Dinâmicas Sociais e Culturais Na Era Digital
Dinâmicas Sociais e Culturais Na Era Digital
Dinâmicas Sociais e Culturais Na Era Digital
A antropologia no uma cincia das sociedades longnquas e exticas, nem mesmo das pequenas comunidades ou das sociedades simples. Deslocada das suas temticas de origem, repatriada, a antropologia centra a sua investigao nas sociedades complexas e em novos terrenos em novas temticas e sobretudo nas questes da mudana. Propomo-nos apresentar um programa de investigao em antropologia digital/antropologia virtual ou do virtual, explorar os ambientes, culturas e comunidades online como terreno e objeto do projeto antropolgico e adequar os mtodos de investigao s novas dinmicas sociais e culturais que emergem destas situaes e da era digital.
jsribeiro.49@gmail,com
1. Introduo
Durante muito tempo a antropologia foi a cincia das sociedades arcaicas, selvagens e exticas transformando-se gradualmente em cincia das sociedades primitivas. O qualificativo de primitivo remete para a qualidade intrnseca destas sociedades, para o presente etnogrfico, no emitindo juzos acerca da sua anterioridade no curso da histria humana. Mais recentemente, a antropologia atribuiu s sociedades que estudava um carcter (exclusivo) fechado. Os qualificativos de sociedade sem histria, sem escrita, sem Estado, sem mquinas foram introduzidos, no para sublinhar uma escassez de sociedade, mas para as distinguir, por vezes at de forma positiva ou romntica, da nossa sociedade (das sociedades complexas). Por causa da ausncia de poder coercivo e de instituies especializadas num ou noutro domnio, estas sociedades eram consideradas mais livres, mais espontneas, mais igualitrias que a sociedades complexas. O seu carcter de autenticidade e de transparncia tornavaas objecto de estudo particularmente privilegiado para a antropologia. Para nomear estas sociedades, utilizam-se nomes como sociedades tradicionais, comunidades (nota de rodap), como que para marcar uma certa neutralidade na caracterizao dos seus objectos. Estas sociedades estudadas eram, sobretudo, sociedades submetidas ao poder colonial, inseridas no processo de expanso industrial, corolrio da conquista europeia que empreendia uma verdadeira desrealizao do Outro, numa perspectiva de estranheza, de diferena radical, ou mesmo de anormalidade pela via do exotismo. Sociedades o mais possvel afastadas (geogrfica, fsica, material e culturalmente) das nossas (PIAULT, 1992). Foi, neste quadro, que ocidentais que viajavam realizaram as primeiras recolhas de informao, sombra do poder colonial. A obteno do conhecimento era um processo anlogo ao da explorao colonial de recursos naturais (DAVIES, 1999). Paralelamente a antropologia, desde o incio do sc. XIX, estabeleceu uma relao entre o indgena ou nativo e os pobres das sociedades europeias. A figura do selvagem primitivo era prolongada pelo excludo europeu (KILANI, 1994). Eram assim includos indigentes, agricultores, montanheses, os que a ao civilizadora da cincia procurava reabilitar para a sociedade moderna. A antropologia tinha alm de um carcter romntico, de preservao, conservao das sociedades tradicionais, o filantrpico de integrao de excludos, ambos valores da sociedade moderna. Mantm, tambm, nesta situao, a continuidade de interesse pelo extico e pelas margens. Parece no saber voltar-se para o centro. Como afirmou Bruno Latour:
Centenas de etnlogos visitaram todas as tribos imaginveis, penetraram florestas profundas, repertoriaram os costumes mais exticos, fotografaram e documentaram as relaes familiares ou os cultos mais complexos. E, no entanto, a nossa indstria, a nossa tcnica, a nossa cincia, a nossa administrao permanecem bem pouco estudadas. Expulsos do campo em frica, na Amrica Latina ou na sia, os etnlogos s se sentem capazes de estudar, nas nossas sociedades, o que mais parecido com os campos que acabavam de deixar: as artes e tradies populares, a bruxaria, as representaes simblicas, os camponeses, os marginais de todos os tipos, os guetos. com temor e escrpulo que avanam nas nossas cidades. Chegando ao cerne delas, estudam a sociabilidade dos habitantes, mas no analisam as coisas feitas pelos urbanistas, pelos engenheiros do metro ou pela cmara municipal; quando penetram de salto alto numa fbrica, estudam os operrios, que ainda se parecem um pouco com os pobres exticos e mudos que os etnlogos tm o hbito de
sufocar sob seus comentrios, mas no os engenheiros e os patres. Tm um pouco mais de coragem quando se trata da medicina, reputada como uma cincia "mole". Mesmo neste caso, contudo, eles estudam de preferncia a etno-medicina ou as medicinas paralelas. Os mdicos propriamente ditos, as medicinas centrais no so objecto de qualquer estudo meticuloso. Nem falemos da biologia, da fsica, das matemticas. Cincia da periferia, a antropologia no sabe voltar-se para o centro. (LATOUR, 1980, p. 18).
Os estudantes que nos chegaram dos pases africanos para fazerem formao, bem como muitos interlocutores do nosso quotidiano de trabalho na antropologia tem tambm a ideia de que o seu objeto de estudo continua a ser as sociedades simples, as culturas tradicionais, o outro extico ou pobre, e consideram o seu estudo de valor duvidoso para seus pases. Dificilmente vemos, abordada pelos antroplogos, a cultura como valor e/ou valor para o desenvolvimento e, muitas, vezes a relao entre estes dois conceitos, cultura e economia, escandaliza-os. Gay Hermet, (2000) afirma O desenvolvimento e a cultura esto intimamente ligados. No entanto, quem enfatiza essa conexo expe-se imediatamente a um processo de inteno, provocado pela mera meno de tal vnculo. Principalmente nos ltimos vinte anos, declarar que o desenvolvimento e a cultura das populaes so interdependentes faz logo surgir uma forte suspeita. Mais exatamente: formular essa constatao sugere a todos aqueles que se negam a consider-la que quem a enuncia interpreta os valores prprios de cada grupo humano como determinantes indelveis, cujo efeito condenar sociedades inteiras misria econmica e social, ou, ao contrrio, predestin-las a um desenvolvimento indefinido. Constatamos pois que a antropologia, ou as cincias sociais em geral, se confrontam, na atualidade, com uma evidente depreciao na academia. Isto evidente na Europa e na frica de que temos referncia. Tal parece no acontecer no Brasil, na Amrica Latina e nos EUA. H pouco mais de uma dcada, Bernard Dupaigne (1997) perguntava: Ser a etnologia um luxo das nossas sociedades ricas, devoradora de recursos naturais limitados? O etnlogo, um Assalariado do Estado, que pretende ultrapassar as contingncias e gozar de uma neutralidade cientfica, de uma espcie de extra-territorialidade moral? Dever contentar-se em olhar do exterior ou poder permitir-se criticar, como se fosse membro da sociedade? Fixando conservadorismos, como se d conta do movente, do no habitual, dos comportamentos fora das normas, dos contestatrios, dos que mexem com o sistema existente da sua sociedade? Actualmente, perante a emergncia econmica de novos pases, por vezes antigas colnias, as crises financeiras dos pases hegemnicos, as manifestaes nos pases nos pases rabes do Mediterrneo e do Mdio Oriente e a consequente queda das ditaduras outras perguntas surgiro. A mais pertinente perece ser esta: qual a influncia dos media e das tecnologias digitais neste processo? Como que o grupo de activistas, interconectados em redes digitais, subsistir ou influenciar as dinmicas sociais aps esta aparente situao de liminaridade? So muito diversificadas as respostas a estas perguntas e mltiplos os percursos intelectuais e morais dos investigadores. Uns centrados nos percursos acadmicos, outros comprometidos com interesses econmicos e polticos, outros ainda implicados nas problemticas sociais das pessoas, povos e sociedades estudadas e, actualmente, alguns voltados para as tecnologias. Quer para as tecnologias visuais e sonoras e com o cinema e os novos media desenvolvendo relaes profcuas e novos objectos de estudo, quer explorando uma relao antiga da antropologia com a comunicao. Marc Aug, nas lies de frica, interroga-se: Tero hoje ainda sentido certas distines disciplinares? Quando se fala de antropologia, no se estar a evocar investigaes muito prximas das da sociologia ou daquilo a que hoje chamamos as cincias da 3
comunicao?" (AUG, 2006). Esta questo j fora anteriormente levantada pelos clssicos da antropologia Lvi-Strauss, Goody, Geertz, Giddens, Foucault, Sperber. Mas sobretudo a relao com as tecnologias, com os novos media, com a cultura e a sociedade tecnologicamente mediadas, com a cultura e as comunidades online que nos interesse nesta comunicao. O MIT - Massachusetts Institute of Technology, tem actualmente uma vasta oferta de formao em antropologia, mais de trs dezenas de cursos e um grupo de cursos no mbito das tecnologias em contexto cultural, Technology in Cultural Context, em que se inscrevem 15 matrias diferentes das quais destaco Language and Technology , Documenting Science through Video and New Media, Technology and Culture , Cultures of Computing , The Anthropology of Sound. No me parece pois que a Antropologia se configure como uma rea de conhecimento em extino mas em mudana, como afirma Aug: considera que o mundo mudou e que essa mudana que preciso estudar. Bruno Latour vai mais longe ao considerar que a entrada do antroplogo numa tribo de cientistas e engenheiros supera Grande Diviso (outro extico) e a Grande Diviso Interior (as margens sociais). A antropologia digital, o estudo da cultura e comunidades online, sendo transversais parecem superar tambm estas duas Grandes Divises. No ignoramos as populaes excludas dos processos tecnolgicos. No entanto, a penetrao das tecnologias nas dinmicas sociais, atinge todos os povos, todas as sociedades, todos os grupos e classes sociais. Insistimos pois que, no mbito da antropologia, ou das cincias sociais em geral, se torna necessrio a abordagem das sociedades contemporneas, sociedades em mudana, mudanas provocadas por contnuas transformaes tecnolgicas que marcam profundamente o homem, as sociedades e as culturas e suas representaes. pois neste contexto que apresento um programa de investigao e formao em antropologia digital ou antropologia dos artefactos digitais e das culturas e das comunidades online dinmicas sociais e culturais na era digital. Propomos aprofundar o debate em torno das mudanas tecnolgicas mas sobretudo das mudanas socioculturais delas resultantes. Para isso abordaremos a metodologia especfica de investigao das culturas e comunidades online (cultura imaterial) e a adaptao da investigao antropolgica s situaes de estudos da utilizao dos artefactos digitais (cultura material) e seus efeitos na sociedade e na cultura. Procuraremos dar respostas a questes fundamentais como as seguintes: que tipo de sociedades so geradas pelas novas tecnologias? Que tipo de grupos sociais (comunidades) se formam sua volta? Como que a adopo massiva das novas tecnologias reconfigura ou afecta as identidades sociais, a percepo que as culturas, classes e grupos tm de si mesmo e dos outros, das suas interaces, da natureza humana, da vida, da cultura, das utopias? Como mudam as formas de relao (interaco), comunicao, aprendizagem e transmisso de saberes, pensamento, actuao, entretenimento, trabalho, participao poltica? Como se reconfigura a interculturalidade na era da comunicao generalizadas, do acesso comunicao e ao conhecimento? Que mudanas, na teoria antropolgica orientada para estas novas temticas e na metodologia na abordagem de novos terrenos? Haver uma rutura na teoria e metodologia antropolgicas com a abordagem destas novas temticas e destas novas situaes (campos/ambientes/terrenos) de investigao? Conclumos que amplos desafios e possibilidades se oferecem aos antroplogos, sobretudo quele que investigam e interpretam a produo discursiva das culturas, as narrativas identitrias dos atores culturais e as mediaes tecnolgicas hoje operantes nesses processos.
O projecto de antropologia digital, ou do digital (on e off line) comtempla uma formao e investigao continuada ao longo dos trs ciclos. No primeiro ciclo Cultura, Sociedade e Novas Tecnologias. No segundo ciclo Dinmicas sociais e culturais na Era Digital. No terceiro ciclo Sociedade e cultura na era digital.
A quarta questo aborda as oportunidades e risco nas sociedades e cultura na era digital a Cidadania Global. Partimos para esta temtica da proposta apresentada no curso Anthropology of Computing, do MIT, que prope a abordagem da contracultura na computao Computing Counterculture: Hacking and Gaming from PC to Internet. Pretendemos porm situ-la no contexto actual dos estudos das sociedades em risco e das questes da criatividade/criao e do empreendedorismo tecnolgico. A quinta temtica abordada no curso questiona a construo, mediao e utilizao do conhecimento e da cultura. D por um lado continuidade a uma temtica importante na antropologia a de utilizao das tecnologias na investigao em antropologia, da escrita em antropologia da utilizao do conhecimento antropolgico. Abre, no entanto, perspectivas para sua utilizao noutras cincias (comunicao da cincia, sociedade do conhecimento, memria colectiva). Seguimos, nesta temtica a esteira do trabalho desenvolvido na ltima dcada no Laboratrio de Antropologia Visual mas tambm do curso do MIT Documenting Science through Video and New Media (Documentao da cincia atravs de vdeo e Novas Media) O sexto tema aborda a antropologia do consumo, da aco e do activismo mediado pelos computadores e artefactos digitais e o cibervoluntariado. A partida inspiradora para esta rea necessariamente a antropologia econmica e uma referncia importante, a teorizada da ddiva de Marcel Mauss aplica a novas situaes de trabalho colaborativo, comunidades de prtica, software livre, etc..
fissional, a noo de competncias invadiu o discurso pedaggico contemporneo. Poder constituir apenas um disfarce modernista das prticas mais tradicionais e selectivas, como nos alerta Bernard Rey (2005) ou apenas uma mudana superficial, mudana de palavras de uma instituio que, de formas muito diversas, vem revelando uma extraordinria capacidade de fazer tudo da mesma maneira no obstante as contnuas reformas. Bernard Rey e a sua equipa, numa recente publicao referem a dimenso construtivista e antropolgica do conceito. Construtivista, porque as competncias so construdas a partir de situaes problema que o professor deve criar. Antropolgica, na medida em que estas competncias no inscrevem uma viso utilitarista, ao servio do uso concreto e imediato. Elas encontram-se inscritas na sua dimenso cultural e articulam-se com interrogaes basilares, que lhes atribuem sentido. A noo de competncia conserva traos do mundo laboral - capacidade individual de adaptao a situaes inditas e consequentemente o domnio de processos e a capacidade de os mobilizar para um problema indito. No ensino, articulam-se a tenso de duas competncias especificas de cada um dos sistemas atingir os objectivos finais de formao (capacidade reflexiva) e a capacidade de dar resposta a situaes inditas (a aco). Parecem consensuais algumas vantagens de um ensino baseado no desenvolvimento de competncias. Apontam-se algumas: desfragmentao e sentido da globalidade da formao, motivao para a aprendizagem activa, atribuio de uma finalidade aos saberes acadmicos; contribuio par tornar a aprendizagem numa transformao profunda dos estudantes; contribuindo para a reduo da selectividade acadmica (escolar) e da "cultura de insucesso" (REY, 2005). Penso constituir para ns, professores e investigadores, um grande desafio: identificar competncias, desenvolver metodologias adequadas sua concretizao, proceder sua avaliao acadmica e de insero no processo social. Realizar a "transio", a passagem de uma situao de consumo a aquisio de conhecimentos, para uma atitude mais activa e empreendedora o desenvolvimento de competncias Identificamos na primeira abordagem desta problemtica trs vias simultneas neste desafio. A primeira focaliza a proximidade em relao ao terreno, isto , privilegia um ensino experiencial resultante de uma aproximao entre investigao e ensino manifesta sobretudo na ideia de aco e de resoluo de problemas. A segunda via a de desenvolvimento de formas de aprendizagem colaborativa - as comunidades de prtica podero ter neste contexto um particular interesse no desenvolvimento de uma aprendizagem colaborativa, a utilizao das tecnologias digitais com suas extraordinrias potencialidade de comunicao, de reconfigurao do espao-tempo e de novas linguagens (ou de estabelecer novas ligaes entre elementos constitutivos das linguagens), de tratar maior quantidade de informao e de recolha, armazenamento e tratamento de informao constituem instrumentao indispensvel para esta mudana. Finalmente, a aprendizagem centrada na procura de solues ou resoluo de problemas que remete necessariamente para questes de natureza interdisciplinar. Defini quatro competncias para esta rea de investigao / formao. Investigao formao pois tratando-se de uma UC de segundo ciclo pressupe que poder haver estudantes que alguns estudantes, aps o percurso formativo, optem por realizar 7
investigao e a dissertao em Relaes Interculturais no mbito da antropologia digital dinmicas sociais e culturais na era digital. A trs primeiras competncias propostas aos estudantes no contrato de aprendizagem so competncias elementares ou processuais, isto , competncias que permitam realizar aes parcelares: 1) Aquisio de fundamentos conceptuais necessrios compreenso das problemticas geradas pelas transformaes tecnolgicas contemporneas e as suas implicaes nos indivduos, nas sociedades e culturas locais; 2) Aquisio de competncias metodolgicas especficas da natureza do trabalho de campo em ambientes tecnologicamente mediados (culturas e comunidades online), do objecto de estudos (tecnologias e artefactos digitais), da utilizao das tecnologias digitais na investigao e na apresentao dos resultados; 3) Domnio de meios tecnolgicos necessrios ao estudo e prtica de antropologia digital. O segundo nvel de competncias tem a ver com a interpretao de situaes e a realizao autnoma de escolhas perante uma situao nova situaes de enquadramento. Pretende-se a este nvel desenvolver competncias interpretativas decorrentes da necessidade de repensar a adequao (adaptao ao terreno) das metodologias de investigao antropolgica a novos terrenos, novos contextos, novas prticas sociais e culturais (cultura e artefactos digitais, comunidades online, redes de sociabilidade e comunidades de prtica mediadas pelas tecnologias digitais) e entender como esta prtica configura um caso particular de uma etnografia mvel e multissituada. A nvel de desenvolvimento de competncias complexas, ou denominadas por Bernard Rey de terceiro grau, orientadas para o saber escolher e combinar adequadamente, diversas competncias elementares e de interpretao (segundo grau) a fim de dar resposta a uma situao nova e complexa, isto , estudos de caso, anlise e avaliao de projectos e de produo cientfica, elaborao de um artigo fundamentado, concepo e desenvolvimento de projectos ou de produo cientfica tecnologicamente mediada. A elaborao de um artigo realizada como trabalho final, complementar avaliao contnua, consistindo no desenvolvimento de um tema que se proponha aprofundar uma temticas propostas nas actividades. Na sua avaliao sero tidos em conta os seguintes critrios: Definio e delimitao clara do mbito do trabalho; Domnio dos conceitos trabalhados na disciplina e aplicados no trabalho; Utilizao e integrao dos conhecimentos desenvolvidos nas actividades de formao; Demonstrao da capacidade de problematizar, argumentar, reflectir e elaborar ideias com base nos conceitos e temticas abordadas; Qualidade das fontes documentais indicadas; Correco formal (utilizao das normas de apresentao de um trabalho cientfico) na apresentao do trabalho. Este trabalho final pode consistir numa primeira explorao da investigao a realizar no dissertao.
3. Actividades
As actividades no ensino a distncia constituem elementos activadores do conhecimento, organizam as interaes verticais com os contedos (e os recursos utilizados) e com o professor e as horizontais entre os estudantes, a realizao dos trabalhos e das tarefas propostos na actividade e a avaliao. A "orquestrao" das actividades e a sua relevncia no processo remeteram-me para o ensino programado, ou seja, para o desenvolvimento de um design de formao que embora disponibilizado como contrato de aprendizagem a ser negociado com os estudantes, se impe como 8
uma forma definitiva programada no tempo; a acessibilidade dos meios (baratos e fceis de experimentar e de alterar) a professores e estudantes so uma consistente oportunidade/possibilidade de conceber actividades de ensino adequado s sociedades fragmentadas: diversidade de interesses, aprendizagem a partir de fragmentos, de pedaos aparentemente soltos de conhecimento partilhado e usado (citado, criticado, ignorado); a simplicidade das ferramentas disponveis e utilizveis constitui um instrumento de criatividade e interaco importantes para esta prtica social de aprendizagem. baseado nestes pressuposto que programamos as actividades a desenvolver nesta Unidade Curricular. Comeamos por uma trabalho inicial centrado no estudante de forma a que o docente possa fazer um diagnstico da situao individual de cada estudante para posteriormente seguir o caminho de aquisio de conhecimento e desenvolvimento de competncias mais estruturadas e epistemologicamente fundamentadas. No incio de cada actividade propomos o enunciado de uma problemtica (ver isto)
So as seguintes as competncias a desenvolver nesta actividade: Tomar conscincia e expressar a sua individualidade, e do seu percurso, no processo colaborativo de aprendizagem; Mobilizar competncias de pesquisa, gesto e avaliao de informao em ambiente online; Integrar os resultados de pesquisa no seu percurso individual; 9
Utilizar os recursos tecnolgicos disponveis no ambiente online; Dominar as diferentes modalidades de comunicao disponveis neste ambiente; Trabalhar em equipa online.
Para isso propomos aos estudantes: O levantamento de formao e produo cientfica neste domnio identificao de temticas, metodologias, objectivos de formao e prticas desenvolvidas neste domnio: acadmicas teses, dissertaes, grupos e projectos de investigao; sociais e culturais actividades cvicas e culturais, redes sociais. Frequentar redes sociais e grupos sociais de interaco online e tentar situar-se como observadores participantes. Desenvolvendo um atitude tica e epistemolgica. Desenvolver esta competncia na situao em que nos encontramos de ensino online 10
observadores e participantes das interaces virtuais. Elaborar as notas de observao e o dirio de campo. Mobilizar competncias de pesquisa, gesto e avaliao de informao em ambiente online; Ler de forma crtica a informao escrita disponibilizada os recursos (textos) proposto pelo professor; Confrontar criticamente os resultados da explorao obtidos na primeira actividade com os recursos (textos) proposto pelo professor; Integrar a leituras e os resultados de pesquisa no seu percurso individual; Dominar as diferentes modalidades de comunicao disponveis neste ambiente; Desenvolver estratgias e a etiqueta (netiquera) de interao online e de resoluo de conflitos.
So assim estes os objetivos e competncias a desenvolver na atividade: Rever os mtodos de investigao em antropologia (design de investigao, preparao e realizao do trabalho, observao - participao e realizao de entrevista) e adapt-los a situaes concretas. Percepcionar as mudanas que surgem na adaptao dos mtodos investigao em contextos virtuais. Identificar a diversidade dos contextos virtuais em que se possa desenvolver a investigao antropolgica. Iniciar-se na investigao e no trabalho de campo em contextos virtuais (integrao acompanhada no Second Life).
4. Cultura e tecnologia
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O conceito de cultura e sua problematizao passaram dos espaos da filosofia, antropologia, sociologia e de outros saberes acadmicos para novos ambientes mais implicados na nossa vida quotidiana economia da cultura, as indstrias culturais, o desenvolvimento local, o debate poltico. Pretendemos nesta atividade interrogarmonos como as novas tecnologias podem redefinir e reconfigurar os processos culturais e os diferentes mbitos das sociedades contemporneas. Como exemplo dos mbitos a abordar sugerimos a das culturas juvenis da gerao internet.
. So estes os objetivos e competncias a desenvolver na atividade: Estabelecer as relaes entre cultura e tecnologia nos contextos de observao identificados nos filmes; Ler criticamente a bibliografia fornecida e us-la nos estudos e caracterizao das situaes de observao apresentadas (os filmes como lugares de observao); Elaborar concluses (individuais ou duais (dialgicas) texto, individuais dirio de campo); Debater as concluses encontradas em cada uma das situaes identificando o que as aproxima e diferencia.
comunitrio foi desferido, porm, pelo advento da informtica: a emancipao do fluxo de informao proveniente do transporte dos corpos. A partir do momento em que a informao passa a viajar independente de seus portadores, e numa velocidade muito alm da capacidade dos meios mais avanados de transporte (como no tipo de sociedade que todos habitamos nos dias de hoje), a fronteira entre o dentro e o fora no pode mais ser estabelecida e muito menos mantida. Nesta actividade propomos descrever os processos sociais tecnologicamente mediados e que so frequentemente denominados como: comunidades de prtica, comunidades virtuais e sociabilidades especficas de relaes sociais ou profissionais online; compreender a reconfigurao dos conceitos de comunidade, identidade, espao e tempo nas sociabilidades online; definir o objecto e mbito da ciberantropologia e enquadr-la no quadro de desenvolvimento do projecto antropolgico.
Nesta actividade propomos os seguintes objetivos e competncias a desenvolver na atividade: Descrever os processos sociais tecnologicamente mediados e que so frequentemente denominados como: comunidades de prtica, comunidades virtuais e sociabilidades especficas de relaes sociais ou profissionais online; Compreender a reconfigurao dos conceitos de comunidade, identidade, espao e tempo nas sociabilidades online; Definir o objecto e mbito da ciberantropologia e enquadr-la no quadro de desenvolvimento do projecto antropolgico.
Situar a actividade ldica do jogo no contexto destas prticas sociais e culturais; 4) Identificar questes metodolgicas, ticas e jurdicas especficas na abordagem antropolgicas desta temtica.
Nesta actividade propomos os seguintes objetivos e competncias a desenvolver na atividade: Identificar identidades e processos sociais e culturais gerados na sociedade em rede tecnologicamente interconectada e considerados margem da sociedade e cultura dominantes; Definir os conceitos de risco e de sociedade de risco e identificar prticas de risco na sociedade em rede tecnologicamente interconectada; Situar a actividade ldica do jogo no contexto destas prticas sociais e culturais Identificar questes metodolgicas, ticas e jurdicas especficas na abordagem antropolgicas desta temtica.
Fica o caminho aberto para prosseguirem. So Objectivos desta actividade: 1) Utilizar os mtodos tradicionais de investigao antropolgica no estudo dos fenmenos de incluso social mediados pelas tecnologias digitais; 2) Estudar processos de incluso social mediados pelas tecnologias digitais; 3) Analisar (anlise crtica/auditoria) programas e prticas de incluso digital visando o desenvolvimento de boas prticas; 4) Identificar prticas de ciber-voluntariado e de teoria da ddiva na era digital.
Nesta atividade pretendemos refletir sobre como a teoria da ddiva se reconfigura na era digital, se torna imperiosa em contextos de crise, tece laos quando estes se fragilizam. So pois estes os objetivos e competncias a desenvolver na atividade: Utilizar os mtodos tradicionais de investigao antropolgica no estudo dos fenmenos de sociedade (fenmenos sociais totais) e de incluso social mediados pelas tecnologias digitais; Estudar processos de incluso social mediados pelas tecnologias digitais; Analisar (anlise crtica/auditoria) programas e prticas de incluso digital visando o desenvolvimento de boas prticas; Identificar prticas de ciber-voluntariado e de teoria da ddiva.
4. Concluses
A antropologia Digital, a antropologia do uso/consumo dos artefactos digitais e da cultura e das comunidades online constitui um amplo campo de conhecimentos e de vastas possibilidades de trabalho dos antroplogos. Mais cedo que mais tarde torna-se necessrio desenvolver este campo de investigao e ensino no obstante a instabilidade de conceitos e a procura de nomenclaturas, termos e noes mais estveis. A persente reflexo surge no final de uma primeira experincia de ensino aps alguns anos de estudo sistemtico das temticas que reuni em torno das Dinmicas sociais e culturais na era digital. No se trata seno de uma primeira reflexo que esperamos amadurecer no desenvolvimento curricular da antropologia aberta a outras disciplinas e centrada em situaes de contnuas e aceleradas mudanas.
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E para alm de uma representao da modernidade oferecida como tecnologia, tornando opaca a essncia das coisas, em Ydice, a tecnologia no se reduz a seu carter instrumental, mas se apresenta como um apelo que agrupa e ordena, revelando uma verdade que bloqueia outras verdades. Da que a refl exo sobre a tecnologia deve considerar, simultaneamente, a familiaridade com a sua essncia e a diferena em relao mesma, como na arte, tratandos e menos de instrumentalidade e mais de performatividade, que emerge como uma quarta episteme (no sentido foucaultiano, depois de semelhana, representao e historicidade) na forma como, alm da instrumentalidade, pratica o social.
Referncias
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