O Impacto Da Participacao Dos Pais e Encarregados
O Impacto Da Participacao Dos Pais e Encarregados
O Impacto Da Participacao Dos Pais e Encarregados
php/porescrito
https://doi.org/10.15448/2179-8435.2019.2.29762
ABSTRACT
Este artigo está licenciado sob forma de uma licença
The family is the center of the whole process of teaching and learning, because it is the basic cell of society
Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, and the place where the learner spends the most time during the whole of his academic and social training. The
que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução
em qualquer meio, desde que a publicação original family must be called to participate in a reciprocal way in the construction of a new being for the world, since
seja corretamente citada.
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR society is made by consensus, this participation will have an impact on the management of the teaching and
learning process. The student is the one who will have the fundamental mission of assuming different roles for
the sustainable and integral development of society in all its aspects. The school should promote a participative
management, making the family participate in the management of the student’s educational process, thus
guaranteeing the quality of teaching. This article aim general to address aspects related to the degree of family
participation and the role in school management as well as the learning outcomes of learners. We selected the
techniques of interview and questionnaire, the methodology is qualitative with the sample of 48 subjects, among
them: director, teachers, students parents and parents of education, extracted in a total of the population of
211 elements.
Keywords: Student. Teaching. Learning. Family. Education.
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Introdução
A participação social dos pais e dos encarregados de educação na gestão participativa das escolas, sobretudo as
do I Ciclo do Ensino secundário, reserva um olhar fundamental pelo facto de que sem a família, não existem
alunos, pois, são eles que, no princípio de cada ano lectivo, realizam matrículas e reconfirmações de seus filhos às
escolas. Daí a razão de estabelecer laços de trabalho colectivo, caminhando para os mesmos objectivos de preparar
os alunos com competências académicas para a vida futura. É a escola que assume o factor promissor da sociedade e
das famílias, preparando-os para o exercício de papéis sociais, o que passa necessariamente no moldar do pensamento,
de agir, de fazer e de estar. A prosperidade das famílias reside no valor atribuído a escola e dos seus resultados (ZHI-
GUO, 2010, p. 44).
Nadir e Aktan (2015, p. 217-218), velando pelo valor da escola na sociedade e nas famílias discorre que a escola
enquanto uma instituição social deve pautar-se na justiça social, na igualdade de direitos e deveres e em uma educação
para todos, pois, isso passa necessariamente na inclusão de práticas saudavéis e actuantes dos gestores escolares,
dos docentes e de todos actores do processo no desempenho de suas funções, cujo fim último seja uma educação
formativa de qualidade, satisfazendo os anseios da sociedade, como seu garante perante de mudança e de desenvol-
vimento.
Pelo facto de notarmos distanciamentos entre as escolas e as famílias na resolução de inúmeros problemas de seus
educandos, entendemos abordar aspectos científicos que nos ajudará a compreender as causas da fraca participação
e influência da família no acompanhamento educativo dos filhos e na liderança da gestão participativa da escola.
1 Enquadramento teórico
1.1 Função cíclica da Escola
A escola funciona na sociedade e para sociedade. Entretanto, é preciso entender que deve haver uma função
cíclica do processo docente-educativo entre: Escola, alunos, professores e todos ligados à família. O aluno, pertence
a um teto familiar, por isso, a ligação entre a escola e a família é essencial. Todos, trabalham para o acompanhamento
e o progresso do aluno para que se torne um produto pensante formado e acabado para os desafios da sociedade
tendo em atenção ao interesse das famílias em participar de forma activa na intervenção dos assuntos que enfermam
a escola, buscando caminhos para solucioná-los, o envolvimento da família no contexto escolar permite ter uma
apreciação do crescimento do aluno desde a idade pré-escolar ao ensino superior, podendo fazer leitura sobre
determinados comportamentos nocivos ao seu futuro e das normas que a sociedade impõe (DUNST; BRUDER;
ESPE-SHERWINDT, 2014, p. 37).
O’Donnell e Kirkner, (2014, p. 211), apresentam a realidade das famílias latinas as quais valorizam muito a
educação e o compromisso que têm com a educação de qualidade e o sucesso educacional de seus filhos. As oficinas
familiares desenvolveram-se com base em insumos da comunidade focados em estratégias de educação em casa,
alfabetização familiar e liderança e advocacia da comunidade. Treinamento de professores sobre envolvimento
familiar e social escolar também foram fornecidos. Foram encontradas melhorias significativas na frequência
do contato entre família e professor, envolvimento familiar na escola e qualidade da relação família-professor.
A escola, provoca impacto quando promove uma gestão colaborativa, envolvendo os seus principais agentes da
educação na discussão do programa de acção e a consecução das maiores estratégias que galvanize os resultados
esperados.
Dinallo (2016, p. 147) para promover o desenvolvimento social e emocional, através da pesquisa os participantes
das oficinas devem discutir percepções sobre o desenvolvimento socioemocional de seus filhos e o uso expandido
de ferramentas parentais existentes. Embora em vários níveis os pais sejam os principais agentes de mudança, os
antecedentes culturais das famílias sempre foram um ingrediente faltante tanto no desenvolvimento curricular quanto
nas fases de participação e no aprendizado social e emocional nos programas escolares.
Os agentes do processo de ensino-aprendizagem fazem com que a escola funcione e caminhe para os seus
objetivos, em especial, de preparar a nova jovem geração para as tendências de desenvolvimento social e sustentável,
o que é possível com um ensino treinado e competente.
Este esquema (Figura 1) facilita a comunicação entre a escola e a família, podendo facilitar a interação com os
representantes das comissões de pais e encarregados de educação e funcionários da escola.
Há a necessidade de abordar uma gestão em ABC onde a direcção da educação regional da Província (A) ligue
o seu trabalho à escola (B) e ambos interagindo com a família (C). Dessa feita, um triângulo cooperativo ajudaria
a escola a funcionar e a alcançar os objectivos que se impõem. Nessa ordem de ideia haverá uma simbiose entre
família – escola – aluno para garantir uma qualidade de ensino muito acentuado. Nas novas tendências educacionais,
tal lógica prende tanto quanto a participação integral da família em todo processo de ensino aprendizagem.
GESTÃO
PARTICIPATIVA
INOVADORA
A
C
Many family engagement programs logically focus on providing training and support for parent leaders,
giving them the skills and knowledge necessary to effectively partner with schools. Yet in implementing
family engagement programs, I have found again and again that the key to successful partnerships between
families and schools is the school principal. Even with comprehensive parent leadership training, sustain-
able family engagement initiatives cannot truly take hold without buy-in, shared understanding, and a
structure for parent engagement at the school level (QUEZADA, 2016, p. 23).
As relações entre os seres humanos, são mediadas e fortificadas pela cultura, pois, ela é a identidade de um
povo, não existe povo que não tenha cultura: pai-filho, homem-mulher, professor-aluno, leva-nos à reflexão do ponto
diferencial para o seu estudo, isso, no marco das relações. Todas as relações humanas são mediadas pela cultura
enquanto condição indispensável para corporizar a educação dos homens através relacionamentos. Sua observação
neste caso é fundamental para a compreensão e explicação do ser humano, princípios que provocam motivação e
autoconfiança de participar de activa na gestão escolar para servir e fazer. Quando as pessoas se sentem partícipes
da gestão, rendem mais e partem para atingir as metas definidas. Entre a família e a Escola caminham juntos na
construção de competências dos alunos quer formais como não formais dos alunos, tendo em atenção os interesses
dos alunos e os hábitos diários resultantes de uma cooperação mútua (REDONDO; MARTÍN, 2015, p. 125).
Para Lasater (2016, p. 272) as parcerias entre a família e as escolas têm um impacto positivo tanto em alunos
como em escolas, mas continuam sendo um grande desáfio, para vencer as barreiras e conflitos entre pais e professores.
Umpstead, Jankens, Gil, Weiss e Umpstead (2016) fundamentam a necessidade de dar possibilidade aos pais
e aos encarregados de educação, sobretudo os esclarecidos, a orientarem profissionalmente os seus filhos, isto nos
ciclos formativos técnicos ou superiores, com o apoio da escola, como centro esclarecedor e do enquadramento
profissional dos alunos.
Uma escola do progresso e da actualidade, possui uma ampla visão de trabalho corroborativo, coloca em
evidência todas as fortalezas e as valências da comunidade escolar, onde cada um contribui com a sua competência
para a construção de uma escola integrada, de uma escola para todos. Uma escola inteligente procura partilhar uma
leitura sobre a situação escolar do momento que caminhe para soluçóes em comum.
Ao longo da pesquisa, sentimos que a Escola Elimabe I precisa potenciar o seu impacto junto às comunidades. A
escola, deve ir ao encontro da família para juntos partilharem a gestão de uma escola participativa. Assim, a existência
de jangos (os centros comunitários) ajudariam esta metodologia e os resultados motivariam os alunos a colaborarem
também nas pretensões de seus familiares, os quais iriam assumir o papel de conselheiros educativos junto da escola
(JOE, 1973, p. 1-3).
Para Quigney (2017, p. 1-3), uma vez que podem haver requisitos únicos para esses alunos na realização dessa
transição, é importante que os conselheiros escolares estejam familiarizados com questões e técnicas específicas
críticas para o sucesso dos alunos. As categorias educacionais de deficiência e as considerações especiais que são
apresentadas podem ser benéficas para conselheiros escolares, pois aprimoram as oportunidades de seus alunos para
alcançar seus objetivos.
Dos vários estilos de liderança, recomenda-se para a implementação dessa gestão escolar interativa, quando
concretizada pelo seguinte estilo, considerado prático para os objectivos de uma escola inteligente: escola
democrática-participativa. Nesse caso, a escola poderia ser uma instituição bem colocada, compensando, deste
modo, os anseios da população. O que só possível interagir, delogar, cooperar, saber ouvir, saber dar espaços, respeitar,
solidarizar e cultivar a humildade na gestão da escola: todos são importantes, ninguém é Zero.
A gestão participativa (ABC) é um instrumento de trabalho mútuo, um princípio mínimo e indispensável para o
exercício da democracia nas escolas. A escola, deve promover uma oficina de diálogo permanente envolvendo todos
(professores, alunos, pais e encarregados de educação, funcionários administrativos e a comunidade em torno da
escola e demais agentes ligados ao ensino).
1.3 Factores que influenciam na participação dos pais e dos encarregados de educação
Ao pesquisar a realidade da Escola do I Ciclo Elimabe I quanto à participação dos pais e dos encarregados de
educação, verificamos que a maior parte deles são camponeses e comerciantes, visto que escola se localiza em uma
zona rural.
Desta feita, compreendemos que alguns pais e encarregados de educação não participam da vida escolar dos
seus educandos por causa da dupla jornada de trabalho. As reconstruções familiares trazem consigo mudanças
significativas no campo relacional familiar, provocando a emergência de situações sem precedentes. Costuma-se
dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética
para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que possa fazer frente às exigências competitivas do mundo, na
luta pela sobrevivência. Esta pesquisa, acentua o paralelismo que deve existir entre as famílias e a escola, com vista
a transformar o aluno, um produto em constante preparação.
Priest e Saucier (2016, p. 361), clarificam a proposta apresentada por Lave e Wenger (1991) sobre a participação
dos alunos nas práticas sociais das comunidades de aprendizagem do primeiro ano. A elaboração de Wenger (1998)
sobre “comunidades de prática” fornece uma visão de como essa participação transforma os alunos. Essas perspectivas
enquadram o aprendizado como um processo de socialização e de modelagem da identidade, no qual os alunos
ganham conhecimento e habilidades contextualizadas e legitimadas por suas comunidades. Utilizamos um método
de pesquisa e de perguntas abertas para examinar três facetas de participação: o acesso e a motivação dos alunos
para se juntar à comunidade, o significado de suas experiências na comunidade e a trajetória de aprendizagem – ou
seja, como a participação influenciou seus mais recentes acadêmicos ou decisões profissionais. Nossas descobertas
enfatizam que os alunos são motivados e valorizam o conteúdo acadêmico e as abordagens pedagógicas envolvendo
os autores do processo docente educativo. Este passo, representa um grande significado para auto aprendizagem do
aluno com base as suas experiências, negociadas através das relações interpessoaiss entre: coelgas, aluno-professor,
incluindo a própria família.
Para que se torne eficiente este trabalho pedagógico da parte dos professores e directores naível do contexto
escolar a escola precisa dedicar mais tempo muito à situações concreta que os educandos apresentam através
do preenchuimento do relatório pedagógico doa aluno, preenchimento com ajuda dos pais. Um relatório com os
seguintes dizeres: nome completo do aluno, filiação, residência, história de vida, história académica dos níveis
anteriores, perecentagem de aproveitamento do rendimento escolar da classe anterior, disciplinas com maior
aproveitamento, informações adicionais dos professores das classes anteriores, distância entre a escola e a residência,
nível socioeconómico da família e com quem vive. Uma vez trabalhado estes conceitos, a escola estará em condições
de acompanhar o rendimento das aprendizagem dos aluno bem como o seu comportamento.
Na participação activa da família na escola subsistem, ainda, muitas dificuldades para a tarefa educativa de
acordo com os objectivos requeridos orientados para a educação das crianças. Por vezes, determinadas famílias,
em vez de continuarem com os esforços positivos da escola, ou da igreja, contribuem para refrear esse esforço, que
às vezes desemboca em conflitos: escola-famílias. Outras famílias, aproveitando das iniciativas de proximidade
e de abertura da escola, conjugam sinergias e favorecem a continuidade dessa educação que a criança traz dessas
instituições educativas, ou por uma comunicação educativa recíproca. Nestes casos, há avanços sem grandes conflitos
psicológicos nas crianças. As boas relações entre ambos, fortificam o ambiente escolar, a escola torna-se um espaço
agradável quer para os alunos como para as famílias, pois todos beneficiam do processo e sentem-se hávidos em
contribuir para o seu bem estar. Os projectos educativos da escola e os projectos pedagógicos que incluem o aluno
podem revelar o interesse da escola e das famílias a partirem para a mesma direcção, constituindo uma escola nova,
uma escola aberta para todos.
A Escola do I Ciclo Elimabe I, não tem os tipos projectos mencionados e isso limita o grau da participação da
família, dos alunos e da comunidade educativa na visão de uma escola em mudança e com esforços partilhados para
objectivos comuns, boa formação do aluno e qualidade.
Muitas escola na actualidade vivem simplesmente dos normativos vindos do Ministério da Educação, como por
exemplo: a Lei de Bases da Educação nº 17 de 10 de 10 de 2016, o calendário acadêmico, os currículos e os planos
de estudos. Desta maneira, estaremos longe dos objectivos do ensino que o milénio desenhou. Precisamos de escolas
dinâmicas que, com a realidade, o contexto da escola, o histórico dos alunos, os seus recursos didácticos disponíveis,
as dificuldades quer administrativas, das insfras-estruturas, dos espaços como pedagógicas, incluíndo as competências
dos professores e as aprendizagens dos alunos, devem resultar na elaboração de projectos educativos e pedagógocos
orientados para a definição do que se pretende (AKÇALI; DEMIRCIOĞLU, 2016, p. 39).
É importante que a família procure sempre a escola de maneira a ajudar nas tarefas educativas, já que a escola
e a família são dois agentes fundamentais e com o mesmo obejectivo, que é de facilitar o processo de ensino e de
aprendizagem da criança, com os factores principais:
a) o baixo nível acadêmico das famílias, em que sentem-se inferiores para enfrentarem a escola de forma
contínua;
b) o nível socioeconômico das famílias de forma precária;
c) as ocupações laborais: agricultura de subsistência, a caça, a pesca, a recolha de frutos, entre outras tarefas.
Decorre, nesse caso, a obrigatoriedade de que a escola assuma o papel de intervenção social, tendo em conta a
pedagogia de proximidade, que ajuda a escola a estar mais próxima da família e da comunidade.
Nesta ordem de ideia, a escola no meio social deve procurar se firmar e fazer sentir o seu papel inteventivo
como agente de mudança e de apoio as famílias. Abordando as realidades das escolas em zonas rurais ou suburbanas,
as famílias vivem em situações desastrosas, de estrema pobreza ou, ainda, situação socioeconómica aflitiva, e isso
provoca desinteresse em motivar os filhos a irem para e escola, e acabam levando eles para seus trabalhos diários,
como lavra, caça, recolha de frutos e pesca. A escola, precisa considerar essas situações de enfretamento familiar
fazendo ponte para que elas considerem a escola o futuro de seus filhos para melhor posição social no intuinto de
garantir o bem-estar (LOCH, 2016, p. 93).
Os gestores escolares ou professores podem promover reuniões com as famílias junto às suas residências (jangos
comunitários de educação) apoiando-se as autoridades tradicionais. Desse modo, rompem-se as barreiras e os graus
de inferioridade ou superioridade. Cabe à escola adaptar-se ao aluno, as famílias, e não o contrário.
Esta parceria comunitária efectiva da escola–família–comunidade, pode se resumir no seguinte: liderança
democrática, trabalho em equipe, planos de acção, elaboração e gestão de planos financeiros, apoio colegiado e
avaliação do processo pedagógico no final de cada ano.
As contribuições das famílias na escola se revestem de tamanha importância no sentido de se mitigar determinadas
dificuldades que assolam a escola. Por exemplo, uma comissão de pais organizados e de forma voluntária pode
constituir subgrupos de apoio que atendam à limpeza e à jardinagem da escola, à disciplina escolar, ao reforço
das competências dos alunos, da monitoria do exercício do papel profissional dos professores, das avaliações das
aprendizagens dos alunos, do património e da manutenção dos recursos materiais e físicos da escola (YOLCU, 2013
2013, p. 227).
Harun Erm (2017, p. 838), diz que o principal ponto na abordagem educacional de hoje, de forma consensual,
é que ela é centrada no aluno com o objetivo de descobrir o impacto da unidade, família-escola afim de potenciar o
ensino: “ciência em tempo” na área de aprendizagem “ciência e sociedade”, como garantia do sucesso acadêmico
dos alunos.
Uslu e Gizir (2016, p. 63), examinam até que ponto os relacionamentos professor–aluno, relações entre colegas e
o envolvimento total da família independentemente da sua estratificação social ou status quo, podem ser usados para
prever um senso de pertença escolar – onde cada membro considera a escola a sua pertença e o local de projecção
social, partindo de exemplos práticos.
A maioria das pesquisas sobre a pertença à escola se concentrou na relação entre professor e aluno (BOOKER,
2004). A presente pesquisa revelou que as relações positivas dos adolescentes com os professores prevêem mudanças
nos resultados da motivação, senso de pertença, interesse na escola, expectativa de realização e valores, bem
como envolvimento, esforço e desempenho (GIANI; O’GUIN, 2010; GOH FRASER, 1998; GOODENOW, 1993;
MURDOCK, 1999; SULLIVAN; RICEIO; REYNOLDS, 2008; WENTZEL, 1998). Wentzel (1999) propôs que, antes
de esperar que os adolescentes sintam um sentimento de pertença à comunidade escolar maior, eles devem primeiro
desenvolver um vínculo com o professor. A pesquisa também demonstrou que o apoio dos professores pode ter o
efeito mais direto sobre o envolvimento da adolescência além do apoio de pais e colegas (CONNELL; WELLBORN,
1991; MURRAY; GREENBERG, 2000; NEWMANN, 1992; WENTZEL, 1998).
No I Ciclo do Ensino secundário que abrange da 7ª a 9ª classes, são constituídas por adolescentes até aos 17 anos
de idade. Esta etapa da vida do indivíduo é um de quadro de várias complexidades, por uma fase de transformação e de
transição da pessoa, pois, exige muita atenção, e um sério acompanhamento gizando políticas profícuas e exequíveis
que garantam uma formação completa do aluno.
Vários autores, afirmam que o envolvimento familiar na educação do aluno tem deve ser associado a aplicação
de métodos pedagógicos e psicológicos que possa motivá-lo a estudar e prepara-se para a avida. Assim, os melhores
resultados escolares desde a pré-escola até os anos do ensino médio são garantidos. Porque de um lado está a família
e do outro está a escola. (BELENORDO, 2001; BESTER, 2007; MAKGATO; MJI, 2006; STEWART, 2008).
Comer (1980) enfatizou que os adolescentes precisam do apoio total de seus pais para maximizar seu potencial da
escolaridade, sentirem-se valorizados e assistidos de forma contínua. O envolvimento familiar na vida escolar de uma
criança leva a um indivíduo feliz e bem ajustado com relações positivas com professores e colegas (OSTERMAN,
2000). Um crescente corpo de pesquisa demonstrou, ainda, que o envolvimento familiar leva os professores a ter mais
informações sobre seus alunos para se comunicarem com eles de forma efetiva. Assim, o envolvimento familiar é
visto como um instrumento para ajudar os adolescentes a se sentirem aceitos pelos professores (FREEMAN, 2005;
COMER, 1980; CLARK, 1983; STEWART, 2008).
Schulze (2017, p. 1) apresenta um estudo sobre a relação entre as experiências familiares, a motivação para
o aprendizado de ciências e a conquista científica de um grupo de aprendizes do Grade Nine na África do Sul,
tendo determinado três aspectos motivacionais do aprendizado de ciências: a uto – confiança, aprendizagem activa
e objectivos de realização. Percebe-se que, os valores escolares que pareciam estar relacionados ao aprendizado
das ciências e o aproveitamento das experiências dos alunos e das famílias, geram nestes termos as aprendizagens
significativas, sustentadas por saberes que os alunos trazem a partir de suas casas.
Peso, Chantarasombat e Tirasiravech (2017, p. 165), relatam que o fortalecimento da gestão de aprendizagem
do professor para a autoconfiança de alunos, envolve alguns eixos, a saber:
a) estudar as condições, problemas e necessidades actuais do desenvolvimento profissional de professores no
gerenciamento de aprendizagens na autossuficiência dos alunos;
b) desenvolver um modelo para a integração da família no processo de orientação das aprendizagens dos alunos;
c) promover uma avaliação participativa das aprendizagens e dos resultados acadêmicos dos alunos, entre a
escola e a comissão de pais e de encarregados de educação, na qualidade de representantes da família;
d) soluções e adequação de recursos para melhorar o ensino e a aprendizagem dos professores;
e) avaliar o desempenho profissional dos professores;
f) aprovação de actividades transversais para completar a formação dos alunos.
A motivação é um processo psicológico e energético, e como tal, pessoal e interno, que impele o indivíduo
para a acção, determinando a direcção do comportamento. Sendo um fenómeno psicológico, ocorre no
interior do indivíduo e varia de acordo com as diferenças individuais, as experiências anteriores e o nível
de aspiração de cada um.
A escola também tem a função de capacitar os indivíduos a fim de responder às exigências futuras do mercado
de trabalho. A formação do jovem está estritamente vinculada às condições que a escola lhe proporciona, quer elas
técnicas, metodológicas quanto estruturais e funcionais.
A escola também tem a função de propiciar situações de aprendizado ao aluno, para que ele como sujeito do
aprendizado, busque seu autoconhecimento através de incentivos e de motivos para participar de maneira activa
e dinâmica, construindo seu aprendizado com apoio da família, tornando, assim, a sociedade mais democrática.
Portanto, a formação contínua de professores é a base para sustentar a qualidade do ensino dos alunos e da boa
imagem da escola. Aqui, torna-se insprescíndivel que a didáctica do professor voltado a 360º, possa se fazer valer.
Onde na primeira instância solicita-se competências sólidas dos professores enquanto arquitetos do saber. Para no
fim ter-se: bons professores-bons alunos. Boa escola-bons alunos. Boa gestão escolar-bons alunos. Assim, todas
as variáveis do processo docente educativo jogam para o aprendizado do aluno. Fora do qual, a escola perde o seu
verdadeiro sentido.
3 Objetivos
a) Geral: abordar aspectos ligados ao grau de participação da família e o papel na gestão escolar como no
rendimento das aprendizagens dos educandos;
b) Específicos:
– descrever as formas de participação dos pais e dos encarregados de educação na gestão da Escola
ELIMABE I;
4 Metodologias
Para melhor compreensão do problema em estudo, selecionou-se a abordagem qualitativa com vista a intervir e
mudar o quadro que se vive actualmente na Escola do Ensino Primário e do I Ciclo do Ensino Secundário Elimabe I.
Para o presente trabalho, definiu-se como universo de estudo ou população 211 elementos assim distribuídos
conforme a Tabela 1.
A seleção da amostra foi feita de forma aleatória, isto é, tanto aos professores e aos alunos quanto aos gestores
da escola, o investigador direcionou-os tendo em conta unicidade de cada elemento.
Marconi (2003, p. 163) afirma que “a amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo.
(População); é um subconjunto do universo” (ver a representação da amostra na Tabela 2).
4.2 Variáveis
Trijullo (1974, p. 144) define variável como “um valor que pode ser dado por uma quantidade, qualidade,
característica, magnitude, traço que pode variar em cada caso individual”. Em outras palavras, podemos dizer que
variável é qualquer quantidade ou característica que pode possuir diferentes valores numéricos com dois tipos de
variáveis:
a) variável independente: influência dos pais e encarregados de educação;
b) variável dependente: sucesso no processo de ensino aprendizagem.
5 Técnicas e procedimentos
Do ponto de vista empírico, a classificação das técnicas utilizadas se baseiam aos critérios classificatórios do
“Existem várias técnicas de colecta de dados. As mais importantes são: o questionário, a entrevista, a observação, os
testes e o estudo documentário (MARCONI; LAKATOS, p. 103).
Nesta investigação, para responder à pergunta científica e atender aos objectivos propostos, utilizamos as
técnicas: entrevista para o diretor, e questionário para os alunos, professores e encarregados de educação.
5.1 Entrevista
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 201):
a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de
determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado
na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um
problema social.
5.2 Questionário
Segundo Marconi e Lakatos, (2003, p. 201) “o questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído
por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito com ou sem a presença do pesquisador,
usando várias formas que podem ser pelo: pelo correio, por um portador ou, ainda, presencialmente.
a) Entrevista ao Director: esse instrumento foi aplicado ao director porque, ele é o gestor principal da escola e
conhece melhor a realidade da instituição, assim como os aspectos relevantes da vida escolar e da influência
dos pais e encarregados de educação no processo de ensino e de aprendizagem;
b) Questionário aos professores: esse instrumento foi aplicado com objectivo de obter informação sobre o
trabalho que os professores têm feito na escola no que diz respeito à influência dos pais e encarregados de
educação no processo de ensino e aprendizagem; o mesmo foi conduzido de forma aleatória, pelo facto das
perguntas serem respondidas directamente pelos próprios professores, sem intercessão de outrem.
c) Questionário aos pais e encarregados de educação: foi aplicado para conhecer as suas opiniões, quanto
a sua efectiva participação na vida escolar dos seus educandos e do processo de gestão que garante a sua
manutenção. Visto que as famílias são os responsáveis legais e morais pela educação de seus filhos, como a
educação escolar não os exime dessa responsabilidade, a participação dos pais é flagrantemente necessária
para que continuem a exercer seu papel de principais educadores dos filhos.
d) Questionário aos alunos: foi aplicado para conhecer as suas opiniões para saber se os pais e os encarregados
de educação teriam influenciado no processo de ensino aprendizagem dos seus educandos e o grau de
interação escola-família.
Podemos entender que a direcção de escola Elimabe I tem efectivado políticas interactivas que engrandeçam o
processo de ensino-aprendizagem. Nesse caso a abertura democrática e flexível deve ser o maior desafio da escola
na medida em que os alunos, os professores, a família e a comunidade participam com o seu saber e experência, o
que podemos chamar de gestão ABC, a partir dos seguintes domínios:
a) elaboração do Projecto Educativo da escola;
b) elaboração do Projecto Pedagógico;
c) elaboração do Projecto da turma;
d) jornal Mural da turma ou da escola;
e) jardinagem escolar;
f) programar Semanas Académicas;
g) oficinas pedagógicas;
h) actividades desportivas e culturais;
i) visitas de solidariedades;
j) visitas e excursões académicas.
Arenilla, Gossot, Rolland e Roussel (2013, p. 463), consideram que o centro da mudança da identidade da escola
depende do grau da particpação de todos os agentes para objectivos comuns, uma influência positiva como garantia
para a promoção do sucesso das aprendizagens dos alunos. Assim, toda a vida escolar é constituída por um número
importante de projectos educativos integrados que se encaixa ao consenso e que visa as seguintes finalidades: a
eficácia da escola e o sucesso das aprendizages dos alunos, como um binónio inseperável.
Na terceira pergunta, 10 professores inquiridos responderam “Sim”, equivalente a 100%, “Não” responderam 0,
equivalente a 0%, “Talvez” responderam 0, equivalente a 0%. Assim Kundongende (2013, p. 70) argumenta que na
participação integral da família subsistem ainda muitas dificuldades para tarefa educativa de acordo com os objectivos
requeridos orientados para a educação e o ensino das crianças.
Na quarta pergunta, 8 professores responderam “Boa”, equivalente a 80%, 0 responderam “Má”, equivalente
a 0%, dois responderam “Razoável”, equivalente 20%. Isso significa que os alunos têm bom rendimento. Podemos
afirmar que a participação da família conta no aproveitamento escolar do aluno a começar por uma confiança colectiva
que deve ser demonstrada à criança em relação à escolha da escola.
Na quinta questão, 10 professores responderam “Sim”, equivalente a 100%, 0 responderam “Não”, equivalente
a 0%. Isso quer dizer que é fundamental a participação da família no processo de ensino e de aprendizagem.
Nessa linha, Marques (2001, p. 20) sustenta que, “quando os pais e encarregados de educação estão envolvidos na
escola, os seus filhos sentem-se mais motivados pelos estudos e, consequentemente, terão melhores resultados na
escola”.
Quanto à questão sobre a importância da influência da família no processo de ensino e aprendizagem
do aluno, dos 10 professores inquiridos verificamos que suas ideias convergem, argumentando que a família tem
grande importância no processo de ensino e de aprendizagem do aluno porque a primeira educação começa no seio
da famíla, enquanto a célula principal da sociedade. Kundongende (2013, p. 67) afirma que “a família como sendo
uma instituição social que une os indivíduos num grupo, que coopera para a prossecução de um objectivo comum e
consiste na criação e educação das crianças nascidas no seu seio”. Esse acto interativo provoca impacto que se traduz
na qualidade de ensino.
Já na terceira questão, os sete pais e os encarregados de educação convergem nas suas argumentações dizendo
que motivam os educandos a irem a escola e ajudando a revisar a matéria e auxiliando na tarefa deixada pelo professor.
Desta forma, Pilette (2008) sustenta que devemos procurar motivar os alunos a fim de que se interessem pela matéria,
a fim de que estudem de forma independente e criativa, e muito mais difícil. Mas, nesse caso, os resultados serão
muito gratificantes para professores e alunos, pois, ao final do processo, todos se sentirão realizados.
Na quarta questão, sete pais e encarregados de educação responderam “Sim”, equivalendo a 100%, nenhum
respondeu “Não”, equivalendo a 0%. Desta forma, fica claro que a escola corresponde à expectativa dos pais e
dos encarregados de educação. Assim, “a escola está, simultaneamente, ao serviço do indivíduo e da sociedade. O
indivíduo é, de facto o primeiro beneficiário da educação que recebe” (PILETTE, 2008, p. 10-11).
Na quinta questtão, sete pais e encarregados de educação responderam “Sim” (100%), e nenhum respondeu
“Não” (0%). Esse resultado nos leva a entender que os pais têm participado activamente da gestão escolar dos filhos.
A participação na gestão escolar deve ser entendida como o poder efectivo de colaborar activamente na
planificação, direcção, avaliação, controle e desenvolvimento do processo educativo (PILETTE, 2008, p. 55).
sucesso escolar dos seus filhos, uma vez bem acompanhados os mesmos terão uma ideia de que é importante eles se
esforçarem para eviatar possíveis decepções diante dos seus acompanhantes, que são os pais. O acompanhamento
dos pais passa a ser imprescindível na vida dos seus educandos e representa uma imagem motivadora e auxiliadora
porque eles terão a ideia do quanto o processo de ensino aprendizagem vale.
Na quinta questão, 21 alunos responderam “Sim”. equivalente a 70%; “Não” responderam nove, equivalente
a 30%. De acordo com as percentagens, esse resultado quer dizer que os pais e os encarregados de educação
desempenham o seu papel na formação de hábito de estudo dos filhos. É bem sabido que o papel dos pais na educação
dos filhos na família, na sociedade e na escola depende muito deles porque eles auxiliam educando no resgate de
valores morais, cívico, patrióticos, políticos e culturais para a edificação de uma sociedade melhor.
Quanto a sexta pergunta, 24 alunos responderam “Sim”, equivalente a 80%, e seis responderam “Não”,
equivalente a 20%. Isso significa que a escola é um agente fundamental em qualquer sociedade.
Assim, em função do trabalho de campo realizado concernente à influência dos pais e dos encarregados de
educação no processo de ensino e aprendizagem na Escola do I Ciclo do Ensino Secundário ELIMABE-I, os
objectivos do trabalho foram atingidos, visto que a análise de toda informação nos permite concluir que: a participação
de alguns pais e encarregados de educação no Processo de Ensino e Aprendizagem passa, preferencialmente, por
conhecer o aproveitamento dos filhos no final do ano lectivo e as competências profissionais dos professores,
inclusive daqueles que não têm formação docente e o que deve ser feito para garantir a formação contínua dos
mesmos.
Para uma educação com qualidade, aquela que Angola deseja alcançar em um futuro muito breve, é necessário
que os pais e os encarregados de educação participem activamente no acompanhamentos dos filhos às aulas, que
conheçam as competências profisssionais dos professores, as materias a serem leccionadas, a assiduidade e a
pontualidade dos seus filhos, evitando que os alunos coemntam faltas desnecessárias as aulas, bem como enganra
os enganar os encarregados, quando saiem de casa preparados para a escola e pelo caminho desviam-se para outros
fins. Daí a necessidades dos pais serem vigilantes na educação e formação dos filhos, e fazê-los pontuais, assíduos,
responsáveis e competentes para a vida social no futuro.
Considerações finais
O trabalho de pesquisa que desenvolvemos constitui uma oportunidade para aprofundamento dos conhecimentos
sobre a interacção que deve existir entre a família e a escola no processo de ensino e de aprendizagem. Portanto,
quanto melhor for a parceria entre elas, mais positivo e significativo será o desempenho escolar dos filhos. Porém,
a participação da família na educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida
escolar se complementam.
Uma vez que a Reforma Educativa dá abertura para uma maior participação das famílias, particularmente dos
pais e dos encarregados de educação na escola e reconhecendo a sua importância e o reflexo positivo nos resultados
de aprendizagem dos alunos, podemos dizer que o envolvimento de todos os actores educativos é muito importante,
principalmente dos pais e encarregados de educação nos diferentes níveis de decisão.
Em Angola a investigação qualitativa na área da educação em relação à escola-família é praticamente inexistente
pelo facto de que algumas direcções de escolas limitarem a comunicação aos pais e encarregados de educação para
saberem da evolução dos seus educandos. A eficencia da comunicação didáctica e organizacional reveste-se como
uma prática interativa visando diminuir as barreiras e burocracia no âmbito da escola, podendo abrir fundamentos que
possam dirmir divergências e dúvidas em relação ao exercício de papéis e funções de todos os actores directamente
envolvidos no processo educativo: directores, professores, alunos e a família (MENEZES, 2010, p. 58).
Assim, para que haja um aumento da participação dos pais e dos encarregados de educação na Escola Primária
e do I Ciclo ELIMABE-I é preciso levar em consideração que todos são responsáveis pelo envolvimento do acto
educativo e que a resolução dessa problemática cabe a todos: desde directores, professores e, particularmente, aos
pais e encarregados de educação, aos alunos e toda a comunidade educativa. A influência dos pais e encarregados
de educação é considerada um alicerce que apoia o sucesso do rendimento escolar e a construção das competências
dos educandos e aprendizagens significativas dos alunos, condição essencial para o desenvolvimento integral do
indivíduo. porém, é na familia que começa a socialização primária da criança onde tem seus principais contactos
com o mundo externo, com a linguagem, com a observaçáo dos fenómenos e daí aprender os primeiros valores
éticos, morais, hábitos e regras de convivência social. Tal convivência enquanto socialização secundaria é funda-
mental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de relacionamentos (O’DONNELL; KIRKNER,
2014, p. 211).
Um a escola participativa e inovadora é aquela que percebe o contexto das famílias por diversas tipologias,
quer elas das zonas urbanas, suburbanas e quanto as das zonas rurais. Sabe-se que família da zona rural é pouco
esclarecedora e com o nível sócio-económico baixo, tendo em conta o seguinte: o medo, a timidez e os receios
fazem com que se limitam e não participam na gestão da escola devido o seu nível social e até económico. O único
momento que consideramos de ouro em que as mesmas levam os seus filhos a escola, é no início de cada ano lectivo
na confirmação de matrícula ou mesmo matrícula qiuando se trata pela primeira vez. Desta feita, cabe a escola
promover a proximidade, atraindo as comunidades para a promoção das inteligências colectivas e permitir que elas
participem na resolução dos assuntos da ecsola sem qualquer descriminação.
Sugestões
Para minimizarmos algumas dificuldades no processo de ensino e aprendizagem no que tange à influência
dos pais e dos encarregados de educação em âmbito escolar tornando-a participativa, producente e inovadora
sugere-se:
a) optarem por uma gestão escolar participativa e reflexível;
b) promover diálogo sistemático com pais e encarregados de educação;
c) a escola e os professores devem cultivar a pedagogia de proximidade junto das famílias;
d) fazer funcionar com urgência a comissão de pais e encarregados de educação e procurar dinamizá-la;
e) elaborar projectos pedagógicos com a participação dos principais agentes que influenciam as aprendizagens;
f) corresponder a dinâmica de uma gestão participativa em ABC;
g) melhorar a imagem da escola por práticas reflexivas que dinamizem uma escola activa;
h) implementar a política de jangos/centros comunitários, onde a escola deve motivar a participação dos pais e
encarregados de educação na gestão escolar;
i) promover a Assembleia de delegados de turmas por cada trimestre sobre tudo para os ciclos mais avançados
com objectivo estudar os caminhos para a resolução dos problemas mais candentes da escola;
j) promover Assembleia dos pais e encarregados de educação por cada trimestre para a elaboração do plano
anual da escola, do projecto político educativo da escola e avaliação das aprendizagens dos alunos, podendo
propor medidas técnicas para a remediação.;
k) a implementação de cursos de superação e treinamento didáctico – pedagógico para professores;
l) acompanhar as aprendizagens dos alunos com necessidades de apoio educativo e proceder orientações
precisas junto de suas famílias.
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Autor:
João Isarael Cabamba
Doutorando em Educação da Universidade de Sevilha, US, Sevilha, Espanha. Professor e Pesquisador da Escola Superior Politécnica de Malanje (ESPM).
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0507-9833
E-mail: cabambatikito@yahoo.com.br