Rubéola 2023 SEI MS 0033590184 Nota Tecnica Rubéola
Rubéola 2023 SEI MS 0033590184 Nota Tecnica Rubéola
Rubéola 2023 SEI MS 0033590184 Nota Tecnica Rubéola
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente
Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis
Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis
Orientações para a não realização de exame sorológico com pesquisa de IgM para rubéola, em gestantes
assintomáticas, durante o pré-natal.
1. INTRODUÇÃO
A Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (CGVDI), Coordenação-Geral de Incorporação
Científica e Imunização (CGICI), Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) da Secretaria de
Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), a Coordenação de Atenção às Doenças Transmissíveis na Atenção Primária
(CDTAP) e Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher (COSMU) da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS),
e a Coordenação de Vigilância em Saúde Indígena (COVISI) da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) vêm prestar
orientações sobre a não realização do exame sorológico com pesquisa de IgM para rubéola em gestantes
assintomáticas durante o pré-natal.
2. RUBÉOLA
A rubéola é uma doença exantemática aguda de etiologia viral que apresenta alta contagiosidade. A transmissão
ocorre por meio de contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. O vírus é disseminado por gotículas
ou pelo contato direto com pessoas infectadas.
Os últimos casos autóctones de rubéola no Brasil foram registrados em 2008 e, em 2015, o País recebeu da
Organização Mundial da Saúde o Certificado de Eliminação da Rubéola.
2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
No período de 2020 a 2022, 282 casos suspeitos de rubéola, em gestantes, foram notificados no Sistema de Agravos
de Notificação (Sinan) no País e 80 (28,4%) tiveram resultados de IgM reagentes (falsos positivos), sendo todos
descartados após a investigação epidemiológica. Nesse mesmo período, de acordo com os dados do Gerenciador de
Ambiente Laboratorial (GAL), foram realizados 14.127 exames de sorologia IgM para rubéola, em gestantes, e 110
(0,8%) foram reagentes. Entre as gestantes com sorologia IgM reagente, 28 (25,5%) realizaram RT-PCR, sendo todos
os resultados não detectáveis.
Em virtude das interferências de algumas proteínas presentes nos soros humanos, podem ser observados resultados
falsos positivos, que têm gerado dificuldades no manejo clínico, e que podem criar expectativas desnecessárias e
sofrimento às gestantes, além de um acúmulo de casos suspeitos de rubéola que não atendem à definição de caso
da doença.
3. RECOMENDAÇÃO
Diante das informações apresentadas, o Ministério da Saúde, desde 2003, não recomenda a realização do exame
sorológico com pesquisa IgM para rubéola, na rotina do pré-natal, em gestantes assintomáticas.
Importante: Não administrar a vacina tríplice viral nas gestantes. Caso a gestante esteja com o esquema incompleto
dessa vacina, a vacinação deverá ser realizada no pós-parto imediato.
4. CONCLUSÃO
https://sei.saude.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=36259766&infra_si… 1/3
20/06/2023, 16:56 SEI/MS - 0033590184 - Nota Técnica
Espera-se com essas recomendações que seja garantido o cumprimento dos protocolos vigentes, da não realização
de exames de sorologia IgM para rubéola, em gestantes assintomáticas.
Solicita-se ampla divulgação do documento para que as recomendações sejam implementadas na rotina dos
profissionais e serviços de saúde.
Para outras informações sobre o manejo de casos suspeitos de rubéola, seguir as recomendações contidas no Guia
de Vigilância em Saúde. E outras informações adicionais, contatar a equipe técnica da CGVDI pelo telefone (61)
3315-2900 ou pelo e-mail: exantematicas@saude.gov.br; da CGICI pelo telefone (61) 3315-3874 e da COVISI pelo
telefone (61) 3315-5920.
5. REFERÊNCIA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de
Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. 5. ed. rev. e atual. Brasília: Ministério
da Saúde, 2022. 1.126 p.: il. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2023.
Documento assinado eletronicamente por Eder Gatti Fernandes, Diretor(a) do Departamento de
Imunização e Doenças Imunopreviníveis, em 18/05/2023, às 14:54, conforme horário oficial de
Brasília, com fundamento no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e
art. 8º, da Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Mônica Iassanã dos Reis, Coordenador(a) de Atenção à
Saúde da Mulher, em 22/05/2023, às 19:27, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento
no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e art. 8º, da Portaria nº 900
de 31 de Março de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Adriana Regina Farias Pontes Lucena, Coordenador(a) de
Vigilância em Saúde Indígena, em 23/05/2023, às 17:21, conforme horário oficial de Brasília, com
fundamento no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e art. 8º, da
Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.
https://sei.saude.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=36259766&infra_si… 2/3
20/06/2023, 16:56 SEI/MS - 0033590184 - Nota Técnica
https://sei.saude.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=36259766&infra_si… 3/3