Ippf Normas 2017
Ippf Normas 2017
Ippf Normas 2017
INDICE
Normas de Atributos
1000 - Objetivo, Autoridade e Responsabilidade
1010 - Reconhecimento da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das
Normas no Estatuto da Auditoria Interna
1100 - Independência e Objectividade
1110 - Independência Organizacional
1111 - Interação Direta com o Conselho
1112 – Funções do Responsável pela Auditoria Interna (CAE) fora do Âmbito da
Auditoria Interna
1120 - Objectividade Individual
1130 - Impedimentos à Independência e Objectividade
1200 - Proficiência e Adequado Cuidado Profissional
1210 - Proficiência
1220 – Cuidado Profissional Adequado
1230 - Desenvolvimento Profissional Contínuo
1300 - Programa de Garantia de Qualidade e Aperfeiçoamento
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1310 - Requisitos do Programa de Garantia de Qualidade e Aperfeiçoamento
1311 - Avaliações Internas.
1312 - Avaliações Externas
1320 - Reporte sobre o Programa de Garantia de Qualidade e Aperfeiçoamento
1321 - Utilização da Expressão “Em Conformidade com as Normas para a Prática
Profissional de Auditoria Interna”
1322 - Reporte sobre Não Conformidade
Normas de Desempenho
2000 – Gestão da Actividade de Auditoria Interna
2010 – Planeamento
2020 – Comunicação e Aprovação
2030 – Gestão dos Recursos
2040 – Políticas e Procedimentos
2050 – Coordenação
2060 – Reporte aos Gestores Superiores e ao Conselho
2070 – Fornecedores Externos de Serviços e Responsabilidade Organizacional pela
Auditoria Interna
2100 – Natureza do Trabalho
2110 – Governação
2120 – Gestão do Risco
2130 – Controlo
2200 – Planeamento do Compromisso de Auditoria
2201 – Considerações sobre o Planeamento
2210 – Objectivos do Compromisso
2220 – Âmbito do Compromisso
2230 – Alocação de Recursos ao Compromisso
2240 – Programa de Trabalho do Compromisso
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2300 – Realização do Compromisso
2310 – Identificação da Informação
2320 – Análise e Avaliação
2330 – Documentação da Informação
2340 – Supervisão do Compromisso
2400 – Comunicação dos Resultados
2410 – Critérios para a Comunicação
2420 – Qualidade das Comunicações
2421 – Erros e Omissões
2430 – Utilização da Expressão “Conduzido em Conformidade com as Normas
Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna
2431 – Divulgação de Não Conformidade
2440 – Divulgação dos Resultados
2450 – Opiniões Gerais
2500 – Monitorização do Progresso
2600 – Comunicação da Aceitação dos Riscos
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Glossário
Definição de
Auditoria Interna
Quando as Normas forem utilizadas em conjugação com as normas emitidas por outras
entidades responsáveis, as comunicações de auditoria poderão igualmente citar a utilização
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de tais normas, conforme apropriado. No entanto, caso se verifiquem inconsistências entre as
Normas e as de outras entidades, os auditores internos e a actividade de auditoria interna
deverão conformar-se com as Normas, e poderão conformar-se igualmente com outras
normas, caso sejam mais restritivas.
As Normas utilizam termos aos quais foram dados significados específicos, que estão
referenciados no Glossário. Concretamente, as Normas utilizam a expressão “têm que” para
especificar um requisito incondicional e a palavra “devem” quando se espera uma
conformidade, a menos que, ao utilizar o seu juízo profissional, as circunstâncias justifiquem
um desvio.
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entidade, operação, função, processo, sistema ou outra matéria. A natureza e o âmbito dos
compromissos de garantia são determinados pelo auditor interno. Nos compromissos de
garantia há geralmente três partes envolvidas: (1) A pessoa ou grupo directamente envolvido
com a entidade, operação, função, processo, sistema ou outra matéria – o detentor do
processo, (2) a pessoa ou grupo que faz a avaliação – o auditor interno, e (3) a pessoa ou
grupo que vai utilizar a avaliação – o utilizador.
Os serviços de consultoria são por natureza consultivos, e são normalmente executados por
solicitação específica do cliente. A natureza e o âmbito dos compromissos de consultoria estão
sujeitos a um acordo com o cliente. Os serviços de consultoria normalmente envolvem duas
partes: (1) a pessoa ou grupo que emite o parecer – o auditor interno, e (2) a pessoa ou grupo
que pretende e recebe o parecer – o cliente. Ao executar trabalhos de consultoria o auditor
interno deve manter a objectividade e não assumir qualquer responsabilidade de gestão.
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Normas de Atributos
Interpretação:
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1100 – Independência e Objetividade
A actividade de auditoria interna tem de ser independente, e os auditores internos têm de ser
objetivos no desempenho do seu trabalho.
Interpretação
A objectividade é uma atitude mental de imparcialidade que permite aos auditores internos
realizarem o seu trabalho de forma tal que acreditem no produto desse trabalho e que não
sejam praticados quaisquer compromissos de qualidade. A objectividade requer que os
auditores internos não sujeitem os seus julgamentos em matéria de auditoria à opinião de
outros. As ameaças à objectividade têm de ser geridas a diferentes níveis: do auditor
individual, do compromisso de auditoria, funcional e organizacional.
O responsável pela auditoria tem de reportar a um nível no seio da organização que permita
que a actividade de auditoria interna cumpra com as suas responsabilidades. O responsável
pela auditoria tem de confirmar ao Conselho, pelo menos uma vez por ano, a independência
organizacional da actividade de auditoria interna.
Interpretação:
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• Realiza adequadas diligências junto da Gestão e do CAE para determinar se ocorrem
limitações não apropriadas de âmbito ou de recursos.
1112 - Funções do Responsável pela Auditoria Interna (CAE) fora do Âmbito da Auditoria
Interna
Quando o responsável pela auditoria interna tenha ou é esperado que venha a ter outras
funções que saem fora do âmbito da auditoria interna, é necessário criar salvaguardas para
reduzir as limitações à independência ou objetividade.
Interpretation:
The chief audit executive may be asked to take on additional roles and responsibilities outside
of internal auditing, such as responsibility for compliance or risk management activities. These
roles and responsibilities may impair, or appear to impair, the organizational independence of
the internal audit activity or the individual objectivity of the internal auditor. Safeguards are
those oversight activities, often undertaken by the board, to address these potential
impairments, and may include such activities as periodically evaluating reporting lines and
responsibilities and developing alternative processes to obtain assurance related to the areas
of additional responsibility.
Os auditores internos têm de ter uma atitude de imparcialidade, livre de preconceitos e evitar
quaisquer conflitos de interesse.
Interpretação:
Um conflito de interesse é uma situação em que o auditor interno, que está numa posição de
confiança, tem um interesse profissional ou pessoal que compete com a sua posição. Tais
interesses competitivos poderão dificultar o cumprimento das suas responsabilidades de forma
imparcial. Um conflito de interesse existe mesmo que daí não resulte qualquer atitude
contrária à ética ou imprópria. Um conflito de interesse pode criar uma aparência de que há
algo de impróprio que pode abalar a confiança no auditor interno, na actividade de auditoria
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interna ou na profissão. Um conflito de interesse poderia impedir a capacidade individual de
cumprir com as suas responsabilidades de forma objectiva.
Interpretação:
1130.A3 – The internal audit activity may provide assurance services where it had
previously performed consulting services, provided the nature of the consulting did not
impair objectivity and provided individual objectivity is managed when assigning
resources to the engagement.
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1200 – Proficiência e Cuidado Profissional Adequado
1210 – Proficiência
Interpretação:
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1220 – Cuidado Profissional Adequado
1220.A3 – Os auditores internos têm de estar alerta para os riscos materiais que possam
afectar os objectivos, as operações ou os recursos. Contudo, os procedimentos de
garantia, só por si, mesmo quando executados com cuidado profissional adequado, não
garantem que todos os riscos materiais serão identificados.
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1300 – Programa de Garantia da Qualidade e Aperfeiçoamento
Interpretação:
Interpretação:
São realizadas revisões periódicas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, o Código de Ética e as Normas.
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1312 – Avaliações externas
As avaliações externas têm de ser feitas pelo menos uma vez em cada cinco anos por um
avaliador qualificado e independente, ou equipa de avaliadores, do exterior da organização. O
responsável pela auditoria tem de discutir com o Conselho:
Interpretação:
A avaliação externa pode ter a forma de uma avaliação global ou uma auto-avaliação com
validação externa independente. The external assessor must conclude as to conformance with
the Code of Ethics and the Standards; the external assessment may also include operational or
strategic comments.
Um avaliador qualificado ou uma equipa de avaliadores demonstra competência em duas
áreas: na prática profissional de auditoria interna e no processo de avaliação externa. A
competência pode ser demonstrada através de uma combinação de experiência e
conhecimentos teóricos. A experiência ganha em organizações de semelhante dimensão,
complexidade, sector ou indústria, e questões técnicas, é mais valiosa do que uma experiência
menos relevante. No caso de uma equipa de avaliação nem todo os membros da equipa têm
que ter todas as competências, é a equipa no seu conjunto que deve ser qualificada. O CAE usa
o seu julgamento profissional quando avalia se o avaliador ou a equipa de avaliação
demonstra suficiente competência para ser qualificada.
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Interpretação:
O responsável pela auditoria poderá atestar que a actividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna
apenas quando os resultados do programa de garantia de qualidade e aperfeiçoamento
suportem tal declaração.
Interpretation:
The internal audit activity conforms with the Code of Ethics and the Standards when it achieves
the outcomes described therein. The results of the quality assurance and improvement
program include the results of both internal and external assessments. All internal audit
activities will have the results of internal assessments. Internal audit activities in existence for
at least five years will also have the results of external assessments.
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Normas de Desempenho
O responsável pela auditoria tem que gerir com eficácia a actividade de auditoria interna, de
forma a garantir que a mesma acrescenta valor à organização.
Interpretação:
The internal audit activity adds value to the organization and its stakeholders when it considers
strategies, objectives, and risks; strives to offer ways to enhance governance, risk
management, and control processes; and objectively provides relevant assurance.
2010 – Planeamento
Interpretação:
Para desenvolver um plano baseado no risco CAE consulta a gestão de topo e o Conselho e
obtém uma compreensão das estratégias, os objetivos principais do negócio, os riscos
associados e os processos de gestão do risco. responsável pelo desenvolvimento de um plano
de auditoria baseado no risco. O CAE deve rever e ajustar o plano, se necessário, em resposta
às mudanças nos negócios, riscos, operações, programas, sistemas e controlos da organização.
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2010.A2 – The chief audit executive must identify and consider the expectations of senior
management, the board, and other stakeholders for internal audit opinions and other
conclusions.
O responsável pela auditoria tem que comunicar aos gestores superiores e ao Conselho, para
análise e aprovação, os planos e as necessidades de recursos, incluindo quaisquer
modificações provisórias relevantes. O responsável pela auditoria tem que comunicar também
o impacto da limitação de recursos.
O responsável pela auditoria tem que assegurar que os recursos de auditoria interna são
adequados, suficientes e ajustados eficazmente para que o plano aprovado seja cumprido.
Interpretação:
O responsável pela auditoria tem que estabelecer políticas e procedimentos para orientar a
actividade de auditoria interna.
Interpretação:
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2050 – Coordenação
Interpretation:
In coordinating activities, the chief audit executive may rely on the work of other assurance
and consulting service providers. A consistent process for the basis of reliance should be
established, and the chief audit executive should consider the competency, objectivity, and due
professional care of the assurance and consulting service providers. The chief audit executive
should also have a clear understanding of the scope, objectives, and results of the work
performed by other providers of assurance and consulting services. Where reliance is placed on
the work of others, the chief audit executive is still accountable and responsible for ensuring
adequate support for conclusions and opinions reached by the internal audit activity.
O responsável pela auditoria tem que relatar periodicamente aos gestores superiores e ao
Conselho sobre os objectivos, autoridade, responsabilidade e desempenho de auditoria
interna, relativamente ao seu plano. O reporte tem igualmente que incluir as exposições
significativas ao risco e questões de controlo, incluindo riscos de fraude, questões relativas à
governação e outros assuntos necessários ou que tenham sido solicitados pelos gestores
superiores e pelo Conselho.
Interpretação:
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Management’s response to risk that, in the chief audit executive’s judgment, may be
unacceptable to the organization.
These and other chief audit executive communication requirements are referenced throughout
the Standards.
Interpretação:
A actividade de auditoria interna tem que avaliar e contribuir para a melhoria dos processos
de governação, de gestão do risco e de controlo, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.
2110 – Governação
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2110.A1 – A actividade de auditoria interna tem que avaliar o desenho, implementação
e eficácia dos objectivos, programas e actividades da organização relacionados com a
ética.
Interpretação:
Determinar se os processos de gestão dos riscos são eficazes é um julgamento que resulta da
avaliação feita pelo auditor interno, de que:
• Os objectivos da organização sustentam e estão alinhados com a missão da
organização;
• Os riscos significativos são identificados e avaliados;
• São seleccionadas as respostas adequadas que alinham os riscos com o apetite de risco
da organização, e
• A informação relevante sobre o risco, é identificada e comunicada em tempo oportuno
transversalmente pela organização, permitindo que o staff, os gestores e o Conselho
cumpram com as suas responsabilidades.
The internal audit activity may gather the information to support this assessment during
multiple engagements. The results of these engagements, when viewed together, provide an
understanding of the organization’s risk management processes and their effectiveness.
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• Eficácia e eficiência das operações;
• Salvaguarda dos activos;
• Conformidade com as leis, regulamentos e contratos.
2130 – Controlo
2130.A1 – A actividade de auditoria interna tem que avaliar a adequação e eficácia dos
controlos em resposta aos riscos relativos ao governo da organização, operações e
sistemas de informação, quanto à:
• Consecução dos objectivos estratégicos da organização;
• Fiabilidade e integridade da informação financeira e operacional;
• Eficiência e eficácia das operações;
• Salvaguarda dos activos;
• Conformidade com as leis, regulamentos e contratos.
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2200 – Planeamento do Compromisso (de Auditoria)
Os auditores internos têm que desenvolver e documentar um plano para cada compromisso,
incluindo os objectivos, âmbito, prazo de execução e a alocação de recursos ao compromisso.
2210.A1 – Os auditores internos têm de efetuar uma avaliação preliminar dos riscos
relativos à actividade sob análise. Os objectivos do trabalho têm que reflectir os
resultados desta avaliação.
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2210.A3 – São necessários critérios adequados para a avaliação da governação, gestão
do risco e controlos. Os auditores internos têm de assegurar-se da extensão em que os
critérios estabelecidos pela gestão e/ou o Conselho permitem verificar se os objectivos e
metas foram alcançados. Quando adequados, os auditores internos têm que utilizar tais
critérios na sua avaliação. Se considerados inadequados, os auditores internos têm que
colaborar com a gestão e/ou o Conselho no sentido de desenvolver critérios de
avaliação adequados.
Interpretation:
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2220.C2 – During consulting engagements, internal auditors must address controls
consistent with the engagement’s objectives and be alert to significant control issues.
Interpretation:
Appropriate refers to the mix of knowledge, skills, and other competencies needed to perform
the engagement. Sufficient refers to the quantity of resources needed to accomplish the
engagement with due professional care.
Os auditores internos têm que identificar, analisar, avaliar e documentar a informação para
que os objectivos do compromisso sejam alcançados.
Os auditores internos têm que identificar informação que seja suficiente, fidedigna, relevante
e útil para a consecução dos objectivos do compromisso.
Interpretação:
A informação é suficiente quando é factual, adequada e convincente de tal modo que uma
pessoa prudente e informada possa chegar a uma conclusão idêntica à do auditor. Informação
fidedigna é a melhor informação que se pode obter através da utilização de técnicas de
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trabalho apropriadas. Informação relevante é a que sustenta as observações e recomendações
do compromisso e é consistente com os objetivos do mesmo. A informação útil ajuda a
organização a atingir os seus objetivos.
2330.A1 – O responsável pela auditoria tem que controlar o acesso aos registos do
compromisso. O responsável pela auditoria tem de obter a aprovação dos gestores
superiores e/ou aconselhamento jurídico antes de submeter tais registos a terceiros,
conforme apropriado.
2330.A2 – O responsável pela auditoria tem que definir os requisitos de retenção dos
arquivos, independentemente dos meios em que cada informação esteja armazenada.
Tais requisitos de retenção têm que ser consistentes com as orientações da organização
e com outras exigências regulamentares pertinentes.
Interpretação:
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actividade de auditoria interna para efectuar a revisão. A evidência apropriada da supervisão
é documentada e arquivada.
Interpretation:
As comunicações têm que ser precisas, objectivas, claras, concisas, construtivas, completas e
tempestivas.
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Interpretação:
As comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos factos apontados. As
comunicações objectivas são razoáveis, imparciais e sem preconceitos e são o resultado de
uma avaliação razoável e equilibrada de todos os factos relevantes e circunstâncias. As
comunicações claras são facilmente entendidas e lógicas, evitando linguagem técnica
desnecessária e fornecendo todas as informações significativas e relevantes. As comunicações
concisas vão directamente ao assunto evitando desnecessária elaboração, detalhe supérfluo,
redundância e palavreado. As comunicações construtivas são úteis ao cliente e à organização e
conduzem a melhoramentos quando necessário. As comunicações completas não omitem nada
que seja essencial para os clientes visados e incluem toda a informação significativa e
relevante e observações para sustentar as recomendações e conclusões. As comunicações
tempestivas são oportunas e expeditas, dependendo da importância da matéria, e permitindo
que a gestão possa empreender as acções correctivas necessárias.
Quando uma não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética ou as
Normas tiver um impacto significativo no compromisso, a comunicação dos resultados tem
que divulgar:
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2440 – Divulgação dos Resultados
Interpretação:
O responsável pela auditoria é responsável por rever e aprovar a comunicação final sobre o
compromisso antes da sua emissão para decidir a quem e como será divulgado. Quando o CAE
delega estes deveres, ele ou ela detém a responsabilidade total.
2440.A1 – O CAE é responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que aos mesmos é dada a devida consideração.
Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
Conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente,
fiável, relevante e útil.
Interpretação:
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•Um sumario da informação que suporta a opinião;
• O risco, estrutura de controlo ou outros critérios utilizados como base para a opinião
geral; e
• A opinião geral, julgamento ou conclusão alcançada.
Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.
Quando o responsável pela auditoria conclui que a gestão aceitou um nível de risco que possa
ser inaceitável para a organização, o responsável pela auditoria tem que discutir o assunto
com os gestores superiores. Se o CAE determinar que o assunto não foi resolvido, deve
reportar o assunto ao Conselho.
Interpretação
A identificação do risco aceite pela gestão pode ser observada através de um compromisso de
garantia ou de consultoria, ou pela monitorização de acções tomadas pela gestão em
resultado de anteriores compromissos de auditoria, ou por outros meios. Não é da
responsabilidade do CAE resolver o risco.
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Glossário
Acrescentar Valor
Acrescenta-se valor quando se melhoram as oportunidades de a organização alcançar os seus
objectivos, identificando melhorias operacionais, e/ou reduzindo a exposição ao risco, quer
através de trabalhos de garantia quer de consultoria.
Ambiente de Controlo
A atitude e acções do Conselho e da gestão a respeito da relevância do controlo no seio da
organização. O ambiente de controlo proporciona a disciplina e a estrutura necessárias para o
alcance dos objectivos primordiais do sistema de controlo interno. O ambiente de controlo
inclui os elementos seguintes:
Apetite de Risco
O nível de risco que uma organização está disposta a aceitar.
Código de Ética
O Código de Ética do Instituto de Auditores Internos (IIA – The Institute of Internal Auditors) é
um conjunto de Princípios relevantes para a profissão e prática de auditoria interna, e de
Regras de Conduta que descrevem o comportamento que se espera dos auditores internos. O
Código de Ética aplica-se a todas as entidades que prestam serviços de auditoria interna. O
objectivo do Código de Ética é o de promover uma cultura ética na profissão global de
auditoria interna.
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Compromisso de Auditoria
Um trabalho específico de auditoria interna, tarefa ou análise, tal como a realização de uma
auditoria interna, uma análise de auto-avaliação do controlo, uma investigação de fraude ou
um trabalho de consultoria. Um compromisso pode incluir múltiplas tarefas ou atividades
destinadas a satisfazer um conjunto específico de objetivos relacionados.
Conflito de interesses
Qualquer relação que não seja ou aparente não ser do melhor interesse da organização. Um
conflito de interesses prejudicaria a capacidade de um indivíduo cumprir com objectividade os
seus deveres e responsabilidades.
Conformidade
A adesão a políticas, planos, procedimentos, legislação, regulamentos, contratos e outros
requisitos.
Conselho (Board)
O órgão de governação de mais alto nível (por exemplo, um conselho de administração, um
conselho de supervisão, um conselho de governadores ou de doadores) que tem a
responsabilidade de dirigir e/ou supervisionar as actividades da organização e de assegurar a
responsabilização da gestão de topo. Embora os modelos de governação variem entre
diferentes jurisdições e sectores, tipicamente o conselho inclui membros que não fazem parte
da gestão. Se um conselho não existir, a palavra “conselho” nas Normas refere-se ao grupo ou
pessoa encarregado da governação da organização. O termo “conselho” nas Normas pode
também referir-se a uma comissão ou outro grupo a quem o orgão de governação tenha
delegado certas funções (por exemplo, a comissão de auditoria).
Controlo
Qualquer acção empreendida pela gestão, pelo Conselho e outras entidades para gerir o risco
e melhorar a probabilidade da consecução dos objectivos e metas da organização. A gestão
planifica, organiza e dirige a realização das acções necessárias para assegurar com
razoabilidade que os objectivos e metas serão alcançados.
Controlo Adequado
Existe quando a gestão o planificou e concebeu de modo a fornecer uma segurança razoável
de que os riscos da organização foram geridos de forma eficaz e de que os objectivos e metas
da organização serão alcançados de forma eficiente e económica.
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Core Principles for the Professional Practice of Internal Auditing The Core Principles for the
Professional Practice of Internal Auditing are the foundation for the International Professional
Practices Framework and support internal audit effectiveness.
“Deve” (Should)
As Normas utilizam a expressão “deve” quando se espera uma conformidade, a menos que,
utilizando um juízo profissional, as circunstâncias justifiquem um desvio.
Estatuto (Charter)
O estatuto da auditoria interna é um documento escrito que define o objetivo da actividade
de auditoria interna, a sua autoridade e responsabilidade. O estatuto da auditoria interna
define a posição da actividade de auditoria interna na organização; autoriza o acesso aos
registos, pessoal e bens físicos, que seja relevante para o desempenho dos compromissos, e
define o âmbito das atividades de auditoria interna.
Fraude
Quaisquer actos ilegais caracterizados pelo engano, encobrimento ou violação da confiança.
Tais actos não dependem de ameaça de violência ou de força física. As fraudes são
perpetradas por indivíduos e organizações para se apropriarem de dinheiros, bens ou serviços;
para evitarem o pagamento ou perda de serviços; ou para obterem vantagens pessoais ou
comerciais.
Gestão do Risco
Um processo para identificar, avaliar, gerir e controlar potenciais eventos ou situações, que
forneça uma segurança razoável de que os objectivos da organização serão alcançados.
Governação
A combinação de processos e estruturas implementados pelo Conselho, para informar, dirigir,
gerir e monitorizar as actividades da organização para o alcance dos seus objectivos.
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Impedimentos
Os impedimentos à independência organizacional e à objectividade individual poderão incluir
conflitos de interesse pessoais, limitações de âmbito, restrições de acesso aos registos,
pessoal e bens e limitação de recursos (financeiros).
Independência
A não sujeição a condições que ameacem a objectividade ou a aparência de objectividade. Tais
ameaças à objectividade deverão ser geridas ao nível do auditor individual, do compromisso,
da função e da organização.
Norma
Uma declaração profissional emitida pelo Conselho de Normas de Auditoria Interna, que
enumera os requisitos para o desempenho de uma vasta gama de actividades de auditoria
interna, e para a avaliação do desempenho da auditoria interna.
Objectividade
Uma atitude mental imparcial que permite que os auditores internos realizem os seus
compromissos de forma que acreditem honestamente no produto do seu trabalho e que não
haja compromissos de qualidade relevantes. A objectividade exige que os auditores internos
não subordinem o seu juízo em matéria de auditoria a outros.
Objectivos do Compromisso
Declarações genéricas desenvolvidas pelos auditores internos, que definem os resultados
pretendidos do trabalho.
Opinião do Compromisso
A classificação, conclusão, e/ou outra descrição dos resultados de um compromisso individual
de auditoria, relativamente aos aspectos incluídos nos objectivos e âmbito do compromisso.
Opinião Global
A classificação, conclusão, e/ou outra descrição dos resultados, fornecida pelo CAE, a um nível
geral, relativamente à governação, gestão do risco, e/ou processos de controlo da
organização. Uma opinião global é o julgamento profissional do CAE baseado nos resultados
de um conjunto de compromissos individuais e outras actividades num período de tempo
específico.
Processos de Controlo
As políticas, procedimentos (quer manuais quer automáticos) e actividades que fazem parte
do enquadramento de controlo, concebidos e operados de forma a assegurar que os riscos
são mantidos dentro do nível que a organização está disposta a aceitar.
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Programa de Trabalho do Compromisso
Documento que lista os procedimentos a ser seguidos durante um compromisso de auditoria,
e destinados a cumprir o plano concebido.
Risco
A possibilidade da ocorrência de um evento que possa ter impacto sobre o alcance de
objectivos. O risco é medido em termos de impacto e probabilidade de ocorrência.
Serviços de Consultoria
Actividades e serviços de aconselhamento ao cliente, cuja natureza e âmbito dos trabalhos
foram acordados com o cliente, e têm como objectivo acrescentar valor e melhorar os
processos de governação, de gestão do risco e de controlo de uma organização, sem que o
auditor interno assuma a responsabilidade da gestão. Como exemplos citam-se o
aconselhamento, a emissão de pareceres, a facilitação e a formação.
Serviços de Garantia
Análise objectiva da evidência necessária para o fornecimento de uma avaliação independente
dos processos de governação, de gestão do risco e de controlo para a organização. Como
exemplos, podem incluir compromissos financeiros, de desempenho, de conformidade, de
segurança de sistemas e de avaliação (“due diligence”).
Significância
A importância relativa de um assunto no contexto em que é considerado, incluindo fatores
quantitativos e qualitativos, tais como a magnitude, natureza, efeito, relevância e impacto. O
juízo profissional ajuda os auditores internos ao avaliarem o significado dos assuntos, no
contexto dos objetivos relevantes
Technology-based Audit Techniques Any automated audit tool, such as generalized audit
software, test data generators, computerized audit programs, specialized audit utilities, and
computer-assisted audit techniques (CAATs).
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“Tem de” (Must)
As Normas utilizam a expressão “tem de” para especificar um requisito incondicional.
IPAI
Tradução inicial: Raul Fernandes
Ajustamento para a versão 2017
Francisco Albino
Jan.2023
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