Monopoli 10013010
Monopoli 10013010
Monopoli 10013010
Orientador: Jo Dweck
Rio de Janeiro
Fevereiro, 2015
i
INCINERAÇÃO: UMA ANÁLISE DO TRATAMENTO TÉRMICO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS DE BAURU/SP
Examinada por:
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
FEVEREIRO de 2015
ii
Machado, Camila Frankenfeld
Orientador: Jo Dweck
iii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Ambiental.
Fevereiro/2015
Orientador: Jo Dweck
iv
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Environmental Engineer.
February/2015
Advisor: Jo Dweck
This project analyzes the energy recovery from municipal solid waste through
incineration process. The research proposes a case study in order to theoretically
estimate the energy that may be generated from the incineration of the municipal solid
waste generated in Bauru city, according to partial segregation of materials that
compose it.
v
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 4
5. CONCLUSÕES.................................................................................................... 60
vi
5.3. Trabalhos Futuros _____________________________________________ 61
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 62
vii
Lista de Figuras
Figura 1 - Geração de RSU total e per capita no Brasil (ABRELPE, 2013) ................... 6
Figura 6 - Destinação final dos RSU Coletados no Brasil (ABRELPE, 2013) .............. 11
viii
Lista de Tabelas
ix
1. INTRODUÇÃO
De modo geral, o consumo excessivo e a demanda por bens cada vez menos
duráveis vem sendo estimulados por diversas áreas do comércio e por diferentes tipos
de indústrias. Entretanto, apesar do benefício gerado para o consumidor com a
inserção de novos produtos em seu cotidiano, o consumismo tem consequências
negativas preocupantes, que vão desde o esgotamento dos recursos naturais até a
geração de resíduos sólidos em excesso.
1
países que utilizam a incineração como solução para a disposição final e o
aproveitamento energético de RSU.
1.2. Objetivos
2
1.3. Organização do Texto
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4
A NBR 10.004/2004, legislação técnica representada pela ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, também classifica os resíduos sólidos quanto aos seus
riscos potenciais à saúde e ao meio ambiente. A norma, além de classificar os
resíduos em perigosos e não perigosos, subdivide o segundo caso em “não inertes” e
“inertes”. Para a classificação do resíduo segundo a NBR em questão, devem ser
identificadas suas características, propriedades e origem, além de realizada uma
comparação entre o resíduo a ser classificado e as listagens apresentadas na norma.
(ABNT, 2004)
5
taxa de crescimento populacional do período, que foi de 3,7%, apontando um
crescimento da geração per capita de RSU de 0,39%. Os dados de geração total e per
capita de resíduos sólidos urbanos são apresentados na Figura 1.
6
Tabela 1 - Quantidade de RSU gerados no Brasil por região
(ABRELPE, 2013)
7
Figura 3 - Coleta de RSU total e per capita no Brasil (ABRELPE, 2013)
8
Figura 4 - Índice de abrangência da coleta de RSU (%) (ABRELPE, 2013)
9
Figura 5 - Iniciativas de coleta seletiva nos municípios brasileiros em 2013 (ABRELPE, 2013)
10
Figura 6 - Destinação final dos RSU Coletados no Brasil (ABRELPE, 2013)
Aliado ao problema exposto, temos que os estímulos por parte das autoridades
em relação à reciclagem e à coleta seletiva foram também escassos, repercutindo em
índices limitados para essas atividades, que mesmo com o esforço da população e
entidades privadas, avançaram pouco nos últimos anos, mostrando que o modelo
desenvolvido até agora no País precisa ter maiores investimentos.
11
Por fim, tendo por base os dados apresentados nesse capítulo, é possível
verificar que o Brasil apresenta evolução bastante lenta tanto no que diz respeito à
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, quanto para o
estabelecimento de uma gestão de resíduos sólidos eficaz e sustentável. Vê-se,
portanto, a necessidade de desenvolvimento de uma nova estratégia, de forma a
otimizar o aproveitamento dos recursos existentes nos materiais descartados.
2.2. Incineração
12
tecnologia Waste-to-Energy (WtE); atualmente são diversos os países que a utilizam
como solução para a disposição final e de aproveitamento energético de RSU
(Henriques, 2004).
13
2.2.2. Contexto Mundial e Nacional
14
complexa para o tratamento de gases ácidos e a neutralização de HCl, SOx, HF e
metais pesados. As caldeiras sofrem processos de melhoria, assim como o processo
de combustão de constituintes orgânicos. As plantas são também equipadas com
tecnologia de instrumentação, automação e controle. A cogeração de energia térmica
e elétrica a partir do processamento de RSU passa a ser difundida como opção
sustentável de geração de energia renovável. (Henriques, 2004)
15
Tabela 2 - Distribuição das instalações de incineração WtE no mundo
Instalações em Capacidade Potencia Instalada
País/Região
Operação (106 t/ano) (MW)
País Capacidade (103 t/ano) Energia Térmica (GJ) Energia Elétrica (GJ)
16
O gráfico da Figura 7 consolida para diferentes países do mundo, a quantidade
de usinas de Incineração WtE cujas informações e indicadores principais foram objeto
de levantamento realizado no âmbito do presente trabalho (apresentado no Anexo I), e
que contempla o local de instalação da usina, operador, potência de geração de
energia, início de operação, tipo de resíduos processados, fabricante da tecnologia,
capacidade nominal da usina, e tipo de tecnologia aplicada. (Idustcards, 2013)
Plantas WtE
17
Grande parte das instalações emprega a tecnologia de Incineração WtE
baseada em sistema de grelhas, e sistemas de tratamento de gases baseados
em lavadores químicos e precipitadores eletrostáticos;
Plantas WtE
18
energia da tecnologia por elas empregadas encontra-se compreendida entre 25 e 60
kW/(t/dia) de resíduo processado.
19
elevadas emissões de poluentes atmosféricos e em desconformidade com a legislação
ambiental.
20
Tabela 4 - Principais informações e características de unidades de incineração em operação no País
Coletor ciclone +
CETREL Camaçari BA Andersen Rotativo 4.500 Sólidos Classe I Lavadores ácido e alcalino Aterro industrial próprio
CO, O2, CO2, Nox, SO2
Coletor ciclone +
CIBA Taboão da Org. e Inorgânicos
Inter-Uhde Rotativo 3.200 Lavadores ácido e alcalino Aterro industrial próprio
Serra SP Exceto ascarel
NOx, SOx, O2, CO, MP
21
Hoje em operação no Brasil, a USINAVERDE desenvolve tecnologia para a
implantação de Usinas de Recuperação Energética de resíduos sólidos urbanos.
Situada no Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) da Ilha do
Fundão, essa empresa de capital privado tem como objetivo a consolidação e
aplicação da tecnologia em conjunto com agentes interessados na implantação da
incineração como solução ambiental.
22
são previamente processados, de forma a remover materiais recicláveis e minimizar a
heterogeneidade da massa a ser efetivamente incinerada. Por não requerer a etapa
prévia de processamento, a técnica Mass Burning é a mais frequentemente utilizada.
23
Figura 9 - Composição requerida para a combustão espontânea da massa de resíduos
(Adaptado de WtERT, 2013)
Embora toda parte orgânica não reciclável dos RSU seja fonte combustível
para incineração, poderá o poder calorífico da massa em combustão mostrar-se
insuficiente, requerendo, eventualmente, a injeção de combustíveis auxiliares, tais
como GLP, gás natural ou óleo diesel. Em geral, este auxílio faz-se necessário no
momento da partida do incinerador (Henriques, 2004).
24
oxigênio livre no processo. Em geral, nesta primeira etapa, o tempo de residência do
processo é da ordem de 30 minutos (Henriques, 2004).
Toda a fase gasosa gerada nesta câmara primária, sob temperatura mínima de
850°C, é então encaminhada para a câmara secundária, na qual ocorre, de forma
complementar, a queima da mistura entre partículas remanescentes da queima,
dióxido de carbono, água e cinzas. Esta 2ª etapa é operada mediante temperatura
ainda mais elevada, compreendida entre 750oC e 1250oC, com tempo de residência
muito curto. Nesta 2ª câmara, ocorre a oferta e a disponibilidade de oxigênio em
excesso, de forma a propiciar atmosfera extremamente oxidante, e a sobre-elevação
da temperatura (Henriques, 2004).
25
2.2.3.1. Sistema de Grelhas
26
Figura 10 - Modelos de sistemas de grelhas (Adaptado de Bilitewski et al., 1997)
27
Incineradores do tipo leito fluidizado que operam sob excesso de ar
compreendido entre 30 e 40%, e sob temperatura entre 750 e 850°C, mostram-se
energeticamente mais eficientes que o sistema de grelhas (Bontoux, 1999).
28
Figura 11 - Incinerador de leito fluidizado do tipo circulating (Adaptado de Van Caneghem et al.,
2012).
29
2.2.4. Tecnologia de Recuperação Energética
30
Figura 12 - Estrutura das unidades que compõem o Ciclo de Rankine (Adaptado de WP, 2014)
31
No ciclo ideal de Rankine, a água evaporada e condensada, configuraria o
processo como isotérmico, e o trabalho realizado pela bomba e pela turbina como
adiabático ou isentrópico. Entretanto, processos reais não são isotérmicos ou
adiabáticos perfeitos, e enquanto por um lado, a presença de água e vapor reduziria a
eficiência mecânica e o trabalho da turbina, por outro, comprometeria a eficiência do
sistema de bombeamento. (Logan, E., 1999).
32
a presença de gotículas de água, por meio do superaquecimento do vapor, passando
a operação do sistema para acima da curva expressa pelo diagrama da Figura 13
anterior. No entanto, em função do cloro presente nos resíduos, se não corretamente
controlado, o superaquecimento causa a corrosão dos conjuntos tubulares da caldeira
(Logan, E., 1999).
33
Figura 14 - Planta de usina de recuperação de RSU (Plastivida, 2012)
1. Acesso de viaturas e recepção RSU 11. Talha – transferência de cinzas para estação de carga bota-fora 21. Sistema de ensacamento de cinzas e
bruto resíduos
2. Armazenamento de RSU bruto 12. Armazenamento de cinzas (Bunker auxiliar) 22. Lavador de gases
(Bunker)
3. Ponte Rolante – transferência de 13. Sistema de ar de combustão primário 23. Filtro de manga
RSU
4. Acesso à câmara de combustão 14. Ar de Combustão Secundário 24. Sistema de ventilação
5. Alimentação da grelha 15. Caldeira de Recuperação de Calor 25. Chaminé
6. Grelha de Incineração 16. Transportador de cinzas da caldeira 26. Aero condensador
7. Fornalha – câmara de combustão 17. Sistema de tratamento de gases da combustão 27. Reservatório de água
8. Transporte de cinzas 18. Transportador de resíduos do sistema de tratamento de gases 28. Planta de desmineralização da água
9. Remoção de cinzas 19. Armazenamento de cinzas e resíduos 29. Conjunto moto-gerador
10. Peneira vibratória 20. Estação de carga bota-fora de cinzas e resíduos 30. Sala de Controle
34
2.2.5. Questões Ambientais
35
Por outro lado, no Brasil, usinas de incineração são sujeitas ao que estabelece
a Resolução CONAMA n.º 316/2002, a qual disciplina os métodos de tratamento
térmico de resíduos, e estabelece procedimentos operacionais, limites de emissão,
critérios de desempenho, controle, tratamento e disposição final de efluentes.
Complementarmente, importante mencionar outros instrumentos normativos e legais
aplicados ao controle de processos térmicos no Brasil:
Elemento Poluente
ABNT FEEMA/RJ CETESB EC Áustria Alemanha
em mg/Nm³, base
NB-1265 NT-574 E15.011 LRV-K RV-K 17 BIMS
seca, 11% de O2
Particulado total 70 50 50 15 15 10
SOx 280 100 300 50 50 50
NOx 560 560 560 100 100 200
HCl 1,8 kg/h 50 1,8 kg/h 10 10 10
CO 100 50 125 50 50 50
Hg 0,28 0,2 0,28 0,05 0,05 0,05
Dioxinas e furanos
- 0,14 0,14 0,1 0,2 0,3
ng/Nm³
36
Tabela 6 - Padrões ambientais de emissão vigentes nos EUA
37
Devido às altas concentrações de substâncias associadas aos gases efluentes
e devido à elevada concentração dos próprios gases, tem-se invariavelmente, a
necessidade de dotar a instalação de incineração com um avançado sistema de
controle da poluição atmosférica.
38
As cinzas de fundo da caldeira, compostas principalmente por metais ferrosos
e não ferrosos, materiais inertes e não combustíveis, tais como pedras e vidros, pode
ainda conter 3% de material orgânico. Enquanto os metais podem ser removidos das
cinzas por separador magnético, as cinzas remanescentes e inertes poderão ser
reutilizadas para uso da indústria de construção civil. É usual também que esta massa
remanescente de cinzas seja continuamente recirculada e, no compartimento de
armazenamento, misturada à massa bruta de RSU.
39
3. ESTUDO DE CASO
3.1. Metodologia
40
(IBGE, 2013). A região é responsável pela geração diária de aproximadamente 290
toneladas de RSU, que são dispostas em aterro sanitário. (PRB, 2013).
41
segregação parcial dos materiais que compõem esse resíduo. A interpretação desses
resultados se deu por meio da influência de tal segregação nos fluxos de massa e
energia do sistema.
Tais entraves podem acarretar na variação dos resultados obtidos pelo método
em questão quando comparados aos números de um processo real, uma vez que o
método teórico não reflete o processo prático de maneira perfeita. Entretanto, tais
limitações são comuns e esperadas quando há aplicação de metodologias deste tipo,
não prejudicando, portanto, a qualidade das análises e conclusões finais deste estudo.
42
dados de entrada: combustível e comburente; e de saída do processo de incineração:
gases de combustão, cinzas e energia, apresentados esquematicamente na Figura 15.
3.1.5.1. Combustível
43
estimativas dos gases de combustão formados no processo de incineração, foi ainda
calculada a composição média do RSU de Bauru, por meio de média ponderada.
A aplicação dos cálculos foi feita com base na queima de 1kg de material.
Somente ao final das estimativas, para a análise final, foi considerada a combustão de
290 toneladas de resíduos por dia, valor gerado no município de Bauru que é
encaminhada para aterro sanitário.
3.1.5.2. Comburente
44
Número de mols dos reagentes, por meio da divisão da massa dos reagentes
pela massa molar respectiva.
3.1.5.4. Cinzas
45
temperatura que podem atingir os gases de combustão não foi feita, pois depende
também da determinação do calor específico de cada tipo de cinza em função da
temperatura, o que por si é um novo projeto que deve ser considerado em futuros
trabalhos.
e) Obtenção do poder calorífico total do resíduo por meio da soma dos valores
encontrados na etapa anterior;
46
f) Obtenção do calor de vaporização de 1mol de água a 25ºC, por meio da
diferença de entalpia da água nos estados gasoso e líquido e divisão desse
resultado pela massa molecular da água;
47
3.2. Resultados
3.2.1. Combustível
Massa Úmida
Componentes Massa Úmida (%) Umidade (%)
após Segregação (%)
Material Orgânico 55,00% 70,00% 60,44%
Papel, Papelão 21,00% 6,00% 23,08%
Têxteis e Couro 5,00% 10,00% 5,49%
Madeira 1,10% 20,00% 1,21%
Plástico 8,90% 2,00% 9,78%
Vidro 2,60% 2,00%
Metais 5,40% 2,00%
Outros 1,00% 5,00%
(Adaptado de Poletto et al., 2007)
48
De forma a reunir as informações das Tabelas 7 e 8, foi elaborada uma terceira
tabela com a análise elementar combustível e a gravimetria em base úmida,
apresentada abaixo. Ainda, para facilitar as estimativas dos gases de combustão
formados no processo de incineração, foi calculada na última linha da Tabela 9 a
composição média do RSU de Bauru, por meio de média ponderada.
3.2.2. Comburente
Para a realização dos cálculos estequiométricos foi elaborada a Tabela 10, que
apresenta a massa molar (kg/kmol), a massa por massa de combustível (kg/kg RSU) e
o número de mols por massa de combustível (kmol/kg RSU) de cada elemento que
constitui o resíduo sólido em estudo.
49
Tabela 10 - Quantidades dos reagentes
Unidade C H2 O2 N2 S H2O
Kg/Kmol 12 2 32 28 32 18
Kg/Kg RSU 0,27197 0,07030 0,41267 0,01532 0,00124 0,44679
Kmol/Kg RSU 0,02266 0,03515 0,01290 0,00055 0,00004 0,02482
Dessa forma, temos que o consumo de oxigênio será dado pelas equações:
50
C(s) + O2(g) → CO2(g) 1 C gera 1 CO2 CO2=(1C) = 0,02266kmol/kg
51
Tabela 11 - Entalpias dos reagentes e produtos das reações químicas de combustão
ΔH (cal/mol)
C (s) 0
H2(g) 0
N2(g) 0
S (s) 0
CO2 (g) -94052
H2O (g) -57798
NO(g) 21600
SO2 (g) -70960
Δh = hp - hr,
Onde:
Δh é a entalpia de combustão
52
C (s) = 12 (kg/kmol); H2(g) = 2 (kg/kmol); N2(g) = 28 (kg/kmol); S (s) = 32 (kg/kmol)
Δhno’’ = 1542,86 kcal/kg X 0,00766 kg/kg RSU Δhno’’ = 11,82 kcal/kg RSU
Δhso2’’ = -2217,50 kcal/kg X 0,00124 kg/kg RSU Δhso2’’ = -2,76 kcal/kg RSU
f) A entalpia de formação da água nos estados gasoso e líquido, bem como sua
massa molecular, está apresentada na Tabela 12. (Smith et al., 1959) A
energia necessária para vaporizar 1mol de água a 25ºC, foi calculada em
sequência.
53
Tabela 12 - Entalpia e massa molecular da água
18
54
i) A variação das quantidades dos materiais que compõem o resíduo e a
consequente variação do poder calorífico gerado é apresentada na Tabela 13 e na
Figura 16. Nas mesmas são expostas as 5 hipóteses que serão analisadas neste
trabalho.
55
264 toneladas por dia, valor que considera a segregação de 9% das 290
toneladas de resíduos gerados em Bauru (Tabela 8), e usando o fator de
conversão de kcal para kWh de 0,001163 (Atlas ANEEL, 2014), temos que o
potencial teórico de energia gerada para o município seria de
aproximadamente 247.256 KWh/dia. O resultado foi obtido por meio dos
cálculos abaixo. (Poletto et al., 2007)
56
4. DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Fazendo uma breve análise dos RSU gerados em Bauru que foram usados
para a aplicação do estudo de caso, percebe-se que 55% destes resíduos são
constituídos por material orgânico, 21% por papel e papelão, 8,9% por plástico, 5% por
têxteis e couro e os demais 10,1% por madeira, vidro, metais e outros. Vale salientar
que o material orgânico possui alto teor de umidade e contribui para mais de 60% da
massa dos RSU coletados.
Entrada Saída
C 2.990,55 kg/h CO2 10.965,36 kg/h
H2 772,96 kg/h H2O 11.869,46 kg/h
O2 4.537,63 kg/h O2 (excesso) 2.948,10 kg/h
N2 168,44 kg/h NO 180,47 kg/h
S 13,67 kg/h
SO2 27,33 kg/h
H20 4.912,84 kg/h
N2 42.051,36 kg/h
Ar
N2 42.051,36 kg/h
O2 12.775,10 kg/h
57
A geração de gases poluentes é uma consequência inevitável do processo em
estudo. Portanto, considerando um processo real, é necessário que sejam
empregadas tecnologias para o tratamento desses produtos como lavadores químicos,
precipitadores eletrostáticos ou outras metodologias comumente empregadas para o
processo.
Por fim, tem-se que o potencial teórico de geração de energia, tomando como
base a incineração de 264 toneladas por dia de resíduos do município de Bauru, seria
de 247.255,88 KWh/dia. Considerando que a demanda de energia elétrica de
unidades domésticas brasileiras pode chegar a aproximadamente 190kwh ao mês
(EPE, 2012), a energia gerada por meio da incineração do RSU seria suficiente para
atender aproximadamente 39.000 residências em um mês. Ainda, caso fosse
considerada a venda dessa energia, poderiam ser arrecadados cerca de R$ 78.000,00
58
por dia, uma vez que, segundo dados da ANEEL (2014), o valor da tarifa da
concessionaria de luz de Bauru é de R$ 0,31686/kWh2.
59
5. CONCLUSÕES
5.1. Contribuições
Dessa forma, temos que além das questões que envolvem a limpeza urbana, a
incineração poderia contribuir para a geração energética, o que torna a aplicação
dessa tecnologia, assim como de outras técnicas que envolvem reaproveitamento
energético, economicamente mais atraentes.
60
5.2. Limitações da Pesquisa
61
REFERÊNCIAS
Basto Oliveira, L.; Miranda Reis, M.; Santos Pereira, A., 2000. Resíduos Sólidos
Urbanos: Lixo ou Combustível? XXVII Congresso Interamericano de Engenharia
Sanitária e Ambiental.
Bilitewski, B.; Härdtle, G.; Marek, K., 1997: Waste Management. Springer, Berlin,
ISBN: 3-540-59210-5.
Bontoux, L.; 1999: The Incineration of Waste in Europe: Issues and Perspectives.
European Commission Joint Research Centre.
62
Henriques, R. M., 2004. Aproveitamento Energético dos Resíduos Sólidos Urbanos:
Uma Abordagem Tecnológica. Tese de M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil.
Henriques, Rachel Martins; Basto Oliveira, L.; Oliveira da Costa, A., 2004. Geração de
Energia com Resíduos Sólidos Urbanos Análise Custo Benefício.
Logan, E., 1999. Thermodynamics Processes and Applications. Marcel Dekker, Inc.
Mavropoulos, A., 2010. “Thermal treatment in transition countries. Is there any future
and how?” Seminário Internacional de Tecnologias e Gestão de Resíduos Sólidos, 1,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 26-28 Maio.
Menezes, R.; Menezes, M.; Gerlach Real, J., 2000. “Estágio Atual da Incineração no
Brasil. Grupo Kompac Energia e Meio Ambiente”. Seminário Nacional de Resíduos
Sólidos e Limpeza Pública, VII, ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública. São
Paulo, SP, Brasil.
63
Riscado, A.; Badejo, L. 2010. “Teoria e Prática em Construções Sustentáveis no
Brasil” SEA - Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro. Projeto CCPS. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
Themelis, N. J., 2004. “An overview of the global waste-to-energy industry in Waste
Management World”. Disponível em:
http://www.seas.columbia.edu/earth/papers/global_waste_to_energy.html, Acesso em:
23 dez. 2014. 19:06:00.
Van Caneghem, J.; Brems, A.; Lievens, P.; Block, C.; et al., 2012. Fluidized bed waste
incinerators: Design, operational and environmental issues. Progress in Energy and
Combstion Science. Heverlee, Bélgica.
Yin, C.; Rosendahl, L.; Kaer, S., 2008. “Grate-firing of biomass for heat and power
production”. Progress in Energy and Combustion Science. Institute of Energy
Technology, Aalborg University, DK-9220 Aalborg East, Dinamarca.
64
Anexo I - Plantas de Waste to Energy no Mundo
Alemanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Filtros (baghouse),
Zweckverband
Baden- lavador de hidróxido
Böblingen Restmüllheizkraftwerk 12 MW 1999 Resíduos Steinmuller 140000 tpy
Württemberg de cálcio, e redução
Böblingen
catalítica seletiva.
Precipitadores
eletrostáticos , filtros
Baden- EEW Energy from Waste
TREA Breisgau 15 MW 2005 Resíduos Von roll 150000 tpy (baghouse), lavador
Württemberg GmbH
via úmida, e redução
catalítica seletiva.
Baden- MVV
IGS Gersthofen 4,4 MW 2009 Resíduos Wulff - - -
Württemberg Energiedienstleistungen
Nordrhein- Mullverbrennungsanlage
MVA Flingern 3,2 MW 1975 Resíduos - - - -
Westfalen Dusseldorf
Nordrhein-
AVG Köln AVG Köln GmbH 56 MW 1998 Resíduos - 420000 tpy -
Westfalen
Nordrhein-
MHKW Karnap RWE Power 43 MW 1987 Resíduos Deutsche Babcock 700000 tpy -
Westfalen
65
Alemanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Sachsen &
EAB-EBS Energie Anlage
Sachsen- 35,7 MW 2010 Resíduos Energoinstal - - -
Bernburg Bernbernburg GmbH
Anhalt
Sachsen &
Lauta Sachsen- TA Lauta 20 MW 2004 Resíduos Alstom - - -
Anhalt
Sachsen &
MHKW EEW Energy from Waste
Sachsen- 70 MW 2006 Resíduos Alstom 650000 tpy -
Rothernsee GmbH
Anhalt
Sachsen &
Zorbau Sachsen- SITA Deutschland 25 MW 2005 Resíduos Von Roll, Podolsk 300000 tpy -
Anhalt
Sachsen &
Salzbergen Sachsen- SRS EcoTherm GmbH 7,4 MW 2004 Resíduos Alstom 360000 tpy -
Anhalt
Precipitador eletrostático,
lavador de gás de 2 estágios,
AVA Abfallverwertung redução catalítica seletiva, e
Augsburg Bayern 8,27 MW 1994 Resíduos - 200000 tpy
Augsburg GmbH sistema de injeção de carvão
ativado/filtro (baghouse)
sistema
66
Alemanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Mullheizkraftwerk Resíduos, resíduo
Bamberg Bayern 7,2 MW 1982 Deutsche - - -
Bamberg de esgoto
Zweckverband fur
Coburg Bayern Abfallwirtschaft in 10,6 MW 1988 Resíduos Martin 115000 tpy -
Nordwest-Oberfranken
Landshut Bayern MVA Landshut GmbH 3,43 MW 1989 Resíduos Von Roll - - -
Mullheizkraftwerk
Geiselbullach Bayern 6,5 MW 1985 Resíduos Von Roll - - -
Geiselbullach
GKS -
Schweinfurt Bayern Gemeinschaftskraftwerk 29 MW 1990 Resíduos - - - -
Schweinfurt GmbH
Abfall-
Weißenhorn Bayern Wirtschaftsbetrieb des 10 MW 1991 Resíduos - 100000 tpy -
Landkreises Neu-Ulm
Hamburg,
Niedersachsen EVI Abfallverwertung
EVI-Europark 60 MW 1998 Resíduos Skoda 360000 tpy -
& Schleswig- BV & Co
Holstein
Hamburg,
Precipitadores eletrostáticos,
AHKW Niedersachsen EEW Energy from
12 MW 1998 Resíduos Ansaldo 8,5 tph filtros (baghouse), lavador via
Neunkirchen & Schleswig- Waste GmbH
úmida, e catalisadores.
Holstein
67
Alemanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Hamburg,
Niedersachsen EEW Energy from
Helmstedt 30 MW 1999 Resíduos - 280000 tpy -
& Schleswig- Waste GmbH
Holstein
Hamburg,
Niedersachsen EEW Energy from
MVA Hannover 27 MW 1997 Resíduos - - -
& Schleswig- Waste GmbH
Holstein
Hamburg,
Mullverwertung
Rugenburger Niedersachsen
Rugenberger 29 MW 1973 Resíduos - - - -
Damm & Schleswig-
Damm
Holstein
Hamburg,
Niedersachsen eeW Energy from
Stapelfeld Rebuild 20 MW 1997 Resíduos Alstom 350000 tpy -
& Schleswig- Waste GmbH
Holstein
Hamburg,
MVA Stellinger Niedersachsen Stadtreinigung
22 MW 1973 Resíduos Martin, Walther - - -
Moor Damm & Schleswig- Hamburg
Holstein
Hamburg,
Niedersachsen Weener Energie
Weener 9,2 MW 2008 Resíduos Baumgarte 140000 tpy -
& Schleswig- GmbH & Co KG
Holstein
Baumbarte,
MHKW Bremen Alemanha swb AG 33 MW 2009 Resíduos ThyssenKrupp - - -
Xervon Energy
Thermal
Industriepark
Alemanha Conversion 70 MW 2012 Resíduos Ebara, Tlmace 670000 tpy -
Höchst
Compound
68
Alemanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Energieversorgung
MHKW Offenbach Alemanha 11,8 MW 1970 Resíduos Lurgi -
Offenbach AG
Thermoselect
Metropolitan Resíduos, gás de
Karlsruhe Südwest GmbH 12,7 MW 2002 - - - -
Vickers sintese
(EnBW)
Precipitadores eletrostáticos,
EEW Energy from
MHKW Pirmasens Alemanha 16 MW 1999 Resíduos Von roll 180000 tpy filtros (baghouse), lavador via
Waste GmbH
seca e catalisadores.
ZASt -
Zweckverband
Raba-Zast Alemanha 14 MW 2007 Resíduos Martin - - -
Abfallwirtschaft
Sudwestthuringen
Resíduos,
Babcock- Kraftwerk Schwedt
Schwedt 31 MW 2010 Resíduoss de - 220000 tpy -
Borsig GmbH & Co KG
fábrica de papel
Vattenfall Europe
Rudersdorf Alemanha Waste-to-Energy 35,5 MW 2008 Resíduos Fisia 260000 tpy -
GmbH
Vattenfall Europe
Metropolitan
EBS-HKW Rostock Waste-to-Energy 20 MW 2010 Resíduos Takuma 230000 tpy -
Vickers
GmbH
Nehlsen Baumgarte,
Metropolitan
Stavenhagen Heizkraftwerke 45 MW 2007 Resíduos Thyssen-Krupp- 95000 tpy -
Vickers
GmbH & Co KG Xervon
Precipitadores eletrostáticos,
EEW Energy from filtros (baghouse), lavador via
AVA Velsen Alemanha 21,5 MW 1997 Resíduos Von roll 210000 tpy
Waste GmbH úmida, e sistemas de
calatisadores.
69
Áustria
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Kärntner Restmüllverwertungs
KVR Austria 7 MW 1997 Resíduos Martin 80000 tpy -
GmbH
Wiener Kommunal-
Pfaffenau Austria Umweltschutzprojektgesellschaft 14 MW 2008 Resíduos Von Roll 250000 tpy -
mbH
Abfallverwertung
Zwentendorf/Dürnrohr Austria 120 MW 2004 Resíduos - - - -
Niederösterreich Ges mbH
Bélgica
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Standardkessel
Biosteam West Flanders Electrawinds NV 17,9 MW 2009 Resíduos 135000 tpy -
Baumgarte
IVM East Flanders - 8,45 MW 2004 Resíduos Volund 100000 tpy -
Laurent Bouillet
Pont-du-Loup Hainaut - 5,7 MW 138000 Resíduos - - -
Ingénierie
70
China
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Golden State
Gaoantun Beijing Environment 25 MW 2008 Resíduos Takuma 1600 tpd -
Corp
Hebei Lingda
Environment- Leito fluidizado do tipo
Hebei Lingda Fujian 24 MW 2006 Resíduos - 900 tpd
Friendly Energy circulating
Co Ltd
Chongqing
Sanfeng Covanta
Hongmiaoling Fujian 24 MW 2007 Resíduos - 1200 tpd -
Environmental
Industry Co Ltd
Shenzhen
Likeng Guangdong Energy Group 22 MW 2006 Resíduos Seghers 1040 tpd -
Co Ltd
Shenzhen
Atomizadores rotativos à
Energy
base de cal e sistemas de
Nanshan Guangdong Environmental 12 MW 2004 Resíduos Seghers 1600 tpd
injeção de carvão ativado
Engineering Co
para o controle de emissões.
Ltd
Shenzhen
Seghers, China
Shenzhen Baoan Guangdong Energy Group 60 MW 2005 Resíduos 3000 tpd -
Western Power
Co Ltd
Chongqing
Sanfeng Covanta Martin, Chongqing
Tongxing Chongqing 24 MW 2005 Resíduos 1200 tpd -
Environmental Iron & Steel
Industry Co
71
Dinamarca
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Asea Brown Boveri
AVV North Jutland AVV I/S 4,6 MW 1999 Resíduos - - -
Stal
Esbjerg Dinamarca L90 18 MW 2003 Resíduos Volund - - -
Dong Energy
Haderslev Dinamarca 5,8 MW 1993 Resíduos Kruger - - -
A/S
I/S
Nordforbrænding Dinamarca 8,9 MW 2000 Resíduos - - - -
Nordforbrænding
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
72
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Wheelabrator
Wheelabrator Connecticut &
Technologies 38 MW 1975 Resíduos Von Roll 1500 tpd -
Saugus Massachusetts
Inc
Minnesota &
Hennepin Covanta Energy 38 MW 1989 Resíduos Distral 365000 tpy -
Wisconsin
Minnesota & Lavador via seca de cal e filtro
Red Wing Xcel Enery 23 MW 1949 Resíduos - 200000 tpy
Wisconsin (baghouse)
Lavador via seca e filtro
Delaware Valley Pennsylvania Covanta Energy 90 MW 1991 Resíduos - - -
(baghouse).
Wheelabrator
Wheelabrator Falls Pennsylvania Technologies 53 MW 1994 Resíduos Von Roll 1500 tpd -
Inc
73
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Palm Beach
North County RRF Florida Resource 62 MW 1989 Resíduos - 2000 tpd -
Recovery Corp
Camden
Camden Nova Jersey County Energy 34 MW 1989 Resíduos Foster Wheeler 1050 tpd -
Recovery Corp
74
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Tecnologia waterwall, sistema de
grelhas do tipo reverse
Huntington Nova Iorque Covanta Energy 25 MW 1991 Resíduos Distral - - reciprocating, lavadores via seca,
filtros de tecido, sistema de
controle de mercúrio.
Sistema de grelhas do tipo roller,
lavadores via seca, filtros de
Hempstead Nova Iorque Covanta Energy 72 MW 1989 Resíduos Riley Stoker - -
tecido, e redução não catalítica
seletiva.
Niagara Nova York Covanta Energy 50 MW 1980 Resíduos Foster Wheeler 800000 tpy -
Wheelabrator
Wheelabrator
Nova York Technologies 60 MW 1984 Resíduos Von Roll 2250 tpd
Westchester
Inc
-
Wheelabrator
Wheelabrator
Nova York Technologies 15 MW 1992 Resíduos - 500 tpd
Hudson Falls
Inc
-
75
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Martin, Keeler Dorr
Alexandria Estados Unidos Covanta Energy 23 MW 1988 Resíduoss urbanos - - -
Oliver
Grelha do tipo reciprocating,
sistema waterwall, auxiliadores de
queima. Sistemas de redução não
Fairfax Estados Unidos Covanta Energy 124 MW 1990 Resíduoss urbanos Ogden Martin, Zurn - -
catalítica seletiva, lavadores semi-
secos de cal, filtros e injeção de
carvão ativado.
Combustíveis
Ford Heights Estados Unidos KTI Inc 24 MW 1996 Zurn - - -
derivados de pneus
76
EUA
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Wheelabrator
Wheelabrator
Estados Unidos Technologies 26 MW 1991 Resíduoss urbanos B&W, Von Roll 1500 tpd -
Spokane
Inc
Wheelabrator
Wheelabrator Combustion
Estados Unidos Technologies 60 MW 1987 Resíduoss urbanos 2000 tpd -
Portsmouth Engeneering
Inc
Europa - outros
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Odvoz a
Spalovna Bratislava Eslováquia Likvidacia 6,3 MW 2002 Resíduos CKD Praha - - -
Odpadu (OLO)
Centre
Tractament
CTRA Andorra 18,6 MW 2006 Resíduos Leroux 60000 tpy -
Residus d'Adorra
S.A
Kalka Iceland Kalka hf 0,47 MW 2004 Resíduos - - -
77
Europa - outros
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
EEW Energy
Leudelange Luxemburgo from Waste 15,3 MW 2010 Resíduos Von Roll 150000 tpy -
GmbH
Fortum Heat
Klaipeda Lituania 20 MW 2013 Resíduos Fisia Babcock - - -
Lietuva UAB
República
Sako Brno Sako Brno as 21,5 MW 2010 Resíduos 248000 tpy -
Tcheca
República Prazske Sluzby
ZEVO 17,4 MW 2010 Resíduos CKD Praha - - -
Tcheca as
República
Termizo Termizo as 2,5 MW 1999 Resíduos Von Roll 96000 tpy -
Tcheca
França
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
SCDC
Bissy Chambery 2,7 MW 1996 Resíduos Sogea, Fire Power - - -
Chambery
78
França
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Resíduos, lodo de
Pyrénées-
Calce CYDEL 21,6 MW 2003 esgoto e resíduos - 209000 tpy -
Orientales
hospitalares
Martin, Leroux &
Douchy-les-Mines Nord Tiru 6 MW 2004 Resíduos 88000 tpy -
Lotz
Ivry Paris XIII Paris Tiru 63 MW 1969 Resíduos Martin 690 tpy Tecnologia de grelhas
Noidan-le-Ferroux Haute-Saone Tiru 3,1 MW 2007 Resíduos Leroux & Lotz 41000 tpy -
Valeciennes (Saint-
Nord Tiru 15 MW 1977 Resíduos Martin 132000 tpy -
Saulve)
Villefrance-sur-
Rhone Tiru 6,15 MW 2002 Resíduos Martin - - -
Saone
79
Holanda
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
E.ON Energy
Delfzijl Holanda 11 MW 2010 Resíduos AE&E Inova 275000 tpy -
from Waste
SITA ReEnergy Hitachi-Zosen
Holanda SITA Nederland 32 MW 2011 Resíduos 290000 tpy -
Roosendaal Inova
Afvalsturing
Resíduos, gás
REC Harlingen Holanda Friesland NV 17 MW 2011 AE&E Lentjes 230000 tpy -
natural
(Omrin)
Hengelo Holanda Twence bv 26 MW 1997 Resíduos Stork - - -
Sistema de grelhas do tipo
reciprocating com refrigeração a
água, precipitador eletrostático,
EM Wijster Holanda Essent Milieu 48 MW 1996 Resíduos Lurgi - - tecnologia spray dryer, filtro
(baghouse), lavador de dois
estágios e catalisador de oxidação
de dois estágios.
Itália
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Arezzo Tuscany - 2,9 MW 2004 Resíduos - 175000 tpy -
Bergamo Lombardy - 10,7 MW 1988 Resíduos Energy Products - - -
80
Itália
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Emilia- Hera Ambiente
Ferrara 13 MW 2008 Resíduos Jackob Stiefel - - -
Romagna SpA
Corteolona Lombardy Ecodeco 9 MW 2003 Resíduos - - - -
Lavador de bicarbonato com
Emilia- Frullo Energia injeção de carvão ativado, filtro
Frullo Granarolo 22 MW 2004 Resíduos, biomassa - - -
Romagna Ambiente Srl (baghouse), e redução catalítica
seletiva.
Emilia- Hera Ambiente
Rimini Coriano 10,3 MW 2007 Resíduos De Bartolomeis - - -
Romagna SpA
Veolia Servizi
Piestrasanta Tuscany 6,3 MW 2002 Resíduos - - - Leito fluidizado do tipo circulating
Ambientali SpA
(Emilia-
Parma WTE Iren Emilia 12,5 MW 2013 Resíduos Ruths 130000 tpy -
Romagna)
Silea Lecco Lombardy Silea SpA 14 MW 2006 Resíduos Sices 65000 tpy -
Veolia Servizi
Vercelli Piedmont 3,5 MW 1997 Resíduos - - - -
Ambientali SpA
Japão
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Sistema Ebara HPCC21,com
Clean
grelhas horizontais em degraus e
Adachi Tokyo Association of 16,2 MW - Resíduos - - -
forno de fusão de cinzas de
Tokyo 23
plasma.
Clean
Ariake Tokyo Association of 5,6 MW - Resíduos - - - -
Tokyo 23
81
Japão
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Chiba Japão JFE Holdings 1,5 MW 1999 Resíduos - - - -
Noruega
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
More og
Alesund Tafjord Kraftvärme AS 4,1 MW 2009 Resíduos Volund - - -
Romsdal
Bergen Hordaland BiR Bergen 11,9 MW 1999 Resíduos Van Roll - - -
Oslo
Brobekk Oslo Heat MW 1967 Resíduos - 100000 tpy -
Energigjenvinningsetaten
Oslo
Klemetsrud Phase I Oslo 10,65 MW 1986 Resíduos - 150000 tpy -
Energigjenvinningsetaten
82
Noruega
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Frevar - Fredrikstad
Frevar Ostfold Vann, Avløp og 1 MW 1984 Resíduos Enertec - - -
Renovasjonsforetak
Outros lugares
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
CNIM
Baky WTE Azerbaijão 37 MW 2012 Resíduos Martin 500000 tpy -
Azerbaycan Ltd
French West Martiniquaise de
CACEM UTVD 7,2 MW 2002 Resíduos Vinci 112000 tpy -
Indies Valorasation
EVN-
Standardkessel,
MSZ - 3 Russia Ekotechprom 10,9 MW 2007 Resíduos 360000 tpy -
Podoloski
MSZ 3
Jersey
Transport and
La Colette Jersey 10,2 MW 2011 Resíduos - - - -
Technical
Services
Recycle Energy
Kajang Malásia 8,9 MW 2009 Resíduos Shin 1100 tpd -
Sdn Bhd
Qatar DSWMC Catar Keppel Seghers 40 MW 2011 Resíduos Keppel Seghers 15000 tpd -
Selco
Shadnagar India 6,6 MW 2003 Resíduos Walchandnagar - - -
International Ltd
83
Outros lugares
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
National
Tuas South Singapura Environment 46 MW 1986 Resíduos - - - -
Agency
Keppel Seghers,
Tuas Singapura Keppel Seghers 30 MW 2009 Resíduos 800 tpd -
Shanghai
Ouanalao
French West
St-Barthelemy Environnement - - 2001 Resíduos Bouillet 36 tpd -
Indies
AS
Portugal e Espanha
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Soc Galega do
La Coruna Espanha Medio 49 MW 1999 Resíduos Kvaerner - - Leito fluidizado do tipo bubbling
Ambientehas
Lipor Portugal Lipor 25 MW 1999 Resíduos Lurgi - - -
Tractament i
Revaloritzacio
Mataro Espanha de Residus del 11,6 MW 1994 Resíduos - 160000 tpy -
Maresme SA
(TRM)
84
Reino Unido
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Kent
Allington Quarry Kent 51 MW 2007 Resíduos Lurgi 50000 tpy -
Enviropower Ltd
Greater
Bolton Lancashire Manchester 10 MW 2000 Resíduos Volund 120000 tpy -
Waste Ltd
Veolia ES
Chineham Hampshire 8 MW 2003 Resíduos 90000 tpy -
Hampshire Ltd
NewLincs
Grimsby Linconlnshire 3,45 MW 2004 Resíduos Bouillet 56000 tpy -
Development Ltd
Dudley Waste
Dudley Staffordshire 7,4 MW 1998 Resíduos 90000 tpy -
Services Ltd
Shetland Heat
Shetland
Lerwick Energy and - - 1999 Resíduos - 22000 tpy -
Islands
Power Ltd
Veolia ES
Marchwood Hampshire 14 MW 2004 Resíduos - 165000 tpy -
Hampshire Ltd
Veolia ES
Portsmouth Hampshire 14 MW 2005 Resíduos - 165000 tpy -
Hampshire Ltd
Teeside WTE Durham SITA UK 19,2 MW 1998 Resíduos Volund 250000 tpy -
Thetford Norfolk Fibrothetford Ltd 38,5 MW 1998 Restos de frango Detroit Stoker 400000 tpy -
Veolia
Tyseley Warwickshire Environmental 28 MW 1996 Resíduos Steinmuller 350000 tpy -
Services
Energy Power
Westfield Fife 11,8 MW 2000 Restos de frango Austrian Energy 110000 tpy -
Resources Ltd
85
Suécia
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Von Roll,
Dåva-1 Västerbotten Umeå Energi 12 MW 2000 Resíduos 175000 tpy -
Gotaverken
Öresundskraft
Filbornaverket Skane 20 MW 2013 Resíduos Volund 160000 tpy -
AB
Precipitador eletrostatico,
sistema de condensação
Sävenäs Västra Götland Renova AB 32 MW 1994 Resíduos Von Roll 460000 tpy
para limpeza de gases de
combustão e filtro de tecido.
Sydvastra
Sjolunda Skåne Skanes 26 MW 2003 Resíduos Martin 400000 tpy -
Avfallsaktiebolag
Skövde Värme
Skövde Västra Götland 1,8 MW 2005 Resíduos Volund - - -
AB
Vattenfall Värme
Uppsala Block 5 Uppland - - 2005 Resíduos Von Roll - - -
Uppsala AB
Sistema de controle de
poluição atmosférica Alstom.
filtro (baghouse), sistema
Jönköping Energi
Torsvik Jönköping 13 MW 2006 Resíduos Fisia Babcock 160000 tpy com injeção de carvão
AB
ativado, lavador via úmida, e
condensador de gases de
combustão.
86
Suíça
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Industrielle Werke
KVA Basel Basel 17,2 MW 1999 Resíduos Enertech - - -
Basel
MartinWehrle-Werk
KVA Buchs Aargau KVA Buchs AG 11 MW 1995 Resíduos - - -
AG
Chaux-de-Fonds
Neuchâtel Vadec S.A 2,5 MW 1994 Resíduos Enertech - - -
New
Zweckverband
Kirchberg St-Gallen Abfallverwertung 2,3 MW 1984 Resíduos - - -
Bazenheid
Saidef Fribourg Saidef 10 MW 1999 Resíduos Enertech - - -
Kehrichtheizkraftwerk
KVA St Gallen St-Gallen 5,75 MW 1987 Resíduos Enertech - - -
St Gallen
Taiwan
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Onyx Ta-Ho
Chiayi Chiayi Environmental 2,3 MW 2001 Resíduos Volund - - -
Services Co
Onyx Ta-Ho
Alstom, China Steel
Lutsao Kaohsiung Environmental 21,5 MW 2001 Resíduos - - -
Corp
Services Co
87
Taiwan
Fornecedor do
Capacidade
Nome Localização Operador Configuração Operação Combustível sistema Tecnologias
Nominal
Boiler/Incinerador
Taipei City
Department of
Neihu Taipei 6 MW 1992 Resíduos Takuma 900 tpd -
Environmental
Protection
Onyx Ta-Ho
Taichung Taichung Environmental 13 MW 1997 Resíduos - - - -
Services Co
Taipei City
Department of
Peitou Taipei 48 MW 1999 Resíduos Von Roll - - -
Environmental
Protection
Onyx Ta-Ho
Pali Taipei Environmental 36 MW 2001 Resíduos Volund 57 tph -
Services Co
Hsin Yung
Taoyuan South Taoyuan 40 MW 2001 Resíduos Lurgi 1.350 tpd Leito do tipo roller-grate
Enterprise Corp
Onyx Ta-Ho
Yongkang Tainan Environmental 24,75 MW 2008 Resíduos Steinmuller 280000 tpy -
Services Co
(Adaptado de Idustcards, 2013)
88