Modulo03 Governanca LivroDigital
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CORPORATIVA
SAMARA DE CARVALHO PEDRO
Sumário
AULA 1
CONCEITO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA..... 4
AULA 2
STAKEHOLDERS.................................................... 11
AULA 3
PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA....... 17
AULA 4
CONFLITO DE INTERESSES................................... 24
AULA 5
ÓRGÃOS DE SUSTENTAÇÃO LEGAL..................... 34
AULA 6
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO....................... 42
AULA 7
AUDITORIA INTERNA E EXTERNA....................... 49
AULA 8
GOVERNANÇA CORPORATIVA NO MUNDO...... 54
AULA 9
ÉTICA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA........... 59
AULA 10
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL...... 64
AULA 11
PRINCIPAIS ORIENTADORES DA BOA
GOVERNANÇA...................................................... 79
AULA 12
INDICADORES DE DESEMPENHO PARA
AVALIAÇÃO DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA...................................................... 89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................... 95
AULA 1
CONCEITO DE
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
INTRODUÇÃO À
GOVERNANÇA
CORPORATIVA,
HISTÓRICO E OBJETIVOS
5
Olá, caro aluno! Seja muito bem-vindo à disciplina
de Governança Corporativa. Nesta unidade
iremos abordar o tema: introdução à governança
corporativa: histórico e objetivos. Você aprenderá
o conceito de governança corporativa e reverá
alguns tópicos de administração e finanças
relacionados ao tema. Mas, antes de iniciarmos,
seria importante ver e rever alguns conceitos
que serão fundamentais para a nossa jornada de
aprendizado.
6
administração se faz necessária.
9
• obter vantagem competitiva;
• zelar pelos direitos dos acionistas;
• obter maior controle dos atos de gestão;
• elevar o potencial de valorização dos ativos;
• melhorar a relação com os stakeholders.
10
AULA 2
STAKEHOLDERS
CONCEITOS, ABRANGÊNCIA
E ELEMENTOS DE CADA
STAKEHOLDER NAS
ORGANIZAÇÕES
12
Você deve se lembrar de que, na primeira aula,
fizemos algumas menções à palavra stakeholder.
Pois é, agora vamos voltar ao tema de forma
mais clara. Essa palavra não possui em nossa
língua uma tradução literal, mas podemos dizer
que stakeholder é qualquer parte interessada na
empresa, seja esse interessado uma pessoa ou
um grupo. Essas partes são capazes de afetar a
empresa ou de serem afetadas por ela.
13
termo stakeholder, por ser mais abrangente e
englobar tudo o que precisamos saber para a
nossa disciplina. Então, afinal... quem são esses
stakeholders? E por que eles são interessados?
Vamos descobrir? Observe cada um deles a
seguir.
• CLIENTE – Ele é interessado porque, ao fazer a
compra de um produto (um carro, por exemplo),
ele precisa ter assistência, peças de reposição,
atendimento etc. Por isso, o cliente precisa que
a empresa continue no mercado. Por outro lado,
ele afeta a empresa, tendo em vista que suas
compras aumentam os lucros, fazendo com que a
empresa permaneça “viva” no mercado.
• COMUNIDADE – A comunidade precisa
muito das ações sociais que as empresas fazem
na sociedade (plantio, urbanização, creches,
escolas etc.), sendo estes benefícios para a
comunidade, sendo ela carente ou não. A
manutenção da empresa no mercado significa
também a manutenção de postos de trabalho,
algo de extrema importância. Por outro lado, a
comunidade pode fazer manifestações contrárias
à instalação de alguma fábrica, a forma com que
uma empresa descarta resíduos etc.
• GOVERNO – O governo atua em diversos
sentidos. Primeiramente, com a cobrança de
tributos das empresas, ou seja, quanto mais
14
empresas atuarem no mercado e mais lucrativas
forem, melhor. Além disso, ainda existe a
questão do marketing político. O governo “G”
poderá dizer, no futuro, o quanto atuou para que
mais empresas surgissem com o consequente
aumento de empregos. E, por fim, qualquer ação
do governo, lançando um plano econômico,
alterando taxas de juros, promulgando ou
alterando a legislação, pode afetar positivamente
ou negativamente a empresa.
• CONCORRENTE – As ações dos concorrentes
no mercado (criação de novos produtos,
aumento da qualidade dos produtos existentes
ou aumento da fatia de mercado) afetam os
negócios da empresa e, por isso, ela precisa estar
incansavelmente atenta a essas movimentações.
É claro que a recíproca é verdadeira.
• SINDICATO – Seu interesse ocorre à medida
que há uma representação de uma classe de
empregados dentro de uma empresa. Assim, há
a arrecadação em forma de contribuição sindical
ou contribuição assistencial, fazendo com que
o sucesso da empresa seja importante para o
sindicato, de modo a ser favorável para a sua
própria atuação.
• BANCO/CREDOR – São agentes financeiros
cujo retorno dos valores financiados
(emprestados) somente serão devolvidos caso
15
a empresa tenha boa saúde financeira. Vale
ressaltar que essas transações são importantes
e necessárias para a sobrevivência das duas
empresas, tanto a que toma o dinheiro quanto
aos bancos que cedem o dinheiro. Afinal, o
recebimento dos valores emprestados com
juros será importante para a permanência da
instituição financeira no mercado.
• EMPREGADOS – As pessoas, em sua grande
maioria, precisam de emprego, assim é possível
garantir o recebimento de salários, benefícios,
desenvolvimento etc. Mesmo que sejam
demitidas, a garantia do recebimento das verbas
trabalhistas é de grande importância. Portanto, os
empregados são uma parte interessada.
• ACIONISTA – Para muitos, o principal
stakeholder, já que este interessado foi o que
aplicou e investiu na empresa e, portanto,
quer receber a remuneração devida pelo risco
envolvido.
• FORNECEDOR – Da mesma maneira que o
banco/credor, o fornecedor espera receber os
pagamentos pelos produtos, matérias-primas e
serviços prestados. O fornecedor é facilmente
afetado, tanto pela boa quanto pela má gestão.
16
AULA 3
PILARES DA
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
TRANSPARÊNCIA,
PRESTAÇÃO DE
CONTAS, EQUIDADE E
RESPONSABILIDADE
19
A existência dessas palavras-chave ou pilares
são fundamentais para ambos: empresa e
stakeholders. No caso da empresa, é importante
a demonstração de solidez, pois passa para
o mercado credibilidade e confiança, e,
consequentemente, uma imagem de boa
governança empresarial.
20
RESPONSABILIDADE
TRANSPARÊNCIA
PRESTAÇÃO
DE CONTAS
EQUIDADE
PILAR DA
PILAR DA
PILAR DA
PILAR DA
21
pilar vai nos informar que a governança
corporativa somente se sustenta se os envolvidos
diretamente na gestão da empresa prestarem
contas de suas ações diante daqueles que os
elegeram. É importante que os gestores do
negócio respondam de forma integral por todos
os atos ocorridos em seu mandato.
22
mesmo tratamento, não importando seu nível ou
cargo.
23
AULA 4
CONFLITO DE
INTERESSES
CONFLITOS INTERPESSOAL,
INTRAPESSOAL,
INTERGRUPAL, INTRAGUPAL
E PROBLEMA DE AGÊNCIA
25
Certamente você já participou de algum conflito
na sua vida. Eu até diria que é muito difícil
passarmos um dia inteiro sem que vivamos ou
vejamos algum tipo de conflito. O conflito ocorre
quando uma das partes – seja indivíduo ou grupo
– tenta atingir seus objetivos e/ou interesses,
porém esses objetivos e/ou interesses estão
interligados com os de outro indivíduo ou grupo,
o que resultará na “derrota” de uma das partes
em relação àqueles objetivos e interesses que
são comuns. Existem alguns tipos de conflito,
observe:
• conflito interpessoal: você com outra pessoa;
• conflito intrapessoal: você com você mesmo;
• conflito intergrupal: grupo contra grupo;
• conflito intragrupal: dentro do próprio grupo.
28
fundadores, é importante que o comando fique
nas mãos de uma pessoa realmente capaz,
independentemente de ter ou não parentesco.
Muitos advogam a contratação de consultoria
especializada para tratar do processo sucessório.
30
ele investe na empresa) e a confiança para
administrar, e, em troca, o agente presta serviços
para ele, que é o proprietário. Por enquanto, tudo
bem?
31
pautados na fraude, ou em atos indignos), acabou
indo por um caminho que não foi o melhor.
32
O artigo de Courteau, Di Pietra, Giudici e Melis
(2017) examina dois efeitos potencialmente
contraditórios da presença de acionistas
controladores. O estudo demonstrou que os
acionistas controladores são benéficos, pois
geralmente têm um interesse de longo prazo na
empresa e estão dispostos e aptos a monitorar
de perto as ações dos gerentes seniores e a
diminuir os custos de agência entre acionistas e
administração. No entanto, eles também estão
em posição de desapropriar os ativos da empresa,
especialmente quando estão ativamente
envolvidos na administração.
33
AULA 5
ÓRGÃOS DE
SUSTENTAÇÃO
LEGAL
ORGANOGRAMA
DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
35
Já vimos que a governança corporativa tem como
objetivo o estabelecimento e a implementação
de um sistema de gestão na empresa, a fim de
minimizar a possibilidade de ações que possam
prejudicar a saúde financeira da empresa e,
consequentemente, comprometer a imagem da
empresa no mercado.
38
CONSELHO CONSULTIVO: Grupo de
conselheiros independentes que contribuem
para a gestão da organização. Ele tem algumas
especificidades:
—— são convidados pelo Conselho de
Administração.
—— tem caráter temporário;
—— podem, ou não, ser remunerados;
—— deve agir em consonância com a visão, a
missão e os valores da organização;
—— deve prevenir e administrar a situação de
conflitos de interesses e ou divergências de
opiniões;
—— podem ser: independentes, externos ou
internos (comitês).
40
diretrizes da administração, inclusive no âmbito
das empresas controladas e coligadas.
41
AULA 6
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
CONCEITOS, ATRIBUIÇÕES
E CARACTERÍSTICAS
DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
43
Nesta unidade, iremos conceituar conselho de
administração e explicitar suas atribuições no
âmbito da governança. O objetivo desta e da
próxima unidade é detalhar um pouco mais
os conceitos de conselho de administração
e evidenciar suas principais características.
Portanto, daremos início conceituando-o como
um órgão deliberativo e estruturado que possui
as seguintes finalidades básicas: proteger o
patrimônio da empresa e maximizar o retorno do
investimento dos acionistas.
44
• supervisionar o desenvolvimento dos
principais projetos da empresa e que são
decorrentes do plano estratégico;
• analisar o orçamento geral e verificar se ele é
compatível com o plano estratégico;
• eleger diretores.
AUDITORIA
INTERNA E
EXTERNA
CARACTERÍSTICAS
IMPORTANTES DA
AUDITORIA
50
Nesta unidade vamos mostrar a importância
da auditoria para a governança corporativa,
evidenciando suas principais características.
Vamos recordar o organograma de sustentação
legal da governança corporativa. Ele, mais uma
vez, é muito importante para nós. Iremos falar
a respeito da auditoria interna e da auditoria
externa.
53
AULA 8
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
NO MUNDO
LEI SARBANES-OXLEY
58
AULA 9
ÉTICA NA
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
CONCEITO E
CARACTERÍSTICAS DE
ÉTICA E SUA RELAÇÃO
COM A GOVERNANÇA
CORPORATIVA
60
Iremos conceituar ética, suas características
e relacionar sua importância ao contexto da
governança corporativa. Você já deve ter ouvido
falar que a palavra ética vem do grego, ethos, que
significa costume, maneira de agir, modo de ser,
caráter, índole. Ser ético está relacionado com
aquilo que a sociedade aceita, como a maneira
correta de agir frente a uma determinada situação.
63
AULA 10
RESPONSABILIDADE
SOCIAL E
AMBIENTAL
PRÁTICAS EMPRESARIAS
COMPROMETIDAS COM
A SOCIEDADE E O MEIO
AMBIENTE
65
Iremos tratar sobre a responsabilidade social
da empresa. Assim, iremos conceituar a
sustentabilidade relacionando-a à importância
de práticas comprometidas com o meio
ambiente por parte das empresas e mostrar
que a responsabilidade social, além da questão
ambiental, também possui a vertente no campo
das ações sociais, sejam internas ou externas.
66
próximos séculos terão condições ambientais
de viver e de buscar soluções para suas vidas tal
como nós temos hoje. Ou seja, tudo é lícito, tudo
é permitido, desde que com cuidado pelo meio
ambiente.
70
projetos sociais e ambientais. E no indicador de
geração de empregos é abordado o número de
empregos gerados.
71
• renda pessoal;
• custo do subemprego;
• tamanhos de estabelecimento;
• crescimento do emprego;
• distribuição de emprego por setor;
• receita por setor que contribui para o produto
bruto do estado.
74
Afinal, se a sua empresa não está alimentando
relacionamentos positivos com a sua
comunidade, a sua base de clientes diminui.
Os resultados sociais questionam a crença de
que, quanto menos uma empresa paga para sua
força de trabalho, mais tempo ela pode se dar
ao luxo de operar. Em vez disso, os resultados
sociais medem a sustentabilidade a longo
prazo do capital humano dos negócios, com o
entendimento de que um negócio que também
é um local de trabalho desejável sempre poderá
operar, no futuro, uma vez que haverá uma
força de trabalho se esforçando para fazer parte
dos negócios. Essencialmente, os interesses
corporativos e trabalhistas são vistos como
interdependentes.
75
Controlar seus resultados ambientais significa
gerenciar, monitorar e relatar seu consumo,
resíduos e emissões. Normalmente, esse é o
trabalho do departamento de sustentabilidade ou
gestão ambiental, embora a maioria dos modelos
de negócios sustentáveis também faça com
que a redução de resíduos e as políticas verdes
sejam valores corporativos em todos os níveis de
gerenciamento.
76
• quantidade de água retirada de fontes de água
locais;
• total de emissões de NOx, SOx e GEE;
• sustentabilidade econômica;
Na abordagem Triple Bottom Line, a
sustentabilidade econômica não é simplesmente
seu capital corporativo tradicional. Seu capital
econômico, sob o modelo TBL deve ser medido
em termos de quanto impacto sua empresa tem
no ambiente econômico.
Os negócios que fortalecem a economia da qual
fazem parte são aqueles que continuarão a ter
sucesso no futuro, pois contribuem para a saúde
econômica geral de suas redes e comunidades
de apoio. Obviamente, uma empresa também
precisa estar ciente de seus lucros tradicionais, e
a Triple Bottom Line é responsável por isso.
Sua empresa ajuda os fornecedores locais a
permanecerem nos negócios e a inovar? Ou
suas atividades colocam a economia local em
risco? Você paga aos funcionários o suficiente
para estimular o crescimento econômico e os
gastos? Ou sua política de remuneração reduz
a economia local? Você escolhe materiais que
são economicamente um bom investimento? Ou
você compra produtos mais baratos que criam
problemas em outras áreas? Por exemplo, você
compra produtos químicos com baixa emissão ou
produtos com alto teor de COV mais baratos que
77
colocam em risco sua conformidade ambiental?
Por que usar o método Triple Bottom Line?
Usando este método, a empresa pode expandir
como entende sua posição na economia atual
e sua capacidade de sobreviver no futuro. A
sustentabilidade corporativa mede a capacidade de
negociar indefinidamente, com base no seu impacto
no meio ambiente, no relacionamento com a
comunidade e na contribuição para a sua economia.
Na realidade, todos os três fatores desempenham
um papel importante na determinação de se sua
empresa pode permanecer no negócio e gerar
lucro; nenhum resultado financeiro único pode
sustentar um negócio sozinho.
A empresa precisa de uma força de trabalho
saudável, com habilidades diversas, perspectivas
diferentes e a força de trabalho deve estar
contente o suficiente para proporcionar
crescimento. Ela só pode operar em uma
situação econômica em que sua cadeia de
suprimentos e as empresas locais prosperam. Se
sua cidade ou região se tornar uma zona morta
economicamente, sua empresa não terá acesso a
pessoas ou recursos a longo prazo.
Diferentemente do método tradicional, o Triple
Bottom Line permite que você veja seus negócios
como uma entidade social e ambiental e avalie
esses aspectos de acordo com esses parâmetros.
78
AULA 11
PRINCIPAIS
ORIENTADORES DA
BOA GOVERNANÇA
CÓDIGO DAS MELHORES
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
80
Iremos tratar agora sobre os principais
orientadores da boa governança. O Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) foi
criado em 1995 com o objetivo de ser a principal
referência nacional em governança corporativa.
Seu intuito é a difusão dos melhores conceitos
e práticas no Brasil da governança corporativa.
O IBGC foi responsável pela elaboração do
código das melhores práticas de governança
corporativa. Esse código fornece os fundamentos
para uma perfeita aplicação das boas práticas
de governança corporativa no Brasil. Ele visa
aumentar o valor da sociedade, melhorar seu
desempenho, facilitar seu acesso ao capital
a custos mais baixos e contribuir para sua
perenidade. O código aborda capítulos sobre
propriedade (sócios), conselho de administração,
gestão, auditoria independente, conselho fiscal,
conduta e conflito de interesses.
83
a administração sênior monitore a eficácia do
sistema de controles internos.
AVALIAÇÃO DE RISCO
PRINCÍPIO 4: A administração sênior deve
assegurar-se de que os fatores internos e externos
que poderiam afetar adversamente a realização
dos objetivos do banco estão sendo identificados
e avaliados. Esta avaliação deve cobrir todos
os vários riscos que o banco enfrenta (por
exemplo, o risco de crédito, o risco do país e de
84
transferência, o risco de mercado, o risco de taxa
de juros, o risco de liquidez, o risco operacional, o
risco legal e o risco de reputação).
ATIVIDADES DE CONTROLE
PRINCÍPIO 6: As atividades de controle devem
ser uma parte integral das operações diárias
de um banco. A administração sênior deve
estabelecer uma estrutura apropriada de controle
para assegurar controles internos eficazes,
definindo as atividades de controle em cada
nível do negócio. Estes devem incluir: revisões
de alto nível, controles apropriados da atividade
de departamentos ou divisões diferentes,
controles físicos, verificação periódica de
aderência aos limites de exposição, um sistema
das aprovações e autorizações, e um sistema
da verificação e reconciliação. A administração
sênior deve periodicamente assegurar-se de que
todas as áreas do banco adiram às políticas e
procedimentos estabelecidos.
85
PRINCÍPIO 7: A administração sênior deve
assegurar-se de que existe segregação de
funções apropriada e que não foram atribuídas
responsabilidades conflitantes ao pessoal. As
áreas de conflitos de interesse potenciais devem
ser identificadas, minimizadas e monitoradas com
cuidado.
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
PRINCÍPIO 8: A administração sênior deve
assegurar-se de que existem dados financeiros,
operacionais e de compliance internos
adequados e detalhados, assim como informação
do mercado externa sobre os eventos e as
circunstâncias que são relevantes ao processo
de tomada de decisão. A informação deve ser
confiável, oportuna, acessível, e disponibilizada
em um formato consistente.
86
PRINCÍPIO 10: A administração sênior deve
assegurar-se de que existem sistemas de
informação apropriados em funcionamento
que cubram todas as atividades do banco. Estes
sistemas, incluindo aqueles que mantêm ou que
se utilizam de dados em formato eletrônico,
devem ser seguros e testados periodicamente.
MONITORAMENTO
PRINCÍPIO 11: A administração sênior deve
monitorar continuamente a eficácia total dos
controles internos do banco, a fim de auxiliar
no atingimento dos objetivos da organização. O
monitoramento dos riscos-chave deve ser parte
das operações diárias do banco e deve incluir
avaliações independentes, de acordo com o caso.
87
PRINCÍPIO 13: As deficiências identificadas nos
controles internos devem ser relatadas de forma
tempestiva ao nível apropriado da administração
e ser cuidadas prontamente. As deficiências
relevantes nos controles internos devem ser
relatadas à administração sênior e ao conselho de
diretores.
88
AULA 12
INDICADORES
DE DESEMPENHO
PARA AVALIAÇÃO
DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
INDICADORES
QUANTITATIVOS
E QUALITATIVOS
PARA AVALIAÇÃO DA
GOVERNANÇA CORPORATIVA
90
A ideia desta unidade é fazer com que você
conheça os principais indicadores quantitativos e
qualitativos que possam ajudar a avaliar a gestão
da empresa.
92
• RENTABILIDADE DO INVESTIMENTO: A taxa
de rentabilidade do investimento é calculada por
lucro líquido dividido pelo investimento.
• PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO:
O prazo de retorno do investimento realizado
é calculado da seguinte forma: investimento
dividido pelo lucro líquido.
• RENTABILIDADE SOBRE O PATRIMÔNIO
LÍQUIDO: É a divisão do lucro líquido pelo
patrimônio líquido.
• LIQUIDEZ CORRENTE: É o resultado da
divisão do ativo circulante pelo passivo circulante.
Mede a capacidade da empresa de saldar seus
compromissos imediatos.
• CRESCIMENTO DA RECEITA: É o total da
receita no período atual dividido pelo total da
receita no período anterior.
• PARTICIPAÇÃO NO MERCADO: Percentual
que a empresa possui das vendas totais do setor
em que participa.
93
• DESPERDÍCIO: Medido pelo percentual de
materiais perdidos em relação ao total utilizado.
• RETENÇÃO DE PESSOAS FUNDAMENTAIS:
Número de pessoas fundamentais com
elevado conhecimento que se desligaram
espontaneamente nos últimos 12 meses dividido
pelo total de pessoas fundamentais da empresa.
• SATISFAÇÃO: Percentual de pessoas que
se declararam suficientemente motivadas e
satisfeitas. É feita uma pesquisa com os diversos
níveis hierárquicos. Percentual de pessoas
entrevistadas que têm uma visão positiva da
empresa.
94
Referências bibliográficas
ARAUJO, Aline Oliveira; BEHR, Ariel; DA SILVA,
Fernanda Momo. Análise do código de conduta
das instituições financeiras da BM&FBovespa à
luz das recomendações do Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa. Revista Contemporânea
de Contabilidade, Florianópolis, v. 15, n. 34, p.
115-143, 2018.