Crimes Contra A Ordem Pública 7grupo
Crimes Contra A Ordem Pública 7grupo
Crimes Contra A Ordem Pública 7grupo
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
Eurípedes Josué
Luísa Soares
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
Índice pág.
I. Introdução...........................................................................................................................5
1. Objectivo Geral...............................................................................................................6
2. Objectivos específicos.....................................................................................................6
3. Metodologia....................................................................................................................6
2.3. Ameaça com prática de crime, abuso e simulação de sinais de perigo (Artigo 347)
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4. Resistência.....................................................................................................................11
5. Desobediência...............................................................................................................12
9. Acolhimento de Malfeitores..........................................................................................15
Neste presente trabalho vamos tratar acerca dos Crimes contra a Ordem e Tranquilidade
Pública previstos no nosso Código Penal.
É importante salientar que o Estado, através dos seus meios repressores visa manter a ordem
e a paz na sociedade, sendo assim, é considerado crime a desordem pública e todos os factos
que colocam as pessoas em perigo.
Temos o caso das quadrilhas que amedrontam a sociedade e também colocam as pessoas em
perigo, em suma, são bandidos, criminosos e assim que desordem e medo na sociedade, eis
que a legislação penal prevê tais factos.
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1. Objectivo Geral
Analisar os Crimes contra a ordem e tranquilidade pública.
2. Objectivos específicos
Elencar os crimes contra a ordem e tranquilidade pública;
Caracterizar e expor tais crimes;
Destacar as penas de acordo com a lei penal.
3. Metodologia
Para o efeito desta pesquisa recorreu-se ao método documental, na qual analisou-se o Código
Penal para a execução.
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I. Crimes Contra a Ordem e Tranquilidade Pública
2. Instigação Pública e Associação Criminosa
2.1. Instigação pública a um crime (Artigo 345)
3. A pena não pode ser superior à prevista para o facto ilícito típico praticado.
A incitação ao crime pode ser exercitada por qualquer meio: panfletos, cartazes,
discursos, gritos em público, e-mails, sites na internet, entrevista em rádio, revista,
jornal ou televisão etc. Comete o delito, por exemplo, quem mantém site na internet
dizendo que todo marido traído deve espancar ou matar a esposa; ou quem, em
entrevista, aconselha as pessoas a não pagar por serviços, devendo fazer ligações
clandestinas de água, luz, etc.; ou, ainda, líder sindical que, em discurso, diz que os
operários devem depredar as indústrias em que trabalham.
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2.2. Apologia pública ao crime (Artigo 346)
É também requisito desse crime que a apologia seja feita em público, isto é, que o
enaltecimento ao acto criminoso ocorra na presença de número elevado de pessoas ou
de modo que chegue ao seu conhecimento.
1. Quem, mediante ameaça com a prática de crime, ou fazendo crer simuladamente que um
crime vai ser cometido, causar alarme ou inquietação entre a população, é punido com pena
de prisão até 2 anos e multa até 1 ano.
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2. Na pena de prisão até 1 ano e multa até 6 meses, é punido aquele que utilizar abusivamente
sinal ou chamada de alarme ou de socorro, ou simuladamente fizer crer que é necessário
auxílio alheio em virtude de desastre, perigo ou situação de necessidade colectiva.
2. Na mesma pena incorre aquele que apoiar ou facilitar as actividades destes grupos,
organizações ou associações, nomeadamente fornecendo armas, munições ou viaturas,
recebendo, guardando ou adquirindo os produtos dos crimes ou disponibilizando locais para
guarda dos produtos referidos ou para reuniões e esconderijo do grupo ou de algum dos seus
elementos.
4. As penas referidas podem ser especialmente atenuadas ou não ter lugar a punição se o
agente impedir ou se esforçar seriamente por impedir a continuação dos grupos, organizações
ou associações, ou comunicar à autoridade a sua existência de modo a esta poder evitar a
prática de crimes.
O delito em estudo configura-se pela associação estável de duas ou mais pessoas com
o fim de cometer reiteradamente crimes. Pressupõe, portanto, um acordo de vontades
dos integrantes, no sentido de juntarem seus esforços no cometimento dos crimes.
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3. Participação em Motim, Desobediência à Ordem de Dispersão e Outros
3.1. Participação em motim (Artigo 349)
1. Quem tomar parte em motim, durante o qual for cometida colectivamente violência contra
pessoa ou propriedade, é punido com pena de prisão até 1 ano e multa até 6 meses, se pena
mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.
2. Se o agente tiver provocado ou dirigido o motim, é punido com pena de prisão até 2 anos e
multa correspondente.
1. Os limites mínimo e máximo das penas previstas nos números 1 e 2 do artigo anterior são
elevados ao dobro se o motim for armado.
4. Quem trouxer arma sem conhecimento dos outros é punido como se efectivamente
participasse em motim armado.
1. Quem não obedecer a ordem legítima de se retirar de ajuntamento ou reunião pública, dada
por autoridade competente com advertência de que a desobediência constitui crime, é punido
com pena de prisão até 1 ano e multa até 6 meses.
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2. Se o desobediente for promotor da reunião ou ajuntamento, é punido com pena de prisão
até 2 anos e multa até 1 ano.
4. Resistência
4.1. Resistência ilegal e coacção sobre servidor público (Artigo 352)
1. Quem empregar violência, incluindo ameaça ou ofensa à integridade física, contra servidor
público ou membro das Forças de Defesa e Segurança, para se opor a que ele pratique acto
relativo ao exercício das suas funções, ou para o constranger a que pratique acto relativo ao
exercício das suas funções, mas contrário aos seus deveres, é punido com pena de prisão de 1
a 2 anos e multa até 1 ano.
5. Desobediência
5.1. Desobediência (Artigo 353)
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5.2. Desobediência qualificada (Artigo 354)
1. Quem recusar ou deixar de fazer os serviços ou prestar os socorros que forem exigidos em
caso de flagrante delito ou para impedir a fuga de preso, ou em circunstâncias de tumulto,
naufrágio, inundação, incêndio ou outra calamidade, ou de quaisquer acidentes em que possa
perigar a tranquilidade pública, é punido com pena de prisão até 1 ano e multa
correspondente.
Quem destruir, danificar ou inutilizar, total ou parcialmente, ou, por qualquer forma, subtrair
ao poder público a que está sujeito, documento ou outro objecto móvel, bem como coisa que
tiver sido arrestada, apreendida ou objecto de providência cautelar, é punido com pena de
prisão de 2 a 8 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.
Quem arrancar, destruir, danificar, alterar ou, por qualquer forma, impedir que se conheça
edital afixado por servidor público competente é punido com pena de prisão até 1ano e multa
até 3 meses.
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7. Tirada e Fuga de Presos e dos que não Cumprem as suas Condenações
7.1. Tirada e evasão de presos (Artigo 358)
1. Se alguém tirar ou tentar tirar algum preso, por meio de violências ou ameaças à autoridade
pública, aos subalternos ou agentes dela, ou a qualquer pessoa do povo, nos casos em que
esta pode prender, é condenado às penas do crime de resistência ilegal.
2. Se a tirada do preso se fizer por meio de algum artifício fraudulento, a pena de prisão não
excede 1 ano.
3. O preso que, antes da sentença passada em julgado, se evadir, é punido com as penas
disciplinares dos regulamentos da prisão ou casa de custódia ou de detenção, sem prejuízo da
responsabilidade pelos crimes cometidos para se realizar a fuga, mas se for condenado, a
evasão é tomada em conta como circunstância agravante.
3. Se a fuga tiver lugar sem que concorressem da parte dos empregados ou agentes
mencionados no número 1 as circunstâncias aí referidas e se os mesmos agentes não
provarem caso fortuito ou força maior que exclua toda a imputação de negligência, são
punidos com a prisão de 1 mês a 1 ano.
4. Cessa a pena deste artigo desde que o preso fugido for capturado, não tendo cometido
posteriormente à fuga algum crime, por que devesse ser preso.
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2. Se alguns outros indivíduos fizerem o arrombamento, escalamento, abertura de porta ou de
janela com chave falsa ou qualquer outra violência, para procurar ou facilitar a fuga do preso,
são punidos com pena de prisão de 1 a 8 anos.
3. Os indivíduos declarados no número anterior, que apenas tiverem fornecido ao preso armas
ou outros instrumentos para realizar a evasão, e à pena de prisão até 2 anos no caso contrário;
mas se forem ascendentes, descendentes, adoptante, adoptado, cônjuge, irmãos ou irmãs, ou
afins, nos mesmos graus, do preso, só incorrem em responsabilidade penal, se este tiver feito
uso das armas ou outros instrumentos contra alguma pessoa.
São punidos com pena de prisão até 6 meses, os presos, detidos ou internados que se
amotinarem e, de forma concertada:
1. Quem, estando condenado por sentença passada em julgado, se evadir sem que tenha
cumprido a pena, é a pena da sentença prolongada pelo dobro do tempo em que andar fugido,
salvo o disposto nos números seguintes.
3. Quando a pena seja mista, o aumento, de que trata o número anterior, é calculado somente
em relação à espécie da pena que o condenado esteve a cumprir quando se evadiu.
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9. Acolhimento de Malfeitores
9.1. Acolhimento de malfeitores (Artigo 363)
1. Quem tiver, acolher, ou encobrir, ou fizer ter, acolher, ou encobrir em sua casa, ou em
outro lugar, algum indivíduo condenado da prática de um crime é punido com pena de prisão
de 1 a 8 anos.
2. Quem, voluntária e habitualmente, acolher ou der pousada a malfeitores, sabendo que eles
têm cometido crimes contra a tranquilidade e ordem pública, ou contra as pessoas ou
propriedades, quer seja dando sucessivamente este acolhimento, quer seja fornecendo-lhes
lugar de reunião, é punido como cúmplice dos crimes que posteriormente ao seu primeiro
facto do acolhimento esses malfeitores cometerem.
2. Aquele que, com intenção lucrativa, transportar, facilitar ou favorecer, por qualquer forma,
a entrada, permanência, saída ou trânsito ilegal de cidadão estrangeiro no território nacional,
é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos e multa até 1 ano.
3. A tentativa de auxílio à imigração ilegal é punida com pena de prisão até 2 anos e multa
correspondente.
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10.3. Transporte (Artigo 366)
1. Quem acolher, abrigar, alojar ou instalar imigrante ilegal, conhecendo-o como tal, é punido
com pena de prisão até 2 anos e multa correspondente.
Quem não denunciar a imigração ilegal, e, por conta do silêncio, obter, diretamente ou por
interposta pessoa, vantagem patrimonial ou qualquer outro benefício, para si ou para terceiro,
é punido com pena de prisão até 2 anos e multa correspondente, se pena mais grave não
couber.
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II. Conclusão
Concluímos que atingiu-se o objectivos antevistos nesta pesquisa, chegando assim a entender
que os Crimes contra a ordem e tranquilidade pública são previstos na Lei Penal e
estabelecidos a moldura penal para cada facto criminal.
Percebeu-se que a instigação ao crime constitui um facto culposo, tanto que as associações
que visam a execução de crimes criam desordem pública e assim removem a tranquilidade e
a paz pública.
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