Caderno Tematico de EMpreendedorismo
Caderno Tematico de EMpreendedorismo
Caderno Tematico de EMpreendedorismo
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“O EMPREENDEDORISMO é uma revolução silenciosa, que
será para o século XXI mais do que a revolução industrial
foi para o século XX.” -Timmons, 1990
Objetivo:
Compreender o significado do Empreendedorismo e aplicar os conhecimentos
adquiridos na sua vida.
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trás dessas invenções, existem grupos de pessoas que buscam fazer e acontecer,
ou seja, os empreendedores.
Devido à dinâmica da economia contemporânea, o interesse pelo tema do
empreendedorismo tem crescido no mundo inteiro, desde a década de 1980.
O contexto da globalização exige a inovação constante, como fator de
crescimento e sustentabilidade das empresas e dos países. A inovação pode ser
relacionada a produtos, serviços, processos ou tecnologia.
Ao mesmo tempo, a constatação de que, cada vez mais, as pessoas se
tornam substituíveis nos processos produtivos tradicionais – em decorrência da
automação – só faz crescer o interesse pelo assunto.
O professor Dr. Peter Drucker é um dos principais autores da retomada do
interesse pelo empreendedorismo. Em 1985, Drucker publicou uma obra que
buscava explicar o crescimento dos empregos na economia americana, nos anos 80.
Nessa época, indústrias tradicionais perderam postos de trabalho, e as empresas
chamadas high tech ainda não eram capazes de criá-los em grande número.
Segundo o Dr. Drucker, o dinamismo da economia americana no período
devia-se ao empreendedorismo. Para ele, o empreendedorismo seria uma força com
raízes na sociedade, um capital que precisaria ser desenvolvido. Dessa maneira,
podemos perceber que o empreendedor busca sempre a mudança, responde a ela e
explora-a como uma oportunidade de crescimento.
O instrumento do empreendedor é a inovação, o empreendedorismo, esse
espírito, essa busca contínua por oportunidades a serem exploradas.
Empreendedores buscam o distanciamento da sua zona de conforto e se pautam na
inovação para ganhar vantagens que permitam ter sucesso.
Figura 1- Construir rede capital de sucesso
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Fonte:https://portal.infobranding.com.br/wp-content/uploads/2018/02/Marca-Pessoal-Capital-
relacional1.png, 2022.
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geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos
produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio
conhecimento. É o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir,
qualquer área do conhecimento humano.
Também é utilizado – no cenário econômico – para designar o fundador de
uma empresa ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que
ainda não existia.
O “empreendedorismo de negócios” pode ser definido como o comportamento
empreendedor vinculado a um negócio, uma empresa, um empreendimento. (Fig.2)
É quando você tem uma boa ideia e a transforma em um negócio lucrativo.
Esse comportamento envolve planejamento, criatividade e inovação. Mas lembre-se
disto: uma inovação nem sempre quer dizer a criação de um novo produto ou um
novo serviço. Você pode oferecer ao mercado um mesmo produto ou serviço, só que
de forma mais barata, mais rápida ou de melhor qualidade em relação aos seus
concorrentes.
O perfil do Empreendedor não é um sonhador inconsequente. A partir da sua
visão de futuro, ele elabora todo um planejamento que permita criar as condições
necessárias à efetiva realização dos seus projetos de vida: Seja no aspecto pessoal,
familiar, profissional, acadêmico ou empresarial. Neste momento são estabelecidas
as metas a serem alcançadas daqui a dez anos, cinco anos, um ano, seis meses,
um mês e... para o dia seguinte.
Engana-se quem pensa que um empreendedor é apenas aquele que é dono
do próprio negócio. A partir do momento em que você gera uma solução que irá
ajudar outras pessoas, você está empreendendo. É o que acredita o cofundador da
Opt-Inn, Marcos Paulo. "É possível empreender dentro das empresas desde que
você olhe as oportunidades e encontre os recursos necessários"
Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e oportunidades
e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento
que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo. Se queremos
ser bastante objetivos, é bem por aí! Só que, para nós, ele vai um pouco mais além.
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Figura 2- Empresário durante a pandemia.
Fonte:https://forbes.com.br/wp-content/uploads/2020/07/abre-neg%C3%B3cios-comercio-pandemia-
07jul2020-FG-Trade-GettyImages-1024x683.jpg, 2022.
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Além disso, existem ainda pessoas que fazem desse negócio algo muito
maior. São empreendedoras e empreendedores de alto impacto, que transformam
sonhos grandes em iniciativas de alto impacto, revolucionaram seus mercados.
Crescem e fazem crescer, sem pegar atalhos e servindo de exemplo para gerações
futuras.
O perfil de um empreendedor
Embora cada empreendedor seja uma pessoa diferente, há algumas
características que todos precisam ter:
● Otimismo: sempre acreditar que vai dar certo.
● Autoconfiança: o empreendedor precisa acreditar em si mesmo, em seus
talentos e opiniões.
● Coragem para aceitar riscos: um empreendedor precisa lidar bem com
riscos.
● Desejo de protagonismo: desejo de ser reconhecido, tomar as rédeas da
sua vida e ser pleno.
● Resiliência e perseverança: não desistem facilmente. Superam desafios e
vão até o fim.
Para o Empreendedor, o novo dia que começa não é “parte de uma rotina
torturante a ser empurrado com a barriga” e sim uma etapa a vencer, um degrau a
subir rumo à realização dos seus sonhos. É aí, na visão estratégica, de longo prazo,
que reside não o único, mas certamente o maior diferencial entre a “visão
empreendedora” e o “lugar comum”: Enquanto muitos deixam os seus sonhos
reféns das dificuldades do momento atual (às vezes até perdendo a capacidade de
sonhar), o EMPREENDEDOR procura agir sobre a realidade presente a fim de
transformá-la ou adequá-la à serviço do seu futuro ou dos seus objetivos.
RESUMO:
Empreendedorismo: "é um” fenômeno cultural, expressão dos hábitos, práticas e
valores das pessoas”(*), sendo necessário esclarecer que o seu objeto de estudo
não é a empresa, e sim o Empreendedor, podendo abranger as seguintes
dimensões:
# Criação de empresas;
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# Geração de auto-emprego (autônomo);
# Políticas públicas;
# Intra-empreendedorismo (quando o empregado assume a sua dimensão
empreendedora);
# Empreendedorismo Comunitário (compromisso com o meio social, a ética e a
cidadania).
Atividades de Aprendizagem:
1. O que é empreendedorismo? Responda com suas próprias palavras,
depois compare com as definições acima da aula.
2. Você se acha um empreendedor? Sim ou não? Por quê? Dê exemplo:
3. Qual é o seu perfil que predomina como empreendedor? Você já pensou
em empreender em algo? Qual é ou foi sua maior dificuldade?
Referências Bibliográficas:
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo:Thompson
Pioneira, 1998.
KAKUTA, S. Trends Brasil: tendências de negócios para micro e pequenas
empresas. Porto Alegre: SEBRAE, 2007.
LEITE, E. Empreendedorismo. Recife: Bagaço, 2000.
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“empreender” é: decidir, realizar (tarefa difícil e trabalhosa); tentar (empreender uma travessia
arriscada); pôr em execução; realizar (empreender pesquisas, ou longas viagens).
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001),
Objetivo:
Aplicar as características do empreendedor, que começa pela busca de
diferenciais que levem ao sucesso dos empreendimentos e da motivação para
chegar ao resultado esperado, proporcionando a você aluno, desenvolver essas
características no seu dia a dia.
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• Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
• Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
• Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
▪ Persistência
• Age diante de um obstáculo significativo.
• Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou
superar um obstáculo.
• Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir
metas e objetivos.
▪ Comprometimento
• Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para
completar uma tarefa.
Figura 3- Promover empreendedorismo na escola.
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Fonte: https://inicie.digital/blog/5-iniciativas-para-promover-o-empreendedorismo-na-escola/,2022
Diferencial de Sucesso
▪ “Perdi mais de 9.000 arremessos em minha carreira. Perdi mais de 300
jogos. Por 26 vezes, foi confiado a mim o arremesso final, e eu os perdi.
Fracassei repetidamente em minha vida – e é por isso que venci.” Michael
Jordan.
▪ O sucesso de um empreendimento – parafraseando o que dizia Thomas
Edison – depende 1% de inspiração e 99% de transpiração. Boas ideias,
muitos, as têm, mas capacidade e persistência para colocá-las em prática,
apenas uns poucos. Esse é o diferencial do sucesso.
Transformar uma boa ideia em realidade exige dedicação de tempo e
diversos sacrifícios. Sem a motivação adequada, muitos desistem no meio do
caminho. Outros falham pelo planejamento inadequado e por subestimar os recursos
e os esforços que serão necessários.
Identificar uma oportunidade de negócio é apenas a primeira etapa do ciclo
empreendedor. É preciso também: verificar a viabilidade para aproveitar a
oportunidade, obter recursos para sua implementação e gerenciá-la. O ciclo
empreendedor apresenta as quatro fases necessárias ao sucesso de um
empreendimento, apresentados a seguir:
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atendê-las, prospectar e abordar novos mercados, mudar processos de
negócios. Em resumo, pressupõe inovar.
▪ Gerenciamento da implementação:
Um plano só é bom se for materializado, refere-se, justamente, à
implementação e à necessidade do gerenciamento. Conhecer e aplicar
técnicas de gestão é um requisito fundamental nesta etapa. O plano de
negócio deve ser acompanhado para avaliar mudanças de rota e identificar a
melhor alternativa de ação, compreendendo seus impactos sobre o resultado
final. (Fig. 05)
Figura 4- Características do empreendedor
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Fonte:https://msautomacao.com.br/2018/04/30/as-5-caracteristicas-mais-comuns-dos-
empreendedores-de-sucesso-blumenau/, 2022
RESUMO:
Um empreendedor aproveita oportunidades, corre riscos calculados,
empenha-se pessoalmente em seus projetos e não abre mão de um bom
planejamento. Essas são algumas das características do empreendedor elencadas
pelo SEBRAE e, quanto a você, não esqueça de planejar seu tempo para a nossa
próxima aula. Você optou por uma profissão e, portanto, precisa estar preparado
para exercê-la. Não desperdice essa oportunidade de aprender. Para finalizar, mais
um provérbio chinês para você refletir: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a
flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.”
Referências Bibliográficas:
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DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999.
DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2001.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FILION, L. J. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. São Paulo:
USP, 1999.
LEITE, E. Empreendedorismo. Recife: Bagaço, 2000. TEE, R. Como Administrar sua
Carreira. São Paulo: Publifolha, 2007.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo: Digerati Books, 2008
Objetivo:
Analisar a diferença entre o empreendedor e um empresário. Na prática, é comum
no nosso dia a dia utilizar os termos “empresário” e “empreendedor” como
sinônimos.
Muitos acreditam que ambos são termos utilizados para dar nome àquela pessoa
que é proprietária de uma empresa.
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"EMPRESÁRIO":
é a condição jurídica do indivíduo que foi aos órgão públicos e registrou uma
empresa no seu nome, enquanto que o
"EMPREENDEDOR":
é a expressão de um conjunto de comportamentos que potencializa a condição
deste empresário direcionando-o com mais eficiência rumo aos seus objetivos.
EMPRESÁRIO EMPREENDEDOR
Metas e objetivos não são visão. Ser visionário é imaginar cenários futuros,
utilizando-se de imagens mentais. Ter visão é perceber possibilidades dentro do que
parece ser impossível. É ser alguém que anda, caminha ou viaja para inspirar
pensamentos inovadores. Esse enfoque se volta à disposição de assumir riscos e
nem todas as pessoas têm esta mesma disposição. Não foi feito para ser
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empreendedor quem precisa de uma vida regrada, horários certos, salário garantido
no fim do mês.
● EMPRESÁRIO
Ser empresário é uma profissão. Trata-se da pessoa física ou jurídica que,
por meio da junção de capital e trabalho, produz e gerencia bens/serviços ao
mercado, fazendo com que a empresa cresça e tenha lucro. Para que uma pessoa
exerça o papel de empresário, ela necessita de mão de obra, dinheiro, equipe
capacitada, materiais e equipamentos.
Tipos de empresário:
● Individual: pessoa física que organiza a empresa de forma individual;
● Coletivo: pessoa jurídica que, por meio da união de pessoas com o mesmo
objetivo, explora uma atividade econômica.
Características de um empresário:
Algumas características para ser um empresário de sucesso são:
● Vontade de resolver os problemas das pessoas;
● Ter controle financeiro e saber gerenciar os recursos;
● Capacidade de adaptação às mudanças de cenário do mercado;
● Conhecimento de técnicas de administração e gestão de pessoas;
● Espírito de liderança para colaborar com o desenvolvimento e os resultados.
Figura 5 - Patrimônio empresarial
Fonte:https://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/materia24761/patrimonio-
empresarial-afe.jpg, 2022.
● EMPREENDEDOR
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Com a alta concorrência do mercado, as empresas têm valorizado o perfil
empreendedor dos profissionais, visto que este é um conceito que não se refere a
uma profissão, mas a um comportamento. A pessoa empreendedora não precisa
necessariamente abrir um negócio: ela pode atuar em qualquer campo, pois o
empreendedorismo está mais ligado à identificação de oportunidades, proatividade,
criatividade e vontade de agregar valor por meio da entrega de produtos/serviços
inovadores.
Para ter perfil empreendedor, não basta ter uma ideia excepcional, é
necessário ser motivado, assumir responsabilidades, trabalhar, estudar, assumir
riscos, ter iniciativa e construir um networking para auxiliar o alcance do sucesso.
Tipos de empreendedor:
● Individual: é a pessoa que atua no mercado com uma empresa própria;
● Digital: disponibiliza um produto/serviço via internet, sendo este perfil comum
em e-commerces;
● Social: é aquele que trabalha em prol de soluções e mudanças aos
problemas da sociedade. Está presente em Organizações Não-
Governamentais e empresas do terceiro setor.
Características de um empreendedor
● Habilidade de organização e planejamento;
● Conhecimento e gosto por sua área de atuação;
● Buscar sempre por novas informações e soluções para o empreendimento;
● Facilidade de se comunicar e ouvir outras pessoas;
● Ter visão de futuro.
Figura 6 - Visão do público
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Fonte:https://www.6i.com.br/wp-content/uploads/2020/05/195088-como-o-publico-te-ve-o-que-e-a-
imagem-empresarial-900x450.jpg, 2022
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através de ações empreendedoras, e potencializando seus processos
organizacionais, por meio de toda a competência e habilidade do empresário.
Nesse contexto, o que você pode fazer, caso queira ver a sua empresa
crescendo, é investir em mais conhecimentos, para tornar-se um empresário e
empreendedor de sucesso, ou contar com a contribuição de um sócio, que tenha o
espírito do empreendedorismo ou empresarial, vai depender do que o seu negócio
precisa nesse momento.
Saiba de uma coisa: vale muito a pena investir em ambas as frentes, uma vez
que a probabilidade de todos saírem ganhando é, verdadeiramente, maior. Sendo
assim, aproveite que agora você compreende quais são as diferenças entre
empresários e empreendedores e mãos à obra!
Empreendedores conhecem seus pontos fracos e se cercam de profissionais que
possam ajudá-lo a transformar seu empreendimento em empresa, propiciando,
assim, que a mesma seja levada a novos níveis de forma constante.
Vale lembrar que, na grande maioria das vezes, o empreendedor precisa de
um empresário atuando em conjunto, pois o mesmo não gosta de se ver envolvido
na profissionalização do negócio. Isso porque esse trabalho envolve a
implementação de processos e gestão.
Muitos, nessa etapa, preferem continuar na empresa atuando no
desenvolvimento de novos negócios ou saem da empresa abrindo mão do pró-
labore, mas mantendo sua participação societária para recebimento anual da divisão
dos lucros.
RESUMO
Basicamente, ser empresário é uma profissão, ser empreendedor está muito
mais ligado a uma postura, uma forma de ver o mundo. Em termos gerais,
o empresário é aquele que possui um ótimo conhecimento em técnicas de
administração como planejamento e controle financeiro, marketing, vendas e gestão
de pessoas.
O empreendedor, além de conhecer seus limites e cercar-se dos melhores
profissionais, possui características que o permite ficar à frente do negócio.
Isso porque ele possui sensibilidade comercial e tino empresarial. Sabe
adaptar-se, perfeitamente, aos novos conhecimentos demandados pelas novas
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fases do empreendimento, que passam pelos desafios de planejamento e
implementação de processos para uma gestão efetiva do negócio.
Um fator crítico a ser levantado diz respeito à valorização do
empreendedorismo na sociedade contemporânea. São poucas as pessoas que
possuem as características necessárias para: tirar uma ideia do papel, transformar
essa ideia em um empreendimento e levá-la a um nível empresarial.
Além dos conhecimentos específicos são necessárias qualidades ligadas ao
perfil psicológico, como inteligência emocional e relacional.
Referências Bibliográficas:
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001.
DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FLEURY, M. T. L. As Pessoas na Organização. São Paulo: Gente, 2002.
FILION, L. J. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. São Paulo:
USP, 1999.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo: Digerati Books, 2008
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“Nada é menos produtivo do que tornar eficiente
algo que nem deveria ser feito.” – Peter Drucker.
Objetivo:
Avaliar “empreendedorismo de negócios”, “empreendedorismo social” e “intra-
empreendedorismo”. Identificando as principais características que diferenciam
essas três formas de empreendedorismo.
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novo produto ou um novo serviço. Você pode oferecer ao mercado um
mesmo produto ou serviço, só que de forma mais barata, mais rápida ou de
melhor qualidade em relação aos seus concorrentes. Isso é
empreendedorismo.
▪ Empreendedorismo social
O “empreendedorismo social” tem características semelhantes ao
“empreendedorismo de negócios”. A diferença está na missão social, cujo
objetivo final não é a geração de lucro, mas o impacto social.
Empreendedores sociais são como empresários, utilizam as mesmas técnicas
de planejamento, mas são motivados por objetivos sociais, ao invés de
benefícios materiais. Ou seja: se para o empreendedor de negócios o
sucesso significa o crescimento da sua empresa (e dos seus lucros), para o
empreendedor social o sucesso significa a transformação de uma realidade
social, a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem naquele local.
Mas, fique atento. Isso não significa que o empreendedor de negócios pensa
somente nos lucros, a qualquer custo. Um empreendedor gera riquezas para
si mesmo e para a sociedade.
▪ Intraempreendedorismo
O intraempreendedorismo surgiu quando grandes empresas começaram a
identificar a necessidade de incentivar o empreendedorismo dentro dos seus
departamentos. Pode ser definido simplesmente como “empreender dentro
das empresas”. Apresentar ideias, soluções, projetos e colocar essas ideias
em ação. O intraempreendedorismo aplica-se tanto ao funcionário da
iniciativa privada, quanto ao servidor público, por exemplo. É a pessoa
empregada que apresenta um comportamento empreendedor, independente
da função que ocupa na organização onde trabalha, e é esse comportamento
que a leva a merecer destaque e crescer profissionalmente.
A verdade é que nunca se falou tanto em empreendedorismo. A figura do
empreendedor vem sendo elogiada por sua coragem de se arriscar, de se libertar do
tradicional modelo do “emprego com carteira assinada”. Para a maioria das pessoas,
o empreendedor é o indivíduo que se fez sozinho, apesar das adversidades e que
conquistou um sucesso individual.
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Mas é preciso conceber o empreendedor para além dessa perspectiva do
sucesso apenas individual. Fernando Dolabela, criador de um dos maiores
programas de ensino de empreendedorismo na educação básica e universitária no
Brasil, a metodologia Oficina do Empreendedor (utilizada em projetos do Instituto
Euvaldo Lodi – IEL, Confederação Nacional da Indústria – CNI, SEBRAE, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e outros órgãos),
lembra que:
[...] o empreendedorismo não pode ser um instrumento de concentração de
renda, de aumento de diferenças sociais ou uma estratégia pessoal de
enriquecimento. No Brasil o tema central do empreendedorismo deve ser o
desenvolvimento social, tendo como prioridade o combate à miséria,
oferecendo-se como um meio de geração e distribuição de renda. Mais do
que uma preocupação com o indivíduo, o empreendedorismo deve ser
relacionado à capacidade de se gerar riquezas acessíveis a todos. Como
geralmente a renda concentrada tem em não se distribuir, é importante que
ela seja gerada já de forma distribuída. É disto que cuida o
empreendedorismo. (DOLABELA, 2008, extraído da Internet).
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Isso significa que, ao optar pelo seu próprio negócio, o empreendedor deve
agir de forma ética. Uma empresa que gera novos postos de trabalho também
contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas que estavam
desempregadas. Mais pessoas trabalhando também significa mais clientes para o
comércio local do município e assim por diante. Mas, e se essa nova empresa
causar poluição ambiental? E se os salários pagos aos trabalhadores incluírem
descontos abusivos? E se a empresa sonegar impostos? Isso, com certeza, não é
empreendedorismo.
RESUMO
Observe que muitas mudanças ocorreram e vêm ocorrendo no
comportamento das pessoas, o que impacta diretamente na forma de trabalho dos
indivíduos. O que podemos visualizar é a fórmula do trabalho, ou seja, o que
representa um trabalho. Diferentemente de outras épocas, quando os indivíduos
trabalhavam somente para conseguirem o sustento próprio e de seus familiares,
hoje, busca-se, também, o bem estar no trabalho, o lazer com a família. Existe
também a preocupação com o meio ambiente e a constante busca pela inovação,
que é uma característica fundamental de um indivíduo empreendedor.
Entender que, atualmente, a empresa precisa ter ferramentas e utilizar
técnicas específicas que possibilitem entender e aproveitar as características do
indivíduo de acordo com a sua geração. Para que você visualize com mais facilidade
as características de algumas gerações, as mesmas estão separadas por gerações.
Desta forma, entender de forma geral o comportamento de indivíduos que fazem
parte de uma geração em geral, pode contribuir na forma de desenvolver a sua
função. A presente aula objetivou mostrar essa temática enfatizando a importância
do conhecimento de forma generalizada das diversas características encontradas
em indivíduos de gerações diferentes
Atividades de Aprendizagem:
1. Três são os tipos de empreendedorismo que estudamos na aula de hoje?
Quais são? Dê exemplo de empreendedorismo social?
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2. O intraempreendedorismo tem sido muito utilizado nas organizações atuais.
Quais as características desse empreendedor?
3. De que forma o empreendedorismo pode causar impactos (econômicos,
sociais e ambientais) em uma sociedade?
Referências Bibliográficas:
ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.
Curitiba: IBPEX, 2011.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001.
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001.
DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis; TIMMONS,Jeffry A.; ZACHARAKIS, Andrew;
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Thompson
Pioneira, 1998.
FILION, L. J. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. São Paulo:
USP, 1999.
FLEURY, M. T. L. As Pessoas na Organização. São Paulo: Gente, 2002. KAKUTA,
S. Trends Brasil: tendências de negócios para micro e pequenas empresas. Porto
Alegre: SEBRAE, 2007.
LEITE, E. Empreendedorismo. Recife: Bagaço, 2000.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo: Digerati Books, 2008
SPINELLI, Stephen. Planos de negócios que dão certo: um guia para pequenas
empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo novos negócios em corporações:
estratégias, processo e melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
TENÓRIO, Fernando Guilherme (org.). Responsabilidade social empresarial: teoria e
prática. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2004.
ZOGHLIN, Gilbert. De executivo a empreendedor. São Paulo: Makron Books, 1994.
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“Às vezes nós olhamos tanto tempo para uma porta que se fecha
que vemos muito tarde outra que está aberta.” – Alexander Graham Bell.
Objetivo:
Avaliar a compreensão do papel do empreendedorismo no desenvolvimento e
vamos tratar dos impactos que as políticas públicas de desenvolvimento podem
desempenhar em pequenas, médias e grandes empresas.
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não significa fracasso. Você pode aprender a desenvolver as características e os
comportamentos empreendedores que você não tem. Pode também procurar sócios
ou parceiros de trabalho que tenham essas características e comportamentos.
Assim, os perfis vão se complementar mais recentemente, a política industrial
introduziu novas orientações e diretrizes.
Entre as novas orientações e diretrizes está a integração das ações federais,
estaduais e locais na promoção de pequenos empreendimentos em arranjos
produtivos locais – APLs. Ademais, regimes de tributação de Microempreendedor
Individual (MEI) permitem que pequenas empresas possam ter uma tributação
menor e mais simples que empresas maiores.
Esse novo enfoque traz para o primeiro plano a relevância das pequenas
empresas, não isoladamente, mas em cooperação para o desenvolvimento industrial
e econômico do país. Nos pequenos empreendimentos a valorização dos APLs traz
em si uma concepção positiva em relação aos pequenos empreendimentos.
A imagem de empresas de fundo de quintal, voltadas – quase exclusivamente
– para a subsistência do proprietário é abandonada. Passa a haver o
reconhecimento de sua capacidade de promover o crescimento econômico, com
geração de emprego e renda, de forma sustentável, nas mais diversas regiões
brasileiras.
Figura 8 - Crescimento econômico sustentável
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTUcUNkAludyPELC-jbGz2la6GsIeYYty91HA&usqp=CAU,
2022
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O microcrédito é um dos aspectos mais importantes das políticas oficiais de
apoio aos pequenos empreendimentos, refere-se à concessão de microcrédito. As
políticas de microcrédito visam facilitar e ampliar o acesso ao crédito entre os
microempreendedores pessoas físicas e jurídicas.
O objetivo dessas políticas consiste na geração de renda e trabalho, além da
redução das taxas de juros nos financiamentos.
▪ Fase 1:
O empreendimento encontra-se em fase inicial. É difícil o acesso a crédito em
bancos ou mesmo na maioria dos agentes financeiros. As principais fontes de
recursos, nesse momento, são a poupança pessoal do empreendedor, sua
família, seus amigos e alguns investidores pessoa física – denominados, em
inglês, Angel Investor ou Investidor Anjo.
▪ Fase 2:
O empreendimento ganha forma – principalmente, constituição jurídica –, e
um plano de negócios claramente definido começa a ser implementado.
Destaca-se a participação das incubadoras de empresa, que apoiam o
empreendedor, permitindo acesso a instalações físicas e a uma variedade de
serviços de desenvolvimento empresarial, além de facilitar os contatos com
potenciais financiadores. Aqui ainda é possível contar com a participação dos
anjos mas também de empresas que fornecem o dinheiro semente – seed
money. Nessa fase, ainda é difícil o acesso a recursos do sistema financeiro
tradicional ou a fundos de capital de risco.
▪ Fase 3:
Inicia-se a expansão do negócio e a viabilidade das ideias, e a capacidade
dos empreendedores começa a se evidenciar. Nessa fase, ampliam-se as
exigências por recursos financeiros. É – por excelência – o momento de
entrada dos capitalistas de risco, particularmente, dos fundos de venture
capital – VC.
▪ Fase 4:
O empreendimento mostra sinais de consolidação. É quando atinge limites
que mostram, claramente, o potencial do negócio frente às exigências de
recursos. Também aqui é possível contar com participação do VC mas
também de fundos de private equity. Em alguns casos, a empresa pode abrir
30
seu capital nas bolsas de valores por meio do IPO – Initial Public Offering –, o
que vem apresentando um promissor crescimento no Brasil.
▪ Fase 5:
O empreendimento se mostra maduro para os investidores iniciais – fundos
VC e private equity – que se movimentam para retirar suas participações e
auferir os lucros. Em muitos casos, isso pode ocorrer antes da fase 5, caso
não se mostre viável abrir o capital da empresa.
RESUMO
Uma oportunidade de negócio é um espaço que uma empresa ou um
empreendedor individual encontra para ampliar as vendas de seus produtos e
serviços. Identificar uma oportunidade de negócio é, certamente, uma das principais
características do empreendedor de sucesso.
Entretanto, essas pequenas iniciativas não podem ser plenamente
caracterizadas como empreendedorismo. É necessário um movimento estruturado
para capturar a oportunidade e oferecer uma resposta sustentável no médio e a
longo prazo. Uma das perguntas necessárias para analisarmos as oportunidades é:
será que esta oportunidade de negócio é sustentável?
Atividades aprendizagem:
1. Como que através das APLs (Arranjos Produtivos Locais), pode auxiliar ou
contribuir para o desenvolvimento do empreendedor?
2. De que forma o microcrédito é um dos aspectos importantes das políticas
oficiais de apoio aos empreendedores?
3. O empreendedorismo passa a ter o reconhecimento de sua capacidade de
promover o crescimento econômico, com geração de emprego e renda, de
forma sustentável, nas mais diversas regiões brasileiras?
Referências bibliográficas:
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
31
DORNELAS, José Carlos Assis; TIMMONS,Jeffry A.; ZACHARAKIS, Andrew;
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo:Thompson
Pioneira, 1998.
FELIPPE, M. I. Empreendedorismo: buscando o sucesso empresarial. Sala do
Empresário. v.4, n.16. São Paulo, 2006. p. 10-12.
FILION, L. J. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. São Paulo:
USP, 1999.
GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário dos negócios: textos e casos. Porto
Alegre: Bookman, 2007.
KAKUTA, S. Trends Brasil: tendências de negócios para micro e pequenas
empresas. Porto Alegre: SEBRAE, 2007.
SPINELLI, Stephen. Planos de negócios que dão certo: um guia para pequenas
empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo:Thompson
Pioneira, 1998.
SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo novos negócios em corporações:
estratégias, processo e melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
32
Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá.
A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria,
de experiência e de competência. Henry Ford
Objetivo:
Compreender e entender negócios e modelos de negócios como uma
importante ferramenta para o empreendedor, assim como estudar e identificar
necessidades não estruturadas e oportunidades desinteressantes. Com isso, vamos
desenvolver um mecanismo de identificação que permite avaliar se o
empreendimento é interessante e viável.
Um negócio não deve ser percebido como um produto, mas sim como a
satisfação de uma demanda ou a necessidade ou um benefício entregue via
determinado produto ou serviço.
Compreender que o negócio visa atender um benefício esperado e que o
produto físico é apenas uma forma de acesso a esse benefício é muito mais que um
conceito. É um instrumento poderoso para identificar oportunidades de negócio.
Modelo de negócio é como descrevemos a forma como empresas e indivíduos se
relacionam com os consumidores, incluindo os processos de identificação de
necessidades, desenvolvimento de produtos, comercialização, pós-venda, dentre
outros.
Modelos de negócio são úteis, pois facilitam as transações comerciais e o
atendimento das necessidades das partes envolvidas. Apesar de serem como lentes
que nos fazem compreender uma realidade, os modelos de negócios acabam, com
isso, limitando-nos.
33
Há não muito tempo, considerávamos que uma empresa sólida deveria ser a
proprietária de seus ativos. Hoje são raras as empresas que agem assim. Trata-se
de novos modelos de negócio, muito mais rentáveis.
O empreendedorismo de negócio é capaz de identificar, através do
empreendedor que agarrar e aproveitar oportunidade no mercado, planejando,
buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de
sucesso qualquer que seja ela. Ou que adquire uma já existente introduzindo
inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, de vender, produzir,
distribuir ou propaganda de seus produtos, ou serviços, agregando a estes novos
valores.
Empreendedores de negócios detêm a maioria das características citadas
anteriormente, sendo também um dos primeiros tipos de Empreendedores a surgir e
a ser conceituado.
Estes passam por um longo processo até tornar seu sonho realidade,
enfrentando durante sua jornada alguns desafios e tendo ainda, na maioria dos
casos, algumas dificuldades.
Empreendedor de negócio é importante, pois é ele que transforma a
oportunidade em bens e em uma empresa captadora de mão-de-obra. E geralmente
as empresas criadas pelos Empreendedores são de pequeno e médio porte, ou até
mesmo as microempresas, que por sinal são muito importantes para o
desenvolvimento econômico e a criação de novos empregos. E isso ocorre pelo fato
delas representarem, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) apud Freitas et al (2004): "Cerca de noventa e sete por cento (97%) das
entidades legais inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e em
alguns países a riqueza gerada por este tipo de empresas corresponde a cerca de
cinquenta por cento (50%) do Produto Interno Bruto (PIB) do país”.
Além de criar novos postos de trabalho, contribuindo para a redução do índice
de desemprego. A criação de novas empresas pode contribuir também para o
aumento da riqueza do país, pelo fato de influenciar diretamente no aumento do PIB.
Sendo ambos: tanto o fato da criação de novos postos de trabalho como o aumento
do PIB, muito importantes para o desenvolvimento da economia.
Superar as limitações das lentes dos modelos de negócio não é fácil, mas –
normalmente – permite identificar as melhores oportunidades. Uma forma de
34
identificação de oportunidade que transcende os limites dos modelos de negócio e
requer a união de elevada capacidade de observação e projeto.
Existe alguma fórmula para desenvolver uma estratégia de negócios? Não e
Sim.
Não pode haver uma fórmula de estratégia que garanta o sucesso por uma
razão muito simples, visto que todos os concorrentes utilizam a mesma estratégia e,
praticamente, acabaria a concorrência.
A estratégia está, cada vez mais, associada à ideia de inovação, de oferecer
novas facilidades aos clientes – inclusive, reduções de preço. A estratégia está,
portanto, muito associada a um processo criativo e à capacidade de observação.
Entretanto, podemos dizer que há algumas fórmulas ou modelos gerais que
servem de referência, aos quais denominamos estratégias genéricas.
RESUMO:
Buscar oportunidades de negócio não significa que o empreendedor deva
atuar sem foco. Não adianta perceber uma oportunidade se ela não estiver – de
alguma forma – associada à capacidade de atuar de forma competitiva para
aproveitá-la.
O empreendedor deve compreender suas forças e fraquezas e elaborar um plano de
negócio detalhado para aproveitar a oportunidade. Caso contrário, a oportunidade
pode-se reverter em grande ameaça, drenando o tempo e os recursos financeiros.
Atividades de Aprendizagem:
1. O empreendedor deve procurar maneiras de aprender que sejam adequadas
a sua personalidade?
2. O empreendedor deve compreender suas forças e fraquezas e elaborar um
plano de negócio detalhado para aproveitar a oportunidade?
3. Um negócio é o ambiente de transação em que um conjunto de necessidades
de um grupo de clientes é atendido por meio de produtos e serviços, a partir
de determinada tecnologia – ou canal – de distribuição? Como você pode
explicar.
Referências bibliográficas:
35
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.
RODRIGUES, Maria Cecília Prates. Ação social das empresas privadas: como
avaliar resultados: a metodologia EPASE. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,
2005.
36
“A disciplina é a alma de um exército. Ela faz grupos pequenos
parecerem formidáveis, ajuda os mais fracos a obterem o sucesso
e traz autoestima para todos” – George Washington
Objetivo:
Buscar desenvolver a cultura do empreendedorismo e entender o importante
papel desempenhado por diferentes culturas no processo empreendedor. Mais
especificamente, olharemos para o cenário cultural do Brasil tentando entender a
formação do processo empreendedor local. Por fim, vamos analisar como as
empresas locais estão estruturadas e como se financiam.
Cultura é um conjunto de práticas comportamentais compartilhadas por um
grupo e transmitidas a gerações futuras como a forma correta de agir. Para que uma
nova prática cultural, como o empreendedorismo, surja e passe a fazer parte da
cultura, ela precisa variar sua forma, adaptar-se a uma diversidade de ambientes,
contextos, comunidades que falam diferente, assim ela vai funcionando e vai criando
raízes.
O empreendedorismo está passando por esse processo e todas as suas
“deturpações conceituais” podem valer a pena (e até mesmo induzir mudanças
conceituais) se ele passa de conceito à prática. Hoje o termo tem sido associado à
oportunidade, realização e protagonismo. A mudança de significado cultural é
impressionante, mas não vamos nos iludir: ainda é restrita.
A cultura nacional age como um catalisador de outras dimensões importantes
– como o ambiente institucional e o contexto econômico – para influenciar o
empreendedorismo.
Do ponto de vista comportamental, empreendedorismo é um conjunto de
padrões de comportamento, um pacote. O que usualmente chamamos “liderança”,
“criatividade”, “capacidade de relacionamento”, “visão de oportunidades”,
“proatividade”, fazem parte desse pacote, cujo resultado final pode ser um novo
negócio. Mas, acima disso, é um processo de transformação no ambiente e
realização individual.
O importante é que todos esses elementos do pacote deixem de ser termos
abstratos e difíceis de aplicar, e sejam cada vez mais observados enquanto
37
comportamento para serem sistematizados e até desenvolvidos em processos de
educação para o desenvolvimento mais precoce da tal cultura empreendedora.
São fatores determinantes da atividade empreendedora:
▪ Infraestrutura de um país.
▪ Níveis de desenvolvimento e sua capacidade de inovação.
▪ Desenvolvimento de suas instituições.
A cultura nacional não deve ser vista como um fator isolado, mas como
importante moderador das relações entre fatores contextuais e a ação
empreendedora. Em outras palavras, percebe-se que a cultura nacional afeta a
relação entre os fatores contextuais e a ação empreendedora, de modo que em
diferentes sociedades as relações entre contexto e empreendedorismo podem
variar. Criar uma cultura empreendedora é uma tarefa que não depende apenas do
posicionamento da organização, mas também das atitudes dos colaboradores.
▪ Enxergar oportunidades
Tente ver oportunidades enquanto os demais veem problemas. Para isso, faça
reuniões focadas no tema, busque referências, anote suas ideias e crie um bom
repertório de conhecimento.
Figura 9 - Nova cultura empreendedora no Brasil
Fonte: https://ricamconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Brasil-Empreendedor-600x343.jpg,
2022.
38
Resolva um problema por vez, não julgue os erros dos outros, faça muitos testes
e desmistifique seus medos.
39
De acordo com o SEBRAE-SP, uma empresa pode ser aberta nas seguintes
formas:
▪ Empresário individual: Quando o interessado não tiver sócios.
▪ Sociedade simples: É a união de duas ou mais pessoas que exercem
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística.
▪ Sociedade empresária: Quando a empresa for constituída por, pelo menos,
dois sócios.
Nesse caso, a empresa deve adotar um dos seguintes tipos de sociedades.
✔ sociedade limitada – é o tipo de sociedade mais comum adotada pelas
pequenas empresas; conta com responsabilidade limitada dos sócios –
responsabilidade restrita ao valor de suas quotas – e é de constituição
mais simples;
✔ sociedade em nome coletivo – deve ser constituída somente por
pessoas físicas, sendo que todos os sócios respondem, solidária e
ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
● Sociedade em comandita simples: Possui dois tipos de sócios comanditados:
✔ pessoas físicas – responsáveis solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais;
✔ comanditários – obrigados somente pelo valor de sua quota.
Fonte: http://www.inovacao.usp.br/wp-content/uploads/sites/300/2018/05/20170324_Arena_
Santander.jpg, 2017
40
● Sociedade anônima: Tem o capital dividido em ações, e a responsabilidade
dos sócios ou acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas
ou adquiridas.
● Sociedade em comandita por ações: Tem o capital dividido em ações,
regendo-se pelas normas relativas às sociedades anônimas.
O impacto cultural que isso pode ter é deslocar-nos de um grupo que
contempla a mudança para um grupo que molda o ambiente à sua volta. E essa é a
diferença entre ter uma comunidade empreendedora e ter um ecossistema
empreendedor.
Uma comunidade empreendedora é formada por um conjunto de pessoas que
compartilham valores e ações, e rituais. Mas um ecossistema empreendedor vai
além disso, os valores são encontrados em todos os pontos de interação
necessários para se desenvolver. Assim, para desenvolver um ecossistema, a
difusão do termo, valores e comportamentos é condição necessária, enquanto a
banalização deve ser a última preocupação.
Então, para ter um ecossistema empreendedor, é bom que tenhamos a
novela, a escola, as empresas, os reality shows, as pet shops, os políticos,
advogados e qualquer outra pessoa falando sobre o tema e aumentando a
frequência dessa prática em nossa cultura.
RESUMO
Para os empreendedores de negócios, essas transformações podem
significar, ao mesmo tempo, dificuldades ou oportunidades. Se um produto ou
serviço produzido ou oferecido do outro lado do planeta pode vir a concorrer com o
seu, por outro lado, um bom produto ou serviço pode disputar mercados também em
outros países.
Se o ciclo de vida dos produtos no mercado está cada vez mais curto, com
empenho e criatividade um pequeno empreendedor pode descobrir como produzir
um mesmo produto de forma mais rápida ou mais barata, criando, assim, um
diferencial. Isso mesmo, a palavra de ordem, para o pequeno empreendedor, é
diferencial.
O seu produto ou serviço precisa de algo que o diferencie dos outros,
tornando-o mais atrativo e vantajoso. Esse diferencial pode estar na qualidade do
41
produto, na embalagem, no conforto do usuário, nas condições de pagamento, no
prazo de entrega, no design inovador ou na forma de atendimento aos clientes, entre
muitas outras opções.
A redução no número de postos de trabalho gera o desemprego, fator que
impulsiona muitos empreendedores e não-empreendedores a abrir seu próprio
negócio.
Estamos falando do empreendedorismo por necessidade ocorre quando o
empreendedor é motivado pela falta de alternativas satisfatórias de ocupação e
renda. Nesse caso, a palavra de ordem é a necessidade.
Atividades de Aprendizagem:
1. Quais são os fatores determinantes da atividade empreendedora?
2. Do ponto de vista comportamental, empreendedorismo é um conjunto de
padrões de comportamento, um pacote. Como é que usualmente
chamamos?
3. O que é preciso fazer para que uma nova prática cultural do
empreendedorismo, surja e passe a fazer parte da cultura?
Referências bibliográficas:
CARVALHO, L.; COSTA, T. (2015) Empreendedorismo. Uma visão global e
Integradora.
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001.
DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa: Uma idéia, Uma Paixão e um
Plano de Negócios: Como nasce o Empreendedor e se Cria uma Empresa. Rio
de Janeiro: Sextante, 2008.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. 3.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Thompson
Pioneira, 1998.
FELIPPE, M. I. Empreendedorismo: buscando o sucesso empresarial. Sala do
Empresário. v.4, n.16. São Paulo, 2006. p. 10-12.
FILION, L. J. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. São Paulo:
USP, 1999.
42
FRANCO, G. H. B. O Desafio Brasileiro: ensaios sobre desenvolvimento,
globalização e moeda. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999.
LEITE, E. Empreendedorismo. Recife: Bagaço, 2000.
MARIOTTI, S.; GLACKIN, C. (2015) Entrepreneurship and small business
management, 2/E, Prentice Halll Sarkar, S. (2008) O Empreendedor Inovador – Faça
diferente e conquiste seu espaço no mercado, Rio de Janeiro: Elsevier Editora.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo: Digerati Books, 2008
SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo novos negócios em corporações:
estratégias, processo e melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
TENÓRIO, Fernando Guilherme (org.). Responsabilidade social empresarial: teoria e
prática. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2004.
ZOGHLIN, Gilbert. De executivo a empreendedor. São Paulo: Makron Books, 1994
Objetivo:
Aplicar a importância de uma boa visão de futuro como instrumento de
acessar oportunidades de inovação lucrativas no futuro.
43
O que dá consistência e o que permite que o empreendedorismo seja bem-
sucedido não é a ação puramente intuitiva ou o aprendizado baseado em tentativa e
erro, mas sim:
O sucesso do empreendedorismo depende do conhecimento e da utilização
de ferramentas de gestão apropriadas.
É o uso da inovação para concretizar ideias únicas e, por consequência,
inspirar a imaginação das pessoas. É claro que o empreendedorismo é necessário
em negócios voltados para a comercialização de inovações, mas também é
importante para qualquer empreendimento que dependa de um pensamento
empreendedor para lidar com problemas complexos. Médicos empreendedores
desenvolvem e oferecem procedimentos que salvam vidas; educadores
empreendedores inventam e adotam técnicas de ensino eficazes; e agentes
responsáveis por políticas públicas elaboram e implementam leis pioneiras para
mitigar problemas sociais.
O Ciclo da Invenção é um círculo virtuoso: os empreendedores tornam suas
ideias possíveis ao inspirar a imaginação das pessoas – quem se junta ao projeto,
quem funda o empreendimento, quem compra os produtos. Esse modelo é relevante
para startups e firmas estabelecidas, assim como para empresas inovadoras de
todos os tipos, nas quais a implementação da ideia – seja um produto, um serviço ou
uma obra de arte – resulta no aumento da imaginação.
Pense em produtos como o iPhone, o giz de cera e mesmo o fogão de
cozinha, que liberaram a imaginação e a criatividade de milhões de pessoas
inspiradas pelas novas possibilidades. Lembre-se, ainda, de que líderes de
qualquer organização, de um time de futebol a uma equipe de pesquisa, podem
inspirar a imaginação de um país inteiro.
Um espírito empreendedor contagia os demais, provocando uma onda de
imaginação, criatividade, inovação e empreendedorismo. A estrutura do Ciclo da
Invenção também nos permite analisar o caminho, ao definir ações e atitudes
necessárias para ensinar e aprender essas habilidades.
O desenvolvimento do intraempreendedorismo depende, em última instância,
dos mesmos fatores organizacionais que promovem a inovação. Esses fatores são:
▪ sinergia das ações e dos recursos organizacionais;
▪ rede de contatos que ultrapassem as barreiras organizacionais;
44
▪ estruturas organizacionais horizontais;
▪ alocação adequada de recursos; » horizontes de longo prazo;
▪ trabalho de equipe;
▪ tolerância ao erro;
▪ visão estratégica clara e difundida;
▪ contatos frequentes entre os membros da organização e os grupos
externos;
▪ estilo gerencial que promova a liberdade e a tomada de risco, dentro
de limites.
O empreendedor e o intraempreendedor precisam ser intuitivos, visionários,
capazes de definirem objetivos e levantar os recursos para tornar sua visão uma
realidade.
Os intraempreendedores precisam ser cooperativos e estarem abertos ao
diálogo, à negociação e ao trabalho em grupo. Entretanto, essas não são
características comuns dos empreendedores.
A tecnologia, mais precisamente, de inovações tecnológicas, bastante
sugestivas, nos conceitos em destaque, estamos falando em fazer as coisas melhor,
de forma mais rápida ou mais barata, de modo que esse novo produto ou esse novo
“modo de fazer” possa gerar benefícios, seja no aumento da produtividade, na
redução de custos de produção, na agregação de valor a produtos já existentes, ou,
simplesmente, na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Sabemos que as inovações tecnológicas exercem papel fundamental nas
mudanças que ocorrem nos campos da economia e da política, impulsionando o
progresso, transformando a vida das pessoas e, muitas vezes, gerando conflitos.
Isso ocorre cada vez mais em função da complexidade e da velocidade com que
novos produtos vêm sendo colocados e substituídos no mercado.
No início do século XX, por exemplo, estima-se que um novo produto chegava
a ter um ciclo de vida de até 50 anos no mercado, até que fosse substituído por
outro, melhor ou mais moderno. Nos dias de hoje, um novo produto pode ter um
ciclo de vida de alguns meses apenas, até que seja substituído. Logo, o
empreendedor do século XXI precisa ser ainda mais rápido e criativo para
acompanhar as mudanças e “sobreviver” a elas.
45
Figura 11 - Inovação e mudanças
Fonte:https://s2.glbimg.com/HodZHJGx6Mr3eQzYy9Ft3suF_w8=/620x430/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/02
/27/gettyimages-1060422070.jpg, 2022.
46
quando ligamos o aparelho de televisão, fabricado por uma empresa transnacional,
ou assistimos a um seriado de sucesso, produzido em outro país, em outro idioma e
traduzido para o português.
O que a competição pelo futuro tem a ver com o pequeno empreendimento?
Parecem ideias que servem para guiar apenas a atuação de grandes corporações...
para empresas que competem mundialmente, que podem reter os melhores talentos,
firmar alianças estratégicas mundiais e investir pesado em pesquisa e
desenvolvimento... Nada disso! O que esse entendimento aponta é que as empresas
precisam inovar se quiserem participar de oportunidades futuras.
As empresas precisam estar prontas para inovar. Precisam estar prontas para
identificar e responder a oportunidades quando elas ainda estão se delineando no
horizonte. Desse modo, essas empresas tornam-se capazes de criar o futuro. Nessa
luta, o tamanho e a pouca idade podem representar um grande diferencial para os
pequenos empreendimentos – que não carregam o passivo que representam:
▪ as estruturas burocratizadas; » os interesses consolidados; » os custos muito
altos de abandono de mercados
▪ os grandes investimentos para mudanças de processos; » as dificuldades das
reestruturações organizacionais.
RESUMO
Diferente da criatividade, ideias inovadoras são novas para o mundo, não
somente para quem as inventou. Isso requer olhar para o mundo com um olhar
renovado e envolve questionar pressupostos, enquadrar situações e conectar
diferentes disciplinas.
As ideias transformadoras resultantes desse processo revelam oportunidades
e enfrentam desafios de uma forma inédita. A diferença em relação à criatividade
pode até parecer sutil. Porém, é de uma importância decisiva, já que a inovação
exige muito além da solução criativa de problemas do dia a dia. As empresas
buscam inovação porque querem ideias transformadoras para competir num
mercado altamente dinâmico.
Exemplos de inovação são abundantes no mundo de hoje, como a impressão
3D (1984), o navegador de internet (1990) e o isolante feito com fungos (2007).
47
Inovações ocorrem em todas as disciplinas e em tipos de empreitada, incluindo
Matemática, Arte, Música e Culinária.
Atividades de Aprendizagem:
1. Como podemos definir inovação?
2. Dê exemplos de inovação no mundo de hoje?
3. O que se considera inovação tecnológica?
Referências bibliográficas:
BARROS, Betânia Tanure; PRATES, Marco Aurélio Spyer. A arte brasileira de
administrar. São Paulo: Atlas, 1996.
CALDEIRA, Jorge. Mauá empresário do império. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
negócios. 3a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis; TIMMONS,Jeffry A.; ZACHARAKIS, Andrew;
SPINELLI, Stephen. Planos de negócios que dão certo: um guia para pequenas
empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedores. São Paulo: Thompson
Pioneira, 1998.
GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário dos negócios: textos e casos. Porto
Alegre: Bookman, 2007.
ZOGHLIN, Gilbert. De executivo a empreendedor. São Paulo: Makron Books, 1994.
48
“Em um mundo que está mudando realmente rápido, a única estratégia
que é garantia de falha é não assumir riscos.” Mark Zuckerberg
Objetivo:
Avaliar a importância das redes sociais, para além de serem plataformas de
entretenimento
As Redes Sociais são também ótimas ferramentas para fazer negócios. Isso
porque o público que as utiliza, na maioria dos casos, também está sempre à
procura de produtos ou serviços, e aproveita a comunicação das redes sociais, para
ficar por dentro de promoções e novidades. As redes sociais são ferramentas muito
importantes para todo tipo de negócio e estabelecer presença nelas é fundamental e
essencial.
Os empreendedores, estando no início de seus negócios ou não, precisam
estar cientes e preparados para os desafios que irão encontrar pela frente nas
vendas de produtos ou serviços e na divulgação de suas marcas, principalmente as
microempresas online. E uma dessas ações é o uso das redes sociais para
fortalecer e promover seus negócios.
As estratégias de marketing digital e de publicidade online fazem parte da
rotina das empresas. E as redes sociais tornaram-se ferramentas essenciais nesse
processo, tanto no auxílio em campanhas de vendas como na aproximação de seus
públicos, trazendo retornos satisfatórios em termos de reconhecimento de marca e
fidelização com clientes.Figura 12 - Redes sociais
49
Fonte: https://superatualizado.com.br/redes-sociais/.2022
50
Portanto, o empreendedor precisa estabelecer uma rotina para monitorar suas
redes sociais e analisar curtidas, comentários, mensagens, menções e avaliações
que sua empresa recebe, além, é claro, de respondê-las, para assim ter conversas e
manter um relacionamento com seu público. Essa interação proporcionará um ótimo
engajamento e ajudará a marca ficar mais conhecida.
o Encontre o tom de voz certo
Como existem diferentes tipos de redes sociais, com diferentes
funcionalidades e comportamentos dos públicos que as utilizam, a forma como o
empreendimento se comunica com eles deve ser de acordo com o perfil do negócio
e das características que cada rede apresenta.
Conhecendo a forma que o público do empreendimento que acompanha suas
redes sociais reage às suas publicações, o empreendedor saberá como conversar
com esse público, como tratá-lo e como manter uma comunicação mais acertada
com eles.
o Investimento baixo
As redes sociais, além de serem ótimas ferramentas de interação e de
aproximação com o público de um negócio, dão a possibilidade de
criar anúncios para alcançar ainda mais a sua audiência de forma segmentada,
através de um baixo investimento. Isso ajuda muito a pequenos empreendedores
que estão começando e possuem poucos recursos.
Mais importante do que gastar pouco anunciando nas redes sociais, é saber
fazer os anúncios da forma correta. Estudar e conhecer as ferramentas é essencial
para planejar e executar campanhas adequadamente, além de evitar o desperdício
de dinheiro e conseguir alcançar ainda mais o público do empreendimento.
o Maior visibilidade para seu negócio
Como as redes sociais são muito populares e utilizadas por pessoas ao redor
do mundo, conforme suas ações forem colocadas em prática, o empreendimento se
tornará mais conhecido e alcançará mais visibilidade.
O empreendimento pode ficar conhecido por todo o Brasil e até no exterior,
podendo encontrar clientes de vários lugares e ganhando assim, a preferência deles
entre seus concorrentes. Basta ir aprimorando cada vez mais as ações nas redes
sociais para crescer gradativamente e assim obter resultados satisfatórios.
51
o Analise tudo
Outro fator que não deve ser deixado de lado, é sempre analisar e monitorar o
que o empreendedor está fazendo nas redes sociais. Deve-se observar dados como:
quantidade de postagens, alcance de publicações, melhores horários para postar,
tipos de conteúdo, aumento de seguidores, quantidade de interações, entre outros.
É importante sempre observar esses pontos e fazer os ajustes necessários
nas suas ações com base nos resultados obtidos, para assim poder melhorar o
desempenho cada vez mais e não cometer os mesmos erros.
o Saiba o que seu público pensa sobre sua empresa
Um dos grandes benefícios de usar as redes sociais, é a possibilidade de
acompanhar e monitorar o que os seus consumidores falam sobre o seu negócio.
Nas redes sociais as pessoas adoram dar suas opiniões, fazer críticas,
elogios, sugestões ou reclamações sobre qualquer coisa. Dessa forma, o
empreendedor saberá como melhorar suas estratégias e usar essas informações a
seu favor, ajudando também a fortalecer o relacionamento com sua audiência.
Viu como é simples e tranquilo empreender nas redes sociais? Independente
do tamanho do empreendimento, é possível começar um trabalho online. Quanto
mais o empreendimento investir em estratégias nas redes sociais, mais seguidores,
interações e vendas irão acontecer. Não desperdice essa oportunidade!
▪ Uma boa imagem com conteúdo relevante é essencial.
Figura 13 - Empreendeder com as redes sociais
52
Fonte: https://www.comuniquefirst.com.br/blog/importancia-redes-sociais-para-empreender/, 2022.
Quando se tem uma boa imagem que atrai uma quantidade relativa para o
empreendimento, a chance de atrair uma quantidade maior de clientes é grande.
Hoje ainda é possível compartilhar imagens através das redes sociais e ainda obter
ferramentas que ajudam no tratamento. Uma dessas redes são: Flickr, Instagram e
Tumblr.
Porém, segundo uma das empreendedoras que utiliza deste meio de
compartilhamento Lydia Himmen, dona da Plus, uma galeria de arte online em
Goiânia (GO), “Dá muito certo fazer contato com os artistas e postar o passo a
passo da criação de uma obra. Arte envolve encantamento e esse processo de
transformar as matérias primas em uma peça é mágico, as pessoas gostam de
saber como foi feito, quais foram as etapas percorridas.”
Quando utiliza-se as imagens para qualquer finalidade, elas devem ter o
mesmo processo rigoroso como se fossem comentários. É preciso ter cautela. É
possível obter sucesso através das redes sociais, independentemente de qual for,
elas servem para aproximar o consumidor do empreendedor, formar novas opiniões,
expor marcas e atingir uma quantidade imensa de gente ao mesmo tempo. O
empreendedor precisa investir nele também sua marca nas redes sociais!
O novo consumidor nas redes sociais, formador de opinião que compartilha
na rede as marcas de sua preferência, e até produz conteúdo com sugestões para
sua empresa escolher um nome para um novo produto, o nome de um livro,
indicação de filmes, shows, eventos e outros serviços. Estamos vivendo na era da
co-criação, agora é o consumidor que diz qual é o melhor produto ou serviço, não
mais o proprietário da loja ou o fabricante.
Os negócios já não são como antes, a Internet veio para criar um novo mundo
dos negócios, um jeito novo de produzir, vender e inovar. O fotógrafo inova com os
celulares, que viram fotografia digital em tempo real. O jornal não vai acabar, pois
ele se reinventa. O rádio não acabou com a invenção da TV, pelo contrário, o rádio
ocupa um espaço novo na WEB, e se transforma em uma importante mídia
segmentada. Os negócios se reinventam o tempo todo. Inovar é correr risco?
Mas o pior risco é o de não inovar. O mundo pede inovação, sai o trabalhador
de carteira assinada e ocupa o seu lugar o empreendedor, o ser humano capaz de
53
criar novos empregos e realizar sonhos. Nasce o empreendedor digital, os novos
criadores do “mundo.com”, da revolução digital, da educação digital, do trabalho em
casa, na rua, no hotel ou em qualquer lugar conectado em rede. O Brasil é o quinto
país do mundo em uso de Internet, com mais de 80 milhões de usuários. Você é o
protagonista neste mundo digital, é o criador, o artista da liberdade, da imaginação e
da inovação.
Surfando nessa nova onda, o empreendedor digital caracteriza-se como um
especialista em inovação, e que entende de economia criativa, identidades digitais,
pode ser um produtor de website, criador de conexões e interações com as marcas e
empresas nas redes sociais.
O Empreendedor Digital é aquele que tem um negócio cujos processos e
relacionamentos com parceiros, clientes e funcionários, são realizados
principalmente por meio digital. Quase 100% dos entrevistados têm o local físico do
seu negócio no Brasil: São Paulo (34%), Rio de Janeiro (21%), Rio Grande do Sul
(14%) e Minas Gerais (12%). O Empreendedor Digital brasileiro é homem (67%) e
tem em média 26 anos. Metade deles possui instrução superior completa e renda
média mensal de R$ 4.600,00. Em média, os empreendedores digitais estão no
mercado há quase 2 anos. Do total, 62% estão no setor de serviços. O setor mais
procurado é o comércio, com 33% de respostas. Indústria e agropecuária
correspondem a 5% do total.
A proporção de empreendedores digitais com experiência anterior no mundo
offline é proporcionalmente inversa, uma vez que apenas 18% declarou que já teve
um negócio não digital. A maioria dos negócios (59%) é informal e não registra os
empregados em carteira (69%). O faturamento bruto anual de 60% dos
empreendimentos ficou entre R$ 36 mil e R$ 240 mil reais, em 2008.
Quais são as vantagens de ter um negócio digital? Familiaridade com o meio,
custo reduzido de investimento inicial e menor necessidade de infraestrutura .
Por que as estratégias de redes sociais não deram certo em muitas
empresas?
O pesquisador e professor americano, Mikotaj Jan Piskotiski, que estudou
mais de 50 empresas em diversos setores econômicos, encontrou um erro muito
comum; estas empresas utilizam suas estratégias digitais para plataformas sociais
disseminando mensagens comerciais ou buscando feedback de clientes.
54
O principal interesse do público das redes sociais não é receber mensagens
comerciais, e sim conhecer e fazer relacionamentos com outras pessoas, não com
empresas. Por isso, a abordagem nas redes sociais tem que ser diferente, a
empresa não pode sair logo vendendo um produto ou serviço.
A estratégia social é diferente da estratégia digital. A estratégia social consiste
em explorar o jeito como as pessoas realmente querem se conectar com as outras
pessoas, como por exemplo: Ajudar a melhorar relacionamentos existentes,
estabelecer novas relações. Criar novas formas de abordar as necessidades sociais
ainda não satisfeitas, e só então vincular soluções propostas e metas do negócio.
Facebook é uma rede de massa, onde é mais comum adicionar as pessoas
que já conhecemos. Mas, por questão de privacidade e segurança, as pessoas
agora estão preferindo criar conexões nas redes sociais segmentadas,
desenvolvendo o relacionamento offline. Criar redes de nichos é uma estratégia
social para profissionais liberais, médicos, dentistas, advogados, professores e
consultores. Para os amantes da moda, a rede social Fashion.me, alcança mais de 1
milhão de usuários cadastrados. Novas possibilidades em redes estão dominando a
internet, e no Brasil, cerca de 98% de usuários estão cadastrados em alguma rede
social até o final de 2015.
RESUMO
Existe um mar de oportunidades vinculadas às necessidades e motivos que
levam o indivíduo a viver sempre em grupos, desde os tempos das "tribos", hoje
temos a criação das redes segmentadas, que são uma representação dos
relacionamentos entre seus grupos com interesses específicos. O principal objetivo
das redes sociais de nicho é conectar pessoas, nos chats, fóruns, comunidades,
canais de vídeo, simpósios online e outros.
A estratégia correta é focar na comunidade e não na ferramenta, tentar
descobrir o que é mais útil e acessível para seu nicho. E além de tudo, estimular o
engajamento, a motivação dos membros na troca de informações e experiências.
Atividades de Aprendizagem
1. Quais são alguns dos motivos pelos quais você deve usar as redes sociais
nas suas estratégias para empreender?
55
2. Quais são as características de um especialista em inovação do empreendedor
digital?
3. Como você define um empreendedor digital?
Referências bibliográficas:
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empreendedor. Editora Manole, v. 3, 2007.
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e controle, f. 363. 1997. 725 p.
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Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Sobrevivencia_das_empresas_no_Brasil=2013.pd
f. Acesso em: 6 dez. 2021.
56
“Às vezes nós olhamos tanto tempo para uma porta que se fecha que
vemos muito tarde outra que está aberta.” – Alexander Graham Bell.
Objetivo:
Aplicar a prática empreendedora tem sido cada vez mais vista, como uma
fonte de geração de empregos, riqueza e desenvolvimento. No Brasil, nas últimas
décadas, o termo empreendedorismo tem se popularizado.
O Brasil ingressa no século XXI, sem ter resolvido o grande desafio histórico
de seu subdesenvolvimento, caracterizado, principalmente, pela imensa brecha que
separa uma minoria de cidadãos educados e dotados de condições de vida
privilegiadas, representando algo como 30% da população total, da grande maioria
de deseducados e pobres. Dentre estes, 14% das famílias encontram-se em estado
de miséria e 31% de grande pobreza, o que tem, de certa forma, contribuído para
um número mais elevado de empreendedores por necessidade.
A taxa de empreendedorismo por oportunidade reflete o “lado positivo” da
atividade empreendedora nos países. Por sua vez, a taxa de empreendedorismo por
necessidade reflete muito mais a busca de alternativas que possibilitem aos
indivíduos sua subsistência, e exatamente por este motivo é mais visualizado em
países que ainda se encontram em estágio de desenvolvimento econômico e,
principalmente, social. E, segundo Dornelas (2005), historicamente, o índice de
empreendedorismo por oportunidade brasileiro tem estado abaixo do índice por
necessidade.
Atualmente, o Brasil ocupa a décima terceira posição no ranking mundial de
empreendedorismo, sendo considerado, por isso, um dos países mais
empreendedores do mundo. São inúmeros os fatores que levam um indivíduo a
empreender. Em geral, as pessoas buscam o empreendedorismo como uma
alternativa ao desemprego, ou ao tempo ocioso que possuem depois que se
aposentaram, há também os que veem no empreendedorismo uma oportunidade de
traçarem seus próprios caminhos, sem precisar dar satisfação a nenhum chefe ou
patrão.
57
Muitos são aqueles que têm trocado a segurança de um emprego como
funcionário de uma empresa privada ou uma promissora carreira no funcionalismo
público para se aventurarem no mundo dos negócios através da abertura do próprio
empreendimento. Entender a relevância da atividade empreendedora para a
promoção do desenvolvimento econômico de um país.
Pode-se entender por empreendedorismo o desenvolvimento de
competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto técnico, científico
ou empresarial. Origina-se do termo empreendedor, aquele que cria, abre e geri um
negócio. “Empreender tem a ver com fazer diferente, antecipar-se aos fatos,
implementar ideias, buscar oportunidades e assumir riscos calculados. Mais do que
isso está relacionado à busca da auto-realização” (DORNELAS, 2005 p. 13).
De acordo com Dornelas (2005), o movimento do empreendedorismo no
Brasil começou a tomar forma na década de 1990. Antes disso, praticamente não se
falava em empreendedorismo e em criação de novas empresas porque, segundo o
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (2013), os ambientes
político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor dificilmente
encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora.
Figura 14 - Empreendedorismo como meio de desenvolvimento
Fonte: https://sebraers.com.br/wp-content/uploads/2019/05/empreendedorismo-como-meio-
de-desenvolvimento-local-9.jpg, 2019.
58
A motivação para iniciar uma atividade empreendedora é um dos temas
relevantes para a pesquisa GEM, principalmente para se conhecer melhor a
natureza do empreendedorismo em países em desenvolvimento.
A taxa de empreendedorismo por oportunidade reflete o “lado positivo” da
atividade empreendedora nos países. Essa porção de empreendedores é aquela
que iniciou sua atividade para melhorar sua condição de vida ao observar uma
oportunidade para empreender. Por sua vez, a taxa de empreendedorismo por
necessidade reflete muito mais a busca de alternativas que possibilitem aos
indivíduos sua subsistência, e exatamente por esse motivo é mais visualizado em
países que ainda se encontram em estágio de desenvolvimento econômico e,
principalmente, social.
Os países em desenvolvimento possuem renda per capita média ou baixa e
elevada concentração de renda e, por isso, a maior parte dos empreendedores
busca no empreendedorismo uma alternativa de sobrevivência.
No Brasil, o setor produtivo foi, durante décadas, altamente protegido,
criando, assim, uma cultura pouco inovadora no empreendedor brasileiro. Além
disso, a fragilidade do sistema de apoio à inovação, da estrutura de apoio formal à
elaboração, orientação e acompanhamento de projetos e da estrutura de
financiamento às micro e pequenas empresas, cria até hoje grandes obstáculos à
inovação e à geração de novos empreendimentos.
Ao iniciar suas atividades sem conhecer as condições de mercado e as
possibilidades de sucesso do negócio, o empreendedor é mais um imitador do que
um inovador; e dessa forma tende a minar suas economias e sonhos em atividades
pouco inovadoras e com raras possibilidades de sustentabilidade no mercado
altamente competitivo como o que se observa nos dias de hoje, Dolabela (2000)
afirma.
Ainda conforme o relatório GEM 2008 os empreendedores brasileiros se
caracterizam como não inovadores, dado que 84% só lançam produtos conhecidos
no mercado, 65% têm muitos concorrentes, 98% utilizam tecnologias disponíveis há
mais de um ano no mercado, 85% não possuem expectativa de exportar seus
produtos, 45% abrem suas empresas para gerarem o próprio emprego, sem
expectativa de gerarem novos empregos nos próximos cinco anos, 78,3% não
esperam gerar mais do que cinco empregos, normalmente de familiares, e 60%
59
desenvolvem atividades orientadas aos consumidores finais em atividades de
prestação de serviços pessoais, de baixa qualificação, tais como: vendas
ambulantes, serviços de reparos e manutenção do lar, jardinagem, vendas de
cosméticos, entre outras.
Esse tipo de empreendedor é o que abre a grande maioria dos
empreendimentos brasileiros. São atividades desenvolvidas como alternativa ao
desemprego ou para a complementação da renda familiar.
Isso demonstra que empreendedores inovadores, que desenvolvem novas
bases tecnológicas, sustentados por infraestrutura de Pesquisa e Desenvolvimento –
P&D, gerados em incubadoras tecnológicas e criados por pesquisadores e
empreendedores qualificados, ainda estão muito longe de se tornarem a realidade
brasileira.
No Brasil existem 5,1 milhões de empresas. Desse total, 98% são Micro e
Pequenas Empresas – MPEs. Os pequenos negócios (formais e informais)
representam 67% das ocupações e 20% do Produto Interno Bruto – PIB, segundo o
SEBRAE (2013).
Observatório das MPEs do SEBRAE (2013), o país pode chegar ao ano de
2015 com cerca de nove milhões de micro e pequenas empresas para uma
população estimada em torno de 210 milhões de habitantes. Mantido o atual ritmo
de crescimento das MPEs, o SEBRAE projeta uma empresa para cada 24
habitantes.
A projeção indica que mais da metade dos pequenos negócios, em todo o
país, esteja concentrada no comércio, com 59% do total de empreendimentos,
seguido pelo setor de serviços (34%) e a indústria (11%) (SEBRAE, 2013).
O que se procura nos dias atuais é estimular o fomento e a geração de novos
empreendimentos e, mesmo que o indivíduo não possua seu próprio negócio,
espera-se que aqueles que trabalham nas organizações tenham espírito
empreendedor e ajam como se fossem seus próprios proprietários, Dornelas (2005)
afirma.
Observa-se que os países em desenvolvimento, como o Brasil, estão
aprendendo a ver no empreendedorismo uma fonte de geração de riqueza e
desenvolvimento econômico e social. No país, o assunto começa a se tornar
60
conhecido e desperta a atenção dos estudiosos para um problema que vem
crescendo e impactando o desenvolvimento – o elevado índice de falências.
As altas taxas de desemprego, entre outros fatores, têm feito com que muitas
pessoas busquem o empreendedorismo como uma alternativa de subsistência. A
problemática dessa situação é que a atividade empreendedora por si só não gera
riquezas e desenvolvimento ao país. Muito pelo contrário, o empreendedorismo por
necessidade é considerado o lado negativo da prática empreendedora.
Os empreendedores por necessidade estão desprovidos de informações
sobre o mercado e, nem sempre, têm experiência na área em que desejam atuar.
Além disso, podem não dispor de recursos e de apoio financeiro, e não possuir
formação e informações suficientes sobre a atividade empreendedora. O desafio é
que a ideia que gerará o negócio pode não representar uma oportunidade de
mercado, diminuindo, assim, as chances de sucesso desse novo empreendimento.
No Brasil, tornar-se um empreendedor de sucesso não é uma tarefa fácil,
principalmente porque o empreendedor além de superar os desafios do mercado,
precisa transpor a excessiva carga tributária, a burocracia, a lentidão da justiça, a
dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, etc.
Atualmente, existe uma preocupação bastante intensificada em relação ao
empreendedorismo e ao que ele representa para a sociedade. Com isso mais
estudos e pesquisas referentes ao tema são realizados, gerando metodologias e
procedimentos que têm por objetivo auxiliar os novos empresários em especial, na
iniciação e condução dos negócios de forma a possibilitar que a maior parte deles
obtenha sucesso e contribua para o desenvolvimento do país.
As chances de sucesso diminuem à medida que o candidato a empreendedor
tem uma ideia brilhante dirigida a um mercado que ele conhece muito pouco e em
um ramo de atividade no qual nunca atuou profissionalmente, afirma Dornelas
(2005).
Atento para a necessidade de procurar iniciar negócios em áreas que sejam
conhecidas pelo candidato a empreendedor, e que este já possua alguma
experiência ou tenha sócios que já atuaram nesse ramo de atividade. O autor afirma
que é um risco muito grande se aventurar em negócios cuja dinâmica do mercado o
empreendedor desconheça, só porque simpatiza com o assunto ou porque é uma
área na qual pode-se ganhar muito dinheiro, segundo Dornelas (2005).
61
É preciso levar em conta que iniciar uma empresa e trabalhar para a duração
e o crescimento dela requer muito esforço, tempo e dedicação. Por isso, o autor
ainda alerta que, para ser realmente bem sucedido, o empreendedor deve,
preferencialmente, atuar em algo de que realmente goste e com o qual se sinta
satisfeito e motivado, para enfrentar melhor as inevitáveis dificuldades que surgirão.
Mesmo porque, sabe-se que o futuro é uma incógnita, as previsões existem,
mas a única certeza a respeito dele é que será diferente do hoje. Há poucas
décadas, por exemplo, era difícil prever que tantas mudanças acometeram o modo
de vida no planeta. Mas, as telecomunicações, as pesquisas médicas, entre outras,
modificaram e continuam transformando as relações humanas. O que se pode
esperar daqui a vinte, trinta ou cinquenta anos?
O futuro é algo indeterminado, mas ainda assim pode ser moldado, e o único
fator que pode efetivamente motivar essa ação é uma ideia, como por exemplo: de
uma economia, tecnologia ou mercado diferentes, entre outros, segundo Ducker
(2002).
Por esse motivo, o planejamento em longo prazo não serve apenas para a
grande empresa. A pequena empresa pode, de fato, conseguir uma vantagem se
tentar dar forma ao futuro hoje, mesmo porque, se fizer um bom trabalho,
possivelmente não permanecerá por muito tempo.
Resumo:
Toda empresa de grande porte e bem sucedida existente na atualidade foi um
pequeno negócio baseado em uma ideia de como deveria ou poderia ser o futuro.
Entretanto, essa ideia precisa ser empreendedora e capaz de produzir riquezas.
Além disso, é preciso ter em mente que “fazer” o futuro acontecer requer trabalho e
não genialidade simplesmente.
“A ideia empreendedora básica pode ser uma mera imitação de algo que
funciona bem em outro país ou outro setor” (DRUCKER, 2002, p. 337). Como, por
exemplo, quando Thomas Bata, sapateiro eslovaco, retornou dos Estados Unidos
para a Europa após a Primeira Guerra Mundial, tinha em mente a ideia de que todas
as pessoas na Eslováquia e nos Bálcãs poderiam usar sapatos assim como os
americanos. Segundo Drucker (2002), conta-se que ele dizia que o camponês
andava descalço não porque era muito pobre, mas porque não havia sapatos. O que
62
era necessário para que sua visão de camponeses calçados tornasse realidade, era
fornecer calçados baratos e padronizados, mas bem desenhados e duráveis, como
os que existiam nos Estados Unidos. Fundamentado nessa analogia, Bata construiu,
em poucos anos, a maior empresa de calçados da Europa.
Tentar adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil,
mas é possível decidir que ideia se quer ver como realidade no futuro e, a partir dela,
construir uma empresa, Drucker (2002).
A International Business Machines – IBM é um exemplo disso. Segundo
Drucker (2002), Thomas Watson, fundador e criador da IBM, não previu,
absolutamente, o desenvolvimento da tecnologia. No entanto, tinha uma ideia do
processamento de dados como um conceito unificador sobre o qual poderia iniciar
um negócio. A empresa foi, durante um longo tempo, bastante pequena e confinada
ao trabalho comum de manutenção de registros de horários. Mas estava pronta
quando entrou a nova tecnologia, proveniente do trabalho de matemáticos e
professores de lógica, que discutiam uma metodologia sistêmica de quantificação e
medição universal, nos tempos de guerra, que realmente tornou possível o
processamento de dados; a tecnologia do computador e fez da IBM uma das
empresas mais conhecidas e respeitadas do mundo.
Conclui-se com isso que a atividade empreendedora é um dos pilares do
desenvolvimento econômico e social de uma nação.
Atividades de Aprendizagem:
1. O que podemos observar nos países em desenvolvimento, como o Brasil,
estão aprendendo a ver no empreendedorismo?
2. O empreendedorismo por necessidade é considerado o lado negativo da
prática empreendedora?
3. No Brasil, tornar-se um empreendedor de sucesso não é uma tarefa tão fácil.
Porque?
Referências bibliográficas:
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Integradora. Edições Sílabo, Portugal Casson, M. (2010)
CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do
Desempenho em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de
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DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em
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USP, 1999.
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KAKUTA, S. Trends Brasil: tendências de negócios para micro e pequenas
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Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Sobrevivencia_das_empresas_no_Brasil=2013.pd
f. Acesso em: 6 nov. 2021.
64
“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade.
Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”. Winston Churchill
Objetivo:
Identificar as oportunidades de negócios
65
● São atraentes, duráveis, tem hora certa, ancoram-se em um produto ou
serviço que cria, ou adiciona valor para o seu comprador;
● São alvos móveis: se alguém as vê, ainda há tempo de aproveitá-las;
● Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade enquanto
outros nada vêem, ou vêem muito cedo ou tarde demais;
● São as fagulhas que detonam a explosão do empreendedorismo;
● Boas oportunidades de negócios são menos numerosas que as idéias;
● Identificá-las representa um desafio: uma oportunidade pode estar
camuflada em dados contraditórios, sinais inconsistentes, lacunas de
informação e outros vácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do
mercado (quanto mais imperfeito o mercado, mais abundante são as
oportunidades).
Recomenda-se uma auto análise ao nos depararmos com uma
“oportunidade”. Sendo pessimistas ou otimistas sempre estaremos diante de uma
oportunidade. No entanto, podem cair no erro de cair no oportunismo: vender
guarda-chuva em dia de temporal, vela em dia de finados etc.
66
Fonte:https://blog.contratanet.com.br/wp-content/uploads/2015/12/O-que-pesa-na-hora-de-encontrar-uma-
oportunidade-profissional-1-564x395.jpg, 2015.
A boa oportunidade deve ser analisada sob alguns prismas: a compatibilidade
com o empreendedor, sua carga de valores éticos e morais, preferências, visões de
mundo e sonhos. É preciso confrontar as exigências sugeridas pela oportunidade e
as forças e fraquezas individuais. No sentido de ajudá-lo elencamos uma lista de
erros a evitar: paixão pelo produto (o rato morre porque se apaixona pelo queijo);
paranóia do negócio: não posso mostrar a idéia, porque será roubada;
perfeccionismo (a idéia não fica pronta, acabada); muito tarde ou muito cedo
(atemporalidade); não reconhecer a concorrência; preço baixo como estratégia de
entrada: complexo de comprar caro e vender barato; impaciência: 30 dias ou
arrebenta; desejo e necessidade de obter lucros rapidamente: queime tudo no
lançamento.
Visão - Oportunidade – Criatividade
● Visão – Capacidade de ver a luz
● Visão do Empreendedor – Capacidade de ver a luz que ilumina o futuro
● O que fazer no futuro...
● O que o mercado deseja...
● Como pode ser o processo...
● Quem dominará a economia...
● Que forma de governo predomina no planeta…
Categorias de visão
● Emergente – Idéias ou Produtos que desejamos lançar
● Central – Resultado de uma ou mais visões emergentes
Elementos de suporte para a formação da Visão
Conceito de si:
● Autoimagem
● Autoestima
● Julgamento da capacidade pessoal
● Como a pessoa se vê
● Em que modelos se enquadram
Energia
● Quantidade e qualidade de o tempo dedicado ao trabalho
● Limites e fôlego espírito de liderança
67
● Ânimo-anima-alma conhecimento compreender+fixar
● Articular o que se faz com o que se deseja
● Orientar outros
● Convencer através do exemplo
Oportunidade
● Capacidade de identificar, agarrar e transformar uma situação em algo
lucrativo, durante certo tempo e dar continuidade nesse processo de
transformação e lucratividade.
Criatividade
● Resultado do treinamento das resoluções mentais para resolver situações
desafiadoras em tempo, espaço e condições adversas.
Bloqueios da criatividade
● Insistir no resultado das seguintes expressões?
● Resposta certa
● Isso não tem lógica
● Siga as normas
● Seja prático
● Evite dúvidas
● É proibido errar
● Brincar
● É falta de criatividade
● Não seja bobo
● Eu não sou criativo
IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
Como já vimos, oportunidade é a capacidade de identificar, agarrar e
transformar uma situação qualquer em algo lucrativo. Para realizar a identificação de
uma oportunidade é necessário que o empreendedor liberte-se de alguns valores e
conceitos prévios a respeito de oportunidade. Também é necessário diferenciar
oportunidades de oportunismo. São condições distintas para movimentar um negócio
qualquer. Ser oportunista não é pecado, mas valer-se dessa prática também não
garante lucro por muito tempo. O oportunismo vicia e limita a criatividade de quem o
pratica, portanto faça a sua escolha.
68
Para identificar oportunidades são necessários dois ingredientes:
predisposição e criatividade.
A predisposição consiste em aproveitar todo e qualquer ensejo para observar
negócios. Através do fato de se dispor previamente a olhar para o mundo, o
empreendedor pode identificar oportunidades. Ir a feiras, convenções, congressos e
manter-se informado via rede e demais canais de publicações a respeito são
atitudes que completam a empreitada.
A criatividade é a resolução de problemas no momento em que tudo conspira
em sentido contrário. Encontrar respostas rápidas e oferecer soluções adequadas
aos problemas que nos são apresentados é o papel do agente criativo. Ajuda muito
a exercer o papel de observador. É importante que tal papel esteja revestido de
caráter analítico pois não adianta observar por um viés do positivismo apenas.
69
Fonte:https://www.poderdaescuta.com/wp-content/uploads/2019/11/Desenvolvimento-de-Produtos-
iStock-1135908812-1.jpg, 2011.
70
transgênicos e bioengenharia oferecem oportunidade de negócios a serem
inventados.
Substituição de material – quando o primeiro engenheiro petroquímico afirmou
que os pára-choques de carros seriam de plástico, a população leiga não acreditou
no que ouvia e hoje nenhum carro é fabricado com essa peça em aço que aumenta
o peso, necessitando de aumento de potência no motor.
Controle da poluição – A água é uma substância de três átomos apenas e
quimicamente não oferece perigo em situação normal mas quando misturada pode
ser letal. A matéria, enquanto conceito científico, pode e deve ser reciclada, portanto
nova oportunidade de mercado.
Treinamento em informática – os negócios em informática diminuíram em
volume. Isto se deve muito mais aos fatores econômicos do que a uma possível
saturação de mercado. Se forem baratos os novos equipamentos e seus novos
programas serão implantados e para qualquer situação em informática é necessário
o treinamento.
71
arrisca. Entretanto, saber identificar essas oportunidades é um exercício constante
que deve ser feito e nem todos os empresários e empreendedores estão abertos e
preparados para isso.,
Aplicar esse conhecimento não é só para quem já é empresário ou
empreendedor, mas também para quem ainda está trilhando o caminho e deseja se
tornar dono de seu próprio negócio, para que assim, você consiga identificar as
oportunidades que surgirem diante de si.
Atividades de Aprendizagem:
1. Para dirigir a conceituação de oportunidades a um patamar racional e
de certa forma otimista, precisamos ter algumas características de
oportunidades (empreendedoras). Cite três e comente:
2. A boa oportunidade deve ser analisada sob alguns prismas. Quais
são?
3. O que é necessário para realizar a identificação de uma oportunidade?
Referências bibliográficas:
ALMEIDA, Flávio de. Ser dono do nariz sem quebrar a cara. Belo Horizonte :
Instituto Brasileiro de Empreendedorismo, 1998. 136 p.
CARVALHO, L.; COSTA, T. (2015) Empreendedorismo. Uma visão global e
Integradora. Edições Sílabo, Portugal Casson, M. (2010)
CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do
Desempenho em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de
Logística Beneficia Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004.
Disponível em: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_
fae_ v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. nov. 2021.
DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
PEREIRA, Heitor José (Org). Criando seu próprio negócio : como desenvolver o
potencial empreendedor. Brasília : SEBRAE, 1995. 316 p. SEBRAE/ES. Como abrir
sua empresa. Vitória, 1996. 51 p.
SEBRAE/RS. Pesquisa de mercado para pequenas empresas. Porto Alegre, 1997.
28 p. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luíza. Brasília : Cultura e Editores
Associados, 1999.
VALE, Gláucia M. Vasconcellos, AGUIAR, Marco Antônio de Souza, ANDRADE, Nair
Aparecida de. Fatores condicionantes da mortalidade de empresas: pesquisa piloto
realizada em Minas Gerais. Belo Horizonte : SEBRAE, 1998. 72 p.
72
A excelência na Gestão é aquela inspirada pelo engajamento
e guiada pelo conhecimento. Silvana L. Ramalho
Objetivo:
Aplicar a gestão de uma empresa é um desafio, pois, além de todos os
recursos financeiros, é necessária uma boa equipe. Importante é conhecer algumas
técnicas que poderão ajudar nessa caminhada. É preciso avaliar e distinguir os
aspectos relevantes para a gestão de uma empresa, bem como diferenciar os tipos
de liderança, compreender os conceitos de departamento e processos, e identificar a
importância do controle como função da administração.
73
empresas fornecedoras de produtos e serviços, esse enfoque tem gerado reflexos
diretos sobre a gestão das empresas.
É necessário desenvolver a sensibilidade para perceber que as mudanças na
gestão empresarial são um imperativo e não uma simples opção.
74
A ênfase na gestão vem da necessidade de aperfeiçoar continuamente os
processos de negócio, pelo aprendizado e inovação permanentes.
Novos métodos de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas de
informação, tudo isso representa o esforço por aperfeiçoar a gestão.
1. A gestão estratégica como ferramenta de alavancar novos mercados
A utilização do modelo de gestão estratégica leva a empresa a realizar um
diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como forças e
fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas interrelações.
A partir desse processo de “autocrítica organizacional” a empresa encontrará
plenas condições de direcionar seu foco para o estabelecimento de visão de futuro,
missão organizacional, desafios estratégicos e estratégias gerais que nortearão os
rumos do negócio para o curto, médio e longo prazos.
Em síntese, o modelo de gestão estratégica atua no sentido de levar a
empresa a se adequar à realidade de mercado, descobrir oportunidades e projetar
um futuro. Dessa forma, os processos e os investimentos serão realizados de
maneira mais organizada, racional e profissional, contribuindo para redução do grau
de incerteza e para o alcance de melhores resultados.
75
Fonte: https://media.treasy.com.br/media/2015/08/imagem-9-1.jpg, 2015
76
3. Gestão holística: um passo além dos sistemas
O pensamento de organização precisa compreender a relação autoeco
organizadora, isto é, a relação hologramática entre as partes e o todo, compreender
o princìpio de recursividade; é a idèia de entrelaçamento, de integração, totalidade e
é neste contexto que se deve falar em gerenciamento holístico, pois é a partir da
visão holística da administração que as empresas tradicionais incorporam
preocupações com a administração ecológica.
Na verdade, com o futuro ameaçado e em busca de um desenvolvimento
sustentável que satisfaça as demandas do presente sem prejudicar as necessidades
do futuro, os desafios tornam-se comuns e a defesa do meio ambiente, que, apesar
das lutas das últimas décadas, continua sendo velozmente degradado, transforma-
se numa tarefa urgente que compete a cada cidadão
Assim, deve-se criar no homem a ideia de viver em harmonia com a natureza,
como parte integrante dela, de quem é reflexo e a quem modifica, humanizando-a. E
essa necessidade de que se crie uma nova consciência ecológica e se desenvolva
uma nova postura ética perante a natureza é tarefa do gerenciamento holístico.
O gerenciamento holístico resgata a ideia de entrelaçamento, de interligação,
de todas as partes do meio ambiente em um sistema, para que a abordagem do
meio ambiente possa incluir todas as variáveis, históricas, políticas, econômicas,
socioculturais etc., necessárias para se compreender e administrar adequadamente
a relação de se melhorar a sorte da humanidade.
Resumindo, pode-se dizer que, para sobreviver, uma organização tem que
ser contemporânea do seu tempo. Ela precisa se ajustar às exigências das
mudanças, pois vida é essencialmente mudança. É preciso, por conseguinte
conhecer, com antecedência razoável, o sentido da mudança. Nessa passagem de
século, as mudanças são bastante rápidas, por isso mesmo, mais do que nunca vai
ser preciso uma acuidade mental muito grande, para os empresários e dirigentes de
organizações evitarem o desaparecimento dos sistemas que lideram.
77
sucesso, a pessoa que, como nós, transforma ideias e empresas em grandes
realizações com projeção no mercado.
O empreendedor, primeiramente, deve ser, no mundo real, aquela pessoa
que busca a solução, para os problemas, que transforma sonhos em realidade,
decide por si e pela empresa a melhor estratégia de penetração e posicionamento
no mercado, determina o produto e o público-alvo e arregaça as mangas para
alcançar os objetivos e metas traçados.
Disciplina, busca do aperfeiçoamento contínuo, muita leitura e atualização
sobre o mercado e tendências, vontade de trabalhar além do habitual, dedicação,
paixão, comunicação com as pessoas e empresas, visão holística, criatividade,
vontade de vencer, persistência para aprender cada vez mais e não hesitar nos
erros serão fatores que tornarão seu empreendimento mais sólido e facilitarão a
prosperidade de seu trabalho.
Como podemos melhorar a gestão
No ambiente de negócios atual, alguns fatores são fundamentais: inovação,
qualidade, agilidade e atenção ao cliente, estão, com certeza, entre os principais. Na
administração estamos na era da ênfase no talento dos indivíduos e na sinergia do
trabalho em equipe. É preciso dar elementos às pessoas em posição de
responsabilidade pela gestão, para que elas possam atingir seus objetivos
organizacionais. Esses elementos abrangem, fundamentalmente:
Figura 18 - Elementos de gestão
78
Fonte:https://www.binati.com.br/template/imagens/palavras-chave/thumb/empresa-gestao-negocios-
3.jpg, 2022
79
Medir o desempenho é algo fundamental em qualquer atividade que
realizemos. Ao tomarmos a decisão de praticar jogging sentiremos a necessidade de
comprar um relógio com um cronômetro e correr em uma pista demarcada para
saber de que forma melhoramos nosso desempenho em termos de distância
percorrida e tempo. Ao buscarmos um automóvel para comprar, faremos
comparação entre os desempenhos dos candidatos nos atributos de consumo,
velocidade, aceleração e conforto. Para juntar dinheiro para a próxima viagem de
férias, devemos monitorar os gastos familiares com alimentação, saúde, educação,
habitação e diversão. De certa forma, a avaliação é algo presente em todos os
aspectos de nossas vidas.
Com as organizações ocorre o mesmo. A medição do desempenho é algo
fundamental para que uma empresa saiba se o caminho escolhido está sendo
adequado e possa garantir sua sobrevivência e crescimento no longo prazo.
Resumo:
A gestão de empresas, como vimos, é um conceito abrangente. Ela se
relaciona com a definição de metas, organização de processos, planejamento
estratégico, análises de custos, compras, vendas, pagamentos e recebimentos,
contratações e demissões, enfim, tudo o que envolve o ambiente de uma empresa.
A gestão de empresas geralmente não se limita a esse lado técnico do trabalho de
empreendedores, diretores e CEOs. Além de conhecer bem os processos
operacionais da empresa, precisa entender do mercado, ficar de olho em novidades,
como soluções tecnológicas, e inspirar pessoas.
A gestão de empresa significa gerenciamento, administração, uma vez que
existe uma instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida
ou administrada. O objetivo é de crescimento, estabelecido pela empresa através do
esforço humano organizado, pelo grupo, com um objetivo específico.
A gestão de empresas traz benefícios para diferentes aspectos do negócio:
processos, equipe, resultados e até mesmo na percepção do cliente. Um dos
principais ganhos é que a gestão permite criar processos bem definidos na empresa
a partir de uma rotina produtiva organizada e otimizada.
80
A aplicação da gestão em uma empresa é de suma importância, uma vez que essa
controla tais áreas. Ela funciona identificando os erros cometidos até então ou que
ainda podem ser cometidos, onde se quer chegar, como chegar e direcionar.
Atividades de Aprendizagem:
1. A gestão do negócio traz benefícios para diferentes aspectos. Quais são?
Referências bibliográficas:
DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo:
Pioneira, 1995.
MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia:
um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.
PEREIRA, Heitor José (Org). Criando seu próprio negócio : como desenvolver o
potencial empreendedor. Brasília : SEBRAE, 1995. 316 p. SEBRAE/ES. Como abrir
sua empresa. Vitória, 1996. 51 p.
PORTER, Michael. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho
superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
SEBRAE/RS. Pesquisa de mercado para pequenas empresas. Porto Alegre, 1997.
28 p. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luíza. Brasília : Cultura e Editores
Associados, 1999.
VALE, Gláucia M. Vasconcellos, AGUIAR, Marco Antônio de Souza, ANDRADE, Nair
Aparecida de. Fatores condicionantes da mortalidade de empresas: pesquisa piloto
realizada em Minas Gerais. Belo Horizonte : SEBRAE, 1998. 72 p.
81
“Planejamento estratégico é um processo de selecionar oportunidades e obtém-se vantagens da
empresa com os desafios do ambiente, além de projetar e “construir” o futuro”. Pascale.
Objetivo:
Avaliar uma estratégia bem planejada que norteia as ações de uma organização
durante longo período de tempo.
É baseada em uma visão empresarial, ou seja, onde se pretende chegar com
a empresa em determinado período de tempo. O ambiente dos negócios tornou-se
mais complexo. Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão
reestruturando o ambiente empresarial, a globalização da economia, alavancada
pela tecnologia da informação e da comunicação, é uma realidade inescapável e a
concorrência pode estar estabelecida na esquina ou na China.
Está ocorrendo uma evolução nas organizações em termos de modelos
estruturais e tecnológicos, e estão ocorrendo mudanças nos paradigmas
administrativos e que têm exigido uma nova postura nos estilos gerenciais e
pessoais dos administradores, agora voltados para uma realidade diferenciada e
emergente.
Atualmente o grande desafio é a capacidade e a competência diária que as
organizações enfrentam para se adaptarem e levarem a todos os seus níveis
hierárquicos e funcionais, da alta gerência ao piso de fábrica, a incorporação de
novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos
necessários a mudanças, inovações e à sobrevivência sadia e competitiva no
mercado. No ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, as
pessoas estão sentindo o reflexo dessas transformações. Seja pelas mudanças
introduzidas internamente pela reengenharia, como a descentralização, o
empowerment ou a terceirização, seja pelas transformações no cenário externo,
como o declínio de antigas empresas multinacionais e o surgimento de novos
competidores, o administrador de empresas enfrenta desafios totalmente novos.
Essa realidade tem sido amplificada por inovações tecnológicas, transformações nas
bases da concorrência, surgimento de novos modelos de gestão e mudanças
significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as empresas
82
fornecedoras de produtos e serviços. Este enfoque tem gerado reflexos diretos sobre
a gestão das empresas. É necessário desenvolver a sensibilidade para perceber que
as mudanças na gestão empresarial são um imperativo e não uma simples opção
(CORDEIRO & RIBEIRO, 2002, p. 1-2).
Segundo Cordeiro & Ribeiro (2002, p. 3), nos dias atuais, gerir envolve uma
gama muito mais abrangente e diversificada de atividades do que no passado. E por
consequência o gestor precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em
condições totalmente diferentes das que ocorriam anteriormente. O dia-a-dia de um
gestor envolve na atualidade um conjunto de condições em uma realidade
complexa.
Assim, neste ambiente, a diferença entre sucesso e fracasso, entre lucro e
falência, entre o bom e o mau desempenho está no melhor uso dos recursos
disponíveis para atingir os objetivos focados.
Gerenciar a aplicação dos recursos é crucial, quer sejam recursos materiais,
financeiros, de informação, humanos, de comunicação ou tecnológicos. Assim, a
ênfase na gestão vem da necessidade do aperfeiçoamento contínuo dos processos
envolvidos no negócio, pelo aprendizado e inovação permanentes. Novos métodos
de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas de informação, tudo isso
representa o esforço por aperfeiçoar a gestão empresarial.
Estratégia pode ser definida como um conjunto de objetivos e metas e um
conjunto de ações ordenadas necessárias para se atingir os objetivos e as metas.
Uma estratégia bem planejada norteia as ações de uma organização durante longo
período de tempo. É baseada em uma visão empresarial, ou seja, onde se pretende
chegar com a empresa em determinado período de tempo.
Figura 19 - Gestão estratégica
83
Fonte: https://mereo.com/blog/gestao-estrategica/, 2022
84
as oportunidades e as ameaças devem ser analisadas em relação às necessidades
do mercado e as habilidades dos concorrentes.
As oportunidades referem-se às condições favoráveis no ambiente que
podem produzir recompensas para a organização, se ela for adequadamente
afetada. Isto é, oportunidades são situações que existem, mas que devem ser
aceitas em benefício da empresa.
As ameaças referem-se às condições ou às barreiras que podem impedir a
empresa de atingir seus objetivos. Como oportunidades, as ameaças devem ser
identificadas para não limitarem o desempenho da empresa.
O planejamento estratégico tem como objetivo integrar toda a organização e
por isso influir na tomada de decisões e nas variáveis que a empresa deve tomar.
Para que uma empresa se desenvolva de acordo com o planejado, deve-se observar
claramente as suas metas, de acordo com o plano elaborado, objetivando assim que
todos os funcionários nela envolvidos possam participar.
Segundo Ferrel, (2000, p. 35), a principal função das metas é orientar o
desenvolvimento de objetivos e fornecer direção para as decisões de alocação de
recursos. As metas são as realizações gerais desejadas, elas são importantes
porque indicam a direção em que a empresa está tentando se alcançar e o conjunto
de prioridades que usará na avaliação de alternativas e na tomada de decisões. Por
exemplo, uma empresa pode ter uma meta de melhorar a qualidade do serviço,
proporcionando mais treinamento para os funcionários que estão em contato com os
consumidores. Como ocorre em todos os estágios do planejamento, é importante
que todas as áreas funcionais da organização sejam consideradas no processo de
fixação de metas. A falha ao considerar esses assuntos resultará em metas menos
eficazes e, talvez, até disfuncionais.
Figura 20 - Fixação de metas
85
Fonte:https://sindinvest.com.br/blog/wp-content/uploads/2020/04/gest%C3%A3o-estrat%C3%A9gica-
800x500.jpg, 2020
86
● Ter conhecimento de administração e economia com enfoque para
resultados;
● Ser generalista com algumas especialidades;
● Trabalhar com estrutura organizacional enxuta voltada para resultados;
● Estar voltado para as necessidades de mercado.
Resumo:
A gestão estratégica é definida como atividades realizadas com o propósito
de alinhar recursos internos com o ambiente externo, partindo do planejamento
estratégico e executando os objetivos estabelecidos na estratégia para conseguir
sucesso nos negócios.
Todas as estratégias contidas na gestão são pensadas em vários fatores
externos e internos, abrangendo a análise, o propósito e toda a implantação de
novas tecnologias nos processos para que a empresa não entre em risco quando
acontece uma crise.
A gestão estratégica é um processo contínuo e sistemático, alguns métodos
de curto prazo podem ajudar sua organização a manter o ritmo em tempos de crise,
mas é fundamental refazer o seu processo de estratégia, alinhando com o momento
atual para garantir o crescimento e a sobrevivência da organização.
Atividades de Aprendizagem:
87
1. A gestão estratégica organiza as contribuições que as diversas áreas do
pensamento gerencial. Cinco são os principais itens da administração
estratégica. Quais são?
Referências bibliográficas:
BISPO, Carlos Alberto F. & CAZARINI, Edson W. A evolução do processo decisório.
Disponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART094.pdf>
Acesso em 24 Jan. 2022.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito
empreendedor 2º ed. rev. e atualizada. - São Paulo: Saraiva, 2007, 281 p.
CORDEIRO, Jose Vicente B. de M. & RIBEIRO, Renato V. Gestão da empresa.
MENDES, Judas T. G (Org.). Economia Empresarial. Coleção gestão empresarial, v.
2. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002.
DORNELAS, Jose Carlos A. Transformando idéias em negócios. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
JORDÃO, Sonia. Empreendedorismo e liderança nas empresas. 18 mar. 2004.
Administradores.com.br. Disponível em <http://www.administradores.com.br
/informese/artigos/empreendedorismo-e-lideranca-nas-empresas/22/>, acesso em
18 jan. 2022.
MELLO, Fábio B. de. Conheça os 10 perfis de liderança mais comuns. 4 ago. 2010.
Administradores.com.br. Disponível em <http://www.administradores.com.br/
informese/carreira-e-rh/conheca-os-10-perfis-de-lideranca-mais-comuns/36401/>,
acesso em 18 Jan. 2022.
OLIVEIRA, D. P. R. de. Excelência na administração estratégica. São Paulo: Atlas,
1993.
ROSA, Cláudio Afrânio. Como elaborar um plano de negócio. Brasília: SEBRAE,
2007.
88
Toda decisão tomada por nós é uma semente que plantamos em um terreno adubado e
podemos colher novos frutos após a sua frutificação. Helgir Girodo
Objetivo:
Identificar que dentro das empresas, a tomada de decisão implica em grande
responsabilidade e é essencial para a gestão do negócio.
89
Bispo & Cazarini (1998, p. 3-4) citando Uris (1989) descrevem as seguintes
etapas no processo de tomada de decisão:
● Análise e identificação da situação: A situação do ambiente onde o
problema está inserido, deve ser claramente identificado, através do
levantamento de informações, para que se possa chegar a uma
decisão segura e precisa;
● Desenvolvimento de alternativas: Em função do levantamento das
informações, ou seja, da coleta de dados, pode se chegar a possíveis
alternativas para a resolução do problema proposto;
● Comparação entre as alternativas: Levantamento das vantagens e
desvantagens de cada alternativa;
● Classificação dos riscos de cada alternativa: As decisões sempre
envolvem riscos, seja em um grau quase nulo, seja um alto grau de
risco, ou seja em um estágio intermediário de risco entre o quase nulo
e o alto grau. Temos sempre que levar em consideração o grau de
risco que temos em cada alternativa e escolher a alternativa que
apresente comprovadamente o menor grau de risco. Porém, é
necessário, muitas vezes, se combinar o grau de risco com os
objetivos a serem alcançados. Às vezes, o grau de risco que se corre é
muito grande, porém, o objetivo a ser alcançado, se alcançado, nos
trará benefícios maiores em relação às alternativas menos arriscadas.
90
● Escolher a melhor alternativa: Tendo o conhecimento das vantagens,
desvantagens e riscos o decisor é capaz de identificar a alternativa que
melhor solucione seu problema;
● Execução e avaliação: A alternativa escolhida fornecerá resultados que
deverão ser comparados e avaliados com as previsões anteriores.
Os fatores de influência do processo decisório. Um dos maiores fatores de
influência, na atualidade, é a cultura do(s) decisor(es). Um mesmo problema pode
ser compreendido de forma diferente por pessoas ou povos de culturas diferentes.
Mesmo numa grande cidade onde a cultura disponível é a mesma para todos os
seus habitantes, o nível de aquisição desta cultura é diferente entre a população o
que causa níveis de compreensão diferentes para um mesmo problema. Por
exemplo, o problema da falta de emprego é compreendido de forma diferente entre
as pessoas com diferentes níveis de cultura. Os que possuem menor cultura acham
que a culpa do referido problema é somente dos governos. Os que possuem uma
cultura maior reconhecem que o problema é mais complexo e que para solucioná-lo
é necessário o esforço de toda a sociedade em conjunto com o governo.
A quantidade de informações a respeito do problema é um fator de extrema
importância para o processo decisório. Quanto mais informações conseguirmos
levantar a respeito do mesmo, evidentemente, melhor será a sua compreensão e
sua solução. Também devemos nos preocupar com a qualidade das informações
obtidas a respeito do problema. Muitas vezes, conseguimos obter uma grande
quantidade de informações a respeito do problema, porém, pouquíssimas
informações relevantes que nos poderiam contribuir melhor para encontrar a solução
do problema.
Outros fatores também afetam o processo decisório, fatores como a
inteligência do decisor, o seu nível social, o sexo, a religião, os costumes, as
crenças, a ética, a motivação, a organização, a saúde, a família, etc.
Segundo Bispo & Cazarini (1998, p. 4-5) citando Pereira & Fonseca (1997),
toda decisão tem consequências e envolve riscos, mas uma vez processada, a
escolha não tem volta. Por causa disso, o processo de tomada de decisões é
sempre estressante e após a decisão acontece um relaxamento geral no organismo
do decisor. Em algumas pessoas, o stress provocado pelo processo decisório é
91
marcado por claras manifestações psicossomáticas, tais como dores de cabeça,
sono, perturbações gástricas, manifestações de euforia ou depressão, etc.
E complementam que, nas empresas, existem ainda influências externas
provenientes dos clientes que solicitam produtos de boa qualidade, atendimento
rápido e personalizado e preços mais competitivos; também, as condições impostas
pelos fornecedores; as exigências do governo; o alerta dos concorrentes; as notícias
da mídia, etc. As influências internas estão mais relacionadas com a interpretação
das informações obtidas interna e externamente e englobam a cultura
organizacional, as tecnologias, os recursos, as normas, os processos e as matérias
primas. Tomar decisões nesse contexto é algo complexo e administrar essa
complexidade é o desafio de todo dirigente moderno.
A função dos administradores da empresa é extremamente decisória. Os
processos administrativos são basicamente processos decisórios. As decisões
gerenciais afetam diretamente a sobrevivência da empresa e a vida das pessoas
que giram em torno dela, sejam elas empregados, acionistas, fornecedores ou
clientes. Por isso, o decisor é exposto a inúmeros fatores de influência internos e
externos (já vistos anteriormente). Todas as pessoas afetadas cobram dele um
resultado satisfatório. Muitas vezes, clientes, acionistas e empregados solicitam
soluções diferentes e até antagônicas para solucionar um problema. O cliente lhe
solicita o quarteto: qualidade, preço, entrega e atendimento. Os acionistas exigem
garantia de lucro e o retorno sobre o investimento combinados com o alcance das
Figura 22 - Processos administrativos
Fonte:https://trt15.jus.br/sites/portal/files/roles/servicos/sessoes-
administrativas/Comiss%C3%B5es%20e%20Comit%C3%AAs%20-%20ATAS/AGE/ferramentas-de-gestao.png,
2020
92
metas e com a imagem positiva da empresa e de seus produtos. E os empregados
pressionam por melhores condições no trabalho, incluindo melhores salários,
garantia de emprego, assistência médica e odontológica, e outras reivindicações
mais específicas (BISPO & CAZARINI, 1998, p. 6).
Resumo:
A tomada de decisão pode ser definida como o processo de decidir sobre algo
importante, especialmente em um grupo de pessoas ou em uma organização. Ela
envolve a seleção de um curso de ação entre duas ou mais alternativas possíveis, a
fim de se chegar a uma solução para um dado problema.
O processo de tomada de decisão nas organizações é feito por um conjunto
de profissionais com o objetivo de melhorar o funcionamento da empresa. Dessa
forma, trata-se de uma atividade contínua e dinâmica que permeia todas as outras
atividades pertencentes à organização. Uma vez que é uma atividade contínua, o
processo decisório desempenha uma importância vital no funcionamento de um
negócio.
Por fim, representa a combinação entre conhecimento científico, habilidades
técnicas e experiência profissional de todos.
Atividades de Aprendizagem:
Referências bibliográficas:
BISPO, Carlos Alberto F. & CAZARINI, Edson W. A evolução do processo decisório.
Disponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART094.pdf>
Acesso em 24 Jan. 2022.
93
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito
empreendedor 2º ed. rev. e atualizada. - São Paulo: Saraiva, 2007, 281 p.
CORDEIRO, Jose Vicente B. de M. & RIBEIRO, Renato V. Gestão da empresa.
MENDES, Judas T. G (Org.). Economia Empresarial. Coleção gestão empresarial, v.
2. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002.
DORNELAS, Jose Carlos A. Transformando idéias em negócios. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
JORDÃO, Sonia. Empreendedorismo e liderança nas empresas. 18 mar. 2004.
Administradores.com.br. Disponível em <http://www.administradores.com.br
/informese/artigos/empreendedorismo-e-lideranca-nas-empresas/22/>, acesso em
18 jan. 2022.
MELLO, Fábio B. de. Conheça os 10 perfis de liderança mais comuns. 4 ago. 2010.
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OLIVEIRA, D. P. R. de. Excelência na administração estratégica. São Paulo: Atlas,
1993.
ROSA, Cláudio Afrânio. Como elaborar um plano de negócio. Brasília: SEBRAE,
2007.
94
Toda decisão tomada por nós é uma semente que plantamos em um terreno adubado e
podemos colher novos frutos após a sua frutificação. Helgir Girodo
Objetivo:
Aplicar o plano de negócios que é o instrumento ideal para traçar um retrato
do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor.
É por meio dele que você terá informações detalhadas do seu ramo, produtos e
serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e
fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e da
gestão da empresa.
Muitos novos empreendedores acabam passando por várias dificuldades, nos
meses iniciais de abertura do negócio, por não planejarem corretamente. Além de ter
ideias, encontrar um ponto comercial e conhecer os custos, planejar o futuro da
empresa é essencial. Para evitar riscos futuros, a elaboração do plano de negócio é
indispensável.
Segundo Dornelas (2009, p. 2), uma importante ação pode ser desenvolvida
pelo empreendedor e que pode ajudar no seu empreendimento, que é planejar. Mas
é notório a falta de cultura de planejamento do brasileiro e que por outro lado é
admirado pela sua criatividade e persistência. Assim, os fatos devem ser encarados
de forma objetiva e não basta sonhar, e sim transformar o sonho em ações
concretas e mensuráveis e para isto, a solução é o planejamento. Quando se
considera o conceito de planejamento, três fatores críticos devem ser destacados
segundo Dornelas (2009, p. 2):
● Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para
poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, cliente
etc;
● Toda entidade provedora de financiamento, fundo e outros recursos
financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante
para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e
● Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom
plano de negócios. A maioria destes são micro e pequenos
empresários e não têm conceitos básicos de planejamento, vendas,
marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento
95
etc. Quando entendem o conceito geralmente não conseguem colocá-
lo objetivamente em um plano de negócios.
96
Figura 22 - Fases do processo de empreender
97
Não existe uma estrutura padrão, de forma rígida e específica para
desenvolver um plano de negócios, mas qualquer que seja a proposta de um plano
de negócios, ela deve ter uma estrutura mínima que permita o entendimento
completo do negócio. Existem várias propostas para o desenvolvimento de um plano
de negócios à disposição dos interessados e em algumas situações é necessário
utilizar uma especificamente, em função dos objetivos a serem alcançados, tais
como empresas de venture capital, bancos, agências de fomento que podem ter um
modelo específico a ser utilizado.
Como pode ser notado, o plano de negócios é uma ferramenta dinâmica e
que deve ser atualizada e utilizada periodicamente pelo empreendedor. Segundo
Dolabela (1999, p.269-270), um plano de negócios deve ser composto dos seguintes
tópicos:
1. Sumário executivo;
2. Histórico do empreendimento;
3. Plano de marketing;
4. Estrutura operacional;
5. Plano financeiro.
O plano de negócio também serve como um cartão de apresentação da
empresa e um resumo do negócio de uma forma concisa e transparente englobando
todas as principais características e situações.
Figura 23 - Plano de negócios
fonte:https://rehagro.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/05/plano-de-negocios.jpg, 2018
98
1. Sumário Executivo
É a parte mais importante de um plano de negócios e deve ser desenvolvido
após a estruturação do plano. Faz a apresentação do plano de negócios para os
possíveis interessados.
O sumário executivo do plano de negócios tem a função de despertar o
interesse do leitor pelas informações contidas no restante do documento, sem
muitos detalhes, com clareza e objetividade. O sumário executivo deve ser a última
seção a ser escrita pelo empreendedor, embora apareça no início do plano.
Se o sumário executivo não conseguir fazer uma apresentação convincente,
dificilmente o leitor continuará a leitura é uma oportunidade que pode ser perdida,
logo, é uma peça importante para a consecução do planejamento. Deve apresentar
um resumo consistente de todo o plano de negócios.
2. Histórico do empreendimento;
● Histórico da empresa:
Deve ser apresentada a empresa, o seu histórico, a trajetória de crescimento,
o faturamento dos últimos anos, sua situação societária, sua razão social,
geração de impostos, a sua estrutura organizacional e legal, localização,
parcerias, produtos e/ou serviços desenvolvidos, qualificação da equipe,
serviços terceirizados, etc.
● Missão e Visão:
A missão da organização deve traduzir, sob o ponto de vista do mercado, e
não do proprietário, a razão de ser do seu empreendimento. Ou seja, o que
essa empresa faz hoje.
A visão de uma empresa representa um estado futuro para o negócio, onde
ela deseja chegar, o que quer alcançar. Diferente da Missão, a Visão da
empresa é criada para um período de tempo pré-determinado, portanto ela
pode mudar ao longo do tempo, de acordo com o momento que a
organização se encontra.
● Pontos fortes e pontos fracos
Esse item também consta do roteiro do Plano de Marketing, e deve conter os
principais fatores positivos e negativos internos do empreendimento.
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Pontos fortes:
- Ausência de outros empreendimentos na área instalada.
- Localização privilegiada e de fácil acesso; e
- Outros….
Pontos fracos:
- Falta de experiência dos empreendedores na “gestão” do
negócio.
- Matéria-prima: a sazonalidade desses produtos em
determinados períodos do ano; e
- Outros….
● Oportunidades e Ameaças
Devem aparecer os principais fatores positivos e negativos externos, mas que
podem afetar, de alguma forma, o sucesso do empreendimento.
Oportunidades:
– Aspectos favoráveis do contexto externo onde a empresa ou
unidade analisada está inserida.
Ameaças:
– Aspectos desfavoráveis do contexto externo onde a empresa ou
unidade analisada está inserida.
● Objetivos
Aqui deve ser descrito, de forma clara e resumida, os principais objetivos
da empresa num horizonte determinado de tempo, se possível, de forma
quantificável.
● Perfil do(s) Empreendedor(es)
Será apresentado um breve histórico do(s) empreendedor(es) envolvidos no
empreendimento. Quem são os empreendedores envolvidos no negócio? Qual o seu
perfil? Qual é a formação escolar ou acadêmica? Possuem experiência no ramo?
3. Plano de Marketing;
É apresentado o planejamento das vendas dos produtos ou serviços e a
forma de conquistar seus clientes, de manter o interesse e até de aumentar a
demanda pelas ofertas da empresa. Devem ser apresentados os métodos de
comercialização, quais os diferenciais oferecidos pelo produto ou serviço para o
100
cliente, qual é a política de preços, os canais de distribuição e as estratégias de
comunicação e publicidade.
O plano de negócios deve atentar para os 4Ps do marketing, que são: preço,
produto, ponto de venda e promoção. Apresentar a forma de determinação do preço
de venda, como estes preços competem com a concorrência e se este preço é maior
ou menor que os concorrentes. Apresenta os produtos ou serviços e as suas
vantagens competitivas no mercado, o seu posicionamento em relação aos
concorrentes e a estratégia de marketing do valor agregado, que permite diferenciá-
lo no mercado.
4. Estrutura operacional;
A estrutura organizacional de uma empresa é a forma como seus funcionários
são organizados, seja por departamento, função ou cargo. A estrutura
organizacional mostra as relações e hierarquias que compõem uma empresa.
Mostra as relações entre as diferentes áreas da empresa. Melhora a comunicação.
Podem ser definidos como um conjunto de atividades desenvolvidas pelos
colaboradores de uma empresa com o objetivo de transformar entradas em saídas.
Isso significa que a matéria prima, os equipamentos e a mão de obra são
convertidos em produtos, serviços e vendas.
Figura 24 - Planos de negócios
101
Fonte: https://anpei.org.br/plano-de-negocios/2015
5. Plano financeiro.
Apresenta uma projeção do negócio para o futuro, mostrando em números o
planejamento financeiro da empresa. Através de um estudo de viabilidade, mostrar
que é financeiramente viável e quanto é necessário de investimento para atender às
suas necessidades financeiras para atingir os seus objetivos. Apresentar uma
análise de custo-benefício das alternativas para a execução do negócio.
Deve conter o demonstrativo de fluxo de caixa com um horizonte de pelo
menos três anos, o seu balanço patrimonial (se houver), a análise do ponto de
equilíbrio e em quanto tempo ele será alcançado, necessidades de investimento e
demonstrativos de resultados (se houver). Outro fator que deve ser apresentado é a
análise dos indicadores financeiros do negócio, como por exemplo, o faturamento
previsto para os próximos exercícios, a margem de lucro prevista e o prazo de
retorno sobre o investimento inicial, entre outros.
Para que o plano de negócios seja um instrumento eficaz de gerenciamento é
importante que as informações existentes possam ser divulgadas internamente e
que seja utilizado como uma ferramenta de gestão.
Independente do tamanho e tipo de plano de negócios, sua estrutura deve
conter as seções anteriormente apresentadas não de forma isolada e sim com
estreito relacionamento, de maneira a completar o ciclo de planejamento do negócio,
com ações coerentemente definidas e com projeções de resultados viáveis de se
obter, com base em uma análise criteriosa de mercado e da situação atual da
empresa (DORNELAS, 2009, p.8).
O plano de negócios é uma ferramenta de gestão comprovadamente eficiente
para um grande número de casos, mas não é para outro tanto de casos, pelo fato de
não ser adequadamente utilizado e assim não agrega valor à ação empreendedora e
não tem o seu valor reconhecido por estas pessoas.
Segundo Rosa (2007, p. 10), o plano de negócio desenvolvido fala por
empresário. Quanto melhor a sua aparência e quanto mais claras forem
apresentadas às idéias, melhores serão os resultados obtidos. Além disso, deve-se
procurar fazer um plano bem-feito e organizado. Assim, pode-se tornar mais fácil sua
utilização e sua consulta.
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Resumo:
O Plano de Negócios por você desenvolvido não representa somente um
instrumento de planejamento formalizado em um papel. Ele deve, sim, estar
integrado a toda a empresa, difundido e retroalimentado permanentemente com
novas informações que possam contribuir para o sucesso organizacional.
O planejamento também deve ser flexível a novas realidades, adaptável a
novos paradigmas, sob pena de tornar-se um instrumento ultrapassado e não
efetivo.
Empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um
risco que pode ser evitado. O plano de negócios, apesar de não ser a garantia de
sucesso, irá ajudá-lo, entre outras coisas, na tomada de decisões, assim como a não
se desviar de seus objetivos iniciais.
Atividades de Aprendizagem:
Referências bibliográficas:
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