Tratamento Estatístico Instrumentação
Tratamento Estatístico Instrumentação
Tratamento Estatístico Instrumentação
ESTABELECIMENTO ESTATÍSTICO DE
VALORES DE CONTROLE PARA A
INSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS DE
TERRA: ESTUDO DE CASO DAS
BARRAGENS DE EMBORCAÇÃO E PIAU
ii
DEDICATÓRIA
iii
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer e compartilhar este trabalho com todos aqueles que colaboraram e
me apoiaram na sua conclusão.
Aos meus filhos Rafael e Isabel, pelas ‘cutucadas’, e ao meu esposo Arnaldo, pela
compreensão e apoio incondicional aos meus objetivos.
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
vi
Lista de Figuras
vii
Figura 3.4 Suavização de uma série temporal utilizando médias móveis (para valores
de r = 7, 14 e 21, respectivamente
Figura 3.5 Esquema de uma análise por redes neurais (Carrasco Gutierrez, 2003)
Figura 4.1 Valores de controle para a instrumentação (USACE, 2004)
Figura 5.1 Vista geral da Usina Hidrelétrica de Emborcação e da barragem principal
Figura 5.2 Seção transversal típica da barragem de Emborcação
Figura 5.3 Seção 1–Estaca 7 + 0,0: instrumentação de referência para as análises
Figura 5.4 Seção 2–Estaca 10+0,0: instrumentação de referência para as análises
Figura 5.5 Seção 3–Estaca 15+0,0: instrumentação de referência para as análises
Figura 5.6 Seção 2–Estaca 10+0,0: células de pressão total utilizadas nas análises
Figura 5.7 Seção 3–Estaca 14+28: instrumentação de referência para as análises
Figura 5.8 Localização dos marcos de deslocamento superficial
Figura 5.9 Rede de fluxo pela Seção 2 da barragem (DAM Projetos, 2006)
Figura 5.10 Piezometria dos medidores EMBTPH 207 e 104 e o nível d’água do
reservatório, mostrando diferença nas respostas às variações do NA
Figura 5.11 Comparação entre as cotas piezométricas do EMBTPH104 com a série
temporal suavizada dos níveis do reservatório
Figura 5.12 Comparação entre as cotas piezométricas do EMBTPT212 e a série
temporal dos níveis do reservatório
Figura 5.13 Comparação entre as cotas piezométricas do EMBTPT106 e a série
temporal dos níveis do reservatório
Figura 5.14 Reta de regressão do EMBTPH106, antes da retirada dos pontos
discrepantes
Figura 5.15 Análise dos resíduos da reta de regressão do EMBTPH106, antes da
retirada dos pontos discrepantes (saída automática do SAS)
Figura 5.16 Reta de regressão do EMBTPH106, após a retirada dos pontos
discrepantes
Figura 5.17 Análise dos resíduos da reta de regressão do EMBTPH106, após a retirada
dos pontos discrepantes
Figura 5.18 Série temporal das cotas piezométricas do piezômetro EMBTPH106
viii
Figura 5.19 Função de autocorrelação e de autocorrelação parcial para a série
diferenciada do EMBTPH106 (saída do SAS)
Figura 5.20 Previsões para leituras do EMBTPH106 através de método de séries
temporais
Figura 5.21 Evolução dos recalques medidos pelos marcos superficiais EMBTMS 120,
121, 122 e 123 ao longo do tempo
Figura 5.22 Detalhe (zoom) da figura anterior, mostrando a evolução dos recalques
mais recentes medidos para o EMBTMS 120
Figura 5.23 Comparação entre os gráficos de velocidade de recalque e sua média
móvel MM10 para o EMBTMS020
Figura 5.24 Médias móveis das velocidades de recalque para os marcos de recalque
superficial da barragem de Emborcação
Figura 5.25 Identificação dos marcos de recalque superficial que indicam estabilização
nas deformações
Figura 5.26 Relação entre poropressões e tensões totais para os instrumentos
EMBTPH208 e EMBTPT214 e 215
Figura 5.27 Faixas de comportamento para a Barragem de Emborcação
Figura 5.28 Fluxograma de análise preliminar dos dados da piezometria e tensões
totais para a Barragem de Emborcação por sistema informatizado de
gerenciamento da instrumentação
Figura 5.29 Fluxograma de análise preliminar dos dados de recalque para a Barragem
de Emborcação por sistema informatizado de gerenciamento da
instrumentação
Figura 6.1 Vista geral da Barragem de Piau
Figura 6.2 Planta baixa da Barragem de Piau
Figura 6.3 Seção típica e aspectos do sistema de drenagem interna da barragem
Figura 6.4 Obras executadas visando o controle das percolações da Barragem de Piau
Figura 6.5 Seção instrumentada na ombreira esquerda
Figura 6.6 Seção instrumentada no leito do rio – Estaca 2 + 00
Figura 6.7 Seção instrumentada no leito do rio – Estaca 3+00
Figura 6.8 Seção instrumentada na ombreira direita
ix
Figura 6.9 Análise de estabilidade para a seção de maior altura da barragem (DAM
Projetos, 2000
Figura 6.10 Localização da área úmida no pé da barragem
Figura 6.11 Gráfico de alguns instrumentos instalados na área em questão com os
respectivos limites de alerta determinísticos
Figura 6.12 Desobstrução da trincheira drenante e aspecto do material causador da
colmatação
Figura 6.13 Variação do nível do reservatório da barragem de Piau com o tempo
Figura 6.14 Distribuição das medidas de nível d’água do PIBTMN006 de acordo com
o mês do ano
Figura 6.15 Série temporal do PIBTMN006 e função senoidal ajustada aos dados
Figura 6.16 Boxplot para as cotas de nível d’água do PIBTMN006
Figura 6.17 Faixas de comportamento para a barragem de Piau5
Figura 6.18 Fluxograma de análise preliminar dos dados da piezometria e níveis
d’água para a barragem de Piau por sistema de gerenciamentoda
instrumentação
x
Lista de Tabelas
xi
Tabela 5.15 Verificação da autocorrelação dos resíduos para o EMBTPH106 (saída
automática do SAS)
Tabela 5.16 Modelos de previsão obtidos por séries temporais
Tabela 5.17 Previsões de recalque para a Barragem de Emborcação
Tabela 5.18 Alertas para mudanças nas velocidades de recalque da Barragem de
Emborcação
Tabela 5.19 Piezômetros associados às células de pressão total da seção2
Tabela 6.1 Parâmetros utilizados no modelo numérico desenvolvido pela DAM
Projetos (2000)
Tabela 6.2 Faixas de normalidade dos instrumentos (DAM Projetos, 2000)
Tabela 6.3 Comparação entre as variações do nível d’água dos reservatórios de
Emborcação e Piau
Tabela 6.4 Análise descritiva das cotas de nível d’água do PIBTMN006
xii
Lista de Símbolos, Nomenclatura e Abreviações
xiii
N Número de observações
υ Coeficiente de Poisson
NA Nível d’água
PC Piezômetro Casagrande
PH Piezômetro Pneumático Hall
p Ordem do processo AR
q Ordem do processo MA
r Ceficiente de correlação linear
rk Coeficiente de autocorrelação para séries temporais
RMSE Raiz do Erro Médio
SAS Statistical Analysis System
sen Seno
σ2 Variância
t Coeficiente de Student
tan Tangente
UHE Usina Hidrelétrica
USACE Unites States of America Corps of Engineers
Vt Velocidade de Recalque no tempo t
VV Vertedouro de Vazão
∆r/∆t Variação do Recalque com o Tempo
Zt Série Temporal
xiv
Lista de Anexos
xv
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
xvi
CAPÍTULO 3 - PRINCÍPIOS DETERMINÍSTICOS E ESTATÍSTICOS NAS
ANÁLISES DE DADOS DE INSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS
3.1 - Introdução..................................................................................................... 51
3.2 - Princípios determinísticos: aplicações e limitações...................................... 52
3.3 - Diferenças entre valores previstos nos modelos determinísticos
e valores obtidos pela instrumentação.......................................................... 54
3.4 - Fatores de variação nas leituras da instrumentação...................................... 56
3.4.1 - Fatores intrínsecos aos instrumentos................................................ 56
3.4.2 - Fatores humanos............................................................................... 59
3.4.3 - Fatores de instalação e utilização..................................................... 60
3.5 - Princípios estatísticos.................................................................................... 61
3.5.1 - Diagramas de Dispersão................................................................... 62
3.5.2 - Regressão Linear.............................................................................. 62
3.5.3 - Regressão Polinomial....................................................................... 66
3.5.4 - Séries de Fourier............................................................................... 66
3.5.5 - Séries Temporais.............................................................................. 66
3.5.6 - Método das Médias Móveis Simples (MMS).................................. 74
3.5.7 – Modelos Máximo-Mínimo em intervalos pré-fixados..................... 74
3.5.8 - Redes Neurais Artificiais (RNA)..................................................... 75
4.1 - Introdução.................................................................................................... 77
4.2 - Valores de controle para a instrumentação................................................... 78
4.3 - A automação nas análises preliminares dos dados da instrumentação......... 81
4.4 - A experiência do Brasil............................................................................... 83
4.4.1 - Furnas Centrais Elétricas S.A.......................................................... 83
4.4.2 - CESP –Companhia Energética de São Paulo................................... 86
4.4.3 - Rede Celpa – Centrais Elétricas do Pará.......................................... 87
4.4.4 - Cemig Geração e Transmissão S.A................................................. 88
xvii
CAPÍTULO 5 - VALORES DE CONTROLE PARA A INSTRUMENTAÇÃO DE
BARRAGENS COM GRANDES OSCILAÇÕES NO NÍVEL DO
RESERVATÓRIO: ESTUDO DE CASO DA BARRAGEM DE EMBORCAÇÃO
xviii
CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES
xix
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Entretanto, estas obras de engenharia também podem ser a causa de grandes catástrofes.
Acidentes envolvendo a ruptura de barragens podem implicar no alagamento de vastas
áreas a jusante e causar danos imensuráveis em termos de impactos sócio-econômicos e
ambientais. Por isso, a segurança é o objetivo fundamental no projeto e construção de
barragens. Mas embora estas etapas sejam fundamentais, não são suficientes para
garantir sua operação segura. Faz-se necessário o estabelecimento de um processo de
acompanhamento e avaliação permanentes do comportamento de tais estruturas,
processo este usualmente denominado de auscultação de barragens e que tem como
ferramentas principais as inspeções visuais e a instrumentação.
Na Cemig Geração e Transmissão S.A., por exemplo, este problema ficou evidente em
2002, ao se verificar a ineficácia dos limites determinísticos para diagnosticar uma
situação de risco na Barragem de Piau.
2
Esta dissertação tem por objetivo fundamental o de abordar e discutir a aplicação de
métodos estatísticos como ferramentas nas análises preliminares dos dados da
instrumentação de barragens, contribuindo para que os procedimentos de auscultação
sejam menos empíricos e mais efetivos na aferição sistemática do comportamento
geotécnico destas estruturas.
1.2 - Metodologia
Para a avaliação das formas mais adequadas de tratamento estatístico dos dados de
pressão (poropressões e tensões totais) e deslocamentos de barragens, serão analisadas
as séries históricas da instrumentação instalada nas barragens de Emborcação e Piau,
ambas operadas pela Cemig Geração e Transmissão S.A.
A barragem de Piau constitui uma estrutura de terra, cujo reservatório apresenta nível
d’água praticamente constante ao longo de todo o ano, com pequena variação das
poropressões geradas no maciço, apesar de alguns instrumentos apresentarem variações
sazonais. Para esta barragem, implementou-se um modelo numérico capaz de estimar os
valores de poropressões no interior do maciço com excelente ajuste aos valores
3
observados em campo. Estes valores eram utilizados como limites que, quando
excedidos, indicavam níveis de alerta automáticos pelo sistema computacional de
controle da instrumentação. Entretanto, ao longo de um evento de colmatação gradual
do sistema de drenagem do pé da barragem, ocorrido entre 1997 e 2002, estes limites
mostraram-se inadequados para gerar os alarmes desejados.
4
No Capítulo 3, faz-se uma revisão bibliográfica sobre os princípios determinísticos e
estatísticos utilizados nas análises de dados da instrumentação de barragens, com suas
aplicabilidades e limitações. São analisados os fatores de variação nas leituras da
instrumentação e as causas das diferenças entre os valores previstos em modelos e
valores efetivamente obtidos em campo. São descritos os modelos estatísticos
usualmente destinados à gestão e à análise de medidas cronológicas, como diagramas de
dispersão, regressão linear, regressão polinomial, séries temporais com foco na
abordagem de Box e Jenkins, médias móveis e redes neurais artificiais.
5
sistema de alertas que leva em conta o comportamento histórico dos dados.
6
CAPÍTULO 2
7
Nas fases de projeto e construção, devem ser feitos investimentos de forma que os
riscos associados a cada estrutura civil sejam minimizados. Entretanto, sabe-se que
alguns riscos são inerentes à construção de uma barragem, como transbordamento por
falha na operação dos extravasores ou envelhecimento dos materiais, por exemplo.
SEGURANÇA
Monitoramento
Emergência
Conceito de
Segurança
Estrutural
Minimização
dos riscos
Risco
8
Uma vez que o projeto e construção adequados são fundamentais, mas não suficientes
para garantir a continuidade da operação segura das barragens, deve ser estabelecido um
processo de acompanhamento e avaliação permanentes do desempenho destas
estruturas. Este processo é usualmente denominado de auscultação de barragens, e
engloba as atividades de observação, detecção e caracterização de eventuais
deteriorações que possam aumentar o potencial de risco de uma estrutura (Fonseca,
2003).
Por outro lado, o Boletim 68 (ICOLD, 1989) ressalta que, sem instrumentação, as
avaliações da segurança seriam feitas apenas com base nas informações provenientes
9
das inspeções visuais, conhecimentos do projeto e construção e uso amplo do
julgamento de engenharia. A instrumentação pode agregar valor a estas avaliações,
como um meio de fazer medidas da aferição do comportamento de uma barragem. Estas
medidas não eliminam a necessidade do julgamento de engenharia, mas fornecem
informações importantes sobre o comportamento das estruturas e permitem uma visão
‘de dentro’ sobre a existência ou não de determinado problema.
10
2.2.1 Avaliação das considerações de projeto
11
Os esforços de projeto são dirigidos para empregar as propriedades dos materiais e
carregamentos para prever coeficientes de segurança, deformações esperadas e padrões
e volumes de percolação. No entanto, a maioria dos parâmetros dos materiais
(resistência, compressibilidade e permeabilidade) são valores que apresentam
variabilidade. Daí a importância da instrumentação na comparação do comportamento
esperado com o previsto, uma vez que, embora os parâmetros de projeto não possam ser
mensurados como parte de um programa de instrumentação, as respostas da barragem
aos carregamentos impostos (deformações e padrões e volumes de percolação) podem
ser medidas e comparadas com os valores previstos.
12
O CBDB (1996) diz ainda que a instrumentação pode fornecer informações sobre a
melhor época para a realização de certas operações construtivas, bem como pode ser
utilizada para verificar a adequação de métodos construtivos propostos pelo construtor
e, eventualmente, concluir sobre a necessidade de alteração dos métodos propostos.
13
2.2.7 Aumento do conhecimento sobre o comportamento de barragens
A instalação de instrumentos em qualquer barragem gera dados que podem ser de valor
no acervo do conhecimento relativo ao comportamento geotécnico de barragens.
Atualmente, por limitações orçamentárias de construção e operação, dificilmente se
consegue justificar a instalação de instrumentos por este motivo. Entretanto, no passado,
muitos avanços foram feitos através da instrumentação de projetos em escala real.
No caso específico das barragens do setor elétrico, estas são inspecionadas pela
ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, que avalia os programas de segurança
de barragens de cada concessionária e propõe a instalação de instrumentação ou a
execução de eventuais obras de reparo.
14
de uma região (nível freático na cidade de Resplendor, às margens do reservatório da
Usina de Aimorés, por exemplo) e de alterações na qualidade da água (a jusante da
Usina de Irapé, por exemplo).
15
Instrumento: MEDIDOR DE VAZÃO
Parâmetro Medido:
Vazão percolada através de maciços de terra/ enrocamento,
suas fundações ou ombreiras e fundações de estruturas de
concreto.
Características Principais:
Vertedouro de parede delgada que permite, através de
fórmulas hidráulicas, calcular a vazão do fluxo vertente. O
perfil vertente pode ser triangular, quadrado ou trapezoidal,
de acordo com o volume a ser medido.
Manutenção Necessária:
- Manter a régua do instrumento isenta de oxidação e lodo.
- Manter o contato chapa/concreto sem vazamentos.
- Remover detritos, sedimentos, algas, precipitações
químicas e depósitos de ferro-bactérias de dentro da caixa.
Erros mais freqüentes na instalação e na leitura:
- Alagamento a jusante do vertedouro de lâmina delgada,
tornando incorreta a fórmula de cálculo.
- Perda d’água através do contato chapa/concreto, através
de broca, sob ou nas laterais do tanque.
- O instrumento é instalado em posição que não coleta toda
a água que se deseja monitorar ou medir.
- Septo da caixa coletora instalado a uma distância ou de
maneira que não permita a formação de remanso próximo à
régua de leitura.
- Régua de leitura instalada junto da chapa metálica
(instalá-la a uma distância tal que não haja influência da
constrição da lâmina d’água na lateral e acima da chapa
metálica).
- O zero da régua de leitura não coincide com a cota
inferior da abertura da chapa.
- Régua confeccionada com material e escala que
dificultem a visualização pelo leiturista.
Réguas de acrílico com escalas bem definidas são de fácil
limpeza e facilitam a leitura, mas sua fabricação é artesanal,
sendo necessária a conferência da graduação sempre que
forem substituídas. Réguas metálicas ou inox com escalas
milimetradas podem reduzir a precisão da leitura.
16
Instrumento: TUBO MEDIDOR DE NÍVEL D’ÁGUA
Parâmetro Medido:
Posição da linha freática.
Características Principais:
É constituído por um tubo de PVC perfurado, introduzido
num furo de sondagem feito no maciço. O tubo perfurado é
envolto por manta geotêxtil ou tela, e inserido no furo cujo
espaço anelar é preenchido com areia para evitar o
carreamento de solo. Acima do trecho perfurado é feito um
selo de solo-cimento para impedir a entrada de água
superficial e/ou pluvial.
Manutenção necessária:
- Proteger o topo da tubulação contra entrada de água e
queda de materiais dentro do tubo.
- Calibração periódica do cabo de leitura, através da aferição
do seu comprimento utilizando uma trena de referência
calibrada.
17
Instrumento: PIEZÔMETRO CASAGRANDE MODIFICADO DE TUBO ABERTO
Parâmetro Medido:
Pressões neutras em maciços de terra, taludes e fundações.
Subpressões nas fundações de estruturas de concreto.
Características Principais:
São constituídos por um tubo de PVC inserido em um furo
de sondagem, em cuja extremidade inferior é instalado um
elemento poroso (bulbo). A água penetra através do bulbo
formando uma coluna d’água equivalente à pressão
hidrostática atuante no seu ponto de instalação.
Na região do bulbo o furo é preenchido com areia, e na
altura restante é selado com solo-cimento plástico ou
bentonita, delimitando assim a região drenante.
Manutenção necessária:
- Proteger o topo da tubulação contra entrada de água e
queda de materiais dentro do tubo.
- Calibração periódica do cabo de leitura, através da aferição
do seu comprimento utilizando uma trena.
-Limpeza da célula do instrumento para remover
sedimentos, através da injeção de água sob pressão (atenção
com a pressão de limpeza, para evitar o risco de
fraturamento hidráulico).
18
Instrumento: PIEZÔMETRO CASAGRANDE MODIFICADO DE TUBO FECHADO
Parâmetro Medido:
Pressões neutras e subpressões em maciços de terra, taludes
e fundações. Subpressões nas fundações de estruturas de
concreto.
Características Principais:
Possuem as mesmas características do piezômetro de tubo
aberto. A diferença é a existência de pressão de água na
saída do tubo, a leitura só sendo possível através do
emprego de manômetro ou de mangueiras de plástico
graduadas instaladas na boca do tubo.
Manutenção necessária:
-Limpeza da célula do instrumento.
-Calibração de manômetros.
-Eliminação de vazamentos
19
Instrumento: PIEZÔMETRO ELÉTRICO
Parâmetro Medido:
Pressões neutras e subpressões em obras, tais como, taludes,
aterros e fundações.
Características Principais:
O piezômetro possui um diafragma de aço inoxidável onde
são fixados extensômetros elétricos de resistência, dispostos
em circuito de ponte completa. Quando submetido a uma
pressão externa o diafragma flete, provocando deformações
nos extensômetros, variando assim a resistência dos
mesmos, dando uma saída elétrica proporcional à pressão
aplicada.
Possui ótimo tempo de resposta, sendo muito utilizado no
período de construção de barragens.
Manutenção necessária:
- Calibrar periodicamente a unidade de leitura e proteger o
terminal contra impactos e intempéries.
20
Instrumento: PIEZÔMETRO PNEUMÁTICO
Parâmetro Medido:
Pressão neutra e subpressão em obras de engenharia.
Características Principais:
Desenvolvido por Earl B. Hall, e algumas vezes
denominados piezômetros Hall, seu funcionamento baseia-
se no equilíbrio de pressões atuantes em um diafragma
flexível. De um lado atua a água cuja pressão se deseja
medir, do outro atua um gás (nitrogênio) cuja pressão é
controlada.
A conexão pneumática entre o piezômetro e o painel de
leituras é feita através de dois tubos de nylon denominados
de alimentação e de retorno, que se comunicam com o
diafragma através de dois orifícios, do lado oposto ao da
água. Enquanto a pressão da água não supera a pressão do
gás, o diafragma permanece vedando os orifícios
impedindo o retorno do gás. Quando a pressão do gás
supera a pressão da água a membrana flete ligeiramente
permitindo o fluxo e retorno do gás.
Manutenção necessária:
- Manter os manômetros calibrados.
- Checar conexões.
- Manter a identificação os instrumentos.
21
Instrumento: PIEZÔMETRO HIDRÁULICO
Parâmetro Medido:
Pressões neutras e subpressões em maciços de terra e
fundações.
Características Principais:
Consiste de um corpo metálico ou plástico ao qual está
solidária uma pedra porosa, conectado ao painel de leitura
através de dois tubos flexíveis. Seu funcionamento baseia-
se no equilíbrio de pressões atuantes em um diafragma
flexível. De um lado atua a água cuja pressão se deseja
medir, do outro atua água desaerada, similarmente ao
princípio de funcionamento do piezômetro pneumático.
Estando saturados com água o painel e os tubos, a leitura é
efetuada abrindo, um por vez, os registros que conectam
cada um dos dois tubos provenientes do piezômetro no
manômetro de leitura, e aguardando a estabilização do
ponteiro.
Manutenção necessária:
- Manter os manômetros calibrados.
- Checar conexões.
- Manter a identificação os instrumentos.
22
Instrumento: PIEZÔMETRO ELÉTRICO DE CORDA VIBRANTE
Parâmetro Medido:
Pressões neutras e subpressões em obras, tais como,
taludes, aterros e fundações.
Características Principais:
Nesses instrumentos, a pressão no diafragma altera a
tensão num fio no interior da célula, que por sua vez
altera a freqüência de resposta ao pulso elétrico emitido
pela unidade de leitura.
Corda Vibrante
Diafragma
Cabo de Sinal
Manutenção necessária:
- Calibrar periodicamente a unidade de leitura.
Espira de Excitação e - Proteger o terminal contra impactos e intempéries.
Filtro de Captação
- Checar proteção contra raios.
- Manter a identificação dos instrumentos.
23
Instrumento: CÉLULA DE PRESSÃO TOTAL
Parâmetro Medido:
Tensões totais em obras de maciços de terra, fundações,
muros de arrimo, etc.
Características Principais:
É constituída de uma almofada de aço inoxidável, circular
ou retangular, totalmente preenchida com óleo desaerado,
acoplada a um transdutor de pressão pneumático, elétrico
ou de corda vibrante, que permite medir a pressão do óleo
no interior da célula, que é igual à tensão total induzida
pelo solo adjacente.
Manutenção necessária:
- Manter os manômetros calibrados.
- Manter a identificação dos instrumentos.
24
Instrumento: TERMÔMETRO PARA TEMPERATURA AMBIENTE
Parâmetro Medido:
Temperatura média ambiental.
Características Principais:
A medida da temperatura fornece subsídios para a
correção da leitura e análise de diversos instrumentos
que sofrem influência deste fator.
Manutenção necessária:
-Proteger o instrumento de agentes exteriores,
instalando–o em local trancado e coberto.
25
Instrumento: MARCO DE DESLOCAMENTO SUPERFICIAL
Parâmetro Medido:
Deslocamentos superficiais do maciço de terra.
Características Principais:
São marcos topográficos instalados na superfície da
barragem, cujos deslocamentos são medidos através da
topografia (teodolitos ou níveis de precisão, podendo ser
utilizada estação total para a planimetria), tomando por
referência pontos fixos instalados em locais considerados
indeslocáveis, fora da área de influência da barragem.
Manutenção necessária:
- Limpeza da vegetação em torno dos marcos superficiais.
- Manter identificação padrão do instrumento.
- Manutenção dos blocos de concreto e pinos metálicos.
- Calibração dos equipamentos de topografia.
- Reverberação.
26
Instrumento: INCLINÔMETRO DE RECALQUE
Parâmetro Medido:
Deslocamentos verticais do conjunto fundação e maciço de
terra.
Características Principais:
Consiste de um conjunto de segmentos de tubos de
alumínio ou PVC, confeccionados especialmente para esta
finalidade, montados através de luvas telescópicas e
rebites.
O deslocamento vertical do revestimento cisalha os rebites,
permitindo o movimento dos segmentos. É medida a
posição de cada tubo utilizando trena com sonda
pescadora, obtendo-se o perfil de recalque ao longo da
altura do maciço.
Manutenção necessária:
- Conservar identificação padrão do instrumento
- Não permitir que a corrosão ou sujeira prejudique o
funcionamento dos pontos giratórios da sonda pescadora.
- Manter a extremidade dos segmentos fechada enquanto
não utilizada.
- Calibração da trena.
27
Instrumento: INCLINÔMETRO DE DEFLEXÃO
Parâmetro Medido:
Perfis dos deslocamentos de maciços de terra e
enrocamento.
Características Principais:
O instrumento é constituído por um conjunto de tubos de
alumínio ou PVC que possuem quatro ranhuras, duas a
duas diametralmente opostas e perpendiculares, geralmente
dispostos nas barragens nas posições ombreira
direita/ombreira esquerda e montante/jusante. A leitura da
inclinação de cada tubo é feita por um torpedo introduzido
no tubo guia.
Manutenção necessária:
- Manutenção do tubo em que o torpedo eletrônico será
descido. Muitas vezes, antes de iniciar a leitura, utiliza-se
descer um torpedo de teste.
- Lubrificação periódica do conjunto.
- Manter a extremidade superior do tubo fechada após as
leituras, para evitar atos de vandalismo.
- Cuidado no transporte e armazenamento do torpedo.
- Manter identificação padrão do instrumento.
28
Instrumento: MEDIDOR DE RECALQUE TIPO CAIXA SUECA
Parâmetro Medido:
Deslocamentos verticais do maciço de terra e enrocamento.
Características Principais:
Seu funcionamento baseia-se no princípio de vasos
comunicantes. É constituído por uma caixa de PVC ligada
pela base a três tubos, e pelo teto a um tubo que serve para
aeração da caixa. Um dos três tubos que saem da base serve
como ladrão, tendo sua saída no enrocamento. Os outros
dois têm suas extremidades ligadas à parede da casa de
leituras, e fixadas junto a uma fita graduada. O recalque é
obtido através da diferença entre o nível do menisco inicial
e o menisco atual no tubo.
Manutenção necessária:
- Verificar se há vazamento e retirar o ar de dentro dos
tubos.
- Limpar a água sempre que estiver turva. Ao lavar as
mangueiras, fazer a circulação de água e garantir que todo o
ar foi expulso das mangueiras. Identificar a posição dos
meniscos antes de lavar as mangueiras e conferir após a
lavagem.
Figura 2.15 – Informações básicas sobre medidor de recalque tipo caixa sueca
29
Instrumento: MEDIDOR DE RECALQUE DE PLACAS – IPT
Parâmetro Medido:
Deslocamento vertical da fundação e do maciço de terra em
diferentes elevações.
Características Principais:
Consiste de placas horizontais acopladas a tubos
telescópicos de aço galvanizado, que envolvem o tubo de
referência com diâmetro de uma polegada, chumbado à
rocha de fundação. A primeira placa é acoplada a tubos de
duas polegadas de diâmetro, a segunda é acoplada a tubos
de três polegadas e a terceira a tubos de quatro polegadas.
No topo do tubo de 1” existe uma haste com dois terminais
que são os pontos de referência para as leituras
Manutenção necessária:
- Calibração do instrumento de leitura.
- Manter a identificação do instrumento.
Figura 2.16 – Informações básicas sobre medidor de recalques de placas tipo IPT
30
Instrumento: MEDIDOR DE RECALQUE TIPO KM
Parâmetro Medido:
Deslocamentos verticais do conjunto fundação/maciço de
terra em diferentes elevações.
Características Principais:
Consiste de placas horizontais solidárias a hastes de aço
trefilado (usualmente de diâmetro igual a 10mm) e
instaladas nas camadas de interesse. A referência consiste
de um tubo de aço galvanizado de 25mm de diâmetro,
fixado na rocha. As hastes correspondentes a cada placa,
dispostas em torno do tubo de referência, são mantidas na
posição vertical por meio de discos perfurados que
funcionam como espaçadores. As medidas são efetuadas
través de um paquímetro adaptado, cujo corpo se encaixa
adequadamente no tubo de referência, e cujo bico móvel é
apoiado na extremidade superior de cada haste.
Manutenção necessária:
- Calibração do instrumento de leitura.
- Manter a identificação do instrumento.
31
Instrumento: MEDIDOR DE RECALQUE TIPO MAGNÉTICO
Parâmetro Medido:
Deslocamento vertical do conjunto fundação-maciço de
terra.
Características Principais:
Consiste de um tubo-guia de PVC com luvas devidamente
espaçadas e com ímã de referência instalado em um ponto
considerado indeslocável na rocha de fundação. Ao longo
do tubo são instaladas placas de recalque com orifícios no
centro e imã solidário à placa. O aparelho de leitura é
constituído de torpedo, trena e indicador luminoso.Atende
às mesmas funções do medidor de recalques tipo IPT.
Manutenção necessária:
- Calibração periódica da sonda de leitura através da
aferição do seu comprimento.
- Proteger o topo da tubulação contra a entrada de água e
queda de materiais dentro do tubo.
32
Instrumento: EXTENSÔMETRO DE HASTES
Parâmetro Medido:
Deslocamentos e deformações em maciços rochosos e
concreto.
Características Principais:
O instrumento consiste de um conjunto de hastes metálicas
instaladas dentro de um furo de sondagem. As hastes são
rígidas e protegidas por mangueira plástica ao longo de seu
comprimento. As extremidades inferiores das hastes são
chumbadas na rocha em cotas distintas e as extremidades
superiores dispostas no cabeçote de leituras.Sua função é
determinar qualitativa e quantitativamente os
deslocamentos dos diversos pacotes de um maciço rochoso,
sendo também aplicado para mensuração da expansão do
concreto com problema de reatividade álcali-agregado.
Manutenção necessária:
- Manter identificação do instrumento.
- Tampar a base após a leitura.
- Calibração do relógio comparador de leitura.
33
2.4 – O planejamento e implantação de um sistema de instrumentação
Uma vez que cada barragem é uma estrutura única, o planejamento do monitoramento
deve refletir as necessidades de cada barragem individualmente. Tendo isto em mente,
pode-se dizer que os elementos para um plano de instrumentação, monitoramento e
controle da segurança de uma barragem são os listados a seguir (ASCE, 2000):
• objetivos específicos;
• descrição da instrumentação e sua locação precisa;
• programa de coleta das leituras que inclua responsabilidades e periodicidades;
• procedimentos para calibração e manutenção dos instrumentos;
• procedimentos de análise dos dados;
• procedimentos para identificação e resposta a mudanças críticas;
• revisões do plano original.
34
Um plano de instrumentação deve ter por base a identificação dos objetivos específicos
a serem perseguidos, para que sejam selecionados os tipos de dados necessários
associados aos objetivos pretendidos a curto e em longo prazo.
Segundo o USACE (1995), o primeiro passo para selecionar os tipos de dados a serem
coletados constitui a identificação das zonas de fraquezas e das áreas de sensibilidade da
barragem, suas fundações e ombreiras por um engenheiro geotécnico qualificado. A
partir daí, são desenvolvidas hipóteses de mecanismos hidráulicos, de tensão-
deformação ou dos esforços passíveis de afetar o comportamento da barragem. Em
seguida, o plano de instrumentação pode ser concebido tendo em mente estas hipóteses,
que são nada menos que os modos e mecanismos de falha identificados. Por exemplo,
um material mole de fundação pode levar a preocupações sobre estabilidade e recalque,
induzindo a instalação de uma instrumentação para medição de poropressões e de
recalques.
O programa de coleta dos dados deve indicar quais leituras serão executadas, como e
com qual periodicidade. A escolha da periodicidade de leituras é função do tipo de dado
que está sendo coletado, da taxa de variação esperada para o valor lido e, atualmente, há
que se considerar adicionalmente o método de leitura (manual versus automático).
35
A razão pela qual os dados estão sendo coletados constitui, muitas vezes, o requisito
principal na determinação do intervalo entre leituras. Um problema de instabilidade
potencial de uma barragem irá requerer leituras mais freqüentes do que em uma
barragem que está sendo monitorada apenas para propósitos gerais.
Outro aspecto que irá determinar a freqüência das leituras é a velocidade das variações
dos valores a serem coletados. Por exemplo, durante o enchimento do reservatório,
prevê-se uma rápida variação das poropressões induzidas no interior do maciço. Assim,
dependendo da velocidade do enchimento, as pressões devem ser lidas em intervalos
diários ou até mesmo a cada hora. Quando as poropressões estão sendo monitoradas em
um maciço no qual os níveis d’água de montante e de jusante encontram-se
relativamente constantes, estes mesmos dados podem ser coletados mensalmente ou até
trimestralmente, desde que não ocorram outras interferências em relação às condições
ambientais ou associadas à própria barragem.
36
precocemente um problema e permitir que medidas corretivas possam ser
implementadas em tempo hábil.
Sempre que possível devem ser feitas previsões das magnitudes de variações nas
leituras, de forma que o pessoal de campo possa distinguir entre valores previstos ou
não, caracterizando aqueles que se mostrem atípicos e/ou que necessitem de análises
imediatas.
O plano de coleta de dados não deve ser visto como um documento estático, mas deve
prever a possibilidade de alterações na ênfase da coleta de dados conforme os
problemas específicos da barragem vão sendo conhecidos. Na medida que a estrutura
envelhece, é importante revisar os dados, alterar o programa de instrumentação e os
procedimentos de manutenção para refletir, de forma mais adequada, as condições
correntes, podendo ser necessário acrescentar instrumentos ou mudar a freqüência de
leituras com base nas análises das informações existentes.
37
progresso da construção. Além disso, toda a informação sobre os critérios e
considerações de projeto e sobre o método de estabelecimento dos ‘limites de
tolerância’ teóricos pré-estabelecidos para os parâmetros monitorados devem estar
disponíveis.
A avaliação detalhada dos dados deve ser feita por pessoal experiente e familiarizado
com o objetivo geral do esquema de instrumentação, com conhecimento das tolerâncias
e das limitações de cada tipo de instrumento, do comportamento esperado das estruturas
analisadas e dos impactos relativos das leituras fora das faixas admissíveis pré-
estabelecidas. Uma análise sem estes requisitos prescinde de foco e de consistência,
implicando em conclusões ou ações inadequadas.
O Boletim 68 (ICOLD, 1989) ressalta que, para que os máximos benefícios possam ser
extraídos da instrumentação, a avaliação detalhada e a interpretação dos resultados
devem ser feitos imediatamente após a coleta dos dados.Provavelmente a mais comum e
menos justificável deficiência dos atuais programas de avaliação do comportamento de
barragens seja que os dados tendem a permanecer sem interpretação imediata, até que
sua análise ou se torne tardia ou obsoleta pela aquisição de novas leituras.
A Cemig Geração e Transmissão S.A., por exemplo, possui mais de 3500 instrumentos
instalados nas barragens que opera, a grande maioria com leituras quinzenais ou
mensais. Como a quantidade de medidas é muito grande, há a necessidade de
automação de uma análise preliminar dos dados, para que seja viável sua interpretação
imediatamente após a coleta. A autora deste trabalho acredita que quando os dados da
instrumentação não são analisados em um tempo adequado, o monitoramento da
segurança é comprometido, induzindo quase sempre a uma falsa sensação de segurança.
A análise contínua dos dados de auscultação é vital para garantir os princípios gerais de
segurança que devem reger a avaliação geotécnica criteriosa de uma barragem.
Os dados da instrumentação devem ser analisados sob duas óticas: primeiro, em função
do tempo para identificar mudanças de tendências, como aumento da vazão de
percolação ou aumento na velocidade dos recalques verticais, por exemplo; segundo,
38
dentro do contexto do comportamento esperado em relação aos critérios de projeto,
como a verificação da relação entre os valores de poropressões medidas e previstas
pelas redes de fluxo de projeto, por exemplo.
Sob qualquer uma destas duas óticas, para se proceder a esta análise deve-se ter em
mente que (ICOLD, 1989):
39
Deve-se lembrar que os dados da instrumentação não constituem informações úteis até
que sejam adequadamente analisadas por um engenheiro de barragens experiente. A
complexidade desta análise pode ser grande, pois geralmente há necessidade de conexão
com as disciplinas de projeto de barragens, construção, geologia, fabricação de
instrumentos, eletrônica e processamento de dados.
Mais uma vez, a avaliação dos dados tem suas raízes no planejamento e escolha da
instrumentação, ou seja, nos objetivos do projetista ao escolher determinado parâmetro
a ser monitorado em determinado local do maciço ou da fundação. As premissas de
projeto e construção de uma barragem afetam profundamente o comportamento futuro
da mesma. Um monitoramento cuidadoso pode indicar as conseqüências de um filtro de
granulometria inadequada em uma barragem de terra, por exemplo, entretanto, a raiz
destes efeitos pode estar nas etapas de projeto ou de construção da barragem.
Primeiro passo: Os dados precisam ser trabalhados para serem avaliados. As leituras
precisam ser inseridas em um banco de dados e serem revisadas quanto a erros de
transcrição. O banco de dados deve efetuar automaticamente o cálculo das medidas e
permitir sua listagem em tabelas e/ou plotagem em gráficos, para facilitar sua
visualização e análise integrada.
40
aspectos meteorológicos abrangem precipitação, pressões barométricas e variações de
temperatura. Os fatores históricos incluem pressupostos de projeto, conceitos de projeto,
técnicas de construção e dados de operação e manutenção.
41
• gráfico de vazão x nível do reservatório (ascendente e descendente);
• gráfico do volume percolado (área sob o gráfico vazão x tempo) x períodos de
tempo, de interesse quando há grandes variações no nível do reservatório.
42
do maciço está completo e as vazões percoladas acompanham as variações no nível do
reservatório e a precipitação. Se o volume de água aumentar após esta estabilização do
fluxo, pode estar ocorrendo um aumento da permeabilidade, causado por erosão,
dissolução ou fissuração. Se este aumento estiver dissociado do nível do reservatório,
do nível d’água freático ou da precipitação, uma investigação cuidadosa das causas deve
ser realizada.
A qualidade da água percolada deve ser verificada quanto à presença de sais dissolvidos
e sedimentos ou partículas dissolvidas. A turbidez da água pode ser verificada
visualmente e medida fisicamente. Caso necessário, a fonte dos sedimentos pode ser
pesquisada através de análise mineralógica.
Como um complicador, deve-se notar que a massa total carreada pode estar aumentando
com o aumento correspondente da vazão, mesmo que o monitoramento indique uma
melhoria da qualidade da água percolada. Por isso, quando da determinação da
quantidade de partículas sólidas presentes na água, é interessante multiplicar a
concentração ou carga de sedimentos pela vazão medida na hora da amostragem para
aferir os resultados em termos de taxas de massa dos materiais carreados pelo fluxo.
43
pode-se aferir a rede de fluxo de projeto, os valores das poropressões desenvolvidas no
interior do maciço e os respectivos gradientes de percolação.
A análise das pressões traz informações importantes durante todos os estágios da vida
de uma barragem. Durante a construção, por exemplo, podem ocorrer processos de
consolidação por adensamento, principalmente se o material do aterro for lançado com
alto teor de umidade. Neste caso, o monitoramento é necessário para acompanhar o
44
desenvolvimento das poropressões construtivas e a conseqüente redução da resistência
in situ, podendo ditar, então, as velocidades de lançamento do aterro.
Além da estabilidade, outros aspectos podem ser avaliados através da piezometria, tais
como padrões de fluxo, eficiência da drenagem, permeabilidade relativa entre zonas e
presença de água. Piezômetros a montante e a jusante de cut offs e cortinas de injeção
servem para verificar a sua eficiência. A medida da eficiência da cortina de drenagem
ou de qualquer outro método de controle de percolação pela fundação é dada pelo
percentual de redução em relação à carga imposta pelo reservatório.
A autora destaca que variações para mais ou para menos na leitura da piezometria
podem ser indicativas de problemas. O piping pode resultar em um decréscimo na
pressão similar à instalação de um dreno. Por outro lado, uma obstrução na saída de um
dreno causaria um aumento das pressões. Em geral, a preocupação é com o aumento de
permeabilidade: um aumento da permeabilidade a jusante de um piezômetro causará um
decréscimo na carga piezométrica, enquanto que um aumento a montante implicará um
acréscimo nesta medida Deve-se ter em mente que o que realmente afeta a leitura de um
45
piezômetro é a permeabilidade relativa de uma região em relação à outra, em função das
muitas configurações possíveis na geometria do barramento (Figuras 2.20 e 2.21).
Pressão
Pressão Vazão Vazão
46
2.5.3 – Análise dos deslocamentos e deformações
Os gráficos usualmente traçados para permitir a análise dos dados de deformações são
os seguintes:
• gráfico de deslocamento vertical ou horizontal x tempo;
• gráfico do vetor deslocamento;
• gráfico de deslocamento ao longo do eixo da barragem;
• gráfico das taxas de variação (velocidades) dos recalques com o tempo;
• gráfico de deslocamentos angulares versus profundidade (inclinômetros).
47
A análise dos deslocamentos e das deformações é feita primeiramente comparando-se a
magnitude das deformações com as estimativas de projeto, seguindo-se a comparação
entre leituras atuais e anteriores para verificar taxas de variação nos valores lidos.
Em barragens de terra, a maior parte dos recalques provém da compressão dos materiais
de fundação e do recalque do aterro devido ao seu peso próprio. Conseqüentemente, a
maior deformação geralmente ocorre nas seções de maior altura. Como a gravidade é o
fator de maior influência, recalques negativos não devem ser observados e, quando
detectados nas zonas situadas ao pé da barragem ou imediatamente a jusante, podem
indicar a formação de uma superfície de ruptura.
48
Em barragens de enrocamento, como a variação das propriedades dos materiais é muito
maior, o monitoramento dos recalques diferenciais é ainda mais importante. Neste caso,
além dos fatores citados anteriormente, deformações do talude de montante podem estar
associadas a variações no nível do reservatório. Nestes taludes, as altas tensões de
contato entre blocos de rocha são aliviadas, em parte, pela subpressão imposta pela
carga do reservatório. Entretanto, o rebaixamento do nível d’água reduzirá a carga de
subpressão e pode levar ao deslocamento relativo de blocos.
As células de pressão total podem ser utilizadas para medir as tensões de contato nos
encontros com uma estrutura de concreto enterrada, tensões no interior do maciço em
uma determinada direção e o padrão geral de distribuição de tensões dentro de um
aterro, quando instaladas sob a forma de rosetas.
As seguintes questões devem ser respondidas durante as análises das tensões totais:
• quais são as tensões de contato do maciço com as estruturas de concreto
adjacentes?
• as tensões medidas são inferiores às esperadas?
• as tensões totais são maiores que as poropressões? ; há algum risco de ruptura
hidráulica?
As células de tensão total funcionam bem para medir tensões contra uma estrutura
sólida, mas as medidas que são tomadas dentro de uma massa de solo geralmente são
49
difíceis de serem avaliadas. O maior problema é que não é possível fazer esta medida
sem alterar a distribuição de tensões nos locais nos quais as células foram instaladas.
Na maioria dos casos, esta alteração pode ser bastante significativa, uma vez que,
mesmo com uma instalação muito cuidadosa, a rigidez do material próximo à célula
pode ser maior ou menor do que a do aterro em geral. Baixa rigidez adjacente à célula
resulta em um arqueamento da distribuição de tensões ao redor da célula e os valores
registrados seriam inferiores aos reais. O oposto ocorre se o material for mais rígido,
pois a célula é um ponto de concentração de tensões quando as tensões sofrem
arqueamento sobre o material mais fofo adjacente. Na barragem de Emborcação, para se
evitar os problemas expostos, as células de pressão total foram instaladas a partir de um
poço, fazendo-se um corte na parede onde foi introduzido o instrumento.
50
CAPÍTULO 3
3.1 - Introdução
51
No caso específico de estruturas de grande porte, como é o caso das barragens de terra,
a avaliação da segurança não deve ser feita apenas com base nos resultados fornecidos
pelos instrumentos e nos modelos de comportamento, mas levando-se em conta também
o conjunto das características da barragem e de suas fundações, as inspeções visuais,
bem como no conhecimento e experiências adquiridas em obras similares. No entanto, é
muito importante que os dados da instrumentação sejam avaliados assim que sejam
coletados, mesmo que de forma preliminar, para que eventuais problemas possam ser
diagnosticados o mais precocemente possível. Para permitir uma análise preliminar
rápida e eficiente, devem existir faixas de aceitação para os valores lidos, que podem ser
estabelecidas por meio de modelos determinísticos, estatísticos ou híbridos, conforme
citado previamente.
Geralmente são utilizados modelos estruturais baseados nos métodos dos elementos
finitos, bi ou tri-dimensionais. O desenvolvimento destes modelos é um desafio, uma
vez que a configuração de cada barragem é única. Sharma (1994) ressalta que, dos
vários parâmetros físicos que caracterizam o comportamento da barragem, devem ser
considerados os mais significativos à natureza do problema analisado e todos os
aspectos de interesse devem ser incluídos, tais como descontinuidades ou trincas
importantes na fundação.
52
comparando-se as medidas previstas pelo modelo com aquelas obtidas no campo sob as
mesmas condições de carregamento.
53
Entretanto, a utilização de métodos determinísticos no estabelecimento de valores
limites para os valores lidos pela instrumentação possui restrições, devido aos seguintes
fatores:
54
A variabilidade física se deve à heterogeneidade dos materiais de fundação e de
construção. Mesmo que fosse possível modelar perfeitamente todas as características
dos materiais do aterro e da sua fundação, ainda seria impossível retratar todas as
variabilidades possíveis num modelo numérico, tendo em vista as variações intrínsecas
associadas aos materiais de construção e/ou a aspectos tais como:
55
dos materiais. Há incertezas quanto a subpressões, desconhecimento de imperfeições
nas fundações como juntas e fissuras e detalhes geológicos que não podem ser
parametrizados com exatidão, tornando o modelo apenas como uma aproximação da
realidade formal. Além disso, existe uma limitação real na precisão dada pela
dificuldade em se modelar as propriedades dos materiais onde fenômenos inelásticos e
fissuração ocorrem. A discretização e forma dos elementos dos modelos de elementos
finitos também são complicadores na análise dos resultados (ASCE, 2000).
Conclui-se, portanto, que a precisão das análises e das previsões das medidas da
instrumentação dependem em grande parte do tratamento destas três fontes de incerteza
e que, invariavelmente, haverá divergências entre os valores lidos pela instrumentação
instalada nos maciços e aqueles previstos pelos modelos matemáticos.
56
Toda medida apresenta erros. O erro total é o resultado da diferença entre o valor de
uma medição e o valor verdadeiro, sendo a soma do erro sistemático (diferença entre a
média das medidas executadas em condições de repetitividade e o valor verdadeiro)
com o erro aleatório (diferença entre uma medição e a média das medidas executadas
em condições de repetitividade). Este entendimento é importante, pois pode permitir
uma diferenciação entre valores com significado e ruídos sem importância, que podem
ser devidos a erros, incertezas ou imprecisões das medidas.
Resolução é a menor variação no parâmetro medido que pode ser distinguido pelo
instrumento, ou seja, é a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida (algarismo significativo).
57
Repetitividade é a aptidão de um instrumento em fornecer indicações muito próximas,
em repetidas medidas, sob as mesmas condições de medição. As condições de
repetitividade incluem a redução ao mínimo das variações devido ao observador e ao
procedimento de medição, sendo as medidas realizadas num mesmo local e com
repetições em um curto período de tempo. Uma boa repetitividade pode ser traduzida
como uma boa confiabilidade da medição, pois mesmo havendo erros sistemáticos, eles
podem e devem ser compensados, obtendo-se um bom resultado final.
58
Figura 3.2 – Conceitos de linearidade e de histerese de medidas
O fator humano constitui um dos aspectos mais importantes para a obtenção de dados
confiáveis das leituras da instrumentação. Com efeito, mudanças constantes na equipe
de leitura e a utilização de leituristas mal treinados podem acarretar graves problemas
na aquisição de dados confiáveis. Nada pior do que a tentativa de analisar e buscar
justificativas para leituras inconsistentes, o que traz descrédito para a instrumentação
como ferramenta capaz de identificar problemas potenciais na barragem ou de auxiliar
no diagnóstico de problemas existentes.
59
• saber porque elas estão fazendo as leituras e qual a importância específica
das atividades desenvolvidas;
• saber como fazer as leituras corretamente e dentro de qual periodicidade;
• saber preencher o formulário de leituras;
• saber o que avaliar à medida em que as leituras são realizadas;
• saber o que fazer se observações anormais/imprevistas forem constatadas
durante as leituras.
60
3.5 – Princípios estatísticos
Desta forma, esta metodologia geralmente não tem sido muito aplicada nas análises da
instrumentação. Os modelos estatísticos empregados para esta finalidade consistem
basicamente na análise de séries temporais e na aplicação de técnicas regressivas
(Menga et al., 1999; ICOLD, 2000). São sistemas destinados à gestão e análise de
medidas cronológicas e podem ser utilizados sempre que existir um histórico das
medidas. Quando, a partir da análise dos parâmetros estatísticos obtidos, o modelo é
considerado válido, o mesmo pode ser utilizado no confronto com as medidas reais e na
previsão de medidas futuras.
61
Menga et al. (1999) citam os diversos métodos utilizados com a finalidade de analisar
preliminarmente os dados da instrumentação através de técnicas estatísticas:
• diagramas de dispersão;
• regressão linear simples ou múltipla;
• regressão polinomial;
• decomposição em série de Fourier;
• séries temporais;
• médias móveis;
• modelos tipo máximo-mínimo, em intervalos pré-fixados.
Os diagramas de dispersão são gráficos de dados emparelhados (x, y), que podem ser
utilizados para verificar padrões e correlações entre variáveis, sendo a interpretação dos
mesmos algo subjetiva (Triola, 1999). Podem ser utilizados na análise preliminar dos
dados da instrumentação, de forma a permitir a seleção dos componentes a serem
introduzidos nos modelos estatísticos, salientando comportamentos irreversíveis, não
relacionáveis a variações das ‘grandezas – causas’ e orientando na percepção da
correlação entre variáveis. São ainda utilizados na determinação de pontos muito
afastados dos demais ou atípicos que podem comprometer a análise dos resultados.
Uma equação de regressão linear representa uma relação linear entre uma variável
dependente (y) e uma ou mais variáveis independentes (x1, x2, ... ,xk), expressa pela
chamada de reta de melhor ajuste ou reta de mínimos quadrados, definida como sendo
aquela em que a soma dos quadrados dos resíduos (diferenças entre os dados e os
62
valores previstos) é a mínima possível.
Este método requer duas suposições básicas: as relações entre dados emparelhados
devem ser lineares e as variáveis x’s e y devem possuir distribuição normal e a mesma
variância. Nem sempre estas condições prevalecem em problemas reais, como, por
exemplo, no caso da análise de dados da piezometria, em que se busca, geralmente, a
correlação das poropressões com o nível d’água do reservatório, nível de jusante ou com
a diferença entre eles.
Análise de variância
Graus de Soma Média
liberdade quadrática quadrática F0 P-valor
Modelo 1 SQM MQM (MQM /MQR) deve ser <.05
RMSE R-Square ou R2
Média da variável dependente R-Square ajustado
Coeficiente de variação DW
63
Na tabela 3.1, são definidos os seguintes parâmetros:
n número de observações;
SQM soma dos quadrados das diferenças entre valores estimados e a média
dos dados da amostra;
SQR soma dos quadrados dos resíduos (diferença entre valores da amostra e
valores estimados);
MQ média quadrática: a soma quadrática dividida pelos graus de liberdade;
F0 estatística de teste igual a (MQM / MQR);
RMSE raiz do erro quadrático médio: raiz da média da soma dos quadrados
dos resíduos (diferença entre valores da amostra e dos valores
estimados);
Coeficiente de variação medida de dispersão utilizada para comparar
distribuições diferentes (desvio padrão dividido pela
média, em percentagem);
R-Square ou R2 coeficiente de determinação que se refere à quantidade da
variabilidade nos dados explicada pelo modelo de regressão,
que corresponde ao quadrado do coeficiente de correlação;
R-Square ajustado leva em conta o tamanho da amostra na determinação do R2.
É utilizado para comparar modelos com diferentes números
de observações ou de variáveis independentes.
R2 ajustado = R2- (k-1)/(n-k)*(1- R2) (3.1)
em que n é o número de observações e k é o número de
variáveis independentes;
DW coeficiente de Durbin Watson: testa a autocorrelação nos resíduos da
regressão, sob a hipótese nula de que não há correlações significativas
nos resíduos, devendo ficar próximo do valor 2;
P-valor no campo de testes de hipóteses, o p-valor é a significância de um teste,
ou seja, a probabilidade máxima de rejeitar acidentalmente uma
hipótese nula verdadeira. Um p-valor próximo de zero indica que a
hipótese nula é falsa, enquanto que um p-valor próximo de 1 indica que
não há evidências suficientes para se rejeitar a hipótese nula (Downing,
64
2000). Normalmente considera-se um p-valor de 0,05 como o patamar
para avaliar a hipótese nula. Se o p-valor for inferior a 0,05 pode-se
rejeitar a hipótese nula. Caso contrário, não há evidência para fazê-lo (o
que não significa que a hipótese nula seja verdadeira).
No teste específico apresentado na tabela 3.1, a hipótese nula é que a
regressão não é significativa, ou seja, que não há correlação linear entre
as variáveis sob análise. Desta forma, se não houver correlação linear, o
p-valor será maior que 0,05.
A aleatoriedade dos resíduos pode ser verificada através do gráfico resíduos versus
tempo. A presença de tendência neste gráfico indica um modelo não adequado e pode
indicar que termos de ordem maior poderiam ser adicionados ao modelo, uma
transformação sobre a variável x ou y ou ambas deve ser considerada ou outros
regressores devem ser adicionados (Montgomery, 2003).
65
3.5.3 – Regressão Polinomial
Uma série temporal pode ser descrita por meio de quatro diferentes parâmetros ou
componentes: tendência (T), sazonalidade (S), ciclo (C) e variações aleatórias (I). A
componente ‘tendência’ caracteriza um comportamento com uma dada regularidade
(constante, linear, quadrática, etc) ao longo de um período muito longo de tempo e é
identificada por um movimento persistente em alguma direção. A componente ‘sazonal’
é evidenciada quando os dados apresentam flutuações com periodicidade fixa,
geralmente inferiores a um ano. A componente ‘cíclica’ é caracterizada pelas oscilações
de subida e de queda, sem periodicidade fixa que afetam a tendência global da série,
sendo apenas detectável para séries longas. Finalmente, a componente ‘aleatória’ refere-
se aos fatores que não se repetem regularmente (Fonseca, 1982; Carrasco Gutierrez,
2003).
66
Uma vez determinadas as características da série temporal, é selecionado um modelo
estatístico para sua representação, que podem ser (Morettin, 2004):
67
valores anteriores da série. Por isso, estes modelos podem ser criados usando a técnica
dos mínimos quadrados para a estimação dos parâmetros, além de terem uma fácil
interpretação.
Num processo dito de média móvel (Moving Average), o valor presente da série é
expresso em função dos valores presente e passados das perturbações aleatórias, que
formam uma série de ruído branco. Isto é, um modelo de média móvel é construído
como uma regressão linear do valor presente da série sobre as perturbações aleatórias de
um ou mais valores anteriores da série. Admite-se que estas perturbações são geradas
por uma mesma distribuição, geralmente do tipo normal, com média zero e desvio
padrão constante.
A ordem deste processo depende do valor mais antigo da série de ruído branco
considerado e, assim, para um processo de média móvel de ordem q, a série exprime-se
como:
Z t = m + a t − θ 1 a t −1 − θ 2 a t − 2 − ...... − θ p a t − q (3.3)
Este modelo difere do anterior na medida em que cada perturbação aleatória se propaga
para os valores futuros da série.
Esta técnica foi popularizada por Box & Jenkins (1970) e combina as características dos
modelos autoregressivos AR e de média móvel MA. Um processo ARMA (p,q) de
ordem p,q representa-se por:
Z t = µ + φ1 Z t −1 + φ 2 Z t − 2 + ...... + φ p Z t − p + a t − θ 1 a t −1 − θ 2 a t − 2 − ...... − θ p a t − q (3.4)
68
Modelos auto-regressivos integrados e de média móvel (ARIMA)
Entretanto, a maioria das séries encontradas na prática apresenta alguma forma de não
estacionaridade. Quando dados originais não formam uma série estacionária, é
necessário transformá-los, sendo que o método de ajuste recomendado por Box &
Jenkins consiste em tomar diferenças sucessivas da série original, até se obter uma série
estacionária.
69
Identificação de um modelo Box& Jenkins
Na adoção de um modelo para uma série temporal, é necessário conhecer a relação entre
as observações atuais e as anteriores. Para tal são determinados os coeficientes de
autocorrelação amostral, que medem a correlação entre os valores de uma série com
os valores desta mesma série defasados de um dado número (1 ,2 ,..., k) de intervalos de
tempo.
As defasagens são feitas como exemplificado na Figura 3.3, que apresenta as séries st e
st-1 das poropressões medidas, por exemplo, no aterro de uma barragem de terra,
defasados de um intervalo de tempo (autocorrelação com lag 1) e de dois intervalos de
tempo (autocorrelação com lag 2, entre as séries st e st-2).
70
como usualmente denominado, um ‘ruído branco’) e, por outro lado, os
resíduos da série modelada devem ser aleatórios;
• Estacionaridade: para uma série temporal com tendência, os valores de rk,
(autocorrelações a k passos) não decairão para zero a não ser no caso de
defasagens muito grandes. Intuitivamente isto ocorre porque uma observação
de um lado da média tende a ser seguida por um grande número de
observações do mesmo lado (devido à tendência). Neste caso, pouca ou
nenhuma informação pode ser extraída do correlograma já que a tendência
dominará outras características; em outras palavras, a função de
autocorrelação só tem significado para séries estacionárias;
• Sazonalidade: Um padrão sazonal é, em geral, passível de fácil
identificação em um correlograma; com efeito, se uma série temporal
contém flutuações sazonais, o correlograma irá exibir oscilações na mesma
freqüência;
• Ordem q de um processo de Média Móvel: Um processo MA(q), tem FAC
finita, no sentido que ela apresenta um corte após o lag q. Neste caso, a
ordem do processo pode ser obtida diretamente do gráfico e corresponde ao
número de picos situados acima do intervalo de confiança.
71
A Tabela 3.2 resume como usar a função de autocorrelação para identificar o modelo de
uma série temporal:
Exponencial decaindo para zero Modelo AR. Usar o gráfico FACP para
identificar a ordem p do processo.
Valores alternando entre positivos e Modelo AR. Usar o gráfico FACP para
negativos, decaindo para zero (senóides identificar a ordem p do processo.
amortecidas).
Um ou mais picos com os restantes valores Modelo MA. A ordem q do modelo é
praticamente zero. identificada pelo valor do atraso em que a
função se anula.
Decaimento só começando após algumas Modelo ARMA.
defasagens.
Todos os valores próximos de zero. Dados essencialmente aleatórios.
Valores elevados em intervalos fixos. Sazonalidade.
Não se observa decaimento para zero. Série não estacionária.
72
As medidas de capacidade de estimação do modelo estão baseadas no erro de previsão
e = γ t − yˆ t , correspondente à diferença entre o valor real e o valor ajustado pelo modelo,
sendo as mais usuais as seguintes:
a) Erro percentual médio absoluto (MAPE), que reflete o valor médio do erro
percentual das previsões, dado por:
1 n alvo j − pred j
MAPE =
N
∑ j =1 alvo j
* 100 (3.8)
b) Erro médio quadrático (MSE) e raiz do erro médio quadrático (RMSE), tal que:
N
1
MSE =
N
∑ (alvo
j =1
j − pred j ) 2 (3.9)
∑ (alvo
j =1
j − pred j ) 2
U= (3.10)
N
∑ (alvo
j =1
j − alvo j −1 ) 2
Esta métrica mede quanto os resultados obtidos são melhores do que uma
previsão ingênua ou trivial, quando a melhor estimativa do próximo valor é o
próprio valor atual. O coeficiente U de Theil menor do que 1 indica uma
previsão melhor que a previsão trivial; quanto mais próximo o mesmo for de
zero, melhor será o resultado da previsão.
73
3.5.6 – Método das Médias Móveis Simples (MM)
Trata-se de um método que objetiva suavizar as variações das séries por um processo de
sucessivas médias. A técnica de média móvel consiste em calcular a média aritmética
das r observações mais recentes, isto é,
Z t + Z t −1 + ... + Z t − r +1
Mt = (3.11)
r
Assim, Mt, a observação efetuada num dado tempo t, é igual à média das observações Zt
no período de tempo desejado, sendo r a ordem do processo de MM. Por exemplo, uma
MM de ordem 3 sempre começará da 3ª observação da série, já que esta será a média
das 3 observações anteriores.
Utilizando-se este método, a previsão de todos os valores futuros da série é dada pela
última média móvel calculada, o que torna a sua utilização limitada para fins de
previsão.
74
estabelecer correlações significativas entre os dados ou porque a série temporal em
questão é francamente aleatória.
Quando isto ocorre, podem ser estabelecidos os valores máximos e mínimos para
intervalos pré-fixados, a serem adotados como valores esperados para as leituras no
respectivo período analisado. Estes intervalos são estabelecidos de acordo com algum
padrão de comportamento da série de dados, observado na sua análise descritiva.
75
uma abordagem inerentemente não-linear, fornecendo mais precisão quando da
modelagem de dados de padrões complexos.
Devido a estas características, as redes neurais têm sido cada vez mais utilizadas na
solução de problemas geotécnicos, tais como, por exemplo, na previsão de cargas em
estacas, modelagem do comportamento de solos, na estabilidade de taludes, em
problemas de liquefação e na previsão de vazões em drenos de fundação de barragens
de concreto.
Existem vários tipos de redes, cada uma com diferentes objetivos, arquiteturas e
algoritmos de aprendizagem, mas todos seguindo o esquema básico ilustrado na Figura
3.5.
Figura 3.5 - Esquema de uma análise por redes neurais (Carrasco Gutierrez, 2003)
76
CAPÍTULO 4
4.1 - Introdução
O limite da primeira faixa era fixado como sendo igual a duas vezes o valor deste desvio
padrão e o da segunda, igual a três vezes o valor do mesmo. Os limites da terceira faixa
eram fixados pelo projetista, com base no modelo matemático da estrutura e nos
coeficientes de segurança adotados. Neste caso, os modelos numéricos precisavam ser
‘calibrados’ com os dados da instrumentação (considerando que a barragem estava
77
funcionando adequadamente), para que pudessem ser estabelecidos valores passíveis de
serem utilizados como limites.
O Corps of Engineers (USACE, 2004) reforça que, para que seja possível identificar
comportamentos anômalos tanto das estruturas quanto dos próprios instrumentos, é
importante a pré-definição de faixas de valores aceitáveis para cada instrumento.
Somente o estabelecimento destas faixas e a automação da verificação imediata dos
dados pós-leituras tornam possível um diagnóstico precoce de anomalias no
78
comportamento de uma barragem e a otimização do potencial da instrumentação
instalada.
Limites de atenção são valores de alerta, estabelecidos abaixo dos limites de projeto,
que permitem reparos na barragem ou alteração nos procedimentos operacionais da
mesma, previamente ao estabelecimento de uma situação de risco iminente à sua
segurança. Estabelecem, portanto, um limite acima (ou abaixo) da faixa de dados
históricos e abaixo do fator de segurança de projeto.
79
Indicador de
Desempenho
80
4.3 – A automação nas análises preliminares dos dados da instrumentação
81
Ainda segundo o ICOLD (2000), a tendência dos novos meios tecnológicos para uma
melhor compreensão e um melhor controle da segurança de barragens é a aplicação das
técnicas de Inteligência Artificial, sendo as mais correntes os sistemas especialistas e os
sistemas de redes neurais.
82
monitoramento da barragem, capaz de avaliações e análises no caso de situações
atípicas ou potencialmente críticas de alarme.
Kupperman (2003) relata que grande parte das barragens brasileiras teve seus projetos
desenvolvidos nas décadas de 1960 a 1980. Nesta época não era usual a fixação
determinística de valores limites máximos para as medidas da instrumentação, devido às
dificuldades de modelagem numérica e pela pouca representatividade que os valores
obtidos poderiam ter.
Em geral, os únicos efeitos de ações que possuíam limites bem definidos eram as
subpressões atuantes e a temperatura, ambos em estruturas de concreto. As subpressões
eram limitadas aos diagramas estabelecidos pelo Bureau of Reclamation (EUA) e os
valores limites de temperaturas eram estabelecidos a partir de estudos de propagação
térmica realizados com base no método dos elementos finitos.
83
foram representadas por fatores tais como nível d’água, temperatura, pluviometria e
tempo, a saber:
84
A modelagem estatística, mediante análise multilinear de regressão acoplada com
análise de variância, tem sido aplicada na quantificação da dependência entre as
‘grandezas-efeito’ e as ‘grandezas-causa’, monitoradas nas barragens. Recentemente,
tem-se recorrido também às modelagens dos efeitos medidos através de técnicas de
inteligência artificial.
85
4.4.2 – CESP –Companhia Energética de São Paulo
O critério estabelecido previu que situações de atenção seriam atingidas quando valores
de referência fossem ultrapassados ou quando as medições indicassem o início de uma
tendência que desviasse do padrão estabelecido ao longo do tempo, que é função das
ações atuantes e seus efeitos. A hipótese básica adotada foi a seguinte: se as estruturas
das barragens funcionaram normalmente nos últimos 30 anos, então se os valores
medidos pelos instrumentos continuarem variando dentro de uma mesma faixa através
dos anos, mantidas todas as outras condições similares às do passado, o comportamento
da estrutura poderia ser considerado normal.
Dentro desta lógica, foram efetuadas análises de correlação das leituras com as forças
atuantes, a saber: nível d’água montante, nível d’água jusante e diferenças de nível
d’água a montante e jusante. Os conceitos básicos de estatística utilizados foram
distribuição normal, variância, distribuição de Student, intervalo de confiança, testes de
hipótese e significância, regressão linear simples e múltipla e coeficiente de correlação.
86
Segundo Kupperman et al. (2004), no estabelecimento dos valores limite para os dados
da instrumentação foram considerados dois casos distintos:
87
estudos de elevação do nível do reservatório para a instalação de uma unidade geradora
adicional (Ligocki et al., 2003).
Para tal, foram feitas simulações das condições de fluxo permanente utilizando o
programa PLAXIS 7.2 Pro, calibrando-se o modelo através de sucessivas simulações até
se obter a que melhor reproduzisse a linha freática observada no campo. Para a
barragem em operação, sob condição de fluxo permanente, considerou-se como situação
de operação normal aquela em que os níveis piezométricos conduziam a um fator de
segurança superior a 1,5. Como situação de atenção, foram consideradas as condições
de fluxo que resultavam em fatores de segurança entre 1,5 e 1,2. Condições de
estabilidade com fator de segurança inferior a 1,2 foram classificadas como situação de
emergência.
Quando estes limites se mostram muito discrepantes dos valores medidos em campo,
têm sido utilizados valores máximos e mínimos como valores limites.
88
CAPÍTULO 5
Este aproveitamento hidrelétrico possui ainda dois diques, com alturas de 7 e 17 metros,
constituídos por maciços de terra homogêneos, além de uma sela natural, que limitam a
área inundada pelo reservatório. A avaliação do comportamento dos dados da
instrumentação destas estruturas não está incluída no escopo deste trabalho.
89
A barragem principal apresenta uma seção transversal típica constituída por um núcleo
argiloso e esbelto, inclinado para montante, ligado a uma camada horizontal
impermeável junto à fundação. Segundo Carvalho (1998), o núcleo foi projetado
inclinado para diminuir a concentração de tensões no material adjacente, dados os
recalques diferenciais previstos entre o núcleo e o enrocamento, e facilitar o processo
construtivo durante o período chuvoso. A camada horizontal impermeável, incorporada
ao núcleo, denominada tapete interno impermeável, foi compactada sobre o horizonte
saprolítico da fundação, de forma a aumentar o caminho de percolação e colaborar na
redução dos recalques diferenciais. A incorporação da camada horizontal na seção
transversal da barragem foi, segundo Viotti (1997), uma importante contribuição ao
projeto de barragens de enrocamento com núcleo argiloso.
A Figura 5.2 mostra a seção transversal típica e os diversos materiais que constituem o
maciço da barragem.
90
A fundação é constituída predominantemente por rocha granito-gnáissica, ocorrendo a
profundidades variando entre 0 e 30m. O horizonte superior da rocha, com cerca de
10m de espessura, era constituído de rocha intemperizada com fraturas preenchidas com
solo. Logo abaixo, numa camada de 15m de espessura, encontrava-se rocha sã com
juntas abertas e, abaixo deste horizonte, ocorria rocha sã com juntas menores. Grande
parte do enrocamento foi assente em rocha e apenas parte do tapete impermeável
interno teve como fundação os saprolitos, correspondentes a 30% da área de fundação
na região das ombreiras.
91
No presente trabalho serão analisados os dados da piezometria, tensões totais e dos
recalques superficiais da barragem de enrocamento principal. As medidas das caixas
suecas e dos medidores de recalque Hall não serão avaliadas, pois estes instrumentos
danificaram-se logo após o enchimento do reservatório devido aos grandes recalques
verificados no enrocamento. Fato similar ocorreu com os piezômetros elétricos, que se
danificaram devido a descargas atmosféricas, mas que cumpriram o seu papel de
monitoramento da barragem durante a fase de enchimento do reservatório. Também não
serão estabelecidos valores limites para os inclinômetros, bem como para os medidores
de vazão, para os quais também não existem previsões de leituras pela projetista.
92
Instrumento Tipo Cota de Localização Periodicidade
Instalação de leitura
EMBTPH 206 577,28 Núcleo Mensal
EMBTPH 207 607,16 Núcleo Mensal
EMBTPH 208 Piezômetro Pneumático 623,04 Núcleo Mensal
EMBTPH 209 Hall 637,96 Núcleo Mensal
EMBTPH 210 514,14 Random (Fundação) Mensal
EMBTPH 211 508,63 Random (Fundação) Mensal
93
Cota de Periodicidade
Instrumento Tipo Posição Localização
Instalação de leitura
Figura 5.6 - Seção 2 – Estaca 10 + 0,0: células de pressão total utilizadas nas análises
Cota de Periodicidade
Instrumento Tipo Posição Localização
Instalação de leitura
EMBTPT 301 Células de Pressão 636,99 Núcleo Núcleo Mensal
EMBTPT 302 Total 637,02 Núcleo Núcleo Mensal
94
025
020
035
030
045
040 055
050
065
051
060
075
061
070 085
062
071
080 095
072 081
090
073 082 105
091
083 100
092 115
101
084
093 110 125
102
111
094
103 112
121
104 113
122 120
114
123
131
130
141
140
150
95
5.2 – Previsão de medidas da instrumentação por modelo determinístico
96
Existem vários estudos desenvolvidos imediatamente após o término da construção, que
buscam determinar módulos de deformabilidade para os enrocamentos através da
utilização dos resultados da instrumentação. No entanto, de acordo com Parra (2007),
não foram feitas tentativas na época de estabelecer novos limites determinísticos para os
recalques.
Tabela 5.3 – Parâmetros utilizados no modelo numérico adotado por Carvalho (1998)
Parâmetros de Deformabilidade
Material γ E ν
(kN/m3) (kPa)
Núcleo impermeável 20,0 40.000 0,30
Material de transição 20,0 100.000 0,34
Enrocamento e=0,60m 21,4 50.000 0,30
Enrocamento e=0,90m 20,8 40.000 0,31
Enrocamento e=1,20m 20,6 22.000 0,34
97
Tabela 5.4 – Correlação entre valores previstos e observados para a instrumentação
instalada na seção 2 da barragem principal da UHE Emborcação (Carvalho, 1998).
Esta análise teve como principal desafio a calibração do modelo numérico, esta tendo
sido executada através do ajuste das deformações do modelo com as reais medidas em
campo. Os parâmetros geotécnicos adotados foram obtidos através dos ensaios de
laboratório da época de construção e de novos ensaios executados em 2006, embora
persistindo a necessidade de se empregar alguns parâmetros estimados de projeto
(Tabela 5.5):
98
• Núcleo impermeável: parâmetros de resistência obtidos através de ensaios de
compressão triaxial tipo CUsat (adensado não drenado saturado), com
adensamento anisotrópico, utilizando-se uma relação de anisotropia K = 0,50,
valor este próximo ao Ko determinado durante a fase de projeto.
• Enrocamentos: neste caso, devido às óbvias dificuldades de ensaio de
enrocamentos, houve a necessidade de adoção dos parâmetros de projeto.
Apenas as densidades foram as médias obtidas em campo, sendo os parâmetros
de deformabilidade E e ν determinados através de retro-análises com base nos
valores dos deslocamentos verticais medidos pelos marcos de recalque
superficiais.
• Transições: Foram adotados os mesmos parâmetros de resistência dos
enrocamentos e as densidades médias obtidas em campo. Os parâmetros de
deformabilidade foram estimados através dos deslocamentos medidos em
campo.
99
ajustando-se uma curva de variação deste parâmetro com a tensão vertical. Os valores
utilizados nas análises foram os indicados na Tabela 5.6.
Figura 5.9 – Rede de fluxo pela Seção 2 da barragem (DAM Projetos, 2006)
100
As deformações e as cargas piezométricas obtidas pelo modelo numérico estão
apresentadas nas Tabela 5.7 e 5.8, respectivamente. Em ambos os casos, constata-se
uma discrepância significativa entre os valores previstos pelo modelo e os valores
medidos em campo pela instrumentação. Observa-se que os valores previstos para as
poropressões são, via de regra, inferiores aos obtidos pela instrumentação e, caso
utilizados como ‘valores limite’, a barragem estaria sempre em estado de alerta quando
no NA normal do reservatório. Para os recalques, a discrepância entre os valores
previstos e observados é ainda maior, sendo as deformações reais muito superiores
àquelas estimadas pelo modelo.
Tabela 5.7 – Correlação entre deslocamentos verticais medidos e calculados para o caso
de módulos ajustados para recalques observados em campo
(DAM Projetos, 2005)
Marco de Cota de Deslocamento Deslocamento
recalque Instalação Posição vertical medido vertical
superficial (m) atual (m) calculado (m)
MRS100 664,962 jusante 0,95 0,19
MRS101 634,729 jusante 1,69 0,71
MRS102 604,697 jusante 1,78 0,58
MRS103 574,388 jusante 0,59 0,20
MRS104 545,137 jusante 0,28 0,008
MRS105 664,915 montante 1,41 0,24
MRS107 604,728 montante - 2,04
MRS108 574,405 montante - 2,50
MRS109 558,760 montante - 2,25
Nota: Os marcos de recalque superficial MRS107, MRS108 e MRS109, instalados a
montante, foram inundados no final de 1981, não apresentando leituras atuais de
deslocamentos horizontais ou verticais.
101
Tabela 5.8 – Cotas piezométricas obtidas através da rede de percolação do modelo
numérico para a seção 2 (DAM Projetos, 2006)
Cotas Piezométricas
Valores
Instrumento Leituras da
determinados
Instrumentação Observações
pelo modelo
(mca)
(mca)
EMBTPH 201 13 4,71 Destivado
Salto nas leituras a partir de
EMBTPH 202 31,8 (64,31) 12,84
2001
EMBTPH 203 78 73 Desativado
EMBTPH 204 78 120,8
Salto nas leituras a partir de
EMBTPH 205 13 (32,8) 16,7
2001
EMBTPH 206 63,7 61,8
EMBTPH 207 48,2 34,9
EMBTPH 208 29,2 28,5
EMBTPH 209 6,7 16,7
EMBTPH 210 Localizados na fundação e não
- -
EMBTPH 211 modelados
102
preliminar automática dos dados, incorporando maior agilidade na detecção precoce de
problemas nesta estrutura. Portanto, impõe-se a proposição da determinação de valores
esperados para a instrumentação da barragem através de métodos estatísticos.
Todas as análises estatísticas foram feitas utilizando o sistema SAS (Statistical Analysis
System). O SAS é um sistema integrado de aplicações para a análise de dados, que
permite acessos a banco de dados, gerenciamento de arquivos, análises estatísticas,
geração de gráficos e geração de relatórios. O módulo utilizado foi o Enterprise Guide
3.0.2.414 (SAS, 2005), que comporta uma grande parte das potencialidades estatísticas
do programa, sendo hoje um dos softwares mais completos nesta área.
A segunda fase da análise dos dados consistiu na busca de variáveis explicativas para a
regressão. Para tal, foi feito o teste de correlação (‘Teste de Pearson’) das leituras dos
instrumentos com nível d’água de montante, de jusante e com a diferença entre estes
103
dois níveis. Este teste é feito automaticamente pelo SAS, considerando um nível de
significância de 95%, ou seja, aceitando-se como correlações significativas aquelas em
que o ‘p-valor’ é menor que 0,05.
Entretanto, verificou-se que apenas os piezômetros EMBTPH 103, 112, 114, 115, 207 e
302 apresentaram correlação satisfatória com a cota montante (Figura 5.10), sendo que
todos eles, à exceção do instrumento EMBTPH207, estão instalados na fundação Este
resultado já era esperado, tendo em vista que um piezômetro instalado em um maciço
compactado geralmente não apresenta uma resposta rápida às flutuações do nível do
reservatório, o que pode ser explicado pelo tempo de resposta do instrumento e,
principalmente, pelo tempo de percolação através do aterro da barragem.
Figura 5.10 – Piezometria dos medidores EMBTPH 207 e 104 e o nível d’ água do
reservatório, mostrando diferença nas respostas às variações do NA.
A solução usual para este tipo de problema tem sido buscar o time lag ideal que permita
a obtenção de correlações significativas entre as poropressões medidas e o nível do
reservatório de montante ou de jusante, ou seja, determinar qual a defasagem que deve
ser considerada entre cada nível d’água do reservatório e a respectiva leitura de um
instrumento.
104
No entanto, uma leitura prévia e detalhada dos dados mostrou que a maioria dos
piezômetros também não respondia diretamente a um dado valor defasado do nível do
reservatório, parecendo, na verdade, responder de acordo com um valor médio das
flutuações do nível de montante, ou seja, as leituras pareciam estar correlacionadas com
uma série suavizada dos níveis d’água do reservatório. Isto era mais visível à medida
que os instrumentos instalados no núcleo se distanciavam de montante.
Com base nesta observação, foi aplicada à série de níveis d’água de montante a técnica
de suavização de séries temporais por médias móveis (MM). Esta técnica foi aplicada à
série de leituras diárias do nível do reservatório e, para testar a correlação, foi utilizada a
nova observação da série na data referente à leitura do instrumento. Foram testados os
períodos de 5, 10, 30, 70, 90, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450 e 500 dias para a
Média Móvel e verificada a correlação da leitura dos instrumentos com cada uma das
séries suavizadas.
105
A utilização deste método permitiu obter uma variável com maior correlação com as
leituras de cada instrumento. Desta forma, para cada piezômetro e célula de pressão
total, a variável explicativa foi obtida aumentando-se gradativamente o número de dias
da média móvel da cota montante, até que o maior o coeficiente de correlação fosse
alcançado.
106
da cota piezométrica. Para fins de análise destes instrumentos, foram estabelecidas
correlações a partir da data quando ocorreu a estabilização das leituras no novo patamar,
considerando-se este padrão como representativo de um comportamento aceitável para
os dados em questão.
Uma vez obtidos parâmetros de correlação adequados para cada instrumento, foram
traçados gráficos de dispersão dos dados, para verificar o comportamento do
instrumento e evidenciar valores discrepantes que poderiam ser decorrentes de erros de
leitura. Os dados anômalos foram retirados e para justificar esta eliminação foi feita a
análise de regressão, antes e depois da retirada, e feita uma comparação entre os
resultados. A retirada foi justificada quando se verificava uma diminuição do MSE (erro
quadrático médio), um aumento do R-square (porcentagem de variabilidade dos dados
explicados pelo modelo) e uma melhor adequação dos resíduos, que, em alguns casos,
passaram a assumir uma distribuição normal.
107
Figura 5.13 – Comparação entre as cotas piezométricas do EMBTPT106 e a série
temporal dos níveis do reservatório.
PH106 PH106
CM 0.97178 MM_70 0.96022
CM <.0001 MM_70 <.0001
MM_5 0.97293 MM_90 0.94629
MM_5 <.0001 MM_90 <.0001
MM_10 0.97378 MM_100 0.93846
MM_10 <.0001 MM_100 <.0001
MM_30 0.97533 MM_150 0.89697
MM_30 <.0001 MM_150 <.0001
MM_50 0.97026
MM_50 <.0001
108
Considerando então a variável explicativa como sendo a média móvel de 30 dias do
nível d’água do reservatório (MM30), para a qual foi maximizado o coeficiente de
correlação, procedeu-se a uma análise de regressão dos dados brutos da cota
piezométrica (289 observações) e a qualidade do resultado foi estudada através da
análise da variância e da análise dos resíduos.
Tabela 5.10 – Análise da variância para o EMBTPH106, antes da retirada dos pontos
discrepantes (saída automática do SAS)
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 9376.84865 9376.84865 5250.30 <.0001
Error 269 480.42439 1.78596
Total 270 9857.27305
Root MSE 1.33640 R-Square 0.9513
Dependent Mean 635.71654 Adj R-Sq 0.9511
Coeff Var 0.21022 DW 0.829
109
A análise residual foi executada para verificar a suposição de que os erros sejam
distribuídos de forma aproximadamente normal, com variância constante. Os resíduos
foram testados quanto à sua normalidade, lembrando-se que para uma distribuição
normal o ‘p-valor’ do teste deve ser maior que 0,05 (H0: os resíduos apresentam
distribuição normal). Os testes de normalidade foram feitos automaticamente pelo SAS
e verifica-se que os resíduos não se apresentaram normais para os quatro testes feitos
pelo programa, considerando-se o resultado pouco satisfatório.
110
Figura 5.15- Análise dos resíduos da reta de regressão do EMBTPH106, antes da
retirada dos pontos discrepantes (saída automática do SAS)
111
Tabela 5.12- Análise da variância para o EMBTPH106, após a retirada dos pontos
discrepantes ou outliers (saída automática do SAS)
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 9368.55169 9368.55169 6843.47 <.0001
Error 265 362.77879 1.36898
Total 266 9731.33048
Figura 5.16- Reta de regressão do EMBTPH106, após a retirada dos pontos discrepantes.
Tabela 5.13- – Teste de normalidades para os resíduos, após a retirada dos outliers
112
Figura 5.17- Análise dos resíduos da reta de regressão do EMBTPH106, após a retirada
dos pontos discrepantes.
113
Para o piezômetro EMBTPH108, foi feita a regressão utilizando como variável
explicativa a Média Móvel de período 30 da Cota Montante. Nesta regressão, não foram
encontrados dados anômalos e os resíduos foram normais. Contudo a variância tende a
aumentar com a magnitude da MM30, infringindo a suposição de homocedasticidade, e
o gráfico de resíduos versus tempo apresenta um comportamento não aleatório,
infringindo a suposição de independência. Para tentar resolver estes problemas foram
tomadas as seguintes ações:
Para os piezômetros EMBTPH 107, 111, 208 e 210, os resíduos não apresentaram uma
distribuição normal. Numa tentativa de normalização destes dados, foram feitas as
seguintes transformações na variável dependente cota piezométrica: logaritmo na base
neperiana, raiz quadrada, inverso da raiz e inverso do logaritmo neperiano, todas elas
sem sucesso.
Assim, para estes instrumentos foram mantidas as correlações obtidas, dado que
nenhuma das técnicas adicionais utilizadas conseguiu melhorar os resultados anteriores.
As análises desenvolvidas para cada instrumento encontram-se resumidas no Anexo I e
a Tabela 5.14 apresenta a síntese dos resultados obtidos por meio dos métodos de
regressão.
114
Tabela 5.14 – Modelos de previsão obtidos por meio dos métodos de regressão
115
5.3.2 - Previsão de pressões no maciço e fundações utilizando método de Séries
Temporais
116
8. Comparação entre as análises estatísticas, MAPE e RMSE dos conjuntos de
treinamento e validação.
117
Autocorrelations - FAC Partial Autocorrelations - FACP
Lag -9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Lag - 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 | . |** | 1 | . |** |
2 | . | . | 2 | . | . |
3 | . | . | 3 | . | . |
4 | .**| . | 4 | **| . |
5 | . |**. | 5 | . |** |
6 | . | . | 6 | . | . |
7 | . | . | 7 | . | . |
8 | . |*** | 8 | . |** |
9 | . | . | 9 | . | . |
10 | . | . | 10 | . |*. |
11 | . *| . | 11 | .*| . |
12 | *********| . | 12 | *********| . |
A identificação do modelo foi feita com base na análise das funções de autocorrelação
FAC e FACP, mostradas na figura 5.19. O pico no lag 12 da FACP indica sazonalidade
e, por isso, o modelo utilizado foi do tipo SARIMA (p,d,q)(p,d,q)S.
O modelo final que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (0,1,0)(0,1,2)12 , onde,
no primeiro parênteses, os números zero indicam que não foram estimados parâmetros
autoregressivos nem médias móveis neste modelo e o número 1 indica que foi feita uma
diferenciação. No segundo parênteses, referente à parte sazonal, não houve parâmetros
autoregressivos estimados, aplicou-se uma diferenciação sazonal e dois parâmetros de
média móvel foram estimados.
PH 106 t = PH 106 t −1 + PH 106 t −12 − PH 106 t −13 − 0.68536 * a t −12 − 0.13299 * a t −19 + a t (5.2)
118
Para qualificar o modelo foram avaliados os seus resíduos, que a priori não devem
apresentar correlações significativas no tempo. Para tal, foi feito um teste de
autocorrelação dos resíduos, variando de 6 a 48 passos atrás, de forma a se verificar a
correlação de uma observação com até a quadragésima oitava observação anterior.
Neste teste, a hipótese nula é que os resíduos sejam um ruído branco ao nível de 95% de
significância (p-valores maiores que 0,05). A tabela 5.15 mostra que todos os p-valores
são superiores a 0,05, concluindo que o modelo estimado é adequado.
To
Lag Chi-Square DF P-valor Autocorrelations
6 7.34 4 0.1191 0.130 -0.005 0.031 -0.065 0.070 -0.107
12 10.41 10 0.4055 -0.061 0.088 -0.044 -0.035 0.047 0.008
18 16.10 16 0.4462 0.059 0.039 -0.044 0.098 0.029 -0.132
24 19.42 22 0.6192 -0.004 -0.125 -0.044 -0.001 -0.030 0.033
30 22.01 28 0.7809 0.032 -0.049 0.037 -0.017 -0.069 0.081
36 26.73 34 0.8080 0.016 -0.029 -0.013 -0.158 0.001 -0.074
42 34.86 40 0.7005 -0.152 -0.133 -0.093 -0.031 -0.034 -0.089
48 40.42 46 0.7045 -0.043 -0.039 -0.102 0.090 0.137 0.008
119
que foram utilizados na estimação do modelo com dados que não foram utilizados nessa
estimação. Desta forma, o modelo foi considerado um bom mecanismo preditor.
RMSE MAPE
O método de séries temporais foi utilizado para os piezômetros EMBTPH 104, 105,
106, 206, 207, 208, 209, 210 e 211, para que sua aplicabilidade pudesse ser verificada e
para que a qualidade dos resultados pudesse ser comparada com o método de regressão,
tendo sido obtidos os modelos apresentados na Tabela 5.16.
O Anexo II apresenta o resumo dos estudos de séries temporais desenvolvidos para cada
um dos piezômetros e células de tensão total instalados na barragem principal da Usina
de Emborcação.
120
Tabela 5.16 – Modelos de previsão obtidos por séries temporais
SARIMA (0,1,0)(0,1,1)12
EMBTPH104
(1 − B 12 ) * (1 − B ) * PH 104 = (1 − 0.86542B (12 ) ) * a t
SARIMA (0,1,0)(0,1,1)12
EMBTPH105
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 105 = (1 − 0.72943B (12 ) ) * a t
SARIMA (0,1,0)(0,1,2)12
EMBTPH106
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 106 = (1 - 0.68536 B (12) - 0.13299 B (19) ) * a t
SARIMA (0,1,0)(0,1,2)12
EMBTPH206
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 206 = (1 - 0.81384B (12) - 0.11980B (20) ) * a t
SARIMA (2,1,0)(0,1,1)12
EMBTPH207 (1 - 0.84114 B (12) ) * at
(1 − B (12 ) ) * (1 − B) * PH 207 t =
(1 - 0.17733 B (1) - 0.12664 B (2) )
SARIMA (2,1,1)(0,1,1)12
EMBTPH208 (1 - 0.9227B (12) )(1 − 0.09472 B ( 7 ) ) * a t
(1 − B (12 ) ) * (1 − B) * PH 208 t =
(1 - 0.17471 B (1) - 0.10715 B (2) )
SARIMA (3,1,0)(0,1,2)12
EMBTPH209 (1 - 0.80 B ( 12 ) + 0.19 B (27) ) * a t
(1 − B (12 )
) * (1 − B ) * PH 209 t =
(1 + 0.21 B (1) + 0.16 B (3) + 0.15 B (4) )(1 + 0.19 B (15) )
SARIMA (1,1,0)(0,1,1)12
EMBTPH210 (1 - 0.83125 B (12) ) * at
(1 − B)(1 − B (12) ) * PH 210 =
(1 + 0.18906 B (4) )
SARIMA (2,1,0)(0,1,1)12
EMBTPH211 (1 − 0.79393(12 ) ) * at
(1 − B)(1 − B (12 ) ) * PH 211 =
(1 − 0.13004 B (1) + 0.13685 ( 2) )
121
5.3.3 – Comparação dos resultados obtidos através dos Métodos de Regressão e
Séries Temporais na previsão das poropressões
A comparação entre os resultados obtidos por meio dos dois métodos foi feita
utilizando-se os erros MAPE (erro médio percentual) e RMSE (raiz do erro médio).
Embora não tenham sido utilizadas as mesmas bases de dados nas técnicas de regressão
(conforme item 5.3.1) e de série temporal (conforme item 5.3.2 desta dissertação),
foram empregadas aquelas que melhor representaram a distribuição dos dados para cada
um dos métodos, possibilitando, assim, a melhor estimativa possível, em ambos os
casos, para fins da consistência da comparação implementada.
Uma possível explicação para as séries temporais terem se mostrado mais eficazes na
previsão das leituras dos piezômetros 209 e 211 seria o emprego de uma série menor de
dados para estes instrumentos nas análises de regressão, devido à mudança de
comportamento das medidas a partir do ano 2003. Por outro lado, as séries temporais
utilizaram todas as leituras na composição do modelo. Entretanto, o EMBTPH210
utilizou todos os dados do histórico de medidas nos dois modelos e o de séries
temporais conduziu a menor erro na previsão dos valores futuros.
122
5.4 – Previsão de recalques
A figura 5.21 mostra a estabilização dos recalques com o tempo, com a velocidade de
recalque tendendo para zero, mas podendo ser observadas pequenas variações nas
leituras, para mais ou para menos, em campanhas de levantamento consecutivas. A
figura 5.22 mostra um zoom do gráfico anterior para o marco de recalque superficial
EMBTMS 120, comprovando estas variações nas leituras a partir do ano 2000.
123
Figura 5.21- Evolução dos recalques medidos pelos marcos superficiais EMBTMS 120,
121, 122 e 123 ao longo do tempo.
Figura 5.22- Detalhe (zoom) da figura anterior, mostrando a evolução dos recalques
mais recentes medidos para o EMBTMS 120.
124
Na tentativa de minimizar os erros e fatores externos, foi aplicada a técnica de média
móvel à série das velocidades, tendo sido testados os períodos de 3, 4, 5, 6 e 7
campanhas consecutivas de controle de recalques. Deve-se atentar para o fato que as
leituras de recalque na barragem de Emborcação são semestrais, ou seja, três campanhas
consecutivas de recalque equivalem a um período de tempo de um ano. A Figura 5.23
mostra que a aplicação da técnica de médias móveis elimina parte das oscilações nas
velocidades de recalque devidas a imprecisões nas leituras.
EMBTMS020
0,1
0,08
0,06
V (cm/dia)
0,04
0,02
-0,02
out-81
out-83
out-85
out-87
out-89
out-91
out-93
out-95
out-97
out-99
out-01
out-03
out-05
Velocidade MM10
Para escolher a média móvel a ser utilizada para as previsões dos recalques, foi traçado
o gráfico das médias móveis correspondentes às 3, 4, 5, 6 , 7 e 10 últimas velocidades
de recalque para cada marco de recalque superficial (figura 5.24). Verificou-se que, para
a maioria dos instrumentos, o maior valor da média móvel ocorre para a MM4. Apenas
para os instrumentos localizados nas ombreiras EMBTMS 020 a 060, 131, 140, 141 e
150, onde a altura da barragem é menor, ocorre que o maior valor da média móvel é
dado pela MM10.
125
0,0060
0,0050
0,0040
0,0030
V (cm /d ia)
0,0020
0,0010
0,0000
-0,0010
-0,0020
E M B T M S 003
E M B T M S 020
E M B T M S 035
E M B T M S 045
E M B T M S 051
E M B T M S 060
E M B T M S 062
E M B T M S 070
E M B T M S 072
E M B T M S 075
E M B T M S 081
E M B T M S 083
E M B T M S 085
E M B T M S 091
E M B T M S 093
E M B T M S 095
E M B T M S 101
E M B T M S 103
E M B T M S 105
E M B T M S 111
E M B T M S 113
E M B T M S 115
E M B T M S 121
E M B T M S 123
E M B T M S 130
E M B T M S 140
E M B T M S 150
MM3 MM4 MM5 MM6 MM7 MM10
Figura 5.24- Médias móveis das velocidades de recalque para os marcos de recalque
superficial da Barragem de Emborcação
Para testar a utilização do valor da média dos quatro (ou dez) últimos valores de
velocidade de recalque para estimar o próximo valor de recalque a ser lido, excluiu-se o
último valor efetivamente medido do conjunto de dados. Trabalhou-se, pois, com o
conjunto das leituras anteriores, fazendo a previsão um passo a frente e comparando-se
com o último valor lido, o que é apresentado na tabela 5.17.
O resultado obtido não foi satisfatório, podendo ser observados recalques estimados
inferiores aos reais para 35 dos 52 marcos de recalque superficial instalados na
barragem, sendo a maioria dos valores reais muitas vezes superior ao valor previsto.
Para os demais 17, a previsão foi superior ao valor medido em campo, mas a precisão
também foi baixa. Concluiu-se que o método avaliado não é eficaz na previsão de
recalques e que há a necessidade do estudo dos erros envolvidos nos levantamentos
topográficos para que seja possível compor uma metodologia adequada de previsão.
126
Tabela 5.17 – Previsões de recalque para a Barragem de Emborcação
Instrumentos Velocidades de Tempo Recalque previsto Recalque medido Desvio
Recalque Médias (dias) (cm) (cm) (cm)
(cm/dia)
EMBTMS020 -0,0002 187 -0,044 0,800 0,844
EMBTMS025 -0,0002 187 -0,040 0,900 0,940
EMBTMS030 -0,0002 187 -0,040 0,700 0,740
EMBTMS035 -0,0002 187 -0,040 0,900 0,940
EMBTMS040 -0,0012 187 -0,223 0,800 1,023
EMBTMS045 -0,0004 187 -0,071 0,900 0,971
EMBTMS050 -0,0009 187 -0,167 0,800 0,967
EMBTMS051 -0,0001 187 -0,020 8,800 8,820
EMBTMS055 0,0003 187 0,060 0,900 0,840
EMBTMS060 0,0009 187 0,166 0,800 0,634
EMBTMS061 0,0005 187 0,100 -0,200 -0,300
EMBTMS062 0,0003 187 0,060 -0,200 -0,260
EMBTMS065 0,0009 187 0,160 1,400 1,240
EMBTMS070 0,0017 187 0,320 0,900 0,580
EMBTMS071 0,0013 187 0,240 -0,100 -0,340
EMBTMS072 0,0010 187 0,180 -0,100 -0,280
EMBTMS073 0,0001 187 0,020 0,300 0,280
EMBTMS075 0,0019 187 0,360 0,900 0,540
EMBTMS080 0,0022 187 0,420 0,900 0,480
EMBTMS081 0,0020 187 0,380 0,000 -0,380
EMBTMS082 0,0013 187 0,240 0,000 -0,240
EMBTMS083 0,0005 187 0,100 0,400 0,300
EMBTMS084 0,0001 187 0,020 0,100 0,080
EMBTMS085 0,0045 187 0,840 1,200 0,360
EMBTMS090 0,0026 187 0,480 0,800 0,320
EMBTMS091 0,0024 187 0,440 0,000 -0,440
EMBTMS092 0,0016 187 0,300 0,000 -0,300
EMBTMS093 0,0005 187 0,100 0,400 0,300
EMBTMS094 0,0004 187 0,080 0,200 0,120
EMBTMS095 0,0042 187 0,780 0,900 0,120
EMBTMS100 0,0027 187 0,500 0,800 0,300
EMBTMS101 0,0021 187 0,400 -0,100 -0,500
EMBTMS102 0,0014 187 0,260 0,000 -0,260
EMBTMS103 0,0004 187 0,080 0,400 0,320
EMBTMS104 0,0004 187 0,080 0,200 0,120
EMBTMS105 0,0055 187 1,020 1,100 0,080
EMBTMS110 0,0024 187 0,440 0,600 0,160
EMBTMS111 0,0019 187 0,360 0,000 -0,360
EMBTMS112 0,0013 187 0,240 0,000 -0,240
EMBTMS113 0,0003 187 0,060 0,500 0,440
EMBTMS114 0,0003 187 0,060 0,000 -0,060
EMBTMS115 0,0046 187 0,860 0,900 0,040
EMBTMS120 0,0021 187 0,400 0,600 0,200
EMBTMS121 0,0017 187 0,320 0,000 -0,320
EMBTMS122 0,0012 187 0,220 0,100 -0,120
EMBTMS123 0,0003 187 0,060 0,500 0,440
EMBTMS125 0,0042 187 0,780 2,800 2,020
EMBTMS130 0,0009 187 0,160 0,400 0,240
EMBTMS131 0,0000 187 0,000 -0,200 -0,200
EMBTMS140 0,0007 187 0,131 0,400 0,269
EMBTMS141 -0,0002 187 -0,035 -0,300 -0,265
EMBTMS150 0,0005 187 0,087 0,200 0,113
Obs. Média das 4 últimas veloc. de recalque, e das últimas 10 para os marcos de recalque em
vermelho.
127
No entanto, para fins de estabelecimento de valores limite, acima dos quais as equipes
de monitoramento da segurança de barragens deveriam ser alertadas, as análises das
variações das velocidades de recalque com o tempo poderiam ser utilizadas. Isto pode
ser verificado através da mesma simulação anterior, retirando-se os últimos valores de
recalque medidos em campo para serem utilizados como conjunto de validação. Para tal
foi elaborada a planilha 5.18, estabelecendo-se um alerta quando a velocidade de
recalque atual (variação entre as duas últimas campanhas de medição) ultrapassasse a
velocidade de recalque anterior ou a média das quatro (ou dez, para os marcos
superficiais instalados nas proximidades das ombreiras) últimas velocidades calculadas.
025
020
035
030
045
040 055
050
065
051
060
075
061
070 085
062
071
080 095
072 081
090
073 082 105
091
083 100
092 115
101
084
093 110 125
102
111
094
103 112
121
104 113
122 120
114
123
131
130
141
140
150
128
Tabela 5.18 – Alertas para mudanças nas velocidades de recalque
da Barragem de Emborcação
Recalque
Velocidade Média móvel Velocidade Velocidade Velocidade
Marcos de medido na
de recalque da velocidade Tempo atual de atual > vel. atual > média
Recalque última
anterior de recalque (dias) recalque anterior de móvel da vel.
Superficial campanha
(cm/dia) (cm/dia) (cm/dia) recalque recalque
(cm)
EMBTMS020 0,000 -0,0002 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS025 -0,001 -0,0002 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS030 0,000 -0,0002 187 0,700 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS035 -0,001 -0,0002 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS040 -0,001 -0,0012 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS045 -0,001 -0,0004 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS050 0,000 -0,0009 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS051 0,002 -0,0001 187 8,800 0,047 Alerta Alerta
EMBTMS055 -0,001 0,0003 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS060 0,001 0,0009 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS061 0,003 0,0005 187 -0,200 -0,001 Verde Verde
EMBTMS062 0,002 0,0003 187 -0,200 -0,001 Verde Verde
EMBTMS065 0,000 0,0009 187 1,400 0,007 Alerta Alerta
EMBTMS070 0,001 0,0017 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS071 0,004 0,0013 187 -0,100 -0,001 Verde Verde
EMBTMS072 0,032 0,0010 187 -0,100 -0,001 Verde Verde
EMBTMS073 -0,001 0,0001 187 0,300 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS075 0,001 0,0019 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS080 0,001 0,0022 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS081 0,004 0,0020 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS082 0,002 0,0013 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS083 -0,002 0,0005 187 0,400 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS084 0,001 0,0001 187 0,100 0,001 Alerta Alerta
EMBTMS085 0,001 0,0045 187 1,200 0,006 Alerta Alerta
EMBTMS090 0,002 0,0026 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS091 0,005 0,0024 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS092 0,002 0,0016 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS093 -0,001 0,0005 187 0,400 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS094 -0,001 0,0004 187 0,200 0,001 Alerta Alerta
EMBTMS095 0,002 0,0042 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS100 0,002 0,0027 187 0,800 0,004 Alerta Alerta
EMBTMS101 0,006 0,0021 187 -0,100 -0,001 Verde Verde
EMBTMS102 0,002 0,0014 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS103 -0,001 0,0004 187 0,400 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS104 -0,001 0,0004 187 0,200 0,001 Alerta Alerta
EMBTMS105 0,002 0,0055 187 1,100 0,006 Alerta Alerta
EMBTMS110 0,002 0,0024 187 0,600 0,003 Alerta Alerta
EMBTMS111 0,006 0,0019 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS112 0,002 0,0013 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS113 -0,001 0,0003 187 0,500 0,003 Alerta Alerta
EMBTMS114 -0,001 0,0003 187 0,000 0,000 Alerta verde
EMBTMS115 0,002 0,0046 187 0,900 0,005 Alerta Alerta
EMBTMS120 0,001 0,0021 187 0,600 0,003 Alerta Alerta
EMBTMS121 0,005 0,0017 187 0,000 0,000 Verde Verde
EMBTMS122 0,002 0,0012 187 0,100 0,001 Verde Verde
EMBTMS123 -0,001 0,0003 187 0,500 0,003 Alerta Alerta
EMBTMS125 -0,009 0,0042 187 2,800 0,015 Alerta Alerta
EMBTMS130 -0,001 0,0009 187 0,400 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS131 0,005 0,0000 187 -0,200 -0,001 Verde Verde
EMBTMS140 -0,001 0,0007 187 0,400 0,002 Alerta Alerta
EMBTMS141 0,005 -0,0002 187 -0,300 -0,002 Verde Verde
EMBTMS150 -0,0005 0,0005 187 0,200 0,001 Alerta Alerta
Obs. Marcos superficiais assinalados em cinza são aqueles localizados nas ombreiras para os quais foi uitlizada a
Média Móvel 10.
129
5.5 – Relações entre tensões totais e pressões piezométricas
A análise visual dos gráficos das tensões totais e das poropressões desenvolvidas ao
longo do tempo mostra que a diferença entre estes valores para pares de instrumentos é
aparentemente constante. Para comprovar esta observação, inicialmente foram traçados
os gráficos da diferença (PT-PH) para cada par de piezômetro e célula de tensão total
associada. Como estes gráficos evidenciaram que as variações das diferenças no tempo
eram significativas, foram aplicadas as seguintes transformações nas variáveis para
reduzir estas oscilações: PT/PH ; PT/(PT-PH) e (PT-PH)/PT. A análise descritiva dos
dados mostrou que a transformação (PT-PH)/PT foi a que conduziu a um menor desvio
padrão, conforme apresentado no Anexo IV.
130
(PT-PH)
PT
1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
mar-81
mar-82
mar-83
mar-84
mar-85
mar-86
mar-87
mar-88
mar-89
mar-90
mar-91
mar-92
mar-93
mar-94
mar-95
mar-96
mar-97
mar-98
mar-99
mar-00
mar-01
mar-02
mar-03
mar-04
mar-05
mar-06
(PT(215)-PH)/PT (PT(214)-PH)/PT
131
Para os instrumentos EMBTPT206 e PH205, as diferenças entre as pressões medidas
oscilam, em torno de uma média, até o ano de 2001, quando há uma queda abrupta neste
valor, ocorrendo a estabilização das diferenças em um patamar inferior. Para este par de
instrumentos, o valor mínimo da relação (PT-PH)/PT a ser considerado aceitável será
igual a 0,664 kg/cm2, que corresponde ao menor valor observado após 2005,
desconsiderando-se portanto os picos ocorridos após 2001. O mesmo comportamento é
observado para o EMBTPT207 e PH205 e o valor mínimo a ser considerado será igual a
0,475 kg/cm2.
132
Finalmente, os instrumentos EMBTPT215 e PH208 apresentam valores praticamente
estabilizados das diferenças entre as pressões medidas desde 2000. O valor de controle
será de 0,531 kg/cm2, que corresponde ao menor valor obtido após este ano.
Constata-se que as diferenças entre tensão total e poropressão num mesmo ponto são
mais estáveis para os instrumentos instalados mais a jusante do núcleo e isto ocorre
porque a influência das variações do nível d’água do reservatório é mais amortecida por
estes instrumentos, como discutido anteriormente. Percebe-se ainda que a resposta dos
piezômetros e das células de tensão total também não se dá conforme uma mesma regra
de correlação, o que causa variações nas diferenças entre as pressões registradas por
estes instrumentos.
Os estudos de correlação entre estas medidas podem ser aprofundados, mas neste
trabalho serão adotadas as diferenças definidas como valores de controle, ou seja,
valores inferiores a estes tomados como referências serão considerados anômalos. Esta
análise é importante como complementar os estudos de correlação das medidas de
tensão com a cota montante, tendo em vista que as correlações das células de pressão
total foram feitas apenas com as leituras a partir de 2003, quando houve uma variação
injustificada no patamar dos valores medidos.
Os limites de projeto são aqui definidos conforme USACE (2004), ou seja, são os
valores estabelecidos pela projetista que representam os valores admissíveis para
deslocamentos e pressões gerados na barragem para o coeficiente de segurança de
projeto, lembrando que para Emborcação deverão ser selecionados aqueles passíveis de
utilização.
133
Os limites de consistência são definidos como aqueles determinados estatisticamente e
que antecipam a faixa de medidas esperada para um dado parâmetro monitorado, tendo
em vista o seu histórico de leituras ao longo do tempo. Neste caso, serão obtidos a partir
do gráfico de correlação entre as cotas piezométricas e tensões totais e o nível d’água do
reservatório, e definem as seguintes faixas de comportamento (Figura 5.27):
• Zona de inconsistência: o valor lido por um instrumento está fora da faixa pré-
definida pelos limites de consistência estabelecidos, mas abaixo do limite de
projeto. Neste caso, a leitura deve ser investigada quanto à sua correção, o
funcionamento do instrumento deverá ser verificado e deverão ser estudadas as
causas do comportamento anômalo.
Zona de Inconsistência
ia
t ênc
n sis
e Co
d
na
Zo Zona de Inconsistência
134
Com base nos limites de projeto e limites de consistência, pode ser estabelecido um
sistema de alerta, que indique situações anormais a serem analisadas pela equipe de
segurança de barragens:
A caracterização dos alertas para análise preliminar dos dados da piezometria e tensões
totais por sistema informatizado de gerenciamento da instrumentação poderá ser feita
conforme fluxograma exposto a seguir (Figura 5.28):
135
Leitura do PH ou PT
Sim
Inferior ao
Não Alerta de
Limite de
projeto ? Projeto
Sim
Dentro da Sim
Zona de Operação Normal
Consistência
Não
Demais
Valor anterior instrumentos da
Não mesma seção dentro
dentro da Zona
de Consistência? da Zona de
Consistência?
Sim
Demais instrumentos
Não Possível alteração do
da mesma seção
comportamento na seção
dentro da Zona de
instrumentada
Consistência?
Sim Não
Sim
Uma medida numa seção Várias medidas numa seção Uma medida 2 leituras Várias medidas fora da
instrumentada fora da Zona instrumentada fora da Zona de consecutivas fora da Zona de Consistência,
de Consistência Consistência Zona de Consistência sendo pelo menos 1
delas por 2 leituras
consecutivas
136
No estabelecimento de valores limites ou de controle para os recalques da Barragem de
Emborcação também serão desconsiderados os limites de projeto, tendo em vista que os
valores esperados já foram, em muito, superados pelos efetivamente medidos em
campo.
A caracterização dos alertas para análise preliminar dos dados de recalque por sistema
informatizado de gerenciamento da instrumentação poderá ser feita conforme
fluxograma e alarmes indicados na figura 5.29.
137
Recalque medido em
campo
Velocidade atual de
recalque - Vt
Sim
Vt<0 ?
Não
Inferior à V (t-1) e
inferior à média das 4 Sim Recalques tendendo
últimas veloc. de à estabilização
recalque?
Não
Atenção:
Superior à V(t-1)? Sim Acima da
velocidade
anterior
Não
Atenção:
Superior à média Sim Acima da
das 4 últimas veloc. velocidade
de recalque?
média
Não
Figura 5.29 – Fluxograma de análise preliminar dos dados de recalque para a Barragem
de Emborcação por sistema informatizado de gerenciamento da instrumentação.
138
CAPÍTULO 6
A Usina Hidrelétrica de Piau foi construída pela CEPIAU e incorporada pela Cemig em
1962. Está localizada no rio Piau, no município de mesmo nome em Minas Gerais, a
240km de Belo Horizonte. Sua potência instalada é de 18 MW, tendo entrado em
operação em junho de 1955. O reservatório formado pela barragem (Figura 6.1) possui
volume de 0,42 x 106 m3 e, para extravasar a cheia de projeto, existem um vertedouro
principal tipo descarga livre na margem direita com capacidade máxima de 300m³/s e
um vertedouro tipo tulipa com capacidade de 60m³/s.
139
A estrutura principal da barragem consiste de um maciço de terra homogênea (Figura
6.2), com altura máxima de 23,5 m e comprimento da crista de 95 m. O projeto e a
construção da barragem foram de responsabilidade da Geotécnica S.A., sendo o
empreendimento executado entre 1951 e 1954.
140
Figura 6.3– Seção típica e aspectos do sistema de drenagem interna da barragem
Desde o primeiro ano de operação, a barragem de terra passou por diversas intervenções
visando melhorar e controlar a percolação pelo maciço, fundação e, especialmente, pela
região junto da ombreira esquerda.
141
Em abril de 1971, pequenas surgências e áreas empoçadas apareceram novamente junto
ao pé da barragem, na região da ombreira esquerda. Estas surgências foram monitoradas
visualmente e através da instrumentação instalada durante oito anos. Em 1979, a Cemig
projetou e executou uma trincheira drenante (Figura 6.4 – C) para rebaixar o nível
freático na região, objetivando solucionar definitivamente o problema. Esta trincheira
drenante consistia de um dreno de areia envolvendo uma manilha de concreto poroso.
Figura 6.4 – Obras executadas visando o controle das percolações da barragem de Piau
142
implementadas novas análises de percolação e estabilidade da barragem e estabelecidos
valores de controle determinísticos para as leituras da instrumentação, para que a equipe
de segurança de barragens pudesse ser alertada caso houvesse novas mudanças no
comportamento das medidas de pressão e vazões de percolação.
Cota de Periodicidade
Instrumento Tipo Localização
Instalação da leitura
Estaca 0+ 13m
PIBTMN002 Medidor de nível d’água 622,963 Aterro Quinzenal
Estaca 1+ 00m
PIBTMN001 621,841 Quinzenal
Aterro
PIBTMN003 Medidor de nível d’água 623,332 Quinzenal
PIBTMN025 617,298 Filtro/Fundação Quinzenal
PIBTPC023 619,028 Contato aterro/fundação Quinzenal
Piezômetro Casagrande
PIBTPC024 615,532 Fundação Quinzenal
Estaca 1+ 10m
PIBTMN005 Medidor de nível d’água 621,83 Quinzenal
Aterro
PIBTPC018 Piezômetro Casagrande 620,70 Quinzenal
PIBTVV001 Medidor de Vazão Pé da barragem Quinzenal
143
Cota de Periodicidade
Instrumento Tipo Localização
Instalação da Leitura
PIBTPC008 Piezômetro Casagrande 624,246 Aterro Quinzenal
PIBTPC019 Piezômetro Casagrande 619,175 Aterro Quinzenal
PIBTMN026 Medidor de nível d’água 617,075 Contato aterro / fundação Quinzenal
Cota de
Instrumento Tipo Localização Periodicidade
Instalação
PIBTMN006 625,305
PIBTMN009 637,7
Medidor de nível d’água Aterro Quinzenal
PIBTMN010 631,9
PIBTMN011 626,8
PIBTPC009 615,232
PIBTPC010 615,632
Fundação Quinzenal
PIBTPC011 615,089
PIBTPC012 615,439
Piezômetro Casagrande
PIBTPC016 619,705 Filtro Quinzenal
PIBTPC017 616,454 Contato aterro/fundação Quinzenal
PIBTPC020 618,616 Aterro
Quinzenal
PIBTPC022 614,783 Contato aterro/fundação
144
Cota de Periodicidade
Instrumento Tipo Localização
Instalação da Leitura
Estaca 4+00m
PIBTMN007 Medidor de nível d’água 615,977 Contato aterro / fundação Quinzenal
PIBTPC013 Piezômetro Casagrande 616,527 Contato aterro / fundação Quinzenal
Estaca 4+15,00m
PIBTPC025 Piezômetro Casagrande 613,54 Fundação Quinzenal
PIBTPC026 Piezômetro Casagrande 615,91 Fundação Quinzenal
PIBTPC027 Piezômetro Casagrande 617,10 Fundação Quinzenal
145
automático para as equipes de segurança de barragens caso os limites pré-estabelecidos
fossem atingidos.
146
As análises foram executadas utilizando os softwares SIGMA/W, SLOPE/W e SEEP/W
versão 5.0, desenvolvidos pela GeoSlope International Ltd. A barragem do Piau está
instrumentada com vinte piezômetros tipo Casagrande, onze medidores de nível d’água
e um vertedor medidor de vazão, e os dados destes instrumentos foram utilizados na
calibração do modelo matemático. As análises concluíram que a barragem estava segura
para os níveis piezométricos medidos pela instrumentação, com um fator de segurança
mínimo de 1,745 para a seção de maior altura (Figura 6.9).
147
Tabela 6.2 – Faixas de normalidade dos instrumentos (DAM Projetos, 2000).
148
Área úmida
149
Através das medidas dos instrumentos instalados na região e de informações locais
sobre a região umedecida, concluiu-se que a drenagem do pé da barragem estava
colmatada. Como o nível d’água elevou-se significativamente em todos os piezômetros
e medidores de nível d’água da região imediatamente a jusante da barragem na ombreira
esquerda, e o coeficiente de segurança já estaria abaixo do desejável, decidiu-se pela
imediata desobstrução da trincheira drenante construída no pé da barragem (zona C da
Figura 6.4). Isto foi feito introduzindo uma sonda do tipo roto-roother através da
tubulação coletora da drenagem (Figura 6.12).
Através da sonda roto roother, foi possível inferir o local do entupimento. Abriu-se um
poço onde se verificou que a tubulação havia sido obstruída por um material escuro e
gelatinoso, o qual também afetou a resistência do concreto, a ponto de se poder cortá-lo
com faca sem grande esforço.
150
acordo com a Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
(AWWA-APHA-WEF, 1998). Os resultados das análises concluíram que a saída do
sistema de drenagem havia sido colmatada por ferro-bactérias (Gallionella ssp e
Leptothrix ssp), sulfo-bactérias (Thiothrix ssp) e mangano-bactérias (espécies não
identificadas) (Carim et al., 2004).
Como descrito no item anterior, apesar dos modelos determinísticos terem possibilitado
o estabelecimento, com a precisão desejada, de valores esperados para as poropressões e
níveis d’água para a barragem de Piau, verificou-se a necessidade da implementação de
uma abordagem por limites estatísticos, levando-se em consideração o histórico das
medidas e sua evolução ao longo do tempo.
A preparação dos dados foi feita de forma similar às análises pelo método de correlação
aplicado às leituras dos instrumentos da barragem de Emborcação. Entretanto, as
variações no nível do reservatório de Piau são pequenas (Figura 6.13), principalmente
em comparação às ocorridas no reservatório da barragem de Emborcação, como se
constata pelos valores do desvio padrão da cota montante em ambos os reservatórios
(Tabela 6.3). A oscilação máxima anual em Piau é de 3,84 metros, quando excluídas as
151
vezes que foi necessário o deplecionamento do reservatório para reparos na barragem
(construção dos drenos citados anteriormente) e reparos na tulipa.
Provavelmente devido a esse fato não foi verificada nenhuma correlação significativa
do nível de água a montante ou jusante com as leituras dos instrumentos. Os
coeficientes de correlação obtidos variaram entre 0,05 e 0,65, o que inviabilizou a
utilização da técnica de regressão linear aos dados da instrumentação desta usina.
Quanto ao método de séries temporais, optou-se por não empregar esta metodologia na
previsão de pressões para a barragem de Piau. As estimativas por séries temporais
aplicadas aos dados da barragem de Emborcação mostraram que apenas os dois ou três
152
valores seguintes da série prevista eram adequados. Desta forma, a programação
computacional para a previsão de valores futuros de determinado parâmetro medido
utilizando esta metodologia tornar-se-ia bastante complexa: a cada nova leitura, este
valor teria que ser validado, passar a compor a série temporal de referência e,
finalmente, a previsão da próxima leitura poderia ser atualizada. Desta forma, para
possibilitar alertas automáticos em caso de desvios nas medidas haveria a necessidade
de se fazer a integração do banco de dados da instrumentação com um software
estatístico.
A análise visual do gráfico das medidas dos instrumentos versus tempo mostrou que
alguns deles, notadamente os piezômetros PIBTPC008, 012, 016, 017, 018, 020, 022 e
023 e os medidores de nível d’água PIBTMN005, 006, 007, 009, 010 e 011, apresentam
uma certa sazonalidade dos dados associados a um padrão de desvios senoidais. Como
não há uma sazonalidade na variação do nível d’água do reservatório, passível de
correlação com as variações nas cotas piezométricas e níveis d’água medidos no
maciço, conclui-se que, para estes instrumentos, tende a existir uma influência direta da
precipitação, com os valores das leituras aumentando nos períodos chuvosos e
decrescendo nos demais meses do ano.
Para verificar esta hipótese, traçou-se o gráfico de medidas versus meses do ano para
estes instrumentos, obtendo-se um comportamento típico como o exemplificado para o
medidor de nível d’água PIBTMN006, apresentado na Figura 6.14, que indica que os
níveis d’água elevam-se substancialmente nos meses de novembro a abril (período
chuvoso).
153
630,00
629,50
629,00
628,50
Nível d'água
628,00
627,50
627,00
626,50
626,00
625,50
625,00
624,50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
Figura 6.14 – Distribuição anual das medidas de nível d’água do medidor PIBTMN006
Desta forma, como a série temporal mostrava-se sazonal, testou-se a função senoidal
aos registros, como uma alternativa para explicar a distribuição dos dados no tempo. O
período utilizado foi de 12 meses, com início no primeiro mês que mostrasse a elevação
das medidas de nível d’água. Para o medidor PIBTMN006, este mês inicial foi
novembro e a equação que melhor se ajustou foi expressa por:
Para uma melhor visualização gráfica das leituras, foi plotada a série Zt = Zt – µ , onde
Zt é a medida do instrumento no tempo t e µ é média da série, tomada como eixo de
referência das abscissas (Figura 6.15).
28
37
46
55
64
73
82
91
100
109
118
127
136
145
154
163
172
181
190
199
208
217
226
235
244
253
262
271
280
289
298
307
316
-0,50
-1,00
-1,50
-2,00
-2,50 Tempo
Figura 6.15 – Série temporal dos dados do PIBTMN006 e função senoidal ajustada
154
Acredita-se que possa ser possível refinar este estudo e pesquisar equações senoidais ou
outras cíclicas que permitam um bom ajuste aos valores das medidas. No entanto, como
este será um estudo matemático e não haverá correlações entre ‘grandezas-causa’ e
‘grandezas-efeito’, esta solução não será detalhada nesta dissertação.
155
Figura 6.16 – Boxplot para as cotas de nível d’água do PIBTMN006
Os valores previstos para as medidas serão, então, considerados como aqueles incluídos
na faixa dada pelos percentis 5 e 95. Estes percentis foram adotados com o objetivo de
excluir as leituras mais discrepantes, para as quais seria interessante alertar as equipes
de análise dos dados. Desta forma, seriam consideradas ‘normais’ as medidas inseridas
numa faixa de valores que abrange 90% dos dados históricos registrados dentro do
período de leituras selecionado para cada instrumento e considerado representativo de
um comportamento satisfatório da barragem.
156
6.4 – Estabelecimento de valores de controle para a instrumentação
Os valores de controle são aqui definidos de forma similar ao descrito para a barragem
de Emborcação. Entretanto, como existem níveis de alerta e de emergência obtidos
através de métodos determinísticos bastante ajustados aos valores medidos em campo
pela piezometria, estes serão incorporados ao modelo. Os limites de projeto continuarão
sendo os valores estabelecidos pela projetista que representam os valores aceitáveis para
as pressões e níveis d’água para o coeficiente de segurança de projeto, considerando, no
caso em estudo, aqueles previstos no modelo determinístico para os níveis de alerta e de
emergência.
9,50
9,00 Zona de
Zona de Inconsistência
8,50 Consistência
8,00
7,50
7,00
6,50
6,00
Zona de
5,50 Inconsistência
5,00
4,50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
157
Conclui-se que, apesar do estudo estatístico dos dados de nível d’água e piezometria da
Barragem de Piau ter utilizado ferramentas bem mais simples que o de Emborcação, o
resultado final em termos de capacidade de alerta no caso de alteração no
comportamento das medidas foi muito satisfatório, uma vez os limites determinísticos
estão bastante ajustados aos valores máximos observados em campo e, desta forma,
constituem boas referências em termos de verificação da segurança da barragem. Para a
Barragem de Piau, o fluxograma geral de alerta seria aquele indicado na Figura 6.18.
158
Leitura do PC ou MN
Sim
Sim
Dentro da Sim
Zona de Operação Normal
Consistência
Não
Demais
Valor anterior instrumentos da
Não mesma seção dentro
dentro da Zona
de Consistência? da Zona de
Consistência?
Sim
Demais instrumentos
Não Possível alteração do
da mesma seção
comportamento na seção
dentro da Zona de
instrumentada
Consistência?
Sim Não
Sim
Uma medida numa seção Várias medidas numa seção 2 leituras consecutivas Várias medidas fora da
instrumentada fora da Zona instrumentada fora da Zona de de uma mesma medida Zona de Consistência,
de Consistência Consistência fora da Zona de sendo pelo menos 1
Consistência delas por 2 leituras
consecutivas
159
CAPÍTULO 7
CONCLUSÕES
7.1 – Introdução
Por isso, sempre que possível, devem ser feitas previsões das magnitudes de variações
nas leituras, de forma que o pessoal de campo possa distinguir de imediato aqueles
registros que não se enquadrem nas faixas de referência previstas.
160
Caracteriza-se, então, a importância da utilização de um banco de dados de
instrumentação, capaz não só de armazenar os registros coletados e permitir sua
sistematização para fins de uma análise global, mas também subsidiar uma análise
preliminar das leituras, ou seja, detectar valores anômalos mediante correlação imediata
e direta com os valores de referência adotados.
161
considerando o seu histórico de medidas, torna possível o diagnóstico precoce de
anomalias.
Salienta-se que a premissa básica das análises estatísticas, com vistas a determinar
faixas de medidas consistentes e conformes para a instrumentação e que indicariam um
comportamento adequado de determinada barragem, é que o comportamento passado
expresso pelas medidas da instrumentação seja adequado e satisfatório.
162
As principais conclusões relativas à aplicação das análises estatísticas e às tentativas de
estabelecimento de valores limites e de alertas para a Barragem de Emborcação foram
as seguintes:
163
• os estudos de regressão exigem uma análise individualizada do conjunto de
leituras para cada instrumento. Os pontos discrepantes, seja por falhas na leitura,
limpeza, testes nos instrumentos, fases de comportamento anômalo das
estruturas ou quaisquer outros motivos, deverão ser excluídos, para que possa ter
um conjunto de dados que possa refletir um estado ‘normal’ da barragem,
possibilitando, assim, estabelecer um modelo representativo do comportamento
desejável das medidas;
164
• a automação da análise preliminar dos dados utilizando a metodologia de séries
temporais envolve maior complexidade. A previsão de uma próxima leitura leva
em conta toda a série temporal de dados e, ao se fazer uma nova leitura, este
valor passa a incorporar a série de dados e, conseqüentemente passará a ser
utilizado na próxima previsão. Com isso, após cada nova leitura, um software
estatístico teria que efetuar a leitura de todo o banco de dados da instrumentação
para prever um próximo valor. Este procedimento é possível de ser feito, uma
vez que o próprio software utilizado neste trabalho (Programa SAS) é capaz de
ler um banco de dados e devolver parâmetros previamente programados. A
maior dificuldade é saber se a última leitura é válida e se a mesma pode ser
realmente incorporada à série temporal a ser utilizada na previsão do próximo
valor;
165
implica na redução da tensão efetiva), ou medidores de vazão e piezômetros
(redução da vazão e aumento das poropressões pode indicar colmatação do
sistema de drenagem). Estas correlações podem ser utilizadas para detectar
eventuais alterações no comportamento das barragens.
166
leituras. O método empregado, embora baseado na técnica dos valores máximos
e mínimos em intervalos pré-fixados, adotou os valores correspondentes aos
percentis 95 e 5;
Como conclusões mais gerais deste trabalho, pode-se destacar que dados históricos das
grandezas físicas instrumentadas em barragens de terra constituem séries temporais cujo
tratamento e interpretação podem ser feitos aplicando-se métodos estatísticos. Os
resultados das análises estatísticas podem ser utilizados pelos sistemas computacionais
de instrumentação de barragens para permitir a caracterização imediata dos sinais de
alerta, correspondentes às situações de interesse que devem ser analisadas em
profundidade, e orientando, de forma dinâmica e continuada, o trabalho de análise
realizado pelos técnicos envolvidos nestas atividades.
167
O estabelecimento de sistemas de alerta automáticos é uma tarefa relativamente simples,
uma vez que pode ser definido um sistema aceitável de alertas, ainda que com precisão
relativa na previsão de dados futuros. Não se justifica, com as ferramentas
computacionais e com os softwares estatísticos atualmente disponíveis no mercado, que
os bancos de dados de instrumentação de barragem não efetuem análises preliminares
dos dados.
Os estudos realizados permitem concluir que os métodos estatísticos podem e devem ser
utilizados no estabelecimento de valores limites para os dados da instrumentação de
barragens e que podem compor sistemas de alerta automáticos para aferir alterações no
comportamento de barragens em operação. Entretanto, há um amplo campo de pesquisa
nesta área, ainda muito incipiente, e muitos aspectos podem ser mais detalhadamente
avaliados, contribuindo para o estabelecimento de sistemas de alerta mais eficazes.
Desta forma, são sugeridos a seguir os seguintes tópicos para pesquisas futuras:
168
• análise da influência de precipitação nas medidas dos piezômetros tipo
Casagrande e medidores de nível d’água instalados na Barragem de Piau;
169
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Performance. American Society of Civil Engineers Task Committee, USA, 600p.
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Clogging of the Drainage of Downstream Toe. 72nd Annual Meeting of ICOLD, Seoul,
Korea, 14p.
170
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SAS System, SAS Institute, 404p.
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171
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Retroanálise Neural para a Identificação dos Parâmetros Elásticos da Barragem Casca
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Officials - ASDSO Dam Safety 2004, Phoenix, 13p.
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KUPPERMAN, S.C., MORETTI, M.R., CIFU, S., RE, G., PÍNFARI, J.C.,
CARNEIRO, E.F., ROSSETO, S.L.G., REIGADA, R.P. (2003). Reavaliação da
Instrumentação de Auscultação Instalada em Barragens da CESP. XXV Seminário
Nacional de Grandes Barragens, Salvador, pp. 116-133.
173
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SMITH JR, D.W. (dnd) Surveillance measurements within California’s Dam Safety
Program. www.damsafety.water.ca.gov/tech-ref/dws-paper.pdf
174
Anexo I
I.1
Análise do EMBTPH103
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(21/11/01, 04/01/02, 06/11/89, 10/10/89, 06/08/97).
Nº de observações usadas: 290 Nº de observações usadas: 285
Nº de observações faltantes: 18 Nº de observações faltantes: 18
Root MSE 1.15576 R-Square 0.9095 Root MSE 1.01374 R-Square 0.9294
Dependent Mean 586.38012 Adj R-Sq 0.9092 Dependent Mean 586.47056 Adj R-Sq 0.9291
Coeff Var 0.19710 DW 0.63 Coeff Var 0.17285 DW 0.653
I.2
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.3
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH103 PH103
CJ 0.35397 MM_300 0.79104
CJ <.0001 MM_300 <.0001
CM 0.95369 MM_350 0.80074
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.95305 MM_400 0.80127
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.95165 MM_450 0.78511
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.94344 MM_500 0.75647
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.92887
MM_50 <.0001
MM_70 0.91038
MM_70 <.0001
MM_90 0.88986
MM_90 <.0001
MM_100 0.87922
MM_100 <.0001
MM_150 0.83003
MM_150 <.0001
MM_200 0.79722
MM_200 <.0001
MM_250 0.78564
MM_250 <.0001
I.4
Análise do EMBTPH104
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(20/04/95, 24/01/95, 21/03/95, 10/10/89).
Nº de observações usadas: 289 Nº de observações usadas: 285
Nº de observações faltantes: 20 Nº de observações faltantes: 20
Model 1 654.43118 654.43118 784.12 <.0001 Model 1 641.94223 641.94223 931.70 <.0001
I.5
Análise de Resíduos antes da retirada Análise de Resíduos depois da retirada
I.6
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH104 PH104
CM 0.74292 MM_350 0.86199
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.74245 MM_400 0.86370
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.74317 MM_450 0.86009
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.75248 MM_500 0.85249
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.76031
MM_50 <.0001
MM_70 0.76895
MM_70 <.0001
MM_90 0.77777
MM_90 <.0001
MM_100 0.78214
MM_100 <.0001
MM_150 0.80500
MM_150 <.0001
MM_200 0.82665
MM_200 <.0001
MM_250 0.84330
MM_250 <.0001
MM_300 0.85542
MM_300 <.0001
I.7
Análise do EMBTPH105
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(27/12/1994, 24/1/1995, 21/3/1995, 8/5/2002, 4/6/2002, 4/7/2002,
10/10/89, 13/03/2001, 13/03/2002).
Nº de observações usadas: 289 Nº de observações usadas: 280
Nº de observações faltantes: 18 Nº de observações faltantes: 18
Root MSE 1.26536 R-Square 0.9085 Root MSE 1.00934 R-Square 0.9396
Dependent Mean 623.78584 Adj R-Sq 0.9081 Dependent Mean 623.89353 Adj R-Sq 0.9394
Coeff Var 0.16178 DW 0.617
Coeff Var 0.20285 DW 0.512
I.8
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.9
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH105
CM 0.94727
CM <.0001
MM_5 0.94799
MM_5 <.0001
MM_10 0.94900
MM_10 <.0001
MM_30 0.95313
MM_30 <.0001
MM_50 0.95244
MM_50 <.0001
MM_70 0.94897
MM_70 <.0001
MM_90 0.94290
MM_90 <.0001
MM_100 0.93922
MM_100 <.0001
MM_150 0.91821
MM_150 <.0001
MM_200 0.89982
MM_200 <.0001
I.10
Análise do EMBTPH106
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(10/10/89, 01/04/91, 21/03/95, 09/09/91).
Nº de observações usadas: 289 Nº de observações usadas: 285
Nº de observações faltantes: 18 Nº de observações faltantes: 18
I.11
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
Anderson-Darling A-Sq 1.462417 Pr > A-Sq <0.0050 Anderson-Darling A-Sq 0.276953 Pr > A-Sq >0.2500
I.12
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH106 PH106
CM 0.97178 MM_300 0.83929
CM <.0001 MM_300 <.0001
MM_5 0.97293 MM_350 0.84625
MM_5 <.0001 MM_350 <.0001
MM_10 0.97378 MM_400 0.84873
MM_10 <.0001 MM_400 <.0001
MM_30 0.97533 MM_450 0.83652
MM_30 <.0001 MM_450 <.0001
MM_50 0.97026 MM_500 0.81180
MM_50 <.0001 MM_500 <.0001
MM_70 0.96022
MM_70 <.0001
MM_90 0.94629
MM_90 <.0001
MM_100 0.93846
MM_100 <.0001
MM_150 0.89697
MM_150 <.0001
MM_200 0.86164
MM_200 <.0001
MM_250 0.84180
MM_250 <.0001
I.13
Análise do EMBTPH107
I.14
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH107 PH107
CM 0.84969 MM_300 0.88535
CM <.0001 MM_300 <.0001
MM_5 0.85098 MM_350 0.88800
MM_5 <.0001 MM_350 <.0001
MM_10 0.85298 MM_400 0.88700
MM_10 <.0001 MM_400 <.0001
MM_30 0.86453 MM_450 0.88006
MM_30 <.0001 MM_450 <.0001
MM_50 0.87292 MM_500 0.86638
MM_50 <.0001 MM_500 <.0001
MM_70 0.87907
MM_70 <.0001
MM_90 0.88350
MM_90 <.0001
MM_100 0.88492
MM_100 <.0001
MM_150 0.88821
MM_150 <.0001
MM_200 0.88697
MM_200 <.0001
MM_250 0.88494
MM_250 <.0001
I.15
Análise do EMBTPH108
I.16
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH108 PH108
CM 0.95967 MM_350 0.83993
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.96144 MM_400 0.84481
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.96328 MM_450 0.83692
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.96741 MM_500 0.81569
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.96453
MM_50 <.000
MM_70 0.95674
MM_70 <.0001
MM_90 0.94456
MM_90 <.0001
MM_100 0.93732
MM_100 <.0001
MM_150 0.89607
MM_150 <.0001
MM_200 0.85889
MM_200 <.0001
MM_250 0.83678
MM_250 <.000
MM_300 0.83254
MM_300 <.0001
I.17
Análise do EMBTPH111
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(01/04/1991, 06/09/1994, 11/10/1994, 02/10/1995, 07/11/1995, 03/01/1996,
24/01/1996, 13/05/1997, 09/06/1997, 06/08/1997, 23/12/1997).
Nº de observações utilizadas: 290 Nº de observações utilizadas: 279
Nº de observações faltantes: 19 Nº de observações faltantes: 19
Root MSE 3.49681 R-Square 0.7821 Root MSE 2.44432 R-Square 0.8846
Dependent Mean 620.17085 Adj R-Sq 0.7813 Dependent Mean 620.66512 Adj R-Sq 0.8841
Coeff Var 0.56385 DW 0.486 Coeff Var 0.39382 DW 0.73
I.18
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.19
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH111 PH111
CM 0.88436 MM_350 0.68810
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.88420 MM_400 0.68793
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.88411 MM_450 0.66928
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.87580 MM_500 0.63711
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.85915
MM_50 <.0001
MM_70 0.83739
MM_70 <.0001
MM_90 0.81349
MM_90 <.0001
MM_100 0.80109
MM_100 <.0001
MM_150 0.74168
MM_150 <.0001
MM_200 0.69824
MM_200 <.0001
MM_250 0.67846
MM_250 <.0001
MM_300 0.67941
MM_300 <.0001
I.20
Análise do EMBTPH112
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(25/11/96, 30/10/96, 01/02/93, 28/02/92, 24/02/92, 13/05/97, 09/06/97,
18/07/94).
Nº de observações utilizadas: 287 Nº de observações utilizadas: 279
Nº de observações faltantes: 19 Nº de observações faltantes: 19
Root MSE 2.11065 R-Square 0.8480 Root MSE 1.10144 R-Square 0.956
Dependent Mean 595.90345 Adj R-Sq 0.8475 Dependent Mean 595.77219 Adj R-Sq 0.9558
Coeff Var 0.35419 DW 1.20 Coeff Var 0.18488 DW 0.856
I.21
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.22
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH112 PH112
CM 0.92089 MM_350 0.79728
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.91979 MM_400 0.80605
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.91813 MM_450 0.79608
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.91116 MM_500 0.77127
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.89817
MM_50 <.0001
MM_70 0.88139
MM_70 <.0001
MM_90 0.86248
MM_90 <.0001
MM_100 0.85263
MM_100 <.0001
MM_150 0.80872
MM_150 <.0001
MM_200 0.78034
MM_200 <.0001
MM_250 0.77101
MM_250 <.0001
MM_300 0.78024
MM_300 <.0001
I.23
Análise do EMBTPH114
I.24
Pearson Correlation Coefficients
Pearson Correlation Coefficients Prob > |r| under H0: Rho=0
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH114
PH114
MM_300 0.76648
CJ 0.23115 MM_300 <.0001
CJ 0.0213
MM_350 0.78330
CM 0.99685 MM_350 <.0001
CM <.0001
MM_400 0.78767
MM_5 0.99667 MM_400 <.0001
MM_5 <.0001
MM_450 0.76596
MM_10 0.99565 MM_450 <.0001
MM_10 <.0001
MM_500 0.72466
MM_30 0.98681 MM_500 <.0001
MM_30 <.0001
MM_50 0.96953
MM_50 <.0001
MM_70 0.94589
MM_70 <.0001
MM_90 0.91789
MM_90 <.0001
MM_100 0.90311
MM_100 <.0001
MM_150 0.83257
MM_150 <.0001
MM_200 0.78174
MM_200 <.0001
MM_250 0.76033
MM_250 <.0001
I.25
Análise do EMBTPH115
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(06/06/01, 14/08/96, 20/07/96, 13/05/97, 09/06/97, 24/05/95).
Nº de observações usadas: 288 Nº de observações usadas: 282
Nº de observações faltantes: 22 Nº de observações faltantes: 22
Root MSE 2.90431 R-Square 0.8053 Root MSE 1.91157 R-Square 0.9022
Dependent Mean 612.74431 Adj R-Sq 0.8046 Dependent Mean 613.09268 Adj R-Sq 0.9019
Coeff Var 0.47398 DW 1.03 Coeff Var 0.31179 DW 0.75
I.26
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.27
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH115 PH115
CM 0.89741 MM_350 0.71121
CM <.0001 MM_350 <.0001
MM_5 0.89731 MM_400 0.71020
MM_5 <.0001 MM_400 <.0001
MM_10 0.89635 MM_450 0.69287
MM_10 <.0001 MM_450 <.0001
MM_30 0.88409 MM_500 0.66104
MM_30 <.0001 MM_500 <.0001
MM_50 0.86531
MM_50 <.0001
MM_70 0.84331
MM_70 <.0001
MM_90 0.82089
MM_90 <.0001
MM_100 0.80954
MM_100 <.0001
MM_150 0.75732
MM_150 <.0001
MM_200 0.72296
MM_200 <.0001
MM_250 0.70634
MM_250 <.0001
MM_300 0.70535
MM_300 <.0001
I.28
Análise do EMBTPH116
Model 1 17.78131 17.78131 48.53 <.0001 Cramer-von Mises W-Sq 0.02755 Pr > W-Sq >0.2500
I.29
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH116
CM 0.71061
CM <.0001
MM_10 0.69692
MM_10 <.0001
MM_30 0.67088
MM_30 <.0001
MM_50 0.63226
MM_50 <.0001
MM_70 0.57269
MM_70 <.0001
MM_90 0.48799
MM_90 0.0004
MM_100 0.43912
MM_100 0.0018
I.30
Análise do EMBTPH206
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(27/12/94, 24/01/95, 21/03/95, 05/09/97, 01/04/91, 13/03/02, 04/06/02,
Nº de observações usadas: 290 04/07/02, 30/07/02).
Nº de observações faltantes: 18 Nº de observações usadas: 281
Nº de observações faltantes: 18
Analysis of Variance
Analysis of Variance
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Model 1 8539.89005 8539.89005 5592.57 <.0001
Model 1 8501.94699 8501.94699 8972.48 <.0001
Error 270 412.29141 1.52701
Error 261 247.31264 0.94756
Total 271 8952.18145
Total 262 8749.25963
Root MSE 1.23572 R-Square 0.9539
Root MSE 0.97343 R-Square 0.9717
Dependent Mean 634.54018 Adj R-Sq 0.9538
Dependent Mean 634.60242 Adj R-Sq 0.9716
Coeff Var 0.19474 DW 0.83
Coeff Var 0.15339 DW 1.006
I.31
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
Cramer-von Mises W-Sq 0.549192 Pr > W-Sq <0.0050 Cramer-von Mises W-Sq 0.100403 Pr > W-Sq 0.1131
Anderson-Darling A-Sq 3.607784 Pr > A-Sq <0.0050 Anderson-Darling A-Sq 0.651849 Pr > A-Sq 0.0906
I.32
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH206 PH206
CM 0.97134 MM_250 0.85937
CM <.0001 MM_250 <.0001
MM_5 0.97244 MM_300 0.85950
MM_5 <.0001 MM_300 <.0001
272
MM_10 0.97364
MM_10 <.0001 MM_350 0.86775
MM_350 <.0001
MM_30 0.97670
271
<.0001
MM_400 0.87170
MM_50 0.97317
MM_400 <.0001
MM_50 <.0001
270
MM_70 0.96466
MM_450 0.86110
MM_70 <.0001
MM_450 <.0001
MM_90 0.95249 268
MM_90 <.0001
MM_500 0.83735
MM_100 0.94550 MM_500 <.0001
MM_100 <.0001 266
MM_150 0.90782
MM_150 <.0001
MM_200 0.87586
MM_200 <.0001
I.33
Análise do EMBTPH207
Root MSE 1.36424 R-Square 0.9646 Root MSE 1.08142 R-Square 0.9781
Dependent Mean 646.52511 Adj R-Sq 0.9645 Dependent Mean 646.40563 Adj R-Sq 0.9780
Coeff Var 0.21101 DW 0.79 Coeff Var 0.16730 DW 0.96
I.34
Análise dos Resíduos antes da retirada Análise dos Resíduos depois da retirada
I.35
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH207 PH207
CM 0.97598 MM_200 0.85376
CM <.0001 MM_200 <.0001
MM_5 0.97731 MM_250 0.83081
MM_5 <.0001 MM_250 <.0001
MM_10 0.97886 MM_300 0.82737
MM_10 <.0001 MM_300 <.0001
271
MM_350 0.83425
MM_30 0.98216 MM_350 <.0001
MM_30 <.0001 270
MM_50 0.97770 MM_400 0.83768
MM_50 <.0001 MM_400 <.0001
MM_70 0.96714 MM_450 0.82610
MM_70 <.0001 MM_450 <.0001
MM_90 0.95182 MM_500 0.80088
MM_90 <.0001 MM_500 <.0001
MM_100 0.94305
MM_100 <.0001
MM_150 0.89518
MM_150 <.0001
I.36
Análise do EMBTPH208
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(27/12/94, 24/01/95, 21/03/95, 17/01/00, 21/11/00, 20/12/00, 23/10/01,
Nº de observações usadas: 290 21/11/01, 20/12/01, 04/01/02, 13/03/02, 08/05/02).
Nº de observações faltantes: 18 Nº de observações usadas: 278
Nº de observações faltantes: 18
Analysis of Variance
Sum of Mean Analysis of Variance
Source DF Squares Square F Value Pr > F Sum of Mean
Model 1 7520.84761 7520.84761 4115.39 <.0001 Source DF Squares Square F Value Pr > F
Error 270 493.42361 1.82749 Model 1 6569.95132 6569.95132 5534.40 <.0001
Total 271 8014.27122 Error 258 306.27472 1.18711
Total 259 6876.22604
Root MSE 1.35185 R-Square 0.9384
Dependent Mean 645.26660 Adj R-Sq 0.9382 Root MSE 1.08955 R-Square 0.9555
Coeff Var 0.20950 DW 0.513 Dependent Mean 645.59662 Adj R-Sq 0.9553
Coeff Var 0.16877 DW 0.654
I.37
Análise de Resíduos antes da retirada Análise de Resíduos depois da retirada
I.38
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH208
CJ 0.32065
CJ <.0001
CM 0.96090
CM <.0001
MM_5 0.96240
MM_5 <.0001
MM_10 0.96406
MM_10 <.0001
MM_30 0.96873
MM_30 <.0001
MM_50 0.96634
MM_50 <.0001
MM_70 0.95840
MM_70 <.0001
MM_90 0.94580
MM_90 <.0001
MM_100 0.93824
MM_100 <.0001
MM_150 0.89393
MM_150 <.0001
MM_200 0.85213
MM_200 <.0001
MM_250 0.82617
MM_250 <.0001
I.39
Análise do EMBTPH209
I.40
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH_209
CM 0.85212
CM <.0001
MM_5 0.85026
MM_5 <.0001
MM_10 0.84985
MM_10 <.0001
MM_30 0.84359
MM_30 <.0001
MM_50 0.81484
MM_50 <.0001
I.41
Análise do EMBTPH210
I.42
Pearson Correlation Coefficients Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0 Prob > |r| under H0: Rho=0
PH_210 PH_210
CJ 0.37308 MM_300 0.82167
CJ <.0001 MM_300 <.0001
CM 0.94667
CM <.0001
MM_5 0.94720
MM_5 <.0001
MM_10 0.94716
MM_10 <.0001
MM_30 0.94374
MM_30 <.0001
MM_50 0.93397
MM_50 <.0001
MM_70 0.92036
MM_70 <.0001
MM_90 0.90453
MM_90 <.0001
MM_100 0.89610
MM_100 <.0001
MM_150 0.85499
MM_150 <.0001
MM_200 0.82660
MM_200 <.0001
MM_250 0.81631
MM_250 <.0001
I.43
Análise do EMBTPH211
I.44
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH_211
CM 0.99261
<.0001
MM_5 0.99246
<.0001
MM_10 0.99162
<.0001
MM_30 0.98378
<.0001
MM_50 0.96827
<.0001
I.45
Análise do EMBTPT202
I.46
Análise do EMBTPT205
I.47
Análise do EMBTPT212
I.48
Análise do EMBTPT213
I.49
Análise do EMBTPT214
(Dados a partir de 2004)
Nº de observações usadas: 55 Análise dos Resíduos
Nº de observações faltantes: 5
Tests for Normality
Analysis of Variance Test Statistic p Value
Sum of Mean Shapiro-Wilk W 0.932654 Pr < W 0.0070
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Kolmogorov-Smirnov D 0.117962 Pr > D 0.0815
Model 1 2.13150 2.13150 83.01 <.0001
Cramer-von Mises W-Sq 0.170598 Pr > W-Sq 0.0128
Error 48 1.23258 0.02568
Anderson-Darling A-Sq 1.096959 Pr > A-Sq 0.0068
Corrected Total 49 3.36408
I.50
Análise do EMBTPT215
(Dados a partir de 1998)
Nº de observações usadas: 104 Análise dos Resíduos
Nº de observações faltantes: 6
Tests for Normality
Analysis of Variance Test Statistic p Value
Sum of Mean Shapiro-Wilk W 0.98646 Pr < W 0.4170
Source DF Squares Square F Value Pr > F
Kolmogorov-Smirnov D 0.063098 Pr > D >0.1500
Model 1 31.21894 31.21894 1057.01 <.0001
Cramer-von Mises W-Sq 0.056498 Pr > W-Sq >0.2500
Error 96 2.83537 0.02954
Anderson-Darling A-Sq 0.421803 Pr > A-Sq >0.2500
Total 97 34.05431
I.51
Análise do EMBTPH301
Antes da retirada dos pontos discrepantes Depois da retirada dos pontos discrepantes
(Dados a partir de 26/01/1998) (04/01/2002)
Nº de observações usadas: 104 Nº de observações usadas: 103
Nº de observações faltantes: 6 Nº de observações faltantes: 6
Root MSE 1.18308 R-Square 0.8606 Root MSE 1.10019 R-Square 0.8807
Dependent Mean 629.41395 Adj R-Sq 0.8591 Dependent Mean 629.41411 Adj R-Sq 0.8794
Coeff Var 0.18797 DW 0.564 Coeff Var 0.17480
I.52
Análise dos Resíduos antes da Retirada Análise dos Resíduos depois da Retirada
I.53
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH_301
CM 0.92767
<.0001
MM_5 0.92352
<.0001
MM_10 0.91768
<.0001
MM_30 0.89556
<.0001
MM_50 0.86641
<.0001
MM_70 0.83329
<.0001
I.54
Análise do EMBTPH302
I.55
Pearson Correlation Coefficients
Prob > |r| under H0: Rho=0
PH_302
CM 0.97512
<.0001
MM_5 0.97649
<.0001
MM_10 0.97616
<.0001
MM_30 0.95694
<.0001
I.56
Análise do EMBTPT301
(Dados a partir de 2003)
Nº de observações usadas: 46
Nº de observações faltantes: 03 Análise dos Resíduos
I.57
Análise do EMBTPT302
(Dados a partir de 14/02/2002)
Nº de observações usadas: 57 Análise dos Resíduos
Nº de observações faltantes: 06
Tests for Normality
Analysis of Variance
Test Statistic p Value
Sum of Mean
Source DF Squares Square F Value Pr > F Shapiro-Wilk W 0.954487 Pr < W 0.0486
Model 1 2.20554 2.20554 394.07 <.0001 Kolmogorov-Smirnov D 0.109381 Pr > D 0.1295
Error 49 0.27424 0.00560 Cramer-von Mises W-Sq 0.096366 Pr > W-Sq 0.1257
Total 50 2.47978 Anderson-Darling A-Sq 0.622747 Pr > A-Sq 0.0994
I.58
Anexo II
II.1
EMBTPH104 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
1 | ***| . | 1 | ***| . |
2 | ******| . | 2 | ******| . |
3 | . |**. | 3 | . | . |
4 | . | . | 4 | **| . |
5 | .**| . | 5 | **| . |
6 | . |* . | 6 | . | . |
7 | . |**. | 7 | . |*. |
8 | . | . | 8 | . |*. |
9 | . *| . | 9 | . | . |
10 | . |*** | 10 | . |*** |
11 | . |*** | 11 | . |***** |
12 | *********| . | 12 | ******| . |
13 | . |* . | 13 | . | . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (0,1,0)(0,1,1)12
II.2
(1 − B 12 ) * (1 − B ) * PH 104 = (1 − 0.86542B (12 ) ) * a t
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 0,757 0,083
Validação 1,020 0,149
II.3
EMBTPH105 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
2 | . |* . | 2 | . | . |
3 | . *| . | 3 | .*| . |
4 | . | . | 4 | . | . |
5 | . |* . | 5 | . |*. |
6 | . | . | 6 | . |*. |
7 | . |* . | 7 | . |*. |
8 | . |* . | 8 | . |*. |
9 | . | . | 9 | . | . |
10 | . |* . | 10 | . |*. |
11 | . |**. | 11 | . |*** |
12 | **********| . | 12 | **********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (0,1,0)(0,1,1)12
II.4
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 105 = (1 − 0.72943B (12 ) ) * a t
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,305 0,146
Validação 1,174 0,177
II.5
EMBTPH106 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
1 | . |** | 1 | . |** |
2 | . | . | 2 | . | . |
3 | . | . | 3 | . | . |
4 | .**| . | 4 | **| . |
5 | . |**. | 5 | . |** |
6 | . | . | 6 | . | . |
7 | . | . | 7 | . | . |
8 | . |*** | 8 | . |** |
9 | . | . | 9 | . | . |
10 | . | . | 10 | . |*. |
11 | . *| . | 11 | .*| . |
12 | *********| . | 12 | *********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (0,1,0)(0,1,2)12
II.6
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 106 = (1 - 0.68536 B (12) - 0.13299 B (19) ) * a t
PH 106 t = PH 106 t −1 + PH 106 t −12 − PH 106 t −13 − 0.68536 * at −12 − 0.13299 * a t −19 + at
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,738 0,198
Validação 2,472 0,377
II.7
EMBTPH206 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
2 | . |*. | 2 | . |*. |
3 | **| . | 3 | **| . |
4 | . | . | 4 | . |*. |
5 | . | . | 5 | . | . |
6 | . | . | 6 | . | . |
7 | . |*. | 7 | . |*. |
8 | . |* . | 8 | . |*. |
9 | . |**. | 9 | . |*. |
10 | . |* . | 10 | . |*. |
11 | . *| . | 11 | . |*. |
12 | **********| . | 12 | . |*. |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (0,1,0)(0,1,2)12
II.8
(1 − B (12 ) ) * (1 − B ) * PH 206 = (1 - 0.81384B (12) - 0.11980B (20) ) * a t
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,338 0,151
Validação 1,296 0,179
II.9
EMBTPH207 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
1 | . |*** | 1 | . |*** |
2 | . |*** | 2 | . |*** |
3 | . *| . | 3 | .*| . |
4 | . *| . | 4 | **| . |
5 | . | . | 5 | . | . |
6 | . | . | 6 | . |*. |
7 | . |* . | 7 | . | . |
8 | . |* . | 8 | . |*. |
9 | . |**. | 9 | . |** |
10 | . *| . | 10 | **| . |
11 | . | . | 11 | .*| . |
12 | **********| . | 12 | *********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (2,1,0)(0,1,1)12
II.10
(1 - 0.84114 B (12) ) * at
(1 − B (12 ) ) * (1 − B) * PH 207 t =
(1 - 0.17733 B (1) - 0.12664 B (2) )
PH 207 t = PH 207 t −1 + PH 207 t −12 + 0.18 PH 207 t −1 − 0.05PH 207 t − 2 − 0,13PH 207 t −3
− 1.17 PH 207 t −13 + 0.05PH 207 t −14 + 0.12 PH 207 t −15 − 0.84a t −12 + at
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,577 0,172
Validação 1,783 0,241
II.11
EMBTPH208 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
2 | . |** | 2 | . |** |
3 | . |* . | 3 | . |*. |
4 | . *| . | 4 | **| . |
5 | . |* . | 5 | . |*. |
6 | . | . | 6 | . | . |
7 | . *| . | 7 | .*| . |
8 | . |**. | 8 | . |** |
9 | . |* . | 9 | . | . |
10 | . | . | 10 | . | . |
11 | . | . | 11 | .*| . |
12 | **********| . | 12 | *********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (2,1,1)(0,1,1)12
II.12
(1 - 0.9227B (12) )(1 − 0.09472 B ( 7 ) ) * a t
(1 − B (12 ) ) * (1 − B) * PH 208 t =
(1 - 0.17471 B (1) - 0.10715 B (2) )
PH 208 t = PH 208 t −1 + PH 208 t −12 + 0.18 PH 208 t −1 − 0.07 PH 208 t − 2 − 0,11PH 208 t −3
− 1.18 PH 208 t −13 + 0.07 PH 208 t −14 + 0.11PH 208 t −15 − 0.9a t −12 − 0.09at −1 − 0.09at −13 + at
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,177 0,134
Validação 4,202 0,640
II.13
EMBTPH209 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
2 | . |* . | 2 | . | . |
3 | ****| . | 3 | ****| . |
4 | . *| . | 4 | ***| . |
5 | . | . | 5 | **| . |
6 | . | . | 6 | **| . |
7 | . |* . | 7 | .*| . |
8 | . |**. | 8 | . |*. |
9 | . | . | 9 | . | . |
10 | . | . | 10 | . | . |
11 | . |* . | 11 | . |** |
12 | *********| . | 12 | *********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (3,1,0)(1,1,2)12
II.14
(1 - 0.80202 B( 12 ) + 0.19798 B (27) ) * at
(1 − B (12 ) ) * (1 − B) * PH 209 t =
(1 + 0.20641 B (1) + 0.15217 B (3) + 0.15049 B (4) )(1 + 0.19539 B (15) )
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 0,916 0,081
Validação 0,363 0,045
II.15
EMBTPH210 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Lag -1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
1 | . |** | 1 | . |** |
2 | **| . | 2 | **| . |
3 | . |*. | 3 | . | . |
4 | ****| . | 4 | ****| . |
5 | . | . | 5 | . *| . |
6 | .*| . | 6 | . | . |
7 | . |*. | 7 | . | . |
8 | . |** | 8 | . |*** |
9 | .*| . | 9 | . | . |
10 | . |*** | 10 | . |**. |
11 | .*| . | 11 | . | . |
12 | *********| . | 12 | **********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (1,1,0)(0,1,1)12
II.16
(1 - 0.83125 B (12) ) * at
(1 − B)(1 − B (12 ) ) * PH 210 =
(1 + 0.18906 B (4) )
PH 210 t = PH 210 t −12 + PH 210 t −1 + PH 210 t −13 + 0.9 PH 210 t − 4 − 0.19 PH 210 t −16
− 0.19 PH 210 t −5 − 0.83 * at −12 + at
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,058 0,139
Validação 0,592 0,098
II.17
EMBTPH211 – Ajuste por Séries Temporais
Como a série não é estacionária foram aplicadas duas diferenciações, uma diferença de
ordem um e uma diferença sazonal de ordem 12.
2 | ***| . | 2 | ****| . |
3 | .**| . | 3 | .*| . |
4 | . | . | 4 | .*| . |
5 | .**| . | 5 | ***| . |
6 | . | . | 6 | . | . |
7 | . |*** | 7 | . |** |
8 | . |* . | 8 | . | . |
9 | . *| . | 9 | . | . |
10 | . |* . | 10 | . |** |
11 | . | . | 11 | . | . |
12 | *********| . | 12 | *********| . |
O modelo final estimado que melhor se adequou aos dados foi SARIMA (2,1,0)(0,1,1)12
II.18
(1 − 0.79393(12 ) ) * at
(1 − B)(1 − B (12 ) ) * PH 211 =
(1 − 0.13004 B (1) + 0.13685 ( 2) )
PH 211t = 1.13PH 211t −1 + 0.06 PH 210 t − 2 + PH 210 t −12 + 0.86 PH 210 t −13 − 0.27 PH 210 t −14
+ 0.14 PH 210 t −15 − 0.80 * at −12 + a t
Abaixo segue o gráfico quem mostra a série ajustada e a previsão 12 passos à frente.
RMSE MAPE
Treinamento 1,588 0,182
Validação 0,896 0,120
II.19
Anexo III
III.1
Previsão por Desvio da
Previsão por Desvio da
Data Leitura Séries Série
Regressão Regressão
Temporais Temporal
Piezômetro Hall – EMBTPH106
jan/06 634,561 634,805 631,730 -0,244 2,831
fev/06 636,321 637,086 633,894 -0,765 2,427
mar/06 638,434 638,256 636,621 0,178 1,813
abr/06 640,546 639,939 637,938 0,607 2,608
mai/06 642,131 641,399 638,383 0,732 3,748
jun/06 640,546 641,358 638,434 -0,812 2,112
jul/06 639,842 640,556 637,627 -0,714 2,215
ago/06 639,49 638,927 636,731 0,563 2,759
set/06 636,321 637,052 634,650 -0,731 1,671
out/06 632,918 631,815
nov/06 632,918 630,429
dez/06 632,096 631,605 630,274 0,491 1,822
RMSE 0,619 2,472
MAPE 0,091 0,376
Piezômetro Hall – EMBTPH206
jan/06 633,974 633,667 632,075 0,307 1,899
fev/06 635,382 635,849 633,908 -0,467 1,474
mar/06 636,79 636,968 636,498 -0,178 0,292
abr/06 638,903 638,579 637,592 0,324 1,311
mai/06 639,255 639,975 638,108 -0,72 1,147
jun/06 638,903 639,936 638,511 -1,033 0,392
jul/06 638,198 639,169 637,337 -0,971 0,861
ago/06 637,142 637,61 636,734 -0,468 0,408
set/06 635,382 635,817 635,221 -0,435 0,161
out/06 633,62 633,108
nov/06 631,862 632,177
dez/06 630,804 630,605 631,615 0,199 -0,811
RMSE 0,588 1,290
MAPE 0,080 0,178
III.2
Previsão por Desvio da
Previsão por Desvio da
Data Leitura Séries Série
Regressão Regressão
Temporais Temporal
Piezômetro Hall – EMBTPH207
jan/06 645,905 645,265 642,556 0,64 3,349
fev/06 647,664 648,029 645,388 -0,365 2,276
mar/06 649,775 649,448 648,378 0,327 1,397
abr/06 651,886 651,487 649,961 0,399 1,925
mai/06 652,589 653,257 650,629 -0,668 1,960
jun/06 651,886 653,207 650,641 -1,321 1,245
jul/06 651,182 652,235 649,976 -1,053 1,206
ago/06 650,478 650,260 648,908 0,218 1,570
set/06 646,960 647,989 646,851 -1,029 0,110
out/06 645,206 644,264
nov/06 642,979 643,071
dez/06 642,738 641,387 642,109 1,351 0,629
RMSE 0,839 1,783
MAPE 0,114 0,241
Piezômetro Hall – EMBTPH208
jan/06 644,817 644,2376 641,194 0,5794 3,623
fev/06 646,579 646,3722 642,767 0,2068 3,812
mar/06 648,349 647,4675 644,088 0,8815 4,261
abr/06 650,115 649,0427 645,552 1,0723 4,563
mai/06 651,527 650,4089 646,557 1,1181 4,970
jun/06 650,821 650,3705 646,832 0,4505 3,990
jul/06 650,115 649,6202 646,294 0,4948 3,821
ago/06 649,409 648,0951 645,64 1,3139 3,769
set/06 647,284 646,3407 644,002 0,9433 3,282
out/06 644,1918 641,791
nov/06 642,4721 640,755
dez/06 645,522 641,2425 640,067 4,2795 5,455
RMSE 1,579 4,202
MAPE 0,175 0,640
III.3
Previsão por Desvio da
Previsão por Desvio da
Data Leitura Séries Série
Regressão Regressão
Temporais Temporal
Piezômetro Hall – EMBTPH209
jan/06 641,811 642,730 641,670 -0,919 0,141
fev/06 641,811 643,249 642,249 -1,438 -0,438
mar/06 642,518 643,519 642,466 -1,001 0,052
abr/06 642,518 644,007 642,854 -1,489 -0,336
mai/06 643,225 644,711 642,460 -1,486 0,765
jun/06 643,225 644,416 642,756 -1,191 0,469
jul/06 642,518 644,797 642,571 -2,279 -0,053
ago/06 642,518 644,616 642,535 -2,098 -0,017
set/06 642,518 644,256 642,181 -1,738 0,337
out/06 643,607 641,798
nov/06 642,889 642,094
dez/06 641,811 642,203 641,556 -0,392 0,255
RMSE 1,500 0,362
MAPE 0,218 0,044
Piezômetro Hall – EMBTPH210
jan/06 573,674 575,759 572,695 -2,085 0,979
fev/06 574,378 576,931 574,790 -2,553 -0,412
mar/06 575,433 577,542 576,427 -2,109 -0,994
abr/06 577,192 578,645 576,969 -1,453 0,223
mai/06 576,84 580,236 576,949 -3,396 -0,109
jun/06 575,785 579,569 576,574 -3,784 -0,789
jul/06 575,785 580,429 576,084 -4,644 -0,299
ago/06 574,378 580,020 575,373 -5,642 -0,995
set/06 573,674 579,206 574,111 -5,532 -0,437
out/06 577,740 572,731
nov/06 576,117 572,129
dez/06 571,564 574,568 571,933 -3,004 -0,369
RMSE 3,692 0,592
MAPE 0,595 0,098
III.4
Previsão por Desvio da
Previsão por Desvio da
Data Leitura Séries Série
Regressão Regressão
Temporais Temporal
Piezômetro Hall – EMBTPH211
jan/06 597,052 596,509 595,006 0,543 2,046
fev/06 598,284 598,064 597,582 0,220 0,702
mar/06 599,693 599,498 599,498 0,195 0,194
abr/06 601,805 601,564 600,680 0,242 1,126
mai/06 601,805 601,256 600,779 0,549 1,027
jun/06 601,101 601,283 600,577 -0,182 0,524
jul/06 600,397 600,226 599,910 0,171 0,486
ago/06 599,693 598,321 599,207 1,371 0,485
set/06 597,932 596,213 597,779 1,719 0,153
out/06 594,201 595,485
nov/06 592,893 594,371
dez/06 593,706 592,200 594,176 1,506 -0,470
RMSE 0,889 0,896
MAPE 0,112 0,120
III.5
Anexo IV
IV.1
Correlação entre o EMBTPH205 e os EMBTPT206 e EMBTPT207
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
jun-80
jun-81
jun-82
jun-83
jun-84
jun-85
jun-86
jun-87
jun-88
jun-89
jun-90
jun-91
jun-92
jun-93
jun-94
jun-95
jun-96
jun-97
jun-98
jun-99
jun-00
jun-01
jun-02
jun-03
jun-04
jun-05
jun-06
PT(206)-PH/PT PT(207)-PH/PT
IV.2
Correlação entre o EMBTPH206 e os EMBTPT208 e EMBTPT209
1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
-0,100
-0,200
mai-80
mai-81
mai-82
mai-83
mai-84
mai-85
mai-86
mai-87
mai-88
mai-89
mai-90
mai-91
mai-92
mai-93
mai-94
mai-95
mai-96
mai-97
mai-98
mai-99
mai-00
mai-01
mai-02
mai-03
mai-04
mai-05
mai-06
PT(208)-PH/PT PT(209)-PH/PT
IV.3
Correlação entre o EMBTPH207 e os EMBTPT212 e EMBTPT213
1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
jan-83
jan-84
jan-85
jan-86
jan-87
jan-88
jan-89
jan-90
jan-91
jan-92
jan-93
jan-94
jan-95
jan-96
jan-97
jan-98
jan-99
jan-00
jan-01
jan-02
jan-03
jan-04
jan-05
jan-06
PT(213)-PH/PT PT(212)-PH/PT
IV.4
Correlação entre o EMBTPH208 e os EMBTPT214 e EMBTPT215
1,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
mar-81
mar-82
mar-83
mar-84
mar-85
mar-86
mar-87
mar-88
mar-89
mar-90
mar-91
mar-92
mar-93
mar-94
mar-95
mar-96
mar-97
mar-98
mar-99
mar-00
mar-01
mar-02
mar-03
mar-04
mar-05
mar-06
PT(215)-PH/PT PT(214)-PH/PT
IV.5
Anexo V
V.1
Análise do PIBTMN001
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 24 621,996 0,174 621,800 622,390 621,820 621,930 622,388
2 18 621,930 0,118 621,770 622,158 621,770 621,889 622,158
3 20 621,978 0,154 621,760 622,370 621,765 621,945 622,279
4 16 621,950 0,091 621,830 622,100 621,830 621,931 622,100
5 13 621,870 0,057 621,798 621,978 621,798 621,870 621,978
6 5 621,889 0,072 621,790 621,978 621,790 621,898 621,978
7 2 621,858 0,057 621,818 621,898 621,818 621,858 621,898
8 1 621,798 * 621,798 621,798 621,798 621,798 621,798
9 1 621,910 * 621,910 621,910 621,910 621,910 621,910
10 4 621,888 0,019 621,860 621,901 621,860 621,896 621,901
11 6 621,869 0,031 621,820 621,901 621,820 621,873 621,901
12 11 621,930 0,098 621,800 622,098 621,800 621,910 622,098
* Desvio padrão não calculado, pois só há uma leitura e as demais indicam “tubo seco”
neste período.
V.2
Análise do PIBTMN002
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 38 623,128 0,074 622,973 623,371 623,041 623,134 623,339
2 30 623,122 0,037 623,041 623,171 623,041 623,131 623,163
3 37 623,135 0,080 623,041 623,473 623,041 623,121 623,351
4 32 623,098 0,034 623,031 623,151 623,031 623,097 623,151
5 29 623,089 0,041 622,963 623,171 623,031 623,091 623,151
6 21 623,073 0,025 623,031 623,121 623,039 623,071 623,111
7 13 623,049 0,026 623,001 623,091 623,001 623,051 623,091
8 8 623,046 0,069 622,961 623,151 622,961 623,039 623,151
9 7 623,092 0,075 622,961 623,161 622,961 623,121 623,161
10 13 623,059 0,056 622,951 623,161 622,951 623,049 623,161
11 14 623,088 0,041 623,019 623,151 623,019 623,096 623,151
12 23 623,103 0,045 623,039 623,159 623,039 623,093 623,159
V.3
Análise do PIBTMN003
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 45 623,321 0,040 623,214 623,434 623,256 623,330 623,368
2 37 623,312 0,026 623,256 623,348 623,256 623,328 623,338
3 40 623,313 0,035 623,198 623,372 623,252 623,328 623,350
4 34 623,308 0,037 623,158 623,347 623,246 623,318 623,342
5 38 623,299 0,028 623,246 623,348 623,248 623,303 623,332
6 35 623,286 0,042 623,148 623,348 623,158 623,298 623,332
7 39 623,282 0,036 623,186 623,338 623,188 623,288 623,332
8 34 623,263 0,089 622,798 623,330 623,202 623,268 623,330
9 38 623,275 0,088 622,788 623,388 623,218 623,280 623,330
10 38 623,274 0,081 622,828 623,330 623,198 623,278 623,330
11 41 623,293 0,032 623,246 623,346 623,248 623,278 623,338
12 37 623,307 0,038 623,234 623,408 623,254 623,318 623,348
V.4
Análise do PIBTMN005
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 46 622,996 0,388 622,233 623,780 622,273 622,965 623,690
2 37 622,992 0,413 622,123 623,910 622,163 622,999 623,830
3 41 622,843 0,355 621,929 623,440 622,163 622,893 623,353
4 37 622,696 0,371 621,859 623,433 621,943 622,691 623,433
5 42 622,457 0,334 621,603 623,143 621,983 622,473 622,933
6 39 622,155 0,303 621,593 622,863 621,643 622,153 622,703
7 45 622,070 0,218 621,663 622,431 621,673 622,121 622,320
8 38 621,971 0,194 621,633 622,373 621,673 621,957 622,313
9 42 622,023 0,248 621,353 622,583 621,723 622,002 622,441
10 40 622,040 0,287 621,233 622,570 621,433 622,057 622,482
11 43 622,252 0,293 621,683 622,953 621,733 622,220 622,863
12 41 622,552 0,300 621,753 623,083 622,043 622,600 622,960
V.5
Análise do PIBTMN006
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 34 628,760 0,554 626,981 629,461 627,651 628,924 629,459
2 28 628,303 0,735 626,841 629,339 627,061 628,516 629,291
3 32 628,336 0,796 626,741 629,361 626,761 628,625 629,311
4 27 627,855 0,798 626,781 629,461 626,791 627,791 629,299
5 32 627,022 0,519 626,461 628,571 626,481 626,851 628,411
6 28 626,494 0,348 625,621 627,439 625,869 626,446 626,961
7 32 626,255 0,235 625,691 626,699 625,871 626,206 626,629
8 27 626,058 0,232 625,471 626,539 625,711 626,049 626,499
9 32 625,844 0,271 625,371 626,389 625,381 625,841 626,299
10 30 625,830 0,296 625,291 626,451 625,301 625,856 626,239
11 32 627,002 1,384 625,211 629,571 625,231 626,326 629,359
12 30 628,679 0,882 625,641 629,591 625,981 628,875 629,541
V.6
Análise do PIBTMN007
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 47 617,900 0,230 617,396 618,347 617,527 617,897 618,287
2 38 617,880 0,167 617,517 618,197 617,567 617,897 618,167
3 43 617,863 0,180 617,427 618,174 617,547 617,857 618,146
4 37 617,773 0,204 617,396 618,147 617,417 617,807 618,057
5 42 617,668 0,209 617,216 617,997 617,247 617,667 617,947
6 39 617,584 0,231 617,006 617,937 617,056 617,587 617,897
7 45 617,581 0,166 617,096 617,816 617,347 617,617 617,797
8 37 617,565 0,141 617,317 617,817 617,317 617,576 617,807
9 42 617,534 0,202 616,957 618,177 617,257 617,512 617,807
10 40 617,554 0,195 616,857 617,827 617,227 617,547 617,807
11 43 617,639 0,172 617,236 617,957 617,367 617,636 617,907
12 41 617,741 0,274 616,876 618,666 617,417 617,717 618,066
V.7
Análise do PIBTMN009
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 17 630,292 0,488 629,650 631,075 629,650 630,290 631,075
2 12 630,324 0,364 629,740 630,925 629,740 630,360 630,925
3 13 630,301 0,487 629,620 630,955 629,620 630,300 630,955
4 12 630,153 0,429 629,610 630,765 629,610 630,043 630,765
5 12 629,838 0,417 629,340 630,475 629,340 629,718 630,475
6 14 629,601 0,408 629,210 630,275 629,210 629,368 630,275
7 14 629,523 0,338 629,100 630,075 629,100 629,470 630,075
8 12 629,434 0,315 628,860 629,905 628,860 629,455 629,905
9 14 629,446 0,363 628,910 629,885 628,910 629,425 629,885
10 14 629,496 0,394 628,810 629,965 628,810 629,533 629,965
11 16 629,618 0,608 628,690 630,915 628,690 629,568 630,915
12 16 630,012 0,712 628,900 631,155 628,900 630,125 631,155
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.8
Análise do PIBTMN010
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 17 627,943 0,475 627,070 628,567 627,070 627,830 628,567
2 12 627,867 0,431 627,190 628,417 627,190 628,049 628,417
3 13 627,790 0,545 626,970 628,457 626,970 627,570 628,457
4 12 627,678 0,501 626,980 628,367 626,980 627,698 628,367
5 12 627,138 0,477 626,480 627,887 626,480 627,163 627,887
6 14 626,851 0,415 626,360 627,476 626,360 626,761 627,476
7 15 626,596 0,408 626,080 627,266 626,080 626,380 627,266
8 12 626,473 0,395 625,970 627,037 625,970 626,363 627,037
9 14 626,427 0,425 625,850 627,017 625,850 626,466 627,017
10 14 626,428 0,520 625,680 627,186 625,680 626,607 627,186
11 16 626,625 0,608 625,600 628,016 625,600 626,661 628,016
12 16 627,624 0,725 625,710 628,366 625,710 627,882 628,366
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.9
Análise do PIBTMN011
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 17 619,299 0,564 618,600 620,262 618,600 619,214 620,262
2 12 619,392 0,440 618,680 619,982 618,680 619,477 619,982
3 13 619,264 0,660 617,980 620,062 617,980 619,180 620,062
4 12 619,208 0,502 618,650 619,884 618,650 619,112 619,884
5 12 619,050 0,446 618,620 619,682 618,620 618,882 619,682
6 14 619,016 0,436 618,520 619,684 618,520 619,049 619,684
7 15 618,986 0,403 618,440 619,604 618,440 618,990 619,604
8 12 618,886 0,405 618,420 619,544 618,420 618,795 619,544
9 14 618,926 0,557 618,010 619,554 618,010 618,939 619,554
10 14 619,027 0,443 618,400 619,554 618,400 618,989 619,554
11 16 619,047 0,377 618,380 619,532 618,380 619,069 619,532
12 16 619,167 0,604 617,910 619,882 617,910 619,313 619,882
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.10
Análise do PIBTMN025
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 12 617,285 0,021 617,262 617,319 617,262 617,289 617,319
2 9 617,279 0,020 617,252 617,299 617,252 617,283 617,299
3 12 617,283 0,036 617,192 617,319 617,192 617,298 617,319
4 12 617,291 0,027 617,252 617,324 617,252 617,303 617,324
5 10 617,288 0,027 617,242 617,324 617,242 617,297 617,324
6 12 617,271 0,022 617,232 617,304 617,232 617,282 617,304
7 13 617,272 0,019 617,242 617,294 617,242 617,273 617,294
8 10 617,271 0,019 617,242 617,294 617,242 617,274 617,294
9 10 617,261 0,018 617,223 617,284 617,223 617,263 617,284
10 10 617,260 0,018 617,232 617,284 617,232 617,262 617,284
11 12 617,253 0,022 617,192 617,274 617,192 617,261 617,274
12 12 617,269 0,021 617,222 617,289 617,222 617,277 617,289
V.11
Análise do PIBTMN026
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 11 617,306 0,022 617,280 617,360 617,280 617,306 617,360
2 8 617,311 0,018 617,290 617,340 617,290 617,311 617,340
3 8 617,302 0,019 617,278 617,340 617,278 617,303 617,340
4 8 617,306 0,009 617,298 617,320 617,298 617,303 617,320
5 8 617,316 0,032 617,290 617,390 617,290 617,308 617,390
6 10 617,315 0,035 617,290 617,410 617,290 617,305 617,410
7 10 617,308 0,014 617,280 617,320 617,280 617,314 617,320
8 8 617,308 0,008 617,300 617,318 617,300 617,310 617,318
9 8 617,305 0,030 617,260 617,340 617,260 617,310 617,340
10 8 617,305 0,022 617,270 617,330 617,270 617,308 617,330
11 10 617,334 0,076 617,270 617,540 617,270 617,320 617,540
12 10 617,330 0,053 617,290 617,430 617,290 617,313 617,430
V.12
Análise do PIBTPC008
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 34 626,178 0,352 624,303 626,373 625,777 626,267 626,353
2 27 626,156 0,185 625,623 626,333 625,793 626,237 626,333
3 32 626,144 0,216 625,323 626,333 625,743 626,243 626,303
4 27 626,019 0,261 625,423 626,343 625,513 626,097 626,303
5 32 625,561 0,481 624,303 626,293 624,563 625,618 626,263
6 24 625,056 0,585 624,233 625,847 624,263 625,068 625,783
7 15 625,022 0,390 624,353 625,653 624,353 625,043 625,653
8 6 624,689 0,527 624,217 625,653 624,217 624,548 625,653
9 2 624,938 0,771 624,393 625,483 624,393 624,938 625,483
10 1 624,963 * 624,963 624,963 624,963 624,963 624,963
11 13 625,938 0,492 624,697 626,363 624,697 626,153 626,363
12 23 626,167 0,409 624,313 626,323 626,043 626,263 626,313
* Desvio padrão não calculado, pois só há uma leitura e as demais indicam “tubo seco”
neste período.
V.13
Análise do PIBTPC009
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 20 615,730 0,132 615,556 616,156 615,556 615,711 616,011
2 14 615,673 0,060 615,596 615,766 615,596 615,664 615,766
3 16 615,683 0,115 615,566 616,066 615,566 615,676 616,066
4 13 615,641 0,117 615,546 616,007 615,546 615,626 616,007
5 15 615,606 0,049 615,536 615,722 615,536 615,596 615,722
6 16 615,591 0,080 615,356 615,686 615,356 615,606 615,686
7 17 615,607 0,048 615,516 615,666 615,516 615,626 615,666
8 15 615,621 0,050 615,536 615,676 615,536 615,637 615,676
9 15 615,613 0,083 615,456 615,816 615,456 615,587 615,816
10 14 615,621 0,046 615,546 615,687 615,546 615,612 615,687
11 16 615,639 0,060 615,546 615,776 615,546 615,634 615,776
12 16 615,668 0,121 615,546 615,996 615,546 615,644 615,996
V.14
Análise do PIBTPC010
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 47 615,775 0,155 615,507 616,172 615,539 615,762 616,102
2 40 615,731 0,151 615,549 616,287 615,549 615,719 616,036
3 43 615,750 0,169 615,497 616,162 615,557 615,709 616,089
4 37 615,679 0,161 615,459 616,249 615,489 615,655 616,069
5 42 615,640 0,119 615,479 616,182 615,517 615,624 615,772
6 39 615,600 0,085 615,342 615,762 615,469 615,609 615,752
7 45 615,589 0,071 615,372 615,762 615,479 615,609 615,672
8 38 615,609 0,084 615,449 615,769 615,449 615,621 615,752
9 42 615,603 0,080 615,469 615,812 615,489 615,579 615,772
10 39 615,622 0,085 615,467 615,769 615,469 615,615 615,769
11 43 615,647 0,109 615,509 616,119 615,539 615,625 615,832
12 41 615,716 0,146 615,497 616,099 615,519 615,689 616,089
V.15
Análise do PIBTPC011
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 34 615,833 0,252 615,518 616,883 615,543 615,808 616,298
2 30 615,740 0,159 615,513 616,158 615,548 615,733 616,108
3 32 615,742 0,178 615,473 616,168 615,528 615,688 616,053
4 26 615,666 0,172 615,488 616,130 615,508 615,613 616,098
5 32 615,634 0,112 615,498 616,018 615,498 615,614 615,898
6 28 615,590 0,073 615,488 615,758 615,488 615,583 615,723
7 32 615,566 0,113 615,013 615,673 615,478 615,588 615,658
8 27 615,588 0,077 615,428 615,748 615,498 615,558 615,748
9 32 615,584 0,060 615,498 615,708 615,508 615,564 615,703
10 30 615,608 0,079 615,488 615,798 615,498 615,600 615,763
11 32 615,641 0,065 615,538 615,883 615,550 615,633 615,768
12 29 615,726 0,217 615,268 616,298 615,483 615,688 616,268
V.16
Análise do PIBTPC012
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 47 615,698 0,239 615,238 616,519 615,348 615,689 616,069
2 38 615,650 0,161 615,339 615,949 615,409 615,659 615,919
3 43 615,671 0,212 615,298 616,269 615,369 615,679 616,029
4 37 615,562 0,183 615,248 616,070 615,258 615,519 615,999
5 42 615,522 0,151 615,228 615,829 615,309 615,489 615,779
6 39 615,484 0,131 615,208 615,778 615,218 615,479 615,729
7 45 615,494 0,103 615,208 615,738 615,389 615,479 615,669
8 38 615,489 0,211 614,778 615,790 614,778 615,464 615,789
9 41 615,528 0,138 615,248 615,809 615,349 615,479 615,758
10 40 615,571 0,159 615,278 616,068 615,394 615,499 615,810
11 43 615,544 0,133 615,268 615,839 615,318 615,519 615,779
12 41 615,625 0,189 615,218 616,079 615,349 615,579 615,849
V.17
Análise do PIBTPC013
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 24 617,684 0,244 617,275 618,147 617,360 617,680 618,126
2 18 617,672 0,184 617,410 617,950 617,410 617,723 617,950
3 21 617,715 0,253 617,300 618,547 617,440 617,700 617,995
4 17 617,556 0,197 617,335 617,916 617,335 617,480 617,916
5 19 617,457 0,158 617,195 617,747 617,195 617,420 617,747
6 20 617,429 0,207 617,145 617,965 617,165 617,400 617,850
7 21 617,451 0,156 617,205 617,735 617,205 617,435 617,656
8 19 617,395 0,160 617,180 617,710 617,180 617,380 617,710
9 19 617,399 0,159 617,190 617,666 617,190 617,340 617,666
10 18 617,435 0,151 617,230 617,686 617,230 617,398 617,686
11 18 617,466 0,144 617,250 617,657 617,250 617,470 617,657
12 20 617,618 0,286 617,115 618,316 617,200 617,575 618,141
V.18
Análise do PIBTPC016
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 34 619,819 0,269 619,296 620,413 619,365 619,796 620,237
2 27 619,757 0,256 619,155 620,145 619,355 619,775 620,143
3 31 619,794 0,293 619,235 620,555 619,345 619,745 620,255
4 27 619,671 0,306 619,145 620,255 619,215 619,615 620,137
5 32 619,582 0,268 619,045 619,995 619,095 619,515 619,945
6 28 619,531 0,274 619,176 619,995 619,185 619,466 619,956
7 32 619,489 0,208 619,145 619,846 619,245 619,485 619,815
8 27 619,450 0,241 619,115 619,935 619,165 619,415 619,865
9 31 619,462 0,238 619,065 619,857 619,155 619,455 619,845
10 28 619,478 0,257 618,866 619,935 619,055 619,481 619,857
11 32 619,493 0,242 619,105 619,855 619,105 619,521 619,835
12 30 619,646 0,276 619,046 620,103 619,226 619,700 620,026
V.19
Análise do PIBTPC017
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 34 618,590 0,228 618,176 619,176 618,206 618,626 618,940
2 28 618,522 0,161 618,206 618,836 618,236 618,551 618,816
3 32 618,552 0,245 618,066 619,227 618,186 618,496 619,096
4 27 618,420 0,246 617,876 618,936 618,097 618,446 618,826
5 32 618,309 0,203 617,956 618,646 617,976 618,296 618,626
6 28 618,201 0,187 617,897 618,576 617,897 618,166 618,536
7 32 618,191 0,143 617,946 618,387 617,957 618,196 618,366
8 27 618,156 0,153 617,916 618,466 617,926 618,146 618,426
9 32 618,117 0,152 617,666 618,416 617,876 618,101 618,348
10 30 618,155 0,173 617,817 618,406 617,846 618,196 618,366
11 32 618,221 0,201 617,627 618,586 617,906 618,278 618,546
12 30 618,450 0,196 617,937 618,717 618,096 618,456 618,708
V.20
Análise do PIBTPC018
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 47 622,481 0,348 621,829 623,240 621,890 622,562 623,122
2 38 622,462 0,289 621,870 622,962 621,910 622,535 622,940
3 43 622,474 0,321 621,770 623,220 621,930 622,490 622,902
4 37 622,342 0,368 621,510 623,240 621,790 622,330 622,910
5 42 622,260 0,330 621,510 623,010 621,709 622,275 622,642
6 39 622,132 0,278 621,679 622,640 621,690 622,132 622,610
7 44 622,136 0,226 621,670 622,550 621,779 622,140 622,489
8 38 622,069 0,271 621,620 622,650 621,629 622,050 622,550
9 42 622,084 0,293 621,560 622,680 621,690 622,016 622,592
10 40 622,121 0,360 621,380 623,169 621,490 622,115 622,566
11 43 622,165 0,321 621,480 623,040 621,719 622,150 622,560
12 41 622,265 0,319 621,569 622,796 621,759 622,280 622,706
V.21
Análise do PIBTPC019
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 47 620,534 0,280 619,992 621,309 620,079 620,555 620,999
2 38 620,591 0,300 620,139 621,549 620,169 620,572 621,349
3 42 620,547 0,252 619,979 621,339 620,099 620,539 620,889
4 36 620,458 0,292 619,979 621,349 620,042 620,464 620,889
5 42 620,326 0,250 619,809 620,699 619,819 620,349 620,659
6 39 620,210 0,220 619,782 620,669 619,822 620,229 620,619
7 45 620,190 0,164 619,902 620,469 619,912 620,199 620,399
8 38 620,144 0,167 619,869 620,489 619,869 620,129 620,479
9 42 620,130 0,197 619,549 620,459 619,809 620,112 620,449
10 40 620,124 0,240 619,652 620,519 619,689 620,156 620,492
11 43 620,227 0,267 619,619 620,879 619,752 620,279 620,649
12 41 620,335 0,280 619,749 621,239 619,882 620,325 620,669
V.22
Análise do PIBTPC020
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 34 619,655 0,278 619,187 620,206 619,189 619,668 620,117
2 28 619,572 0,291 618,797 619,997 618,869 619,632 619,936
3 32 619,622 0,320 618,667 620,407 619,147 619,607 620,107
4 27 619,551 0,287 619,087 620,297 619,219 619,497 619,937
5 32 619,409 0,236 618,987 619,787 618,997 619,362 619,787
6 28 619,305 0,236 618,959 619,747 618,999 619,247 619,689
7 32 619,310 0,225 618,977 620,109 619,027 619,282 619,567
8 27 619,246 0,195 618,727 619,607 619,047 619,237 619,530
9 32 619,229 0,191 618,817 619,560 618,937 619,182 619,560
10 30 619,200 0,201 618,837 619,550 618,879 619,197 619,530
11 32 619,305 0,192 618,919 619,627 618,937 619,357 619,577
12 30 619,465 0,290 618,929 620,400 619,057 619,422 619,876
V.23
Análise do PIBTPC022
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 34 621,419 0,320 620,805 622,156 620,876 621,456 621,895
2 28 621,421 0,245 620,936 621,776 620,976 621,471 621,746
3 32 621,411 0,283 620,776 622,106 621,006 621,376 621,826
4 27 621,270 0,330 620,746 621,916 620,836 621,306 621,746
5 31 621,193 0,298 620,626 621,656 620,666 621,216 621,616
6 28 621,086 0,268 620,686 621,616 620,695 621,031 621,476
7 32 621,112 0,231 620,766 621,616 620,786 621,156 621,426
8 27 621,050 0,240 620,666 621,486 620,776 621,006 621,456
9 31 621,038 0,286 620,296 621,656 620,646 620,976 621,506
10 29 621,068 0,282 620,315 621,536 620,636 621,045 621,476
11 31 621,125 0,272 620,616 621,576 620,675 621,145 621,556
12 30 621,263 0,274 620,635 621,646 620,775 621,346 621,615
V.24
Análise do PIBTPC023
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 47 621,306 0,240 620,839 621,829 620,879 621,309 621,647
2 38 621,294 0,206 620,849 621,649 620,919 621,308 621,602
3 44 621,323 0,222 620,869 621,809 620,979 621,339 621,649
4 37 621,202 0,234 620,749 621,579 620,889 621,209 621,567
5 42 621,120 0,203 620,679 621,439 620,807 621,099 621,422
6 39 621,049 0,222 620,639 621,659 620,759 620,999 621,407
7 45 621,030 0,180 620,719 621,449 620,829 621,009 621,367
8 38 620,998 0,194 620,709 621,539 620,709 620,949 621,459
9 42 620,984 0,271 620,179 621,477 620,649 620,969 621,457
10 40 620,992 0,265 620,289 621,437 620,383 621,014 621,375
11 42 621,100 0,300 620,217 621,749 620,659 621,109 621,467
12 41 621,174 0,266 620,339 621,659 620,819 621,139 621,527
V.25
Análise do PIBTPC024
Mês N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 11 619,201 0,167 618,864 619,431 618,864 619,182 619,431
2 8 619,118 0,127 618,954 619,311 618,954 619,115 619,311
3 8 619,188 0,157 618,862 619,351 618,862 619,235 619,351
4 10 619,075 0,198 618,772 619,305 618,772 619,032 619,305
5 10 619,015 0,149 618,854 619,231 618,854 618,979 619,231
6 12 619,019 0,209 618,824 619,452 618,824 618,934 619,452
7 13 618,985 0,134 618,802 619,144 618,802 619,065 619,144
8 10 618,969 0,151 618,792 619,162 618,792 618,924 619,162
9 10 618,998 0,150 618,742 619,175 618,742 619,045 619,175
10 10 618,964 0,170 618,694 619,165 618,694 619,018 619,165
11 12 618,963 0,185 618,662 619,244 618,662 618,959 619,244
12 12 619,078 0,177 618,764 619,261 618,764 619,138 619,261
V.26
Análise do PIBTPC025
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 8 617,299 0,411 616,790 617,802 616,790 617,327 617,802
2 6 617,198 0,498 616,570 617,742 616,570 617,307 617,742
3 6 617,325 0,416 616,750 617,682 616,750 617,522 617,682
4 6 617,203 0,418 616,740 617,782 616,740 617,197 617,782
5 6 617,071 0,358 616,540 617,472 616,540 617,027 617,472
6 8 617,042 0,452 616,390 617,702 616,390 616,952 617,702
7 7 616,878 0,342 616,530 617,392 616,530 616,892 617,392
8 6 616,908 0,271 616,560 617,202 616,560 616,942 617,202
9 6 616,998 0,432 616,490 617,582 616,490 617,057 617,582
10 6 617,259 0,082 617,142 617,352 617,142 617,267 617,352
11 8 617,157 0,154 617,022 617,372 617,022 617,067 617,372
12 10 617,259 0,285 616,800 617,632 616,800 617,356 617,632
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.27
Análise do PIBTPC026
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Mediana Percentil 95%
1 8 617,643 0,525 616,820 618,270 616,820 617,670 618,270
2 6 617,492 0,544 616,810 617,990 616,810 617,700 617,990
3 6 617,625 0,498 616,930 618,090 616,930 617,795 618,090
4 6 617,625 0,564 616,990 618,470 616,990 617,665 618,470
5 6 617,262 0,535 616,610 617,810 616,610 617,375 617,810
6 8 617,295 0,407 616,630 617,810 616,630 617,295 617,810
7 7 617,164 0,402 616,740 617,740 616,740 617,310 617,740
8 6 617,098 0,313 616,770 617,600 616,770 617,065 617,600
9 6 617,173 0,412 616,680 617,680 616,680 617,245 617,680
10 6 617,455 0,347 616,830 617,720 616,830 617,595 617,720
11 8 617,540 0,160 617,350 617,720 617,350 617,590 617,720
12 10 617,506 0,440 616,860 617,990 616,860 617,580 617,990
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.28
Análise do PIBTPC027
Mês N Média Desvio - Padrão Mínimo Máximo Percentil 5% Médiana Percentil 95%
1 8 618,668 0,471 617,930 619,318 617,930 618,589 619,318
2 6 618,527 0,486 617,930 618,988 617,930 618,668 618,988
3 6 618,669 0,409 618,050 619,098 618,050 618,753 619,098
4 6 618,435 0,289 618,130 618,808 618,130 618,363 618,808
5 6 618,302 0,413 617,690 618,748 617,690 618,338 618,748
6 8 618,346 0,366 617,670 618,718 617,670 618,333 618,718
7 7 618,175 0,308 617,790 618,658 617,790 618,258 618,658
8 6 618,229 0,258 617,870 618,518 617,870 618,328 618,518
9 6 618,339 0,401 617,830 618,658 617,830 618,533 618,658
10 6 618,570 0,199 618,328 618,868 618,328 618,593 618,868
11 8 618,558 0,226 618,258 618,908 618,258 618,568 618,908
12 10 618,565 0,347 618,040 618,978 618,040 618,569 618,978
Instrumento novo para o qual não há limite de projeto pré-estabelecido.
V.29