Aula 1 - Esf 2023

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Especificações Técnicas e Normalização (ABNT)

• A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – é uma entidade sem


fins lucrativos, fundada em 1940, responsável pela padronização de
normas e técnicas usadas em diversas áreas, inclusive no meio
acadêmico. A criação do órgão foi, também, fundamental para o
crescimento e reconhecimento internacional do parque industrial
brasileiro.
Em 2500 a.C., os egípcios construíram a
pirâmide de Queóps. Até hoje, essa
edificação é considerada uma das grandes
obras de engenharia da humanidade.

Para manter o formato arquitetônico,


assegurar o desempenho construtivo
desejado e facilitar a execução foram
empregadas pedras com medidas iguais.

Isso é uma mostra de que o conceito de


normalização e padronização sempre
esteve atrelado ao desenvolvimento do
homem. Porém, uma sistematização maior
só veio no século XVIII, com a Revolução
Industrial e o início da produção em série.
Para quê serve???

 Quase tudo o que lemos, vemos ou manuseamos é criado dentro de um


padrão, que permite identificar o produto e dividir em categorias. Ao contrário
da manufatura artesanal, estas peças são construídas em conformidade com
dimensões, características e design específicos, instituindo uma linguagem
comum: a organização do “saber fazer” no processo industrial, ou codificação.

PADRONIZAR: é estabelecer uma forma ideal de


Trabalho, respeitando as peculiaridades de cada setor, segundo
um formato que possibilite atingir os objetivos propostos e
conduza a profissionalização.
• Tipos de normas técnicas (ABNT, 2003)

Norma Básica: norma de abrangência ampla ou que contém prescrições gerais para um campo específico.
Pode ser utilizada como norma para a aplicação direta ou como base para outras normas.
Norma de terminologia: estabelece termos, geralmente acompanhados de suas definições e, algumas
vezes, de notas explicativas, ilustrações, exemplo, etc.
Norma de ensaio: estabelece métodos de ensaio, suplementada algumas vezes com outras prescrições
relacionadas com o ensaio, tais como amostragem, uso de métodos estatísticos, seqüência de ensaio.
Norma de produto: especifica requisitos a serem atendidos por um produto ou grupo de produtos, para
estabelecer sua adequação ao propósito; pode, diretamente ou por referência, incluir, além dos requisitos
de adequação ao propósito, outros aspectos, tais como terminologia, amostragem, ensaio, embalagem e
etiquetagem e, às vezes, requisitos de processamento. Uma norma de produto pode ser completa ou não,
quer especifique a totalidade ou somente parte dos requisitos necessários, sob este aspecto, pode-se se
distinguir normas dimensionais, normas relativas a materiais, normas técnicas de fornecimento.
Norma de processo/ procedimento: especifica requisitos a serem atendidos por um processo para
estabelecer uma adequação ao propósito.
Norma de serviço: especifica requisitos a serem atendidos por um serviço para estabelecer sua adequação
ao propósito. Podem ser separadas em campos como lavanderia, hotelaria, transporte, manutenção de
veículos, telecomunicações, seguros, operações bancárias, comércio.

Normas de interface: especifica os requisitos relativos à compatibilidade de produtos ou sistemas em seus


pontos de interligação.

Normas sobre dados a serem fornecidos: contém uma lista de características onde valores ou outros
dados são indicados, a fim de especificar um produto, processo ou serviço. Algumas normas, tipicamente,
fornecem os dados a serem declarados pelos fornecedores, outras, pelos compradores.
• As normas técnicas brasileiras – NBR, determinam tamanhos, cores,
procedimentos, melhores práticas, conceitos, definições e especificações
utilizados em todos os projetos, na obtenção de produtos e serviços.
• Todo o processo de normalização no Brasil é conduzido segundo procedimentos
e conceitos definidos pelo Sinmetro (Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial), do qual fazem parte o setor
governamental e a iniciativa privada, com a finalidade de dotar o País de uma
infraestrutura de serviços tecnológicos para a qualidade e produtividade.
• Também são seguidos alguns
princípios extraídos da OMC
(Organização Mundial do Comércio)
e da ISO (International Organization
for Standardization), para elaboração
de suas normas, como simplificação,
consenso, representatividade,
paridade, voluntariedade e
atualização. É essa imparcialidade,
aliás, que confere certo valor jurídico
às normas técnicas.
• Na Construção Civil

• Em todos os setores da construção civil , assim como em outras


indústrias, a normatização brasileira tem como objetivo
padronizar, especificar, definir e orientar na execução de
produtos e/ou serviços para garantir a qualidade, durabilidade,
produtividade e outros benefícios.
• Arquitetura
• NBR 6137/1980 – Pisos para revestimento de pavimentos
• NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura
• NBR 7170/1983 – Tijolo maciço para alvenaria
• NBR 7171/1992 – Bloco cerâmico para alvenaria
• NBR 7180/1984 – Solo – Determinação do limite de plasticidade
• NBR 7190/1994 – Projetos de estrutura de madeira
• NBR 8039/1983 (NB 792) – Projeto e execução de telhados com telhas
cerâmicas tipo francesa
• Arquitetura

• NBR 8196/1999 – Desenho técnico – Emprego de escalas


• NBR 8403/1984 – Aplicação de linhas em desenhos – tipos e larguras
• NBR 10067/1995 – Princípios gerais de representação em desenho técnico
• NBR 10126/1987 – Cotagem em desenho técnico
• NBR 10647‐1989 – Desenho Técnico – Terminologia
• NBR 11706/2004 – Vidros na Construção Civil
• NBR 13531/1995 – Elaboração de projetos de edificações – atividades técnicas
• NBR 13532/1995 – Elaboração de projetos de edificações – arquitetura
• NBR 13858/1997 – Telhas de concreto – parte 2 – requisitos e métodos de ensaio
• NBR 13867/1997 – Revestimento interno de paredes e tetos com pasta de gesso
• NBR 14037/1998 – Manual de operação, uso e manutenção de edificações
• NBR 15270/2005 – Componentes cerâmicos
• Elétrica
• NBR 5354/1977 – Requisitos para instalações elétricas prediais
• NBR 5361/1988 – Disjuntores de baixa tensão
• NBR 5410/1997 – Instalações elétricas de baixa tensão
• NBR 5413/1992 – Iluminação de interiores
• NBR 5444/1989 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
• NBR 12010/1990 – MB 3341 – Condicionador de ar domestico ‐
Determinação do coeficiente de eficiência energética
• Hidráulica
• NBR 5626/1988 – Instalações prediais de água fria
• NBR 5688/1999 – Sistema predial de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação –
tubos e conexões de PVC, tipo DN – Requisitos
• NBR 6493/1994 – Emprego de Cores para Identificação de Tubulações
• NBR 7198/1993 – Projeto e execução de instalações de água quente
• NBR 7229/1993 – Construção e instalação de fossa séptica
• NBR 7362/2001 – Sistemas enterrados para condução de esgoto
• NBR 7367/1988 – Projeto e assentamento de tubulação de PVC
• NBR 8160/1999 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – projeto e execução
• NBR 10844/1989 – Instalações prediais de águas pluviais
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos ‐ Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos eflu‐ entes líquidos ‐ Projeto construção e operação
• Concreto
• NBR 6118/1984 – Atualizada – Projeto de estruturas de concreto – procedimento
• NBR 6120/1980 – Cargas para cálculo de estrutura de edificações
• NBR 6122/1996 – Projeto e execução de fundações
• NBR 7191/1982 – Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples ou
Armado
• NBR 9062/2001 – Projeto e execução de estrutura de concreto pré‐moldado
• Execução de Obra
• NBR 5671/1990 – Participação dos intervenientes em serviços de obras de engenharia
e arquitetura
• NBR 5681/1980 – Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações
• NBR 6489/1984 – Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação
• NBR 7678/1983 – Segurança em obras
• NBR 12654/1992 ‐ Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto
• NBR 12655/1996 ‐ Concreto – Preparo, controle e recebimento

• Entre outros.....
Atividade em grupo:

Pesquisar sobre as normas técnicas e suas aplicações na construção civil.

Grupo 1 . NBR 6502 - Rochas e Solos


Grupo 2. NBR 5681/1980 – Controle tecnológico da execução de aterros em obras de
edificações
Grupo 3. NBR 6489/1984 – Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação
Grupo 4. NBR 6484 Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de
ensaio
Grupo 5. NBR 12654/1992 ‐ Controle Tecnológico de Materiais Componentes do
Concreto
Estudo do Solo
DEFINIÇÃO DE SOLOS :

Na engenharia civil, como a grande maioria de suas obras apoiam-se sobre ou


no interior da crosta terrestre, os materiais que formam essa última são, eles
mesmos, sob tal ponto de vista, materiais de construção. Além disso, tais
materiais podem, também, ser utilizados nas próprias obras como materiais de
empréstimo para as construções civis. Dividem-se, esses materiais, segundo os
engenheiros, em solos e rochas.

Os termos solo e rocha poderiam ser definidos, considerando-se o solo como


todo material da crosta terrestre que não oferecesse resistência intransponível
à escavação mecânica e que perdesse totalmente toda resistência, quando em
contato prolongado com a água; e rocha, aquele cuja resistência ao desmonte,
além de ser permanente, a não ser quando em processo geológico de
decomposição, só fosse vencida por meio de explosivos.
CONTENÇÕES

FUNDAÇÕES
ESTUDOS DOS SOLOS

Os solos são formados pela camada


superficial da crosta terrestre, que
também é chamado de manto rochoso.

As rochas estão sujeitas a condições


locais, que alteram sua característica
físicas e químicas. Este fenômeno é
chamado de Intemperismo.

INTEMPERISMO: conjunto de processos


mecânicos, químicos e biológicos que
ocasionam a desintegração, o desgaste e
a decomposição das rochas.
ESTUDOS DOS SOLOS

Intemperismo Físico ou Mecânicos: quando se observa a desintegração das rochas em partículas


menores, através de agentes como água, temperatura, pressão, ventos, vegetações causam a
ruptura das rochas, formando fendas e a desintegração das mesmas.

Intemperismo Químico : quando se observa a degradação de rochas, alterado por agentes,


provocando a alteração mineralógica da rocha de origem. O principal agente é a água e os
mecanismos modificadores são : hidratação, a carbonatação, oxidação, temperatura e os efeitos
químicos resultante do apodrecimento de vegetais e animais.

Intemperismo Biológico : quando se observa a decomposição de rochas provocados por esforços


mecânicos provocados por vegetações ou animais.
INTEMPERISMO MECÂNICO
INTEMPERISMO MECÂNICO
O CO2 forma
carbonatos e
deposita-se nos
INTEMPERISMO QUÍMICO cursos d´água Vulcão libera
gases e CO2 –
Dióxido de
Formação de Carbono
silicatos
INTEMPERISMO BIOLÓGICO
➢ FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

• Pela origem → solos residuais e solos transportados (aluviais,


coluviais...)

• Pela sua evolução pedogenética → classificação pedológica dos solos.

• Por características peculiares → presença de MO ( Material orgânico)


, estrutura,...

• Pelo tipo e comportamento das partículas constituintes → sistemas de


classificação baseado em propriedades e índices (mais empregados na
engenharia) – granulometria e limites de Atterberg.
➢PELA ORIGEM
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS POR SUA ORIGEM

Quanto a origem dos solos pode-se classifica em dois grandes grupos:

❑ Solos residuais - encontram-se no próprio local que se formaram.


solos residual jovem (saprolítico), solo residual maduro, rocha
alterada.

❑ Solos transportados - são aqueles que foram levados ao seu atual


local por algum agente de transporte.
Solo coluvionar, solo aluvionar, solos eólicos, drifts.
❑ Solos residuais

-solo residual maduro


Superficial ou sotoposto a um horizonte “poroso” ou “húmico”, e que perdeu toda
a estrutura original da rocha-mãe.

-solo saprolítico (residual jovem ou solo de alteração de rocha)


Solo que mantém que a estrutura original da rocha-mater, mas perdeu a
consistência / resistência de rocha.

-rocha alterada
Horizontes com fraturas e regiões de menor resistência, existem grandes blocos de
rocha original.
Solos residuais

Solos saprolítico
Solos saprolítico

Solos rocha alterada


Rocha Alterada
❑ Solos transportados

-solo coluvionar
Solos formados por ação da gravidade

-solo aluvionar
Solos resultantes do carreamento pela água fluvial.

-solo eólico
Solos transportados pelo vento.

-drifts
Solos transportados por geleiras.
Solo coluvionar Solo coluvionar

Solo residual
Solos Aluvionares
Solos Eólicos
Drifts

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