Oficial Volume 1
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Oficial Volume 1
DOCUMENTO CURRICULAR
DA REDE MUNICIPAL DE
SANTO ANDRÉ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DOCUMENTO CURRICULAR
REDE MUNICIPAL DE ENSINO
DE SANTO ANDRÉ
VOLUME 1
2019
1
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Vice-Prefeito
Luiz Zacarias
Secretária de Educação
Dinah Kojuck Zekcer
Secretária Adjunta
Gilzane Santos Machi
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Organização:
Etapas de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Adriana Maria Biaggio Frenham
Clarice Schöwe Jacinto
Daniela Silva e Costa Santana
Elisabete Filomena dos Santos
Kátia Lubliner
Luciane Vezzaro Izidoro Fialho
Nanci Carvalho Oliveira de Andrade
Regiane Ibanhez Gimenes Berni
Revisão Textual
Sérgio Simka; Adriana Maria Biaggio Frenham; Elisabete Filomena do Santos.
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LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
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SUMÁRIO
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CONCEPÇÃO DE
EDUCAÇÃO BÁSICA
REDE MUNICIPAL DE ENSINO
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1 O nome do autor é originário do idioma russo e não há consenso quanto á grafia mais acertada,
considerando-se a Língua Portuguesa, assim como em outras línguas europeias. Na literatura existem
diversas maneiras de se grafar o sobrenome do pesquisador, contudo neste documento curricular fez-se
a opção pela grafia Vygostky.
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p. 41) com “[...] pluralidade de culturas, etnias, religiões, visões de mundo, e outras
dimensões das identidades, infiltrando-se cada vez mais nos diversos campos da vida
contemporânea [...], inclusive nos espaços de educação formal como a Escola”.
Autores como Moreira (2001, 2008), Silva (2007), Canen e Oliveira (2002) vêm
discutindo e postulando sobre o trabalho multicultural, movimento este que teve início
no século XX na América do Norte, com a busca pelos direitos civis dos grupos
marginalizados socialmente. Desde então o termo ganhou uma variedade de
significados, mas é necessário destacar que o multiculturalismo preza pelo estudo
voltado às diferentes manifestações culturais existentes pelo mundo, para que se dê a
devida importância a tais estudos, evitando os conflitos e desconstruindo a
possibilidade de supremacia desta ou daquela cultura sobre as demais.
Concernente ao que é discorrido neste documento curricular acredita-se ser
fundamental que este seja multiculturalmente orientado (MOREIRA, 2008), rompendo-
se com qualquer caráter homogêneo e/ou homogeneizador dos processos de ensino-
aprendizagem. Para tanto é preciso que se considere a Escola como um espaço de
cruzamento de culturas, pois:
[...] o responsável definitivo da natureza, do sentido e da consistência do que
os alunos e as alunas aprendem em sua vida escolar é este vivo, fluido e
complexo cruzamento de culturas que se produz na escola, entre as
propostas da cultura crítica, alojada nas disciplinas científicas, artísticas e
filosóficas; as determinações da cultura acadêmica, refletidas nas definições
que constituem o currículo; os influxos da cultura social, constituída pelos
valores hegemônicos do cenário social; as pressões do cotidiano da cultura
institucional, presente nos papéis, nas normas, nas rotinas e nos ritos
próprios da escola como instituição específica; e as características da cultura
experiencial, adquirida individualmente pelo aluno através da experiência
nos intercâmbios espontâneos com seu meio. (MOREIRA, 2008 apud
PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 17).
Sobre flexibilidade é necessário reafirmar indicações feitas anteriormente,
quando pensamos nas estratégias e nas situações didáticas presentes nas dinâmicas
das UEs, considerando-se as especificidades identificadas. Nesse contexto, o termo
flexível deve ser entendido no sentido de adaptar-se com facilidade aos
acontecimentos da sociedade e da realidade escolar, com dinamismo, atendendo às
necessidades e peculiaridades do grupo, com a responsabilidade de atender a todas/os
e a cada uma/um. Uma flexibilidade que vai além do conteúdo programático mínimo,
como implica uma pedagogia centrada na interação discente/discentes/docentes, que
permita exercitar as atitudes, as competências e as habilidades propostas.
Faz-se necessário esclarecer que a visão de competências, aqui, assume uma
perspectiva sociocrítica, que, segundo Libâneo (2015), compreende entendê-las como:
[...] sinônimo de formação omnilateral (integral), formação politécnica, em que
(sujeitos) desenvolvem capacidades subjetivas – intelectuais, físicas, sociais,
estéticas, éticas e profissionais – visando à unidade, na ação humana, entre
capacidades intelectuais e práticas. Trata-se, assim, de unir uma visão
ampliada de trabalho, envolvendo competências universais e saberes
técnico-metodológicos, as competências sociocomunicativas e subjetivas e
as competências histórico-políticas transformadoras (Market, 2004). Com
isso, os (sujeitos) podem aplicar-se competentemente no trabalho e intervir
no contexto organizacional, no qual se qualificam mediante formas
participativas e comunicativas na própria situação de trabalho. Essa
estratégia implica um método da análise reflexiva em que os sujeitos
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pensar a educação tendo o trabalho como um dos princípios, nos leva a pensar a
formação integrada do Ser Humano, superando “[...] a redução da preparação para o
trabalho ao seu aspecto operacional, simplificado, escoimado dos conhecimentos que
estão na sua gênese científico-tecnológica e na sua apropriação histórico-social [...]”.
Ou seja, a Escola deve tratar junto a seus grupos discentes as relações que se
dispõem à sociedade, à economia e a/ao cidadã/ão, estimulando a reflexão e o
pensamento crítico, pensando a educação não como mera reprodutora de mão de obra
braçal, mas que os sujeitos discentes, ao se formarem, tenham o direito de escolha e
capacidade de atuarem em diferentes áreas, garantindo o acesso e a permanência de
forma igualitária para todas/os, equiparando oportunidades.
A partir das ideias vygotskyanas, a Escola deve realizar a articulação de
conceitos cotidianos e científicos, favorecendo a constituição dos sujeitos, valorizando
e ampliando as experiências e os saberes trazidos pelos mesmos, associando-os aos
conhecimentos científicos, socioculturais e históricos existentes. Tudo isso por meio de
princípios éticos e políticos educacionais, valorizando a curiosidade, a criticidade, a
criatividade, a reflexão, a autonomia e a participação para uma formação cidadã,
observando a perspectiva da omnilateralidade4, possibilitando a formação integral do
sujeito discente.
Considerando a formação integral e integrada é imprescindível pensarmos os
conteúdos não como um fim em si mesmo, mas como um meio para que os sujeitos
possam produzir e usufruir os bens culturais, sociais e econômicos presentes na
realidade. Mello (2014) explica que os conteúdos disciplinares precisam ser tratados
como elementos mediadores voltados às diferentes aprendizagens. Sendo assim,
acreditamos ser necessário abranger os conteúdos conceituais, procedimentais e
atitudinais (ZABALA, 1998).
Concluindo este texto introdutório, que teve como objetivo principal a elucidação
dos anseios curriculares das/os docentes da Rede Municipal de Santo André, faz-se
necessário ressaltar que, para que se garanta a efetiva realização das proposições
elencadas, ao longo do presente documento curricular com qualidade, é preciso
assegurar que fatores adjacentes e subjacentes aos processos de ensino-
aprendizagem relevantes à sua realização passem diretamente pelo cumprimento das
políticas públicas de educação previstas na legislação nas diferentes instâncias,
principalmente no que diz respeito ao Município.
Citamos especificamente dois pontos a serem considerados: (i) o que diz
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei 10.639/03. Altera a Lei no 9.394, de
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática –
História e Cultura Afro-Brasileira.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei 11.645/08. Altera a Lei 9.394/1996,
modificada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática―História e cultura afro-brasileira e indígena.
FOCHI, Paulo Sergio. A didática dos campos de experiência. Revista Pátio [on-line].
Edição 49, out. 2016.
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PACHECO, José Augusto. Currículo: teoria e práxis. 2. ed. Porto: Porto, 2001.
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PARO, Vitor Hugo. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2008.
ROCHA, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da. Não brinco mais: a (des)construção
do brincar no cotidiano educacional. Ijuí/RS: Editora UNIJUÍ, 2005. (Coleção Fronteiras
de Educação).
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, Santa Marli Pires dos e CRUZ, Dulce Regina Mesquita da. O lúdico na
formação do educador. In: SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.). O lúdico na
formação do educador. Petrópolis: Vozes, 1997.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d’Água,
2012. p. 43-81.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998. p. 42-48.
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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
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5Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as Etapas e Modalidades, com melhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem, com vista a atingir as metas estabelecidas para o IDEB (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica) do Município e de cada Unidade Escolar Municipal e Estadual.
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construção de “[...] uma educação com a marca da igualdade racial” (BRASIL, 2013b,
p. 4). Mesmo sendo voltado mais especificamente a Instituições de Ensino
Fundamental, no próprio documento é indicada uma adaptação que possa servir
também às Instituições voltadas para o atendimento da Etapa de Educação Infantil.
Assim, considerando-se as especificidades de cada um dos documentos citados,
pode-se pensar que o Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE (BRASIL, 2006) traz
uma forte contribuição para o planejamento e elaboração dos PPPs das Instituições, ao
mesmo tempo em que os outros três – Indicadores da Qualidade na Educação Infantil
(BRASIL, 2009), Indicadores da Qualidade na Educação (BRASIL, 2008b) e
Indicadores da Qualidade na Educação – Relações raciais na escola (BRASIL, 2013b)
– compõem excelente referencial para a avaliação dos mesmos PPPs.
A seguir, apresentamos os principais aspectos dos referidos documentos,
indicando como eles podem, de fato, contribuir para nortear as avaliações institucionais
em nossa Rede Municipal de Ensino.
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Principais aspectos dos documentos: Plano de Desenvolvimento da Escola; Indicadores da Qualidade na Educação Infantil; Indicadores da
Qualidade na Educação e Indicadores de Qualidade na Educação – Relações Raciais na Escola
Plano de Desenvolvimento da Indicadores da Qualidade na Indicadores da Qualidade na Indicadores da Qualidade na
Escola – PDE Educação Infantil Educação Educação–Relações raciais na
(BRASIL, 2006) (BRASIL, 2009) (BRASIL, 2008b) escola
(BRASIL, 2013b)
Critérios de Eficácia Escolar Dimensões Dimensões
Dimensões
Apreender aspectos da atmosfera Multiplicidade de experiências e Prática pedagógica e Currículo e proposta político-
geral da escola, liderança, ordem, linguagens – avaliação/autoavaliação – pedagógica –
disciplina, segurança e compromisso, Evidencia a análise sobre as rotinas Foco na prática pedagógica voltada Evidencia como a escola discute,
ambiente propício à aprendizagem e as práticas adotadas, observando para o desenvolvimento integral das organiza e põe em prática seus
(p. 83-87). se estas diversificam as formas de a crianças. Fortalecer a comunidade processos de ensino e
criança conhecer o mundo e se escolar com base em uma avaliação aprendizagens. Necessário
expressar, desenvolvendo todas as participativa visando à melhoria dos considerar-se a promoção de um
suas potencialidades, valorizando aspectos observados (p. 25-30). ambiente promotor de experiências
Relaciona-se diretamente com a
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Visa desenhar como se pensa Interações – Ensino e aprendizagem da leitura Recursos didático-pedagógicos –
participação e cooperação A instituição de educação infantil e da escrita – Verifica como são abordadas
institucional dos pais e comunidade constitui-se em um fértil espaço de Verifica e analisa quais são e como questões étnico-raciais em relação
na escola, possível contribuição de convivência e interações entre estão as práticas voltadas para a aos materiais adquiridos e aos
outros parceiros para o sucesso crianças, entre crianças e adultos e, alfabetização inicial, bem como ao recursos escolhidos, sendo
acadêmico dos alunos e para o também, entre os adultos. Tudo isso conjunto de práticas que favoreçam a necessário apurar o olhar crítico para
melhor desempenho da escola (p. é permeado por ações pedagógicas leitura e a escrita de todas as tudo aquilo que não apresentar uma
88). e merece constante crianças. Sabendo-se que “[...] a visão de respeito às diferenças,
acompanhamento leitura e a escrita são muito principalmente às relações raciais
(p. 45-47). importantes para que as pessoas e/ou de injustiça com as minorias
exerçam seus direitos, possam sociais (p. 59). Visa confirmar
trabalhar e participar da sociedade processos pedagógicos
com cidadania, se informar e comprometidos com o previsto na Lei
aprender coisas novas ao longo de n. 10.639/2003 (p. 59-63).
toda a vida” (p. 31-40).
Considera a excelência da equipe Promoção da saúde – “[...] a Gestão escolar democrática – Acesso, permanência e sucesso
para o desempenho das funções atenção à saúde das crianças é um Pautando-se na LDB 9.394/1996, na escola –
com profissionais habilitados e aspecto muito importante do trabalho que apresenta o princípio da gestão Verifica as condições da escola
capacitados (89-91). em instituições de educação infantil. democrática, o foco está no quanto à garantia da permanência e
As práticas cotidianas precisam atendimento de suas características: do sucesso de todas as crianças na
assegurar a prevenção de acidentes, compartilhamento de decisões e aprendizagem, em especial as
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os cuidados com a higiene e uma informações; preocupação com a pertencentes a grupos sociais
alimentação saudável, condições qualidade de educação e com a historicamente discriminados (p. 65-
para um bom desenvolvimento relação custo-benefício, bem como 73).
infantil [...]” (p. 48-49). com a transparência (p. 41-46). Relaciona-se diretamente com a
dimensão 2.
Foco na clara compreensão da Espaços, materiais e mobiliários – Formação e condições de trabalho Atuação dos/das profissionais de
missão da escola, objetivos claros e Observa os ambientes físicos da dos profissionais da escola– educação –
amplamente difundidos, instituição de educação infantil, pois Diz respeito à valorização e ao Trata da importância e da
planejamento estratégico, método estes refletem uma concepção de reconhecimento da importância de responsabilidade do grupo de
definido de gestão, gerenciamento educação e cuidado, considerando cada profissional na realização dos profissionais envolvidos no ambiente
da rotina, trabalho em equipe, fluxo as “[...] necessidades de processos educativos escolares. Não educacional, quanto ao seu papel na
eficiente de informações, existência desenvolvimento das crianças, em obstante, o foco também está em construção de uma educação
de indicadores e de avaliação de todos seus aspectos: físico, afetivo, como estes profissionais estão se antirracista então discriminatória.
gestão (p. 92-94). cognitivo, criativo [...]” (BRASIL, colocando como agentes Busca auxiliar na reflexão das
2009, p. 40). responsáveis pelos mesmos concepções presentes nas relações
Também são postos em pauta: a processos (p. 47-50). e como elas podem impactar no
higiene, a iluminação, a segurança, a Relaciona-se diretamente com a cotidiano escolar (p.75-81).
ventilação, o exterior, bem como o dimensão 1.
aconchego para o respeito às “[...]
múltiplas necessidades das crianças
e dos adultos que com elas
trabalham [...]” (BRASIL, 2009, p.
40). (p. 50-53).
Elenca condições materiais de Formação e condições de trabalho Ambiente físico escolar– Gestão Democrática –
funcionamento (instalações, das professoras e demais Sabe-se que os espaços educam; Auxilia a equipe escolar na reflexão
equipamentos) para que o ensino e a profissionais – Este é um dos sendo assim, gestão do espaço e do acerca de suas ações, suas metas,
aprendizagem aconteçam de forma fatores que mais influenciam na ambiente físico escolar chama a sua condições, ou seja, o conjunto
adequada (p.95). qualidade do trabalho realizado com atenção para: o bom aproveitamento de elementos mediadores de seus
as crianças no interior das dos recursos; a organização eficiente processos, garantindo a participação
instituições de educação infantil, pois ao convívio; qualidade dos recursos real da comunidade escolar, bem
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profissionais com boa formação, e se estes respondem à necessidade como de quais são os mecanismos
salários adequados e com apoio detectada (p. 51-56). que operam a favor e contra a
podem efetivar práticas efetivação da gestão democrática (p.
comprometidas e compatíveis com 83-87).
as necessidades que envolvem o
importante trabalho com crianças
dessa faixa etária (p. 54-56).
Considera o desempenho geral da Cooperação e troca com as Acesso e permanência dos alunos Para além da escola –
escola: taxas de aprovação, famílias e participação na rede de na escola – Propõe que a escola reflita a respeito
reprovação; abandono, distorção proteção social – Como dito Foco na realidade apresentada pelas de como estão se desenhando as
idade-série; satisfação dos alunos, anteriormente, a instituição de crianças em seus processos, relações e os processos
pais, colaboradores e sociedade; educação infantil constitui-se em considerando todos os aspectos educacionais no interior da escola e
indicadores de melhoria das práticas fecundo espaço de convivência, por envolvidos, desde os dados relativos como estão sendo desdobrados na
de gestão; cumprimento das metas isso a diversidade é enriquecida com ao aproveitamento escolar, como ao comunidade, por exemplo, na
estabelecidas (p.96). a participação dos familiares. seu contexto familiar, seu histórico de articulação com movimentos locais,
[...] os responsáveis por garantir os vida, cuidando para oferecer, de fato, outras instituições, movimentos
direitos das crianças não são boas oportunidades de étnico-raciais do entorno, entre
somente a instituição de educação aprendizagem e convívio para todos outros, na tentativa de compor uma
infantil e a família, razão pela qual é os sujeitos (p. 57-60). rede de parceria em prol do bem-
muito importante que as instituições Relaciona-se diretamente com a estar social (p.89-93).
de educação infantil participem da dimensão 2.
chamada Rede de Proteção aos
Direitos das Crianças [...] (p. 57-60).
Fonte: Organizado pela Coordenação de Estudos Pedagógicos e Curriculares, 2018.
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AVALIAÇÃO DE SISTEMA
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Freitas (2013a) explica que o SAEB avaliava estudantes dos atuais 5º. e 9º.
Anos do Ensino Fundamental e de 3ª. Série do Ensino Médio, nas disciplinas de Língua
Portuguesa (leitura) e Matemática (cálculo e resolução de problemas). Conforme
explica Brasil (2008a, p. 4):
[...] o Saeb utiliza instrumentos específicos: provas aplicadas a alunos de
escolas selecionadas, por meio das quais é medido o desempenho acadêmico
dos mesmos; questionários, pelos quais são investigados os fatores intra e
extraescolares associados ao desempenho dos alunos. Por isso, as
informações do Saeb permitem a identificação e a análise de aspectos que
contextualizam o processo de ensino-aprendizagem em que foram obtidos os
resultados de desempenho. Tais dados são levantados por meio da aplicação
de questionários aos professores, aos diretores e aos alunos [...].
Contudo, ao longo dos anos e aplicações, o referido sistema de avaliação
mostrou-se com eficácia reduzida no tocante à promoção de ações efetivas com os
Sistemas de Ensino. Foi então que em 2005 foi acrescida ao sistema a Prova Brasil,
com o nome oficial de Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), e o
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SAEB passa a ser composto por dois processos: o de Avaliação Nacional da Educação
Básica (ANEB) e o de ANRESC. Sobre ambos os processos, o documento O Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Prova Brasil do fascículo Pró-
Letramento (BRASIL, 2008a) explica:
[...] a Aneb é realizada por amostragem das Redes de Ensino em cada
Unidade Escolar da Federação e foca as gestões dos sistemas educacionais.
Por manter as mesmas características, a Aneb ainda recebe o nome de Saeb
em suas divulgações; a Anresc é mais extensa e mais detalhada que a Aneb,
pois foca em cada unidade escolar. Por seu caráter universal, a Anresc recebe
o nome de Prova Brasil em suas divulgações e é aplicada a todas as escolas
públicas urbanas brasileiras, com mais de 20 alunos na séria avaliada [...]. (p.
4).
Mediante a Prova Brasil, no ano de 2007, o Governo Federal instituiu o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)6, que passou a figurar como balizador no
monitoramento de metas e progressos referentes à Educação Básica, “[...] tornando-se
uma das principais ferramentas da política educacional brasileira na esteira da
racionalidade econômica e gerencial que se impôs com as transformações sociais das
últimas décadas [...]” (FREITAS, 2013a, p. 71). Nesta perspectiva histórica, a autora
destaca ainda o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Exame Nacional de
Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA), também como
componentes do rol de avaliações da Educação Básica.
Dessa forma, ao longo das últimas décadas, vários Estados e Municípios
passaram a utilizar a avaliação de sistema na busca do fortalecimento das suas
autonomias (FREITAS, 2013a), tendo como referência os procedimentos apresentados
pelo Governo Federal. Tais iniciativas oportunizaram pesquisas e reflexões acerca
desse movimento avaliativo, gerando material consistente a ser utilizado para pensar e
repensar estratégias democráticas de gestão, visando, efetivamente, regular as
políticas públicas de ação afirmativa7 em avaliação, no contexto da educação pública
brasileira. Mainardes (2013, p. 155) apresenta consideração a respeito, ao postular
que:
[...] a avaliação de sistemas educacionais no Brasil tem sido debatida em suas
diversas perspectivas (histórica, conceitual, política, ideológica, sociológica
etc.). A princípio, pode-se considerar que as avaliações de sistemas
educacionais são necessárias, pois podem oferecer elementos relevantes
sobre a qualidade dos sistemas e sobre o desempenho dos alunos. Assim,
quando defendemos a necessidade e a urgência de que a educação pública
avance qualitativamente de forma a garantir a todos os alunos a apropriação de
um “conhecimento poderoso”, como destaca Young (2007), podemos admitir
6 O IDEB tem por objetivo sintetizar informações obtidas por meio dos seguintes fatores: (i) rendimento
escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono); (ii) as médias do SAEB e a Prova Brasil. Tal ação
visa ao planejamento de ações voltadas ao aperfeiçoamento do trabalho nas escolas, com
direcionamento de recursos tanto técnicos como financeiros, com o objetivo de favorecer o
desenvolvimento progressivo das diversas redes de ensino do Brasil. (Disponível em:
http://ideb.inep.gov.br/site. Acesso em: jun. 2018).
7 Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de
corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos. Uma ação
afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos. As ações afirmativas podem ser de três
tipos: com o objetivo de reverter a representação negativa dos negros; para promover igualdade de
oportunidades; e para combater o preconceito e o racismo. (grifo nosso). (Disponível em:
<http://www.seppir.gov.br/assuntos/o-que-sao-acoes-afirmativas>. Acesso em: jul. 2018).
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Referências
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FREITAS, Luiz Carlos de; SORDI, Mara Regina Lemes de; MALAVASI, Maria Marcia
Sigrist; FREITAS, Helena Costa Lopes de. Avaliação educacional – Caminhando pela
contramão. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
SOUZA, Maria Alba de. O uso dos resultados de avaliação externa na escola: relação
entre os resultados da avaliação externa e a avaliação interna dos alunos. In: BAUER,
Adriana; GATTI, Bernardete A.; TAVARES, Marialva R. (org.). Vinte e cinco anos de
avaliação de sistemas educacionais no Brasil – origem e pressupostos.
Florianópolis: Insular, 2013. vol. 1, p. 157-167.
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YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, Campinas,
v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010173302007000400002&ln
g=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: jun. 2018.
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PARTICIPANTES DIRETOS
DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
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