Anatomofisiologia Da Produção Vocal
Anatomofisiologia Da Produção Vocal
Anatomofisiologia Da Produção Vocal
comunicação como também revela e provoca reações nos ouvintes. Pela voz
intenção do discurso e porque não dizer, a nossa alma. A voz é o som da linguagem,
1. LARINGE
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cuneiformes) e outras três ímpares (tireóide, a cricóide e a epiglote). Eles são
inserção na laringe. Eles alteram a posição, a forma e a tensão das pregas vocais,
borda livre.
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É o maior músculo intrínseco da laringe. É o tensor responsável pelo
que atua no controle da freqüência vocal, produzindo sons mais agudos quando
contraído.
ádito da laringe.
A borda livre da prega vocal é muito mais complexa que somente uma
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intermediária da lâmina própria, a camada profunda da lâmina própria e o músculo
lâmina própria, bastante flexível, até o músculo vocal, bastante rígido, produz
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Desta forma é possível observar que existe a estabilidade dada pelo músculo
contato com o músculo. Nesse instante a lâmina própria ainda não apresenta a
torna mais espesso. Após os 15 anos pode-se observar a estrutura de três camadas
na lâmina própria.
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Para que ocorra a produção vocal é necessário que um conjunto de estruturas
língua, o palato, a cavidade oral e a cavidade nasal. Estas estruturas agem como
qualidade vocal.
caixa torácica, fornecem um mecanismo de suporte que possa gerar força que
direcione uma corrente de ar controlada para passar entre as pregas vocais. A caixa
4. PRODUÇÃO VOCAL
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da mucosa que reveste as pregas vocais, provocando pequenos puffs no ar
periódicas
encontra-se acima de 250Hz, chegando até 400 nos bebês (BEHLAU et al., 2001).
Cada ciclo glótico é formado por quatro etapas: fase aberta, fase de
vibratório.
não há fluxo de ar, pois o fluxo expiratório encontra uma resistência no nível glótico,
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ajustes rápidos e complexos dessa musculatura são necessários, pois a resistência
fatores que contribuem para uma fonação adequada. O aumento desta pressão
espaço e o ar comece a fluir. Uma vez aberta pela passagem do ar, duas forças
tensão massa e estiramento das pregas vocais, portanto as pregas vocais tendem a
Bernoulli faz com que as pregas vocais sejam aspiradas em direção à luz laríngea,
maior das pregas faz com que a porção superior retorne para a linha média. Assim,
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O movimento ondulatório da prega vocal é complexo. A borda livre da prega
verticalmente.
Então, durante a fonação, a borda livre inicia sua abertura na sua porção
superior se abre, eliminando um puff de ar. Antes que a porção superior atinja
abertura máxima, o inferior começa a fechar, seguida pela superior com uma
al., 2003).
mais aceita atualmente para explicar o fenômeno vibratório, e foi definida em 1958
por Van Den Berg. A teoria descreve que a vibração das pregas vocais depende de
partir daí, a vibração ocorre por forças aerodinâmicas relacionadas ao fluxo aéreo
FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL
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A frequência fundamental (Fo) corresponde ao número de ciclos glóticos por
vocais.
vezes, quando as pregas vocais são afinadas e apertadas com natural aumento da
água que se eleva na pressão subglótica (BAKEN, 1997; SATALOFF, 2002). Isto
explica a diminuição do pitch observada ao final de uma sentença, uma vez que o
INTENSIDADE VOCAL
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intensidade vocal. Tipicamente, o sussuro tem uma intensidade de 40 decibels (dB),
enquanto no grito ou falar alto sobe para 90dB; na fala normal a intensidade
da adução das pregas vocais, e pela sintonia do trato vocal (SCHERER, 1991). A
partir deste conceito, sabemos que uma glote eficiente gera aumento da pressão
fonação, associadas com o tipo de padrão vibratório, que é definido por diversos
viscoelásticas de cada uma das camadas da prega vocal (IMAMURA et al., 2003).
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(BAKEN, 1997). A partir disso, três distintos registros podem ser verificados: registro
modal, registro baixo ou vocal fry, e registro alto ou falsete (HOLLIEN, 1974).
comumente usada por falantes, que varia de 75 a 450Hz nos homens, e 130 a
520Hz nas mulheres (BAKEN, 1997). Nesta situação, o feixe medial do músculo
1997). Existe uma fase fechada prolongada, a atividade do músculo vocal é mínima
490 a 1130Hz na mulher (BAKEN, 1997). A fase fechada das pregas vocais é
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