O documento descreve o modelo hexagonal de interesses profissionais de Holland, que classifica pessoas e ambientes de trabalho em seis tipos: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional. Cada tipo possui características de personalidade e preferências ocupacionais distintas. A teoria sugere que pessoas tendem a se sentir mais satisfeitas em ambientes que correspondam ao seu perfil.
O documento descreve o modelo hexagonal de interesses profissionais de Holland, que classifica pessoas e ambientes de trabalho em seis tipos: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional. Cada tipo possui características de personalidade e preferências ocupacionais distintas. A teoria sugere que pessoas tendem a se sentir mais satisfeitas em ambientes que correspondam ao seu perfil.
O documento descreve o modelo hexagonal de interesses profissionais de Holland, que classifica pessoas e ambientes de trabalho em seis tipos: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional. Cada tipo possui características de personalidade e preferências ocupacionais distintas. A teoria sugere que pessoas tendem a se sentir mais satisfeitas em ambientes que correspondam ao seu perfil.
O documento descreve o modelo hexagonal de interesses profissionais de Holland, que classifica pessoas e ambientes de trabalho em seis tipos: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional. Cada tipo possui características de personalidade e preferências ocupacionais distintas. A teoria sugere que pessoas tendem a se sentir mais satisfeitas em ambientes que correspondam ao seu perfil.
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O modelo hexagonal de interesses profissionais de Holland
Holland (1997) propôs um modelo teórico da congruência entre pessoas e
ambientes de trabalho que tem dominado a pesquisa e a prática de avaliação de interesses ocupacionais (Rounds, Armstrong, Liao, Lewis, & Rivkin, 2008). Para o autor, indivíduos interessados por uma mesma ocupação possuem características de personalidade similares e criam ambientes físicos e interpessoais peculiares. A teoria postula que as pessoas e os ambientes de trabalho podem ser descritos a partir de seis tipos básicos e suas combinações: realista (R), investigativo (I), artístico (A), social (S), empreendedor (E) e convencional (C). Holland (1997) defende que ambientes ocupacionais e pessoas sejam vistos de maneira integrada, pois os primeiros são constituídos através das características das pessoas; isto é, pessoas com características similares tendem a se agrupar em torno de atividades e tarefas adequadas as suas características e valores. Os tipos básicos de pessoas e ambientes serão descritos a seguir. O individuo predominantemente realista é pouco sociável e carece de habilidade interpessoal. Por suas tendências pragmáticas, tem aversão a situações ambíguas e carregadas de subjetividade. Sendo assim, sente-se pouco à vontade em situações sociais ou de conteúdo emocional, sendo mais reservado, inflexível e conformista. Prefere tarefas onde possa perceber o resultado objetivo e concreto do seu trabalho, em atividades mais técnicas e operacionais. Portanto, o ambiente realista envolve atividades práticas e concretas com o uso de máquinas, ferramentas e materiais. É composto por pessoas interessadas em atividades operacionais que requerem competências manuais, coordenação motora e força física. Deste modo é um ambiente que reforça a expressão de estilos pessoais objetivos e diretos, motivados por realizações práticas e produtividade (Holland, 1997; Armstrong, Day, McVay & Rounds, 2008). O trabalhador mais investigativo, assim como o realista, sente-se desconfortável diante de emoções mais intensas e aparenta frieza e alheamento; mas, por outro lado, está mais aberto a questões subjetivas e abstratas. A sua preferência por atividades teóricas e autônomas tende a torná-lo ainda mais independente com relação a vínculos grupais, e mais centrado em si mesmo. O ambiente investigativo requer o uso de competências analíticas e verbais para a realização de atividades que implicam em observação, investigação sistemática e criativa de fenômenos biológicos, físicos e culturais. São pessoas que buscam criar e usar o conhecimento em atividades intelectuais para a solução de problemas com objetividade e persistência. Pessoas nestes ambientes tendem a possuir um estilo introspectivo e reflexivo. A pessoa de inclinação artística, aparentemente, aprecia o contato interpessoal; porém, isto é verdade quando este indivíduo está seguro de poder expressar-se com desenvoltura no ambiente. Em outras condições, é tímido e introvertido. É aberto a estímulos subjetivos e emocionais, e tem preferência por atividades livres, ambíguas e não sistematizadas. O ambiente artístico envolve trabalho criativo na música, escrita, artes, ou atividades intelectuais desestruturadas. São ambientes que permitem maior liberdade de expressão, valorizando ideias e maneiras não convencionais e inovadoras. É composto por pessoas emocionalmente expressivas que preferem atividades onde possam criar ou dar formas artísticas a diversos materiais e/ou manifestações culturais. O indivíduo social, em contraste com o realista e o investigativo, se interessa pelos vínculos humanos e manifesta sensibilidade e responsabilidade na busca de auxiliar, orientar, tratar e resolver as dificuldades dos outros. Gosta de se sentir aceito e respeitado em suas atividades, de conquistar os demais por sua amabilidade. Neste sentido, o ambiente social demanda empatia, humanitarismo e sociabilidade, pois envolve o trabalho com outras pessoas de forma a ajudar, apoiar ou curar. É composto por pessoas que se preocupam com o bem-estar dos outros e tendem a exibir comportamento solidário, amigável e gregário. Desse modo, esse tipo de ambiente requer competências interpessoais, habilidades para tratar, orientar ou ensinar outros. O indivíduo empreendedor gosta de usar habilidades verbais para a persuasão e o controle de outras pessoas. Ele deseja exercer o poder e ter status, em contraste com o convencional que apenas os admira. É extrovertido, tem iniciativa e quer assumir a liderança. Portanto, aprecia o papel de liderança, onde use sua capacidade de persuasão a fim de obter ganhos econômicos e de status. O ambiente empreendedor envolve atividades de venda, motivacionais e de liderança para alcançar metas pessoais e organizacionais, pois valoriza a iniciativa na busca de realizações financeiras e oportuniza a obtenção de posições de prestígio e status social. Portanto, tende a ser composto por pessoas de estilo assertivo, autoconfiante e ambicioso. O tipo convencional tende a controlar os afetos e a sentir-se à vontade no âmbito interpessoal somente quando em atividades rotineiras e estruturadas. Identifica-se com tudo que outorgue status e poder, mas prefere atividades com ordens claras e estabelecidas. O ambiente convencional abrange atividades que possibilitem a manipulação sistemática e ordenada de informações. Requer boa capacidade de organização para atender padrões definidos e precisos em tarefas estruturadas. É composto por pessoas que valorizam a realização econômica e a estabilidade na carreira. Estas descrições estão apoiadas em evidências empíricas acumuladas durante mais de 50 anos (Holland, 1997). A teoria preconiza que as pessoas buscam ambientes ocupacionais pertinentes à expressão de sua personalidade. Isto é, pessoas com inclinações predominantemente realistas irão procurar ambientes com estas características marcantes, de forma a maximizar suas possibilidades de satisfação e sucesso no papel de trabalho. Portanto, observa-se uma relação de reciprocidade entre pessoas e ambientes, na medida em que indivíduos procuram ambientes congruentes com suas características, e ambientes se constroem na dependência dos indivíduos que os habitam e dos tipos de atividades que ali desenvolvem. Adverte-se que, na verdade, cada indivíduo ou ambiente possui características de todos os seis tipos em maior ou menor grau, ainda que os atributos de um dado tipo possam predominar. A categorização de um indivíduo ou ambiente particular, portanto, não exige que apresente, de modo exclusivo, todos os traços usados para descrever um representante extremo ou ideal. A tendência é que os indivíduos possuam uma hierarquia de preferência pelos seis tipos de ambiente e apresentem um perfil tipológico particular. Deste modo, por exemplo, uma empresa ou ambiente ocupacional dedicado a criação e venda de produtos publicitários pode ser categorizado como empreendedor e artístico (EA), pois irá congregar indivíduos que priorizam atividades de criação (AE) e indivíduos que priorizam atividades de venda (EA), embora todos participem de um mesmo projeto de trabalho de caráter empreendedor (E). Os tipos de Holland (1997) estão dispostos num hexágono no qual cada vértice representa a localização de determinado tipo de interesse. As distâncias e proximidades entre os tipos são proporcionais às associações entre as inclinações de personalidade que representam. Portanto, valores, interesses e habilidades pertinentes a pessoas e ambientes de trabalho do tipo realista são mais similares aos valores, interesses e habilidades do tipo investigativo, que lhe é adjacente, em comparação ao tipo social, situado no vértice oposto ao realista.
Figura 3. Modelo hexagonal das personalidades vocacionais de Holland
REALISTA INVESTIGATIVO R I
CONVENCIONAL C A ARTÍSTICO
E S EMPREENDEDOR SOCIAL
O entendimento do relacionamento entre os tipos vocacionais é fundamental para
uma interpretação adequada de medidas de interesses e sua articulação com medidas de habilidades. Holland (1997) caracterizou as ocupações com o uso de 2 ou 3 letras do modelo RIASEC. Deste modo, a atividade de um engenheiro civil é classificada como IRE, pois requer raciocínio lógico-matemático (Investigativo), o lidar com equipamentos e máquinas (Realista), e o planejamento e coordenação de pessoas e processos (Empreendedor). Esta categorização das ocupações pode ser encontrada no Occupations Finder, material de referência incluído no SDS (Self Directed Search) (Holland, 1997).