5 RENAST - Rede Nacional de Atenção À Saúde Do Trabalhador
5 RENAST - Rede Nacional de Atenção À Saúde Do Trabalhador
5 RENAST - Rede Nacional de Atenção À Saúde Do Trabalhador
PROPÓSITO
Conhecer a RENAST, as atribuições dos CEREST, as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, permite aos profissionais de Segurança do Trabalho acessarem
estratégias importantes acerca da promoção da saúde e da segurança nos ambientes de trabalho, e
prevenção de doenças, agravos e acidentes relacionados ao trabalho.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Reconhecer a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
LIGANDO OS PONTOS
A rede de atenção à saúde do trabalhador (RENAST) é a rede temática do SUS para executar ações de
vigilância e assistência em saúde do trabalhador. Sua atuação é regionalizada para que a equipe possa
conhecer profundamente a realidade de cada local.
CASO
CEREST Regional Cacoal em parceria com OAB, CISTT e Vigilância em Saúde se reúnem para
discutir índices de acidentes de trabalho envolvendo a área elétrica e a da construção civil na
regional de abrangência.
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional Cacoal, preocupado com o alto índice de
acidentes de trabalho envolvendo a área elétrica e a da construção civil, na regional de abrangência,
convidou para proposta de ação conjunta em prevenção à saúde do trabalhador as instituições: Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
(CISTT) e Vigilância em Saúde.
Foto: Shutterstock.com
A reunião teve início com a apresentação dos números de acidentes ocorridos, quando a vigilância em
saúde do munícipio de Cacoal apresentou estatísticas de notificações, dando abertura para que todos os
presentes fizessem suas colocações e propostas de trabalho envolvendo a educação continuada a
todos os trabalhos e sociedade estudantil. Na oportunidade também estavam presentes os assessores
de um deputado e, ao final da reunião, foi gerada uma ata encaminhada ao MPT com proposta de dar
continuidade à ação em 2020. (Blog do CEREST Regional de Cacoal, 17/12/2019)
A) as ações de prevenção e controle de doenças transmissíveis, vigilância dos fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e análise da situação de
saúde da população brasileira.
B) as ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços
de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente,
relacionem-se com a saúde.
C) as ações de inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com o objetivo de buscar a promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores e realizar apoio institucional e matricial às instâncias envolvidas no
processo de vigilância em saúde do trabalhador no SUS.
D) as ações de assistência direta aos trabalhadores, como consultas médicas, consultas com
psicólogos, encaminhamento para tratamento e reabilitação, assim como os encaminhamentos para a
emissão de laudos para perícia do INSS.
GABARITO
1. As ações da VISAT devem ser coordenadas pelas instâncias de gestão do SUS e articuladas
pela RENAST, no princípio da estruturação da atenção integral à saúde dos trabalhadores em
rede. Sobre as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, podemos destacar:
A Vigilância em Saúde do Trabalhador tem como objeto específico a investigação e intervenção nos
ambientes de trabalho prejudiciais à saúde dos trabalhadores. Não é papel da VISAT o atendimento aos
trabalhadores por meio de consultas.
2. O caso mostra que, devido ao grande número de acidentes de trabalho registrados, foi
necessário o agendamento de uma reunião com diversas instituições da região afetada, porém
faltou a participação de um grupo, por meio dos seus representantes. Marque a alternativa que
apresenta esse grupo:
A participação dos trabalhadores, por meio dos seus representantes, é fundamental para a elaboração
de propostas de mudanças nos ambientes com o objetivo de minimizar os acidentes de trabalho.
RESPOSTA
Identificar a situação de saúde dos trabalhadores dessas áreas; planejar, executar e avaliar as situações de
riscos a que esses trabalhadores estão expostos; verificar a ocorrência de anormalidades e irregularidades
nos ambientes e processos de trabalho; apurar as responsabilidades e recomendar as medidas necessárias
para a prevenção dos acidentes e promoção da saúde.
A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
A RENAST
Foto: Shutterstock.com
A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) compreende uma rede
nacional de informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar ações de
assistência, de vigilância, prevenção e de promoção da saúde relacionadas à saúde dos trabalhadores,
e articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal e os
municípios.
Ao longo dos anos, a ampliação e o fortalecimento da RENAST se deram de forma articulada entre o
Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal e os municípios por meio
da Portaria GM nº 2.728/2009, que atribui à rede a:
I - elaborar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador para o SUS, aprovada pelo Conselho
Nacional de Saúde (CNS) e pactuada pela CIT (Comissão Intergestores Tripartite) ;
III - elaboração de projetos de lei e normas técnicas pertinentes à área, com a participação de
outros atores sociais como entidades representativas dos trabalhadores, universidades e
organizações não governamentais;
VI - definir acordos e cooperação técnica com instituições afins com a Saúde do Trabalhador para
capacitação e apoio à pesquisa na área;
VII - definir rede de laboratórios de análises químicas e toxicológicas como referências regionais
ou estaduais;
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Os trabalhadores sempre foram atendidos nos serviços do SUS, porém nem sempre suas demandas
específicas relacionadas ao trabalho eram observadas. A implantação da RENAST também teve como
proposta a qualificação desses atendimentos incorporando as ações de saúde do trabalhador.
A assistência aos agravos, a vigilância dos ambientes e das condições de trabalho (vigilância sanitária),
da situação de saúde dos trabalhadores (vigilância epidemiológica) e da situação ambiental (vigilância
ambiental).
Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando
eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los.
Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, o controle e a atenuação dos fatores
determinantes dos riscos e agravos à saúde para subsidiar a toma de decisões das instâncias do SUS.
3. Planejar, executar e avaliar sobre situações de risco à saúde dos trabalhadores e os ambientes
e processos de trabalho;
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Além do mais, devem mapear os riscos dos processos de produção, por meio da metodologia de
árvores de causas.
Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo de buscar a promoção e a
proteção da saúde dos trabalhadores;
Promover ações de formação continuada para os técnicos e trabalhadores envolvidos nas ações de
Vigilância em Saúde do Trabalhador.
PLANO DE AÇÃO DE SAÚDE DO
TRABALHADOR
Foto: Shutterstock.com
O Plano de Ação Saúde do Trabalhador visa colocar em prática as determinações da Portaria GM/MS nº
2.437/2005, que regulamenta as atividades da RENAST. O plano tem como objetivo a definição das
ações que respondam às necessidades de saúde da população atendida, maximizando resultados e
melhorando constantemente a qualidade dos serviços prestados (RENAST, 2006).
O propósito de um planejamento é:
1 - EXPLICANDO O PROBLEMA
Quem é o ator que planeja? Qual a missão da organização do ator que planeja? Qual problema será
objeto da intervenção? Como descrever o problema? Como explicar o problema?
2 - PROPONDO INTERVENÇÕES
Observação: o nó crítico pode ser considerado como uma causa do problema que, quando atacada, é
capaz de resolver ou transformar o problema principal.
3 - CONSTRUINDO VIABILIDADE
4 – GERENCIANDO A INTERVENÇÃO
Como concluir a proposta de intervenção? (2ª parte) Como gerir a implantação do projeto?
A elaboração do plano ocorre nas Oficinas de Trabalho, que reúnem todos os atores sociais envolvidos
com a temática saúde do trabalhador, incluindo os gestores de órgãos públicos e representação dos
movimentos sociais e de usuários/trabalhadores.
De acordo com a Portaria GM/MS nº 2.067/2004, o Plano de Ação Nacional em Saúde do Trabalhador
deve seguir as metas do Plano Nacional de Saúde, assim como as estratégias de gestão
descentralizada pactuadas entre as esferas de governo, devendo conter as diretrizes para:
I. organização de ações assistenciais em Saúde do Trabalhador, no âmbito da Atenção Básica, na
rede de Média e Alta Complexidade ambulatorial, pré-hospitalar e hospitalar;
IX. promoção da Saúde do Trabalhador por meio da articulação intra e intergovernamental nas
três esferas de governo.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Foto: Shutterstock.com
Para que se consiga atingir os objetivos da Vigilância em Saúde do Trabalhador, é necessário que se
adotem metodologias capazes de estabelecer um diagnóstico situacional, dentro do princípio da
pesquisa-intervenção, e de avaliar, de modo permanente, os seus resultados em prol das mudanças
pretendidas. Observe os componentes que compreendem alguns pressupostos metodológicos:
FASE PREPARATÓRIA
Nesta fase, a equipe busca conhecer, com o maior aprofundamento possível, o(s) processo(s), o
ambiente e as condições de trabalho do local onde será realizada a ação.
INQUÉRITOS
No mesmo tempo da intervenção, é possível organizar inquéritos por meio da equipe interdisciplinar e de
representantes sindicais e/ou dos trabalhadores, aplicando questionários ao conjunto dos trabalhadores,
contemplando a sua percepção da relação entre trabalho e saúde, a morbidade referida (sinais e
sintomas objetivos e subjetivos), a vivência com o acidente e o quase acidente de trabalho (incidente
crítico), consigo e com os companheiros, e suas sugestões para a transformação do processo, do
ambiente e das condições em que o trabalho se realiza.
MAPEAMENTO DE RISCOS
Podem ser utilizadas algumas técnicas de mapeamento de riscos dos processos produtivos de forma
gradualmente mais complexa à medida que a intervenção se consolide e as mudanças ocorram —
sempre com a participação dos trabalhadores na sua elaboração. É importante mapear, além dos riscos
tradicionalmente reconhecidos, as chamadas cargas de trabalho e as formas de desgaste do
trabalhador.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Os estudos epidemiológicos clássicos, tais como os seccionais, de corte e caso controle, podem ser
aplicados sempre que se identificar sua necessidade, igualmente com a concorrência, na equipe
interdisciplinar, de técnicos das universidades e centros de pesquisa, como assessores da equipe.
ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO
A intervenção implica na confecção de um relatório detalhado que incorpore o conjunto de informações
coletadas elaborado pela equipe e seja feito com a participação dos trabalhadores, de modo a servir
como parâmetro de avaliações futuras.
INFORMAÇÕES BÁSICAS
É importante acessar as informações de interesse para as ações em Saúde do Trabalhador, não só
sobre a avaliação do perfil de morbimortalidade da população em geral, mas também o
dimensionamento da população trabalhadora exposta a riscos. São informações que permitem a análise
e a intervenção sobre seus determinantes. Algumas informações podem ser adquiridas por intermédio
do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), Previdência Social, entre outros.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
Seguir a sequência dos elementos que compõem um plano em saúde do trabalhador é essencial para
que as ações sejam colocadas em prática sem equívocos. Neste caso, a sequência correta para a
elaboração do plano é explicando o problema, propondo intervenções, construindo viabilidade,
gerenciando a intervenção.
MÓDULO 2
LIGANDO OS PONTOS
Os CEREST devem identificar quais são os riscos e agravos à saúde do trabalhador em sua região de
atuação em conjunto com os serviços de atenção básica, urgências e emergências, de média e alta
complexidades e, a partir daí, atuar na rede de saúde priorizando suas intervenções aos grupos mais
vulneráveis.
Os CEREST devem agir principalmente naqueles ambientes de trabalho que estão longe da atuação do
MTE, e em situações em que os trabalhadores não estão protegidos por NR, como autônomos,
trabalhadores de microempresas, agricultura familiar etc.
O CASO
O CEREST Regional de Cacoal, visando prevenir possíveis acidentes nos frigoríficos dos municípios
que compõe sua regionalização, em parceria com AGEVISA (PVH), CEREST Estadual (PVH) e SESAU,
realizou a operação de inspeção e análise dos frigoríficos quanto à utilização de amônia. A presente
operação de inspeção e orientação já vem sendo desenvolvida pelo CEREST, conforme plano de ação
anual, porém a presente inspeção em todas as unidades frigoríficas foi desencadeada após um acidente
ocorrido em uma unidade que compõe a regionalização do CEREST CACOAL.
Sabendo que a possível intoxicação por amônia pode ser extremamente grave ao trabalhador, a equipe
do CEREST Cacoal, ao tomar conhecimento do acidente de amônia, em parceria MPT, realizou a
inspeção e acompanhou o caso na Unidade Frigorífica, bem como as condições de saúde dos
trabalhadores que foram expostos e sofreram sintomas de intoxicação na ocasião do sinistro, os quais
foram encaminhados à unidade hospitalar do município de Cacoal. De acordo com a literatura médica,
os contaminados podem apresentar os seguintes sintomas: irritação nos olhos, na garganta e no trato
respiratório/sufocante.
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Dependendo do tempo e nível de exposição, podem ocorrer efeitos que vão de suaves irritações a
severas lesões no corpo, devido à sua ação cáustica alcalina. Exposições a altas concentrações, a partir
de 2500ppm, por um período de trinta minutos podem ser fatais. As manifestações clínicas incluem:
diminuição da ingestão de alimentos; letargia; taquipneia; hipotermia; vômitos; ataxia; convulsões;
hepatomegalia e coma. Uma possível complicação deste distúrbio é a ocorrência de encefalopatia
hepática, podendo levar à morte. (Blog do CEREST Regional de Cacoal, 20/06/2021)
GABARITO
2. O case relata um acidente de trabalho em frigorífico. Nesse caso, qual a atuação da equipe
SESMT na assistência aos acidentados?
A alternativa "A " está correta.
A equipe de SESMT deve prestar os primeiros atendimentos, dentro da sua possibilidade e conforme a
gravidade dos acidentes. Em acidentes graves, as equipes dos Serviços de Atendimento Móvel devem
ser acionadas.
RESPOSTA
Inspeção dos ambientes de trabalho; orientações sobre a importância de as empresas seguirem as normas
de segurança; orientações aos trabalhadores sobre a importância de obedecerem às normas de segurança;
elaboração de planos de ação para prevenção de novos acidentes, baseados no PPRA: antecipação,
reconhecimento, avaliação e controle. Utilização de outras ferramentas, como 5W2H.
OS CEREST´S E A ATENÇÃO BÁSICA
OS CEREST
Foto: Shutterstock.com
Os CEREST também têm por função a retaguarda técnica para o SUS nas ações de prevenção,
promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e
rurais, independentemente do tipo de inserção no mercado do trabalho, e a elaboração do Plano de
Saúde do Trabalhador (Portaria GM nº 2.728/2009).
II. Dar apoio matricial para o desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador na atenção primária
em saúde, nos serviços especializados e de urgência e emergência, bem como na promoção de
vigilância nos diversos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde.
III. Atuar como centro articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador,
assumindo a retaguarda técnica especializada para o conjunto de ações e serviços da rede SUS e se
tornando polo irradiador de ações experiência de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base
epidemiológica.
Na esfera assistencial, os CEREST atuam com o propósito de contribuir para o diagnóstico, confirmação
da relação causal entre um dano, doença ou acidente e o trabalho, além de tratamentos, reabilitação e
encaminhamentos dos casos de maior complexidade para as unidades especialistas da rede SUS.
De acordo com a Portaria nº 1.679/2002, em cada estado serão organizados dois tipos de CEREST, os
Regionais e os Estaduais e cabe a eles apoiar a organização e a estruturação da assistência de média e
alta complexidade, para dar atenção aos acidentes de trabalho e aos agravos contidos na Lista de
Doenças Relacionadas ao Trabalho, como listamos a seguir:
5. Dermatoses ocupacionais;
6. Intoxicações exógenas, por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais
pesados;
8. Pneumoconioses;
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
CEREST estaduais
Os CEREST estaduais deverão dispor de bases de dados disponíveis e atualizadas, no mínimo com os
seguintes componentes para sua respectiva área de abrangência:
Informações sobre benefícios pagos pela previdência social e outros órgãos securitários;
capacidade instalada do sus;
CEREST regionais
Prover subsídios para o fortalecimento do controle social na região e nos municípios do seu
território de abrangência;
Os CEREST regionais são referência técnica para as investigações de maior complexidade, e quando
necessário atuam em conjunto com os CEREST estaduais, assim como os setores no âmbito municipal,
estadual e federal (Portaria nº 1.679/2002).
ATENÇÃO
Os CEREST regionais e estaduais deverão atuar de forma integrada, de modo a constituir um sistema
em rede nacional.
As equipes serão formadas de acordo com o perfil dos atendimentos realizados nos CEREST, e assim, é
possível que as equipes não sejam iguais nas regiões. Porém, para a composição delas, devem
obedecer ao que determina a legislação, com no mínimo auxiliares/técnicos de enfermagem,
enfermeiros, médicos.
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ATENÇÃO
Apesar das ações para o suprimento das necessidades dos trabalhadores, os CEREST não realizam
exames admissionais, periódicos, de mudança de função e demissionais, uma vez que não podem
assumir as atribuições dos Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Além do mais, não há atendimento para situações de alta complexidade, emissão de atestado de saúde
física ou mental e/ou avaliação de processos de insalubridade ou periculosidade nas empresas.
Aos trabalhadores, os atendimentos nos CEREST acontecerão após encaminhamento médico, sejam de
serviços públicos de saúde, serviços privados, ou por médicos do trabalho.
Para os demais serviços, como visitais locais e visitas em conjunto com as equipes de Vigilâncias
Epidemiológica, Sanitária, Ambiental ou em Saúde do Trabalhador, as instituições deverão acionar o
CEREST referência para a região.
“Sentinela” é o temos utilizado para designar serviços assistenciais de saúde de retaguarda de média e
alta complexidade já instalados e qualificados, para garantir a geração de informação para viabilizar a
vigilância em saúde. Assim, esse serviço é responsável pelo diagnóstico, tratamento e notificação que
proporcionarão subsídios para ações em saúde do trabalhador (RENAST, 2006).
A Rede de Serviços Sentinela em Saúde do Trabalhador deverá atender todo o território nacional e os
Municípios Sentinelas serão definidos a partir de dados e indicadores oficiais disponíveis nos CEREST.
Aos Municípios Sentinelas, cabe:
Inserir as ações de Saúde do Trabalhador no SUS na Atenção Básica, na média e na alta complexidade.
Implantar uma Política de Saúde do Trabalhador voltada para a realidade do município e da região, em
parceria com o estado.
Como estamos falando de redes que, articuladas ao SUS viabilizam atendimentos especializados aos
trabalhadores, traremos agora algumas atividades que são realizadas dentro dos serviços, de acordo
com o nível de complexidade. São elas:
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Serviço de especialidade
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Notificação compulsória
A atenção primária em saúde, em articulação com as áreas técnicas em saúde do trabalhador e centros
de referência em saúde do trabalhador, deve elaborar ações de promoção da saúde, prevenção de
agravos, assim como o diagnóstico, tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde dos
trabalhadores no âmbito individual e coletivo.
SAIBA MAIS
A Portaria GM/MS nº 4.279/2010 conceitua a Rede de Atenção à Saúde (RAS) e estabelece diretrizes
para sua organização, no âmbito do Sistema Único de Saúde.
A rede de atenção à saúde (RAS) é composta por “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde
de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e
de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”. Os CEREST fazem parte da RAS como um de
seus arranjos, ou seja, integram a rede de serviços do SUS voltados à promoção, à vigilância e à
assistência, para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador.
Os CEREST devem funcionar sob a coordenação da Atenção Primária à Saúde (APS). A atenção
integral à saúde do usuário trabalhador deve se iniciar e ser garantida a partir da atenção primária,
enquanto coordenadora do cuidado dentro da RAS.
A rede de serviços de especialidades é importante para a manutenção da integralidade das ações. Esse
serviço é destinado ao atendimento das situações de saúde que não podem ser tratadas na atenção
primária.
É um registro de um agravo à saúde feito por meio da Ficha de Notificação. Tem como objetivo
comunicar a ocorrência de casos de doenças que constam na lista de agravos estabelecidos pelo
Ministério da Saúde.
ATENÇÃO
A notificação é obrigatória a todos os profissionais de saúde, bem como aos responsáveis por
organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, e visa à adoção de
medidas de controle pertinentes. Podem ser feitas pela vigilância epidemiológica dos distritos sanitários.
2 - Dermatoses ocupacionais;
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
É IMPORTANTE DESTACAR QUE, DEVIDO À ESCASSEZ
DAS INFORMAÇÕES SOBRE A REAL SITUAÇÃO DE SAÚDE
DOS TRABALHADORES, FICA INVIABILIZADA A CRIAÇÃO
DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS PARA COMBATER OS
AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE. POR ISSO, É
IMPORTANTE QUE AS INFORMAÇÕES SOBRE A
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEJAM SEMPRE
PRIORIZADAS EM TODOS OS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE
E GESTÃO DA SAÚDE.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Os CEREST deverão dispor informações sobre benefícios pagos pela Previdência Social e outros
órgãos securitários.
B) Cabe aos CEREST prover subsídios e participar da pactuação da Rede de Serviços Sentinela em
Saúde do Trabalhador na região de sua abrangência.
C) Os profissionais dos CEREST também atuam com o propósito de contribuir para o diagnóstico,
confirmação da relação causal entre um dano, doença ou acidente e o trabalho, além de tratamentos
que prescrevem aos trabalhadores atendidos nas unidades.
D) CEREST estaduais deverão dispor de bases de dados disponíveis e atualizados, no mínimo, com os
seguintes componentes para sua respectiva área de abrangência: mapa de riscos no trabalho, mapa de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
E) As equipes dos CEREST também atuam em visitas técnicas em conjunto com as Equipes de
Vigilância em Saúde.
GABARITO
Os médicos que compõem as equipes CEREST assistem os trabalhadores de acordo com suas
demandas, podendo diagnosticar uma doença ou agravo, relacionando ao trabalho, assim como
prescrever os devidos tratamentos, e se for necessário, encaminhar para tratamento em outros serviços
da rede SUS, de maior complexidade. As demais alternativas estão relacionadas às atividades técnico-
administrativas desenvolvidas pelos CEREST.
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
A política nacional de trabalho em emprego decente pode causar impacto na saúde e segurança dos
trabalhadores. Embora o foco seja a qualidade de vida, o salário decente, o emprego seguro e boas
condições de vida diminuem a exposição dos trabalhadores a situações insalubres, inclusive a situações
análogas à escravidão.
O CASO
Em 2018, a renda feminina média (R$1.399,00) representa somente 86,7% da renda média
masculina (R$1.614,00), revelando que a luta das mulheres por igualdade salarial ainda está
longe de seu final.
A força de trabalho feminina representa em média 40% da População Economicamente Ativa Brasileira
(IBGE, PNAD), na qual muitas mulheres inseridas buscam garantir seu espaço. No entanto, a estrutura
das relações sociais no mundo do trabalho que, há tempos, submete as mulheres ao trabalho doméstico
e às limitações na participação da esfera pública, reforçam uma divisão sexual do trabalho relacionada
aos papéis desempenhados por gênero e que são refletidas no cotidiano nacional.
Foto: Shutterstock.com
A desvalorização da força de trabalho feminina se apresenta na forma de salários mais baixos, postos
de trabalho precários, dupla jornada com trabalho doméstico não remunerado e invisibilizado, assim
como na ausência de proteções sociais efetivas que possibilitassem condições mais favoráveis para a
participação das mulheres no mercado.
Essa desvantagem percebida por elas no mercado de trabalho tende a piorar no caso das mulheres com
filhos pequenos, que, muitas vezes, precisam se submeter às péssimas condições de trabalho para não
ficarem desempregadas, pois as oportunidades se restringem diante da condição de trabalhadora e
mãe, o que pode levá-las à informalidade. (Observatório Paraense do Mercado de Trabalho, Junho de
2019)
E) Erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil, em especial em suas piores formas.
2. A DESVALORIZAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO AINDA É
UMA SITUAÇÃO A SER SUPERADA. MUITAS SÃO AQUELAS QUE SE
SUBMETEM A ALGUMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO POR MEDO DE PERDER O
EMPREGO E NÃO TER COMO SE SUSTENTAR E/OU SUSTENTAR A FAMÍLIA.
MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA SITUAÇÕES PRECÁRIAS
RELACIONADAS AO TRABALHO DA MULHER:
B) Ambientes de trabalho seguros, salário compatível com o dos homens no mesmo cargo, dupla
jornada de trabalho.
E) Ambientes de trabalho precários, salário compatível com o cargo, única jornada de trabalho, proteção
social.
GABARITO
1. A Agenda Nacional de Emprego e Trabalho Decente (ANETD) foi elaborada para atender a
acordos internacionais sobre Empego e Trabalho Decente. De acordo com o caso citado, qual
das prioridades da ANETD não foi atendida?
A prioridade que não foi considerada no caso citado foi a geração de mais e melhores empregos, com
igualdade de oportunidade e de tratamento. Essa prioridade está relacionada à promoção da igualdade
de oportunidades para todos e de tratamento e combate à discriminação. No caso, a discriminação
contra as mulheres.
Muitas mulheres ainda são desvalorizadas no mercado de trabalho. Muitas são aquelas que sustentam a
família e para tal têm até tripla jornada de trabalho, contando com a jornada doméstica. Com relação ao
salário, ainda existem mulheres que exercem mesmo cargo que os homens, porém são menos
remuneradas, além de os ambientes de trabalho serem precários.
RESPOSTA
Valorização do trabalho feminino, entendendo que direitos iguais não significa que a mulher precisa fazer
todos os trabalhos que os homens fazem. A valorização salarial. Trabalhos flexíveis, entendendo que muitas
mulheres são mães e nem sempre tem quem as ajude no cuidado às crianças.
O QUE É TRABALHO DECENTE?
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Diálogo social.
Países membros que ratificaram a agenda criaram seus planos para atender as suas demandas. O
Brasil, ao assumir uma série de compromissos internacionais para a promoção do trabalho decente,
criou o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que visa:
(BRASIL, 2010, p. 8)
De acordo com a OIT, o trabalho decente está relacionado às aspirações das pessoas sobre a vida
profissional. Envolve oportunidades de trabalho produtivo e com rendimento justo, segurança nos
ambientes laborais, proteção social para as famílias e a igualdade de oportunidades e tratamento para
todas as mulheres e homens.
Por meio do trabalho decente, também se reafirma a necessidade de abolirmos o trabalho infantil e as
condições degradantes de trabalho para adultos. Durante a Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), em 2015, o trabalho decente e os quatro pilares da Agenda do Trabalho Decente
tornaram-se a Meta nº 8 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, por ser entendido que o
desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem trabalho decente e vice-versa.
META Nº 8
Em 2017, a OIT, por meio de uma das Conferências Gerais, publicou a Recomendação nº 205, sobre
Emprego e Trabalho Decente para a Paz e a Resiliência. Essa Recomendação fornece orientação aos
membros sobre as medidas a serem tomadas para gerar empregos e trabalho decente para fins de
prevenção, recuperação, paz e resiliência em relação a situações de crise decorrentes de conflitos e
desastres.
A Agenda Nacional de Trabalho Decente expressa um compromisso entre o governo brasileiro e a OIT,
com a proposta de ser implementada em diálogo com as organizações de empregadores e de
trabalhadores. O Brasil lançou a agenda no ano de 2006, definindo três prioridades (BRASIL, 2006):
1ª PRIORIDADE
2ª PRIORIDADE
3ª PRIORIDADE
1ª PRIORIDADE
Geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento.
Linhas de ação: Investimento Público e Privado, e Desenvolvimento Local e Empresarial para a Geração
de Emprego; Políticas Públicas de Emprego, Administração e Inspeção do Trabalho; Políticas de Salário
e Renda; Promoção da Igualdade de Oportunidades e de Tratamento e Combate à Discriminação;
Extensão da Proteção Social; Condições de Trabalho.
2ª PRIORIDADE
Erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil, em especial em suas piores formas.
3ª PRIORIDADE
Linhas de ação: Promoção das Normas Internacionais; Fortalecimento dos Atores; Mecanismos de
Diálogo Social; Negociação Coletiva.
A partir da Agenda Nacional de Trabalho Decente, deveria ser elaborado um Programa Nacional de
Trabalho Decente que estabelecesse os resultados esperados e as estratégias, metas, prazos, produtos
e indicadores de avaliação. O Programa foi transformado no Plano Nacional de Emprego e Trabalho
Decente.
Na época da construção, o foco da agenda eram os jovens de 15 a 29 anos que até então eram
considerados na faixa etária jovem no país, segundo a Emenda Constitucional nº 65/2010.
O processo de construção da ANTDJ partiu de um diagnóstico sobre a situação dos jovens no mercado
de trabalho nos diversos estados brasileiros, que destacou os seguintes aspectos (ABRAMO, 2015):
A situação juvenil está fortemente marcada pelas desigualdades de gênero e raça, sendo
necessário promover a conciliação entre o trabalho, o estudo e a vida familiar.
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Para a construção da agenda para a juventude, foram consideradas orientações do Plano Nacional de
Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Adolescente Trabalhador. A ANTDJ está baseada em
quatro prioridades:
Após a implantação, alguns estudos foram feitos para a avaliação das ações voltadas pera as
necessidades dos jovens trabalhadores. Em alguns cenários houve avanços, em outros, pouca
evolução.
No que se refere ao trabalho infantil, por meio de uma parceria com a OIT, criou-se o Programa de
Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, organizado em cinco eixos (ABRAMO, 2015):
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Desenvolvimento da legislação;
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Após a Agenda Nacional de Trabalho Decente, o passo seguinte foi a elaboração do Plano Nacional de
Emprego e Trabalho Decente (PNETD), que representa uma referência para a continuidade dos debates
sobre as políticas públicas de emprego e proteção social, além de contribuir para promoção do Emprego
e Trabalho Decente, de acordo com o compromisso assumido pelo Brasil com a OIT.
O PNETD tem como objetivo o fortalecimento da capacidade do Estado brasileiro para o enfrentamento
dos problemas estruturais da sociedade e do mercado de trabalho, tais como:
o desemprego e a informalidade;
As prioridades que sustentam o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente correspondem àquelas
definidas na Agenda Nacional de Trabalho Decente. O Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente
visa
PROVER O RESPALDO NECESSÁRIO AOS GOVERNANTES
PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DOS COMPROMISSOS
DE COMBATE À POBREZA E DE MELHORIA DA QUALIDADE
DE VIDA DA POPULAÇÃO, POR MEIO DA IMPLEMENTAÇÃO
E APRIMORAMENTO DAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E
AÇÕES DESTINADOS A ESTES FINS.
A primeira CNETD (2010) teve como tema “Gerar Emprego e Trabalho Decente para Combater a
Pobreza e as Desigualdades Sociais”, e eixos temáticos.
TRABALHO E EMPREGO
O trabalho escravo é uma das maiores chagas da humanidade desde o início dos tempos. Infelizmente,
apesar das leis e das ações de fiscalização, esta prática ainda persiste, ainda que se apresente em
formatos diferentes do passado.
Cabe aos profissionais de segurança e saúde do trabalho identificar práticas abusivas que possam se
configurar como “análogas à escravidão”, e aos órgãos governamentais, fiscalizar, acolher denúncias e
coibir sua prática.
(OIT, s.d.)
Os diversos conflitos sociopolíticos e as situações de extrema pobreza existentes no mundo têm levado
a muitos movimentos migratórios de pessoas em busca de refúgio, sendo que muitas delas acabam
aceitando ofertas de trabalho análogas à escravidão por se sentirem ameaçadas de extradição.
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A lei brasileira possui definições específicas sobre este campo de acordo com a Portaria MTB nº
1.129/2017:
I - TRABALHO FORÇADO
II - JORNADA EXAUSTIVA
III - CONDIÇÃO DEGRADANTE
IV - CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO
I - TRABALHO FORÇADO
Aquele exercido sem o consentimento por parte do trabalhador e que lhe retire a possibilidade de
expressar sua vontade;
II - JORNADA EXAUSTIVA
A submissão do trabalhador, contra a sua vontade e com privação do direito de ir e vir, a trabalho fora
dos ditames legais aplicáveis a sua categoria;
Caracterizada por atos comissivos de violação dos direitos fundamentais da pessoa do trabalhador,
consubstanciados no cerceamento da liberdade de ir e vir, seja por meios morais ou físicos, e que
impliquem na privação da sua dignidade;
a) A submissão do trabalhador a trabalho exigido sob ameaça de punição, com uso de coação, realizado
de maneira involuntária;
b) O cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo
no local de trabalho em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto, caracterizando
isolamento geográfico;
c) A manutenção de segurança armada com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho em razão
de dívida contraída com o empregador ou preposto;
Percebe-se, dessa forma, que mesmo uma empresa aparentemente legal e cumpridora das normas
regulamentadoras poderá estar infringindo a lei. Contudo, muitas vezes a detecção da irregularidade não
será fácil e a equipe de segurança e saúde do trabalho deverá estar de olhos e ouvidos abertos para as
situações que possam estar ocultas.
ATENÇÃO
É sempre bom lembrar que a equipe de saúde e segurança do trabalho tem como seu principal cliente o
trabalhador e não a empresa.
As equipes de segurança e saúde do trabalhador, sejam SESMT, CEREST, bem como qualquer cidadão,
devem proceder a denúncias de situações abusivas na esfera do trabalho. Para tanto, devem conhecer
os canais disponíveis para essa finalidade:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) A situação juvenil está fortemente marcada pelas igualdades de gênero e de raça, sendo
desnecessário promover a conciliação entre o trabalho, o estudo e a vida familiar.
C) Os jovens estão mais sujeitos ao desemprego e às condições precárias de trabalho que os adultos.
A) teve como objetivo o fortalecimento da capacidade do Estado brasileiro para o enfrentamento dos
problemas estruturais da sociedade e do mercado de trabalho.
B) não teve qualquer resultado positivo e, por isso, o plano foi extinto.
C) teve como prioridade as ações para a melhoria das condições do trabalho infantil e a proteção do
trabalho do adolescente.
D) foi organizado para estimular a demissão voluntária e a facilidade para os empregadores demitirem
os trabalhadores.
E) foi organizado para estimular jovens abaixo de 16 anos a ingressarem no mercado de trabalho sem
precisarem manter os estudos.
GABARITO
No Brasil, e em outras partes do mundo, alguns jovens ainda se submetem às precárias condições de
trabalho. As leis nem sempre são observadas, pois existem regras para que os jovens possam exercer
atividades laborais. Boa parte dos empregos oferecidos para os jovens são do mercado de trabalho
informal.
O PNETD teve alguns objetivos, entre eles o fortalecimento do Estado para o enfrentamentos de
problemas que assolavam o país no que tange às condições de trabalho da população.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi visto neste conteúdo, a Rede de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador é de fundamental
importância para que a saúde do trabalhador seja disseminada e trabalhada de forma a suprir as
necessidades específica desse grupo.
Por meio dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, as ações voltadas para os trabalhadores
podem ser realizadas, sejam elas assistenciais, para trabalhadores atendidos nos ambulatórios ou
ações para fomentar instituições empregadoras. Em conjunto com a Vigilância em Saúde do
Trabalhador, o CEREST pode fazer inspeção nos ambientes e propor mudanças para a segurança dos
trabalhadores, visando à prevenção dos acidentes, das doenças e dos agravos.
Essas ações são importantes, mas precisam estar em consonância com o Plano Nacional de Emprego e
Trabalho Decente, uma vez que este aponta as áreas prioritárias para a promoção da saúde dos
trabalhadores e o incentivo ao desenvolvimento sustentável do país.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABRAMO, L. Uma década de promoção do trabalho decente no Brasil: uma estratégia de ação
baseada no diálogo social. Organização Internacional do Trabalho ‒ Genebra: OIT, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional
de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Saúde legis: sistema de legislação da saúde. Brasília,
2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Para saber as coisas – Falando da Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e doenças relacionadas ao trabalho. In: Hemeroteca Sindical Brasileira: São Paulo,
2006.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente: gerar emprego e
trabalho decente para combater a pobreza e as desigualdades sociais. Brasília, 2010.
EXPLORE+
Acesse o Sistema IPÊ e leia o artigo A Divisão de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério
da Economia.
CONTEUDISTA
Ismael da Silva Costa