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Armazenamento
A corrente gerada pelo módulo é dada pela expressão I = Io . cos ; onde Io é a corrente
gerada com o ângulo de incidência do sol normal à superfície horizontal e é o ângulo
de incidência do sol com relação à normal. Para ângulos de incidência do sol acima de
50o, a energia gerada desvia significativamente da lei do co-seno. Por exemplo, para
ângulo igual a 50o, o co-seno é igual a 0,5, porém, a energia gerada é igual a 0,45 da
gerada com ângulo de incidência normal à superfície.
66
Figura 31 - Figura ilustrativa do Plano de abertura
Portanto como exemplo, supomos utilizar uma radiação solar horária de 5,6 kWh/m2
(plano horizontal), inclinação segundo a latitude do local de 420, situado no hemisfério
sul. A seguinte correção deverá ser feita para obter a radiação solar incidente no plano de
abertura do painel.
Radiação solar incidente no plano de abertura = 5,6 kWh/m2 cos 420 = 4,16 kWh/m2
6kWh / m 2
EX: = 6[horas/dia]
1kW / m 2
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Potência (W/m2)
1000
Meio dia
horas
2- Estimativa da demanda
20[ watts ]
Con[ah] = 5 horas = 8,33 [ah]
12[volts]
da carga.
68
2 Dimensionamento do sistema de armazenamento - Baterias
Con NDS
CB
AD B I
onde:
69
3- Dimensionamento da geração fotovoltaica
A determinação da energia gerada pela painel solar pode ser feita pela seguinte equação:
Con
Eg =
B I F
Onde:
Eg energia gerada pelo painel (kWh)
Con consumo diário de energia (kWh)
I - eficiência do inversor ( em aplicações de corrente alternada)
F - perdas na fiação
Eg
P=
SP
Onde:
P potência instalada em kW
70
SP horas máximas de radiação ( Ex: radiação solar diária média incidente no pior
mês de 5 kWh/m2 = 5 horas de 1kW/m2 (radiação máxima incidente)
EG = P FC 8760h/ano DI ( kWh)
Onde:
EG energia anual gerada ( kWh)
FC fator de capacidade do sistema (INS/24)
8760 número de horas no ano
DI disponibilidade do sistema (número de horas/ano em que o sistema está
disponível)
71
A principal desvantagem deste método é ser anti-econômico. A determinação da
capacidade instalada do sistema gerador e principalmente das baterias, embora assegure a
confiabilidade requerida, não é ótima.
Neste método, não há uma relação direta entre a capacidade de potência do sistema
gerador e o sistema de armazenamento. O método apresentado nesta seção determina o
dimensionamento ótimo do sistema (gerador + baterias) conjuntamente com a
confiabilidade que se deseja para o mesmo.
F PR WB
onde:
72
t
1
C (t ) C (t o ) PG (t ) DE (t ) t
WB t to
onde:
É pertinente lembrar novamente, que caso não esteja disponível valores horários de
radiação solar para o período de um ano, existem modelos que partindo da radiação solar
diária média mensal, determinam a radiação solar horária para todos os dias do ano.
A determinação do LOPS e do custo de instalação pode ser feita para várias alternativas
incluindo todos os possíveis valores de combinações de potência dos painéis (P R) e
capacidade do sistema de armazenamento (WB), dentro do seguinte intervalo.
WBmim WB WB max
PR min PR PR max
73
O número de combinações é finito assim como as variáveis PR e WB não são contínuas e
mudam para valores discretos bem definidos. A mudança de PR significa adicionar mais
painéis solares, sistemas de inversão do sinal se utilizados. Numa maneira similar, a
mudança de WB significa adicionar mais baterias.
Verifica-se através da figura 33 que o valor de LOPS pode-se aproximar de zero. Isto
significa que a energia requerida pelo consumidor está assegurada por todo o ano não
havendo, portanto interrupção. Isto é conseguido instalando painéis e baterias com
capacidade suficiente para não haver interrupção no fornecimento de energia. Analisando
a figura 33 verifica-se que há diversas alternativas de P R e WB que levam a um LOPS
especificado.
Analisando as várias alternativas observa-se que, o mesmo valor de LOPS pode ser
obtido para várias combinações de PR e WB. Também podemos observar que para um
dado LOPS, quanto maior o valor de PR menor o valor de WB.. De posse dos vários
valores de PR e WB podemos encontrar a função que descreve este fenômeno.
74
PR
LOPS 1 > LOPS 2 > LOPS 3
LOP
LO
LOP
WB
Para valores dados de custos unitários e , existem diversas linhas de custos cuja
35
Embora estes dois pontos tenham um mesmo valor de LOPS ( LOPS2) e o mesmo custo
(F2), para o ponto de custo mínimo, devemos procurar a reta de custo com a mesma
inclinação, tendo um ponto de tangência na curva LOPS2 . Neste caso, F1, é a reta de
portanto:
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dPR
dWb
para LOPS = LOPS2
especificado (no caso LOPS2), é escolhido de acordo com o grau de confiabilidade que se
deseja para o sistema. A solução do modelo de otimização conduz as seguintes variáveis
de decisão.
Podemos acrescentar às três variáveis citadas acima, outras duas variáveis de decisão
muito importante para a comparação de fontes renováveis que é o déficit de energia ou
energia não suprida e a energia não aproveitada ou energia perdida. O déficit de energia
pode ser calculado pela seguinte expressão:
Onde:
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PR
LOPS 1 > LOPS 2 > LOPS 3
F1 < F2
F2
F1 C
a
PR1 1
LOPS 3
b
LOPS 2
LOPS 1
WB1 WB
77
10. Exemplo de planilha de projeto
Aplicação
.................................................................................................................................
.......
Localização: ............................................ latitude: .................
A: Cargas
A1 Eficiência do inversor
A2 Voltagem na entrada do sistema de armazenamento volts
A3 Voltagem AC do inversor volts
Eletrodomésticos A4 A5 A6 A7 A8
Potência Fator de Potência Horas diárias Energia diária
nominal ajuste ajustada de uso consumida
Watts 1.0 para DC (A4 / A5) (A6 . A7 )
A1 para AC
78
B. Dimensionamento da bateria Temperatura de projeto: ...........
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OBS:
- Em função do funcionamento das cargas : Por exemplo há cargas que são mais
utilizadas nos meses de verão ou em um determinado mês. Assim sendo otimiza-se a
geração para atender 100% da carga nos meses considerados.
Valores médios
- Também poderá se utilizar uma radiação média ( média dos meses). Neste caso,
haverá meses de sobredimensionamento e sub-imensionamento e neste último a
bateria deverá complementar a geração solar.
Assim como qualquer outra fonte de eletricidade, o custo da energia gerada por
células fotovoltaicas consiste essencialmente dos custos de capital e operação e
manutenção.
O custo de capital inclui o custo de aquisição do módulo, interconexão dos módulos
em forma de painel ou arranjo, estrutura de sustentação, terra e fundações (para módulos
instalados nos solo), custo do cabeamento, reguladores de carga, dispositivos de
chaveamento e inversores, baterias ou conexão à rede elétrica.
Embora o custo de capital ainda esteja relativamente alto, comparado a outras
alternativas convencionais, o custo de operação e manutenção é baixo, visto que tal
sistema não possui partes móveis. Todavia, os módulos requerem uma limpeza periódica
devido à acumulação de sujeira, particularmente quando instalados nas áreas urbanas.
80
Ventos fortes podem distorcer as estruturas de sustentação e a água da chuva pode causar
corrosão nas partes metálicas. Além disso, a expansão e contração do painel, provocados
pelas variações na temperatura ambiente, podem causar rachaduras, curto-circuitos e
desconexões. Todos estes problemas podem ser resolvidos ou minimizados, com uma
atenção especial à especificação do material e detalhamento do projeto.
Sistemas que utilizem baterias, requerem manutenção adicional devido a necessidade
de checagem periódica dos terminais das mesmas (devido ao processo de corrosão) e de
trocas da água destilada.
Embora o custo de um sistema fotovoltaico ainda esteja elevado, ele vem
decrescendo ao longo dos últimos anos. Os avanços tecnológicos que promovem um
aumento na eficiência de conversão energética e as melhorias nos métodos de produção
industriais são os grandes responsáveis pela diminuição nos preços dos módulos
fotovoltaicos. A figura 36 mostra e evolução dos preços e da eficiência dos módulos
fotovoltaicos desde 1978 até 1992.
81
estrutura de sustentação, sistema de condicionamento da potência e equipamentos
necessários para se fazer a conexão à rede.
O custo de geração da energia elétrica, depende além dos custos de instalação, da
quantidade de radiação incidente no local, eficiência do sistema, fator de disponibilidade
(quantidade de horas no ano em que o sistema estará disponível), taxa de desconto,
período de amortização e custo de operação e manutenção (O&M). O custo de O&M, não
é de fácil obtenção, porém, as indústrias estimam em torno de 1% do custo de capital. No
atual estado da arte da tecnologia fotovoltaica e, considerando os parâmetros relacionados
acima, o custo médio da energia gerada hoje, situa-se em torno de 200 a 400 US$/MWh.
Mesmo com os preços praticados atualmente, a tecnologia fotovoltaica já se mostra
competitiva em algumas aplicações específicas como a iluminação de residências de
baixo consumo em localidades remotas, bombeamento d'água em locais isolados, torres
de repetição de sinais, entre outros.
Se os preços diminuírem significativamente, por volta de uns 50% em relação aos
preços atuais, a tecnologia fotovoltaica será capaz de competir economicamente com as
fontes convencionais em várias aplicações. A queda nos preços dependerá não apenas da
evolução tecnológica, com também no aumento do mercado que poderá ser conseguido
através de incentivos governamentais e esclarecimento do consumidor quanto ao
funcionamento e benefícios da tecnologia.
Viabilidade técnico-econômica:
Módulos fotovoltaicos
Grupo-gerador diesel
Extensão da rede elétrica
Total de residências: 12
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CONSUMO DE ENERGIA : 01 residência
115 volts
12 volts
Inversor
bateria
Carga CA
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Especificação dos componentes:
A Geração (módulo)
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B Dimensionamento do banco de baterias
C Controlador de carga
D Inversor
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F - Grupo gerador diesel
G Rede Elétrica
G1 km de rede = 30
G2 - Custo / km de rede
Dimensionamento econômico
VP (E1) = 11.200,00 R$
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VP (E4) = 1.800,00. 1/(1+0,12)10 + 1.800,00. 1/(1+0,12)20 + 1.800,00. 1/(1+0,12)0 =
2.566,15 R$
H3 = VP (total) = 19.924,66 R$
H4 - IA = 2.473,38 R$/ano.
H5 = 1% D7 = 175,20 R$
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I6 Custos anuais totais
I2+I3+I5 = 1.244,58 R$
J1 Distância = 30 km
J2 Custo / km = 12.000,00 R$
J3 Custo totais = J1 J2 = 360.000,00 R$
J4 Custo anualizado = J3 . ((1+0,12)30-1) / 0,12 (1+0,12)30 = 44.689,22 R$ / ano
J5 Despesas anuais com energia elétrica = A4 365dias/ano 0,31R$/ kWh = 181.84
R$/ano
J6 - Custos anuais totais
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Exercícios
2 Assuma que um volume de 7520 litros/ dia sejam necessários para irrigar uma certa
área. Assuma também que o reservatório do qual a água será bombeada é grande, porém
possui uma profundidade de 60,96 metros e que o pior dia de radiação solar é de 6 horas
de sol pleno. Dimensione um sistema fotovoltaico que alimentará uma bomba que irá
suprir esta quantidade de água.
Dados:
Solução:
Obs 1 : Note que neste exemplo, a água está sendo distribuída no nível do terreno (solo )
sem armazenamento.
Potência da bomba:
H metros
Q = m3/seg
Obs2: Bom lembrar que o motor estará disponibilizando a potência máxima (880 Watts)
durante poucas horas próximas ao horário do meio-dia (horário em que a radiação solar
incidente atinge o seu valor máximo). Após e antes desse período, a bomba estará
recebendo menos energia do arranjo fotovoltaico e portanto irá operar numa potência
menor que a máxima (880 Watts).
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Assumindo o uso de um módulo de 50Wp, serão necessários 880 / 50 = 17,6 módulos e
portanto devem ser adquiridos 18 módulos.
Exercício proposto
Dados:
Dados:
-
área do painel = 4 m2
- Radiação solar incidente = 5,6 kWh / m2 / dia
- Autonomia do sistema de armaz. = 3 dias
- Rendimento da bateria . = 85 %
- Capacidade Ah da bateria = 40 Ah
- Voltagem da bateria = 6Volts
- Voltagem da carga = 12 volts
- Máxima profundidade de descarga = 0,8
- Rendimento do arranjo fotovoltaico = 12%
Pede-se:
90
3- Considerando a configuração de sistema mostrado abaixo, dimensione a capacidade do
arranjo fotovoltaico de modo que 60% do consumo diário seja suprido pelo arranjo e os
outros 40% pela concessionária de energia elétrica.
kWh
KWh
M3 rede
M1
Unidade de carga
Arranjo condicionamento Painel de
fotovoltaico de potência controle
KWh
M2
13 IMPACTO AMBIENTAL
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