Revista 46
Revista 46
Revista 46
t
Revolução de 1817 - 200 anos
i® B B G
INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI
Fundado a 18 de outubro de 1953.
PRIMEIRO PRESIDENTE
Dr. Irineu Nogueira Pinheiro.
CG Ç/M F n° 05357359-0001/86
Sócios atuais do ICC
Presidente
Napoleão Tavares Neves
Membros
José Emerson Monteiro Lacerda
Olival Honor de Brito
Vicente Jurandir Temóteo de Sousa
___ iíSSÍKHsl___
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
Diretoria (2014-2015)
Presidente
José Huberto Tavares de Oliveira
Vice Presidente
Claude Berthe Bloc Boris
Secretário Geral
Francisco Huberto Esmeraldo Cabral
Tesoureiro
Roberto Jamacaru de Aquino
Secretário
Heitor Feitosa Macedo
Expediente:
Capa e Diagramação
Cláudio Henrique Marques Peixoto
Revisão
José Emerson Monteiro Lacerda
1111
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Sumário
1. Ata da Assembléia Geral sobre a Eleição da Diretoria para o Biênio
2016/2017-DIRETORIA 27
2. Novo Estatuto do Instituto Cultural do Cariri (ICC) - DIRETORIA 29
3. Os 200 anos da Revolução Pernambucana no Cariri Cearense -
Heitor Feitosa Macêdo 43
4. A Última Carta do Padre Cícero? - Weber Girão 53
5. Dona Fideralina e Os Augustos - Dimas Macedo 63
6. Emerson Monteiro - Memória e Estilo - Maércio Siqueira 71
7 .0 gosto de escrever - Emerson Monteiro 77
8. Carta de um Brasileiro - Jorge Emicles 81
9. Assassinato do Capitão José Gonçalves Bezerra - Fernando Maia
da Nóbrega 85
10. Joaquim Pinto Madeira - Fernando Maia da Nóbrega 95
1 1 .0 Primeiro Advogado do Cariri Cearense: Dr. Manuel de São João
Madeira - Heitor Feitosa Macêdo 103
12. A Lenda sobre a Morte do Capitão-Mor do Crato/CE José Pereira
Filgueiras - Heitor Feitosa Macêdo 131
7
____líBÇSHB____
I n s t i t u t o C u ltu ral do C a riri
Letras 2
• Patrono: Bruno de Menezes
• I o ocupante: Raimundo de Oliveira Borges
• 2° ocupante: Ângelo Borges Papaléo
Letras 3
• Patrono: José Alves de Figueiredo
• I o ocupante: José Alves de Figueiredo Filho
• 2o ocupante: (Pe.) Neri Feitosa
Letras 4
• Patrono: Alexandre Arraes de Alencar
• I o ocupante:Maria Edméia Arraes de Alencar
• 2o ocupante: José Everardo Arraes Norões
Letras 6
• Patrono: Irineu Nogueira Pinheiro
• I o ocupante: (Pe.) Antônio Gomes de Araújo
• 2o ocupante: José Emerson Monteiro Lacerda
___ líf-ylísjfc!___
I n s t i t u t o C u lt u ral do C ariri
Letras 7
• Patrono: Antônio Barbosa de Freitas
• Io ocupante: Otacílio Anselmo e Silva
• 2° ocupante: Olival Honor de Brito
Letras 8
• Patrono: Álvaro Bomílcar da Cunha
• Io ocupante: José Newton Alves de Sousa
Letras 9
• Patrono: (Dom) Francisco de Assis Pires
• Io ocupante: (Mons.) Rubens Gondim Lóssio
• 2o ocupante: (Mons.) Francisco de Holanda Montenegro
• 3o ocupante: (Dom) Fernando Pânico
Letras 10
• Patrono: (Pe.) Emílio Leite Álvares Cabral
• I o ocupante: Tomé Cabral dos Santos
• 2° ocupante: José Huberto Tavares de Oliveira (Bebeto)
Letras 11
• Patrono: Raimundo Gomes de Matos
• I o ocupante: Pedro Gomes de Matos Jr.
• 2o ocupante: Raimundo Gomes de Matos
Letras 12
• Patrono: Leandro Bezerra Monteiro
• I o ocupante: Raimundo Teles Pinheiro
• 2o ocupante: Antônio de Araújo Ribeiro
Letras 13
• Patrono: Otacílio Sampaio de Macedo
• I o ocupante: Joaquim Lobo de Macêdo (Joaryvar Macêdo)
• 2o ocupante: Hugo de Melo Rodrigues
10
In stitu to C ultural do Cariri
Letras 14
• Patrono: Manuel Rodrigues Monteiro
» I o ocupante: Francisco de Sousa Nascimento (F. S. Nascimento)
Letras 15
• Patrono: Leandro de Chaves e Melo Ratisbona
• I o ocupante: Joaquim Pinheiro Monteiro
• 2o ocupante: Roberto de Sousa Borges
• 3o ocupante: João Tavares Calixto Junior
Letras 16
• Patrono: (Pe.) Francisco de Assis Pita
• I o ocupante: Aécio Feitosa
Letras 17
• Patrono: João Brígido dos Santos
• I o ocupante: Nertan Macêdo
• 2o ocupante: Emídio Macêdo Lemos
• 3o ocupante: Francisco José de Brito
Letras 18
• Patrono: Raimundo Monte Arraes
• I o ocupante: José Arraes de Alencar
• 2o ocupante: Pedro de Araújo Bezerra
Letras 19
• Patrono: José Alves de Figueiredo Filho
• I o ocupante: Mozart Soriano Aderaldo
• 2o ocupante: Wellington Alves de Sousa (Tontom)
Letras 20
• Patrono: José Martiniano de Alencar (Senador)
• I o ocupante: José Caminha de Alencar Araripe
• 2o ocupante: Joaquim Edvan Pires
11
___ iífe.y/Mfc!___
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
Letras 21
• Patrono: (Mons.) Pedro Rocha de Oliveira
• I oocupante: (Pe.) Antônio Batista Vieira
• 2oocupante: (Dom) Newton Holanda Gurgel
Letras 22
• Patrono: (Pe.) Antônio Gomes de Araújo
• I oOcupante: Alderico de Paula Damasceno
• 2oOcupante: José Flávio Bezerra Morais
Letras 24
• Patrono: (Madre) Ana Álvares Couto
• Io ocupante: (Madre) Maria Carmelina Feitosa
Letras 25
• Patrono: João de Medeiros Ramos
• Ioocupante: Oswaldo Alves de Sousa
Letras 26
Patrono: (Pe.) Antônio Batista Vieira
I o ocupante: José Flávio Pinheiro Vieira
Letras 28
• Patrono: (Mons.) Antônio Feitosa
• I o ocupante: (Pe.) Manuel Alves Feitosa
Letras 29
• Patrono: (Mons.) Francisco de Holanda Montenegro
• Io ocupante: (Pe.) Rocildo Alves de Lima Filho
Letras 30
• Patrono: Tomé Cabral Santos
• Io ocupante: José Sarto Maria Cabral
• 2o ocupante: Geraldo Ananias Pinheiro
12
____iífcpíEHsl___
In s titu to C u ltu ral do C ariri
Letras 31
• Patrono: (Dom) Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva
• I o ocupante: Policarpo Rodrigues Filho
Letras 32
• Patrono: (Dom) Vicente de Paulo Araújo Matos
• I o ocupante: (Mons.) João Bosco Cartaxo Esmeraldo
Letras 33
• Patrono: Otacílio Anselmo da Silva
• I o ocupante: Miguel Costa Barros
Letras 34
• Patrono: (Mons.) Rubens Gondim Lóssio
• I o ocupante: (Pe.) Francisco Edimílson Neves Ferreira
Letras 35
• Patrono: José Colombo de Sousa
• I o ocupante: José Jézer de Oliveira
Letras 37
• Patrono: Raimundo Girão
• I o ocupante: Weber Andrade de Girão e Silva
Letras 38
• Patrono: José Bizerra de Britto
• I o ocupante: Carlos Rafael Dias
Letras 39
• Patrono: Bernardina Vilar de Alencar Costa
• I o ocupante: Maria do Rosário Lustosa da Cruz
13
___ lísyfciw
I n s titu to C ultural do Cariri
Letras 40
• Patrono: (Pe.) Joaquim Marques de Alencar Peixoto
• I o ocupante: José Peixoto Júnior
Letras 41
• Patrono: Raimundo de Oliveira Borges
• I o ocupante: Francisco Neto de Borges Reis
Letras 42
• Patrono: Antônio Marchet Callou
• I o ocupante: Alberto Callou Torres
Letras 43
• Patrono: Manuel de São João Madeira
• I o ocupante: Heitor Feitosa Macedo
Ciências 1
• Patrono: Barreto Sampaio
• I o ocupante: Napoleão Tavares Neves
Ciências 2
• Patrono: José Denizard Macedo de Alcântara
• I o ocupante: Armando Lopes Rafael
Ciências 3
• Patrono: Antônio Macário de Brito
• I o ocupante: Humberto Macário de Brito
Ciências 5
• Patrono: Miguel Arraes de Alencar
• I o ocupante: Francisco Tadeu Barbosa de Alencar
Ciências 6
• Patrono: Marcos Antônio de Macedo
• I o ocupante: Carlos Alberto Ferreira de Alencar
14
___ Jífeylwifti
In s titu to C u ltu ral do C ariri
Ciências 7
• Patrono: Wilson Gonçalves
• I o ocupante: José Kleber Callou Filho
Ciências 8
• Patrono: Ossian de Alencar Araripe
• I o ocupante: Samuel Vilar de Alencar Araripe
Ciências 9
• Patrono: Francisco Martins (Fran Martins)
• I o ocupante: Maria das Graças Albuquerque Costa de Aquino
Ciências 13
• Patrono: José do Vale Arraes Feitosa
• I o ocupante: José do Vale Pinheiro Feitosa
Ciências 15
• Patrono: Pedro Felício Cavalcanti
• I o ocupante: José Kleber Callou
Ciências 17
• Patrono: Gutemberg Sobreira de Menezes
• I o ocupante: Antônio Ronaldo Cordeiro Lima
Ciências 19
• Patrono: João Gonçalves de Sousa (Min. João Gonçalves)
• I o ocupante: Melquíades Pinto Paiva
Ciências 21
• Patrono: Antônio José Gesteira
• Último Ocupante: Antônio Luiz Barbosa Filho
• 2o ocupante: Francisco Marcos Bezerra da Cunha
Ciências 22
• Patrono: Francisco Ferreira de Assis
• I o ocupante: Francisco César Ferreira
15
____ JfeyiM ifei
I n s titu to C u ltu ral do C ariri
Ciências 27
• Patrono: Elysio Gomes de Figueiredo
• I o ocupante: João Marni Figueiredo
Ciências 29
• Patrono: José Waldemar Alcântara e Silva
• I o ocupante: Lúcio Gonçalo de Alcântara
Ciências 30
• Patrono: Clóvis Beviláqua
• I o ocupante: Aglézio de Brito
Ciências 33
• Patrono: Joaquim Fernandes Teles
• I o ocupante: Ebert Fernandes Teles
Ciências 35
• Patrono: Raimundo de Norões Milfont
• I o ocupante: Audir de Araújo Paiva
Folclore 1
• Patrono: Leonardo Ferreira Mota
• I o ocupante: Elói Teles de Morais
• 2o ocupante: Maria Anilda de Figueiredo
Folclore 2
• Patrono: Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré)
• I o ocupante: Francisco de Assis Brito
Folclore 3
• Patrono: Elói Teles de Morais
• I o ocupante: Luciano Carneiro de Lima
16
_____ ________________
I n s t it u t o C u ltu ral do C ariri
Folclore 4
• Patrono: Aderaldo Ferreira de Araújo (Cego Aderaldo)
• I o ocupante: José Hélder França (Dedé de Zeba)
Folclore 5
• Patrono: Luís da Câmara Cascudo
• I o ocupante: Francisco Willian Brito Bezerra
Folclore 7
• Patrono: José Carvalho (Cariri Braúna)
• I o ocupante: José Wilton Soares e Silva (Dedê)
Folclore 8
• Patrono: José de Matos (Zé de Matos)
• I o ocupante: Antônio Vicelmo do Nascimento
Folclore 9
• Patrono: Pedro Teles
• I o ocupante: Francisco Araújo Teles (Tutita)
Folclore 10
Patrono: José Francisco Luna (Dedé de Luna)
I o ocupante: José Carlos Araújo (Cacá Araújo)
Folclore 11
• Patrono: João Alves Rocha
• I o ocupante: Francisco Alves Rocha
Folclore 12
• Patrono: Francisco Correia Lima (Correinha)
• I o ocupante: Josenir Amorim Alves de Lacerda
17
___ iíBffiggH
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a riri
Folclore 13
• Patrono: Hilário Lucetti
• I o ocupante: Cícero Magérbio Rodrigues de Lucena e Monte
Folclore 14
• Patrono: Alexandre Francisco CerbelonVerdeixa (Pe. Verdeixa)
• I o ocupante: Eugênio Dantas de Medeiros
Folclore 16
• Patrono: Pio Carvalho
• I o ocupante: João Bosco de Sousa Rodrigues (Bosco Catingueira)
Folclore 17
• Patrono: João Teixeira Guimarães (João Pernambuco)
• I o ocupante: João Ulisses Filho (João do Crato)
Folclore 19
• Patrono: José Martins D'Alvarez
• I o ocupante: Francisco Jorge Carvalho Alves de Sousa
Artes e Ofícios 1
• Patrono: Carlos Maria de Ferrara (Frei Ferrara)
• Io ocupante: (Pe.) Antônio Teodósio Nunes
Artes e Ofícios 3
• Patrono: Walderedo Gonçalves de Oliveira
• I o ocupante: Vicente Jurandir Temóteo de Sousa (Jurandy Temóteo)
Artes e Ofícios 4
• Patrono: Branca Bilhar
• I o ocupante: Dihelson José Mendonça de Sousa
Artes e Ofícios 6
• Patrono: Manuel Soriano de Albuquerque
• I o ocupante: Ricardo Alencar Correia
18
____ JíFjjtfrarsRi
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
Artes e Ofícios 7
• Patrono: Arnaldo Salpéter
• I o ocupante: José Hugo de Alencar Linard
Artes e Ofícios 8
• Patrono: Manuel Augusto dos Santos (Maestro Azul)
• I o ocupante: José Bonifácio Salvador
Artes e Ofícios 10
• Patrono: Jefferson de Albuquerque e Sousa
• I o ocupante: Francisco Edésio Batista
Artes e Ofícios 11
• Patrono: José Jatay
• I o ocupante: Francisco Correia Lima (Correinha)
• 2o ocupante: Francisca Maria Cardoso de Oliveira (Mana)
Artes e Ofícios 12
• Patrono: José de Figueiredo Brito
• I o ocupante: Telma de Figueiredo Brilhante
Artes e Ofícios 13
• Patrono: Raimundo Pinheiro Pedrosa (Bruno Pedrosa)
• I o ocupante: George Hugo Silva Macário de Brito
Artes e Ofícios 15
• Patrono: Pedro Maia
• I o ocupante: Henrique Maia
Artes e Ofícios 16
• Patrono: Cursino Belém de Figueiredo
• I o ocupante: Roberto Jamacaru de Aquino
19
____ií^yioítfi____
I n s t i t u t o C u lt u ra l do C a riri
Artes e Ofícios 17
• Patrono: Agostinho Balmes Odísio
• Io ocupante: Waldemar Arraes de Farias Filho
Artes e Ofícios 18
• Patrono: José Wilson Machado Borges
• I o ocupante: Francisco Huberto Esmeraldo Cabral
Artes e Ofícios 20
• Patrono: Thomaz Osterne de Alencar
• I o ocupante: Pedro Ernesto de Alencar
Artes e Ofícios 21
• Patrono: Fideralina Corrêa de Amora Maciel (Sinhá D'Amora)
• I o ocupante: Edilma Chagas da Rocha
Artes e Ofícios 22
• Patrono: Joaquim da Cruz Neves
• I o ocupante: Eugênio Pachelly Jamacaru de Aquino
Artes e Ofícios 23
• Patrono: Paulo Elpídio de Menezes
• I o ocupante: Luiz José Teles dos Santos
Artes e Ofícios 24
• Patrono: Vicência Garrido
• I o ocupante: Claude Berthe Bloc Boris
Artes e Ofícios 25
• Patrono: Bárbara Pereira de Alencar
• I o ocupante: Maria La-Salete Libório Ribeiro da Silva
20
_______ J Í ^ J ^ Í O í ________
In s ti tu to C u ltu ra l do C ariri
Artes e Ofícios 26
• Patrono: Tristão Gonçalves de Alencar Araripe
• I o ocupante: Pedro Antônio de Lima Santos
Artes e Ofícios 27
• Patrono: José de Oliveira Lima (Zé Cirilo)
• I o ocupante: Francisco Heron Aquino de Oliveira
Artes e Ofícios 28
• Patrono: Hildegardo Benício
• I o ocupante: Abidoral Rodrigues Jamacaru Filho
Artes e Ofícios 30
• Patrono: Pedro Gonçalves Norões
• I o ocupante: Maria Lúcia de Brito Gonçalves Siebra
Artes e Ofícios 31
• Patrono: (Pe.) David Moreira
• I o ocupante: (Mons.) Ágio Moreira
Artes e Ofícios 32
• Patrono: Emídio Lemos
• I o ocupante: Geraldo José Macedo Lemos
Artes e Ofícios 33
• Patrono: Delmiro Gouveia
• I o ocupante: Luiz Gastão Bittencourt
Artes e Ofícios 35
• Patrono: Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagão)
• I o ocupante: Francisco Hildelito Parente de Alencar
21
____lísilsH S!____
I n s t it u t o C u ltu ral do C ariri
Artes e Ofícios 36
• Patrono: (Brig.) José Sampaio Macedo
• I o ocupante: Ricardo de Macedo Biscuccia
Artes e Ofícios 37
• Patrono: Francisco Cícero Pierre
• I o ocupante: João Teófilo Pierre
Artes e Ofícios 38
• Patrono: Cícero Alves de Sousa
• I o ocupante: Maria de Fátima Lemos Alves
Artes e Ofícios 39
• Patrono: Vittorio Di Maio
• I o ocupante: Glauco Vieira Fernandes
Artes e Ofícios 41
• Patrono: Euclides Francelino de Lima
• I o ocupante: José Hamilton de Lima Barros
Artes e Ofícios 42
• Patrono: Luiz Gonzaga de Oliveira
• I o ocupante: Jackson Oliveira Bantim (Bola)
Filosofia 1
• Patrono: Antônio Filgueiras Lima
• I o ocupante: José Humberto Tavares de Oliveira
Filosofia 2
• Patrono: D. Luís Antônio dos Santos
• I o ocupante: D. Gilberto Pastana
22
____ iOnjtfErai
I n s titu to C u ltu ral do Cariri
Letras 5
• Patrono: (Mons.) Pedro Esmeraldo da Silva
• I o ocupante: Maria de Lourdes Esmeraldo
• Último ocupante: Maria Sarah Esmeraldo Cabral
Letras 21
Patrono: (Mons.) Pedro Rocha de Oliveira
I o ocupante: (Pe.) Antônio Batista Vieira
2o ocupante: (Dom) Newton Holanda Gurgel
Letras 23
• Patrono: Antônio Martins Filho
• I o ocupante: Plácido Cidade Nuvens
Letras 27
• Patrono: Raimundo Quixadá Felício
• I o ocupante: Manoel Patrício de Aquino (Nezim)
Ciências 25
• Patrono: Luiz de Borba Maranhão
• I o ocupante: José de Paula Bantim
Ciências 31
• Patrono: Gilberto Dummar Pinheiro
• Último ocupante: Hélio Pinheiro Teles
Artes e Ofícios 2
• Patrono: Salviano Arraes Saraiva
• Último ocupante: José Correia Filho
23
I n s t i t u t o C u lt u ra l do C a riri
Artes e Ofícios 5
• Patrono: Vicente Rosai Ferreira Leite
• I o ocupante: Edilson Cordeiro da Rocha
Artes e Ofícios 9
• Patrono: Waldemar Garcia
• I o ocupante: Amarílio Carvalho
Artes e Ofícios 14
• Patrono: Júlio Saraiva Leão
• I o ocupante: Maria Telma Saraiva da Rocha
Artes e Ofícios 29
• Patrono: Francisco de Assis Leite
• Último ocupante: Francisco Jackson Nuvens de Alencar
Artes e Ofícios 40
• Patrono: Aldemir Martins
• I o ocupante: Sérvulo Esmeraldo
24
_______ t ú ____________________
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
SÓCIOS BENEMÉRITOS
• SB-001-Setembro de 2006
José Arlindo Siebra Sampaio Jr.
• SB-002-Outubro de 2013
Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos
• SB-003-Outubro de 2013
Samuel Macêdo Lobo
• SB-004-Outubro de 2013
Antônio Francisco do Nascimento (Antônio Limão)
• SB-005-Outubro de 2013
João Fernandes Lima
• SB-006-Outubro de 2013
Fabíola Alencar de Biscuccia
• SB-007-Outubro de 2013
Ariovaldo Carvalho
• SB-008-Outubro de 2013
Francisco Eli de Meneses
• SB-009-Outubro de 2013
José Sarto Cabral
SÓCIOS HONORÁRIOS
25
AD ASTRAPERASPERA
Instituto
Cultural do Cariri
Praça Cel. Filemon Teles N°1 ■Crato-CE
memorial.daimagemedosom@hotmail.com
jackson.bantim @ urca.br
jbantim .blogspot.com
(88) 9934- 3998 / 9212-2147
URCA
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
PRÓ REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
PRÓ REITORIA DE EXTENSÃO
H T ÍÍ3 F
1. Ata da Assembléia
Geral sobre a Eleição
da Diretoria para o
Biênio 2016/2017.
ta da Assembléia geral ordinária para a 2- eleição, digo, 2- chamada, que com
27
_____i f s f f E r a i
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
son Bantim, Levy Santiago e Weber Girão, além dos candidatos, deu-se a apuração
dos votos, com o seguinte resultado: 17 votos para a chapa única, quórum este que
legitimou, para o biênio 2016/2017, a chapa supradita. Os presentes felicitaram a chapa
vencedora, desejando para a mesma votos de êxito para o biênio 2016/2017. Nada
mais havendo a tratar, eu, Heitor Feitosa Macêdo, secretário, lavrei esta que, após lida,
receberá as devidas assinaturas.
[assinaturas]
28
2. Novo Estatuto do
Instituto Cultural do
Cariri (ICC)
ALTERAÇÃO DO ESTATUTO DO INSTITUTO CULTURAL
DO CARIRI
CAPITULO I
Da Finalidade do Instituto
Art. I o. O Instituto Cultural do Cariri, sociedade civil com sede
na cidade do Crato/CE, fundado em 04 de outubro de 1953, tem por
finalidade o estudo das ciências, letras, artes e ofícios, bem como o da
cultura popular do Cariri cearense.
Art. 2o. Para preencher os seus fins, o Instituto manterá e pro
moverá:
a) intercâmbio cultural com instituições congêneres, nacionais e
29
_______ Ü E Ç l E S i ! _______
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
estrangeiras;
b) a edição de uma revista em que se publiquem trabalhos dos
sócios e de outros colaboradores;
c) uma biblioteca e arquivo em que se guardem e relacionem os
papéis, livros, documentos, cartas geográficas, autógrafos, etc., refe
rentes à finalidade exposta no art. I o deste Estatuto;
d) o culto, por meio de comemorações adequadas, dos feitos de
nossa história, especialmente do Cariri cearense; e
e) a restauração e a conservação dos arquivos públicos e parti
culares, de símbolos e monumentos de qualquer natureza, ligados à
história, ao estudo dos antigos usos, costumes e tradições do Cariri
cearense.
Art. 3o. A região de abrangência do Instituto compreende os Mu
nicípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Santa
na do Cariri, Milagres, Caririaçu, Farias Brito, Nova Olinda, Araripe,
Campos Sales, Assaré, Brejo Santo, Mauriti, Barro, Aurora, Jardim, Jati,
Abaiara, Granjeiro, Penaforte, Altaneira, Porteiras, Salitre e Potengi
(adotando-se como critério a classificação da Mesorregião Sul Cearen
se dada pelo IPECE - Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do
Ceará, ano 2010).
CAPÍTULO II
Dos Sócios
Art. 4o. O Instituto é composto de cinco (05) classes de sócios:
Fundadores, Efetivos, Correspondentes, Honorários e Beneméritos.
Art. 5o. É considerado Sócio Fundador o que se associou à ideia
de organização do Instituto no ato de sua fundação e assinou a respec
tiva Ata.
Art. 6o. Sócio Efetivo é aquele que participa, ativa e assiduamen
te, dos trabalhos do Instituto e que pode votar e ser votado.
Art. 7°. Sócio Correspondente é o que, residindo fora da região
30
_____ Jíffjffisra i
In stitu to C u ltu ral do C ariri
31
_____ _______________
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
licença por tempo não superior a seis (06) meses/sendo seu lugar nas
Comissões preenchido por nomeação
Art. 13.0 Sócio Efetivo que não satisfizer o pagamento das men
salidades por três (03) meses seguidos ficará suspenso dos seus direi
tos, podendo voltar à sua plenitude logo que normalizar a situação
com os cofres sociais.
Art. 14. Na sessão de posse do Sócio Efetivo o recipiente prestará
o seguinte compromisso: "prometo trabalhar pelo desenvolvimento do Ins
tituto Cultural do Cariri e cumprir fielmente os seus estatutos".
CAPÍTULO III
Das Cadeiras
Art. 15. Ficam criadas 150 (cento e cinquenta) cadeiras no Insti
tuto Cultural do Cariri, a serem preenchidas com defesa de trabalho
sobre os seus Patronos em solenidades públicas da Entidade:
a) as cadeiras já criadas ficam oficializadas com seus Patronos e
atuais ocupantes, ratificadas decisões anteriores da Diretoria;
b) a Diretoria cuidará do preenchimento das demais Cadeiras,
instituindo em tempo oportuno seus Patronos, observando a exigên
cia de homenagear vultos notáveis ligados por qualquer título à nossa
Região nos setores das Letras, Ciências, Folclore, Artes e Ofícios, bem
como Filosofia;
c) ficam destinadas 45 Cadeiras às Letras, 35 às Ciências, 20 ao
Folclore, 45 às Artes e Ofícios, e 05 à Filosofia;
d) só será admitido como titular de uma cadeira o candidato que
for aceito por maioria absoluta em votação da Diretoria;
e) quando alguma das cadeiras se encontrar vaga, o próximo
ocupante eleito defenderá, ao ser empossado, trabalho a respeito do
seu predecessor imediato;
f) todos os trabalhos acerca das cadeiras, seus patronos e ocu
pantes, bem como as saudações aos recipiendários, serão, oportuna-
.32
____Jífeyftsw
In stitu to C ultu ral do C ariri
CAPÍTULO IV
Das Sessões
Art. 17. As sessões do Instituto serão Ordinárias, Extraordiná
rias, de Assembléia Geral e Solenes.
Art. 18. As Sessões Ordinárias serão mensais e se realizarão em
dia e hora designados pela mesa.
Art. 19. As Sessões Ordinárias obedecerão à seguinte ordem:
a) abertura da sessão pelo Presidente;
b) leitura e discussão da Ata;
c) leitura e despacho do Expediente;
d) estudo e solução dos assuntos trazidos ao conhecimento do
Plenário;
e) uso facultativo da palavra; e
f) encerramento pelo Presidente.
33
I n s t it u t o Cultura l do Cariri
CAPÍTULO V
Da Direção e Administração
Art. 23. A direção e a administração do Instituto competem à
Diretoria eleita bienalmente entre os Sócios Efetivos.
Art. 24. A Diretoria será constituída pelo Presidente, Vice-Pre
sidente, I o secretário, 2o Secretário, Diretor Social, Cerimonialista, I o
Tesoureiro e 2o Tesoureiro.
Art. 25. Ao Presidente compete:
a) abrir, dirigir, distribuir os trabalhos das sessões e os suspen
der, quando necessário;
b) visar a correspondência recebida e assinar a expedida;
c) representar o Instituto ativa e passivamente, judicial e extra
judicialmente;
d) nomear o Bibliotecário e quaisquer comissões especiais.
e) tomar parte nos trabalhos das comissões permanentes e espe
ciais, sempre que o entender ou for necessário;
f) fiscalizar o serviço do Arquivo e da Biblioteca, determinando
as providências que julgar necessárias;
g) nomear, suspender e exonerar funcionários do Instituto, sub
metendo o ato à aprovação da Diretoria;
h) autorizar quaisquer despesas e visar os respectivos comprovantes;
i) promover sessões de aniversário e de datas comemorativas;
j) exercer o voto de minerva, quando houver empate em qual
quer votação; e
1) apresentar, nas sessões de aniversário do Instituto, um relató
rio geral dos trabalhos realizados durante o ano, expondo as medidas
34
_______I f r y i í Ü j f c ! ______
In s titu to C ultu ral do C ariri
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___ JftijStfErai
In stitu to C ultu ral do C ariri
CAPÍTULO VI
Do Conselho Fiscal
Art. 32.0 Conselho Fiscal será constituído por 03 (três) membros
efetivos e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral:
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____líHyiftiihJ____
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
CAPÍTULO VII
Do Conselho Superior
Art. 34. O Conselho Superior será constituído por 04 (quatro)
membros, sendo um Presidente e 03 (três) titulares, escolhidos por oca
sião das Eleições Gerais do Instituto.
CAPÍTULO VIII
Das Comissões
Art. 36. Haverá três Comissões Permanentes:
a) Comissão de Folclore e Tradições Populares;
b) Comissão de Editoração e Organização de Livros e Revistas; e
c) Comissão de Ciências, Letras e Artes.
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_______ l i s f f a a a
In s titu to C ultu ral do C ariri
CAPITULO IX
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____lílpÍEPEl__
I n s t i t u t o C u lt u ra l do C a riri
CAPITULO X
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____lífcyiH&i___
I n s t it u t o C u ltu ral do Cariri
CAPITULO XI
Disposições Gerais
Art. 47. As consultas, pareceres, propostas e requerimentos
serão feitos por escrito, devidamente assinados, sendo todos pro
tocolados e arquivados.
Art. 48. Por interesse próprio, os membros da Diretoria não
poderão firmar contrato ou outro tipo de vínculo que tenha por
objeto o uso e gozo, com exclusividade e continuidade, de salas ou
espaços da sede do Instituto.
Art. 49. Os Sócios Efetivos poderão retirar e conservar em seu
poder qualquer livro da Biblioteca, até o prazo máximo de trinta
(30) dias, mediante registro próprio.
§ I o Demais documentos do Arquivo e da Biblioteca, bem
como jornais, revistas, obras raras, etc., só poderão ser consultados
na sede do Instituto.
§ 2o A depender do necessário grau de conservação, pela
raridade e pela fragilidade, o manuseio de algumas peças deverá
ficar restrito à adoção dos critérios técnicos exigíveis, inclusive me
diante a permissão da maioria absoluta dos Diretores.
Art. 50. A mesa organizará os regulamentos que julgar con
venientes para a plena execução deste Estatuto e regular funciona
mento dos diversos órgãos do Instituto.
Art. 51. O presente Estatuto só poderá ser reformado me
diante a Assembléia Geral convocada por 1/3 (um terço) dos As
sociados.
Art. 52. Os Sócios do Instituto não respondem pelas obriga
ções sociais da Instituição.
Art. 53. Ocorrendo a interrupção das atividades do Instituto
por mais de cinco (05) anos, entender-se-á que o Instituto tenha
encerrado as suas funções, passando então a universalidade do seu
patrimônio à instituição similar do município do Crato, ou à Uni
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____Ií s S f s e ___
I n s t i t u t o C u lt u ra l do C ariri
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Farmácia Vasconcelos
/
E tica e Compromisso com sua Saúde
L a é r cio V a s c o n c e lo s
Diretor Comercial
através destas idéias e de muito sangue, em 1789; tudo isso sendo mo
tivado pelos referidos princípios iluministas.
Não demorou para que estas idéias, até então consideradas sub
versivas, chegassem ao território brasileiro, onde, por óbvio, provoca
ram grande euforia, o que é demonstrado pela deflagração da Incon
fidência Mineira, em 1789, a qual foi rapidamente abafada, restando
deste esboço revolucionário a sua bandeira com desenho triangular,
de influência maçônica, e com a bela frase latina: libertas cjuae sera ta-
men, isto é, "liberdade ainda que tardia".
Não bastasse tanto reboliço, a semente iluminista ensaiou ger
minar novamente em solo pátrio no ano de 1798, desta vez, na Bahia.
Porém, sua duração foi breve, ficando esta tentativa conhecida na his
tória com os nomes de Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates e Re
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Instituto Cultural do Cariri
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____Jtejffirsrai
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
sa, mas não sem percalços, pois houve fuga de parte dos presos, entre
eles Tristão Gonçalves Pereira de Alencar. Daí, depois de recaptura
dos, os presos foram enviados para Recife/PE, e, depois, a maioria,
para os cárceres da Bahia, junto com boa parte dos revolucionários das
outras capitanias.
Acrescente-se que nos meses subsequentes à restauração outras
prisões foram feitas, pois muitos patriotas tentaram dissimular suas
posições políticas a fim de se livrarem da repressão das autoridades,
no entanto, muitos foram identificados e capturados com o passar do
tempo.
Disse o pesquisador Luís da Câmara Cascudo que a Revolução
Republicana de 1817 foi "a mais linda, inesquecível e inútil das revo
luções brasileiras". Talvez ela não tenha logrado êxito imediato, mas
serviu de comburente para os diversos movimentos posteriores, dire
cionando os caminhos que trouxeram o País a atual situação política
e institucional, pois seu ideal continuou aceso nas mentes malogradas
de 1817, possibilitando alcançar, paulatinamente, a Independência, a
primeira Constituição, a República, a Democracia, Direitos e Garan
tias, Liberdade de Expressão, Liberdade Religiosa, etc.
Diante dos 200 anos da Revolução Republicana no Cariri ce
arense, em 3 de maio de 2017, publicamos uma lista com os nomes
dos indivíduos que estiveram envolvidos a favor da Revolução Re
publicana de 1817 no território da então Capitania do Ceará Grande.
(Obs: utilizamos como fonte a lista apresentada pelo padre Francisco
Tavares Muniz, em sua obra "História da Revolução de Pernambuco
em 1817", e a relação dos réus presos existentes na Cadeia da Rela
ção da Bahia, Biblioteca Digital Luso Brasileira, disponível em: <ht-
tps://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/123456789/38002>. Acesso em
16/05/2017, às 19hs34min.):
1- Antônio da Costa, cabra do Lameiro
2- Antônio de Holanda Cavalcante ou Antônio de Holanda
Chacon
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4. A Última Carta do
Padre Cícero?
Weber G irão
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____Jíhyiww____
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Saudações
Muito me apraz a oportunidade de dirigir-me a V. Excia., por intermé
dio da presente carta, e em tão bôa hora servindo de portador o meu distinto
amigo e conterrâneo Dr. Pedro Coutinho Filho.
Creia que a minha profunda admiração por V. Excia é a consequência
de uma visão patriótica condizente com as realidades brasileiras, como jamais
tenho visto em homem algum do Brasil, nesses últimos tempos. A sua atuação
militar e politica no cénario da vida brasileira tem sido, podemos dizer, um li
vro aberto de vitorias e trabalho consciente em prol da grandeza do Brasil. Por
mais que eu quisesse, não me seria possível silenciar sobre aquilo que o meu
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____lífey/wifti
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Cordiais cumprimentos.
Confirmando meu telegrama, como primeiro agradecimento da vossa
gentil e expontânea dádiva, cujo portador foi nosso comum amigo Dr. Cou-
tinho, apresso-me novamente a traduzir, nesta, os meus profundos agradeci
mentos pelas vossas bondosas, patrióticas e animadoras palavras de Fé e muita
Esperança em prol da grandeza do nosso País.
Manifestações dessa natureza muito me confortam o espirito e a von
tade, principalmente esta última, no tocante ao batalhar contra os inimigos
do País, cfuer sejam êles máus brasileiros, quer sejam os intrusos agitadores
estrangeiros.
As vossas palavras são sobejamente autorizadas, não só pela sincerida
de de patriota como pelo valor real que elas traduzem sob todos os títulos, como
prelado, professor, e até como militar, o que tem sido provado na magnânima
missão de civilizador do nosso sertanejo nortista, que conta seguramente com
a vossa sábia assistência protetora e o Brasil vê, portanto, nessa valiosa missão
um prolongamento da santa peregrinação do estraordinario Arquitecto.
Guardarei com muito carinho a vossa dádiva - o punhal. Poderia ser
uma cruz, e, pois, de quem emana só tem uma significação: - humildade cheia
de grandeza divina para com os seus semelhantes.
JVS.
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____líS tíS E ___
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uma data nesta estreita janela. De qualquer forma, se esta não é a últi
ma carta assinada pelo Padre Cícero, certamente foi sua cartada final
no jogo da política.
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In s titu to C u ltu ra l do C ariri
d a vossa.. g e n t i l 9 e x p o n tâ n e a d á d iv a , c u jo p o r -
tío n o sso P a i s .
J S a n ife s ta q õ e a ò.oooa n a t u r e z a m uico rae o om ro rta»
Ç e s n ir ' 0 a v o n ta d e , u r in e ip a l n o n t e e s t a u l t i m a , -ao
a to ao b a t a lh a r c o n t r a os in im ig o s do P a i s , q u e r s o - (
é l e s n áu s b r a s i l e i r o eu q u er sejam o s in t r u s o s a g i t a -
í;
sa tra n g e iro a .
As v o s s a s p a la v r a s sao 30beja»ont<* a u t o r iz a d a s ,
s c p e la s in c e r id a d e de p a t r i o t a como p e lo v a l o r
f è a l que e l a s trad u zem sofc to d o s o s t í t u l o s , o o m ô ^ ro -
p ro fe s s o r, e a té c o p io m i l i t a r , o que t« n s id o
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__Jfeyipitti
In stitu to C u ltu ral do C ariri
3o r a tnaj?y»pn-twB raiáSlos Sâ c iv i
bimêjo n o r t is t a , qtte conta se.nramwvte
anoia a s s is tê n c ia p ro te to ra « o BraiS
nessa v e iio s a missão "am proion^t
rinação ào extrao rd in ário
Q&arà&rei com muito carinho a vosso
Podaria ser 'nr.a p o is , de çpem
sc tasuario a i£ n ií’ica<2 &c: - hunildAâe ch eia
divina para com o» «tsus
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5. Dona Fideralina
e Os Augustos
D imas M acedo
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___ ríEyrtsrai
In s t it u t o Cultural do Cariri
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____J ____
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____JfcyiKfifei
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DR. AGLEZIO DE BRITO
ADVOGADO
6. Emerson Monteiro -
Memória e Estilo
M aércio S iqueira
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___ JffeylMfti
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__ ií^ íu m __
In s titu to C u ltu ral do C ariri
brar: "Isso de lembrar apresenta aspectos por vezes misteriosos"(p. 43). Vale
dizer que não se trata de uma constatação sem uma profundidade de
compreensão. É preciso buscar em outro lugar o pensamento do autor
a respeito dessa faculdade da mente humana, dissertação que se nos
apresenta inevitavelmente com linguagem filosófica, em um trecho de
um texto intitulado "Limites imaginários", extraído do blog alimenta
do pelo autor:
Três conceitos principais indicam limites à Consciência,
quais sejam: passado, presente e futuro. Passado não
mais existe, porém dada a função da memória, esta pre
serva sua virtual existência a ponto de criar significados,
sendo em muitos a razão fundamental da sobrevivência,
lá onde ficaram guardadas as fases da vida que se foi,
os pretensões lucros do sucesso, amores, vitórias, via
gens, festas, etc. Lembranças favoráveis, ou decepções,
estas que acarretam os gatilhos que, ao disparar, vez em
quando, geram sofrimento, depressões e metabolismos
doentios. Bom, ainda que o passado suma na longa es
trada dos dias que ficam pra trás, sujeitam dominar o ter
ritório mental e reverter o quadro atual a mera ausência
onde deveria habitar todo tempo o presente definitivo,
(http://monteiroemerson.blogspot.com.br/2017/02/
limites-imaginarios.html)
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____Jfffirarifti
I n s titu to Cultural do Cariri
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r
v J
7 .0 Gosto de Escrever
E merson M onteiro
esde menino, ali pelos doze, quatorze anos, que venho tan
gendo esse gosto pela palavra. Primeiro, o prazer de ouvir os
versos populares lidos pelos operários; adiante, as histórias de
reinos e fantasia, dos contos orientais. Tia Risalva, irmã de meu pai,
me presenteava com livros dessa natureza, pois sabia de meu interesse
nos temas. Depois, o interesse que minha mãe despertou nos filhos de
gostar de ler os clássicos. Em casa havia o Tesouro da Juventude, emble
mática enciclopédia destinada aos adolescentes, e as obras completas
de Machado de Assis, José de Alencar, além de livros de literatura
geral, brasileira e estrangeira.
Nos colégios, as redações. Lembro o professor que me motivou
a escrever, Newton Holanda Gurgel, Padre Newton, posteriormente
bispo da Diocese do Crato. Nesse tempo da quarta série ginasial, co
meçamos, eu e Miguel Lobo, a fazer um jornal mural no Colégio Dio
cesano, O Bacamarte, de saudosa memória.
No Curso Científico, além do Monsenhor Montenegro, o profes-
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__ lí^EDEl
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H C
ADVOGADOS ASSOCIADOS
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____Jfoyftaw ____
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elite mandando, o povo sendo dominado. Tudo através das sutis arti
manhas do direito.
A pessoa etérea, chamada de Estado, que somos ensinados a
amar, respeitar e doar nossas próprias vidas em seu favor, é na verda
de uma complexa teia de relações interpessoais, por meio da qual se
mantém e reproduz o modelo de dominação da minoria pela maioria.
Essa teia de relações é bem mais poderosa, por sinal, que o puro do
mínio das armas, pois acima de tudo compreende as facetas da ide
ologia, mecanismo capaz de convencer que é natural a exploração e
necessário o sacrifício da maioria; coisas que a força jamais seria capaz,
convenha-se. Não se pode negar a genialidade oriunda da vida so
cial humana. A propósito, há estudos complexos na seara da história
e da sociologia, que desmistifica em detalhes essa evidência, como é o
exemplo da referencial obra de Norbert Elias, sequenciada por deze
nas de outros geniais pensadores.
Apesar de chocante, compreender o Estado como um elemento
de dominação ajuda a entender a intricada realidade nacional. Não
se trata, esclareçamos, propriamente de um domínio de certas pesso
as, mas o fruto necessário da intricada rede de inter-relações existente
entre todos os habitantes da sociedade (no mundo globalizado, pode
riamos dizer, de todo o planeta, quase). As relações de poder, a legi
timidade da representação, a ideia de democracia e a necessidade de
instituições que personalizem o Estado são tudo isso fruto dessa teia.
O fato é que, por esse prisma se consegue enfim apreender que
o Congresso Nacional, o Presidente da República e seu staff, e mesmo
os juizes da Suprema Corte nacional não são, nem poderão ser, nem
se pretenderam de fato a ser jamais os representantes da populaça,
humilhada e derrotada pelo poder que detém desde as mais remotas
origens da história. Representam para a nação posições que de fato
não defendem e ao cabo somente pretendem manter os privilégios que
desde sempre foram titulares.
É preciso moralizar o país, mas não à custa do fim dos supersalá-
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I n s titu to Cultural do Cariri
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9. Assassinato do Capitão
José Gonçalves Bezerra
F ernando M aia da N óbrega
9.1. Antecedentes
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_______ ü E j f f i g g g
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_______K r T f f r e r e i
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____ Jfayfcnw
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Notas:
01 - João Xavier de Holanda - Polícia Militar do Ceará em Meio
Século de República939 Vol. 3 pág. 47. Editora Inesp. Fortaleza 2003.
02 - Otacílio Anselmo e Silva. Brejo Santo sua história e sua gente
- A Tragédia de Guaribas pág.190. Secretaria de Educação do Estado do
Ceará. Fortaleza 1981.
03 - N.A. A relação completada dos componentes da volante po
licial nos foi fornecida pelo sargento Eugênio Cesário da Silva, na cida
de de Juazeiro do Norte CE, em 1981. Em 1937, Cesário era soldado
da Polícia Militar e esteve presente no massacre dos policiais.
04 - João Xavier de Holanda, O. c.pág.58.
Bibliografia:
HOLANDA, João Xavier. Polícia Militar do Ceará em meio século de
república 1889-1939Fortaleza. Editora INESPA,2003
SILVA, Otacílio Anselmo. Brejo Santo sua história e sua gente -
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___ Jfr.yitiJfci___ _
In stitu to C u ltu ral do C ariri
C a p it ã o J o s é B e z e r r a B ea to J o sé
L ouren ço
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« M M IfiÉ l
publica seu llvib (e ouiros Impressos)
slpaitir de cem exemplares cem répísiro ISISW /ISSK.
l: reços à vista cem desceme eu em pagamentos parcelado^;
Redação: IMa dose Carvalho. 'ib'ü - teL (88) aé^|.a'ieü - 88s|87-1
CIER:'83.®j&Ü -Grato -CIE - a provin c ia e d ito ra @ s a p o .pt
10. Joaquim Pinto
Madeira
F ernando M aia da N óbrega
10.1. Antecedentes
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_iísjtmBi
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____ÜBSÍHE____
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Notas:
01 - Irineu Pinheiro. História do Cariri volume I capítulo Io ao 5o
pág.77. Faculdade de Filosofia do Crato. Crato-CE 1964.0 abalizado
autor afirma: O Capitão de Ordenanças - Joaquim Pinto M adeira fo i quem
comandou aescolta que conduziu os presos do Crato para Ico.
02 - Simone de Sousa. H istória do Ceará pág.148. Fundação De-
mócrito Rocha. Fortaleza- CE. 1994
03 - Irineu Pinheiro. Joaquim Pinto M adeira págs. 51/52. Impren
sa Oficial do Ceará. Fortaleza 1946.
101
____iífey/Mifci
In stitu to C u ltu ral do C ariri
Bibliografia:
Pinheiro, Irineu. Joaquim Pinto M adeira. Imprensa Oficial do Ce
ará. Fortaleza 1946
Pinheiro, Irineu. Imprensa Oficial do Ceará. Fortaleza 1963.
Pinheiro, Irineu. H istória do Cariri vol. I e 3. Faculdade de Filoso
fia do Crato. Crato- CE 1966.
Souza, Simone de. H istória do C e a r á / Coordenação. Fundação
Demócrito Rocha. Fortaleza, 1994.
fernando_nobregalO@hotmail.com
102
11.0 Primeiro Advogado do
Cariri Cearense: Dr. Manuel
de São João Madeira
H eitor F eitosa Macêdo
1Na opinião do Padre Antônio Gomes de Araújo, o dr. Manuel de São João Madeira “foi o primeiro
colono a exercer a profissão de advogado neste Cariri", onde teria fixado residência no Riacho do
Ouro (Barbalha) “no fimda primeira metade do século XW//” (ARAÚJO, Padre Antônio Gomes de, A
Cidade de Frei Carlos, Crato, Faculdade de Filosofia do Crato, 1971, p. 43).
103
____Jifcyiw jfíL__
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____ JíKTjtfrargsi
In stitu to C ultu ral do C ariri
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In stitu to Cultural do Cariri
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Instituto Cultural do Cariri
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São João
das Lampas V J m s erva /
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Tejo
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383 km
Lisboa^
Montijoi
Oeiras
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F i g u r a 2 . M a pa q u e in d ic a a p r o x im id a d e d e L is b o a e a c id a d e d e M o n t ijo ,
ANTIGAMENTE CHAMADA D E Al-DEIA GALEGA DO RlBATEJO (FO N TE: G O O G LE EARTH,
d is p o n ív e l e m : < h t o >s :/ / w o t .g o o g l e . c o m .b r / m a i >s / d i r / L ís b o a , + P o r t u g a l /
M o n t ijo , + P o r t u g a l / @ 3 8 .8 2 6 4 4 0 4 , - 9 .3 2 2 4 0 0 6 , 1 0 z / d a t a = ! 3 m 1 !4 b 1 !4 m 1 3 !4 > . A c e s s o
em : 0 3 / 0 1 / 2 0 1 6 ).
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I n s t i t u t o C u lt u ra l d o C a riri
14 STUDART, Guilherme, Notas Para a História do Ceará, op. cit., p. 409.0 naturalista inglês, George
Gardner também registrou a dita expressão: “cu/70S0’ (GARDNER, George, Viagem ao Interior do Brasil:
principalmente nas províncias do Norte e nos distritos do ouro e do diamante durante os anos de 1836-
1841, São Paulo, Editora da Universidade do São Paulo, 1975, p. 197). Sobre o uso do referido termo,
ver: CABRAL, Tomé, Dicionário de Termos e Expressões Populares, Fortaleza - Ceará, Instituto Cultural
do Cariri, 1972, p. 277. Ver também: GIRÃO, Raimundo, Vocabulário Popular Cearense, Fortaleza-CE,
Imprensa Universitária, 1967, p. 99.
15 Os rábulas eram pessoas não formadas em direito que exerciam as funções de advogado, citados
sob esta denominação desde o tempo da antiga civilização romana. No Brasil, o Estatuto da OAB de
1963 regulamentou a referida atividade, porém, o Estatuto subsequente, de 1994, veio a extinguir a
figura do rábula.
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11.5.0 Atrativo das Minas de Ouro de São José dos Cariris Novos
16 BLUTEAU, Padre D. Raphael, Vocabulário Português e Latino, Coimbra, Real Colégio das Artes da
Companhia de Jesus, MDCCXIII (1713), p. 301.
17Arquivo da Universidade de Coimbra (Disponível em: <http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=182460>.
Acesso em 03/01/2016).
18Arquivo da Torre do Tombo, Portugal (disponível em: <http://digitarq.arquivos.pt/details?id=1917095>.
Acesso em 16/11/2015, às 12h55min).
114
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___ lím fiü m ___
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
F i g u r a 2 . M a n u s c r it o s o b r e a p o s s e d o d r . M a n u e l d e Sâo M a d e i r a n o cargo d e
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I n s t it u t o C u ltu ral do Cariri
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___ lísyiojjfcj___
I n s t i t u t o C u lt u ra l do C a riri
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____ lífeylifüifei
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__iftyizoífc]__
In s titu to C u ltu ral do C ariri
24 ALENCAR, Odálio Cardoso de, Origens do Cariri (13 Parte), 1ê Edição, Fortaleza - Ceará, 1988, p.
21 e 22.
25 Ibidem, p. 45. É aparentemente contraditório falar na escassez de advogados no Cariri e, ao mesmo
tempo, apontar que alguém pudesse ser assistido por seis advogados, concomitantemente. No entanto,
isto deve ser visto com cautela, pois, aos ricos, era perfeitamente possível trazer advogados de outras
paragens. Além disso, a escassez de que falamos refere-se ao lugar de residência/domicílio dos advo
gados bacharéis em Direito.
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___ líBÇÍHH___
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Decerto, por ter sido patrono da dita causa, o dr. Manuel Madei
ra deveria receber seus honorários advocatícios, sendo provável que
tal pagamento tenha sido feito não em dinheiro, mas em terra, pois,
coincidentemente, ele foi residir numa parte da referida área disputa
da, o Riacho do Ouro (circunscrito pelo atual município de Barbalha),
encravado nas primitivas propriedades dos Mendes Lobato.
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38 ALEMÃO, Francisco Freire, Diário de Viagem de Francisco Freire Alemão, Fortaleza, Fundação Wal-
demar Alcântara, 2011, p. 286 e 287.
39PINHEIRO, Efemérides do Cariri, p. 118.
40 FIGUEIREDO FILHO, J. de, História do Cariri, Volume III, Crato - Ceará, Faculdade de Filosofia do
Crato, 1964, p. 42.
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___ JÍ&yiGmi___
In s t it u t o Cultural do Cariri
Referências Bibliográficas:
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____jJfcyÍGâífc!___ _
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127
____ JíE ffin ra i
In stitu to C u ltu ral do C ariri
D ocum entos:
A R Q U IV O H ITÓ R IC O U L TR A M A R IN O , C O N SEL H O U L
TR A M A R IN O , B RA SIL - C EA RÁ , 1753, agosto, 8, M inas de São José
dos C ariris N ovos: C A R TA do [capitão com and ante e intend ente das
m inas dos C ariris N ovos], Jerônim o M endes da Paz, ao governad or
de P ernam buco, Luís Jo sé C orreia de Sá, sobre as m inas de São José
dos Cariris. A H U -C E A R Á , cx. 5, doc. 39. A H U _A C L _C U _006, Cx. 6.
DO C. 368.
128
___ Jfayffeira
In s t it u t o Cultural do Cariri
Sites:
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____JfeyfcHfti
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12. A Lenda sobre a Morte
do Capitão-Mor do Crato/
CE José Pereira Filgueiras
H eitor F eitosa Macedo
I
osé Pereira Filgueiras, apelidado de Sansão das Caatingas, o Bom41,
Napoleão das Matas, etc., é um desses magníficos sertanejos cuja
vida se prende a muitas lendas, sendo ele celebrizado pelo desem-
iho militar e pela chefia política que exerceu no então Sertão dos
Cariris Novos (Cariri cearense), sul do Estado do Ceará.
São vários os mistérios que envolvem a vida e morte do deno-
dado capitão-mor da Vila do Crato, José Pereira Filgueiras, contudo,
pouco a pouco, algumas dessas dúvidas vão, felizmente, se dissipan
41 Este apelido fora dado ao capitão-mor José Pereira Filgueiras na então Província do Maranhão,
quando marchava sobre este território comandando o exército expedicionário contra as tropas
portuguesas gue continuaram leais à Coroa portuguesa e, por isso, contrárias à Independência do
Brasil (ALEMAO, Francisco Freire, Diário de Viagem de Francisco Freire Alemão, Fortaleza, Fundação
Waldemar Alcântara, 2011, p. 234).
___ lí t y íim ___
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
42ARAÚJO, Padre Antônio Gomes de, A Cidade de Frei Carlos, Crato - CE, Faculdade de Filosofia do
Crato, 1971, p. 29.
43ARAÚJO, Padre Antônio Gomes de, Povoamento do Cariri, Crato - Ceará, Faculdade de Filosofia do
Crato, 1973, p. 71 e 128.
44 PINHEIRO, Irineu, Efemérides do Cariri, Fortaleza, Imprensa Universitária do Ceará, 1963, p. 52.
45 PINHEIRO, Irineu, Um Baiano A Serviço do Ceará e do Brasil, In Revista do Instituto do Ceará,
Fortaleza, Ano LXV, 1951, p. 06.
46 ARAÚJO, Bernardino Gomes de, Crônica de Missão Velha, In jornal O Araripe, Ano III, N5142, Crato
- CE, 8 de maio de 1858, p. 03.
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____________________
I n s t it u t o Cultura l do Cariri
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____ Jífeylifdifti
In stitu to C u ltu ral do C ariri
58Id.
59lb „ p. 273.
60lb., p. 228.
61 to., p. 191.
62 to.,p. 213.
63 Dona FranciscaTeodora, esposa do sargento-mor Alexandre Correia Arnaud, era irmã do capitão-
mor Jçsé Pereira Filgueiras (ARAÚJO, Povoamento do Cariri, op. cit., p. 26 e 27).
M BRÍGIDO, João, Ceará: Homens e Fatos, Fortaleza - CE, Edições Demócrito Rocha, 2001, p. 117.
65Idem, p. 117.
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_______J Í E T f f i S r a i
In stitu to C u ltu ral do C ariri
Foi a partir desse momento que José Pereira Filgueiras passou a ser o
indivíduo mais popular do Cariri, tornando-se uma espécie de mito65.
Porém, os anos seguintes colocariam essa fama de Filgueiras à prova,
com as rebeliões e revoluções desencadeadas no sertão.
Estes movimentos revolucionários tiveram início em 1817, quan
do as idéias iluministas chegaram ao Cariri, promovendo a proclama
ção da Independência e da República, que duraram apenas oito dias
(do dia 3 ao dia 11 de maio), no entanto, apesar de o capitão-mor do
Crato José Pereira Filgueiras ter, aparentemente, apoiado o movimen
to revolucionário, terminou se colocando contra a efêmera República
sertaneja, ajudando a derrotá-la.
Entre os anos de 1822 e 1823, antes mesmo que a notícia do grito
da Independência tivesse chegado ao Cariri, José Pereira Filgueiras,
juntamente com Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, já havia pro
movido a autonomia daquela parte do Brasil, e, não bastasse, foi ao
Piauí e Maranhão guerrear pela Independência, sendo que neste úl
timo lugar, em Caxias, sitiou e rendeu o sargento-mor José da Cunha
Fidié, comandante português que se mantinha leal à Corte lusitana.
Pelo desempenho de Filgueiras nesta campanha, muitos julgam que
ele era o verdadeiro merecedor do título de Marquês do Maranhão e
não o Lord Cochrane66, que pouco fez nesta ocasião e, mesmo assim,
ficou com os louros da vitória.
No ano seguinte, em 1824, já na qualidade de independentista
convicto, José Pereira Filgueiras, no alto de seus 65 anos de idade67,
findou abraçando a causa republicana durante a Confederação do
Equador, quando tomou a capital do Ceará e instalou a referida forma
de governo. Todavia, com a derrocada do movimento, Filgueiras se
entregou no Sítio Tabocas, no atual município pernambucano de Exú,
65/dem, p. 117.
66ARAÚJO, Povoamento do Cariri, op. cit., p. 130.
67 PINHEIRO, Irineu, Um Baiano A Serviço do Ceará e do Brasil, op. cit., p. 26.
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68BRÍGIDO, op. cit., p. 493. Ver também: PINHEIRO, Efemérides do Cariri, op. cit., p. 85.
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___ lís p íS E ___
I n s titu to Cultural do Cariri
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___ i f a y f n i wi
In s titu to C u ltu ral do C ariri
movidos por seu ideário político, ou, simplesmente, por ouvirem falar,
e os transcreveram em suas obras.
Com tantas versões controversas sobre sua história, sempre me
liguei ao valor dos fatos baseados na documentação de fontes pri
márias e nos acontecimentos relatados por meus ascendentes, o que
sempre me impulsionou a ir mais fundo na análise da historiografia
publicada até hoje. Os valiosos recursos advindos da internet têm me
facilitado a pesquisar e analisar muitos documentos originais, o que
me permite expor alguns fatos o mais próximo da verdade, principal
mente, os que ocorreram com meu tetravô, o capitão-mor José Pereira
Filgueiras, há quase duzentos anos, quando de sua participação na
Revolução Pernambucana de 1817, na expedição de auxílio ao Piauí
e ao Maranhão, em 1823, na Confederação do Equador, em 1824, e na
sua breve sobrevivência no território mineiro.
Aproveito para ressaltar, aqui, o valor dos notáveis historiado
res que mais me tocaram fundo quando citaram meu tetravô em suas
publicações: Guilherme Studart (Barão de Studart), Carlos Studart, Iri-
neu Nogueira Pinheiro, Paulino Nogueira Borges da Fonseca e seu fi
lho, João Nogueira, Padre Antônio Gomes de Araújo, Gustavo Barroso
e Armindo Guaraná. A eles, nossos eternos agradecimentos.
Heitor: Você está escrevendo uma obra em cjue esse seu ancestral figu
ra como objeto de estudo? Nos fale um pouco sobre isso!
Cecília: Seguindo o exposto na terceira resposta, decidi escre
ver a história de nosso patriarca, o capitão-mor José Pereira Filgueiras,
tendo, por principal objetivo, resgatar sua história, narrando os acon
tecimentos o mais próximo da verdade. Seria uma forma de poder
homenageá-lo, principalmente, por sua incansável luta por um Brasil
mais justo e soberano.
No livro, registro também a genealogia dos Filgueiras no estado
de Minas Gerais, tendo como tronco meu tetravô, José Pereira Filgueiras.
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do, pelos seus deveres de militar, fiel ao regime monárquico (pois, até
aquele momento, nunca tivera motivos para deixá-lo de ser), a fazer a
contrarrevolução no Crato.
Seria a melhor opção abraçar a causa republicana assim, tão de
repente? O que garantiría a segurança da população sob sua respon
sabilidade militar e civil, já tão sacrificada pelas agruras da vida, a se
entregar a combates sangrentos naquele momento? E, caso desobede
cesse a Coroa, estaria cometendo crime de lesa-majestade, seria puni
do gravemente e, certamente, perdería sua patente militar.
Quanto a sua participação nos movimentos em favor da Inde
pendência, principalmente quando foi designado para comandar a
expedição de auxílio ao Piauí e ao Maranhão, é de conhecimento de
todos nós que a Independência foi, naquelas províncias, consolidada
graças aos heroicos esforços despendidos pelas tropas do exército sob
seu comando, quando derrotaram as tropas do major Fidié em Caxias,
no dia 31 de julho de 1823. Nesse dia, recebeu a famosa carta de D. Pe
dro I, datada de 16 de abril de 1823, que lhe concedia o posto de gene
ral do exército expedicionário em defesa da Independência do Brasil.
Embora monarquista, sofreu influência dos independentistas e,
em 9 de janeiro de 1824, aceitou sua nomeação para comandante das
armas de todas as forças provinciais pelos camaristas, nobreza, povo e
clero na Vila de Campo Maior de Quixeramobim. Após o golpe impe
rial que dissolveu a Assembléia Constituinte, em novembro de 1823, e
a outorga da primeira Constituição do Brasil, em 25 de março de 1824,
o comandante das armas, José Pereira Filgueiras, se entregou, de cor
po e alma, à causa republicana da Confederação do Equador.
José Pereira Filgueiras era um militar nato. Porém, quando elei
to para o posto de capitão-mor, e ao jurar fidelidade ao governo portu
guês, tinha plena convicção de suas responsabilidades militares e civis
perante os membros de sua jurisdição. Como sabemos, desde o Brasil
colonial, as forças armadas brasileiras tinham, por funções, proteger os
domínios da Coroa e auxiliá-la na sua administração governamental.
14.3
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Studart Filho: [...] no que tange ao levante do Cariri, faltou a ambos os his
toriadores, (ao se referir ao Padre Francisco Muniz Tavares, um dos
presos da rebelião na Bahia e ao Padre Dias Martins) a serena imparciali
dade e a tolerância, apanágios indispensáveis ao verdadeiro historiador; ambos
molharam a pena nofel do despeito [...].
No segundo texto, o historiador sergipano, Dr. Armindo Gua
raná, ao escrever a biografia de José Pereira Filgueiras (que conside
ro a mais fidedigna dentre todas as que tive acesso), cita as seguintes
palavras de um opúsculo publicado no ano de 1823, pelo Governador
das Armas do Maranhão, o capitão Luiz Salgado de Sá e Moscovo:
" Enquanto o buril da História não grava, em brilhantes páginas, o herói
dos Aracatys, assinando o lugar iminente que o imortal Filgueiras deve ocu
par ao daqueles que mais trabalharam para quebrar os ferros que oprimiam
sua pátria, mando imprimir os "Artigos d'Ofício da junta da Delegação das
Províncias do Piauhí e Ceará. Por eles, conhecerá o público, a prudência, a
moderação e a sabedoria com que se comportaram, em negócios tão difíceis,
os homens probos que compunham aquela respeitável reunião de brasileiros
ilustres, brilhando, no meio deles, como um astro luminoso, o Comandante em
Chefe, o Sr. José Pereira Filgueiras".
Para não me alongar mais na defesa de seus méritos, pois a fa
rei no livro que pretendo publicar no próximo ano, enumero aqui os
postos militares e políticos para os quais José Pereira Filgueiras foi
empossado: Tenente Coronel do Regimento de Cavalaria Miliciana
dos Cariris Novos - patente confirmada em 20/06/1796; Capitão-mor
de Ordenança da Vila do Crato - patente confirmada em 19/11/1799;
Presidente da Junta Governativa do Ceará - eleito em 16/10/1822;
General das Forças Expedicionárias em Socorro ao Piauí e ao Mara
nhão -16/04/1823; e Comandante das Armas da Província do Ceará
- 09/01/1824
146
____________________
I n s t it u t o Cultura l do Cariri
Referências Bibliográficas:
Documentos:
147
In stitu to C u ltu ral do C ariri
Entrevistada:
148
13. Quem disse que o
Ceará não participou da
Revolução Pernambucana
de 1817?
H eitor F eitosa M acêdo
F ig u r a 5 . O uvidor - g era l d o CE J o Ao A n t ô n io
R o d rig u es de C arvajlho. P rincipal a r t ic u l a d o r da
v e r M in is t r o . a s p ? p e r io d o = s t j & i d = 2 6 0 > . A c e s s o em
2 9 / 0 4 / 2 0 1 7 ).
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____ ÍÍEjSÍísJls!____
In s titu to C u ltu ral do C ariri
151
____ Jfoyfisifti
In s titu to C u ltu ral do C ariri
A ssim , A m ad o JE SU S
C am in harei altaneiro
Sei que estarás no com an d o
D este hu m ild e parceiro
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In stitu to C u ltu ral do C ariri
155
Escola Técnica de Comércio da A.E.C.C
Cem anos de História
Promovendo a educação no Crato e no Cariri
I N.
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I 1? I p P ; : 8 s : gffS |L^ i
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v' < tf í
I - Castelos de Areia
saudades que ainda hoje mexem com as fibras do coração, quando so
zinho ponho-me a lembrar tudo aquilo. É então que me pergunto por
que tem de ser assim. Os meninos ficaram por lá como siris insistindo
a morar na areia com cheiro de maresia. Por que os nossos filhos cres
cem e continuamos a amá-los como se ainda fossem crianças, como se
eles não tivessem vida própria, o que só aceitamos na marra, quando
seu itinerário se impõe e comanda, independente de nosso querer?
Pais e mães ficam babacas com as peraltices dos filhos e de
cantam suas travessuras para os amigos, em suas presenças, como
se somente eles fossem capazes de realizá-las. As visitas vão embora,
termina a festa, as crianças adormecem e nós ficamos contando camei-
rinhos, buscando adormecer também.
O tempo vai tangendo para longe de nós as nossas alegrias e
depositando no vazio o tesouro das tristezas acumuladas, até que um
dia voltamos à praia de nossos meninos, tentando rever os castelos de
areia que fizemos com eles naquele tempo... E só aí constatamos que
as ondas levaram todos, pois não passavam mesmo de belos castelos
de areia...
Então acordamos sentindo a face molhada com gosto de sal, que
não é das ondas do mar, é das mágoas em ondas que a vida nos deixa.
Das 8.760 horas deste ano, gastei apenas 730 com a leitura, a
mais útil de todas as atividades do homem alfabetizado.
Lamento não haver gasto um maior número e as ter desperdiça
do conversando besteira e ouvindo lorotas nos bares e praças e esqui
nas por onde andei e parei. Na bolsa de valores das letras, os clientes
são agiotas, assim como nas demais. Se você cochilar, o prejuízo é certo.
Ninguém quer perder olhos nem ouvidos, vendo ou escutando papo
furado de quem não conhece a língua que fala. De todo esse tempo,
que não foi em vão, me restou certeza de que um dos bons proveitos
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____U ^ ígüri____
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III - A Inveja
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____LÍR^ECfil___
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líb y l& M
16. A Epopéia
Dom Luís Antônio dos
Santos no Ceará
A rm ando L opes R afael
“Passou,
Como tudo passa
E algo em tudo que passa, fica ”
(de uma letra de Virgínia Victória da SilvaJ
15.1. Preâmbulo
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____jífcyftsrai
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Instit u to Cultural do Cariri
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I n s t it u t o Cultura l do Cariri
quele tempo, todo escrito era feito manualmente, com a pena sendo
mergulhada na tinta, e as palavras escritas sendo enxugadas porum
mata-borrão. Mesmo assim, Dom Luiz encontrava tempo para essa
atividade manual extenuante, em meio às suas cansativas atividades.
Ele nunca visitou uma paróquia sem antes escrever, com muita ante
cedência, para o vigário da freguesia, orientando todos os passos para
a suavisita pastoral.
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Bibliografia:
Artigos:
167
____iíBffErei
I n s t i t u t o C u l t u r a l do C a r i r i
Pesquisas na Internet:
168
17. Manoel Patrício de
Aquino (Nezim)
R oberto J amacaru de Aquino
a) Criação da bandeira;
b) Elaboração do brasão;
c) Autoria da letra do hino;
d) Leiaute do diploma;
e) Construção da sede própria...
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____UfôSjfôBi!____
I n s t it u t o C u ltu ral do Cariri
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___ JíEylRrai
I n s t it u t o Cultural do Cariri
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18.0 óbvio nem sempre
é a realidade
Maria V irgínia Gomes L acerda
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19. Sobre a biblioteca
do ICC e a perturbadora
permanência de seu fim
I sabel C ortez
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____ ií« $ t f H 3 r !____
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In stitu to Cultural do Cariri
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in s t i tu t o Cultural do Cariri
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__ H n y ív á M __
In s titu to C ultu ral do C ariri
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Hotel
O Vbrisahotel
© brisahotelcrato@gmail.còm
20. Descompasso
E désio B atista
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AS VIAGENS EH
SÓ DESTINO!
PACOTES TURÍSTICOS
EMISSÃO DE PASSAGENS
TERRESTRES
AÉREAS
HOSPEDAGENS EM HOTÉIS
TRANSLAD O
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___ lí?0^íi339___
I n s titu to C u ltu ral do C ariri
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C U R R IC U L U M V ITA E
01 - FORMAÇÃO
02 - EXPERIÊNCIAS DE TRABALHO
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In s t i t u t o C u ltu ra l do C ariri
04 - PUBLICAÇÕES
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___ Jlfeyifcüft]___
I n s t it u t o Cu ltu ral do Cariri
Chego até aqui movida pela emoção e pela surpresa de ter sido
convidada a participar do Instituto Cultural do Cariri (ICC), do qual,
efetivamente, farei parte a partir deste momento, ocupando a cadeira
de Vicência Garrido. Posto o desafio, resta-me, presentemente, en
contrar palavras que me possibilitem transcrever meu pensamento,
moldado nessa tecelagem que o texto incorpora. Faço-o em nome de
uma limpidez paradoxalmente complexa, que me conduz a viver o
Crato, mais especificamente em seu seio cultural e me põe a compor
este meu escrito como um pintor que dispõe as cores em sua paleta
de possibilidades.
O tempo fez suas molduras de seda por sobre a História de
nosso povo e transformou as palavras num tecido representativo de
nossa própria vivência, Dessa forma, sentimo-nos afetados em nos
sa sensibilidade através de uma retórica emocionada, abrindo espaço
para que a própria noção de cultura se transforme em objeto de re-
-elaboração permanente. Tudo isso está latente nas palavras que pro
ferimos e das quais farei uso neste momento.
Lendo sobre a vida de Vicência Garrido, que ocupou antes de
mim esta Cadeira de número 24, independentemente de acreditarem
ou não, encontro nela o toque do Criador, pois é este o elemento mais
presente em sua jornada terrena: o amor. Todos buscam um sentido
para suas vidas, mas, enquanto o procuravam, ela soube transformar
seus passos e atos em manifestações de amor ao próximo. E aí fica en
tendido o amor como algo mais amplo do que o simples ato de gostar.
Estão escritas no artigo de João Lindemberg de Aquino, publi-
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Instituto Cultural do Cariri
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Institu to Cultural do Cariri
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In stitu to C ultu ral do Cariri
morte?
Antonio Luiz Barbosa Filho, a quem sucedo nesta academia,
nasceu no Araripe, Ceará,em 12 de fevereiro de 1926. Residiu no Cra-
to desde os 8 anos de idade para estudar no Colégio Diocesano. Tra
balhou, como contínuo, na maior e mais antiga instituição financeira
do nosso país, o Banco do Brasil. Pouco tempo depois, por meio de
umamerecida aprovação, passou a ser fiscal da carteira agrícola, exer
cendo uma carreira promissora.
Destacou-se como intelectual, latinista de elevado conhecimen
to, formação humanista com grande incentivo ao convívio social do
Crato. Sempre esteve presente nos grandes momentos da nossa ci
dade. Foi amigo íntimo, solidário e fiel do Dr. Antônio José Gesteira.
Para os seus familiares, nas palavras limpas e sensíveis do seu filho
Marcelo, foi assim definido: Homem tão ímpar foi um Cidadão de bem.
Homem íntegro como poucos o foram, Pessoa dobem, repleta de retidão no
caráter e compaixão pelo próximo. E não para por aí não: foi bom filho porque
foi atencioso e generoso com seus pais; foi bomirmão, porque, também na me
dida do possível, ajudou-os a se estabelecerem na vida.Além disso tudo, como
se não bastasse, não se pode olvidar, muito principalmente da figura dePai
exemplar que cativou e cultivou muita admiração, respeito e carinho em seus
quatro filhos(como ele próprio dizia): Antenor, Aneliza, Lula e Marcelo e de
um quinto filho que a vida lheconcebeu, seu genro Rommel Farias.
O Instituto Cultural do Cariri (I.C.C) foi fundado em 18 de ou
tubro de 1953, com a finalidade de incentivar o estudo das ciências, le
tras e artes em geral, e especialmente da História e da Geografia Política do
Cariri. O Crato comemorava o seu centenário de elevação à categoria
de cidade. Um grupo de intelectuais resolveu perpetuar os fatos mar
cantes da história e da cultura do município, não apenas" com festas,
fogos, banquetes e outras manifestações de cunho transitório", mas
com fatos permanentes que difundisse a cultura intelectual entre os
seus habitantes. Seria a criação de uma sociedade que cultivasse nossas
letras, estudasse nossos costumes e nosso folclore, averiguasse as origens de
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Francisco Carvalho
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Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas.
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Emílio Moura
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1973. Stênio Diniz expõe pela primeira vez em Brasília. Debates, tea
tro, cinema, artes plásticas, música... tudo sobre a influência do cordel
na Cultura Brasileira. Na exibição do filme Deus e o Diabo na Terra
do Sol, de Glauber Rocha, recebemos ordens, já com o auditório da
Reitoria lotado, de não exibir o filme...Dias depois nossa casa em So-
bradinho é invadida pela Policia Federal. Nosso grupo todo é preso, e
todas as pessoas envolvidas com a Semana do Cordel. Muitos foram
barbaramente torturados e depois exilados. Eu estava com Alexandre
Ribondi em Belo Horizonte, uma amiga que havia escapado nos avisa
e fugimos pelo Rio São Francisco em um vapor, a partir de Pirapora
até Juazeiro das Bahia...Sete dias de viagem em direção ao Nordeste,
ao Cariri.
Em 1973, no Rio, José Wilker fazia A China é Azul, no teatro;
participou das novelas Cavalo de Aço e Ossos do Barão, na TV Globo e
trabalhou como ator, também no filme Deliciosas traições do Amor.
Ao chegar ao Cariri fico no Crajubar, aguardava uma forma
deir para o Chile. Dia 11 de setembro os militares derrubam Salva
dor Allende, e tomam o poder... Vou ficando por aqui... Me engajo
com o Grupo de Artes Por Exemplo, fazemos teatro, promovemos a
Salão de Outubro e fizemos o filme em Super 8 Profana Comédia, com
fotografia de Pedro Ernesto Alencar, roteiro de Rosemberg Cariri e eu
na produção e montagem... No grupo Jackson Bantim, Mício Duarte,
Rosemberg Cariri, Dede, Celia Teles, Glória Tavares, Mila e Fátima,
Zulene e Socorro Sidrim, Célia Lima, entre outros. Participo do Fes
tival Regional da Canção com a musica Comoda-Ação, com o Grupo
Matulão, formado com Renato Dantas, Luiz Fidelis, Cicero Fidelis e
Valmi Paiva. Empatamos com Abidoral Jamacaruno primeiro lugar...
Neste período trabalho com Eudoro Santana, na CECASA, na criação
de novos modelos de ladrilhos e na LUNASA. Logo a seguir, em 1975
sou convidado para ser o cenógrafo do filme Padre Cicero, de Helder
Martins, o meu primeiro trabalho como profissional de cinema... Vou
embora com a equipe para o Rio. Volto dois meses depois para acertar
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a saída do Cariri. Caso com Célia Teles. Pouco depois sou sequestra
do, preso e encaminhado para a Bahia. Havia sido julgado à revelia e
condenado a seis meses de prisão na Lei de Segurança Nacional, por
minha participação na luta contra a ditadura militar. Meu pai con
segue com advogados me libertar 40 dias depois, sendo o primeiro
preso político no Brasil a conseguir prescrição de pena pela Lei de
Segurança Nacional..
No ano de 74 Jose Wilker faz as novelas Corrida do Ouro e A
Cartomante, e os filmes Amor e Medo, e Ana, a Libertina, eram os tempos
do sucesso das pornô- chanchadas. Em 75 José Wilker se destaca e faz
sucesso na televisão como Mundinho Falcão na novela Gabriela e o fil
me O Casal. De 1976 a 1980 o garoto de Juazeiro, José Wilker explode
na televisão e no cinema com os maiores sucessos de sua profissão
de ator, em Anjo Mau e Plumas e Paetês, na TV Globo e os filmes Dona
Flor e Seus Dois Maridos, Xica da Silva, Batalha dos Guararapes e Bye Bye
Brasil, entre outros.
Livre da prisão volto para o Cariri, aqui faço a produção do
longa-metragem em super8 de Ronaldo Brito e Assis, Lua Cambará e a
cenografia do Globo Repórter, Juazeiro do PadimCiço, de Marcos Mar
condes. A seguir retorno ao Rio para retomar a carreira de profissio
nal de cinema, primeiro como cenógrafo, depois diretor de produção,
e diretor de arte. Em São Paulo para escrever o roteiro do que seria
um longa-metragem de ficção, com Hermano Penna sobre os aconte
cimentos do Caldeirão... Por conta da polícia do exército e da polícia
da aeronáutica não terem sido comunicadas sobre o cumprimento
da pena da LSN, sou novamente preso por mais um mês até provar,
em plenas férias do Judiciário, que havia cumprido a tal pena. Ao
sair, volto para o Rio e faço a cenografia e figurinos, junto com Marisa
Leão, do filme de Hector Babenco, Lúcio Plávio - O Passageiro da Ago
nia. Até 1980 fiz vários outros filmes no eixo Rio e São Paulo e ganhei
o Prêmio da Funarte para fazer como roteirista e diretor o curta me
tragem Dona Ciça do Barro Cru. Ao chegar a Anistia no Brasil, Miguel
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21.8. Homenagem
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Com humor, por vezes; drama, por outras; mas sempre com
perspicácia, honestidade e, sobretudo, amor pelas pessoas, a arte de
Emerson Monteiro demonstra através das suas linhas perfeitas o po
der transcendente de sensibilizar e de, partindo de detalhes cotidia
nos, iluminar a vida humana.
Mais uma vez o mestre se revela, e é com extrema satisfação
que o acolhemos e também ao produto valioso de sua mundividência,
para outra vez aprendermos e apreendermos a grandeza da crônica
humana, com toda sua complexidade e imperfeição, tornadas artisti
camente perfeitas na pena escorreita do autor.
Que cada linha das Histórias do Tatu seja absorvida com o mes
mo cuidado dedicado à sua escrita.
E assim, desejo a todos uma grandiosa leitura.
Flávio Morais
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