Ebook ExtensaoemPautaUFFS
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CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO:
Debates e trajetórias no Ensino Superior
Even3 Publicações
2021
2
Organizadores:
Imagem capa
Maycon Mirachi Gabriel
Sobre o ebook
Formato: 210 x 297 mm • Mancha: 150 x 250 mm Tipologia: Arial (textos) Arial (títulos)
Este ebook foi produzido em maio de 2021
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de
responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde
que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma
ou utilizá-la para fins comerciais.
3
Este livro é dedicado à memória do
4
SUMÁRIO
POSFÁCIO ................................................................................................................. 93
5
UM PREFÁCIO À CURRICULARIZAÇÃO DA
EXTENSÃO NA UFFS
1
Professora Adjunta na Universidade Federal da Fronteira Sul, nos cursos de Pedagogia e
Especialização em Gestão Escolar no campus Erechim RS. Pedagoga (UFSM), Mestre em
Educação (UFPR) e Doutora em Educação (UNISINOS). Pesquisadora dos Grupos de Pesquisa
"História, Política e Gestão da Escola Básica" e " Educação, Formação Docente e Processos
Educativos". e-mail: sandra.pierozan@uffs.edu.br
2
Professora adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), atuando no curso de
Arquitetura e Urbanismo desde 2013. Atualmente é Coordenadora Adjunta de Extensão e Culturado
campus Erechim da UFFS e membro da comissão de curricularização da extensão dessa
instituição. email: marcela.maciel@uffs.edu.br
6
relações com o currículo no ensino superior. Em contínuo retrata aspectos da
extensão na UFFS, considerando o momento atual da inserção curricular da
extensão e, por fim, partilha as ações desenvolvidas pela comissão local, em
especial o Ciclo de Debates Extensão em Pauta, desenvolvido no primeiro
semestre de 2020.
A EXTENSÃO E A CURRICULARIZAÇÃO
8
A TRAJETÓRIA DA UFFS NA EXTENSÃO
9
necessidade de fortalecer a mobilização permanente da comunidade regional em
favor da consolidação e da expansão da UFFS, e a necessidade de fazer um
balanço dos movimentos de expansão e retração dos cursos nos campi da UFFS
ao longo dos últimos anos.
10
sua materialização e implicações para fins de registro acadêmico.
EXTENSÃO EM PAUTA
14
- a regulamentação deverá prever orçamento para a realização das
atividades extensionistas, assegurando como, por exemplo, recursos para
deslocamento de discentes e servidores;
15
Conhecer as propostas já desenvolvidas em outras instituições, bem como
as ações extensionistas dos participantes ao mesmo tempo que foi um alento,
gerou um conjunto de preocupações, angústias, incertezas. em relação a tarefa
que a UFFS tem pela frente.
REFERÊNCIAS
CARBONARI, Elisa Ehrhardt; PEREIRA, Adriana Camargo. A extensão
universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de
Educação da Anhanguera Educacional, v. 10, n. 10, p. 23-28, 2007.
16
AS DIRETRIZES DA EXTENSÃO E AS DEMANDAS
PRÁXICAS E RECÍPROCAS ENTRE ENSINO-
PESQUISA-EXTENSÃO
INTRODUÇÃO
A
Extensão Universitária é um processo formativo de
granderelevância, que articulada à pesquisa e ao ensino,
consubstancia- se, podendo contribuir com uma proposta
identitária de universidade que dialoga com as reais necessidades
da sociedade, primando pela produção de uma ciência a serviço da vida, como
também comprometida com uma formação profissional humana e emancipatória.
3
Solange Todero Von Onçay: Doutora em Antropologia Social pela Universid Nacional da
Misiones (UNAM/AR), Mestre Educação/UPF. Membro do Grupo Educação Popular na
Universidade (GRUPEPU) e do Núcleo de Estudos Agrários, Urbanos e Sociais (NIPEAS/UFFS),
na linha de pesquisa Estado, Movimentos Sociais e Educação do Campo. E-mail:
solange.oncay@uffs.edu.br
17
extensão. Para isso, agrega uma concepção epistemológica de conhecimento
vinculada à prática social, que se nutre da relação dialética e práxica, havendo
necessariamente de constituir envolvimento com a comunidade. Entretanto, a
proposta requer uma tomada de posição institucional, mobilizando desde
referências identitárias até as definições que acarretam em reconduzir
orçamentos, tendo em vista que, como tudo em sua trajetória, se não bem
alicerçados às bases pedagógicas e decisões políticas, poderão favorecer a
configuração de diferentes perspectivas.
19
Outro pensamento, que não difere desse, é o do também sociólogo
Boaventura de Souza Santos (2011) quando afirma que a universidade deva
proporcionar um conhecimento que ajude superar o senso comum, ao produzir
reflexão e cientificidade sobre o mesmo. Para isso, destaca o necessário
princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, como parte
necessária no processo formativo dos estudantes. De nacionalidade portuguesa,
em momento anterior, Santos (2005) analisa a legitimidade, hegemonia e
monocultura do saber científico, propondo uma ecologia de saberes, que
defende, sobretudo, a construção de um saber contra-hegemônico que significa
não apenas levar os conhecimentos aos sujeitos, mas permitir a valorização de
conhecimentos invisibilizados e contra-hegemônicos.
20
de elaboração de uma práxis para o conhecimento acadêmico. Aponta a
sistematização como ferramenta metodológica, articulando-a ao conceito de
“extensão crítica”. Para o autor:
21
[...] a extensão universitária constituiu suas mais significativas
referências e práticas, a partir da denúncia de Paulo Freire do conceito
de “extensão”, o que obrigou os que quiseram continuar a usar o termo
a uma radical reconceitualização, que incorporou o essencial da
perspectiva de Paulo Freire. (DE PAULA, 2013).
22
conhecimento, às perspectivas profissionalizantes, o que consequentemente
poderia resultar na diminuição da evasão dos setores populares; um dos fatores
que motivou a aprovação da resolução.
24
pesquisa-extensão, o que se postulou foi uma extensão desvinculada da função
acadêmica, transformando a universidade, em muitos casos, em prestadora de
serviços de caráter assistencial, e até balcão de negócios, através de
consultorias técnicas.
25
CONCLUSÃO
26
Em relação à breve trajetória histórica traçada na segunda parte do texto,
pode-se dizer que, de modo geral, não assegura a indissociabilidade ensino-
pesquisa-extensão, contradições verificadas que não se enquadram ou noensino
ou na pesquisa, evidenciando as incoerências e lacunas da política de ensino
superior.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O ambiente, o sentimento eu pensamento:dez
esboço de idéias para pensar o trabalho do ambientalista e do educador
ambiental. In: BATTESTIN, Claudia; DICKMANN, Ivo (org.). Educação
Ambiental na América Latina. 1. ed. - Chapecó/SC: Plataforma Acadêmica,
2018.
27
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação,
2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/> Acesso em 12
março, 2015.
FREIRE, Paulo. Extensão e Comunicação. 10. ed. São Paulo: Paz e Terra,
1992. CHONCHOL, J. (Prefácio).
28
CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO: NOVAS
SUBJETIVIDADES À FORMAÇÃO ACADÊMICA
Jerônimo Sartori4
PALAVRAS INTRODUTÓRIAS
4
Doutor em Educação – PPGEdu/Faced/UFRGS. Professor da UFFS/Campus Erechim.Atuação
nas licenciaturas: Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza e Pedagogia,
no PPGPE. E-mail: jetori55@yahoo.com.br.
29
Graduação e Pós-Graduação da UFFS. Especificamente, na UFFS/Campus
Erechim, o Diretor por meio da Portaria nº 01/CER/UFFS/2020 designou a
Comissão de Trabalho Local, dinamizada pela Coordenação Acadêmica do
Campus, com a finalidade de “proporcionar espaços de discussão e de
articulação para a elaboração da regulamentação institucional de inserção da
extensão nos currículos da UFFS”. A comissão, tendo o entendimento da
necessidade de aprofundar os estudos acerca da “curricularização da extensão”,
mobilizou os coordenadores de curso, para que estes mobilizassem seus
respectivos colegiados, para o estudo e possíveis sugestões à minuta enviada
ao campus pela PROGRAD.
30
não simplesmente na visão legalista, mas, considerando, por exemplo, aquilo
que é exigência (Resolução CNE/CES nº 07/2018) e, como pode ser
implementado nos cursos numa perspectiva político-pedagógica.
5
Para Moreira e Candau (2007, p. 18): “currículo como as experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a
construção das identidades de nossos/as estudantes. Currículo associa-se, assim, ao conjunto
de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas”.
6
Conforme o Prerecer CNE/CES nº 608/2018 (p. 09): a relação indissociabilidade entre extensão
e ensino, “[...] coloca o estudante como protagonista de sua formação técnica − processo de
obtenção de competências necessárias à atuação profissional e à formação cidadã,o qual lhe
permite se reconhecer como agente de garantia de direitos, deveres e transformaçãosocial”.
31
ser a de que nossas interações e intervenções, por meio da extensão, tenham
no horizonte a qualificação dos processos formativos que estamos
desenvolvendo nos diferentes cursos de nossa universidade.
7
Art. 13 – Para efeito do cumprimento do disposto no Plano Nacional de Educação (PNE), as
instituições devem incluir em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os seguintes
termos, entre outros: [...] VI – a previsão e as estratégias de financiamento das atividades de
extensão.
33
do curso? Serão efetivadas por meio de programas, projetos pontuais, eventos,
oficinas, ações junto a projetos governamentais coordenados por professores da
instituição?
34
contextos, conviver com as diferenças, ser tolerantes). Para produzir tais
conhecimentos, faz-se imprescindível a elaboração de um currículo mais
dinâmico, com propósito de produzir conhecimentos significativos e desenvolver
práticas educativas contextualizadas, não fragmentadas.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
35
esse aspecto, reforço a necessidade do diagnóstico de cada realidade em que
se trabalhará. Todas as problemáticas devem ser trabalhadas contextualizadas,
para isso, é necessário produzir bons diagnósticos.
Por fim, cabe dizer que a formação que almejamos deve ter no horizonte
o desenvolvimento de capacidades técnicas, científicas e, também, humanistas
para compreender as diferenças e para que os sujeitos sejam tolerantes, pois,
parece que o momento atual retira das pessoas a capacidade de ser sensível
aos aspectos humanistas da convivência e das boas relações interpessoais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/constituicao1988.
Acesso em: 24 jul. 2020.
37
A CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO VAI IMPACTAR
A GRADUAÇÃO
Sandra de Deus8
8
Professora de Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pró-reitora de
Extensão desde setembro de 2008.
9
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018 que estabelece as Diretrizes para a
Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº
13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação- PNE 2014-2024 e dá outras
providencias.
10
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão.
11
Política Nacional de Extensão https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/2012-07-
13-Politica-Nacional-de-Extensao.pdf
38
associada a pesquisa, oferece suporte para atacar os grandes problemas
nacionais como a falta de saneamento básico, luta por moradia, crise do sistema
de saúde e alimentos saudáveis, organização social, ampliação dos debates
visando o exercício pleno da cidadania e formação integral dos estudantes.
39
entravam a efetiva realização da extensão como “um processo interdisciplinar,
educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora
entre Universidade e outros setores da sociedade.” (FORPROEX, 2012:15), em
toda a sua complexidade é prudente pensar na trajetória para se chegar até os
tempos recentes. Em meados dos anos 80, quando se iniciava a
redemocratização do País, também se criava o Fórum Nacional de Pró-Reitores
de Extensão, portanto, estávamos vivendo uma realidade extensionista que
alterava a vida acadêmica, mas não era reconhecida em muitas instituições.
Quando da elaboração da atual política nacional de extensão, amadurecida já a
presença institucional do FORPROEX, o cenário já era outro tanto no Brasil e
muito especialmente nas universidades com o início recente, naquele ano de
2012, das ações afirmativas. Havia um programa12 de financiamento, através de
edital das atividades extensionistas, aberto à participação de todas as
universidades públicas. Passados oito anos da publicação do documento13, é
importante considerar que, na extensão universitária o aprofundamento das
práticas, metodologias de trocas, formas de comunicação, sistematização de
experiências, planejamento conjunto, devolutivas e avaliação das atividades
estão em permanente debate e aperfeiçoamento, é este “fazer” da extensão que
pode colocar em crise ou inovar o próprio ensino de graduação e a pesquisa. A
indissociabilidade deve ser devidamente compreendida como calcada na efetiva
produção de conhecimento produzida na extensão universitária.
12
Proext. Criado em 2003 o Programa de Extensão Universitária tinha o objetivo de apoiar as
instituições públicas de ensino superior no desenvolvimento de programas ou projetos de
extensão que contribuam para a implementação de políticas públicas.
13
Política Nacional de Extensão documento do FORPROEX aprovado e publicado em 2012.
40
aberto e aceitando impasses normais que acontecem ao longo dos processos. A
apresentação de determinado estudo, práticas e modelos é bem menos rica e
duradoura do que o estudante se ver frente a frente com o conhecimento do
outro, com as experiências de vida e de sobrevivência.
Pode ser um dos problemas que temos dentro das instituições, uma vez
que muitos docentes se voltam para a pesquisa e desconhecem a extensão
universitária porque ao ingressarem na carreira docente não lhes é apresentado
este olhar da universidade. Esta invisibilidade nem sempre é proposital. Gravita
entre o exaustivo trabalho extensionista, a dificuldade de interlocução, a falta de
financiamento, o esforço que vai para além da sala de aula exigindo muitas vezes
um confronto com realidades adversas é ainda mais difícil “encantar” o estudante
para as atividades extensionistas. AROCENA (2011, p. 13) admite que
14
Práticas Urbanas Emergentes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (https://www.ufrgs.br/cidade-em-projeto-cplab/praticas-urbanas-
emergentes-1a-vivencia-horta-alegre/)
42
respectivos saberes y aprenden em um processo interactivo orientado
a la expensión de la cultura y a la utilización socialmente valiosa del
conocimiento com prioridade a los sectores más postergados.
15
Ver o título “A Extensão Universitária: sua contribuição para a formação acadêmica e pessoal
de estudante de graduação” publicado como capítulo do livro “princípios da Extensão
Universitária: contribuições para uma discussão necessária” ed. CRV pp 77-91, 2016. Texto foi
escrito em colaboração com o aluno José Francisco de Souza Santos da Silva, Bacharel em
Publicidade Propaganda (PUCRS-2006), Bacharel em Ciências Sociais (UFRGS-2011).
43
universitária ao longo de sua formalização latino-americana.
O olhar mais alargado, a que se refere Oscar Jara, está presente nas mais
variadas atividades de extensão que relacionam
universidades/territórios/universidades em uma comunhão que preserva
identidades e diferenças permitindo o surgimento de novos conhecimentos com
questionamentos acadêmicos que respondam às demandas sociais.
16 Oscar Jara fez o pronunciamento na sala dos Conselhos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
no dia 12 de setembro de 2018 quando recebeu o titulo de Doutor Honoris Causa
44
Estado, cumpre à universidade fortalecer e se nutrir da troca de saberes não só
para a oxigenação interna, mas, também para compartilhar conhecimentos
testados ao longo de sua trajetória.
REFERÊNCIAS
AROCENA, Rodrigo. Curricularización de la extensión: por qué, cuál,
como? In: AROCENA, Rodrigo e outros. Integralidad: tensiones y
perspectivas. Cuadernos de Extensión nº 1. Comisión Sectorial de Extensión y
Actividades em el Medio. Udelar. Montevideo, 2011.
45
BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 10.172 de 09 de janeiro
de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
Legislação Federal e Marginália, 2001.
HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista negra. São Paulo:
Elefante, 2019
46
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA TRANSFORMADORA: UM
CAMINHO DIALÓGICO E SEM FRONTEIRAS
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A
s definições, relacionadas ao termo extensão universitária, vêm
sendo construídas e consolidando uma missão das instituições de
ensino superior no Brasil, à medida que avança o paradigma
extensionista e os compromissos éticos para com a sociedade. As principais
deliberações, tentativas de conceituar e, ao mesmo tempo, institucionalizar as
políticas de extensão nas universidades brasileiras, teve como impulsionador
principal o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão, das Universidades
Públicas Brasileiras (FORPROEX), a exemplo do I Encontro Nacional de Pró-
Reitores de Extensão das Universidades Públicas do Brasil, ocorrido em 1987,
em Brasília/DF.
17
Professor Adjunto na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Programa de Pós-
Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental e Curso de Agronomia, Campus Erechim/RS.
Doutor em Agronegócios/UFRGS, Mestre em Engenharia de Produção e Sistemas/UNISINOS,
Engenheiro Agrônomo/UFSM. valdecir.zonin@uffs.edu.br
18
Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável –
PPGDRS, ex-Pró-Reitor de Extensão da UNIOESTE. Doutor em Meio Ambiente e
Desenvolvimento Rural/UFPR. wzonin@yahoo.com.br
19
Professora EBTT de Leitura e Produção Textual e de Literatura Brasileira, no Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, Campus Erechim. Doutora em
Literatura Brasileira/UFRGS. carina.zonin@erechim.ifrs.edu.br
47
herdadas do acordo do Ministério da Educação (MEC) e da United States Agency
for International Development (USAID), da reforma universitária, de 1968, que
reduzia a extensão universitária ao antigo ‘Projeto Rondon’, associada às ações
realizadas pelos militares, na ocupação da Amazônia. As críticas realizadas
pelos educadores brasileiros, em especial Paulo Freire, contribuíram para pensar
uma nova institucionalidade para a Universidade e para a Extensão.
A extensão é considerada como uma via de mão dupla, cujo trânsito entre
a comunidade acadêmica, local e regional, fica assegurado e, como
consequência, a construção oportuna da prática do conhecimento acadêmico. E
no retorno à Universidade, docentes e discentes trazem um aprendizado que,
submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento (FORPROEX,
1987).
48
espaços engajados e comprometidos com projetos extensionistas. É válido citar,
para o âmbito teórico desse estudo, a Cartilha da Pró-Reitoria de Extensão do
IFRS (2019), em que as ações de extensão, consideradas como espaço
privilegiado de produção e disseminação do conhecimento, devem contribuir
para a formação cidadã e para a superação das desigualdades sociais. O
desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural sustentável, local e
regional estão também entre os propósitos dessa modalidade de estudo, isso
através da democratização do conhecimento, no diálogo com a comunidade, na
identificação de seus problemas, dilemas e necessidades. Essas pontes
estabelecem interfaces entre o saber científico e as vivências pragmáticas, de
forma que uma ilumina a outra e vice-versa: a ciência teoriza a prática e essa
pragmatiza a ciência.
49
Assim, a seguir apresenta-se uma revisão sobre a temática, buscando
integrar recortes jurídicos e sociológicos, estabelecendo análise crítica
relacionada à institucionalização da extensão e aos temas do desenvolvimento
socioeconômico das regiões, às oportunidades presentes e, incorporando aos
resultados, destaca-se um projeto de pesquisa, ensino e extensão, desenvolvido
na UFFS, na forma de case de extensão universitária, seguido das
considerações finais.
2. METODOLOGIA
20
Esse projeto de extensão universitária, sob Coordenação-Geral do professor Valdecir José
Zonin, é incluído, neste estudo, pelo fato de ser considerado representativo dos pressupostos
teóricos abordados para o âmbito da extensão, vindo a compor princípios fundamentais da
prática extensionista, como o diálogo, a interdisciplinaridade e a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão.
51
a participação efetiva da comunidade, na atuação de universidades/institutos
(FORPROEX, 1987).
52
Neste âmbito, importa reconhecer o papel da Universidade Pública e dos
Institutos Federais, no enfrentamento das crises contemporâneas, não
superestimando nem subestimando as suas capacidades, mas, sim, sobretudo,
percebendo o fortalecimento dos mesmos como parte ativa e positiva de um
processo maior de mudança (FORPROEX, 2012). “É entendendo a realidade
social dentro de sua complexidade, que a Extensão pode desenvolver suas
ações nas comunidades, setores e grupos sociais com os quais se relaciona”
(CARTILHA..., 2019, p. 06).
21
Dialógico é um termo conceitual, fundamentado por Mikhail Bakhtin (2012), que transita entre
os diversos ramos do conhecimento, especialmente, os da área do discurso. Sintetiza a
incorporação do diálogo, por meio de um sujeito coletivo, que envolve locutor e interlocutor,
através da palavra, permeada por discursos de outrem. Esse termo, também adotado por Freire
(2010), coloca-se como uma prática do existir, que trabalha para a transformação do homem e
para a sua libertação. Trazendo esse cruzamento teórico para o campo de estudo desse capítulo,
entende-se a prática extensionista, protagonizada por universidades e institutos federais, como
um espaço dialógico, através do qual se inscrevem uma multiplicidade de discursos e de vozes,
como indica Bakhtin, e que colaboram para a transformação social e humana que a educação
freiriana pretende.
53
Figura 01 – Eixos da institucionalização da Extensão Universitária no Brasil.
54
4. A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O PROJETO FORTALECIMENTO DA
JUVENTUDE RURAL NO OESTE DE SANTA CATARINA
55
Quadro 01 – Módulos do Projeto: Fortalecimento da Juventude Rural no Oeste
de SC.
58
Por esse viés, novos valores passam a compor as decisões de escolha
dos produtos, que não exclusivamente os preços, a oferta, a demanda,
possibilitando aos jovens e às suas famílias a construção social dos seus
próprios mercados, participando, assim, da construção efetiva das próprias
chamadas públicas.
Logo, compreende-se que esta deva ser uma etapa, cujos municípios
podem realizar uma construção social e coletiva, com a presença dos(as)
gestores(as) e dos(as) agricultores(as), ao mesmo tempo, dinamizando a
produção de alimentos locais. Entretanto, a depender do entendimento de alguns
profissionais da área, bem como das administrações, prefeitos(as) e
secretários(as), isso pode ocorrer, por meio de protocolos, e trâmites
administrativos mais abertos e transparentes e as pautas de alimentação
construídas, socialmente, com participações dos diversos atores,
potencializando, ainda mais, o princípio da dialogicidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
60
Muito embora existam orientações legais que determinem pela
necessidade do desenvolvimento da extensão universitária, em si, quase como
um caráter impositivo, sua aplicabilidade deveria partir da concepção de cada
pesquisador(a), pelo entendimento de sua importância, sua vitalidade e
capacidade transformadora, seu caráter dialógico, democrático, construtor de
aprendizagens entre sujeitos e de uma educação libertadora.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Ricardo (coord.). Os mercados como construções sociais.
Jornal Valor Econômico. Ago. 2007. Disponível em:
http://ricardoabramovay.com/os-mercados-como-construcoes-sociais. Acesso
em: 10 nov. 2020.
62
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 49. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2010.
63
ARQUITETURA, URBANISMO E EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA: PRECISAMOS DE ESCOLAS DE
ARQUITETURA E URBANISMO PARA QUÊ?
Murad Jorge Mussi Vaz22
22
Arquiteto e urbanista graduado pela UFPR, com doutorado em geografia pela UFSC e Pós-
doutor em Arquitetura pela FA Ulisboa e em Geografia pela Eduardo Mondlne, Maputo. Professor
adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Atua na área de Arquitetura e
Urbanismo e Geografia Urbana, com ênfase em projetos integradores de ensino, pesquisa e
extensão. Desenvolve oficinas sobre o papel social da arquitetura e urbanismo no Brasil e em
Moçambique.
23
“O homem é homem e o mundo é histórico-cultural na medida em que, ambos inacabados, se
encontram numa relação permanente, na qual o homem, transformando o mundo, sofre os
efeitos de sua própria transformação.” (FREIRE, 2013, p.67)
64
relações entre indivíduos. Portanto há uma série de campos de conhecimento
envolvidos no pensar e intervir no espaço, indicando a necessidade premente de
uma transdisciplinaridade, nem sempre coincidente com a nossa formação, nem
com a nossa prática, imbuídas nas mais variadas contradições e condicionantes.
Ao dialogar com Freire (2006, p. 68), retomo a ideia de que “ensinar exige
apreensão da realidade.”. Entendo que a distância entre a prática formativa e
profissional e os diversos contextos concretos pode ser minorada pela extensão
universitária, vinculando a pesquisa e o ensino, afinal, segundo o mesmo autor:
“[...] a extensão é educativa.” (2013, p. 13).
24
Recomendo conferir a obra “Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas
dimensões básicas” (Maldonado-Torres, 2018)
65
dos territórios e o acesso à cidadania25. Superada a colonização, seguimos
imersos, reproduzindo relações de colonialidade, nas quais o pensar e a prática
sobre arquitetura, sobre a teoria urbana, em suas múltiplas dimensões
relacionais, assumem um papel importante26. Me amparo em Delgado e Ruiz
(2014, p. 355) para reflexionar a partir de uma atitude outra:
25
Para uma abordagem geográfica da cidadania no Brasil, recomendo conferir Milton Santos
(2014).
26
Para aprofundar o debate assumindo uma abordagem e uma atitude decoloniais, recomendo
conferir o texto “Hacia una teoría urbana transmoderna y decolonial: una introducción” (Delgado
e Ruiz 2014).
27
Recomendo particularmente, conferir o capítulo “Para além do Pensamento Abissal: das linhas
globais a uma ecologia de saberes.” de Boaventura S. Santos (2009).
66
O diálogo é o encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo
mundo, o “pronunciam”, isto é, o transformam, e, transformando-o, o
humanizam para a humanização de todos. (FREIRE, 2013, p. 33)
28
Título do livro organizado por Camila D`Ottaviano e João Rovati (2019), conforme referências.
67
1. A EXTENSÃO COMO CAMINHO PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL:
DIALOGAR, COMPARTILHAR E APRENDER
29
Recomendo conferir o trabalho “Por uma arquitetura da autonomia: bases para renovar a
pedagogia do atelier de projeto de arquitetura” de Paulo A. Rheingantz (2005).
30
Na obra original são títulos de subcapítulos (Freire, 2006).
68
Tenho desenvolvido pesquisas sobre o processo de urbanização e
constituição de espaços públicos em Maputo desde 201731, que culminou num
estágio pós-doutoral em 2018, incluindo atividades de ensino, pesquisa e
extensão a partir de uma dupla imersão: no universo acadêmico moçambicano
e na dinâmica da vida cotidiana da capital moçambicana. Essa imersão, em
contexto “estrangeiro”, permitiu uma reflexão mais crítica sobre o meu papel e
atuação como docente-extensionista no Brasil.
31
Pesquisa desenvolvida pela arquiteta Cila Fernanda Silva, então graduanda em arquitetura e
Urbanismo UFFS, e por mim coordenada, que teve por tema os espaços públicos da capital
moçambicana, no âmbito da UFFS.
69
extensão, em sua dimensão projetual, concatena tempos diversos. Uma
universidade que tem como base a produção de um conhecimento e prática
transdisciplinares, aliado a um aprendizado em contato direto com a sociedade,
carece de uma revisão profunda, quer ao nível dos seus currículos, quer das
estruturas e regras em que se apoia.
70
no ensino e na extensão em nossas universidades. Qual é o real propósito das
nossas ações? Nesse sentido, e com base nas experiências descritas, aposto
na extensão como um caminho aberto a novas abordagens de reconhecimento
e ação em diversos âmbitos socioeconômicos e culturais espacializados,
permitindo romper essa ideia arraigada em nossas instituições de ensino de que
há um único paradigma espacial a perseguir.
71
cidadania como projeto e ação, e da luta contra a aceitação da diversidade, o
papel das instituições públicas de ensino é fundamental.
REFERÊNCIAS
DELGADO, Y.F.; RUIZ, A. M. Hacia una teoría urbana transmoderna y
decolonial: una introducción. In: Polis Revista Latinoamericana, n. 13(37) p.
339-361, 2014.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia. das
Letras, 2019.
INTRODUÇÃO
32
Professora do Departamento de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação
do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC). Pesquisadora do GEDIN.
74
Tal proposta estruturou-se num trabalho integrado entre Direção Geral,
Direção de Ensino de Graduação, Direção de Extensão, Cultura e Comunidade
e Secretarias Municipais de Educação.
Nos anos de 2017, 2018 e 2019, a FAED realizou, nesse propósito, ações
de formação continuada com as Redes Públicas de Ensino de dois municípios:
Palhoça e Imbituba.
75
As ações formativas tiveram como foco o trabalho pedagógico,
considerando o contexto real das instituições educativo-pedagógicas,
provocando a superação da lógica disciplinar e priorizando o planejamento e a
avaliação em contexto.
Nas últimas décadas do séc. XX e com maior envergadura nos anos 2000,
tem-se reconhecido a importância dos contextos nos projetos e processos de
formação (FULLAN, 1982). Pensar a formação em contexto implica em
desenvolver um trabalho sistêmico, objetivando a melhoria das práticas
pedagógicas.
78
associativo, em espaços não escolares que desenvolvem ações educativo-
pedagógicas e que, em seus contextos, congregam grandes quantitativos de
estudantes, como esses grupos assumiriam protagonismo estudantil? Como
conseguiriam tantos campos para realizar extensão, se teriam que fazer isso na
jornada de contra turno? Teriam os estudantes das Licenciaturas, em sua
maioria, trabalhadores e trabalhadoras em jornada integral, tempo e recursos
disponíveis para participarem destas atividades?
79
semanais, e não tem tempo para dar conta de atividades de extensão no
contra turno;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
80
Entendemos que em vez de inserir de modo imperativo percentual da
curricularização da extensão nas matrizes curriculares dos cursos, poderíamos
desenhar outros formatos, a exemplo do que se propõe para Atividades
Acadêmico Científico Culturais (AACCs) ou Atividades Complementares, cujo
percurso formativo é definido pelos estudantes, a sua livre escolha, de acordo
com seus desejos, suas necessidades formativas e seu perfil acadêmico-
científico-cultural.
REFERÊNCIAS
81
CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNICENTRO1
Vania Gryczak33
Lucélia de Souza34
1 INTRODUÇÃO
33
Professora Vania Gryczak, licenciada em Matemática, Especialista em Ensino de Matemática,
Mestre e Doutora em Métodos Numéricos em Engenharia. É professora Adjunta na Universidade
Estadual do Centro Oeste, Unicentro, lotada no Departamento de Matemática, no Campus
Cedeteg. Desenvolveu atividades de assessoria na Coordenadoria de Convênios e Captação de
Recursos, na Pró Reitoria de Planejamento, e atualmente é Diretora de Extensão na Pró Reitoria
de Extensão e Cultura, PROEC.
34
Professora Lucélia de Souza possui graduação em Informática e Especialização em
Administração de Banco de Dados pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Mestrado em
Informática e Doutorado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Paraná. É
professora adjunta na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Foi vice-chefe do
Departamento de Ciência da Computação e atualmente está Pró-Reitora de Extensão e Cultura
da UNICENTRO.
82
planejamento, nas políticas, na gestão e na avaliação das Instituições de
Educação Superior (IEs) de todos os sistemas de ensino do país. As IEs têm o
prazo de até 3 (três) anos, a contar da data de sua homologação, para a
implantação do disposto nessas Diretrizes.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
83
respectivamente, apresenta às Universidades Públicas e à sociedade o conceito
de Extensão Universitária, qual seja:
universitárias, a saber:
1. Interação dialógica.
2. Interdisciplinariedade e interprofissionalidade.
86
proposta em uma roda de conversa, sendo uma oportunidade para discussões
entre os participantes do evento.
87
extensão, os estudantes assumem uma postura ativa e protagonista da atividade
extensionista.
89
FIGURA 2: Recorte da Matriz Curricular do Curso de Ciências Biológicas
Bacharelado da UNICENTRO.
90
Observa-se na Figura 3, que no formato disciplinas, o curso destinou
58h/a, o que corresponde a 48 horas para a curricularização. Outros formatos
escolhidos foram em Componente Curricular – Estágio Supervisionado, com 52
horas e Trabalho de Ciência Extensionista (TCE), com carga horária de 220
horas. A carga horária total do curso para a curricularização da extensão é de
320 horas, atendendo à legislação vigente, de ter no mínimo 10% (dez por cento)
do total do curso (3200 horas).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Texto consolidado até a Emenda Constitucional nº 70 de 29 de março
de 2012. Senado Federal. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_29.03.2012/CO
N1988.pdf. Acesso em: 04 de abril de 2020.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União,
91
de 23 de dezembro de 1996, p. 27.833. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso
em: 20 de abril de 2020.
92
POSFÁCIO
Coordenadora:
SANDRA SIMONE HÖPNER PIEROZAN
Colaboradores:
JERÔNIMO SARTORI
ANDERSON JAIR GOULART
DENISE KNORST DA SILVA
MARIA SILVIA CRISTOFOLI
SONIZE LEPKE
CHERLEI MARCIA COAN
THIAGO INGRASSIA PEREIRA
MARTA LUIZA SFREDO
TATIANA PERETTI
HELEN TREICHEL
LISANDRA ALMEIDA LISOVSKI
MARCELA ALVARES MACIEL
ROBERTO CARLOS RIBEIRO
ROBSON OLIVINO PAIM
SOLANGE TODERO VON ONÇAY
TAILIZE SCHEFFER CAMARGO
JORGE VALDAIR PSIDONIK
ROSELAINE DE LIMA CORDEIRO
JOSÉ VALÉRIO CAVALLI
93
A inserção da extensão nos currículos é
uma tarefa que exige esforços cole7vos,
debate de ideias e proposições pois
impactará em novos movimentos
internos e externos da e na universidade.
Conhecer as propostas já desenvolvidas
em outras ins7tuições, bem como
experiências extensionistas de diferentes
áreas do conhecimento apresenta-nos
um conjunto de especificidades e
possibilidades de novos arranjos e
vínculos entre ensino, pesquisa e
extensão, para que a extensão seja de
fato, a pauta.