Atletismo
Atletismo
Atletismo
História
Segundo Homero, no ano de 1496 a.C. foi realizada a primeira prova de corrida considerada
atlética. Ela foi organizada por Hércules. Segundo a lenda, Hércules, depois de peregrinar pelo
mundo, realizando proezas incríveis, radicou-se na ilha de Creta e construiu um estádio neste
local. Nele, eram realizadas competições de corridas com outros simpatizantes.
O estádio de Hércules possuía apenas uma pista de corrida, que era percorrida em um só
sentido. Mais tarde, foi instituída a prova do Diaulo, com percurso de ida e volta. Então, o
percurso das provas de corridas foi aumentando gradativamente para quatro, oito, doze e
vinte e quatro vezes duzentas jardas.
Em 1896 iniciaram-se em Atenas os Jogos Olímpicos, uma modificação restaurada dos antigos
jogos que os gregos celebravam em Olímpia. Mais tarde os jogos celebraram-se em vários
países com intervalos de quatro anos, exceto em tempo de guerra. Em 1912 fundou-se a
Associação Internacional de Federações de Atletismo. Com sede central de Londres, a
associação é o organismo reitor das competições de atletismo a escala internacional,
estabelecendo as regras e dando oficialidade às melhores marcas mundiais obtidas pelos
atletas.
O atletismo surgiu nos Jogos Antigos da Grécia. Desde então, o homem vem tentando superar
seus movimentos essenciais como caminhar, correr, saltar e arremessar.
Na definição moderna, o atletismo é um esporte com provas de pista (corridas rasas, corridas
com barreiras ou com obstáculos, saltos, arremesso, lançamentos e provas combinadas, como
o decatlo e heptatlo); corridas de rua (nas mais variadas distâncias, como a maratona e
corridas de montanha); provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou
artificiais); e marcha atlética. Considerado o esporte-base, por testar todas as característica
básicas do homem, o atletismo não se limita somente à resistência física, mas integra essa
resistência à habilidade física. Comporta três tipos de provas, disputadas individualmente que
são as corridas, os saltos e os lançamentos. Conforme as regras de cada jogo, as competições
realizadas em equipes somam pontos que seus membros obtêm em cada uma das
modalidades.
As corridas rasas de velocidade e revezamento são antigas. As corridas com obstáculos, que
podem ser naturais ou artificiais, juntamente com as corridas de “sabe”, que os ingleses
chamam de “steeple chass”, foram idealizadas tendo como modelo as corridas de cavalos.
Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O homem das cavernas,
de forma natural, praticava uma série de movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa
própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma série de habilidades
relacionadas com as diversas provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que
as provas de atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr, o
saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o “esporte base” e suas provas
competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso, o
desenvolvimento dessas habilidades são necessárias à prática de outras modalidades
esportivas.
Por exemplo, podemos observar uma jogadora em atividade numa partida de futebol,
basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras vezes, corre, salta e pratica arremessos.
Por isso, um jogador de futebol, basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas
habilidades que são “base” dos conjuntos de atividade física do praticante dessas
modalidades.
A história do atletismo é muito bonita, pois que se inicia com a própria história da
humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades naturais para
sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia, quando observamos o período da
Antiguidade Clássica, com os Jogos Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da
Era Moderna, que trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de
Miron.
O atletismo, sob forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi
derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo sagrado grego, o espírito
de disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de espírito agonístico. Surgiram então as
competições que foram perdendo o caráter de religiosidade e assumindo exclusivamente o
caráter esportivo.
Corridas
As corridas são, em certo sentido, as formas de expressão atlética mais pura que o homem já
desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e uma técnica implícita, a corrida é uma prática
que envolve basicamente o bom condicionamento físico do atleta.
As corridas dividem-se em curta distância ou velocidade (tiro rápido), que nas competições
oficiais vão de 100, 200 e os 400 metros inclusive; médio fundo (800 metros e 1 500 metros); e
longa distância ou de fundo (3 000 metros ou mais, chegando até às ultramaratonas). Podem
ser divididas também de acordo com a existência ou não de obstáculos (barreiras) colocados
no percurso. Organizam-se ainda corridas de cross country ou um "corta-mato" de campo e de
montanha. Em pista podemos ainda assistir a corridas de barreiras de obstáculos.
Maratona
Lançamentos
Os lançamentos são executados dentro de áreas limitadas, são círculos demarcado no solo
para o arremesso ou lançamento de peso, de martelo e disco, e antes de uma linha demarcada
no solo para o lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que é contada a distância dos
lançamentos. Normalmente as competições envolvem várias tentativas por parte dos atletas,
que aproveitam as melhores marcas obtidas nessas tentativas. As provas de lançamento são
normalmente praticadas no espaço interior à pista das corridas.
A origem desta atividade é também irlandesa, pois nos jogos Tailteanos, no início da Era de
Cristo, os celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra que pelas descrições se
assemelhavam à prova atual. Aliás, é interessante notar que na Península Ibérica, nas
províncias onde ainda se encontram concentrações humanas etnicamente celtas, Galiza na
Espanha e Trás-os-Montes em Portugal, ainda se disputa uma competição chamada de
“arremesso do calhau”, que se assemelha ao nosso moderno arremesso do peso. De qualquer
forma, a codificação da prova, tal como ela é hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso do
implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras inglesas, que era precisamente o que
pesavam os projéteis dos famosos canhões britânicos do início do século XIX.
As primeiras marcas registradas pertencem ao inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28
de maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era IAAF ao americano Ralph Rose, que em
21 de agosto de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco. William Parry O’ Brien
revolucionou esta prova, criando um novo estilo, no qual o atleta começa o movimento de
costas para o local do arremesso. Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de Helsinque e
Melbourne, ganhou a prata em Roma e ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos
depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também o primeiro atleta a vencer mais de 100
competições consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta E. Engelke,
vencedor do primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a marca de 11,81 metros.
Saltos
As provas de salto podem ser divididas em provas de salto vertical e de salto horizontal. Dentre
as provas de salto vertical, temos o salto em altura e o salto com vara. As provas de salto
horizontal envolvem o salto em distância chamado também de salto em comprimento e o
salto triplo ou triplo salto. Os atletas tomam impulso numa pequena pista de balanço,
objetivando maior distância no salto. O salto em altura, que tem por objetivo ultrapassar uma
barra horizontal (fasquia), é realizado mediante tentativas. A fasquia é colocada em
determinada altura à qual os atletas devem tentar saltar. Se conseguirem, os atletas
progridem para a próxima altura a que os Juízes colocarem a fasquia.
Qualquer atleta que realize três derrubes da fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de
continuar, sendo creditado com a marca correspondente à maior altura em que conseguiu
realizar um ensaio válido. O salto com vara funciona do mesmo modo, mas neste salto, o
atleta tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um colchão para amortecer a queda
do atleta após o salto.
A pista
A pista de corrida normalmente contém 8 raias, cada uma com 1 metro e 22 centímetros que
são os caminhos pelos quais os atletas devem correr. Deste modo, a largura da pista é de no
mínimo 10 metros, com algum espaço além das raias interna e externa. Uma pista oficial de
atletismo é constituída de duas retas e duas curvas, possuindo raias concêntricas; tem o
comprimento de 400 metros na raia interna (mais próxima ao centro). A raia mais externa é
mais longa, possuindo 449 metros. Nas corridas de curta distância, os atletas devem
permanecer nas raias a partir das quais largaram. Nas corridas de média e longa distância, os
atletas não precisam correr nas raias, e geralmente se encaminham para a raia mais interior,
evitando percorrer distâncias maiores.
A pista coberta
O local deverá incluir uma pista oval com 200 metros; uma pista reta para as corridas de
velocidade (60 metros) e de barreiras; pistas de balanço e áreas de queda para saltos. Deverá
dispor-se, para além disso, de um círculo e sector de queda para o lançamento do peso, sejam
eles permanentes ou temporários.
Todas as pistas, pistas de balanço ou áreas de chamada, terão de estar cobertas com um
material sintético ou ter uma superfície de madeira. As de material sintético deverão,
preferencialmente, permitir a utilização de bicos de 6 mm nos sapatos dos atletas. Os
responsáveis pelo local poderão autorizar dimensões alternativas, notificando os atletas acerca
dessa permissão quanto à dimensão dos bicos