Diabete Mellitus 2 - Tratamento
Diabete Mellitus 2 - Tratamento
Diabete Mellitus 2 - Tratamento
Renata Costa
• Início geralmente na idade adulta, entretanto sua incidência vem aumentando em crianças e
adolescentes;
Controle glicêmico adequado + Controle dos demais fatores de risco cardiovascular (PA, perfil lipídico,
obesidade, tabagismo);
DIETA
EDUCAÇÃO
• A abordagem nutricional + olhar comportamental, colocando o
indivíduo no centro do cuidado;
• Em pessoas com DM2 e função renal preservada, é recomendado o consumo de proteínas (maior
efeito de saciedade e para evitar a sarcopenia) entre 15 a 20% do valor energético total diário,
1
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
• Estudo DIRECT, pacientes que perderam mais de 15kg, tiveram uma taxa de remissão de 86% do
DM2;
• Em pacientes com IMC > 27: podem ser usadas medicações específicas para tratamento de
obesidade;
• Cirurgia metabólica pode ser considerada em paciente DM2 e IMC > 30, sem controle adequado
do DM2 com medicações.
EXERCÍCIO FÍSICO
• É recomendado para pessoas com DM2, a prática de exercícios combinados, resistidos (2 a 3x por
semanas em dias não consecutivos) e aeróbicos (mínimo, 150 minutos semanais moderada ou de
alta intensidade);
2
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
METFORMINA
Mecanismo de ação:
• Diminui a produção hepática de glicose.
• Aumentar a sensibilidade a insulina no músculo e tecido adiposo, ou seja, aumenta a captação de
glicose pela célula muscular e diminui a lipólise
Apresentações:
• 500 mg, 850 mg, 1.000 mg. Essas que não são XR devem ser divididas ao longo do dia e feitas após
as refeições para aumentar a tolerabilidade.
• 500 XR, 750 XR e 1000 XR: podem ser feitas apenas uma vez ao dia se o paciente tolerar.
• Dose: 500 a 1000mg 2 ou 3 x ao dia
• Dose máxima: 2.550 mg/dia
• Eficácia: Redução estimada de glicemia de jejum 60-70 mg/dL e HbA1c 1,5-2,0%
Vantagens:
• Disponível no programa de farmácia popular;
• Extensa experiência;
• Não provoca hipoglicemia;
• Perda modesta ou neutra do peso;
Efeitos colaterais:
3
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
4
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
• Aumento do nível do GLP- 1, com aumento de síntese e secreção de insulina, além de redução do
glucagon.
EFEITO INCRETÍNICO
O conceito de incretinas surgiu da observação de que a liberação de Insulina é maior quando a glicose é
administrada por via oral x via endovenosa.
• Quando é por VO o pico é maior devido a passagem do alimento pelo intestino e aumento do Glp1e
Gip fazendo o pico da liberação de insulina, por exemplo.
• Na imagem verde observamos um paciente com diabetes onde o efeito incretina é bem menor que
o paciente controle.
Nos diabéticos tipo 2, o efeito incretina apresenta-se diminuído ou ausente, o que contribui para a
deficiência de secreção de insulina característica da doença.
→ Nesses pacientes, o GIP tem sua secreção normal, mas seu efeito insulinotrópico encontra-se
marcadamente reduzido, enquanto o GLP-1 tem sua secreção reduzida, mas a ação insulinotrópica
preservada. Dessa forma, o GIP tem baixo potencial como terapia farmacológica.
5
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
• Eficácia: Redução de glicemia de jejum: 20 mg/dL e HbA1c: 0,6%-0,8% (redução mais modesta).
Sua função é diminuir a secreção de glucagon e aumentar a secreção de insulina.
• Vantagens: maior perfil de segurança e tolerabilidade (menos efeitos adversos). Pode ser usada
em paciente com disfunção renal grave (com a ou sem ajuste a depender da substância).
→ Pode ser usada em pacientes com um clearence menor que 15, assim como a insulina.
• Efeitos adversos: pênfigo bolhoso (especialmente em idosos), pancreatite (raro), aumento das
internações por IC (saxagliptina e possivelmente a alogliptina). Por isso evitamos essa classe em
pacientes com IC.
ANÁLOGOS DO GLP-1
6
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
INIBIDORES DO SGLT2
Mecanismo de ação:
• Inibem a SGLT-2, aumentando a excreção renal de glicose.
GLIFLOZINAS
• SGLT2 à Reabsorção de 90% da glicose filtrada
7
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
Vantagens:
• ↑ risco de ITU inferior e infecções genitais fúngicas (devido a glicosúria); Cetoacidose euglicêmica.
Contraindicações:
• Doença cardiovascular estabelecida ou alto risco para doença cardiovascular: iSLT-2 ou aGLP-1.
Se tiver indicação com glicada maior que 7,5% podemos associar.
• Se Insuficiência cardíaca: iSGLT-2
• Se doença renal crônica: iSGLT-2
ALTO RISCO: DM com mais de 55 anos + 2 fatores de risco (obesidade, HAS, tabagismo, dislipidemia ou
Albuminuria.
E QUANDO USAR INSULINA?
• HBA1C > 9% e paciente sintomático;
• Pode ser usada em paciente assintomáticos e HBA1C > 9%, mesmo que de forma transitória;
• Sem controle com terapia dupla, tripla ou quádrupla;
9
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
• Paciente internado;
10
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
ESQUEMAS DE INSULINIZAÇÃO
NO DM2
• Recomenda-se iniciar a insulinização de pacientes com DM2 com uma insulina basal, geralmente
em combinação com os antidiabéticos orais;
• Devem ser mantidos antidiabéticos orais, com exceção de sulfoniuréia (aumenta chance de
hipoglicemia);
• Titulação progressiva da insulina deve ser realizada de acordo com os níveis de glicemia capilar;
11
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
Se o paciente for mais jovem com pouca chance de hipoglicemia podemos pegar mais pesado nessas
metas e reduzir mais os valores para 6,5% de HbA1C, por exemplo.
• Icc?
• Fragilizado?
• Obeso/sobrepeso?
• Sarcopenico?
• Esteato-hepatite -nash?
• Osteoporose/osteopenia?
• Condições socioeconômicas?
12
Bárbara Hernandes – MED 104 Endócrino - Prof. Renata Costa
Sempre investir em mudança do estilo de vida e perda ponderal de pelo menos 7%: é o que mais reduz
o risco de progressão da doença.
O uso da metformina, associado a medidas de estilo de vida, DEVE SER CONSIDERADO na prevenção
do DM2 em adultos com pré-DM nas seguintes situações:
• Idade menor que 60 anos;
• Obesos com IMC acima de 35 kg/m2;
• Mulheres com história de diabetes gestacional;
• Na presença de síndrome metabólica, com hipertensão;
• Quando a glicemia de jejum for maior que 110 mg/dl ou hba1c > 6%;
Diabetes é uma doença crônica complexa que requer atenção medica continuada para evitar
complicações agudas e crônicas. As recomendações atuais que norteiam o tratamento recomendam a
individualização do tratamento.
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO TRATAMENTO DO DM2: controle da glicemia, lipídios e PA, bem como
medidas de prevenção das complicações microvasculares e macrovasculares.
13