Ac Leo Mal Leg Esp 003
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SUMÁRIO
LEI 8069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) ......................................................................... 2
DA ADOÇÃO ................................................................................................................................................... 2
ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA ........................................................................................................................ 3
CONSTITUIÇÃO DA ADOÇÃO ..................................................................................................................... 4
DOS REGISTROS ASSOCIADOS À ADOÇÃO ..................................................................................................... 6
ADOÇÃO INTERNACIONAL ......................................................................................................................... 7
DO CREDENCIAMENTO DE ORGANISMOS COOPERATIVOS ...................................................................... 9
ADOÇÃO INTERNACIONAL POR BRASILEIRO RESIDENTE NO EXTERIOR .................................................. 10
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 13
GABARITO .................................................................................................................................................... 14
Para que o indivíduo possa adotar, ele deve ter mais de 18 anos de idade,
independentemente do seu estado civil. Por outro lado, não poderá adotar os ascendentes,
irmãos e ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Essa questão caiu como múltipla escolha, mas achei por bem
adaptar para trazer somente a alternativa que tratava sobre o tema da aula: adoção.
Perceba, como falei, que as questões sempre retratam um interior teor dos artigos
ou adicionam termos negativos para torna-las erradas. No caso da questão acima,
foi reproduzido na íntegra o art. 41 do ECA.
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais
e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
Por esse motivo, ressalta-se que a adoção fará com que os vínculos com a
família anterior sejam desligados. Entretanto, permanecerá os impedimentos
matrimoniais, isto é, a possibilidade de casamento com os pais/parentes biológicos
permanece inexistindo.
Ele será dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante
durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do
vínculo, portanto, destaca-se que a simples guarda de fato não é motivo suficiente para
dispensar a realização do estágio de convivência. Por outro lado, o estágio de convivência será
de, no mínimo 30 dias e no máximo 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por igual período,
uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária, no caso de adoção por
pessoa ou casal residente, ou domiciliado fora do País.
CONSTITUIÇÃO DA ADOÇÃO
O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil
mediante mandado do qual não se fornecerá certidão, mas somente produzirá os efeitos após
transitar em julgado da sentença constitutiva, com exceção do adotante que falecer no meio
do processo. A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus
ascendentes e o mandado judicial cancelará o registro original do adotado.
A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá
determinar a modificação do prenome. Entretanto, a modificação de prenome pode ser
requerida pelo adotante, que é obrigatória a oitiva da criança ou adolescente, mas no caso do
adolescente maior de 12 anos, será necessário o consentimento dele.
(AOCP/MODIFICADA) A sentença que deferir a adoção não produz efeito
desde logo, devendo a apelação, em qualquer caso, ser recebida nos efeitos
devolutivo e suspensivo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que
será inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão,
mas somente produzirá os efeitos após transitar em julgado da sentença
constitutiva, com exceção do adotante que falecer no meio do processo. A inscrição
consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes
e o mandado judicial cancelará o registro original do adotado.
O processo relativo à adoção, além dos outros relacionados, serão mantidos em arquivo,
admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua
conservação para consulta a qualquer tempo. Terão prioridade de tramitação os processos
de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença
crônica. Por fim, o prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
B) A morte dos pais adotantes restabelece o poder familiar dos pais originários
apenas se o adotado não possuir nenhum outro parente vivo.
ALTERNATIVA: D
(SOLUÇÃO RÁPIDA)
A) A adoção é modalidade de família substituta e desliga o adotado de todos os
vínculos com os pais e demais parentes originários, SALVO OS IMPEDIMENTOS
MATRIMONIAIS.
Importante destacar que a adoção fará com que os vínculos com a família
anterior sejam desligados. Entretanto, permanecerá os impedimentos matrimoniais,
isto é, a possibilidade de casamento com os pais/parentes biológicos permanece
inexistindo.
B) A morte dos pais adotantes restabelece o poder familiar dos pais originários
apenas se o adotado não possuir nenhum outro parente vivo.
O art. 49 é bem claro ao afirmar que a morte dos pais adotantes não será
motivo para restabelecimento do poder familiar. Por esse motivo, a questão foi
considerada incorreta, além do disposto que está na segunda parte, que inexiste no
Estatuto da Criança e do Adolescente.
colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua
habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional, sob pena de responsabilidade.
Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação dos
cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira.
O encaminhamento da criança ou adolescente à adoção internacional será realizado após
as consultas aos cadastros e verificada a ausência de pretendentes habilitados residentes no
País com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou adolescente inscrito
nos cadastros existentes. Percebe, então, o caráter residual e excepcionalíssimo da adoção para
estrangeiros.
É importante ressaltar que enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua
adoção, a criança ou o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob
guarda de família cadastrada em programa de acolhimento familiar. O Ministério Público
fiscalizará a alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção.
Por outro lado, é possível o deferimento de adoção em favor de candidato domiciliado no
Brasil, quando se tratar de pedido de adoção unilateral; se for formulada por parente com
o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; se oriundo
o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 anos ou
adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de
afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações
previstas nos arts. 237 ou 238, que tratam de crimes.
Nas hipóteses previstas acima, o candidato deverá comprovar, no curso do procedimento,
que preenche os requisitos necessários à adoção. Além de tudo isso, será assegurada prioridade
no cadastro a pessoas interessadas em adotar criança ou adolescente com deficiência, com
doença crônica ou com necessidades específicas de saúde, além de grupo de irmãos.
ADOÇÃO INTERNACIONAL
Adoção Internacional é aquela em que o pretendente possui residência habitual em
país-parte da Convenção de Haia, relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria
de Adoção Internacional, e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção.
BRASIL
ADOÇÃO
INTERNACIONAL
PAÍS-PARTE DA
CONVENÇÃO DE
HAIA
A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro, ou domiciliado no Brasil
somente terá lugar quando restar comprovado que a colocação em família adotiva é a solução
adequada ao caso concreto; que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da
criança ou adolescente em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos
autos da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com
a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei; que, em se
tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio
de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado
por equipe interprofissional.
ESTOGOTAMENTO DE POSSIBILIDADES
III - Forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência
para atuar na área de adoção internacional;
E ainda:
I - Perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites
fixados pelas autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de
acolhida e pela Autoridade Central Federal Brasileira;
Se por um acaso não tiver sido atendido o disposto na Convenção de Haia, isto é, as
Autoridades Centrais de ambos os Estados não estiverem de acordo em que se prossiga com a
adoção, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. Por outro
lado, o brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção de Haia, uma
vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença estrangeira pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Quando o Brasil for o país de acolhida nas adoções internacionais, a decisão da autoridade
competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela Autoridade
Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais adotivos, que
comunicará o fato à Autoridade Central Federal e determinará as providências necessárias à
expedição do Certificado de Naturalização Provisório.
O processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional nas adoções
internacionais quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido
deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida, ou,
ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo
de país que não tenha aderido à Convenção referida.
ALTERNATIVA: D
(SOLUÇÃO RÁPIDA)
A) Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
A lei não traz essa hipótese de que seja livre da presença de pessoas
dependentes de substâncias entorpecentes. Importa destacar que a alternativa
tentou reproduzir o art. 19 do ECA, afirmando que é em um ambiente que garanta
seu desenvolvimento integral.
EXERCÍCIOS
1. (IPAD) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/1990), assinale a
alternativa correta.
a) Considera-se criança, nos termos da referida norma, a pessoa com idade de até dez anos
e adolescente aquele cuja idade esteja compreendida entre dez e dezoito anos.
b) Ao maior de dezesseis e menor de dezoito anos pode ser aplicada pena de prisão, desde
que se trate de crime definido como hediondo pela legislação penal.
c) Podem adotar os maiores de dezoito anos, independentemente do estado civil, desde
que não sejam ascendentes ou irmãos do adotando e que sejam pelo menos dezesseis
anos mais velhos que este.
d) É lícita a adoção de criança por seu avô, desde que se comprove a miserabilidade dos
pais biológicos.
E) proibido, aos menores de dezoito anos, o trabalho, sendo permitido, a partir de tal idade,
até os vinte anos, apenas sob a condição de aprendiz.
2. (Instituto UniFil) São formas de colocação em família substituta, conforme o Estatuto
da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990):
a) guarda e curatela.
b) guarda, tutela e curatela.
c) guarda, tutela e adoção.
d) tutela e adoção.
3. (FEPESE) Assinale a alternativa correta com base na Lei nº 8.069, de 13 julho de 1990,
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
a) É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição
de aprendiz.
b) A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até quatorze anos incompletos.
c) Considera-se criança a pessoa com doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela
entre doze e dezesseis anos de idade.
d) Podem adotar os maiores de dezoito anos, independentemente do estado civil.
e) O adotando deve contar com, no máximo, vinte e um anos à data do pedido, salvo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
4. (FEPESE) Conforme o artigo 42 da Lei 8.069 de 13/07/1990, Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), sobre adoção, assinale a alternativa que indica corretamente quem
pode adotar.
a) Ascendentes e irmãos do adotando.
b) Maiores de 18 anos, independentemente do estado civil.
c) O adotante há de ser, pelo menos, dez anos mais velho do que o adotando.
d) No caso de adoção conjunta, é necessário que os adotantes sejam casados civilmente ou
mantenham união estável.
e) Os divorciados podem adotar conjuntamente, independentemente de o estágio de
convivência ter sido iniciado na constância do período de convivência.
GABARITO
1. C
2. C
3. D
4. B