Aula 03 - ECA - 12.06.24

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PODER FAMILIAR

Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de


condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a
legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em
caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária
competente para a solução da divergência.

Art. 22., Aos pais incumbe o dever de SUSTENTO, GUARDA E


EDUCAÇÃO dos filhos menores cabendo-lhes ainda, no
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
PODER FAMILIAR

Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm


direitos iguais e deveres e responsabilidades
compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo
ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas
crenças e culturas, assegurados os direitos da criança
estabelecidos nesta Lei.
PODER FAMILIAR
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder
familiar.

§ 1 o Não existindo outro motivo que por si só autorize a


decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido
em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser
incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e
promoção.
PODER FAMILIAR

§ 2º A CONDENAÇÃO CRIMINAL do pai ou da mãe não


implicará a destituição do poder familiar, EXCETO na hipótese
de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou
contra filho, filha ou outro descendente.
PODER FAMILIAR

Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão


decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos
casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que
alude o art. 22
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no
seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que
garanta seu desenvolvimento integral.

Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos


pais ou qualquer deles e seus descendentes.

Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela


que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do
casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo
de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro
documento público, qualquer que seja a origem da filiação.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do


filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.

Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito


personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição,
observado o segredo de Justiça.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E FAMILIAR

▪ O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são


medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma
de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta
possível, para colocação em família substituta, não
implicando privação de liberdade.

▪ O acolhimento familiar terá preferência a seu


acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o
caráter temporário e excepcional da medida.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E FAMILIAR

▪ O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local


mais próximo à residência dos pais ou do responsável.

▪ A família de origem será incluída em programas oficiais de


orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado
e estimulado o contato com a criança ou com o
adolescente acolhido.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E FAMILIAR
Necessidade de Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade
judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:

I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de


seu responsável, se conhecidos;
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com
pontos de referência;
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los
sob sua guarda;
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio
familiar.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E FAMILIAR

▪ No acolhimento institucional a permanência não se prolongará


por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse;

▪ No acolhimento Institucional e familiar a situação reavaliada,


no máximo, a cada 3 (três) meses;

▪ A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua


família terá preferência em relação a qualquer outra providência.
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante
GUARDA, TUTELA OU ADOÇÃO, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
Lei.

§ 1 o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será


previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu
estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
§ 2 o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário
seu consentimento, colhido em audiência.

§ 3 o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a


relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as
consequências decorrentes da medida.

§ 4 o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou


guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência
de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a
excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso,
evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA

Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa


que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a
natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.

Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá


transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a
entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial.
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA

Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui


medida excepcional, somente admissível na modalidade de
adoção.

Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará


compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo,
mediante termo nos autos.
GUARDA

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material,


moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu
detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,


podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.
GUARDA
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos
de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou
suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de


dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive
previdenciários.
GUARDA

Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência


jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do
convívio familiar.

Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,


mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.
TUTELA

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa
de até 18 (dezoito) anos incompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia


decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
necessariamente o dever de guarda.
TUTELA

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa
de até 18 (dezoito) anos incompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia


decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
necessariamente o dever de guarda.
ADOÇÃO
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em
entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude.

§ 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional


da Justiça da Infância e da Juventude, que apresentará relatório
à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais
efeitos do estado gestacional e puerperal.
ADOÇÃO

§ 2 o De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá


determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, mediante
sua expressa concordância, à rede pública de saúde e
assistência social para atendimento especializado.

§ 3 o A busca à família extensa, conforme definida nos termos do


parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o prazo máximo
de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período.
ADOÇÃO
§ 4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não
existir outro representante da família extensa apto a receber a
guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção
do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda
provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que
desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional.

§ 7 o Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias


para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do
término do estágio de convivência.
ADOÇÃO

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á


segundo o disposto nesta Lei.

§ 1 o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se


deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
ADOÇÃO
§ 2o É vedada a adoção por procuração.

§ 3o Em caso de conflito entre direitos e interesses do


adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos,
devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos


à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos
adotantes.
ADOÇÃO
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os
mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o
de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.

§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro,


mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge
ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
ADOÇÃO
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
independentemente do estado civil.

§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam


casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a
estabilidade da família.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, 16 (dezesseis) anos mais


velho do que o adotando.
ADOÇÃO
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o
adotando e fundar-se em motivos legítimos.

Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante


legal do adotando.

§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou


adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos
do pátrio poder poder familiar . (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência

§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será


também necessário o seu consentimento.
ADOÇÃO
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança
ou adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a
idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.

§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já


estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente
para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.

§ 2 o -A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser


prorrogado por até igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
ADOÇÃO

Art. 47. § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção


será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez por
igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.
ADOÇÃO
✓Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos;

✓Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando;

✓O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do


que o adotando;

✓Tratando de adotando maior de doze anos de idade, será


também necessário o seu consentimento;
ADOÇÃO
✓A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança
ou adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias;

✓O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120


(cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez;

✓Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias


para propor a ação de adoção contado do dia seguinte à data do
término do estágio de convivência.

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