Trabalho de Campo... PRATICAS PEDAGOGICAS
Trabalho de Campo... PRATICAS PEDAGOGICAS
Trabalho de Campo... PRATICAS PEDAGOGICAS
Abril de 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS
Docente:
Abril de 2023
Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Conclusão...................................................................................................................................10
Referencias Bibliográfica...........................................................................................................11
Introdução
Actualmente a educação é um fenómeno social em que é visto presente em todo lado, não está
alheio à influência do processo de globalização e da sua repercussão num mundo em mudança
vertiginosa, com progressos e retrocessos, em busca do equilíbrio de um desenvolvimento
sustentável. Por sua vez, a educação é a arma mais poderosa que tem o Homem para criar uma
ética, para criar uma consciência, para criar um sentido do dever, um sentido da organização, da
disciplina e da responsabilidade.
De acordo com Vieira (1993), a supervisão pode definir-se como “actuação de monitorização
sistemática da prática pedagógica, sobretudo através de procedimentos de reflexão e
experimentação nas suas dimensões analítica e interpessoal, de observação como estratégia de
formação e de didáctica como campo especializado de reflexão/experimentação pelo professor.”
Nesta perspectiva, identificamos que o objecto da supervisão é a prática pedagógica do professor,
cuja função essencial da supervisão é a monitorização dessa prática e contribuir directamente
para o desenvolvimento profissional do professor.
Logo, Alarcão & Tavares (2003) “o objectivo da supervisão não é apenas o desenvolvimento do
conhecimento, visa também o desabrochar de capacidades reflexivas e o repensar de atitudes,
contribuindo para uma prática de ensino mais eficaz, mais comprometida, mais pessoal e mais
autêntica”.
Desse modo, Vieira (2009, p.199) apresenta uma definição onde não deixa dúvidas sobre o
objectivo da supervisão:
Contudo, a supervisão, deve ser considerada como processo de preparação técnica, metodológica
e didáctico - pedagógica que permita o desenvolvimento das competências profissionais e sua
aplicação, sobre a acção duma reflexão conjunta entre supervisor/professor e professor/aluno.
Sendo assim, com o objectivo de exercer bem as suas funções e de acordo com o perfil do
supervisor (MINED, 2003), deve mostrar condições específicas, características, postura e formas
de actuação, é importante que este seja:
Existem indícios desde à antiguidade, de forma elementar a instrução e aprendizagem. Sabe - se,
porém que, nas comunidades primitivas, os jovens passavam por um ritual de iniciação para
ingressarem nas actividades do mundo adulto. Pode-se considerar esta como uma forma de acção
pedagógica, embora não esteja presente o didáctico como forma estruturada de ensino, aliás, esta
prática continua a ser observada na actualidade, inclusive no Bairro a que fazemos menção deste
estudo, chegando até as crianças serem retiradas da escola em pleno tempo lectivo de aulas e
serem submetidas aos ritos de iniciação.
Em fim, esta é a realidade quotidiana deste Bairro que nalgum momento contribui negativamente
no Processo de Ensino e Aprendizagem por desconhecimento da parte da população desta zona
embora o pesquisador ser produto deste local e ter passado nestes rituais, portanto, não iremos
desenvolvê-lo com rigor este assunto que simplesmente era para elucidar o que estamos nos
referir.
De acordo com Pioron (1951), a aprendizagem é definida como sendo “modificações adaptativas
à conduta no decurso de experiências repetidas.”
Para Spense (1956) a aprendizagem é definida como sendo uma “mudança profunda de
comportamento que se requer a experiências sucessivas da mesma situação.
Segundo Mwamwenda (2008, p. 163-164), até nos meados do século XVII não se podia falar de
Didáctica como teoria do ensino, que sistematizava o pensamento didáctico e o estudo científico
das formas de ensinar. A matéria deve ser ensinada uma de cada vez partindo do conhecido para
o desconhecido. É com base nestes fundamentos que observamos que o Processo de Ensino e
Aprendizagem ocorre com sucesso quando realmente a aprendizagem é efectiva e notória, isto é,
só ocorre uma aprendizagem quando observamos uma modificação ou mudança do
comportamento na pessoa que aprende.
É neste âmbito que a supervisão pedagógica deve abraçar com firmeza esta lição. Há uma relação
intrínseca entre o ensino e aprendizagem, é necessário conhecer, na perspectiva de Piletti (2002,
p.33), o fenómeno sobre o qual o ensino actua, que é a aprendizagem. Portanto, para haver ensino
e aprendizagem é preciso:
Neste caso, só existe o ensino para motivar a aprendizagem, orientá-la e dirigi-la e existe sempre
para a eficiência da aprendizagem, o ensino seria então, factor de estimulação.
Conforme a teoria de São Tomás de Aquino, (citado Piletti, 2002, p. 32), o professor está na
mesma situação de um médico ou de um lavrador. O médico e o lavrador funcionam como
agentes externos, pois a cura do doente ou o sucesso da plantação, respectivamente, depende da
natureza do doente ou da qualidade do solo. Da mesma forma, o professor também é um agente
externo. Ele colabora na aprendizagem do aluno, mas esta depende do próprio aluno (2002, p.32).
O ensino segundo Herbart (citado por Mwamwenda, 2008) deve ser entendido como repasse de
ideias do professor para a cabeça do aluno que passa por uma preparação e apresentação da
matéria nova de forma clara e completa. A organização do Processo de Ensino e Aprendizagem
assenta basicamente na organização dos aspectos do trabalho do professor e dos alunos na sala de
aula. Supõe a elaboração do projecto pedagógico - curricular, dos planos de ensino e sua estrutura
30 didáctico - pedagógica orientada por uma concepção de ensino como direcção da actividade
cognitiva dos alunos sob orientação do professor.
Segundo Mwamwenda (2008) a organização do trabalho na sala de aula não visa apenas o
cumprimento dos programas, mas ao envolvimento dos alunos, sua participação activa, o
desenvolvimento de habilidades e capacidades intelectuais para além do trabalho independente. O
sucesso do Processo de Ensino e Aprendizagem na consciência Tachizawa & Andrade (2006)
pressupõe a existência de condições materiais, financeiras e humanas para a sua
operacionalização, disponibilização de equipamentos para as salas de aula, material didáctico
tanto para o professor como para o aluno, entre outros factores.
Todavia, as políticas educacionais dão mais ênfase ao processo de gestão participativa, como
forma de tornar abrangente a educação de qualidade. Daí que, é necessário o envolvimento
escalonado da Supervisão Pedagógica, feito isso poderíamos contribuir para o seguimento e
controlo do Processo de Ensino - Aprendizagem à favor do sucesso na sua qualidade e
automaticamente para o desenvolvimento do país. Se faz necessário que cada escola elabore e
ponha em prática o plano de assistência às aulas entre professores no sentido de superar as
pequenas dificuldades que estes têm no dia - a - dia do seu trabalho docente, sem contudo ficar à
espera dos supervisores da ZIP, distritais ou mesmo da província e que estes como atores do
processo, planifiquem as supervisões pedagógicas definindo o alvo a atingir, fazendo abandono
da prática da supervisão integrada por que não é rentável para o PEA.
Referencias Bibliográfica
Alarcão e Tavares, J. (1987, 2ª ed. 2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma Perspectiva de
Desenvolvimento e Aprendizagem. Coimbra: Almedina.
Vieira, F. (1993). Supervisão - Uma Prática Reflexiva de Formação. Rio Tinto: Asa
Mwamwenda. T.S. (2009). Psicologia educacional, uma perspectiva africana, 1ͣ edição, Maputo.