Revista Recuperar Ed61
Revista Recuperar Ed61
Revista Recuperar Ed61
Rodrigues com um
colega da área de
geotecnia nos EUA.
Cultura é aquele estado de conhecimentos que todos desejam e se interessam em alcançar, de preferên-
cia com um pequeno toque de mágica. Mas, o que será a cultura? Nos dicionários define-se como
“acervo intelectual”, como “conhecimento em um domínio particular” e até como “um conjunto de
estruturas sociais, religiosas etc, além de manifestações artísticas ou tecnológicas que caracterizam
uma sociedade”. Ampliando a pesquisa, descobrimos também que cultura significa “comportamento e
atitudes que predominam e caracterizam o funcionamento de um grupo ou organização”. Analisando
esta definição, especificamente, vemos que cultura tem a ver não somente com a forma com que
técnicos e engenheiros vêem sua empresa, ou na que trabalham, mas também como dirigem e ensinam
as gerações que lá chegam e que se sucedem. Criar cultura não é fácil e muito menos barato, mas traz
enormes dividendos.
www.ipacon.com.br
e-mail: atendimento@ipacon.com.br
RECUPERAR • Setembro / Outubro 2004 5
(21) 2494-4099 / 2493-6862
O engº Joaquim Rodrigues em Copenhagen atrás de informações sobre prote-
O engº Sílvio Andrade, comercial da ROGERTEC e o engº Joaquim ção catódica para o concreto armado. Copenhagem é uma das cidades onde se
Rodrigues a bordo de uma plataforma da PETROBRÁS. vê grandes serviços de tratamento da corrosão via proteção catódica.
Como fundador e diretor da editora THO- meses após a fundação destas empresas, até então inexistentes no mercado dos tra-
MASTEC, de seu principal produto, a RE- em 1994, percebemos que algo de muito tamentos pós construção. Era a cultura do
CUPERAR e da ROGERTEC, empresa de especial tinha sido criado: uma cul- conhecimento profundo, onde física,
importação e comércio, necessária e vital à tura técnica super especializada em química, eletroquímica, biologia, mate-
sobrevivência e ao sucesso desta revista, que o produto final realmente in- mática etc, são parte integrante dos
convivi com incertezas, dificuldades e os teressava e, o mais importante, ge- porquês, da boa técnica, das solu-
altos e baixos que todo e qualquer empre- rava opinião precisa, inteligen- ções verdadeiras. Era a cultura da
sário passa ao abrir um negócio. Alguns te e atualizada. Características patologia das construções. Since-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
DENSOFLEX
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6740
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 01
Os desafios
Assentando fundações
O engº Joaquim Rodrigues no que sobrou do prédio Areia Branca que ruiu em Recife recentemente.
Para entender como desenvolver cultura em quando trabalhava em uma importante em- surgiam problemas anterior-
uma empresa, gostaria de abrir a cortina de presa de consultoria e serviços especializa- mente “tratados”. Como expli-
nossa história, que começou no início dos dos de recuperação. O trivial, a receita pron- cá-los? Atribuir a culpa apenas
anos 80. Sempre fui dado a desafios, mesmo ta me incomodavam porque ciclicamente res- à mão de obra? Desejava mos-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862 produtos@recuperar.com.br
fax (0XX21) 2493-5553 Fax consulta nº 02
SILANO-CORR
É concreto armado e protendido com repelência à
água e com agente secreto protetor da corrosão.
Não aparecem, mas estão lá dentro, garantindo
impermeabilidade natural e proteção para as
armaduras e cabos de protensão.
A proteção natural do concreto aparente.
SILANO-CORR
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6740
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 03
EPÓXI 28
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 05
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862 produtos@recuperar.com.br
fax (0XX21) 2493-5553 Fax consulta nº 18
O patologista das construções, hoje, é par- ficos, nos métodos clínicos de análises de
te integrante de qualquer tipo de obra civil materiais da construção, na utilização da
ou industrial, principalmente as mais arro- espectroscopia do infravermelho para a de-
jadas. Sua opinião, efetivamente, implica em terminação da estrutura molecular e identi-
economia de tempo e dinheiro, para a obra ficação qualitativa e quantitativa das espé-
e para o cliente, para curto, médio e longo cies químicas componentes dos materiais
prazos. aplicados em uma obra, além da microsco-
O enorme desenvolvimento apresentado na pia eletrônica de varredura como ferramenta
ciência do concreto, nestes últimos dez de análise dá, ao patologista da construção,
anos, nos métodos de avaliação petrográ- a precisão que seu diagnóstico necessita.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
A técnica NDT
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6740
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 07
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
tratamentos tradicionais à base de mas- financeiramente ao engenheiro e/ou ao
sas pré-fabricadas, sejam com polímeros, proprietário da obra, são a melhor respos-
inibidores de corrosão e com alto teor de ta ao círculo vicioso inesgotável dos ca-
cimento, mais os adesivos epóxicos ricos ros processos de corrosão em estruturas
em zinco, além de promoverem barreiras de concreto armado-protendido.
caras sobre o aço com presença de corro-
são, prejudicam ainda mais as armaduras e-mail consulta nº 08
estruturais, produzindo benefícios fictí-
cios e aumentando o processo de corro-
são (veja RECUPERAR nº 53). Este pro-
cesso mistificador, que nasceu há 50 Para ter mais
informações sobre
anos, com o início do advento exponen-
Análise.
cial da corrosão no concreto armado, isen-
to de qualquer conhecimento e massa crí-
tica, felizmente deixou de ser o maior en-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 09
Poucos engenheiros civis entendem sufi- tico da corrosão baseia-se no “ver para
cientemente de eletroquímica para opina- crer”. Mas em instalações industriais ou em
rem sobre corrosão no concreto armado- estruturas em contato com a água, princi-
protendido. E não é só no Brasil. Este gros- palmente a salgada, o “ver para crer” é idi-
so contingente não abre mão da conse- otice porque é inevitável o estado de corro-
qüente lógica técnica universal: a de fazer são. E com ele a interrupção do sistema e o
uso de materiais tidos como milagrosos em prejuízo.
obras de recuperação de estruturas. Tudo No moderno mundo dos negócios, empre-
bem, quando falamos de edificações resi- sas não podem parar por problemas de cor-
denciais, onde invariavelmente o diagnós- rosão, principalmente as motivadas por Semi-pilhas permanentes.
as
e m i -pilh
As s
RG
a n e ntes
perm e
- c l o reto d
rata
m s e r de p lfato
de
d e e - s u
po cobr
s s i o e de asta u
m
o t á a r, b
ep us
- c l o reto d t a l a r e de ação
prata s d e in s
a i n form
ple em
o b r e. Sim t o . V ocê t rutur
a.
c p r o n a e s t
etro e su
voltím do em o. Semi-pilha
á o co r r e n
a u to mátic
e es t
ento
do qu
e em
m o n itoram
.
Permanente
Pens n te RG
i - p ilha p
erma
n e
RG
sem
e n s e em
P
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
RECUPERAR • Setembro / Outubro 2004 produtos@recuperar.com.br
21
Fax consulta nº 11
paralizações não programadas. Isto porque rosão. O aço, uma vez em contato com a
existem mecanismos que detectam e con- solução presente nos vazios e capilares do
trolam todo e qualquer processo de corro- concreto, forma uma semi-pilha eletroquí-
são, seja a nível de projeto, seja na fase mica, com direito a ter potenciais próprios
operacional ou mesmo após serviços (voltagem). Para se analisar estes potenci-
de “recuperação estrutural”. ais necessitar-se-á introduzir um dis-
positivo semelhante chamado semi-
Monitorar a corrosão pilha de referência. Um exemplo típi-
co é a semi-pilha CPV-4 portátil, for-
Significa obter dados para a análise do mada por um eletrodo de cobre imer-
comportamento do aço dentro de estru- so em uma solução de sulfato de cobre. Sua
turas de concreto armado-protendido fa- utilização implica na formação de uma dife-
cilmente contaminadas pelo ambiente cir- rença de potencial com o aço, o que indicará
cundante industrial ou offshore. Estes o estado de corrosão deste último. O Insti-
dados, na forma de potenciais, informam tuto de Patologias da Construção (IPACON)
A análise em laboratório de semi-pilhas o comportamento do aço frente ao desen- dispõe de apostila específica sobre o uso da
permanentes garante a eficiência destes
equipamentos no controle da corrosão. volvimento de possíveis estados de cor- semi-pilha para verificação dos potenciais
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 12
CPV4
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 13
tes diversos, assim como fumo de sílica, dos. Em seu lugar, dever-se-á usar arga- A caixa 4”x2”, de plástico, que ficará insta-
materiais com alta resistividade elétrica, massas ou micro concretos representati- lada na superfície do concreto da peça es-
para não dizer isolantes eletroquímicos. vos do concreto original, aditivados com trutural receberá o fio da SSP e o fio de
Portanto, não podem e não devem ser usa- ATIVADOR ELETROQUÍMICO G. ligação à armadura. A ligação do terminal
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ continua na pág. 26
REMO-CLOR
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 14
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 17
Aproximação teórica
Desenvolvimento sob a fundação da ruína por esforço cortante excluir a possibilidade de rutura em bloco,
já que, neste caso, o reforço seria equiva-
Observando-se o solo, durante a aplicação nas em forma de leque, caracterizando o es- lente ao aumento da profundidade do ele-
de uma carga, por meio de um modelo de pare- forço cortante local. Na terceira, a fundação
des de vidro, observar-se-á que a ruína ocor- desloca-se para baixo com um pequeno au- mento de fundação, de acordo com o meca-
rerá em 3 etapas. Na primeira, o solo situado mento da carga. Se o solo for mais rígido, a
sob a fundação é forçado para baixo forman- zona do esforço cortante propaga-se para
nismo da figura 1. Excluindo-se, portanto,
do-se uma cunha (a). Na segunda, o solo em fora, até formar-se uma superfície contínua esta possibilidade, as colunas ficariam ape-
torno do perímetro da fundação separa-se e de ruína que se extende até a superfície do
a superfície do esforço cortante propaga-se terreno, levantando-se (c). Esta patologia
nas submetidas a flexão e corte. Caso o solo
para fora, desde o vértice da cunha (b). Se o chama-se ruína generalizada por esforço cor- seja suficientemente rígido, predominará o
solo for muito compreensível, tolerando gran- tante. A ruína pode não ser simétrica, o que
des deformações sem ocorrência de fluência, é incomum mas, invariavelmente, leva ao co- efeito da resistência ao corte, com uma for-
o estado de ruína fica circunscrito a duas zo- lapso da estrutura (d). ça cizalhante próxima à superfície de rutu-
ra, muito embora poderá supor-se que, com
GLOSSÁRIO
Cisalhamento – conjunto de fenômenos de de-
formação que ocorrem quando, numa massa de
solo, há uma tensão de cisalhamento, isto é, quan-
do forças que atuam sobre a massa provocam o
escorregamento de planos vizinhos uns sobre os
outros. Estas forças atuantes são chamadas cor-
tantes e a deformação imposta é chamada de cisa-
lhamento.
Resistência ao cisalhamento – todo solo rom-
pe por cisalhamento. A resistência ao cisalhamento
é uma combinação de coesão e atrito interno. A
coesão relaciona-se a adesão entre partículas do
solo. É significante em solos argilosos e zero em
solos granulares ou arenosos. O ângulo de atrito
interno (Ø) tem a ver com a aspereza entre partí-
culas e com a aplicação de uma carga normal,
estando relacionada à equação de Coulomb: resis-
tência ao cisalhamento = coesão + tensão normal
x tang Ø.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
a inclusão das colunas, a superfície será de espiral logarítimico. O momento estabili-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
modificada. Para o caso de uma argila, a zador resultante, referente ao bordo do ele-
resistência ao corte das colunas somar-se- mento de fundação, somar-se-á à situação
á à coesão resultante segundo a superficie da capacidade portante (figura 3). Efetiva-
de rutura da figura 2. mente, a cortina formada pelas colunas do
Utilizando-se o modelo padrão para solos grouting modifica a forma da superfície de
granulares, a resistência da cortina forma- rutura. Observa-se que se a cortina é posi-
da atua tangencialmente ao conhecido arco cionada junto à sapata, com altura sufici-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
BEIJU
Tele-atendimento
Tele-atendimento (0XX21) 2493-6862
(0XX21) 2493-6862 fax (0XX21) 2493-5553
fax (0XX21) 2493-5553 produtos@recuperar.com.br
produtos@recuperar.com.br Fax consulta nº 29
Fax consulta nº 28
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
pata, devido ao efeito poisson, dilata con- engastamento inferior da cortina ou de
tra a cortina de colunas e o terreno peri- sua altura máxima de flexão h, obtida fa-
férico, impondo esforços de flexão e mo- cilmente por uma análise pressão-deslo-
bilizando uma cunha passiva no solo ad- camento, muito embora h possa estar pró-
jacente (figura 4). A cunha passiva não ximo de 1,5B (solo coesivo sob carga e
corresponde exatamente à hipótese de sem drenagem) ou compreendido entre 2B
Rankine, pelo fato dos deslocamentos na- e 3B (solos granulares). As colunas injeta-
quele limite vertical seguirem a lei para- das em torno da sapata modelam-se como
bólica. Por outro lado, torna-se necessá- vigas verticais, pois agüentam o tranco da
rio comprovar se os deslocamentos ne- pressão do solo, impedindo-o de sair, ga-
cessários para alcançar o estado passivo rantindo o efeito cortina, As figuras 5 e 6
superam a flexão máxima tolerável para a mostram os resultados aceitáveis obtidos
cortina trabalhando à flexão. instalando-se varas de ferro, em diferen-
Trabalhando à flexão, a pressão lateral de tes áreas, após a injeção e a formação das
confinamento proporcionada pela corti- colunas. Como as colunas do Compaction
na, imediatamente antes do estado de ru- Grouting são suficientemente robustas,
tura, dependerá de sua deflexão, tipica- admite-se que a colaboração do solo exte-
mente como uma mola. Esta pressão tam- rior seja mínima, possibilitando uma pos-
bém dependerá, em grande parte, das con- sível escavação sem perda apreciável da
dições de engastamento das extremida- capacidade portante.
e-mail consulta nº 30
GLOSSÁRIO
Tensão normal – é o quociente da força atuan-
te, numa determinada superfície, pela área dessa
superfície. Componente perpendicular da tensão
Para ter mais
atuante. É extremamente importante para a resis-
tência ao cisalhamento, no entanto, a pressão da informações sobre
água nos poros do solo subtrai parte desta carga, Solos.
reduzindo a tensão normal. Lembramos que: ten-
são efetiva (σ’) = tensão normal (σ) – pressão da
água nos poros.