2 Lideranca e A Sua Interferencia
2 Lideranca e A Sua Interferencia
2 Lideranca e A Sua Interferencia
UFMT
Resumo:A liderança tem grande influencia nas pessoas. Assim, este trabalho teve por objetivo,
Investigar e analisar de que forma o estilo de liderança interfere no trabalho em equipe em uma empresa
de médio porte, no setor de publicidade. O método aplicado foi o estudo de caso. Esta pesquisa
contribuiu para conhecimento dos gestores em relação a seus funcionários, e o aperfeiçoamento da
liderança no líder, demostrando como a liderança interfere no trabalho em equipe. Foi também constado
que a liderança predominante na organização é autocrática, a qual é caracterizada pelo autoritarismo
individual do líder. Com esse estilo o líder fixa normas e as impõem, sem necessidade de opinião de seus
subordinados. Tem uma postura altamente diretiva, só impulsionada pelas realizações de tarefas, as quais
são planejadas por técnicas sem deixar espaço para a criatividade e a participação do grupo liderado.
Tornando-os assim, essencialmente frustrados e, consequentemente favorecendo um lugar de trabalho
propício à tensão, ao estresse e à desmotivação dos liderados.
1. INTRODUÇÃO
Destarte o problema norteador do estudo foi: de que forma o estilo de liderança interfere
no trabalho em equipe?
Como o objetivo geral foi Investigar e analisar de que forma o estilo de liderança interfere
no trabalho em equipe em uma empresa de médio porte, localizada em Cuiabá – MT. E para
alcance do objetivo geral em questão, elencou os seguintes objetivos específicos: a) pesquisar a
literatura sobre origens da liderança; b) conceitos de liderança; c) pesquisar e descrever os traços;
d) tipos e os estilos de liderança; e) estudar e descrever em que medida a liderança interfere no
trabalho das equipes.
Neste trabalho consideram-se como tema central, os estilos de liderança e o estudo, ainda
que muito preliminar, como a liderança interfere em seus resultados organizacionais. E para
oferecer subsidio a essa contexto em um primeiro momento, aborda-se a temática liderança,
traços, estilos, tipos de liderança e a influencia da liderança no trabalho em equipe. Em um
segundo momento, trata-se da metodologia cientifica, foi escolhido o estudo de caso, classificado
como exploratório, quantitativo e qualitativo por meio de questionário com o líder e os liderados.
Já no terceiro momento, foi realizada a coleta dos dados analisado na pesquisa, obtendo os
resultados dos questionários aplicados nos colaboradores não identificados, encerrando com as
considerações finais.
2. LIDERANÇA
Desde o inicio do século passado, alguns autores têm se dedicado a definir liderança. E
atualmente vem se aperfeiçoando com os traços e estilos de liderança devida situações e ambiente
das organizações. O bom líder usa a comunicação clara e assertivas para motivar e inovar,
superando os obstáculos e alcançando o sucesso da organização. Segundo Lacombe (2009, p.
191), liderança é “conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações,
para atingir objetivos e metas de interesse comum desse grupo, de acordo com uma visão do
futuro baseada em um conjunto coerente de ideias e princípios”. Esse conceito dá uma ideia de
que o líder esta trabalhando em conjunto com o grupo para o alcance da meta.
Kissinger. Ainda os autores observa que a questão é até que ponto o líder conduz os
acontecimentos e é capaz de reverter seu curso.
Chefe ou líder é aquela pessoa que dirige um grupo à consecução dos seus
objetivos, coordenando-o e impulsionando-o de forma conveniente e respeitando
certa autonomia, dando-lhe a informação, os pressuposto, programas e sistemas
de ação necessários e controlando os resultados com responsável pelos mesmos.
Segundo Wagner e Hollenbeck (2011), a liderança é a força que ativa e dirige os grupos.
Diante a opinião de Daft( 2010), liderança é a capacidade de influenciar pessoas ao alcance das
metas organizacionais.
O contexto, no qual a liderança pode ser exercida, mostra que o líder é capaz de dirigir,
influenciar o comportamento das pessoas para o alcance dos objetivos desenvolvendo os traços e
características dos lideres para o crescimento e o sucesso das organizações.
A maior parte das pesquisas sobre os traços procurou comparar as características das
pessoas que se tornam líderes com a de seus seguidores, e identificando as características e traços
possuídos por líderes natos.
Comparando os estudos de traços de lideres e não lideres, coloca-se que os lideres são
mais inteligentes, mais abertos e autoconfiantes. O Quadro 1 mostra os traços constatados como
relacionados à liderança efetiva:
Quadro 1 – Traços relacionados à liderança efetiva
2 Habilidades técnicas
3 Proximidade administrativa
5 Habilidades intelectuais
12 Comunicação, verbalização
14 Experiência e atividade
15 Maturidade e cultura
16 Coragem e ousadia
17 Criativo e independente
18 transformador
Fonte: Pietri, Mosley e Megginson aput Ralph M. 1986
Ribeiro (2009) afirma que Kurt Lewin foi um psicólogo que muito contribuiu para o
movimento das ciências do comportamento. Iniciou suas pesquisas a respeito de mudança de
hábitos, de liderança e de comunicação. Lewin também conduziu experimentos de grupo para
medir a atmosfera de liderança (democrática, autocrática, laissez-faire). Sua preocupação nos
experimentos era encontrar soluções operacionais para a formação de lideres e de grupo
democráticos.
Para Megginson, Mosley e Pietri (1986), “na liderança autocrática basicamente, os lideres
autocráticos tomam a maioria das decisões, ao invés de permitirem que seus seguidores as
tomem” Esses autores (p. 339) enfatizam que,
Liderança democrática envolvem bastante seus seguidores no processo decisório.
Usa o envolvimento do grupo no estabelecimento de seus objetivos básicos,
estabelecimento de estratégias e determinação de atribuição de cargos. Eles
comparam com o estilo participativo.
De acordo com Megginson, Mosley e Pietri (1986), “líderes laissez-faire são “banachões”
e permissivos, e deixam os seguidores fazerem fundamentalmente o que querem”.
A liderança autocrática é uma liderança imposta, sem planejamento em longo prazo, pela
qual os colaboradores se sentem agredidos pelos lideres, produzindo somente quando esta
presente. Na liderança democrática os liderados tem direito a opinião nas decisões, porem quando
os lideres não estavam presente à qualidade dos trabalhos não era tão boa. Já na liderança liberal,
a produtividade era mais baixa, cada um fazia o que bem entendessem, e as pessoas se tornavam
frustradas.
Dubrin (2003) diz que Fildler desenvolveu um elaborado modelo da contingência, afirma
que o melhor estilo de liderança é determinado pela situação na qual o líder esta trabalhando.
Segundo Dubrin (2003), “teoria situacional oferece diretrizes precisas para supervisionar
os membros do grupo, dependendo de sua prontidão. A disposição é a medida na qual um
individuo, ou um grupo, tem a confiança, o comprometimento e motivação para realizar uma
tarefa especificam”.
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Para Daft (2010), A teoria do caminho-meta sugere que os líderes podem mudar o
comportamento para ajustar-se à situação. Fieldler chama atenção para importância de encontrar
o ajuste entre o estilo de liderança e a situação. A seguir no Quadro 2 mostra os diversos tipos
de liderança:
Esse estilo de liderança pode ser entendido como uma relação mútua de interesse entre o
colaborador e o líder, em que o liderado se sente motivado para alcançar os objetivos que o líder
junto com ele traçou.
Dubrin (2008) conta que os “lideres carismáticos são mestres da comunicação, eles
transformam sonhos acreditáveis e apresentam sua visão de futuro como um único caminho a ser
seguido”. O líder carismático, ele inspira os colaboradores a trabalhar em equipe para atingir as
metas, e estando dispostos a apostar suas carreiras para seguir a visão do chefe.
Os seguidores dos líderes carismáticos identificam-se com o líder e a missão do que ele
coloca, exibem extrema lealdade e confiança no líder, igualam os valores e comprometimento do
líder e fazem a auto estima do seu relacionamento com o líder o que torna o trabalho em equipe
mas pratico e fácil no alcance das metas.
Equipe de trabalho gera uma sinergia positiva, resultando os esforços em um alto nível de
desempenho, aumentando os resultados organizacionais para o alcance das metas, sem
necessidade de investimento. Robbins, Judge e Sobral (2010), fala que o uso extensivo das
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equipes gera o potencial para a organização aumentar seus resultados sem necessidade de
aumentar os investimentos.
Schein (1982): “[...] grupo é um conjunto de pessoas que interagem umas com as outras,
são psicologicamente conscientes umas das outras e percebem-se como um grupo”. Eles
podem ser formais e informais. Os formais são criados por gestores e líderes para cuidar
de mudanças rápidas de contextos ou resolver problemas simples e ajudar na tomada de
decisões. Já os informais surgem da necessidade de relacionamento entre os membros da
organização e o desenvolvimento saudável desse tipo de grupos pode ser muito
importante na eficácia da organização. Ainda há a definição de Robbins (2005, p. 213)
afirmando que os grupos “[...] interagem basicamente para compartilhar informações e
tomar decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na sua área de
responsabilidade”.
Para um grupo ser considerado uma equipe, ele necessita de alguns detalhes a mais. Vai
muito além da interação, da consciência psicológica e da percepção de grupo. Há necessidade de
outros elementos que lhes deem mais força para exercer sua missão. Rodrigues (1999, p. 133)
conceitua as equipes como [...] grupos de trabalho temporários, ou não, com identidade própria,
metas e objetivos específicos e definidos, e que possuem um alto grau de conformidade, apoio e
coesão entre seus membros e líder [...].
Daft (2005), por sua vez, afirma que são “[...] uma unidade de duas ou mais pessoas que
interagem e coordenam o seu trabalho para realizar uma meta específica [...]”. Ou ainda,
conforme Robbins (2005), nas equipes o esforço coordenado dos membros gera uma sinergia
positiva que permite a melhoria do desempenho das organizações.
O que Robbins (2005) expressa na Figura acima é que nas equipes o objetivo é um
desempenho coletivo em vez de apenas compartilhamento das informações. Quanto à sinergia, à
responsabilidade e às habilidades dos membros, nas equipes há muito mais êxito devido ao
sentimento de conformidade e de integração entre os membros e a liderança.
Equipe de trabalho gera uma sinergia positiva, resultando os esforços em um alto nível de
desempenho, aumentando os resultados organizacionais para o alcance das metas, sem
necessidade de investimento. Robbins, Judge e Sobral (2010), fala que o uso extensivo das
equipes gera o potencial para a organização aumentar seus resultados sem necessidade de
aumentar os investimentos.
4. METODOLOGIA DE PESQUISA
A presente pesquisa se caracteriza como estudo de caso, pois foi classificado como
exploratório quantitativo e qualitativo, de forma que o levantamento bibliográfico conciliando
com as informações obtidas, por meio de questionários com os liderados por coleta de dados,
tornando o entendimento do problema mais claro para a análise.
Para Roesch (2009), estudar pessoas em seu ambiente natural é uma vantagem do estudo
de caso e uma diferença básica em relação ao experimento – que é conduzido num ambiente
artificial, controlado. Ainda para Roesch ( 2009), na área de comportamento organizacional,
utiliza-se casos, que segundo Hartley(1994), especialmente para o entendimento da inovação e
mudança, moldada por forças internas e externas. Já que em agencia de publicidade esta no
intimo a inovação e sofrem influencia interna e externa.
Babin et al, (2005 fala que, questionário é um conjunto de perguntas (ou medidas) cujas
respostas são registradas pelos respondentes ou entrevistadores. Através dos questionários foram
tabulados no Excel para formação dos gráficos.
Na figura 1 – foi perguntado aos colaboradores sobre as atribuições de tarefas feitas pelo
líder. 90% responderam que se sentem honrados, porem inseguros, pois o líder não orienta as
atividades claramente e 10% responderam que sim. Saber o que fazer, como fazer e porque fazer,
tornam uma atividade mais interessante e o executar mais satisfeito. O colaborador quando não
sabe desempenhar bem suas funções, pelo fato de seu líder não explicar o que deseja, torna-o
triste e consequentemente desmotivado. Resultado esse não muito bom para a organização, já que
o executar por não saber fazer vai gastar um tempo considerável realizando a atividade.
sinto-me seguro e
10% lisonjeado, pois sei que
me passará as instruções
necessárias e que confia
na minha capacidade
De acordo com resultado da figura 2, 50% responderam que talvez conversassem com seu
líder, dependendo do humor dele naquele dia. Já 30% com certeza conversariam com o líder, ele
está sempre aberto para sugestões e 20% não falaria. O líder não ouve a opinião de sua equipe. O
feedback é uma comunicação de mão dupla. O colaborador precisa saber do líder o que está bom
e o que precisa melhorar em suas atividade cotidianas. Caso contrário fará do seu jeito. E muitas
vezes do seu jeito, não é o que a empresa precisa.
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com certeza
conversaria sobre isso
com meu líder, pois
20% ele está sempre
30% aberto para sugestões
talvez conversaria
com meu líder,
dependendo do humor
dele no dia
9%
24%
20% indisciplinado
autoritario
Não tem iniciativa
impulsivo
12% 19% grosseiro
impaciente
16%
Na figura 4. 60% dos funcionários responderam que o líder esta preocupado com a
execução das tarefas e com os resultados a serem alcançados, 40% declara que ele não esta
preocupado com os problemas da agência e em relação aos aspectos humanos. As atividades
devem ser feitas. Os resultados obtidos, no entanto, podem e devem ser obtidos sem sofrimento.
O homem se realiza naquilo que faz. Quando recebe adequadamente orientação e treinamento,
desempenha sua função de maneira eficiente e eficaz. O tempo de que as pessoas eram apenas
executoras já extinguiu. Agora os colaboradores querem participar, opinar, sugerir e participar
dos resultados. Trabalhar numa empresa que respeita os valores das pessoas aumenta
significativamente a probabilidade de perenidade no mercado.
60%
10% 20%
Líder Autocrático
0%
Lider Carismático
Líder Liberal
Líder Democrático
70%
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo objetivou analisar de que forma a liderança interfere nos resultados da equipe,
estudando os traços, tipos e os estilos de liderança em uma empresa de pequeno e médio porte em
Cuiabá-MT. Baseou-se em um levantamento bibliográfico e a analise possibilitou verificar o
estilo de liderança e como está interferindo no trabalho em equipe, sendo visível para o momento
que a líder precisa se aperfeiçoar com treinamento para desenvolver a liderança e desenvolver um
bom trabalho em equipe.
Atribuições das tarefas: 90% dos colaboradores declararam que não recebe nenhum tipo
de orientação. Realizam suas atividades da maneira que consideram corretas.
Sugestão para melhoria do trabalho: 70% declararam que o gestor não permite que os
colaboradores deem sugestões de melhoria. Quem dita as regras é o gestor. O empregado apenas
executa.
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A preocupação do líder: 60% preocupado com a execução das tarefas e com seus
resultados. Tem que seguir as regras e os métodos determinados pela organização.
24% declararam indisciplinado, 20% grosseiro, 19% autoritário e 16% não tem iniciativa.
A liderança autocrática é uma liderança imposta, sem planejamento em longo prazo, pela
qual os colaboradores se sentem agredidos pelos lideres, produzindo somente quando está
presente,
Este trabalho contribuiu para que o líder, assim como estudiosos da área obtenham
conhecimento dos estilos de liderança e como eles influenciam no trabalho em equipe. E que essa
pesquisa sirva de incentivo para novos estudos sobre o tema liderança, principalmente para as
empresas de pequeno porte.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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são Paulo: atlas, 2009.
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ROBBINS, STEPHENS P., TIMOTHY A. JUDGE E FILIPE SOBRAL – Comportamento Organizacional:
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Editora Saraiva, 2009.