Ebook-Contratransferência Bibiana Malgarim
Ebook-Contratransferência Bibiana Malgarim
Ebook-Contratransferência Bibiana Malgarim
PROF.ª DR.ª
BIBIANA G. MALGARIM
APRESENTAÇÃO 3
1 Definindo transferência 4
Contratransferência:
2 Localizando esse conceito para Freud 6
Contratransferência? 9
Amarrações:
4 Convergências Teóricas e Práticas 14
A contratransferência com crianças: Breve
5 incursão 15
6 Advertência! 17
REFERÊNCIAS 18
APRESENTAÇÃO Desejo uma boa
leitura e que ela
Por que um e-book sobre provoque a
Contratransferência no curso de Introdução necessidade de
a Teoria Freudiana? Seriam várias as mais estudo sobre
respostas, mas vamos a algumas delas. o tema!
O tema é muito atual, tanto teoricamente,
quanto na prática clínica, no setting. Ou
seja, a relação com o paciente e o campo
analítico nunca esteve tanto em foco como
está atualmente. Em um segundo lugar, o
tema foi pouco explorado dentro da teoria
freudiana clássica, e o pouco que foi
explorado, passando para um terceiro
ponto, indicava que a contratransferência
seria um fenômeno, no mínimo, questionável.
Ou seja, Freud entendia que a
contratransferência devia ser combatida.
Entretanto, isso mudou radicalmente na
medida em que este fenômeno é estudado
em maior profundidade e a pessoa do
psicoterapeuta (ou analista) fica igualmente
em evidência quando focamos na dupla 3
terapêutica.
Resumidamente, Dora veio a
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consultar com Freud em função da
Definindo sua repulsa por homens. Freud
transferência
descrevera Dora como uma moça
na flor da idade e inteligente, cujo
estado “doentio eram o ânimo
deprimido e uma alteração no
caráter.” (FREUD, 1905/2016, p.194).
Em um dado dia, o pai de Dora
encontra uma carta da filha a qual
indicava a intenção de suicídio,
seguido de um evento de desmaio
Para entendermos com mais e amnésia. O pai de Dora tinha um
propriedade o que significa caso com quem Freud denomino
Contratransferência, é de Sra. K. O senhor K, enciumado
importantíssimo que o conceito de com a situação, colocou-se a flertar
com Dora, infligindo a ela ataques
Transferência esteja bastante
de sedução, e um beijo forçado.
claro. Historicamente a
Esse contexto todo, a leva a
Transferência como um fenômeno tratamento com Freud. Esse
incorporado a psicanálise é tratamento durou cerca de 3 meses
datada a partir do Caso Dora. e foi interrompido por Dora.
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Através desse caso, que se tornou referência, Freud (1905/2016)
pode compreender a dinâmica do que chamamos de
transferência.
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Já para o psicanalista Zimerman (2004) o fenômeno contratransferencial é
entendido tal como sendo a constante interação que ocorre entre analista e
paciente, a qual
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Amarrações:
4 Convergências
Teóricas e Práticas Alguns pontos são absolutamente
fundamentais de serem ressaltados a
respeito dos aspectos atuais
contratransferência, de acordo com
da
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5 A contratransferência com crianças:
Breve incursão
No caso da contratransferência com crianças, segundo Sousa (2001),
houve uma ampla revisão teórica. Na virada da metade do século
XX os psicanalistas se propuseram um espaço diferenciado de até
então, o lugar de observador-participante, nascendo, assim, o olhar
do próprio analista sobre si como sujeito ativo dentro do setting. A
contratransferência com crianças é um processo mais intenso e que
acaba por exigir do terapeuta um trabalho de auto-interpretação e
vigilância maior, e isto se deve à natureza passional das pulsões
perveso-polimorfas típicas do infante. Dessa forma, há um impacto
poderoso sobre o psicoterapeuta e sobre os adultos em geral.
Freud, S. Observações sobre um caso de neurose obsessiva [“O homem dos ratos”], Uma recordação de infância de
Leonardo da Vinci e outros textos. (1909-1910). Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
Freud, S. Três Ensaios sobre a toeria da sexualidade, Análise fragmentária de uma histeria (“O caso Dora”) e outros
textos. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
Heimann, P. Sobre a Contratransferência. International Journal of Psycho-Analysis, vol.XXXI, 1950.
Laplanche, J. Vocabulário de Psicanálise / Laplanche e Pontalis. 3a ed.São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Nasio, JD. Como trabalha um psicanalista? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.
Sandler, J.; Dare, C.; Holder, A. O Paciente e o Analista: fundamentos do processo psicanalítico. Rio de Janeiro:
Imago, 1976.
Sousa, P. L. R. Contratransferências com crianças: amores-ódios passionais no processo analítico. In.: Graña, R.; Piva,
A.. A atualidade da psicanálise de crianças: perspectivas para um novo século. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001,
p. 117-124.
Zaslavsky, J. Santos, M. Contratransferência em psicoterapia e psiquiatria hoje. Revista de Psiquiatria do Rio Grande
do Sul. Set/dez, v. 27 n.3 , p. 293-301, 2005.
Zimerman, D. Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Prof.ª Dr.ª Bibiana G. Malgarim
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E-mail: bmalgarim@yahoo.com.br