A ação propõe a retificação do registro civil do menor Thales da Silva Polato para corrigir a paternidade registrada. A genitora e o primeiro requerido registraram o menor acreditando erroneamente que ele era filho do primeiro, mas exame de DNA revelou que o verdadeiro pai biológico é o segundo requerido. Solicita-se que a certidão seja alterada para retificar a paternidade.
A ação propõe a retificação do registro civil do menor Thales da Silva Polato para corrigir a paternidade registrada. A genitora e o primeiro requerido registraram o menor acreditando erroneamente que ele era filho do primeiro, mas exame de DNA revelou que o verdadeiro pai biológico é o segundo requerido. Solicita-se que a certidão seja alterada para retificar a paternidade.
A ação propõe a retificação do registro civil do menor Thales da Silva Polato para corrigir a paternidade registrada. A genitora e o primeiro requerido registraram o menor acreditando erroneamente que ele era filho do primeiro, mas exame de DNA revelou que o verdadeiro pai biológico é o segundo requerido. Solicita-se que a certidão seja alterada para retificar a paternidade.
A ação propõe a retificação do registro civil do menor Thales da Silva Polato para corrigir a paternidade registrada. A genitora e o primeiro requerido registraram o menor acreditando erroneamente que ele era filho do primeiro, mas exame de DNA revelou que o verdadeiro pai biológico é o segundo requerido. Solicita-se que a certidão seja alterada para retificar a paternidade.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
REGISTROS PÚBLICOS E CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL DA
COMARCA DE MARILÂNDIA DO SUL – PR.
THALES DA SILVA POLATO, brasileiro, menor, inscrito no
CPF/MF sob o nº 153.444.889-63, nascido no dia 01 de Dezembro de 2019, atualmente com 03 (três) anos e 07 (sete) meses de idade, conforme Certidão de Nascimento com Matrícula n.º 081349 01 55 2019 1 00018 018 0008011 18, do Cartório de Registro Civil e Tabelionato de Califórnia - PR, neste ato devidamente representado por sua genitora MARIE RARIANA POLATO COSTA, brasileira, portadora da cédula de identidade civil RG nº 10945547-4 SESP/PR, inscrita no CPF/MF sob o nº 113.833.079-54, ambos residentes e domiciliados na Rua Fernando Ravaneda, nº 113, CEP 86.820-000, na Cidade de Califórnia, Estado do Paraná, por intermédio de sua advogada dativa, conforme termo de nomeação, com endereço a Rua Jupiter nº 32, Jd. Vale do Sol, CEP 86.803-090, na cidade de Apucarana, Estado do Paraná, e endereço eletrônico: laiz_modesto@hotmail.com, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, PROPOR:
AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL
em face de BRUNO RIBEIRO DA SILVA, brasileiro, portador
da cédula de identidade civil RG nº 13.795.989-5, inscrito no CPF/MF sob o nº 106.512.029-06, residente e domiciliado a Rua Servidão Estevão Antônio Nunes, n° 136, na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina; e ANDRÉ NEEMIAS DE SOUSA DE PAULA, portador da cédula de identidade civil RG nº 13.642.354-1, inscrito no CPF/MF sob o nº 130.379.219-27, residente e domiciliado na Rua Amazonas, nº 303, Jd. Ponta Grossa, na cidade de Apucarana, Estado do Paraná, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
Página 1 de 6 I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A representante do Requerente declara ser pobre na acepção
jurídica do termo, não possuindo condições econômicas e financeiras para arcar com às custas processuais sem prejuízo do sustento próprio e da família.
Conforme preceitua o art. 5º, inc. LXXIV da Constituição
Federal: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Para tanto, requer a concessão dos benefícios da Justiça
Gratuita, nos termos do arts. 98 e 99, §§3º e 4º, do Código de Processo Civil e da Lei nº 1.060/50.
II – DOS FATOS
A Representante do Requerente e o Primeiro Requerido,
mantiveram um relacionamento, por um curto período, onde rompiam e voltavam por diversas vezes, ocasiões em que ambos acabavam se relacionando com outras pessoas.
Quando descobriu a gravidez, a Representante do Requerente,
acreditava que o Primeiro Requerido era o pai biológico do infante. Ele, por sua vez, desejando cumprir com suas obrigações, ciente da história que possuía com a Genitora do infante, reconheceu a paternidade.
Depois do nascimento do Requerente, a Genitora, ora
Representante, e o Primeiro Requerido, decidiram manter um relacionamento, o que também não durou muito tempo. Sendo assim romperam de vez, inclusive o Primeiro Requerido mudou-se para outro Estado.
Após findo o relacionamento entre Genitora e Primeiro
Requerido, a mesma retomou contato com o Segundo Requerido, e entre os dois surgiu a dúvida quanto a paternidade do Requerente. Desta forma, o Segundo Requerido propôs a realização de exame de DNA, a fim de averiguar a dúvida Telefone: 43 9 9984-0653 / E-mail: laiz_modesto@hotmail.com Página 2 de 6 surgida. Para a surpresa de ambos, o Requerente era na verdade filho do Segundo Requerido.
Diante da descoberta da real paternidade do Requerente, a
Genitora contatou o Primeiro Requerido a fim de informa-lo, o qual também foi pego de surpresa. Desde então, o mesmo cortou toda e qualquer relação e contato com o Requerente, inclusive o pagamento dos alimentos, no qual, frisa-se, que pagou por 02 (dois) meses, o valor de R$300,00 (trezentos reais)/mês.
Não há como negar que a regularização da paternidade,
fazendo coincidir a paternidade biológica com a registral, poderá evitar vários transtornos e questionamentos. E pela tenra idade do infante, pode-se afirmar que a correção do registro civil somente lhe trará benefícios, desta forma, não há outra medida a não ser a propositura da presente ação.
III – DO DIREITO
O direito a verdade biológica e o reconhecimento do estado de
filiação são tratados pela doutrina e jurisprudência pátrias como direitos fundamentais, sendo expressões do princípio da dignidade da pessoa humana. Aliás, por terem intima vinculação com a dignidade da pessoa humana e dizerem respeito ao estado das pessoas, são indisponíveis e não se sujeitam a prazo.
O artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê:
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça .
Quanto aos fatos jurídicos que permitem a retificação do
registro civil, o erro que levou a Genitora e o Primeiro Requerido a registrar o infante, pode tal vício acarretar a anulação do registro civil, conforme norma disposta no art. 1.604 do Código Civil:
Página 3 de 6 Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.
A respeito do tema, preleciona o Professor Caio Mario da Silva
Pereira, na sua obra Instituições de Direito Civil Ed. Forense, vol. 1, 13ª ed., Tóp. 89, pág. 353.
Quando o agente por desconhecimento ou falso
conhecimento das circunstancias, age de um modo que não seria a sua vontade, se conhecesse a verdadeira situação, diz-se que procede com erro. Há, então na base do negócio jurídico realizado, um estado psíquico decorrente da falsa percepção dos fatos, conduzindo a uma declaração de vontade desconforme com o que deveria ser, se o agente tivesse conhecimento de seus pressupostos fáticos. Importa na falta de concordância entre a verdade real e a vontade declarada.
Insta salientar que o Requerente tem apenas 03 (três) anos e
07 (sete) meses de idade, por ser tão novo, e pela distância que o Primeiro Requerido reside, já não possui mais vínculos afetivos com o mesmo.
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento,
poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Insta salientar que a Genitora manteve contato com o Primeiro
e Segundo Requerido, que manifestaram previamente interesse e concordância com a retificação do registro.
Denota-se que a Genitora procurou o Cartório de Registro civil,
que recusou a alteração, tendo em vista, tratar-se de menor de idade.
A presente ação tem o conteúdo de mais alta relevância, pois o
direito a verdadeira paternidade é fundamental e imprescritível, por ser inerente ao Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana.
Página 4 de 6 Diante dos fatos, demonstra-se que todas as partes foram levadas a erro. Desta feita, considerando o Princípio do Melhor interesse da criança e o Princípio da dignidade da pessoa humana, requer a retificação da certidão de nascimento do Requerente, alterando o campo filiação, retirando o nome do Primeiro Requerido e incluindo o nome do Segundo Requerido.
IV – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, considerando a pretensão do Requerente, requer
que seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, e ao final, seja expedido mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil e Tabelionato de Califórnia – PR, a fim de retificar a certidão de nascimento do Requerente, alterando no campo filiação, retirando o nome do Primeiro Requerido e incluindo o nome do Segundo Requerido, qual seja “ANDRÉ NEEMIAS DE SOUSA DE PAULA”.
Ainda requer:
a) Citação do Primeiro Requerido por meio de expedição de
carta precatória, para o fórum de Florianópolis, Estado de Santa Cataria, localizado no endereço Rua Álvaro Millen da Silveira, nº 208, Centro, CEP: 88.020-901, na cidade de Florianópolis - SC, em conformidade com o disposto no art. 246, I do CPC/15, a fim de contestar, se houver interesse, ou que recaia aos efeitos da revelia, se nada fizer;
b) Citação do Segundo Requerido, no endereço que reside
na Rua Amazonas, nº 303, Jd. Ponta Grossa, na cidade de Apucarana, Estado do Paraná, em conformidade com o disposto no art. 246, I do CPC/15, a fim de contestar, se houver interesse, ou que recaia aos efeitos da revelia, se nada fizer
c) Deferimento da Gratuidade de Justiça ao Requerente, com
Página 5 de 6 d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito como fiscal da lei, nos termos do art. 178, II, do CPC/15;
e) A condenação do Requerido ao pagamento de custas
processuais e honorários sucumbenciais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidas, além dos documentos que ora junta, depoimento pessoal do requerido, sob pena de confesso e também da oitiva de testemunhas arroladas oportunamente, bem como as que se fizerem necessários.
Dá-se a presente causa o valor de R$ 1.320,00 (Mil trezentos e