Dr. Tiago Mendes de Araujo Santos OAB/SP 427.082 Dr. Rafael Almeida Do Prado OAB/SP 427.137
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL ALMEIDA DO PRADO, protocolado em 16/07/2021 às 13:09 , sob o número 10041488320218260266.
EDUARDO ORNELAS MOREIRA, brasileiro, divorciado,
autônomo, portador da cédula de identidade RG n° 35.490.091-2 SSP/SP, inscrito no CPF/MF
sob o n° 334.484.358-30, residente e domiciliado na Praça Narciso de Andrade, nº 102 – loja
13, Centro, na cidade de Itanhaém/SP, CEP: 11740-000, por seus advogados, abaixo assinado,
“ut instrumento procuratório incluso”, vem a ínclita presença de Vossa Excelência, nos
termos da Lei nº 9.099/95 e com fundamento nos artigos 2º, 3º, 6º, 14 e 51, todos do Código
de Defesa do Consumidor, propor a presente
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
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da CF/88, no art. 98 do CPC/15, bem como na Lei nº. 1.060/50, pugna pelos benefícios da
justiça gratuita.
A condição meramente econômica não afasta o direito ao
benefício, mormente quando evidenciada a impossibilidade financeira de ingressar em juízo,
sem prejuízo do sustento próprio ou da família, ante a insuficiência de recursos disponíveis no
momento para tanto.
Portanto, sem maiores esforços, o documento acostado
comprova, nitidamente, que a concessão dos benefícios da justiça gratuita é medida que se
impõe, eis que declara a parte ativa da lide, expressamente, não possuir condições financeiras
de arcar com o custeio do processo.
DOS FATOS
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reais e dezesseis centavos). Insta consignar que ambas as transferências foram destinadas à
conta de VANIA PAES DA SILVA, pessoa pela qual o Requerente desconhece.
Ato contínuo, informar que não clicou em nenhum link suspeito,
nem tampouco confirmou código algum e, ainda, certifica que nunca perdeu seu cartão.
Acrescenta, outrossim, que possui conta em outros bancos, a
saber: C6 Bank e no PicPay, e que também houve tentativa de invasão nessas duas contas.
Explica, ainda, que após o ocorrido conseguiu, a muito custo,
recuperar as contas, mas que, entretanto, só teve prejuízo com a PagSeguro, razão pela qual se
socorre do Poder Judiciário para que seu pleito seja atendido.
Além de invadir a conta digital do Requerente, os golpistas
ainda conseguiram alterar os dados cadastrais a fim de, ilicitamente, efetuarem as transações
de forma fraudulenta.
No total foram realizados duas transferências via PIX, conforme
print anexo, todos no dia 21.06.21, ambos tendo como favorecido VANIA PAES DA SILVA,
sendo realizados nos seguintes horários e com os seguintes valores:
Av. Rui Barbosa, 668, Sala 02, Centro, Itanhaém/SP, CEP 11740-000
fagamendes.adv@yahoo.com, 13 996087152, 13 991382425
fls. 4
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fraudulenta realizada na plataforma online da conta do Requerente, nem tampouco o retorno
da análise de sua situação, restou somente a alternativa de buscar a tutela jurisdicional.
DO DIREITO
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Assumir os riscos é assumir a obrigação de vigilância, garantia e
segurança sobre o objeto do negócio jurídico.
A requerida exerce atividade que podem pôr em risco a
incolumidade dos clientes, além de outrem.
Na medida em que o faz, desde o início assume os riscos do
dano que, a despeito da diligência, se verifique.
Por isso, é claro não poder dela afastar-se a requerida, se se
verifica ineficiência no serviço, não importa se por falha, ou se sem falha.
Incide na espécie a regra jurídica do Artigo 14 do Código de
Defesa do Consumidor, que estabelece que o fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Além disso, no § 2.º do Artigo 3.º desse Código houve explícita
referência aos serviços bancários, quando se definiu o serviço como qualquer atividade
fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária.
Superada qualquer discussão acerca da incidência do Código de
Defesa do Consumidor no caso em tela, a responsabilidade civil da requerida emerge do dever
legal de preservar o sigilo bancário.
Efetivamente, essas instituições financeiras têm de manter em
sigilo as informações de que dispõem, no que concerne às suas operações ativas e passivas,
assim como serviços prestados.
A esse propósito, claras as regras jurídicas da Lei Complementar
n.º 105, de 10 de janeiro de 2001, no que concerne a registros, assentamentos e bancos de
dados.
Segundo o Caput do Artigo 1.º dessa Lei Complementar, as
instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços
prestados.
Av. Rui Barbosa, 668, Sala 02, Centro, Itanhaém/SP, CEP 11740-000
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Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições financeiras, se revestirão sempre do
mesmo caráter sigiloso, só podendo a elas ter acesso as partes legítimas na causa, que delas
não poderão servir-se para fins estranhos à mesma.
O Artigo 10, por sua vez, estabelece que a quebra desse dever de
sigilo constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos,
aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Concorrem também no presente caso os pressupostos da
responsabilização civil, haja vista que essa violação ao dever de segredo acarretou ao cliente,
ora Requerente, dano patrimonial e mesmo moral, dada a invasão da sua intimidade e vida
privada, tuteladas constitucionalmente.
Essa violação ocorreu, porque a outrem foi dada a cognição dos
dados sigilosos da Autora, necessariamente ligados a essas operações e serviços bancários,
cognição essa sem a qual seria praticamente impossível a perpetração da fraude.
Mas não é só. No que tange às operações financeiras, como
agente emissor, por assim dizer, vértice dessa relação jurídica triangular, os estabelecimentos
bancários contraem em toda essa sistemática operacional plúrimos deveres.
Entre esses plúrimos deveres estão o de resguardar os usuários e
os estabelecimentos conveniados, das fraudes ou irregularidades que não possam ser
razoavelmente detectadas por ambos. E não tendo, as requeridas cumprido com o dever de
resguardar ao Requerente, da fraude da qual foi vítima, surge o dever de indenizar.
Desta forma, o Reqeurente não pode se furtar à responsabilidade
de indenizar, uma vez que são prestadores de serviços e respondem pela reparação dos danos
causados aos consumidores, na forma prevista na Lei n.º 8.078/1990 (Código de Defesa do
Consumidor):
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e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Art. 6.º - São direitos básicos do consumidor: (...);
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências.
Art. 14 - O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
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Requerente.
Este é o entendimento do C. Tribunal de Justiça de São Paulo, o
da responsabilidade objetiva imputada ao fornecedor de serviço em casos de fraude,
evidenciado em julgado cuja ementa se transcreve abaixo:
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O quanto indenizável, e de regra a indenização, é pelo
equivalente, e ordinariamente em dinheiro, há, pois, de ser correspondente ao dano causado.
DOS PEDIDOS
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II – A condenação da Requerida a indenizar o Requerente, a
título de danos materiais na importância de R$ 2.363,16 (dois mil trezentos e sessenta e três
reais e dezesseis centavos);
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fls. 11
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Nestes termos,
Pede deferimento,
(Assinado Digitalmente)
______________________________________
TIAGO MENDES DE ARAÚJO SANTOS
OAB/SP 427082
______________________________________
RAFAEL ALMEIDA DO PRADO
OAB/SP 427137
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