Aula 06 - Avaliação Neurológica - Parte 1

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Métodos e Técnicas de Avaliação em Fisioterapia

Vitória de Santo Antão-PE, 17 de novembro de 2023

Avaliação Neurológica - Parte I

Prof. Evandro Duarte de Sá


❑ Principais Definições Neurológicas:
▪ Paresia: diminuição da força muscular e movimentos voluntários;
▪ Plegia: abolição da força muscular/perda do movimentos voluntários;
▪ Hemiparesia: diminuição da motricidade de um lado do corpo;
▪ Hemiplegia: perda do movimento voluntário de um lado do corpo;
▪ Monoplegia: Perda de movimento voluntário em um membro. A
monoplegia do membro superior é referida como monoplegia braquial e a do
membro inferior é monoplegia crural;
▪ Diplegia/Paraplegia: Perda de movimento nos MMII;
▪ Quadriplegia/Tetraplegia: Perda de movimento nos quatro membros.
❑ Reflexo de Estiramento Muscular

Reflexo: Ato involuntário

Para testar os reflexos deve-se utilizar o martelo de percussão para


determinar sua amplitude.
▪ Aumentado: hiperreflexia
▪ Diminuído: hiporeflexia
▪ Abolido: arreflexia
▪ Normal: normorreflexia
❑ Reflexos Profundos: O estímulo para avaliar os reflexos profundos deve
ser um estiramento rápido do músculo causado pela percussão do tendão,
realizada com o auxílio do martelo de pesquisa de reflexos (martelo
neurológico). O paciente deve manter os músculos bem relaxados e o
examinador deve comparar as respostas bilateralmente.
▪ Reflexo Patelar
▪ Reflexo Aquileu
▪ Reflexo Bicipital
▪ Reflexo Tricipital
▪ Reflexo Estilorradial
Reflexo Patelar
❑ Reflexos Superficiais: Nesta classe de reflexos, os estímulos são
realizados sobre a pele ou mucosas e provocam contrações musculares,
geralmente circunscritas aos grupos musculares da região excitada.
▪ Reflexo cutâneo- excitação da planta do pé no sentido
plantar: a
póstero-anterior, provoca flexão plantar do hálux e dos artelhos.
Denomina-se o reflexo como cutâneo-plantar em flexão. A pesquisa deve ser
realizada com o paciente deitado e relaxado, utilizando-se uma espátula ou
um objeto de ponta romba.
▪ Reflexo de Babinski: Também conhecido como reflexo plantar
extensor. Está presente em lesões piramidais. Consiste na extensão do hálux, e
abertura dos demais dedos do pé em abdução (leque) quando a face plantar é
estimulada.

▪ O Reflexo de Babinski é normal em crianças até 1 ano de idade


▪ Reflexos cutâneo-abdominais: a estimulação cutânea, rápida, da parede
abdominal, no sentido látero-medial, provoca contração dos
músculos
abdominais ipsilaterais, causando desvio da linha alba e da cicatriz
umbilical para o lado estimulado. Distinguem-se os
cutâneo-abdominais superior, médio e inferior, conforme reflexos a
estimulada (altura das regiões epigástrica, umbilical e hipogástrica,
respectivamente).
▪ Esses reflexos são abolidos na síndrome piramidal aguda. região
❑ Avaliação do Tônus

▪ Tônus: Certo grau de contração residual no músculo em repouso

❑ Classificação do Tônus:
▪ Hipertonia: aumento acima dos níveis normais em repouso
a) Elástica (espasticidade)
b) Plástica (rigidez)
▪ Hipotonia: redução abaixo dos níveis normais em repouso
❑ Anormalidades do Tônus (Hipertonia):
▪ Espasticidade: lesão dos tratos piramidais com perda do
controle inibitório sobre os Neurônio Motor Inferior (NMI);
- Sinal do Canivete: alta resistência no início do movimento seguida de
inibição súbita ou liberação da resistência.
▪ Rigidez: Pode se expressar de duas formas semióticas:
- Sinal da roda dentada: que intercala resistência e facilitação quando na
realização do movimento passivo (sinal de Negro)
- Sinal do cano de chumbo: evidencia contínua resistência
quando realizamos o mesmo movimento passivo.
▪ Clônus: alternância cíclica espasmódica de contração e relaxamento
muscular em resposta ao alongamento mantido.
❑ Opistótono: contração forte mantida dos músculos extensores
do pescoço e tronco.
Escala de Avaliação da Hipertonia
❑ Manobras Deficitárias para força muscular:

❑ Manobra de Mingazzini (MMSS) ou dos braços estendidos:


▪ Paciente na posição sentada, deve manter seus membros superiores na posição
de juramento, com os dedos afastados em do outro. O teste é positivo se o
membro parético apresenta oscilações ou tende a baixar lenta e
progressivamente.

❑ Manobra de Mingazzini (MMII)


▪ Paciente em decúbito dorsal com quadril e joelhos flexionados a 90º. Teste
positivo se surgir oscilações e/ou queda progressiva do segmento.

❑ Manobra de Barré:
▪ Paciente em decúbito ventral, com joelhos flexionados a 90º. Teste positivo se
surgir oscilações e/ou queda imediata ou progressiva de uma ou de ambas as
pernas.
❑ Prova de queda do Membro Inferior
em Abdução:
Paciente em decúbito dorsal, flexão de quadril e joelhos com apoio plantar
bilateral sobre o leito. Após soltar os joelhos, em caso de déficit motor, um dos
membros cai em abdução, podendo ser de maneira progressiva ou imediata.
COORDENAÇÃO MOTORA

❑ Coordenação Estática:

▪ Romberg simples: O examinador deve pedir para o paciente


permanecer em pé com os pés juntos, mãos ao lado do corpo e olhos
fechados por um minuto. O examinador deve permanecer perto do
paciente por precaução, já que este pode cair ou se machucar. O teste é
considerado positivo quando se observa o paciente balançar irregularmente
ou mesmo cair.

▪ Romberg sensibilizado: paciente na mesma posição do Romberg


simples, coloca um pé na frente do outro.
❑ Coordenação Dinâmica:
Avaliar a metria: hipermetria (quando o paciente passa do alvo) e hipometria
(quando o paciente não atinge o alvo)
▪ Índex-nariz do paciente:
▪ Índex-nariz alternado:
▪ Índex-índex do paciente:
▪ Índex-nariz-dedo do terapeuta:

▪ Prova Calcanhar-joelho:
- Paciente em decúbito dorsal e MMII em extensão.
- Deslizar o calcanhar pela crista da tíbia
- Olhos abertos e fechados

▪ Prova de Movimentos Alternados


- Diadococinesia: Realiza movimentos alternados (Ex: pronação e supinação)
- Disdiacocinesia: Dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados;
- Adiadococinesia: Não realiza movimentos alternados;
❑ Prova de Stewart – Holmes
▪ Pede-se ao paciente para executar uma flexão do antebraço
contra resistência oposta pelo examinador que bruscamente a relaxa;
▪ O teste é positivo quando o antebraço do paciente não
freia o movimento.
❑ Verificar Ataxia
▪ Andar em linha reta p/ frente / Olhos: abertos e fechados
▪ Andar em linha reta p/ trás / Olhos: abertos e fechados
▪ Parar bruscamente
❑ Mudanças de Decúbito:
▪ Dorsal para lateral
▪ Lateral para ventral
▪ Ventral para dorsal
▪ Ponte
▪ Prono para apoio nas mãos
▪ Prono para quatro apoios
▪ Engatinhar
▪ Supino para sentado
▪ Prono para sentado
▪ Sentado para de pé

Postura de Ponte
❑ Sensibilidade:
▪ Ausente: anestesia
▪ Diminuída: hipoestesia
▪ Aumentada: hiperestesia

❑ Sensibilidade Exteroceptiva – Superficial


▪ Tátil: Pesquisado com uso de algodão.
▪ Térmica: Pesquisa-se a capacidade do paciente diferenciar temperaturas. Utiliza-
se tubos de ensaio, um contendo água gelada e outro com água quente.
▪ Dolorosa: Pesquisa-se utilizando uma agulha de tricô ou palito de dente.
▪ Discriminação Tátil: É pesquisada através de estímulo simultâneo de dois
pontos vizinhos (5 cm entre um ponto e outro). Deverá ser utilizada em áreas
homólogas do corpo comparando-as nos hemicorpos.
❑ Sensibilidade Proprioceptiva Profunda
▪ Cinético-postural: Paciente com olhos fechados. Coloca-se
passivamente um determinado segmento do membro testado em uma
determinada posição e orienta-se o paciente a reprodução da atitude com o
segmento homólogo.
- Posturas para Membros Superiores (MMSS):
a) Abdução de ombro com flexão de cotovelo
b) Flexão de ombro com extensão de punho
- Posturas para Membros Inferiores (MMII):
c) Flexão de joelho com flexão de quadril
d) Dorsiflexão com inversão do tornozelo
❑ Barestésica (Pressão):

▪É pesquisada exercendo-se pressão progressiva, com a polpa de um dedo ou um


objeto rombudo (não pontiagudo), sobre a pele em pontos diferentes do corpo,
devendo o paciente acusar em que ponto se exerceu maior pressão.

❑ Estereognósica:

▪ Pacientecom olhos fechados, coloca-se em cada uma das mãos objetos comuns
(devem ser evitados objetos que o paciente possa reconhecer através da
audição ou olfato). Ex. Barbeador, tesoura, grampeador, caneta, etc.
❑ Dermátomos e Miótomos
AFASIA
❑ Formas clínicas:
▪ Afasia motora ou verbal: classicamente conhecida como afasia
de Brocca, é caracterizada pela dificuldade de se expressar pela fala ou pela
escrita, decorrente de lesão do opérculo frontal e da área motora
adjacente ao hemisfério cerebral esquerdo.
▪ Afasia receptiva ou sensorial: conhecida como afasia de Wernicke, é
caracterizada por dificuldade leve ou extrema de compreensão da
linguagem, decorrente do comprometimento do giro superior esquerdo do lobo
temporal esquerdo.
▪ Afasia global: decorrente de lesão das duas regiões anteriormente citadas,
em que a compreensão e a expressão da linguagem estão comprometidas.
▪ Afasia de condução: caracterizada pela repetição ou troca de vocábulos
(parafasia), acompanhada de dificuldade na escrita. A lesão está
localizada no feixe de fibras que liga os dois centros da linguagem
sensorial e motora.

▪ Afasia amnésica: incapacidade de nomear objetos, ainda que o


conhecimento de sua utilidade seja preservado, decorrente de lesão de pequena
área na junção dos lobos parietal, temporal e occipital esquerdos.
A Escala de Coma de
Glasgow (ECG)

Tem sido amplamente


utilizada para determinar e
avaliar a profundidade e a
duração do coma e
prognosticar a evolução dos
pacientes com ou sem
trauma cranioencefálico.

A avaliação tanto da função e


do dano cerebral quanto da
evolução do nível de
consciência é feita com
base na:
a) abertura ocular
b) resposta verbal
c) resposta motora
Aferição da intensidade da dor no paciente.

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