Psiquiatria II
Psiquiatria II
Psiquiatria II
Psiquiatria
Segundo Módulo
Delirium
o Pensamento
o Sono
São fatores de pior prognóstico após um episódio de delirium:
o Maior tempo de internação;
o Aumento na mortalidade intra-hospitalar;
o Associado com declínio funcional após alta nas atividades de vida diária;
o Alterações cognitivas persistentes ou progressivas ao longo de 6 meses;
o Diminuição da capacidade de vida independente na comunidade comparada
com nível funcional antes da admissão.
A mortalidade após a alta é elevada em comparação com pacientes sem delírio. O
paciente que tem delirium apresenta 30% a mais na probablidade de morte.
Idade avançada, existência de lesões cerebrais prévias, dependência de substãncias e
uso abusivo de álcool são fatores predisponentes ao delirium.
Outros fatores de risco:
o Polifarmácia;
o Intoxicação por substâncias;
o Problemas médicos múltiplos;
o Deficiência de tiamina;
o Baixa albumina sérica;
o Alteração de função renal e hepática.
O idoso tem alto risco para delirium porque ele costuma ter vários fatores de risco.
O delirium é considerado como a via comum final de uma variedade de distúrbios da
neurotransmissão tanto em áreas corticais como subcorticais do cérebro.
São neurotransmissores mais envolvidos:
o Acetilcolina: é mais relacionada.
o Dopamina
o GABA
o Serotonina
A causa isolada mais comum de delirium é intoxicação por medicações, especialmente
aquelas com ação anticolinérgica.
Podemos colocar como subtipos de delirium:
o Hiperativo
o Hipoativo: hipersonolência e pouca expressão motora e afetiva. Tem pior
prognóstico! É menos diagnosticado.
o Misto
O tratamento é feito com tratamento do distúrbio de base. Essa é a etapa mais
importante!
Além disso, fazemos tratamento sintomático:
o Controle de febre e dor
o Manejo da agitação e manifestações comportamentais: indicação para
sedação.
Haloperidol tem um perfil relativamente seguro quando usado em
pacientes seriamente doentes, incluindo ICC, DPOC, epilepsia, IRC –
sem causar hipotensão significante. Sintomas extrapiramidais são mais
Diogo Araujo – Med 92
Contudo, a demência não é restrita somente à presença das placas. É uma doença
multifatorial que depende também de fatores genéticos e epidemiológicos.
Nenhuma toxina ambiental específica tem sido consistentemente associada a DA.
A depressão é um fator de rico para a DA. Contudo, quando ela é de início tardio, a
depressão pode ser na verdade uma abertura do quadro de DA. Então, ela é um fator
de risco e marcador para a doença.
São outros fatores de risco:
o TCE
o Fatores de risco cardiovasculares e cerebrovasculares (tabagismo, HAS,
obesidade, DM)
o Alguns estudos sugerem papel benéfico de fatores psicossociais: elevada
educação, exercício físico e atividade mental. Esses estudos podem apontar
um papel em vias fisiopatológicas que ainda não foram consideradas.
A demência de início precoce é aquela que se manifesta antes dos 60 anos.
Existem mutações genéticas que estão relacionados com o estabelecimento e o curso
da doença. Os principais são, presenilina 1 e 2 e um precursor da proteína Abeta.
Quando se analisa o líquor e se constata níveis elevados da proteína tau e reduzidos da
proteína beta-amiloide, há uma sensibilidade alta para demência. Contudo, isso não é
muito utilizado na prática porque não há padrões bem estabelecidos.
A DA prodrômica é a fase que antecede em 5 a 10 anos antes da doença.
Atualmente, acredita-se que haja uma associação da hipótese vascular e amiloide para
a origem da doença.
Os fármacos utilizados não impedem a evolução da doença. Eles regridem parte dos
sinais e sintomas da doença, melhorando qualidade de vida.
A escala de Hachinski é aplicada para indivíduos com demência. Ela tenta te mostrar se
seria mais degenerativa (DA, FT, CL) ou vascular.
Curso flutuante e deterioração em degraus falam a favor de demência vascular. A
depressão também é um pouco mais relatada na vascular.
o Maior que 8 – vascular
o Menor que 4 – degenerativa
o Entre os dois – nebuloso
Na demência por CL, há parkinsonismo: rigidez, tremor, bradicinesia desde o início da
doença. Pode ter alucinações e delírios.
o Critérios maiores
Alucinação visual
Flutuação cognitiva
Parkinsonismo espontâneo
Na DA, há muitos sintomas comportamentais. Há um componente de apatia muito
importante.
A FT é mais impactante no comportamento. Início mais precoce, evolução mais rápida
e tratamento sem efetividade.
O tratamento é feito pelos iAChase e a memantina (nas fases avançadas).
Sintomas neurológicos
o Tentativa de suicídio
Os estudos indicam que, geralmente, o paciente avisa.
o Paciente violento
Prever possível violência
Local de atendimento adequado
Segurança dos profissionais
o Paciente psicótico
Definição: aquele com delírio e, geralmente, alucinação. Mas o que
mais marca é a alteração do pensamento
Confrontar ou entrar no delírio do paciente? O confronto pode existir,
mas geralmente é evitado em situações muito graves. A gente pode
entrar no delírio do paciente somente em situações graves a fim de
conseguir sedar o paciente.
o Quadro dissociativo/conversivo
o Ansiedade
Pânico
Somatização
As intervenções podem ser:
o Comportamental
Acolhimento
Retirar objetos próximos que possam ser usados como arma
Evitar movimentos bruscos
Não confrontar
Fazer a avaliação em local próximo a uma saída
Mostrar tranquilidade e que o objetivo é ajudar
o Farmacológica
Antes do uso de quaisquer psicotrópicos, deve-se analisar causa
orgânica, comorbidades clínicas e medicamentos em uso.
Dar preferência para a via oral
Paciente cooperativo, mas agitado ou com risco de
agressividade
o Haloperidol
o Diazepam ou lorazepam
o Haloperidol + diazepam
o Risperidona
o Risperidona + lorazepam ou diazepam
O lorazepam é um benzodiazepínico que não tem passagem
hepática; é indicado mais para hepatopatas.
O diazepam deve ser usado em abstinência alcoólica porque
ele tem uma meia vida mais prolongada;
Haloperido ou rispiridona em causas orgânicas.
Haloperidol em gestantes.
Paciente agitado agressivo ou agitado e não cooperativo
o Condição médica geral: haloperidol IM;
Diogo Araujo – Med 92
Transtornos de personalidade
Prof. Alfredo
Desenvolvimento normal TP
Adaptação social, familiar e laborativa Mal-adaptados
Fins de obter prazer Sofrimento
Resposta às demandas sociais conforme as Rigidez de resposta às situações/desconforto
situações
São observações:
o Prevalência de 6 a 9%
o Diagnóstico difícil (requer várias consultas)
o Maioria não procura ajuda médica
o A medicina pouco pode ajudar
o Problema médico? Sim. Mas as intervenções são sintomáticas. É um modo
mais problemático de ser
o O diagnóstico só deve ser feito após obtermos informações de outras fontes
(como consultar a família)
o Várias entrevistas para acompanhamento e diagnóstico
PARANÓIDE
Diogo Araujo – Med 92
ESQUIZÓIDE
Poucas atividades produzem prazer. Ele é menos produtivo. São mais isolados.
Frieza emocional, afetividade distanciada. São indiferentes. Geralmente não causam
mal a outras pessoas. Vivem na deles.
Capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos ou raiva.
Indiferença aparente a elogios ou críticas.
Pouco interesse em experiências sexuais.
Preferência por atividades solitárias.
Preocupação excessiva com fantasia e introspecção.
Falta de amigos íntimos ou confidentes.
Insensibilidade marcante com normas e convenções sociais predominantes.
DISSOCIAL
EMOCIONALMENTE INSTÁVEL
HISTRIÔNICO
ANANCÁSTICA
DEPENDENTE
Encoraja ou permite que os outros tomem a maioria das decisões importantes para
sua vida.
Subordinação de suas próprias necessidades àquelas dos outros.
Relutância em fazer exigências, ainda que razoáveis.
Sente-se inconfortável ou desamparado quando sozinho por medo exagerado de se
autocuidar.
Preocupação e medo de ser abandonado.
Capacidade limitada de tomar decisões sem um excesso de conselhos e
reasseguramento pelos outros.
ESQUIZOTÍPICO
NARCISISTA
Observações aleatórias:
o Existem fatores genéticos, biológicos envolvidos.
o Tratamento:
Psicoterapias, psicanálise e TCC
Psicofarmacoterapia: sintomático
ECT em crises: agressividade e suicídio
Não há bons resultados com tratamentos de manutenção através de
psicofármacos e/ou ECT
Prof. Tatiana
Diogo Araujo – Med 92
Bupropiona
Clonidina
o Convulsões
o Transtornos globais do desenvolvimento
o Outros transtornos psiquiátricos
Em termos de manejo clínico, temos:
o Psicoeducação para os pais
o Escola regular ou escola especial (de inclusão): é importante colocar a criança
dentro de um contexto em que haja crianças “normais”. Contudo, as escolas
nem sempre estão preparadas (tanto com relação aos professores quanto com
relação aos outros alunos). A inclusão funciona bem para algumas crianças e,
para outras, é um pesadelo. Isso deve ser visto caso a caso.
o Medicamentos: não há medicamentos disponíveis para alteração do QI. Os
medicamentos são usados para controles de sintomas (agitação,
agressividade, automutilação) e de comorbidades.
o Atraso na comunicação/linguagem
Esses atrasos sempre acontecem antes dos 3 anos de vida. Por isso, o diagnóstico deve
ser sempre precoce.
Há dificuldade de compartilhar interesses (como interagir com os pais, mostrar pra
eles o que encontrou; há um isolamento social). A criança tem dificuldade de brincar
de faz de contas (de fingir que é um bonequinho, pegar um carrinho e imaginar que
ele está andando; ela vira o carrinho e fica girando a roda por horas, ou desmonta o
carrinho para ver as peças; há limitação da imaginação).
A criança geralmente só conseguem se alimentar de 1 alimento.
Gostam de coisas que rodam (como ventiladores, rodas) ou água.
Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento. É multifatorial, com fatores
genéticos e ambientais presentes.
São doenças associadas ao autismo (exemplos):
o Congênitas: rubéola, toxo, CMV...
o Metabólicas: deficiências enzimáticas, neurofibromatose, etc.
O diagnóstico diferencial é feito com:
o Retardo metal
o Surdez, cegueira
o Psicose infantil
o Transtornos de linguagem (com mutismo seletivo)
O manejo clínico é feito com:
o Psicoeducação dos pais
o Abordagem multidisciplinar (psicologia, fonoaudiologia)
o Orientação para os pais quanto ao manejo comportamental da criança
o Não há medicamentos disponíveis para reversão do autismo. Os
medicamentos são sintomáticos.
Observação: maior incidência de autismo em filhos de mulheres que gestaram com
mais de 35 anos.
Neuropsicologia
Prof. Roberta
Diogo Araujo – Med 92
Conhecimento e prática clínica que tem como objetivo estabelecer a relação entre o
cérebro e o comportamento, investigando tanto aspectos cognitivos como emocionais
da função cerebral.
Luria é o pai da neuropsicologia.
As alterações cognitivas podem ser mensuradas a partir de alterações
comportamentais. Da mesma forma, o estado emocional pode influenciar a cognição.
Observação:
o EDG: escada de depressão geriátrica. É um teste de rastreio para depressão
em idosos. Contudo, se o Minimental está abaixo de 18, a queda da função
cognitiva do idoso prejudica a interpretação do EDG.