Cpdcedo
Cpdcedo
Cpdcedo
Danças Populares
dü FOLK-LORE
POR
6,^34
Collecçüo Icks. — Serie A
zdc
B1BLIOTHECA INFANTIL
INÉDITOS : mi
í>'. Ü uLnflOÜ
Historias Contadas. Series D e E. 5X6 V na-s !3tra
Poesias e Hymnos Patrióticos. S ie G.
m
do anc
BREVEMENTE : m:z
LEITURA EDUCATIVA. Primeiro livro, por Alcxina de Magalhães
Pinto.
«Alguns conselhos
i
sobre a maneira de se servirem deste livro
os paes, as creanças, os educadores
i
i
Aos estudiosos
e
aos educadores
(1) Cf. a Nuova Antologia de 1.° Qiugno 1909, Fase. 899, pag. 568.
(2) Ver a nota A em appendice.
(3) Citado, pelo snr. Sylvio Roméro, a proposito do modo de apre-
ciar a evolução da poesia, nos seus Estudos sobre a Poesia Popular
na Brasil, pag. 34 da 1.» edição.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 7|
A. de M. P.
Minas, 1911.
(1) Cf. a Nuova Antologia de l.o Aprile 1910. Fase. 919, pag. 516,
Ttigo do snr. Ernesto Caffi.
c
PRIMEIRA PARTE
CANTIGAS
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 13
\6l-10TEc
ÍV3.
*DO FEU et
Mariquinhas
ám
ÍC
AS,
*3 T
1í 5^5 ^.V
.í
Na Bahia
Na Bahia tem,
Tem, tem, tem..
Na Bahia tem,
Seu bem,
• Côco de vintém,
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 15
Na Bahia tem,
Vou mandar buscar
Lampeão de vidro,
O' bahiana,
Ferro de engommar.
J.piil 1 IJ J Im
NaBaJii.a tem, Tem,tem, tem,
■j' ^JIIJ
NaBa.hi.a tem,Seu bem, Cò.codcvin.tem.
Tenlio um cachorrinlio
Tenho um cachorrinho
Chamado Totó; '(1)
Elle é malhadinho
De uma banda só.
A , , A
* j.- -a.-
-V Lc tr
Tenho um cachorrílnho Chama . do To . toj
'b-f*. Xc-tvr T tu
Èlleú ma-lha.dr.hho D^ma ban.da so.
i; i) ' 9 0—0 0 9
r - ^ 7 ' • 0 '' f
Ba.te, ba.le, ba.le, Ba.le, ba.tepãode to;
0 g
Ba.le bo.Ia .chinhad^ima ban . » da so,
(Minas).
s v— > 0 g -d——c kt
)
31—J1J1L . ' ■ —!;■ ;
-i-4—1411
1? *
.To.ao corla páu; Ma.ri.araexean.gú; The.
=^=i \ Va
J2-# --1 íp —^1
.re.za bota a ínesa^P Vo cora. padre vir jan. tar.
'9-
Minlia mãe
(Outra versão)
(Sergipe)
"r
r\*£S
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s
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* A
-Jl A «i b \— - J)
Lento
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—M s — —[Vy—
Ir— O J' ' é ^ * J T—
Do, ré, nu, fa, sol, Can.sadaes.
1
ncnlxtr
J WIJ
.'lon De solfe.jar, Não posso mais Cantar rc...lldó.
<•
Cw' 2
&
•A-... r ^
^t&txsg
fuJ'l>
Aqui vae quitanda bo .a Marme.Ia - da.queLja.
_A w w A v A f
Taturana
(Fragmento)
4^ A
Wd
■4
<6
Bitu
(Outra versão)
1 f: -y--V-ir
f—« ' - • - -aJ- Y- ■ i V- V-N—
UJiJ
Ve m :á3 Bi.tú; Vem c á, Bitú .Ye ra c ájVe D c ájvem
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Um, dous, tres
A
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IJm, dous e Ir es, Quatro, cinco seis,
b b V-s-v —i—>—
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\ Y—— SOB ir~r~T
1 1, & é e m r -i—s—v
... 7 . /
é ■' B,—e—i
Ca-s a de ca_bo . ré, For. ra.da de camba . rá; U.
-O-i .1
,1^1—-}—•—d—d.
m. £— ?
•!
-ré, u.ré, u . ri,U.re u . ri, u.ré u . rá.
(Rio, Minas).
é<.
r\
1
Ç\
I
Allegro ^
(Minas).
A "baratinlia
(Fragmento)
Baratinha no sobrado
Também toca seu piano...
Anda o rato de casaca
Pela rua passeando.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVQ, DANÇAS POPULARES 37
E a mimosa baratinha
No perigo não cuidava...
Depois já era tarde,
X) gallo já beliscava.
4- : cr s
^ -^rhi
.ou. Assim queella meavis.tou Bateu azas e vò.ou.
(Minas).
Eu vi uma barata
Eu vi uma barata,
No capote de vovô;
Assim que ella me viu /
Bateu azas e voou.
-í-t—T J^ J J ~v v S h -j
1 —... j.
.vôi A.s.sim qu^IIarae vi.u,Buleu azas e vò.ou.
(Minas).
/ q.,./ ^v
^^>AT
Ba-bé
(Corêto)
(Minas).
Ba-bé, Do, rc, mi; Ba, be, bi, bo, bu; Um, dous, ires e as monó-
tonas taboadas cantadas pareccm-me vestígios da alliança entre a an-
tiga pedagogia machinal e a musica, nas nossas escolas primarias e
nas de Portugal.
40 BIBLIOTHECA INFANTIL
-O
Zíg)
li
IHK
a f
Sapo Jururú
Sapo jururú,
Na beira do rio;
Quando o sapo grita
E' porque está com frio.
Sapo jururú,
Na beira do mar;
Quando o sapo grita
E' porque quer casar.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 41
—y-V c> 1
v~ -15—
1 ^ UJ— Vrr- 6
Ca_] )o ju.ru-rii, Na bei. r a do r i . c>>
B G ^
Quando o sapo grLta, menina, E^orcjuecsta com frio.
(Minas).
fí
O piolho
(Fragmento)
P
.o.lho peque. nLnOjTaraLem toca ra.be.eão.
(Minas).
Atché!...
(Brinquedo de roda)
(Espirrando) Ateliê!...
Que diabo é isso
Na paneila
Do feitiço!?
A
F]
t—jvi-trt-
J "V T- ' *
—a—i—,iLJtÉ
A _ t .cl é!Que di.a. bo é i s . so,N a pa
j) 3 V-v- "sr_V~M n
- L-é-
— PFP; K fà . a fH=&=fr\
■ 4J-
_vae es.se raa. ro.toEo prcn_<Iei na Cor.rc. cão.
Modo de brincar
O caranguejo
N— y-tv- ' N 1 K
—íL=^i
Me . ni.nàsqirees uona j a .nel . Ia Pro.cu.
d' * *'M^V-y
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^2—*^—JL J' J m' g' >
Fsiu!
-ran. do c uecora.pr£ir.,. Ra .paz,quanl oéo cauran-
r-A—i ^ A
N S fv - t* 1
* T— M 1
"0— "
-gue.joPtAy.uJh MeLa pa.la.ca, Si.nha.
(Minas).
O limão
(Brinquedo de roda)
5g5
iÜÜ
m
tuão, ó limão, Não chores, fulana, Não chores,fulana Tira um
1 11
A . i?
*» tez. 2? vez,
*, vez.
iRio de Janeiro).
A Iborlboleta
(Brinquedo de roda)
Eu sou a borboleta,
A borboleta eu sou;
Eu sou a borboleta
Que vae de flôr em flôr.
^ | J) J'
Lmm
I
Senhor Mestre
(Fragmento)
Quem é
Que bate
Nessa porta?
E' o senhor Mestre,
O pintor
Da boca torta.
52 BIBLIOTIIECA INFANTIL
Senhor Mestre,
Meu recado
Recebeu,
Para pintar
O sobradinho
Todo meu?
■i- ri) à j
i
Quem. é que ba,te nes.sa
A A
7 f r, g=f==EF
M— J1 J-L,
por.ta? E'o senhor mestréO pintordabo.ca tor_ta
^ jV'1 ^ J) jl^E
i
1? r«._Se_Dhor ines.tre meu re^ca-do re.ce.
2fvrz._No lo _ gar emqueea fa _ ço o meusein-
A
*-f- Twt N v 1V ~ S V sk As. S
-* -
_beu Pa.rapin.taí o sobra dinholo.do meu
.dar Quero que pinte um cu_pLdinhoIá no ar.
(Minas).
No logar,
Em que eu faço
Meu scindar,
Quero que pinte
Um cupidinho
Lá no ar.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 53
Na porta da cozinha
Uma bananeira,
Para sombrio
a Da minha bella
Cozinheira.
No corrimão
Da escada
Uma carranca,
Para fugir
Co'as senhoras
De tamanca...
- V"
JJ—
o . r; feio íIS . siin; Lá em ca . sa tinha um
-jW» X—tni— . V- h ) N , x
N-^- Ji ^ 11 :LJ
feio Que pe . gou feio em mim.
Seá Miquelina
Seá Miquelina
Já não mora
Nas cidades;
Mora na roça,
P'ra saber
Das novidades.
(Rio, Minas).
Affectuosa saudação
Affectuosa saudação,
De coração,
Caros ouvintes vae no canto,
Que ora entoa a pobrezinha,
Lyra minha,
Inspirada em amor santo.
& 9 &
;
Af.fe.clu . o . sa sau.da.ção,de co.ra
S
Oueoraenlo.a pobre.zinha, lyrarainha^ Inspi-
í Tã
i(.1 vez. 2? vez
Estribilho
E' «ma modinha, como se vê; e no opinar do SR. dr. Sylvio Ro-
méro, as modinhas, ainda que muito interessantes, não se devem con-
fundir com a genuína poesia popular. (Estudos, pag. 340).
Com essa resalva, registro-a, porque é cantiga das creanças.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 59
3
u
Pulga eu te peço
Estribilho
Estríbilho
BE—9 ) M QS.
v
4—4-4-4- ^ ^fí -h—v-V-v
—é 4 vtf Í Ji J) Ji-Jíl
o—4—tí-—
cajn:i,Me deixa dormir. Como cila pu. a! Como se ,a,
S- — )—^Trrjl
#=^. iJ -y-IhÀ
^ J JS «
-gi _ ta! Comoé per.,versa, A puLga mal . dLctal
Sacudo, sacudo,
Torno a sacudir,
Diabo da pulga
, Não me deixa dormir. (1)
Estribilho
)
(1) Original popular: Não deixa eu dormir.
G2 BIBLIOTIIECA INFANTIL
■SK
U-j-2
É
traz3As rao.cas an _ dam di zen.do Que o
fí, vi» y* Ia, Iz, Jl jr % ;
v
e, lho tpier ser ra paz... Ai! Ai! ai! Don Ro.
A
7
-dri . go, Nao qpeiras casar com . mi go.
Se
Si
\
Therezinha de Jesus
Therezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão;
Acudiram tres cavalleiros, (1)
Todos tres, chapéu na mão:
Therezinha levantou-se,
Levantou-se lá do chão
E, sorrindo, disse ao noivo:
«Eu te dou meu coração!» (2)
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES G5
(Rio, Minas).
Ser cav
serr > mas adultos
^ e Cheiros
creanças,e não cavalleiros
de diversos — de mim
logares, assiminquirem.
cantam —Pode
ca-
o eiros, dando á scena maior realce, tornando-a mais pittoresca, loca-
^zando-a melhor no tempo dos amores romanescos aos quaes Lester
01
^ARD — na sua Sociologia Pura, t. 2.o, consagra tão bellas paginas.
(2) Com a ultima quadra supra, terminam as creanças, em Minas,
'versos brinquedos de roda. O ultimo verso é mais logico conforme
re
gistrado no Pará pelo sr. Couro de MaoalhXes (segundo S. Ro-
m
Ero): Por causa duma paixão.
3
66 BIBLIOTHECA INFANTIL
3^
S>-.
$r
Pica-páu
Pica-páu atrevido,
Que de um páu fez um tambor,
Para tocar alvorada
Lá na porta do seu amor.
Estnbilho
Si você vae, )
Eu vou também; | ^'s
Si você fica, |
Ora, adeus, meu bem. ^'s
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 67
A lagoa já seccou
Aonde as pombas vão beber;
Não se deve ter amor
A r^uem não sabe agradecer.
&
PLcapaa atre.vi.do Que de um páu fez um tam.
£ M íü)
È È I
-bem; Si vo.cê fica,Ora a_dcusmeu bem! Si vo.cê
'
vae, Eu vou também; Si você fica. Ora a.deus meu bem.
(Minas).
Estribilho
Si você vae,
Eu vou também, etc.
68 BIBLIOTHECA INFANTIL
53
h
WT
s>- &
fé
Vi
O cravo e a rosa
(Fragmento)
1. J_L^J
O era-vo brigouco'a ro . sa. De
A
J J Jn—j-q j J) ji f, V ■■ 1
-fe—* a r- d.— ^ — ■ g« ^ ^_iLL
>ri J dó,. A ro _ sa es.pe.da . ça . da.
Vivo
l[ g P 1 jA|-
Do-minó: Deu me um bei-ji-nho, Do.minó, E
(Rio).
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DÓ POVO, DANÇAS POPULARES 71
Olha o passarinho,
Dominó!
Caiu no laço...
3 Dominó!
Deu-me um beijinho, (I)
Dominó!
E um abraço,
Dominó!
>1
íj
Eu quero, papae
Eu quero, papae,
Eu quero, mamãe,
Eu quero me casar.
Estribilho
Eu quero, papae,
Eu quero, mamãe,
Eu quero me casar.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPÜLARES 73
j ir
Pa» pae ralhar não pode, Ma. mãe também a.
h i h N N. a
U-d o d' \-4i—
.mo U, E a . mando me e D SÍ . noil Co . mo
A
'-ir- V- )—
/. ■ —V--V— !r- V—ft-
J 1 i / i.
■A
e tã o bor□ a _ mar. 1ÍU que r 0, Papa e, Eu
Estríbilho
Eu quero, papae,
Eu quero, mamãe,
Eu quero me casar.
CANTIGAS DOS PRETOS
76 DIBLIOTUECA INFANTIB
n
Éí(i
%
w
Pae José
^ J11J' -j jí j j j Ji j,!
n Ja
KRi r _ «'se»,
^ / como tem pas
como esta, w .
V,
iv— V N——c—S—^ k c—
p J) ' J±A=£:- £ £ J-
-S.1. do ? '15 tíí veio i iô tá magro,.iô tá ca.
-Jt-Í a
#=;
-b doi Ia aaí> com í, ja não bebe, ja não'
V
(Minas).
u
n»;
Cliaruta
(Em roda)
O'" 0
_ni.ta, Meu co - ração não vae não. O' Cha.
j ^ «h iU-i1 i1 ji J)
.ru - tal Eu fa lo que vovune cmbo_ra. Chá.
! , Ji L -K
i j jl#=s=j Ji^J M
s=-
.ru.ta. Não danse assim,ó Cha.rn . ta! Não
*—■» IIIIÉI
fu.zo. Negro da perna de páu, Merlmbáo.
(Minat).
80 BIBLIOTUECA INFANTIL
Estribilho
Estribilho
o Estribilho
Estribilho
Pae Francisco
(Cantiga do palhaço)
1§3ÊÊÊÊÊãÊ$ J) ^ J
PaeFVancis_co venha cáj Yae lavá tu.a zipé, Que tu
A A
rj'. jij,
1 ■ê^—#-
J'. $ J Jl
-Ia . do; Io fi cou tudo es-panlar
J) jiji
.rado, Como um pin.tinho Que caiu no meLIa.do.
(Minas),
84 BIBLIOTIIECA INFANTIL
v-
cn
Sinhazinlia
(Cantiga de socar)
Mulata bonita
Não bambeia;
No fundo do mar
Tem baleia.
(Minas).
■>
r°^Ti
e»
Cliiquinlia
(Cantiga de peneirar)
Começou peneirar,
Chiquinha,
Começou peneirar...
Chuva de marambaia,
Começou peneirar.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 87
A v , A
-J-y-r-V--vh- V-jr--■I ju
-®—d** é' i—
1 éatíW ^1
_^ou peneirar: Chuva de marambaLa, Começou peneirar.
(Minas).
(1) Cata é a separação dos grãos eimegrecidos e mirrados dos outros bons e esvrr-
deados.
BIBLIOTHECA INFANTIL
Sn^- r t
1
?-í
-■áS- r?-
n T^iê
Tumba
(Samba)
Segura tumba,
O tumba lamponeiro;
Por causa de tumba
Perdi o captiveiro
O tumba,
Olha tumba, cum bábá;
Eu corta o páu,
O cavaco vae voando.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO DANÇAS POPULARES 89
Olha tumba,
Olha tumba não é nada;
Eu corta o páu,
Ç cavaco vae voando.
Vivo
-d?- _ -w» ,
O,lha luraha.O-lha lão.ha itm.p-
fg '9' â' tf
(»-( 'XÍL <VÍ " í
nei.ro! Por causa cie tuinbaEuperdi.raeucapti_Tei.ro.
(Minas).
Carola
^ j).
Yo . cSgog.ta do inim,0' Ca.rp.Iaj
JMHH- . . , [rfrr—f^) -
(Minas).
■
o
SEGUNDA FARTE
CANTIGAS E DANÇAS
D
-
í .
. .■
:antigas das creanças e do povo, danças populares 95
Manoel Corisco
ou
O commandante e o grumete
O Commandante
Bíoderato
áLU> ii J1 J> i) I
4i'n i i i m m-m
lente e sou. fa . quis. ta Quer em
A
j j j f!
P' 'r
ter_ ra,quer no mar; Não te-nho quem me re.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 97
1
J-i J) I Í^£se8
-sis_ta3Só me fendo a um raeigo o. lhar.
(Minas).
O Orumefe
O Commandante
o
— Quem minha fragata requesta,
Antes d'isso, ha de ver como o faz;
Quando não, sem mais tirte, com esta
(Mostrando a faquinha)
No bandulho lhe faço zaz-íraz!...
(Gesto de cortar)
O Grumete
O Commandante
O Orumete
O Commandante
O Orumete
Astuciosos
(Fragmento de um desafio)
Astuciosos
Os homens são,
Enganadores
Por condição.
Os homens querem
Sempre enganar;
Mas nós devemos
Nos acautelar.
Quando dependem
São uns cordeiros;
Depois se tornam
Lobos matreiros.
-^í-eL- ^r\
d d
1? tei._ As _ tu._ci . o . sos Gs homens sapj
2? t)er._Os homens que.rem Sempre enga.nar;
Dançarei
O
J 1 ■ ■ i i
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Nunca vi til pai. sã n p e.la dan.sa!
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CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 103
-®—sl> j
-sar, a dai?. sar, a d:in..sar. .sar.
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- —— ijj f f
0 ]■
f
(Minas).
E depois, nessa triste morada
De onde á Terra, jámais voltarei,
Reduzida a uma cinza e mais nada,
Dançarei, dançarei, dançarei...
O Miudinlio
(Canto:)
Eu era bom cidadão,
Vivia socegadinho;
Mas um certo diabinho
Na poiitica me mettendo,
Foi-me na porta batendo
E dançando o miudinho.
(Canto, a dançar:)
Quem quizer dançar o miudinho
Ha de ter delicadeza;
Ha de ler graça e belleza,
Como tem este corpinho.
Estribilho
(Tirando fieiras:)
Vae jambo, ó Sinhá!
Vae canna, Sinhá;
Vae lima, ó Sinhá,
Bem doce.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 105
3
r 7. » ^f=\ H
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Eu e . ra bom cí .. da
A.
(Minas).
Estribilho
A Marmellada
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108 BIBLIOTIIECA INFANTIL
Na Bahia tem
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Na D a-hi _ a tem... Tem,- teia,
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CANTIGAS DAS CDEANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 111
Na Bahia tem,
Tem, tem, tem...
Na Bahia tem,
Seu bem,
Côco de vintém.
Na Bahia tem,
Vou mandar buscar
Lampeão de vidro,
O' bahiana,
Ferro de engommar.
Na Bahia tem,
Vou mandar buscar,
Machina de costura,
Seu bem,
Folie de soprar.
var
sr • dr.
^ q^ Eutropio
'edade com
desses versos
essa dançaé são
inimensa. Os valentia
no genero que meaoenviou
desafio,o
e 0
que serão registrados alhures.
112 BIBLIOTHECA INFANTIL
^ Peneirar fubá
Peneirar fubá...
Oh! peneirar fubá...
Você já não me chama,
A peneirar fubá.
Peneirar fubá,
Oh! peneirar fubá...
Toca no munjolo,
A peneirar fubá.
1 uV Mil — j 4=
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u • Mr
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^ J - ry, I ^ra en. Irar DO l(;u
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Ml. , ,— . f-> _ ... — •
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9
116 DIDLIOTHECA INFANTIL
Caxuxa
Maria Caxuxa
Com quem dormes tu?
— Eu durmo sózinha
Sem medo nenhum.
Maria Caxuxa
Quem tem mais juizo?
— Quem busca num lar
O seu paraíso.
Maria Caxuxa
Que sabes fazer?
— Sei bem arrumar,
Cortar e coser.
Maria Caxuxa
Tu andas sózinha...
— Ordeno e arranjo
A minha cazinha.
Maria Caxuxa
Que sabes contar?
— A historia de um velho
Que quer se casar...
81 J*fcTaT" 8■
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118 BIBLIOTHECA INFANTIL
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(Bahia, Minas).
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 119
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120 BIBUOTIffiCA INFANTIL
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Vulcano
(Coreto)
Vulcano na forja
O ferro batia,
O barulho que fazia
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CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 125
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'Pura rppclJr^^P^ncahar
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Frei Martinho
(Coreto)
Frei Martinho
Sobe á torre,
Vae tocar o sino
Dem, dem, dem.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 127
Frei Diogo
(Coreto)
Frei Diogo
Sobe á torre
Toca as matinas:
Dem, dem, dom.
=*=?■
torre, Vae tocar o si. no: Dem, dera, dem. -dera.
Dom, dom, dom, dom.
(Minas).
Frai Philippe
(Corêto)
Frai Philippe,
II campanello,
Sube e toca
Las campanas:
Dlém, dlém, dlém, dlém
Dlão, dlão, dlão, dlão.
Laranja, peire,
Peire e maçani;
Limoni doce,
Marrom",
Riquim, brim, brim.
'
■
CORETOS DE MESA
132 B1BLI0THECA INFANTIL
O papagaio
(Coreto de mesa)
Papagaio verdadeiro
Até na côr é brasileiro;
Até na côr, até na côr,
Até na côr é brasileiro.
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P.i.pa . ga i _ o ve r. da . d siro A . té. • na
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cor e 1 ira.si _ le" iro; A . té na cor, a té na;
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cô r» A . té na cor é jra.si ^ eiro, Co.mo
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ca o . ta o pa . pa - jaio? 0 pa • pa. .
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_gai _ o canta as - sim; Gró! gró! gró! gró! gró!
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gró; Gró, gró, gró; pá, pá, pá.
IMinas).
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(Coreto de mesa)
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dentro d'agua fria, Assim posso eu vi
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.ver Sem a tu .a corapa . nhia. Sem
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tu_a, sem a tu.a3Sema tu.a compa . nhia.
(Minas).
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(Bando de ma)
(Chocalho:)
Chic-chic, chic-chic, í ^
Chic-chic... bum-bum! )
(Chocalho:)
Chic-chic, chic-chic, / ^
Chic-chic... bum-bum! )
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Es _ cu . tae e ou.vi . re IS
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São che . ga.dos os três re . is.
ÍF33
Chie.chie, chie. chie, chie. chie, Bumbum!
(Minai).
(Recitando;)
Jesus veio ao mundo
Para nos salvar;
Hoje aqui viemos
Para o adorar.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 141
. 15'
O Zé Pereira
(Bando do Carnaval)
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CANTIGAS JOCOSAS
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CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 1Í7
' O Toucinheiro
(Fragmento)
— Minhas senhoras,
Mas eu o quero,
Quero o dinheiro
Do meu toucinho.
Pois só me faltam
Pera dispor (1)
Quatro línguas
E dous focinhos.
^4=^-^ j
-ei . nho. Pois só me fal - tam pe , ra- dis _
A ■ f.
^=1^1 J' í=
por Qua.tro lin.guas e dous. fo . ci - nlios,
A SEIS HO II A:
SENHORA.- . A L ^
ÊÊÊ ^
.nheirol Fó.ra, fó. ra, fó _ ra, Se.nhor tou.ci .
^ $ à > j» ji m
.nheiro,Quea bolsa es. tá sêc . ea,Não terll mais, di .
i Ji J' J'
.nheiro! Que a bolsa es . lá sec.ca, Não tem-mais
CANTIGAS DAS CUEANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULAHES 149
O TOUCINHEIRO:
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dLnheiro! , Fó_ra,fo.ra. fó.ra, 0 dum. do. a _
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-rá! Fó. iri, fó. ra, i ó. rai Ó (lum - do> a .
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-rái Quero o meu di _ nheiro to_(!q j)a.. ra
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cá. (íuero o nieu di.nheiro to.do pa.ra cá.
(Minas).
150 BIBLIOTHECA INFANTIL
(Duetto)
Na rua do Ouvidor
Ponto de palestrar,
Sem um nickel no bolso,
Sinh'Anninha,
Só pensando em casar.
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J—c v—r-
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3 que quer em é cí _ s ar; Mas não olharn p r'o
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tempo,Sichá.ninlia, Da maneira em que es.tá.
(Rio, Minas).
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O Caranguejo
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rando a sua ei trada: Che . gou se u ra estre ti _
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-tio (A .yuê !) Vê ca .ran . guejo ás cambadas.
(Minas).
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Cara-dura
(Cantiga de palhaço)
O palhaço canta
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As moças que querem ca _ sar f não se
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Tic-tão
(1) Uma pequenita de dons annos e dez niezes reclama: «Ali! ti-
tia! —brigava, não; — ôr/Wcava». E canta sempre brincava — incon-
sciente e feliz na sua faina da pesquiza do que ella suppõe ser o
melhor.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 159
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Já lhe da.va be. lis . cão, Ti.queJão!
160 BIBLIOTHECA INFANTIL
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O meu pião
(]nando eu e . ra pe.que _ ni - no E jo _
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REGIONAES, PATRIÓTICAS
164 BIBLIOTHECA INFANTIL
Na chegada do Imperador
(Duetto)
— Na chegada do Imperador
Muita seda se rasgou;
Muito rico ficou pobre;
Muita casa se quebrou.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 165
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(Minas).
16G BIBLIOTHECA INFANTIL
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Che. goujche.goujche. gou A-
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- gora,a. gorada . go-raj Che - gou a .go.ra
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Careca o pae, j
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Careca toda 1
Sua geração! )
Careca o pae,
Careca a mãe, í ^
Careca toda í
Sua geração. )
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 169
tH-a
sando quenào ar _ di.a, A - goraes.tá se u .
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raae
5 — Ca.re.ca to.da Sua ge_ ra _ ção.
(Minas).
Garfbaldi
Viva Garibaldi!
Victor Emmanuel!
Comendo macarrão
Embrulhado no papel.
(Outra versão)
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Ga.ri . bal _ di foi á missa No oa .
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.va Lio , se m es _ po. ra; 0 ca va . Io, tni.pe _
(Fragmento)
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An _ dei por So . ro _ ca . La, Por
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Tatoarôa
Olha o corisco!
Como ronca
A trovoada...
(Lá no sertão
E' minha terra
Abençoada).
Vamos a ver
A moreninha
Tabarôa,
Enchendo o pote
E carregando
Da lagoa.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 175
éEéd
0 „ lha o co , ris , co! E co.mo ron,ca
Vamos usar
Lá da moda
Do sertão:
— Cabello selto,
Saia curta,
Pé no chão.
Lá na cidade
Só o luxo
Tem belleza;
Na minha terra
Só é bella
A natureza.
(1) Orig. pop.; fazendo ver. A correcção Vou fazer ver introduziria
mais pronunciado gallicismo e trairia o pensamento do poeta. ,
17G BIBLIOTHECA INFANTIL
(Modinha) (1)
ÍMinas).
D. Pedrtí II
O
Lá vae o sol entrando,
Arraiando pelo mundo; (1)
No dia dous de dezembro
Nasceu D. Pedro Segundo,
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a . to foi ao fun.r o, 0 s pe i - xi.nli os,st ão di _
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.zen - do; "Vi . va Dom Pe.dro Se.gun.do!
(Minas).
Na roça, dos lábios de uma preta velha, colligi essa cantiga. Tam-
bém no interior da Bahia encontrou o mallogrado gênio que foi Eu-
clydes da Cunha certo amor pelas tradições patrias. (Ver Sertões,
pag. 212).
Dos lábios de creanças de famílias cultas ouvi, no Rio, a termina-
ção da primeira das duas quadrinhas, supra, assim:
D. Pedro II
X3
O Lopes
J'
,fe.res E dous te. nen.tes, Fa.zen^do
a $ ^ ' A >
J)
prende, não quer sol , tarj Quandael . le
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soltajépVaju.di-ar; Peguei na LaJapVa ba_Ie.ar.
Q
(Bahia, Minas).
BIBLIOTHECA INFANTIL
Bakororó
Aroe
Aroe
Schibayu
Aroe
Aroe dijuretotó
Bakororó
Aroe
Aroe
Schibayu aroe
Aroe dijuretotó
CANTIGAS DAS CDEANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 185
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Ba , ko _ ro . ró! A . ro . e
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Ba . ko . ro . ró A ro _ e
(S. Paulo).
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7N?
rí>>i
-já
' 7v
»i
Despedidas
Vou-in'embora, vou-m'embora,
Segunda-feira que vem;
Quem não me conhece chora,
Que dirá quem me quer bem. (1)
4 Gt
Despedida
Eu botei o pé no estribo,
Meu cavallo estremeceu:
Adeus, senhores que ficam,
Quem vae-se-embora sou eu.
(MinasJV
188 BIBLIOTHECA INFANTIL
L>
As despedidas
Notas em appendice
o
o
a
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Appendice ás cantigas
Nota preliminar
* *
Icks,
A. de M. P.
> 13
t.
194 BIBLIOTHECA INFANTIL
Nota — A
ao Lopes do Pareguay
i»
Orig. pop., l.o verso: Êi-vem — por — Ahi vem. Abrandamento
muito vulgar; quasi todos os pretos e creanças em Minas e no Estado
do Rio assim se exprimem.
Esses versinhos, dos poucos que se referem a assumptos históri-
cos, foram-me cantados em uma fazenda do sudoeste de Minas por
uma mulata do Bomfim (Bahia). Olhar firme; desembaraçada, confian-
te, era-lhe um gozo a attenção que attraía. Falava aos visitantes bran-
cos como a iguaes. («Vê a Senhora como eu lhe falo? Eu, que fui
creada no meio das sinhás-moças».) Via-se que do seu desembaraço,
fazia-se a si mesma uma superioridade.
Vendida para o sul de Minas, aos doze annos, trouxera na memó-
ria essa cantiga e uma infinidade de outras. Na mesma fazenda ouvi,
de uma humilde preta retinta, muitas das cantigas que figuram na Silva
de Quadrinhas, rio-grandenses («Cantos Populares», de S. R., pag. 284).
Interrogada onde aprendera ella essas quadrinhas, disse; —Na minha
terra, nhanhá. Tornei-lhe: — Onde é a sua terra? — E' lá nas margens
do Rio S. Francisco, nhanhá. —E o nome do logar não m'o soube di-
zer. Também não sabia a edade em que viera. Era assimzinha, dizia
ella, indicando o tamanho de uma creança de oito a dez annos. F essa
ignorância da edade própria e dos filhos é geral, por esses logares
onde tenho estudado os negros do sul. Os do norte parecem-me mais
intelligentes (ou mais bem enfronhados no vocabulário branco, talvez,
pelo maior contacto).
Um pouco adiante, mesmo em território mineiro e na roça, encon-
trei um preto, velho cearense, dormindo ao relento á mingua de ser-
viço; era intelligentissimo; fazia contas admiravelmente, si bem que
analphabeto. Viera do Ceará em 1842 com doze annos de idade, e de
lá trouxera, de cór, cantigas e lendas; a passagem ^\o mercado áo Rio
de Janeiro déra-lhe ensejo á aprendizagem de outras. Essas narrou-
m'as com admirável côr local e conhecimento topographico; aquellas
com lagrimas nos olhos; — aprendera-as de sua mãe. Uma d'ellas
lembra, e illustraria bem, o suggestivo trabalho do snr. dr. Nina Ro-
drigues— «La psicologia deidepeçage criminal.* Dal-as-ei num Folk-lore
negro, talvez, algum dia.
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 195
Nota — B
á Carola
Nota — C
ao Sapo jnrurú
A mulher do sapo,
Que que está fazendo?
— 'Stá fazendo doce,
Maninha,
Para o casamento.
Nota — E
Tumba
Nota — F
ás Cantigas de Rola
a
Notas avulsas
ij
l
Nota-G
A' espera das aftenções dos músicos e dos poetas simples ahi estão as
nossas datas nacionaes e a collecta e a selecção dos nossos hymnos patrió-
ticos. J
Do valor destes no revigoramento do amor pátrio e como factores dej!
evolução da arte, que vos fale quem mais auctoridade tem — o sr. Ramalho^
Ortiqão — nas suas interessantes e judiciosas Notas de Viagem. (Relêde-o'
no volumezinho que devemos ao carinhoso cuidado da Gazeta de Noticias,^
na sua Nota IV, ás pags. 77).
*
P. S.—Tomei a iniciativa da collectanea das poesias e hymnos patrioti--^
cos. Nessa empreza tenho sido auxiliada pelos senhores — maestros RibeirO/-
Bastos, de Minas, Guilherme de Mello, da Bahia, compositor José Eutro-ÍS
pio de S. Paulo do Muriahé, em Minas, prestando-se a rever as poesias, o au-S
ctor do Plenilúnio, o parnasiano que é o sr. Franklin Magalhães, raembrcy
da Academia Mineira de Letras. ^
Para esse trabalho espero o concurso de todos os Estados do Brasil, ou?
antes de todos os corações de boa vontade... Que se activem elles mandande
contribuições para o hymnario e terão os seus nomes inscriptos no quadrcP
dos batalhadores pela unidade patria.
A. M. P.
Endereço: S. João Del-Rey, Minas.
Nota —H
Rubens — sa vie, son auvrc ct sou temps, par Emile Michel (Hachette),
Paris.
Rubens — Romulus et Remas. Musée du Capitoli, (pag. 185).
Rubens — La Sainte Famille, fac-simile d'une gravure de Norferman.
Cantigas
Mariquinhas
Na Bahia tem
Tenho um cachorrinho
João, corta pau (cantiga de ninar) .
» » » (outra versão)
Minha mãe
Nossa Senhora (cantiga de ninar) .
Dó... ré... mi... (solo ou corêto)
Aqui vae quitanda boa
Taturana
Bitú
Um, dous, tres
Ba, be, bi, bo, bu, (corêto)
Seu João ahi vem
A Baratinha
Eu vi uma barata
Ba, bê (corêto)
Sapo jururú
O piolho
Atché! (brinquedo de roda)
O caranguejo
O limão (brinquedo de roda)
A borboleta (brinquedo de roda)...
Senhor mestre
Você me chamou de feio
Seá Miquelina
Affectuosa saudação
Pnlga, eu te peço
20G GIBLIOTHECA INFANTIL
Pag,
O velho quer ser rapaz 61
Therezinha de Jesus 64
Pica-páu 66
O cravo e a rosa 69
Eu quero, papae 72
Pae José 76
, Charuta 78
, Pae Francisco 82
l Sinházinha 84
• Chiquinha 86
i Tumba 88
Carola 90
Cantigas e Danças
Coretos
Vulcano 124
Frei Martinho 126
Frei Diogo 127
Frai Philippe 128
CANTIGAS DAS CREANÇAS E DO POVO, DANÇAS POPULARES 207 '
Pag- ;
Coretos de mesa
O papagaio 132 -
Como pode viver o peixe 134
Cantigas jocosas r
O toucinheiro 147 J
Esses mocinhos d'agora 150 <
O caranguejo 152*
Cara-dura 156^
Tic-tão 158 £
O meu pião 160^
Pag.
Notas em appendice
i
I
l Fim