Avaliação Otoneurológica - Resumo
Avaliação Otoneurológica - Resumo
Avaliação Otoneurológica - Resumo
Alterações do equilíbrio
Alterações auditivas
Síndromes neurológicas de fossa posterior
Distúrbio de aprendizagem
Objetivos da Avaliação:
2. PROVA DE ROMBERG-BARRÉ:
3. PROVA DE UNTERBERGER:
Pede-se ao paciente para marchar no mesmo lugar, com olhos fechados, com
os braços estendidos à sua frente, sem sair do lugar.
Pessoas normais: permanece no mesmo lugar ou desloca um pouquinho
Afecção vestibular (periférica): gira em torno do seu eixo (Rotações superiores
a 45º são consideradas anormais). Central: o paciente nem consegue machar.
4. FOURNIER:
O paciente deve estar sentado, com braços estendidos e paralelos, na altura dos
ombros, com os dedos indicadores apontando para frente e olhos fechados.
Normal: sem desvio dos braços
Casos periféricos: desvios harmônicos para o lado lesado
Lesão cerebelar: desvios para o lado oposto ao lesado ou quando os braços (um
ou ambos) tendem a abaixar
Pede-se ao paciente para tocar com o dedo indicador (ora da mão direita, ora da
mão esquerda)a ponta do nariz, mantendo os olhos fechados. Nos casos em que o
paciente não é capaz de realizar adequadamente esse movimento, há suspeita de
lesão cerebelar.
3. DIADOCOCINESIA:
Nistagmo:
Contração involuntária da musculatura ocula
Nistagmo Vestibular: ocorre como resposta a uma estimulação do aparelho
vestibular
1. Nistagmo de Posição:
A presença de nistagmo postural indica sempre um comprometimento
vestibular.
A avaliação do aparelho vestibular começa sempre por esta pesquisa, e em
seguida deve-se fazer a pesquisa do nistagmo vestibular.
São adotadas as seguintes posições do corpo durante esta prova (na maca):
- Decúbito dorsal
- Decúbito lateral D e E, tendo o cuidado de levantar um pouco a cabeça do
paciente para que a linha da coluna permaneça reta, sem provocar dor cervical
- Decúbito dorsal com a cabeça pendente (posição de Rose), em seguida virar a
cabeça para a direita e esquerda
- Sentada
Após cada uma das posições, o examinador deve pedir ao paciente para fixar
os olhos num ponto à frente (nem muito perto, nem muito longe) – IDEAL: fazer
a pesquisa utilizando Vídeo Frenzel
Resultados:
Síndromes Periféricas: o nistagmo apresenta LATÊNCIA (depois de alguns
seg. que o paciente assumiu a posição), é PAROXÍSTICO (apresenta uma
exacerbação súbita e passageira após seu aparecimento), é FATIGÁVEL
(depois de um tempo para de acontecer), e é ACOMPANHADO DE
VERTIGEM.
Síndromes Centrais: o nistagmo não apresenta latência, é constante, não é
fatigável, não é acompanhado de vertigem.
OBS.: O Nistagmo periférizo é horizontal ou torsional e é inibido pela fixação
ocular. O nistagmo central pode ser vertical ou horizontal puros ou pode ser
torosional e não é inibido pela fixação ocular.
3. Eletronistagmografia:
Baseia-se na captação da diferença de potencial elétrico entre a córnea (pólo
positivo) e a retina (pólo negativo) através de eletrodos adequadamente
posicionados.
É um procedimento de registro dos movimentos oculares em que o olho atua como
uma bateria: a córnea é o polo positivo e a retina é o polo negativo. A variação de
potencial elétrico córneo-retinal causada pela movimentação ocular é captada por
eletrodos em pontos específi cos da região peri-orbitária, amplificada e enviada ao
equipamento de registro. Os equipamentos de ENG geralmente dispõem de dois
ou mais canais de registro. Nos equipamentos com dois canais, é possível
registrar, por meio de eletrodos, simultaneamente os movimentos oculares
horizontais em um dos canais e os verticais no outro canal, com olhos abertos e
fechados (ELETRODOS EM TRIÂNGULO). A colocação dos eletrodos pode ser
feita de várias maneiras, na dependência do que se quer pesquisar e do número
de canais disponíveis.
Colocação dos eletrodos:
Padrões de normalidade:
1) Latência: tempo que leva para os olhos moverem após a mudança de posição do
ponto luminoso de 214-270ms, dependendo da idade
2) Assimetria de latência: comparação da latência dos olhos para a D e E 30ms
3) Acurácia (ou precisão): é a % que o olho move em relação ao movimento do alvo
60-115%
4) Assimetria de acurácia: comparação da acurácia para a D e E 30%
5) Velocidade: na qual os olhos se movem 350-600o /s
5. Nistagmo Espontâneo:
Objetivo: Verificar a presença ou ausência de nistagmo espontâneo, tanto com olhos
abertos (OA), tanto com olhos fechados (OF).
Procedimento:
O trecho de registro não deve ser curto e a medida da VACL deve ser feita em
2 ou 3 nistagmos para se obter a média aritmética
Não confundir nistagmos com piscadas ou tremores palpebrais – não tem CR e
CL
Quando o NE estiver presente com OA e OF deve-se medir a VACL para
comparar se existe EIFO (Efeito Inibidor da Fixação Ocular): sempre que o
paciente abre os olhos e fixa um alvo, o nistagmo diminui ou desaparece. Se
ele permanecer igual ou aumentar, caracteriza ausência de EIFO, o que
significa uma lesão central. Nas pessoas normais ou com problemas periféricos
o EIFO está sempre presente.
7. Rastreio Pendular:
Objetivo: Determinar o movimento ocular durante perseguição a um alvo que se
move horizontalmente de forma sinusoidal, como um pêndulo. avaliar a
integridade do sistema oculomotor no controle dos movimentos lentos de
perseguição dos olho (Usa somente a fóvea) AVALIA TRONCO ENCEFÁLICO
MÉDIO
Procedimento:
Procedimento:
Resultado:
Se o resultado for menor que 20%, consideramos o nistagmo optocinético simétrico.
Acima deste valor ele é assimétrico, sendo característico de lesão central.
DESTAQUE:
Movimentos sacádicos AVALIA TRONCO ENCEFÁLICO BAIXO
Rastreio pendular AVALIA TRONCO ENCEFÁLICO MÉDIO
Nistagmo Optocinético AVALIA TRONCO ENCEFÁLICO ALTO
9. Provas Rotatórias:
Estimulam ambas as orelhas simultaneamente com a cadeira pendulando para um
lado e outro.
As provas mais empregadas são:
1) Prova rotatória pendular decrescente para CSC laterais
2) Prova sinusoidal harmônica
Procedimento:
Deixar a cabeça do paciente fletida a 30º , de maneira que os CSC laterais
fiquem horizontalizados.
Deixar os olhos fechados e mãos sobre os joelhos e registrar a presença ou
não de nistagmo antes da cadeira iniciar seu deslocamento.
Em seguida, a cadeira é solta para pendular livremente, começando com um
deslocamento de 180º , perdendo a velocidade até parar.
Cada uma dessas pendulações constitui um período, sendo semiperíodo o
deslocamento da cadeira em apenas um dos sentidos (horário ou anti-horário)
Cadeira para AH = nistagmo para a esquerda. Cadeira para H = nistagmo
para a direita.
Resultado:
Se o resultado da fórmula for menor que 33%, o nistagmo perrotatório é simétrico.
Acima desse valor é considerado assimétrico, indicando comprometimento periférico
ou central.
Os nistagmos são comparados para a esquerda e para a direita (VACL) e são usados
os mesmos procedimentos de análise que na PRPD.