Planejamento e Execução para o Correto Procedimento Na Transformação de Caninos em Incisivos Laterais
Planejamento e Execução para o Correto Procedimento Na Transformação de Caninos em Incisivos Laterais
Planejamento e Execução para o Correto Procedimento Na Transformação de Caninos em Incisivos Laterais
Planejamento e
cada dia, os quais buscam tratamentos em que adição
a naturalidade e os detalhes fazem a diferença • Isolamento: afastador labial para dentes ante-
correto procedimento mentos integrados, cada vez chegam mais pa- • Preparo: pontas diamantadas de granulação
cientes com o tratamento ortodôntido finalizado fina, discos Sof-Lex de granulação grossa e
na transformação de mas com a necessidade de refinamentos estéti- média, caneta de alta rotação, contra-ângulo e
caninos em incisivos
cos, como transformações de caninos em incisi- contra-ângulo multiplicador
vos laterais e fechamentos de diastemas, entre • Restauração: hemostático, ácido fosfórico a
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A B
F1
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F2 G1
G2 G3
tamento anterior. Após aprovado o tratamento (Ultrapack, Ultradent) em todos os dentes a me registrado no enceramento (Fig. F1- F2).
e as formas dentais, realizamos a confecção serem restaurados e a inserção do fio 00 (Ul- Geralmente após o preparo ocorre um peque-
da muralha palatina com o silicone de adição trapack, Ultradent) nos dentes 13 e 23, para no sangramento gengival, devido ao prepa-
Express XT (3M ESPE), copiando toda a super- conseguirmos um bom afastamento onde ro subgengival para mudança de perfil, então
fície palatina, levemente a borda incisal e as será realizado o preparo. Após a marcação usamos um hemostático para o controle des-
ameias interdentais, para servir como guia não com referência no enceramento, realizamos se sangramento (ViscoStat Clear, Ultradent),
só da restauração mas também do preparo os preparos desgantando a incisal (o que não assim podemos começar a aplicação do ácido
dental (Fig. D). foi necessário aqui porque a paciente já havia fosfórico (PowerEtching, BM4) por 30 segun-
Com a muralha pronta, colocamos em posição sido submetida a esse procedimento), vesti- dos, pois todos os dentes a serem restaurados
para analisar a adaptação (Fig. E). bular e distal, pelo que obtemos a mudança apresentam substrato em esmalte, seguida
Tendo sido os dentes hidratados, realizamos do perfil de emergência dos caninos para um de lavagem abundante, secagem, aplicação
a escolha de cor, para começar o isolamento. perfil mais natural, próximo ao de um incisivo do sistema adesivo (Single Bond 2, 3M ESPE)
O primeiro passo para realizarmos o procedi- lateral. Provamos a muralha, para observar se e fotopolimerização, conforme as especifica-
mento é a inserção dos fios retratores 000 o preparo foi realizado corretamente, confor- ções do fabricante (Fig. G1-G3).
H H1
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I Nesse momento iniciamos a inserção das ca-
madas de resina composta dente a dente, na
muralha, realizando as camadas palatinas com
a resina composta na cor AT (ambar translu-
cent) (Z350 XT, 3M ESPE), simulando um efeito
de borda incisal com opalescência. Depois inse-
rimos a camada de resina de corpo, com a qual
conseguimos mascarar a linha de transição
dente-restauração, na cor A1B (Z350 XT, 3M
ESPE), e para a camada final utilizamos a resina
composta de esmalte na cor B1E (Z350 XT, 3M
ESPE), que só deve ser polimerizada quando a
anatomia final da restauração encontra-se to-
talmente pronta. Em seguida, coloca-se o gel
de glicerina bidestilada, ou KY, para a inibição da
camada de oxidação, obtendo-se, assim, poli-
merização de maior qualidade (Fig. H-H1).
Com a restauração finalizada, removemos os
fios retratores e começamos o acabamento e
polimento, utilizando pontas multilaminadas,
discos Sof-Lex Pop-On (Z350 XT, 3M ESPE),
borrachas de abrasão e acabamento, feltro
(Dhpro) e discos Sof-Lex Espiral (Z350 XT, 3M
ESPE). Conseguimos com esse disco um ótimo
polimento na região interproximal, o que pro-
porciona longevidade no polimento dessa re-
gião (Fig. I).
Fotos intrabucais com os dentes secos e úmi-
dos, e fotos do sorriso antes e depois (Fig. J1-
J4).
J1 J2
J3 J4
A utilização do enceramento-diagnóstico para o pois, como sabemos, os caninos têm uma largura 1. Hirata R, et al. TIPS: dicas em odontologia
planejamento torna-se cada vez mais rotineiro mésio-distal bem maior que os incisivos laterais. estética. São Paulo: Artes Médicas; 2011.
em nosso dia a dia clínico, tanto para restaura- Mediante os desgastes corretos nos caninos, 2. Rici WA, Montandon AAB, Piveta ACG, Nagle
MM, Reis JMSN. Transformação cosmética de
ções em cerâmica quanto para restaurações em podemos criar as arestas dos laterais, dando a
caninos em incisivos laterais: uma abordagem
resina composta, obtendo-se previsibilidade e impressão visual de largura menor, mesmo que sistemática. Rev Dental Press Estét. 2012 jul-
melhor capacidade de enxergar e executar deta- a distância entre a distal do incisivo central e a set;9(3):106-15.
lhes tanto nos preparos quanto na execução das mesial do pré-molar sejam a mesma. Também 3. Baratieri LN, Araújo E, Monteiro S Jr. Color
in natural teeth and direct resin composite
restaurações. modificando as arestas na restauração, conse-
restorations: essential aspects. Eur J Esthet
Com os casos de transformação de caninos em guimos criar espaço na ameia para uma acomo- Dent. 2007;2(2):172-86.
incisivos laterais, quando realizamos o correto dação melhor das papilas, o que dá aspecto de 4. Dietschi D. Optimizing smile composotion and
protocolo de planejamento e execução, conse- menor largura, uma característica dos laterais esthetics with resin composites and other
conservate esthetic procedures. Eur J Esthet
guimos um resultado estético não só de bordas que resulta em um resultado harmônico do con-
Dent.2008;3:14-29.
incisais mas também de perfil de emergência, junto anterior, corrigindo o perfil de emergência.
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