014 5.433,4 4.688,4 7.196,3 10.849,8 5.891,0 4.106,9 2.999,1 1.643,9 1.643,9 1.264,0 3.071,2 5.614,7
Qmín obs 2.479,8 4.688,4 1.847,9 7.718,0 5.891,0 4.106,9 2.731,3 1.643,9 1.643,9 1.137,8 2.250,6 3.788,1
Qmínesp 2,36 4,47 1,76 7,35 5,61 3,91 2,60 1,57 1,57 1,08 2,14 3,61
QmínUH 495 937 369 1.542 1.177 820 546 328 328 227 450 757
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 784,3 589,5 396,8 249,9 341,0 365,4 311,4 768,0
2010 1.261,5 834,0 919,5 919,5 634,3 422,6 129,8 151,5 19,8 36,4 422,6 928,2
2011 1.514,6 1.222,7 1.729,2 1.840,4 1.146,2 876,4 524,5 390,5 151,5 151,0 531,6
2012 1.433,6 198,4 36,4 260,7 496,5
2013 365,4 792,5 703,9 329,1 377,9 266,2 142,6 117,4 65,9 86,7 101,6 416,0
2014 657,2 672,7 784,3 1.174,7 703,9 455,7 239,2 174,3 47,4 47,4 117,4 611,8
Qmín obs 365,4 672,7 703,9 329,1 377,9 266,2 129,8 117,4 19,8 36,4 101,6 416,0
Qmínesp 3,81 7,02 7,35 3,43 3,94 2,78 1,35 1,23 0,21 0,38 1,06 4,34
QmínUH 315 581 607 284 326 230 112 101 17 31 88 359
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 3.611,3 2.914,2 2.152,0 1.945,9 1.652,0 1.558,1 1.652,0 3.547,5
2010 3.590,0 2.816,6 3.194,3 2.663,0 2.013,7 1.620,4 1.260,7 934,1 583,4 551,9 1.024,7 1.433,3
2011 3.354,6 2.380,4 3.049,0 2.949,7 2.254,4 1.793,4 1.145,9 934,1 659,6 682,0 1.104,9
2012 3.358,7 3.133,4 2.682,0 2.797,2 2.240,2 1.604,8 1.067,2 812,7 596,2 406,5 543,6
2013 1.134,9 1.218,2 1.451,3 2.065,2 1.289,4 1.027,3 90,7 406,5 415,7 352,4 628,7
2014 1.246,5 1.162,4 1.604,8 2.240,2 1.332,8 800,6 596,2 361,2 161,0 101,3 492,9 1.053,8
Qmín obs 1.134,9 1.162,4 1.451,3 2.065,2 1.289,4 800,6 90,7 361,2 161,0 101,3 492,9 1.053,8
Qmínesp 4,53 4,64 5,79 8,25 5,15 3,20 0,36 1,44 0,64 0,40 1,97 4,21
QmínUH 1.157 1.185 1.479 2.105 1.314 816 92 368 164 103 502 1.074
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.106,3 932,0 758,1 671,4 621,9 597,2 882,3 1.193,6
2010 1.206,0 981,7 1.006,6 857,4 758,1 584,8 609,6 510,8 510,8 461,5 449,2 646,7
2011 969,3 894,7 956,8 956,8 882,3 659,0 598,7 630,0 557,5 557,0 640,5 487,2
2012 848,2 1.105,0 870,9 372,3 507,0 507,0 567,7 487,2
2013 487,2 737,2 781,1 870,9 825,7 870,9 781,1 781,1 737,2 737,2 737,2 737,0
2014 693,8 825,7 962,9 1.251,7 1.009,8 939,7 870,9 737,2 737,2 557,5 567,7 693,8
Qmín obs 487,2 737,2 781,1 857,4 758,1 584,8 598,7 372,3 507,0 461,5 449,2 487,2
Qmínesp 6,92 10,47 11,09 12,18 10,77 8,31 8,50 5,29 7,20 6,55 6,38 6,92
QmínUH 1.245 1.885 1.997 2.192 1.938 1.495 1.530 952 1.296 1.180 1.148 1.245
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 3.715,0 2.608,0 1.686,2 862,1 1.524,5 1.333,2 1.987,5 3.421,1
2010 3.835,7 3.596,1 4.208,7 3.306,7 2.123,7 1.544,3 832,1 657,5 438,6 344,8 1.344,4 2.572,6
2011 6.146,8 4.021,1 5.384,3 4.210,6 3.994,3 2.811,3 1.931,0 1.336,6 812,6 669,3 2.076,1
2012 5.205,9 5.809,1 5.029,8 4.543,0 3.172,1 2.102,4 1.387,5 1.013,8 626,1 306,3 560,0 1.972,0
2013 1.614,1 2.717,8 2.671,5 3.196,7 1.890,2 1.809,7 628,3 628,3 549,3 575,2 1.318,8 4.403,0
2014 2.444,5 2.355,8 4.684,3 5.029,8 2.811,3 2.444,5 1.390,6 918,9 739,6 102,1 258,7 2.444,5
Qmín obs 1.614,1 2.355,8 2.671,5 3.196,7 1.890,2 1.544,3 628,3 628,3 438,6 102,1 258,7 1.972,0
Qmínesp 11,38 16,61 18,84 22,54 13,33 10,89 4,43 4,43 3,09 0,72 1,82 13,90
QmínUH 1.614 2.355 2.671 3.196 1.890 1.544 628 628 438 102 259 1.972
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.106,3 932,0 758,1 671,4 621,9 882,3 1.193,6
2010 1.206,0 981,7 1.006,6 857,4 758,1 584,8 609,6 510,8 510,8 461,5 449,2 646,7
2011 969,3 894,7 956,8 956,8 882,3 659,0 598,7 630,0 557,5 557,0 567,7 487,2
2012 848,2 1.105,0 870,9 372,3 507,0 507,0 567,7 487,2
2013 487,2 737,2 781,1 870,9 825,7 870,9 781,1 781,1 737,2 737,2 737,2 737,0
2014 693,8 825,7 962,9 1.251,7 1.009,8 939,7 870,9 737,2 737,2 557,5 567,7 693,8
Qmín obs 487,2 737,2 781,1 857,4 758,1 584,8 598,7 372,3 507,0 461,5 449,2 487,2
Qmínesp 6,92 10,47 11,09 12,18 10,77 8,31 8,50 5,29 7,20 6,55 6,38 6,92
QmínUH 546 826 875 961 850 655 671 417 568 517 503 546
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 3.715,0 2.608,0 1.686,2 862,1 1.524,5 1.333,2 1.987,5 3.421,1
2010 3.835,7 3.596,1 4.208,7 3.306,7 2.123,7 1.544,3 832,1 657,5 438,6 344,8 1.344,4 2.572,6
2011 6.146,8 4.021,1 5.384,3 4.210,6 3.994,3 2.811,3 1.931,0 1.336,6 812,6 669,3 2.076,1
2012 5.205,9 5.809,1 5.029,8 4.543,0 3.172,1 2.102,4 1.387,5 1.013,8 626,1 306,3 560,0 1.972,0
2013 1.614,1 2.717,8 2.671,5 3.196,7 1.890,2 1.809,7 628,3 628,3 549,3 575,2 1.318,8 4.403,0
2014 2.444,5 2.355,8 4.684,3 5.029,8 2.811,3 2.444,5 1.390,6 918,9 739,6 102,1 258,7 2.444,5
Qmín obs 1.614,1 2.355,8 2.671,5 3.196,7 1.890,2 1.544,3 628,3 628,3 438,6 102,1 258,7 1.972,0
Qmínesp 4,17 6,08 6,90 8,25 4,88 3,99 1,62 1,62 1,13 0,26 0,67 5,09
QmínUH 1.608 2.347 2.661 3.184 1.883 1.538 626 626 437 102 258 1.964
COD.
2 - UH ALTO RIO MARANHÃO Área UH : 119 Km² EST: 20000900 Área Est : 375,04 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.578,9 1.205,8 1.001,9 902,8 902,8 902,8 1.103,0 573,1
2010 2.027,2 1.524,5 1.744,5 2.200,6 1.524,5 1.310,4 1.310,4 1.062,3 962,0 962,0 1.644,8 1.924,5
2011 3.118,0 2.447,8 2.809,5 1.924,5 1.755,6 1.216,2 1.062,3 1.062,3 912,6 863,7 1.589,9
2012 3.766,7 3.053,8 2.431,0 2.234,6 1.993,8 1.363,4 1.314,8 1.231,8 1.310,4 805,7 1.524,5
2013 1.310,4 2.229,8 1.908,4 2.440,9 1.702,8 1.524,5 1.310,4 1.103,0 1.103,0 1.103,0 1.205,8 1.416,7
2014 2.254,1 1.856,6 2.615,4 2.919,9 2.084,7 1.744,5 1.470,4 1.416,7 1.154,2 1.001,9 1.416,7 1.744,0
Qmín obs 1.310,4 1.524,5 1.744,5 1.924,5 1.524,5 1.205,8 1.001,9 902,8 902,8 863,7 805,7 573,1
Qmínesp 3,49 4,06 4,65 5,13 4,06 3,22 2,67 2,41 2,41 2,30 2,15 1,53
QmínUH 416 484 554 611 484 383 318 286 286 274 256 182
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 958,1 774,3 593,5 504,3 504,3 504,3 683,5 683,5
2010 1.332,6 958,1 1.051,0 958,1 593,5 593,5 504,3 407,5 407,5 407,5 719,7 1.041,6
2011 1.370,5 1.135,0 1.417,9 1.135,0 719,7 584,5 539,9 407,5 320,8 320,8 674,4
2012 1.391,8 1.328,7 600,9 416,2 244,1 106,8 73,9 376,3 329,4 582,3 1.089,8
2013 973,6 1.650,3 1.289,3 1.136,5 962,5 892,7 839,9 613,8 654,4 697,1 892,7 893,0
2014 948,2 892,7 948,2 948,2 948,2 789,8 742,3 654,4 654,4 892,7 1.068,0 1.133,0
Qmín obs 948,2 892,7 948,2 600,9 416,2 244,1 106,8 73,9 320,8 320,8 582,3 683,5
Qmínesp 12,11 11,40 12,11 7,67 5,31 3,12 1,36 0,94 4,10 4,10 7,43 8,73
QmínUH 2.491 2.345 2.491 1.579 1.094 641 281 194 843 843 1.530 1.796
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.173,5 897,2 640,3 559,5 481,5 406,4 942,0 897,2
2010 1.079,4 640,3 809,3 987,3 559,5 640,3 481,5 459,0 183,7 313,7 458,7 1.098,1
2011 1.420,8 1.021,7 1.767,4 1.098,3 1.021,7 802,4 600,1 512,1 512,1 574,5 917,4
2012 3.013,3 1.367,2 1.567,9 1.567,9 1.173,5 897,2 1.358,2 640,3 640,3 640,3 809,3 1.079,4
2013 809,3 1.367,2 1.269,5 1.774,9 1.567,9 1.269,5 1.269,5 987,3 987,3 987,3 1.079,0 1.367,0
2014 1.466,7 1.466,7 2.096,7 1.774,9 1.466,7 1.079,4 987,3 809,3 723,6 723,6 599,6 1.174,0
Qmín obs 809,3 640,3 809,3 987,3 559,5 640,3 481,5 459,0 183,7 313,7 458,7 897,2
Qmínesp 5,81 4,60 5,81 7,09 4,02 4,60 3,46 3,30 1,32 2,25 3,29 6,44
QmínUH 840 665 840 1.025 581 665 500 477 191 326 476 932
SEM DADOS
COD.
34 -RIO DO SAL Área UH : 135,6 Km² EST: 20008000 Área Est : 159,98 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.567,2 664,6 256,4 765,5 714,3 324,6 361,3
2010 2.345,8 1.567,2 1.496,9 1.104,9 167,4 224,9 324,6 569,9 714,3 664,6 818,3 1.496,9
2011 3.355,1 2.098,0 1.786,5 1.496,9 1.044,6 569,9 569,9 361,3 439,8 324,6 714,3
2012 1.094,7 1.044,6 985,8 1.034,7 1.104,9 1.089,7 1.079,6 1.089,7 1.104,9 324,6 664,6 1.360,5
2013 1.104,9 2.261,9 1.939,5 1.939,5 1.104,9 872,7 872,7 664,6 481,5 481,5 664,6 399,7
2014 872,7 1.104,9 1.104,9 664,6 872,7 664,6 481,5 324,6 324,6 324,3 324,6 324,6
Qmín obs 872,7 1.044,6 985,8 664,6 167,4 224,9 324,6 256,4 324,6 324,3 324,6 324,6
Qmínesp 5,45 6,53 6,16 4,15 1,05 1,41 2,03 1,60 2,03 2,03 2,03 2,03
QmínUH 740 885 836 563 142 191 275 217 275 275 275 275
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 438,1 291,4 291,4 190,5 100,0 100,0 223,2 223,2
2010 223,2 190,5 223,2 223,2 59,9 159,0 72,8 35,9 15,0 15,0 256,8 381,7
2011 274,0 239,9 326,9 309,1 114,2 86,1 100,0 86,1 100,0 143,7 274,0
2012 439,8 449,7 439,8 449,7 566,2 469,9 820,3 501,4 439,8 459,7 339,7 480,3
2013 459,7 459,7 459,7 459,7 459,7 410,9 420,4 323,2 299,4 430,0 339,7 357,0
2014 339,7 315,2 339,7 323,2 307,2 307,2 307,2 276,8 262,3 197,1 291,8 262,3
Qmín obs 223,2 190,5 223,2 223,2 59,9 86,1 72,8 35,9 15,0 15,0 223,2 223,2
Qmínesp 4,21 3,59 4,21 4,21 1,13 1,62 1,37 0,68 0,28 0,28 4,21 4,21
QmínUH 394 336 394 394 106 152 128 63 26 26 394 394
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 300,2 231,3 141,3 91,1 69,3 69,3 115,2 199,5
2010 231,3 141,3 231,3 199,5 115,2 91,1 69,3 42,7 42,7 42,7 61,2 187,2
2011 158,0 105,3 379,6 218,3 105,3 61,2 34,4 34,4 42,7 50,2 83,8
2012 260,7 331,1 144,9 125,7 99,5 50,2 39,2 29,5 39,2 56,3 50,2 50,2
2013 50,2 187,2 76,4 91,5 72,8 72,8 72,8 72,8 72,8 60,5 58,3 90,0
2014 50,1 72,8 81,2 97,1 78,3 72,8 46,4 46,4 56,2 43,0 43,0 46,4
Qmín obs 50,1 72,8 76,4 91,5 72,8 50,2 34,4 29,5 39,2 42,7 43,0 46,4
Qmínesp 1,10 1,60 1,68 2,02 1,60 1,11 0,76 0,65 0,86 0,94 0,95 1,02
QmínUH 62 90 95 113 90 62 43 37 49 53 53 57
COD.
4 - UH ALTO RIO SÃO BARTOLOMEU Área UH : 211,5 Km² EST: 60471185 Área Est : 199,1 Km²
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1482,5 1441,7 1110,9 1068,1 1263,2 983,4 1882,6 2645,7
2010 2569,7 2098,9 2645,7 2245,6 1811,5 1509,8 1396,7 1419,2 1197,5 1263,2 1906,4 2850,2
2011 2494,2 1998,6 2084,5 2228,8 1823,8 1545,4 1363,8 1229,8 1076,2 1098,0 1614,4
2012 3934,8 2929,5 2384,2 2384,2 2190,2 1440,6 1654,4 1474,7 1216,6 1084,9 1856,6 1856,6
2013 1669,8 2286,9 2433,1 2433,1 1497,2 1425,4 1216,2 952,6 737,7 952,6 1250,4 1533,0
2014 1570,0 983,0 1870,7 2125,7 1681,0 1497,2 1354,6 1165,4 1033,0 874,1 1337,1 1461,0
Qmín obs 1.570,0 983,0 1.870,7 2.125,7 1.482,5 1.425,4 1.110,9 952,6 737,7 874,1 1.250,4 1.461,0
Qmínesp 7,89 4,94 9,40 10,68 7,45 7,16 5,58 4,78 3,71 4,39 6,28 7,34
QmínUH 1.668 1.044 1.987 2.258 1.575 1.514 1.180 1.012 784 929 1.328 1.552
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 27.951,7 20.011,4 13.251,0 12.251,8 13.884,5 16.750,3 27.056,4 34.085,9
2010 36.615,9 19.872,9 29.004,6 30.983,6 19.596,5 16.750,3 12.128,2 3.954,1 2.940,0 10.932,5 28.431,9 29.640,7
2011 52.993,9 38.411,5 50.575,6 32.712,5 16.643,9 19.624,1 13.528,9 10.812,1 3.577,3 3.577,3 3.577,3
2012 13.293,0 56.281,9 50.198,0 28.552,3 21.268,0 18.500,1 18.772,8 16.088,2 3.282,4 12.749,1 19.734,6
2013 17.418,5 32.526,2 27.652,5 17.552,9 13.377,1 10.668,0 14.012,0 12.251,8 12.128,2 11.029,0 14.012,0 26.168,0
2014 15.956,5 17.957,4 13.884,5 42.786,9 23.544,6 12.749,1 9.368,9 9.252,8 13.125,1 2.922,2 10.429,0 43.449,0
Qmín obs 13.293,0 17.957,4 13.884,5 17.552,9 13.377,1 10.668,0 9.368,9 3.954,1 2.940,0 2.922,2 3.577,3 19.734,6
Qmínesp 5,61 7,58 5,86 7,41 5,65 4,51 3,96 1,67 1,24 1,23 1,51 8,34
QmínUH 1.609 2.174 1.681 2.125 1.620 1.292 1.134 479 356 354 433 2.389
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 7.286,1 6.209,8 4.841,1 4.156,7 3.828,9 3.968,2 7.227,9 8.732,8
2010 9.109,2 7.579,6 9.363,3 7.227,9 6.996,8 6.154,9 4.992,7 4.137,7 3.185,9 3.316,3 8.522,1 8.399,1
2011 10.312,2 8.770,2 12.082,7 10.048,9 7.913,3 5.647,5 5.647,5 4.329,1 3.316,3 3.537,8 5.969,5
2012 12.251,2 10.471,3 8.362,3 8.546,8 7.461,7 5.991,2 4.741,0 4.109,3 450,6 2.905,8 4.841,1 5.668,8
2013 5.775,5 6.513,8 1.552,3 7.698,2 6.537,3 5.794,2 4.821,1 3.949,7 3.787,3 3.787,3 4.286,2 5.743,0
2014 5.392,6 5.392,6 7.450,4 9.623,1 7.332,5 6.001,2 5.198,0 4.116,0 3.628,8 3.033,6 4.460,5 6.428,0
Qmín obs 5.392,6 5.392,6 1.552,3 7.227,9 6.537,3 5.647,5 4.741,0 3.949,7 450,6 2.905,8 4.286,2 5.668,8
Qmínesp 6,99 6,99 2,01 9,37 8,48 7,32 6,15 5,12 0,58 3,77 5,56 7,35
QmínUH 1.341 1.341 386 1.798 1.626 1.405 1.179 982 112 723 1.066 1.410
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 424,1 299,2 271,3 244,7 781,1 736,3
2010 1241,2 923,1 827,1 827,1 458,6 328,5 219,4 147,4 109,5 109,5 352,8 705,7
2011 1287,0 1175,4 1531,0 1599,0 993,6 706,9 424,2 424,2 319,6 306,0 440,5
2012 1761,7 1910,5 1551,2 1424,7 906,7 677,0 450,4 300,6 250,2 204,9 557,2 764,3
2013 194,4 1484,5 1234,0 1484,5 906,7 595,6 417,7 250,2 226,9 226,9 250,2 677,0
2014 538,5 484,6 484,6 2228,9 1324,8 794,8 595,6 450,4 300,6 250,2 300,6 1175,0
Qmín obs 194,4 484,6 484,6 827,1 458,6 328,5 219,4 147,4 109,5 109,5 250,2 677,0
Qmínesp 1,95 4,85 4,85 8,28 4,59 3,29 2,20 1,48 1,10 1,10 2,51 6,78
QmínUH 200 497 497 849 471 337 225 151 112 112 257 695
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1148,1 1060,4 835,9 705,0 736,9 939,7 1097,7 1278,1
2010 1497,0 1497,0 1225,5 1264,9 927,9 705,0 563,3 521,3 413,2 430,6 786,9 1018,7
2011 1092,7 1010,4 1175,0 1312,0 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 715,6
2012 2316,1 2236,5 3264,5 1920,0 1502,6 1122,7 933,5 644,7 488,0 424,5 89,8 1282,0
2013 2610,4 1895,0 1235,2 2051,9 1636,6 1282,0 1133,0 913,4 986,0 889,3 961,8 1108,0
2014 1207,3 877,3 1282,0 2051,9 1382,4 1332,1 1083,8 937,5 841,3 652,5 937,5
Qmín obs 1.092,7 877,3 1.175,0 1.264,9 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 89,8 1.018,7
Qmínesp 24,71 19,84 26,57 28,60 18,86 15,12 12,51 10,20 7,95 7,46 2,03 23,04
QmínUH 1.139 915 1.225 1.319 870 697 577 470 367 344 94 1.062
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 366,8 431,3 499,5 615,9 677,5
2010 444,6 661,9 693,2 709,0 631,1 444,6 379,4 269,7 226,3 304,0 415,5 705,8
2011 1110,7 978,0 1021,8 1728,3 1066,0 786,8 665,2 158,0 283,6 333,2 474,0
2012 831,8 1463,2 1182,4 1182,4 831,8 831,8 589,7 237,7 121,7 177,4 11,6 121,7
2013 177,4 513,6 628,7 1003,5 369,5 513,6 269,3 207,0 269,3 472,0 831,8 832,0
2014 177,4 440,1 551,4 874,0 831,8 551,4 589,7 440,1 301,9 395,6 510,5 501,2
Qmín obs 177,4 440,1 551,4 709,0 369,5 444,6 269,3 158,0 121,7 177,4 415,5 121,7
Qmínesp 2,41 5,97 7,48 9,62 5,01 6,03 3,65 2,14 1,65 2,41 5,64 1,65
QmínUH 177 439 550 708 369 444 269 158 121 177 415 121
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1148,1 1060,4 835,9 705,0 736,9 939,7 1097,7 1278,1
2010 1497,0 1497,0 1225,5 1264,9 927,9 705,0 563,3 521,3 413,2 430,6 786,9 1018,7
2011 1092,7 1010,4 1175,0 1312,0 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 715,6
2012 2316,1 2236,5 3264,5 1920,0 1502,6 1122,7 933,5 644,7 488,0 424,5 961,8 1282,0
2013 2610,4 1895,0 1235,2 2051,9 1636,6 1282,0 1133,0 913,4 986,0 889,3 961,8 1108,0
2014 1207,3 877,3 1282,0 2051,9 1382,4 1332,1 1083,8 937,5 841,3 652,5 937,5 1010,0
Qmín obs 1.092,7 877,3 1.175,0 1.264,9 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 715,6 1.010,0
Qmínesp 7,57 6,07 8,14 8,76 5,78 4,63 3,83 3,12 2,44 2,28 4,96 6,99
QmínUH 395 317 425 457 302 242 200 163 127 119 259 365
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1148,1 1060,4 835,9 705,0 736,9 939,7 1097,7 1278,1
2010 1497,0 1497,0 1225,5 1264,9 927,9 705,0 563,3 521,3 413,2 430,6 786,9 1018,7
2011 1092,7 1010,4 1175,0 1312,0 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 715,6
2012 2316,1 2236,5 3264,5 1920,0 1502,6 1122,7 933,5 644,7 488,0 424,5 961,8 1282,0
2013 2610,4 1895,0 1235,2 2051,9 1636,6 1282,0 1133,0 913,4 986,0 889,3 961,8 1108,0
2014 1207,3 877,3 1282,0 2051,9 1382,4 1332,1 1083,8 937,5 841,3 652,5 937,5 1010,0
Qmín obs 1.092,7 877,3 1.175,0 1.264,9 834,2 668,8 553,2 451,3 351,7 329,9 715,6 1.010,0
Qmínesp 7,57 6,07 8,14 8,76 5,78 4,63 3,83 3,12 2,44 2,28 4,96 6,99
QmínUH 1.085 871 1.167 1.256 828 664 549 448 349 328 711 1.003
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1.590,0 1.730,0 2.030,0 3.260,0 1.730,0 1.590,0 1.180,0 1.310,0 938,0 2.850,0 2.740,0
2010 2.350,0 2.030,0 2.350,0 1.880,0 2.030,0 1.880,0 1.880,0 1.590,0 1.310,0 1.120,0 1.520,0 1.730,0
2011 2.190,0 611,0 2.270,0 2.030,0 1.310,0 1.520,0 1.310,0 938,0 823,0 823,0 1.180,0 2.640,0
2012 2.600,0 1.730,0 1.800,0 2.190,0 1.880,0 1.730,0 1.310,0 1.120,0 880,0 611,0 938,0 611,0
2013 1.180,0 1.880,0 2.030,0 2.680,0 1.310,0 1.180,0 1.450,0 1.120,0 1.180,0 1.060,0
2014 1.180,0 1.180,0 2.030,0 1.180,0 1.060,0 2.030,0 1.880,0 1.590,0 1.060,0 611,0 1.120,0 1.310,0
Qmín obs 1.180,0 611,0 1.800,0 1.180,0 1.060,0 1.180,0 1.180,0 938,0 823,0 611,0 938,0 611,0
Qmínesp 8,20 4,25 12,52 8,20 7,37 8,20 8,20 6,52 5,72 4,25 6,52 4,25
QmínUH 1.195 619 1.822 1.195 1.073 1.195 1.195 950 833 619 950 619
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 358,7 250,3 190,6 190,6 81,1 164,2 190,6 234,5
2010 266,8 140,2 250,3 320,0 250,3 164,2 118,4 140,2 118,4 118,4 140,2 283,9
2011 421,7 334,2 379,0 688,0 427,2 313,0 236,4 158,0 108,2 187,1 254,4
2012 943,3 496,9 427,2 478,9 334,2 292,7 254,4 219,2 158,0 478,9 209,5 254,4
2013 254,4 478,9 534,1 733,0 478,9 334,2 254,4 219,2 158,0 219,2 292,7 334,0
2014 292,7 334,2 292,7 983,7 721,6 427,2 254,4 187,1 187,1 292,7 292,7 379,0
Qmín obs 254,4 140,2 250,3 320,0 250,3 164,2 118,4 140,2 81,1 118,4 140,2 234,5
Qmínesp 1,76 0,97 1,73 2,22 1,73 1,14 0,82 0,97 0,56 0,82 0,97 1,62
QmínUH 92 51 90 116 90 59 43 51 29 43 51 85
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2009 1600,0 1740,0 1740,0 2100,0 1530,0 1210,0 818,0 621,0 531,0 531,0 1210,0 2030,0
2010 2250,0 1880,0 2170,0 1670,0 1340,0 980,0 767,0 367,0 228,0 261,0 142,0 1600,0
2011 3080,0 2410,0 2740,0 2410,0 1660,0 1290,0 1080,0 594,0 340,0 487,0 1220,0 1660,0
2012 2610,0 2020,0 1570,0 1430,0 1160,0 1130,0 809,0 577,0 282,0 128,0 950,0 999,0
2013 901,0 1270,0 1160,0 1570,0 1100,0 901,0 597,0 272,0 222,0 326,0 451,0 763,0
2014 1050,0 901,0 1270,0 2190,0 1390,0 1270,0 950,0 559,0 356,0 177,0 677,0 1440,0
Qmín obs 901,0 901,0 1.160,0 1.430,0 1.100,0 901,0 597,0 272,0 222,0 128,0 142,0 763,0
Qmínesp 4,19 4,19 5,40 6,65 5,12 4,19 2,78 1,27 1,03 0,60 0,66 3,55
QmínUH 884 884 1.138 1.403 1.079 884 586 267 218 126 139 748