Sue Christine Siqueira
Sue Christine Siqueira
Sue Christine Siqueira
Goiânia
2015
Sue Christine Siqueira
Goiânia
2015
Dados Internacionais de Catalogação da Publicação (CIP)
(Sistema de Bibliotecas PUC Goiás)
CDU 616-004(043)
FOLHA DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________
Prof.ª Dr.ª Cejane Oliveira Martins Prudente
Presidente da banca - PUC Goiás.
___________________________________________
Prof.ª Dr.ª Marciclene de Freitas Ribeiro Junqueira
Membro Efetivo, Externo ao Programa - FESGO.
___________________________________________
Prof.ª Dr.ª Priscila Valverde de Oliveira Vitorino
Membro Efetivo, Interno ao Programa - PUC Goiás.
__________________________________________
Prof.ª Dr.ª Maysa Ferreira Martins Ribeiro
Membro Suplente, Interno ao Programa - PUC Goiás.
DEDICATÓRIA
À Deus, que sempre esteve à minha frente me dando forças para nunca desistir.
À Profª Drª Cejane Oliveira Martins Prudente, minha orientadora, por acreditar no meu potencial e
por sua valiosa orientação.
Às Profª Drª Priscila Valverde de Oliveira Vitorino, minha coorientadora, pela confiança demonstrada.
À Profª Drª Maysa Ferreira Martins Ribeiro por toda a colaboração durante este percurso.
À Profª Drª Marciclene de Freitas Ribeiro Junqueira por aceitar fazer parte deste momento tão
importante da minha vida.
À Direção do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) por permitirem a
realização desta pesquisa.
À minha família – à minha mãe, aos tios, tias, primos e primas e sogra pelo carinho que sempre recebi de
todos.
Aos pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica que aceitaram participar deste estudo, compartilhando
sentimentos e experiências.
À todos os amigos, que sempre estiveram ao meu lado, torcendo pelo meu sucesso.
.
RESUMO
1 APRESENTAÇÃO 8
2 INTRODUÇÃO 11
3 OBJETIVOS 20
3.1 Objetivo Geral 20
3.2 Objetivos Específicos 20
4 MÉTODO 21
4.1 Método Artigo 1 21
4.2 Método Artigo 2 22
4.2.1 Tipo e local de estudo 22
4.2.2 População e amostragem 23
4.2.3 Procedimento de coleta de dados 24
4.2.4 Descrição das variáveis e análise dos dados 25
4.2.5 Aspectos éticos 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 28
5.1 Artigo 1- Qualidade de vida de paciente com Esclerose Lateral 28
Amiotrófica: uma revisão integrativa
5.2 Artigo 2- A avaliação da qualidade de vida de pacientes com 42
Esclerose Lateral Amiotrófica por meio do ALSAQ-40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 53
REFERÊNCIAS 54
APÊNDICES
APÊNDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO.
APÊNDICE B- FICHA DE PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO
ANEXOS
ANEXO A - CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA
BRASIL (CCEB)
ANEXO B - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ESCLEROSE
LATERAL AMIOTRÓFICA (ALSAQ-40)
ANEXO C- PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
ANEXO D – NORMAS DE PUBLICAÇÃOEM PERIÓDICOS
REFERENTES AOS ARTIGO 1 E 2 - REVISTA DA REDE DE
ENFERMAGEM DO NORDESTE – RENE E REVISTA LATINO-
AMERICANA DE ENFERMAGEM
1 APRESENTAÇÃO
2 INTRODUÇÃO
e NMI em uma região somente. ELA suspeita com sinais de NMS em uma ou mais
regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra) e sinais de NMI em uma ou mais
regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra) (BRASIL, 2009).
Chieia et al. (2010) revelam que fora formulado no Japão melhores critérios
de diagnóstico para ELA, os "Critérios de Awaji". Houve uma reformulação da
eletromiografia, adicionando fasciculação com sinal de dano neuronal e inclusão de
novos métodos de diagnóstico com estimulação magnética transcraniana, voxel
baseada morfometria e imagem do tensor de diffusium.
Embora tenha ocorrido uma evolução quanto ao diagnóstico do agravo, a
Esclerose Lateral Amiotrófica ainda não possui cura e seu tratamento está centrado
no aumento da expectativa de vida e no retardo da evolução da doença, porém hoje
utiliza-se o medicamento Riluzol, droga inibidora da excitotoxicidade (glutamato),
que prolonga a vida em alguns meses (BRASIL, 2009).
Pacientes com ELA apresentam alterações funcionais, levando a uma
incapacidade física permanente, o que interfere diretamente no desempenho das
atividades de vida diária, influenciando negativamente a qualidade de vida e a
percepção que o indivíduo passa a ter acerca da vida (BANDEIRA et al., 2010;
MELLO et al.,2009).
Mello et al. (2009) e Minayo (2000) definem qualidade de vida como algo
intrínseco ao homem, que está em busca constante de satisfação na vida familiar,
amorosa, social/ambiental e à própria estética existencial. Algo subjetivo ao homem,
que deve ser construído a partir da experiência de vida, valores e cultura, sendo um
conceito dinâmico, pois pode mudar de acordo com a época.
Fleck et al. (2000) relatam que o interesse pelo conceito qualidade de vida se
revelou com a desumanização da área médica e da ciência, em decorrência dos
avanços tecnológicos nesta área, o que acarretou um movimento nas áreas das
ciências humanas e biológicas com intuito de valorizar parâmetros mais amplos da
vida do indivíduo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) (1995) o conceito de
saúde não é mais ausência de doença e sim o bem-estar bio-psiquico-social do
indivíduo, o que corrobora com o conceito de Qualidade de Vida, considerando a
percepção da pessoa sobre seu contexto de vida, sua posição na vida, inseridos na
cultura e valores que vivencia e os seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações.
18
3 OBJETIVOS
4 MÉTODOS
4.1 Artigo 1
4.2 Artigo 2
4.2.2 População/Amostra
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Artigo 1
Este estudo objetivou selecionar e analisar criticamente as publicações que avaliaram a qualidade de vida de
pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) por meio do Questionário de Avaliação da ELA (ALSAQ-
40 e/ou ALSAQ-5). Foram identificados 08 artigos nas bases de dados MEDLINE e Pubmed. Os domínios que
mais prejudicados da qualidade de vida foram mobilidade física e atividades de vida diária. Já em pacientes com
ELA bulbar, comunicação e alimentação foram mais prejudicados. Problemas com a assistência à saúde e a falta
de apoio social ao cuidador impactaram negativamente a qualidade de vida do paciente. O estresse emocional se
correlacionou com a comunicação, mobilidade física e progressão da doença em pacientes com respiração e
alimentação artificial, mas não está diretamente relacionada aos avanços da deterioração física e sim como o
paciente processa as experiências. Acredita-se que a pesquisa venha contribuir para a construção de novos
conhecimentos acerca da qualidade de vida desta população.
PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de Vida; Esclerose Amiotrófica Lateral; Questionários.
This study aimed to select and critically analyze the publications that evaluated the quality of life of patients with
Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS) through the IT Assessment Questionnaire (ALSAQ-40 and / or ALSAQ-
5). They identified 08 articles in the MEDLINE and PubMed databases. The areas that most affected the quality
of life were physical mobility and activities of daily living. In patients with ALS bulbar, communication and
power were most affected. Problems with health care and the lack of social support to the caregiver negatively
impacted the quality of life of the patient. Emotional stress correlated with communication, physical mobility
and disease progression in patients with breathing and artificial feeding, but is not directly related to advances in
physical deterioration, but as the patient processes the experiences. It is believed that research will contribute to
the construction of new knowledge about the quality of life of this population.
KEYWORDS: Quality of Life; Amyotrophic Lateral Sclerosis; Questionnaires.
El objetivo fue seleccionar y analizar críticamente las publicaciones que evaluaron la calidad de vida de los
pacientes con esclerosis lateral amiotrófica (ALS) utilizando el instrumento específico ALSAQ-40 y / o
ALSAQ-5. Ellos identificaron 08 artículos en el MEDLINE y las bases de datos PubMed. Las áreas que más
repercuten en la calidad de vida fueron la movilidad física y las actividades de la vida diaria. En los pacientes
con ELA bulbar, la comunicación y el poder fueron los más afectados. Problemas con la atención de salud y la
falta de apoyo social para el cuidador impactados negativamente la calidad de vida del paciente. El estrés
emocional correlaciona con la comunicación, la movilidad física y progresión de la enfermedad en pacientes con
respiración y la alimentación artificial, pero no está directamente relacionada con los avances en el deterioro
físico, pero como el paciente procesa las experiencias. Se cree que la investigación contribuirá a la construcción
de nuevos conocimientos acerca de la calidad de vida de esta población.
PALABRAS CLAVE: Calidad de Vida; Esclerosis Lateral Amiotrófica; Cuestionarios.
30
INTRODUÇÃO
Com esta revisão os profissionais de saúde poderão direcionar suas atividades para os
aspectos mencionados quanto a percepção que o paciente tem acerca de sua qualidade de
vida.
Diante do exposto, o presente artigo teve como objetivo selecionar e analisar
criticamente as publicações que avaliaram a qualidade de vida de pacientes com ELA por
meio do ALSAQ-40/ALSAQ-5.
MÉTODO
Procedeu-se a busca dos artigos completos e após a leitura e tradução dos artigos, nove foram
selecionados, porém um deles redigido em russo foi retirado. Oito finalizaram a amostra,
sendo seis da MEDLINE e dois do PubMed.
As evidências foram classificadas em sete níveis. No nível I: estudos de revisão
sistemática ou metanálise de ensaios clínicos randomizados controlados; nível II: estudos de
ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; nível III: estudos de ensaios clínicos
bem delineados sem randomização; nível IV: estudos de coorte e de caso-controle bem
delineados (não experimental); nível V: estudos de revisão sistemática de estudos descritivos
e qualitativos; nível VI: evidências de um único estudo descritivo ou qualitativo; e nível VII:
evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatórios de comitê de especialistas(10).
Os dados foram analisados detalhadamente, de forma crítica, procurando explicações
para os resultados encontrados pelos autores. Foi realizada a discussão dos principais
resultados, comparando os diferentes estudos e identificando conclusões. Os dados referentes
a autores, ano de publicação, objetivos, delineamento e método do estudo, resultados e nível
de evidência estão apresentados de forma esquemática em um quadro, para melhor
visualização.
RESULTADOS
Todos os artigos que fizeram parte da amostra são internacionais e foram publicados
em periódicos das áreas de neurologia, medicina, psicologia e em periódicos específicos da
ELA. Dos oito artigos, sete são de origem européia e um de origem asiática. Em relação ao
ano de publicação, foi heterogênea, embora tenham prevalecido 2010 e 2014 com duas
publicações cada um. Três estudos são transversais(11-,13), três ensaios clínicos(14,15,16) e dois
longitudinais (17,18).
Três estudos tiveram como objetivo descrever ou relacionar aspectos que influenciam
a qualidade de vida de pacientes com ELA(11,13,18), dois estudos utilizaram o instrumento
ALSAQ-40 como forma comparativa de medida(12,17) e três estudos aplicaram o ALSAQ-40
para verificar o efeito de uma intervenção(14- 16). Assim foram selecionados os oito artigos
para análise, conforme apresentado no Quadro 1.
Quadro 1: Artigos que utilizaram os instrumentos ALSAQ-40/ALSAQ-5 em pacientes com ELA, segundo
autor, ano, objetivos, delineamento, método, conclusãoe nível de evidências (2015).
Autor / Objetivos Delineamento Método Conclusão NE
ano
Obayashi Avaliar se a Estudo Aplicado o instrumento ALSAQ- Em pacientes com ELA
K (2008) Cromogranina longitudinal 40 e nível de CgA salivar em 12 moderada foi observada
(17)
A (CgA) salivar pacientes com ELA moderada e correlação significativa entre VI
poderia ser útil em 12 pacientes com ELA nível de CgA salivar e
e quantitativo da terminal. Foram medidos CgA e pontuação do domínio
função comparados a 26 voluntários Funcionamento emocional
emocional em saudáveis. do instrumento ALSAQ-40.
pacientes com
ELA,
especialmente
em pacientes
avançados.
Gotqb- Estimar a Estudo Foram aplicados os instrumentos O domínio mobilidade física
Janowska, utilidade da transversal ALSAQ-5 e ALSAQ-40 em 44 (pontuação média: 80,8) foi
Honczare escala de pacientes com ELA. o mais impactado VI
nko M avaliação de negativamente na qualidade
(11)
(2010) qualidade de de vida, em seguida o
vida ALSAQ-5 domínio atividade de vida
em pacientes diária (pontuação média: 76)
com ELA e e o domínio alimentação
estabelecer a (pontuação media: 66,3) foi
relação entre o que obteve menor
qualidade de influência na qualidade de
vida e idade, vida do paciente com ELA.
sexo, duração O domínio mobilidade física
da doença, correlacionou-se
escolaridade e negativamente à baixa
tratamento. escolaridade.
Weber M Determinar o Randomizado Foram aplicados 5 mg de THC O uso do THC não teve
(14)
(2010) efeito de duplo-cego, em 27 pacientes duas vezes ao efeito sobre as medidas de
Tetrahidrocanab cross-over dia seguido de placebo. Foram qualidade de vida (ALSAQ- III
inol (THC) aplicados os instrumentos 40).
administrado ALSAQ-40, ALSFRS-R, SDQ,
oralmente em FAACT e HADS.
cãibras em
pacientes com
Esclerose
Lateral
Amiotrófica
Peters M Investigar a Transversal Foram aplicados os instrumentos O domínio mobilidade física
34
(2012) (12) relação entre o ALSAQ-40, SF-12 e CSI em 404 (69,65) foi o mais
auxílio pacientes e 404 cuidadores . prejudicado, seguido das
fornecido pelos Os cuidadores foram divididos Atividades de Vida Diária VI
serviços de em dois grupos: os que (66,87), sendo a alimentação
atenção à saúde reportaram um ou nenhum o que menos impactou de
social e bem problema com serviços de forma negativa.
estar do atenção à saúde e social e os que A idade do paciente e tempo
cuidador do reportaram dois ou mais desde o diagnóstico de ELA
portador de problemas com serviços de não tiveram diferenças
Doença do atenção à saúde e social. significativas entre os dois
Neurônio Motor grupos.
(MND) e o bem Quatro domínios do
estar emocional ALSAQ-40 tiveram
do paciente. diferenças significativas
entre os dois grupos:
mobilidade física, atividades
de vida diária, alimentação e
função emocional.
Mora JS Analisar e Longitudinal 110 pacientes com ELA foram Pacientes com ELA de início
(18)
(2013) avaliar: como os avaliados com menos de 1 ano de espinhal tiveram o domínio
pacientes com diagnóstico, depois mais duas mobilidade mais
ELA percebem vezes em intervalos de 6 meses, prejudicado, enquanto que
sua saúde usando o instrumento ALSAQ- os domínios alimentação e
emocional; o 40. comunicação foram os mais
impacto prejudicados nos pacientes
emocional de de início bulbar. No domínio
suas função emocional:
inabilidades preocupações com o futuro,
físicas; as ser um fardo, falta de
inabilidades liberdade e desesperança
físicas com foram os mais prejudicados.
maior impacto Na terceira avaliação: falta
emocional e os de liberdade, preocupações
sentimentos com o futuro e ser um fardo.
com maior 25% das variações da função
impacto emocional foram explicadas
emocional. por mudanças no estado
físico na primeira avaliação
e 16% na última.
Na segunda avaliação houve
correlação entre todos os
domínios e o domínio
função emocional,
prevalecendo o domínio
comunicação. Na terceira
35
avaliação, o domínio
comunicação foi o mais
prejudicado e os menos
foram o domínio mobilidade
física e alimentação.
Creemers Estudar o efeito Ensaio clínico Durante 12 meses 132 pacientes O domínio função
H (2014) do randomizado (71 no grupo de intervenção e 61 emocional aferido pelo
(15)
gerenciamento controlado no grupo controle) e 126 ALSAQ-40 não se alterou ao II
de casos na cuidadores receberam longo do tempo.
qualidade de gerenciamento de caso mais Não houve diferença
vida, esforço do cuidado tradicional ou apenas significativa nos valores do
cuidador, cuidado tradicional. Foram ALSAQ-40 entre o grupo de
percepção da utilizados os instrumentos intervenção e o grupo
qualidade do ALSAQ-40, ALSFRS-R, ACSI e controle
cuidado ao QOC no 4°, 8° e 12° mês da
paciente com pesquisa.
ELA.
Abdulla S Determinar o Transversal O domínio função emocional foi O domínio mobilidade física
(13)
(2014) nível de avaliado em 121 pacientes com (49,0) do instrumento VI
problemas ELA utilizando o instrumento ALSAQ-40 foi o mais
emocionais e ALSAQ-40. afetado, seguido das
avaliar o atividades de vida diária
impacto dos (47,0), comunicação (44,9),
danos físicos no função emocional (38,8) e o
bem estar domínio alimentação (26,6).
emocional do Dentre os itens do domínio
paciente com função emocional, os
ELA. sentimentos mais
impactantes foram
preocupações com o futuro,
sentimento de falta de
liberdade, preocupação em
ser um fardo, e desesperança
com o futuro.
A pontuação do ALSFRS-
EX e a taxa de progressão da
doença impactaram o
domínio função emocional,
exceto os itens
“preocupações com o
futuro” e “raiva da doença”.
A função emocional foi
impactada pelo uso de
medidas de prolongamento
36
DISCUSSÃO
A análise dos artigos que fizeram parte deste estudo mostraram que os domínios
mobilidade física e atividades de vida diária foram os que mais impactaram negativamente a
qualidade de vida dos pacientes com ELA(11-13) e ELA espinhal(18). Em pacientes com ELA de
início bulbar, os domínios alimentação e comunicação foram os mais prejudicados, enquanto
que as dificuldades na mobilidade física afetaram a qualidade de vida destes pacientes em
menor extensão, o que se justifica, pois as inabilidades físicas dos pacientes com ELA bulbar
e ELA espinhal se apresentam em momentos diferentes durante a evolução da doença(17-18).
No geral, nos estudos realizados, os domínios que menos impactaram negativamente a
qualidade de vida foram alimentação(12,13) e função emocional(11,18).
Os déficits encontrados nos domínios avaliados vão de encontro às características da
ELA, como sendo uma doença degenarativa de todo o sistema neurônio motor, incluindo
membros, bulbo, resultando em paralisia progressiva de músculos esqueléticos, incluindo os
da fala, deglutição e respiratórios(11-13,17,18). Porém, à medida que aumenta a deterioração
37
Os pacientes com ELA fazem uso de medicamentos para tratar sintomas psicológicos,
mas os efeitos na qualidade de vida destes pacientes são limitados, o que sugere uma maior
ênfase em terapias alternativas para minimizar o estresse emocional, já que não depende
exclusivamente dos danos físicos causados ao longo da vida, mas sim como o indivíduo
processa em sua mente e interpreta as experiências vividas, ou seja, a disfunção física por si
só não é o principal contribuinte para o sofrimento emocional(17-18).
A qualidade de vida do paciente com ELA em estudo realizado na Polônia com 44
pacientes não foi prejudicada pelos fatores sociodemográficos, como idade e sexo e fatores
clínicos como tipo de tratamento. Já a baixa escolaridade impacta negativamente o domínio
mobilidade física(11). Os domínios mobilidade física, atividades de vida diária, alimentação e
função emocional dos pacientes com ELA obtiveram diferenças significativas entre o grupo
de cuidadores que relatou ter um ou nenhum problema com o fornecimento de serviços de
atenção à saúde e apoio social e o grupo que afirmou ter dois ou mais problemas. Neste
mesmo estudo a idade do paciente e tempo desde o diagnóstico não tiveram diferenças
significativas entre os dois grupos. Isso se vale, pois a redução da qualidade de vida do
paciente está relacionada ao número de problemas relatados pelos cuidadores e a quantidade
de horas gastas no cuidado prestado(12).
Não houve alteração no resultado do ALSAQ-40 aplicado a 27 pacientes num ensaio
clínico que compara intervenção medicamentosa e placebo(14,16). Como também em outro
estudo de gerenciamento de caso com 132 pacientes (71 no grupo de intervenção e 61 no
grupo controle), que não obteve diferença entre grupo de intervenção e grupo controle, além
de não ter alterado ao longo do tempo, com a evolução da doença(15). A ELA por se tratar de
uma doença progressiva e neurodegenerativa que acomete os neurônios motores tem suas
características particulares e poucas intervenções alteram significativamente o curso da
doença(21, 22).
Os dois estudos que tiveram intervenção(14,15) mostraram que não houveram diferenças
significativa nos valores do ALSAQ-40, principalmente no domínio função emocional.
Embora os autores do estudo não tenham discutido esse resultado, pode ser devido à doença
ter uma característica peculiar, que é o fato da função cognitiva permanecer intacta na maioria
dos casos. O paciente tem consciência de toda a evolução da doença e os aspectos emocionais
são individuais, pois depende como cada um processa a experiência que está vivenciando.
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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41
5.2 Artigo 2
mobilidade física e atividades de vida diária (AVD). Tiveram pior qualidade de vida pacientes
do sexo feminino, com idade igual ou inferior a 50 anos, com três ou mais filhos, sem meio de
transporte próprio e plano de saúde, com tempo de diagnóstico maior ou igual a um ano, que
vivem os pacientes com ELA contribui para implementação de políticas públicas e melhora
qualidade de vida.
Introdução
invariavelmente fatal e de perda progressiva dos neurônios motores seja inferior ou superior,
movimentos das pernas, braços e todo o corpo, como também a fala, deglutição e respiração
três a cinco anos após o início dos sintomas(4). Porém em torno de 10% dos pacientes
mas em algumas regiões do Pacífico Ocidental a prevalência chega a ser 50 vezes maior(6). O
paciente acometido com ELA na maioria dos casos permanece com a função cognitiva
intacta(7). Porém a disfunção cognitiva pode ocorrer em 20-50% dos casos, e 5-15% de
A ELA possui algumas características, como o aumento da fadiga física, perda da fala,
satisfação que o indivíduo tem na sua vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria
vida é a percepção que o indivíduo tem acerca de sua posição na vida, no contexto da cultura
e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações(11).
44
A qualidade de vida de pacientes com ELA pode ser mensurada por instrumentos
(SF- 36), Word Health Organization Quality of Life (WHOQOL-100 e WHOQOL- Bref),
Schedule ofevaluation individual Qualityof Life (SEIQoL) e sua forma abreviada Schedule
Mesmo sabendo que a ELA não tem cura, existe a possibilidade de melhorar a
No Brasil a produção científica sobre qualidade de vida de pacientes com ELA por
qualidade de vida possibilita verificar domínios que estão afetados no curso da doença, o que
outros instrumentos genéricos não viabilizam. Observa-se a necessidade de estudos com esta
Dessa forma, este estudo teve como objetivo analisar a qualidade de vida de pacientes
Método
inclusão: diagnóstico confirmado de ELA, com idade igual ou superior a 18 anos, que
dimensões: (1) mobilidade física (10 itens); (2) atividades de vida diária (AVD) (10 itens); (3)
alimentação (3 itens); (4) comunicação (7 itens); e (5) função emocional (10 itens). As
perguntas referem-se a duas semanas antes do dia da aplicação e as respostas são dadas de
acordo com as seguintes variáveis (0) nunca, (1) raramente, (2) às vezes, (3) frequentemente e
(4) sempre apresenta dificuldade. Os intervalos de pontuação são de 0 a 100, ou seja, 0-19
nunca apresenta dificuldade, 20-39 raramente apresenta dificuldade, 40-59 às vezes apresenta
46
A análise estatística foi realizada com a utilização do programa Satistical Package for
the Social Sciences (SPSS®) versão 16.0. As variáveis referentes ao perfil sociodemográfico e
clínico foram apresentadas com média, desvio padrão, frequências absolutas e relativas. A
pontuação obtida nos domínios do ALSAQ-40 foi expressa em média, desvio padrão,
por meio do teste t e ANOVA. A comparação da significância foi feita por meio do teste
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Pontifícia Universidade
Resultados
Participaram do estudo 30 pacientes com ELA, com idade entre 26 e 77 anos, com
se que houve distribuição homogênea em relação ao sexo e estado civil (solteiro e casado). A
maioria dos pacientes possuía de 1 a 2 filhos (60%), ensino médio e/ou superior (60,0%), casa
própria (73,3%), carro próprio ou da família (56,7%), renda familiar mensal entre 1 e 3
salários mínimos (62,1%), não possuía plano de saúde (60%) e era da classe econômica C e D
(53,3%).
47
Tabela 1- Perfil sociodemográfico dos 30 pacientes com ELA. Goiânia, GO, Brasil, 2014
(n=30)
Variáveis n %
Sexo
Masculino 15 50,0
Feminino 15 50,0
Estado civil
Solteiro 15 50,0
Casado 15 50,0
Número de filhos
1 – 2 filhos 18 60,0
≥ 3 filhos 12 40,0
Escolaridade
Fundamental 12 40,0
Médio/Superior 18 60,0
Tipo de residência
Própria 22 73,3
Cedida e Alugada 08 26,7
Transporte
Carro próprio e da família 17 56,7
Ônibus e outros meios 13 43,3
Renda em salários mínimos*
1 a 3 salários 18 62,1
≥ 4 salários 11 37,9
Plano de saúde
Sim 12 40,0
Não 18 60,0
Classificação econômica
AeB 14 46,7
CeD 16 53,3
* salário mínimo correspondente a R$ 724,00 em 11/2014, Brasil.
Na maioria dos pacientes, o tempo dos primeiros sinais e sintomas ao diagnóstico foi
maior ou igual a um ano (56,7%), o tempo de evolução da doença foi de um a três anos
(63,3%) e o tempo do diagnóstico até a data da entrevista foi maior ou igual a 1 ano (56,7%).
A grande maioria recebia atendimento ambulatorial (76,7%), usava Bilevel Positive Pressure
Tabela 2- Perfil clínico dos 30 pacientes com ELA. Goiânia, Goiás, Brasil, 2015 (n=30)
Variáveis n %
Tempo dos primeiros sinais e sintomas ao
diagnóstico
<1 ano 13 43,3
≥1 ano 17 56,7
Tempo de evolução da doença
1 - 3 anos 19 63,3
≥ 4 anos 11 36,7
Tempo do diagnóstico até a data da entrevista
<1 ano 13 43,3
≥ 1ano 17 56,7
Local de Atendimento
Ambulatorial 23 76,7
Domiciliar 7 23,3
Uso do Bipap
Sim 23 76,7
Não 7 23,3
Uso da cadeira de rodas
Sim 19 63,3
Não 11 36,7
Bipap (Bilevel Positive Pressure Airway)
Tiveram pior qualidade de vida no domínio mobilidade física pacientes sem plano de
saúde, que usavam cadeira de rodas e que recebiam atendimento domiciliar. Obteve pior
qualidade de vida no domínio AVD os pacientes com idade igual ou inferior a 50 anos, que
não tinham carro próprio e nem plano de saúde, com tempo do diagnóstico até a data da
domínio alimentação foi mais impactado negativamente em pacientes que não utilizavam
cadeira de rodas. O domínio função emocional da qualidade de vida foi pior em pacientes do
Discussão
A média de idade dos pacientes deste estudo (53,67 anos) está de acordo com a
literatura e outras pesquisas(5,13,19,20). Porém está abaixo de alguns estudos realizados com
pacientes com ELA, os quais apresentam uma média de idade acima de 60 anos(3,15,21-23).
Quanto ao estado civil, houve uma distribuição homogênea entre solteiros e casados,
como também em relação ao sexo, o que não condiz com a literatura, na qual relata que a
ELA acomete mais homens que mulheres(24), como ocorreu em outros sete estudos europeus e
(73,3%) e carro próprio ou da família (56,7%). Chama a atenção o fato da maioria encontrar-
se nas classes C e D (53,3%) e possuir renda entre 1 a 3 salários mínimos (62,1%). Resultados
Considerando que o tempo de sobrevida do paciente com ELA seja curto, houve uma
Espanha com 110 pacientes(5) e outro holandês com 132 pacientes (22)
o que pode estar
até o dia da entrevista, condiz com outros estudos(3,20,22) e foi menor que dois estudos
o tempo de diagnóstico foi equivalente a um estudo inglês(21) e maior que um estudo espanhol
de 2013(5).
como cadeira de rodas e respirador artificial, o que corrobora com os achados neste estudo.
pacientes com ELA bulbar e ELA espinhal, cujo domínio mais afetado negativamente foi
alimentação e o menos afetado a mobilidade física(23). Essa divergência pode estar relacionada
ao tipo de ELA, visto que pacientes com ELA bulbar apresentam maiores debilidades do
limitação nas AVD’s, como também, a fraqueza dos músculos da face, língua, faringe e
aumenta significativamente(5), já que cada indivíduo tem uma percepção acerca das
pode ser explicado pela assistência clínica e psicológica recebida no centro de reabilitação em
que os profissionais atuam com o objetivo de lutar contra sentimentos negativos, já que a
com ELA. Embora este estudo não tenha analisado o local acometido inicialmente pela
doença, acredita-se que uma minoria tinha ELA bulbar, pois a disfagia ou qualquer outra
acometimento bulbar(26).
sociodemográficas e clínicas dos mesmos, observou-se que houve uma menor qualidade de
vida no domínio mobilidade física e AVD em pacientes sem plano de saúde e pacientes que
só procuram assistência quando os sintomas interferem nas AVD’s(25), o que justifica também
a relação entre o domínio AVD e tempo de diagnóstico maior ou igual a um ano. Outro
aspecto importante é que a gravidade da doença, leva o paciente com ELA a ser assistido por
fato que o paciente com ELA passa a utilizar medidas de apoio, pois há uma paralisia
inferiores e superiores(3).
Pacientes sem carro próprio ou da família tiveram pior qualidade de vida no domínio
AVD, o que pode ser explicado pelas dificuldades e desafios de acessibilidade impostos aos
transporte para indivíduos com algum tipo de deficiência são tão significativas, que 39,32%
53
dos participantes relataram apenas utilizar ônibus para tratamento de saúde e 33,55%
A qualidade de vida no domínio AVD estava pior em pacientes com ELA com idade
menor ou igual a 50 anos. Importante salientar que por se tratar de uma doença mais comum a
Pacientes do sexo feminino e com três ou mais filhos tiveram pior qualidade de vida
no domínio função emocional. Este dado pode ser em decorrência do papel da mulher na
sociedade, pois ao longo da vida desempenha vários papéis com o trabalho, o cuidado dos
filhos, do marido, e dos afazeres domésticos e, quando é diagnosticada com uma doença
quando é ela que necessita de cuidados, nem sempre tem o amparo necessário e isso as deixa
fragilizadas emocionalmente(28).
Conclusão
Conclui-se que houve uma homogeneidade entre sexo e estado civil dos pacientes com
ELA, com média de idade de 53,67±14,87 anos. Na maioria dos pacientes, o tempo dos
primeiros sinais e sintomas ao diagnóstico foi maior ou igual a um ano e o tempo de evolução
Pacientes do sexo feminino, com idade igual ou inferior a 50 anos, com três ou mais
filhos, sem meio de transporte próprio, sem plano de saúde, com tempo de diagnóstico até a
54
data da entrevista maior ou igual a um ano, que usavam cadeira de rodas e em atendimento
O desenho transversal deste estudo pode ser considerado um limitador, pois inviabiliza
Ainda que tenha ocorrido esta limitação, todavia, o levantamento aponta a importância
de se conhecer a realidade em que vivem os pacientes com ELA, visto que isso pode
adequado.
Estudos com pacientes com ELA são escassos no Brasil. Sugere-se que estudos como
preferencialmente.
Referências
55
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BROOKS, B.R. et al. El Scorial Revisited: revised criteria for the diagnosis of
amyotrophic lateral sclerosis. Amyotrophic Lateral Sclerosis Other Motor
Neurons Disorder, v.1, p.293-299, 2000.
CRONIN, S.; HARDIMAN, O.; TRAYNOR, B.J. Ethnic variation in the incidence of
ALS: a systematic review. Neurology, v.68, n.13, p.1002-1007, 2007.
HARDIMAN, O.; VAN DEN BERG, L.H.; KIERNAN, M.C. Clinical diagnosis and
management of amyotrophic lateral sclerosis. Nature Reviews Neurololy, v.7,
p.639-649, 2011. Disponível em:
<http://www.nature.com/nrneurol/journal/v7/n11/full/nrneurol.2011.153.html.>. Data
de acesso: 16 de setembro de 2013.
MORA J.S. et al. Self perceived emotional functioning of Spanish patients with
amyotrophic lateral sclerosis: a longitudinal study. Frontiers in Psychology. v.3,
n.609, p.1-8, 2013.
APÊNDICES
63
APÊNDICE A
- Identificação
Nome:_________________________________________________________
Data de nascimento: ____/____/______ Idade atual: ________________
Sexo: ( ) Feminino ( )Masculino
Estado civil: _______________
Profissão: ______________________________________________________
Endereço:______________________________________________________
Bairro: ____________________________ Cep:____________________
Cidade: ____________________ Estado:_________________
Telefone:__________________________________________
e-mail:____________________________________________________
1.Escolaridade:
( )analfabeto (0 anos);
( )1º fase do ens. Fundamental;
( )ensino fundamental completo (08 anos);
( )ensino médio incompleto;
( )ensino médio (11 anos);
( ) superior incompleto;
( ) superior completo (15 anos)
2.Quantos filhos você tem? Qual a idade dele (s)?
R:____________________________________________________________.
3.Qual o tipo de residência da sua família?
( )própria ( ) cedida ( ) alugada ( ) outros
4. Quantas pessoas moram na casa?
R:____________________________________________________________
5. Que meio de transporte você utiliza?
( ) carro próprio
( ) moto
64
( ) carro da família
( ) ônibus
( ) outros meios ____________
6. Quantas pessoas contribuem para a obtenção de renda da sua família?
R:____________________________________________________________
7. Qual a renda mensal da família?
R:____________________________________________________________
8. Tem Plano de Saúde
( ) não ( ) sim. Qual? ____________________________
9. Há quanto tempo o(a) sr(a). recebeu o diagnóstico?
R:____________________________________________________________
10. Dos primeiros sinais e sintomas ao diagnóstico foi quanto tempo?
R:____________________________________________________________
11. Ao ser diagnosticado o(a) sr(a). recebeu orientações esclarecedoras
sobre a doença?
R:____________________________________________________________
12. O(a) sr.(a) possui outro tipo de suporte da comunidade?
( ) instituição religiosa ( ) posto de saúde ( )prefeitura regional
( ) ajuda financeira. Quem?
R:___________________________________________.
( ) outros. Quais?
R:__________________________________________________.
13. Qual(is) das assistências terapêuticas abaixo o Sr(a) tem acesso?
( ) assistência social
( ) enfermagem
( ) fisioterapia neurológica
( ) fisioterapia respiratória
( ) fonoaudiologia
( ) medicamento/médico
( ) nutrição
( ) terapia ocupacional
( ) outros Quais?
R:___________________________________________________.
14. A qual recurso material tem acesso?
65
APÊNDICE B
Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa:
Qualidade de vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica. Após os devidos
esclarecimentos sobre as informações a seguir, no caso de permitir que faça parte
do estudo, o termo deve ser assinado ao final do documento, que apresenta duas
vias. Uma delas é sua e a outra da pesquisadora responsável. É garantida a
liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e assim deixar de
participar do estudo, sem prejuízo à continuidade do tratamento na Instituição.
Este estudo tem como objetivo avaliar a sua qualidade de vida .
Todas as informações referentes à pesquisa serão fornecidas a você. A
aplicação dos procedimentos será iniciada após a leitura deste termo e assinatura
do Termo de Participação da Pessoa como Sujeito, contendo duas vias, uma para
você e outra para mim (pesquisadora responsável).
Será realizada a análise de prontuários para coleta de informações sobre
suas características e informações complementares serão fornecidas, mediante
entrevista com você. Posteriormente você responderá um questionário da
Associação Brasileira de Empresas e Pesquisa (ABEP) sobre Critério de
Classificação Econômica Brasil (CCEB), que é um instrumento de classificação
econômica, e responderá dois questionários sobre qualidade de vida e um
questionário sobre aspectos funcionais.
Este estudo tem como benefício fortalecer o campo de pesquisa no Estado de
Goiás na área da saúde, com foco em uma alteração pouco frequente e pouco
estudada que é a Esclerose Lateral Amiotrófica, buscando por meio de evidências
científicas descrever a qualidade de vida de pacientes adultos, visando construir
programas e ações de saúde coletiva que ofereçam suporte para que vocês fiquem
melhor assistidos.
Os benefícios desta pesquisa são muito superiores aos possíveis riscos. Os
procedimentos realizados na pesquisa são relativamente seguros, por se tratar de
aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas.
Assinaturas:________________________________________
________________________________________
67
Toda pesquisa com seres humanos envolve riscos, sendo que neste estudo a
possibilidade de risco se refere ao aspecto psicológico, pois os participantes podem
atentar para alterações que anteriormente não tinham sido observadas. Para
minimizar a possibilidade de risco psicológico, as entrevistas serão realizadas em
local reservado, garantindo a sua privacidade e todas as dúvidas serão esclarecidas
quando as mesmas forem surgindo.
Caso haja qualquer dano psicológico a você, encaminharei ao próprio serviço
de psicologia do CRER, que dispõe de toda assistência necessária. Este
encaminhamento poderá ocorrer em qualquer momento, não só durante ou após o
término do estudo, mas também tardiamente, desde que seja detectado o problema.
Você, participante da pesquisa, terá direito à indenização de qualquer dano
decorrente da pesquisa, de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho
Nacional de Saúde. A indenização será estabelecida via processo judicial. Eu
(pesquisadora) me comprometo a acatar a decisão judicial.
Não está previsto ressarcimento de despesas a você, decorrente da
participação na pesquisa. A pesquisa não trará custos a você, pois se trata apenas
de responder questionários no próprio local que está fazendo tratamento. As
despesas da pesquisa são de minha responsabilidade (pesquisadora) e caso haja
eventuais gastos no decorrer do estudo, estes serão de responsabilidade também
da pesquisadora, sendo você ressarcido.
A participação na pesquisa é voluntária. Você não receberá nenhum tipo de
ressarcimento financeiro por participar da pesquisa. Você é livre para recusar, retirar
seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. Por ser
voluntário, o motivo de recusa em participar da mesma não irá acarretar qualquer
penalidade ou perda de benefícios.
Todos os procedimentos metodológicos da pesquisa serão esclarecidos pó
mim (pesquisadora) antes e durante todo o curso do estudo a todos os participantes;
em caso de dúvidas adicionais você poderá procurar também o Comitê de Ética em
Pesquisa da PUC- Goiás.
Os dados coletados e todas as informações obtidas na pesquisa serão
armazenados por um período de cinco anos em local reservado, sob minha
responsabilidade (pesquisadora), Sue Christine Siqueira. Após este período, todo o
material será incinerado para garantir o sigilo dos resultados da pesquisa.
Assinaturas:________________________________________
68
________________________________________
Sue Christine Siqueira
ANEXOS
71
ANEXO A
ANEXO B
ANEXO C
Pontuação de 0 a 4:
Nuca = 0
Raramente = 1
Às vezes = 2
Frequetemente = 3
Sempre ou não realiza mais = 4
Cálculo de AVD's
Q11+Q12+Q13+Q14+Q15+Q16+Q17+Q18+Q19+Q20
Divide por 40
Multiplica por 100
PONTUAÇÃO INTERPRETAÇÃO
0-19 Não apresenta dificuldade
20-39 Raramente apresenta dificuldades
40-59 Às vezes apresenta dificuldade
60-79 Frequentemente apresenta dificuldades
80-100 Sempre apresenta dificuldades