ITI Curso de Teologia Modulo VI
ITI Curso de Teologia Modulo VI
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Tipologia Bíblica 1
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Tipologia Bíblica
Tipologia Bíblica 2
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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Tipologia Bíblica 3
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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INDICE
Tipologia Bíblica 4
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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Introdução
Tipologia Bíblica 5
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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Capitulo I
10. Alegoria: Alegoria é uma história ou narrativa na qual diversos elementos são
comparados uns com os outros e considerados praticamente iguais. É formada
geralmente por uma lista de pontos que são facilmente identificáveis. Por exemplo,
na história do Bom Pastor, o pastor é Cristo, a ovelha são as pessoas por quem Ele
morre, e o rebanho representa aqueles que seguem a Jesus. João 10.1-16.
Tipologia Bíblica 6
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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Tipologia Bíblica 7
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
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Todos os crentes, como tais, devem considerar-se modelos ou padrões da vida que
se assemelha à de Cristo. É relevante fazer uma distinção entre tipo e símbolo. Embora
ambos indiquem alguma coisa, diferem em pontos importantes.
(a) Símbolo é um sinal.
(b) Tipo é um modelo ou imagem de alguma coisa.
(c) O símbolo refere-se a alguma coisa do passado, presente ou futuro.
(d) O tipo sempre prefigura uma realidade futura.
Capitulo II
A Tipologia de Cristo nas Escrituras
1. Abel
O nome em hebraico significa rei de justiça. Este era rei de Salém, o nome antigo de
Jerusalém. Não se sabe muitos detalhes a respeito da pessoa de Melquisedeque,
pois até mesmo a Bíblia não fornece tantas informações, mas se pode extrair deste
enigmático rei e sacerdote do Deus altíssimo, um tipo prefigurado da pessoa de
Jesus. Melquisedeque um rei e sacerdote sem genealogia, não tinha princípio de
dias nem fim de vida, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece
sacerdote para sempre. Hb 7.3. Esse sacerdote que provavelmente era descendente
de Cão, por ser rei em Salém, cidade dos jebuseus, conquistada por Davi é
considerado e recebe o título de rei, exercendo um sacerdócio totalmente
independente, que segundo as leis sacerdotais deveria ser da tribo de Levi. Um
selemita que, nas escrituras sagradas, não há registro da sua família, de onde veio e
qual foi o seu fim. Jesus é descrito como sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque. Um ponto particular que a carta aos Hebreus refere, é da ampla
relação da pessoa de Melquisedeque e a da pessoa de Cristo: cada um deles era
sacerdote, não segundo a ordem levítica, tendo superioridade sobre o patriarca
Abraão; considerado como rei de paz e justiça. Abraão reconhecendo este ofício
ligado a pessoa de Melquisedeque, prestou a homenagem de lhe entregar o dízimo
dos despojos, e este o abençoou. Hb 7.6. A pessoa e ministério de Melquisedeque
se caracterizam pela justiça e pela paz. Igualmente em Cristo, mais de modo
perfeito, ele permanece sacerdote para sempre. Hb 7.3b.
Melquisedeque — Prefigura a Genealogia de Cristo
1. No mistério de sua encarnação. Gl 4.4,5; Jo 1.14; Lc 1.31-33
2. No poder de sua morte. Hb 9,13,14; Fp 2.7,8; Jo 10.17,18
3. Na glória de sua ressurreição. At 2.24,27; Jo 20.17.
Melquisedeque — Prefigura o Sacerdócio de Cristo
1. Morreu para perdoar. Lc 5.14; Hb 7.26,27; II Co 5.21
2. Ressuscitou para abençoar. Hb 4.14-16; I Co 15.20,22
3. Vive para interceder. Hb 7.25; 5.10; Rm 8.34.
Melquisedeque — Prefigura o Reinado de Cristo
1. Um reino eterno. Sl 145.13; Dn 7.27; 2.44; Hb 1.8
2. Um reino inabalável. Hb 12.28; Sl 46.4,5; Mt 16.18
3. Um reino conquistador. Ap 5.9; 11.15; Sl 103.19.
Tipologia Bíblica 9
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3. José
Tipologia Bíblica 10
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Capitulo III
Alguém disse uma vez que o ensino adequado "torna os ouvidos dos homens em
olhos". Isto é exemplificado na Bíblia por tipos, parábolas, comparações e
metáforas. As verdades espirituais são apresentadas numa multiplicidade de
figuras terrestres. Em função da limitação das palavras para transmitir verdades
mais profundas, Deus, achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra
maneira, devido à pobreza da linguagem humana, nunca poderíamos saber. Estes
símbolos são empregados para descrever as operações do Espírito Santo:
III. Água. Ex 17.6; Ez 36.25-27; 47.1; Jo 3.5; 7.38,39; Is 44.3. O Espírito Santo é a fonte da
água viva, a mais pura e a melhor, porque ele é um verdadeiro rio de vida
inundando as nossas almas e limpando a poeira do pecado. O poder do Espírito
opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material. A água purifica,
refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril.
Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza. Assim, como a água é um
elemento indispensável na vida física; da mesma maneira o Espírito Santo é um
elemento indispensável na vida espiritual.
Qual é o significado da expressão “água viva?” É viva em contraste com as águas
fétidas de cisternas e brejos: é água que salta, correndo sempre da sua fonte,
sempre evidenciando vida. Se essa for detida num reservatório, interrompida sua
corrente, separada da sua fonte, já não se pode dizer que é água viva. Os cristãos
têm a “água viva” na proporção em que estiverem em contato com a fonte divina em Cristo.
IV. Selo. Ef 1.13; II Tm 2.19. Era comum em Éfeso no tempo de Paulo. Um negociante
ia ao porto selecionar certa madeira e então a marcava com seu selo – um sinal de
reconhecimento da possessão. Mais tarde mandava seu servo com o selo, e ele
trazia a madeira que tivesse a marca correspondente, II Tm 2.19. Portanto a
impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal
seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedade de Deus, e sabe-se que
o são pelo Espírito que neles habita.
Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alívio
da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina,
liberta, cura e alivia a alma.
VI. A Pomba. João 3.22. A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura,
amabilidade, inocência, suavidade, paz, pureza e paciência. Entre os sírios é
emblema dos poderes vivificantes da natureza. Uma tradição judaica traduz Gn
1.2, da seguinte maneira: O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as águas.
Cristo falou da pomba como a encarnação da simplicidade, uma das belas
características dos seus discípulos, Mt 10.16. É importante observarmos que a
pomba é entre os símbolos do Espírito o único que possui vida, motivo porque
simboliza o Espírito como aquele que transmite vida, que vivifica, Rm 8.2,11. A
pomba também é um símbolo da pureza, Gn 8.7,9,12. A pomba, era a única ave
usada para o sacrifício, Gn 15.9 e Lv 1.14. Era o sacrifício dos pobres, Lv 12.8.
Quando Jesus foi apresentado no templo, a sua mãe, Maria, trouxe como oferta
dois pombinhos, Lc 2.24.
2. Céu nublado: Quando o céu está muito nublado, o orvalho diminui ou não
aparece Isto se dá porque as nuvens impedem o sol de aquecer a terra, e
assim o ar retém menos umidade, e não há então orvalho para cair.
VIII. Chuva. Zc 10.1. A Origem da chuva: Da superfície da terra, do mar e dos rios
sobe constantemente umidade em forma de vapor de água, formando as nuvens
que contem vapor de água e água condensada. Quando a temperatura atmosférica
estiver alta, as nuvens têm então condições de conter maior quantidade de vapor
de água. Quando, porém, a temperatura cai, vem à fase da saturação, ocasião em
que o vapor de água passa para o estado líquido e isto dá origem á chuva, que em
gotas é derramada. Fundamentalmente esta definição da lei física da chuva traz
para nós um símbolo importante.
1. O aparecimento da chuva espiritual: Ele virá como chuva. Esta expressão foi usada
a respeito de Deus, tanto pelo profeta Oséias (6.3), como pelo rei Salomão (Sl 72.6).
O profeta Joel também usou este símbolo quando falou da vinda do Espírito Santo,
dizendo: fará descer a chuva, a temporã e a serôdia, (Jl 2.23).
3. A chuva prepara a terra: A Bíblia declara que a chuva funde o pó numa massa, Jó
38.38. Quando a terra está muito seca, ela se torna como pó, Dt 28.24. Quando,
porém a chuva começa a destilar, este pó forma um todo consistente, tornando a
terra em condições de ser lavrada e semeada.
4. A Chuva aplaina a terra: Muitas vezes aparecem grandes torrões, isto é, porções de
terra que mantém entre si uma relativa coesão. Existem também sulcos (regos
abertos pelo arado). Eles são difíceis de aplainar quando a terra está seca. Porém,
com a chuva, os torrões se ligam uns aos outros, Jó 38.38. O salmista diz a
respeito dos sulcos: Enches d'água os seus sulcos, regulando a sua altura, amolece-
a com muita chuva, Sl 65.10.
5. A Chuva faz produzir a erva. Sl 147.8. Ao cair à chuva, então a terra que embebe a
chuva produz erva, proveitosa para aqueles por quem é lavrada e recebe benção de
Deus, Hb 6.7, II Sm 23.4. Quando Deus rega a terra então a faz produzir e
brotar, Is 55.10; Sl l04.14-15.
Da mesma forma acontece quando a chuva do Espírito Santo cai sobre a lavoura de
Deus, que é a igreja do Senhor, I Co 3.9. Ela então passa a ser um jardim regado e
como manancial cujas águas nunca faltam, Is 58.11.
Tipologia Bíblica 14
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Existem hoje crentes que não têm tão grande proveito pessoal, quando a chuva de
benção cai na igreja.... Os efeitos são sempre passageiros! Por quê? Porque, eles não
têm covas na sua vida, isto é, não tem lugar reservado no seu coração para conter
as bênçãos. No domingo são muito abençoados e fervorosos, porém, na segunda-
feira de manhã, não têm mais nada e a sua vida continua naquela marcha vazia e
corriqueira.
1. A incredulidade, Tg 1.6,7
2. A murmuração, Fp 2.14
3. A auto-suficiência, Fp 4.13
4. O desânimo, II Co 4.8
6. O orgulho, II Tm 3.4
Tipologia Bíblica 15
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Capitulo IV
A Construção do Tabernáculo
O tabernáculo foi projetado para ser desmontável, foi projetado para acompanhar Israel
por onde quer que fosse. Deus ordena a construção do Tabernáculo no deserto. Jamais
poderia ser erguido no Egito.
Deus fez do Tabernáculo o lugar da sua morada entre os homens separados, e a sua
glória habitava visivelmente ali. Êx 40.34-38; 25.8. Deus chamou para fora (do Egito)
um povo. Separou-o para se encontrar com Ele, Jeová (Êxodo 19.5-6 e 20.1-3), com
exclusividade. Jeová não queria ser adorado à distância. Não se contentava em
visitar o seu Povo, vez ou outra, como o fazia no Egito. Queria morar, habitar
continuamente e ser adorado no meio do Seu Povo escolhido. Êx 25.8; 40.34-38. Era
preciso que o Povo se conservasse unido em Deus, o Único, assim como a brasa não
pode ser afastada do braseiro sem se esfriar. O povo aprenderia na prática a
obedecer e amar o Senhor. Para tanto, estabeleceu um Centro Único de Culto para
adoração e sacrifícios o “Tabernáculo”.
Tipologia Bíblica 16
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O que está escrito na palavra de Deus sobre esses padrões serve para nós. Rm
15.4. Como Moisés seguiu o modelo na construção do tabernáculo, também nós
devemos seguir os padrões de Deus hoje. O nosso padrão é a pregação e a prática
apostólicas. Não havia nada na planta de Deus para o tabernáculo que não fosse
essencial. Deus tem um propósito em suas instruções detalhadas.
IV. O Engenheiro Principal na Construção
Bezalel quer dizer “na sombra de Deus” Êx 31.1-6; 35.30-35; 36.1. Como é sugestivo
o seu caráter! Isso é tudo o que um obreiro precisa para cumprir a vontade de
Deus. Bezalel era o mestre, treinado nas melhores oficinas do Egito. Tornara-se
engenheiro capaz e habilidoso. Aoliabe foi designado auxiliar direto dele. Depois
repartiram a cada homem e mulher tarefas específicas.
Metais: ouro, prata e cobre. Não só o que havia de mais caro, mas também de mais
durável e resistente ao tempo. Madeira de acácia, preciosa. Peles de animais.
Tecidos de várias espécies. Pedras preciosas como o ônix. Azeite para o castiçal.
Aromas para o incenso, etc. Desta lista, descobrimos não só a riqueza do povo, mas
sua voluntariedade em contribuir.
Significado Espiritual
Capitulo V
O Pátio do Tabernáculo
O Átrio era o único lugar do santuário onde podia entrar o adorador. Neste lugar eram
também realizados os sacrifícios. Ao entrar, o adorador encontrava primeiramente
o chamado Altar dos Holocaustos (Ex 27.1-8, 38.1-7), onde eram queimados os
sacrifícios. Este altar era feito de madeira de acácia e recoberto em bronze. Em cada
um dos seus quatro cantos havia uma ponta. Ex 27.2. Entre o Altar dos Holocaustos
e a entrada do templo, havia uma pia de bronze na qual permanentemente havia
água para que os sacerdotes lavassem os pés e as mãos antes de entrar no
santuário, ou de fazer o sacrifício. Ex 30.17-21.
O Átrio também conhecido como Pátio. Êxodo 27.9-19. O Tabernáculo foi cercado por
um pátio, ou “Átrio”, perto do fundo do qual ele situava-se. Este átrio, 75 pés de
largura e 150 pés de comprimento, estava formado por uma cerca de cortinas de
linho, suspensas por colchetes de prata, colocados no alto de colunas de madeira 7
½ pés de altura, que foram postos em tubos de bronze, e colchetes, da mesma
maneira que a tenda que cobria o Tabernáculo, com cordas e pinos. Todo este
recinto cercado era terra santa. O pátio era o local mais exterior do Tabernáculo.
Era totalmente descoberto e compunha-se de três elementos:
1. A Porta,
2. O Altar do Sacrifício,
3. E a Pia.
Tipologia Bíblica 18
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1. A Entrada (Porta) Êxodo 27.16: O pátio media cem côvados de comprimento por
cinqüenta de largura. Ele era cercado por cortinas de linho fino torcido que eram
fixadas através de colunas de cobre e madeira, sendo que as colunas também eram
fixadas em encaixes de cobre. O cálculo feito da quantidade de cobre utilizado no
Tabernáculo prova que foi utilizado madeira nas suas colunas. Havia sessenta
colunas como estas.
Uma única porta de vinte côvados de largura permitia a entrada no pátio pelo lado
oriental. Ela era feita do mesmo material utilizado na confecção dos véus do
Tabernáculo e era fixada através de quatro colunas.
Quando alguém entrava por esta porta dava de frente com o Altar dos
Holocaustos, depois com a Pia e finalmente com o Tabernáculo propriamente dito.
A localização exata de cada uma destas coisas era significativo.
Tipologia Bíblica 20
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Quando era um príncipe quem pecava, devia levar um bode sem defeito, colocar a
mão sobre a cabeça do bode (com o mesmo significado que nos casos anteriores ) e
imolá-lo. Então o sacerdote tomava o sangue e parte dele era colocado nas pontas
do Altar dos Holocaustos e o resto era derramado aos pés do mesmo altar.
Notemos que a diferença dos casos anteriores, o sangue não foi levado dentro do
Lugar Santo, portanto o sacerdote devia comer da carne do animal para que então
o pecado seja cerimonialmente transferido ao sacerdote. Lv 10.17-18. Novamente, a
gordura era queimada no altar.
4. Quando uma Pessoa Comum Pecava. Lv 4.27-35. Neste caso o pecador devia levar,
dependendo de sua condição social, uma cabra ou uma cordeira sem defeito. O
restante do ritual era semelhante ao caso anterior. Apesar de toda esta riqueza
temática encontrada na Bíblia acerca dos sacrifícios, podemos nos perguntar, por
que Deus instituiu um sistema ritual aparentemente tão cruel? Responderemos esta
importante pergunta especificamente no caso do sacrifício pelo pecado. No
sistema de sacrifícios podemos identificar três ensinamentos básicos, a
saber:
É interessante que eles possuíam instruções específicas sobre o fogo a ser usado no
Altar e assim mesmo desobedeceram. O nome Nadabe significa “liberal” e Abiú
significa “ele é meu pai”.
3. Lavatório de Bronze. Êxodo 30.17-21: Conhecida também como Pia de bronze, era
feita de bronze e foi usado espelhos de metal das
mulheres, ficava no Átrio, entre o Altar do
Sacrifício e o Tabernáculo. Êxodo 30.17-21. Pouco
se sabe sobre o seu formato, sabe-se apenas que
era uma bacia, colocada sobre um pedestal,
também de bronze. A sua localização na entrada
da tenda da congregação evitava que as partes
interiores do tabernáculo se contaminassem com
poeira. Deus é santo, e ele exigia que os
sacerdotes se limpassem antes de começarem a
ministrar na tenda do tabernáculo. Esta Pia só
poderia ser usada pelo Sumo Sacerdote e os Sacerdotes quando entrassem na
tenda, ou quando chegassem ao Altar para ministrar, nas ocasiões da consagração
deveriam tomar banho completo. Este ato impediria que eles morressem em
serviço.
Significado Espiritual
Tipologia
2. O piso do Pátio e do Tabernáculo era a próprio solo. Isto nos lembra o fato de que
quando Cristo, em Sua encarnação e origem humana era uma “raiz de uma terra
seca”. Isaías 53.2. Não há glória terrena em Seu nascimento.
3. O Pátio tipificava para nós a comunhão e adoração que os santos gozam na igreja.
Como a igreja é a casa de Deus hoje (I Tm 3.15) o Tabernáculo era o lugar onde
Deus encontrava com Seu povo e onde o evangelho era tipificado em suas
ordenanças simbólicas. No pátio o povo de Deus adorava e oferecia seus sacrifícios.
Sl 84.1-2, 65.4, 100.1-4, 27.4-6,. Os Cristãos hoje são todos sacerdotes que devem
servir á Deus através da Igreja. I Pe 2.5. (É interessante lembrarmos que a primeira
igreja se reuniu para adoração nos pátios do Templo, como vemos em Atos 2.46.
Sem dúvida, os eventos do dia de Pentecostes ocorreram no pátio do Templo e não
no cenáculo, como muitas vezes é declarado).
Tipologia Bíblica 22
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Um Tipo de Cristo: Jesus se revelou como a única entrada para Deus. Certamente a
porta é uma figura de Cristo como a porta e o caminho para a presença de Deus.
João 10.9, 14.6. Havia somente uma porta para a presença de Deus. Ela fica em
frente ao Altar de Bronze, o qual é uma figura de Cristo sofrendo pelos nossos
pecados. Que lição há aqui! A primeira visão de quem entrava no Tabernáculo era
o altar. Nós vamos chegar ao lar celestial pelo caminho da cruz. Os Judeus
entravam na presença de Deus vindo primeiramente com um sacrifício para ser
oferecido neste altar. Nós entramos na presença de Deus pela fé no Cordeiro do
Calvário.
5. O Altar do Sacrifício: O altar de sacrifício era uma figura da cruz de Cristo, local
em que animais eram sacrificados em favor dos homens. Local onde o pecador se
aproximava de Deus.
(a) Madeira de Acácia: Simboliza a origem humilde de Cristo, porém resistente.
(b) Bronze: Significa o julgamento de todos os pecados da humanidade.
(c) Quatro pontas: Representa poder e autoridade.
(d) Lados Iguais: Simboliza que no sacrifício de Cristo não há diferenciação.
(e) As Brasas: Símbolo do sacrifício queimado e aceito. Lv 9.23-24.
(f) As Cinzas: Representa os pecados perdoados e consumidos pelo fogo espiritual.
6. Lavatório de Bronze: Como as pontas do altar apontavam para a morte de Jesus,
assim a pia apontava para a sua vida. O Sangue fala de uma vida tomada e a água
fala de uma vida dada. A água na pia fala de Jesus, a Palavra Viva de Deus que
entra em nós e nos dá a vida eterna. Jesus disse que nós estamos limpos por causa
da Sua Palavra e que o conhecimento de Deus que é passado a nós pela Sua Palavra
é vida eterna. Como o sacerdote lavava as suas mãos e os seus pés enquanto
entrava na Presença de Deus, assim nós estamos sendo limpos continuamente da
corrupção deste mundo pela Palavra de Deus.
Tipologia Bíblica 23
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Capitulo VI
O Lugar Santo
Tipologia Bíblica 24
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O historiador Josefo, indica que o pão era sem fermento. Este pão às vezes é
chamado de “pão da preposição”, porque seu significado literal é “pão da face”,
isto é, pão partido diante da face ou presença de Deus.
2. O Candelabro Dourado. Êxodo 25.31-40
O Santo Lugar não havia nenhuma janela ou local para entrar a luz. Foi iluminado
por um candelabro de ouro glorioso, que estava colocado no lado oposto à mesa ao
lado sul no Santo Lugar. Feito de um pedaço de ouro sólido batido, que pesou
aproximadamente 43 kg. Em hebraico é conhecido como 'menorah' e um dos
símbolos mais comuns do Judaísmo.
O menorah dentro do Santo Lugar do tabernáculo era uma obra de beleza
extraordinária e consistia em três partes principais: a base, a haste principal e as
hastes filiais. Acima da base surgia uma haste vertical e dos dois lados desta haste,
saíam três hastes filiais que se encurvam para o lado e acima. Cada uma das seis hastes
filiais e a haste central terminava em um pote feito em forma de uma flor de amêndoa
aberta. No mesmo topo as pétalas abertas da flor seguravam uma luminária de óleo.
Foram decoradas habilmente a haste central as filiais com aquele mesmo desenho de
flor de amêndoa abertos com três em cada haste e quatro na haste central. A
decoração era tão primorosa e detalhada, que Deus ordenou que somente artesãos
altamente qualificados e ungidos pelo Espírito Santo poderiam fazer isto.
Todo dia e toda a noite, estas sete luminárias constantemente iluminaram a glória
do Santo Lugar e especialmente na mesa dos pães da proposição, como uma
lembrança de que Presença de Deus sempre está com o seu povo. Somente o sumo
sacerdote poderia trocar o óleo da luminária. Duas vezes diariamente, manhã e à
tarde, um sacerdote trocava um pavio, e enchia as luminárias com puro azeite de
oliveira batido para as luminárias. Êxodo 27.20-21; 30.7. Ele era responsável pelo
trabalho com as luminárias. Lv 24.3.
O Candelabro em hebraico é conhecido como 'menorah', um dos símbolos mais comuns do
Judaísmo.
E esta era a intenção primordial de Deus. Sem Cristo, o homem continua em trevas,
no caminho do pecado. O inferno é um local de trevas densas. O céu é um local de
luz. Apocalipses 22.3-5.
Significado Espiritual
Tipologia
1. O Altar de Incenso: O Altar de Incenso (Ex 30.1-10, 37.25-28), era, assim como o
Altar dos Holocaustos, construído em madeira de acácia. Porém seu revestimento
era de ouro puro. O Altar de Incenso tinha também pontas em cada um dos seus
quatro cantos. Encontrava-se no Lugar Santo frente ao véu que separava o Lugar
Santo do Santíssimo. Era aqui que os sacerdotes queimavam diariamente incenso
como interseção pelo povo de Israel. Este incenso queimado representava as
orações dos santos. Apocalipse 8.4.
Tipologia Bíblica 26
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O significado primário dos pães talvez tenha sido o reconhecimento de Deus como
o grande provedor e da conseqüente dependência do povo. Mas uma segunda
aplicação, de caráter messiânico, pode ser feita. Jesus declarou ser o pão da vida
(João 6.35), portanto podemos pensar nos pães como símbolos de Cristo.
O Candelabro de Ouro era na realidade uma lâmpada alimentada por azeite. Ele tinha
sete lâmpadas; uma localizada na coluna central, e três saindo de cada lado em
ramos separados. A peça inteira era altamente ornamentada, como descrito em (Êx
25.31-40). A Lâmpada queimava óleo de oliva batido á mão. Levítico 24.2.
O propósito do Candelabro era produzir luz para os sacerdotes no Lugar Santo. Ao
pensarmos nesta fonte de luz divinamente ordenada, vários aspectos da verdade
parecem ser apresentados em figura: De imediato o Candelabro nos leva a
refletirmos que Cristo é a luz do Seu povo. Nós andávamos em trevas espirituais
antes de conhecermos a Cristo. II Co 4.3-4, Ef 4.18. Seguindo a Cristo como
sacerdotes-cristãos, nós temos a luz da vida. Jo 8.12.
Considere que assim como o Candelabro brilhava por usar o óleo, assim também
Cristo significa “o Ungido”. Nosso Salvador, como o Cristo, foi ungido com o
óleo do Espírito. Hb 1.9. Suas obras e palavras maravilhosas foram feitas no poder
do Espírito. At 10.38. Cristo Jesus tem a plenitude do Espírito que é simbolizada em
Apoc 3.1. Os sete ministérios do Espírito em Cristo são explanados em Isaias 11.1-2.
O Santo dos Santos era iluminado pelo Shekinah, à luz da glória de Deus. Isto
tipificava a presença de Deus no Céu. O Lugar Santo, entretanto, era iluminado
pelo Candelabro ou luz da graça. Isto tipificava o ministério do Espírito Santo para
os santos do presente mundo. Embora nós não vejamos a glória de Deus com
nossos olhos físicos, podemos compreender através do Espírito as verdades
espirituais. Sem o Candelabro ninguém poderia ver a beleza do Lugar Santo. A
Mesa do Pão da Proposição, o Altar de Incenso e as lindas cortinas estariam em
trevas. O sacerdote não teria luz para realizar o seu serviço. Assim ocorre com o
Cristianismo. Até que o Espírito ilumine nossa mente a beleza de Cristo está oculta
(II Coríntios 4.6) e fica impossível prestar serviços aceitáveis á Deus. Somente o
novo nascimento através do Espírito de Deus é que nos equipa para a visão e
serviço do reino de Deus. João 3.3.
Ao ensinarmos que o Candelabro representa tanto a obra de Cristo como a obra do
Espírito, não estamos entrando em contradição. Há unidade no trabalho dEles. O
Espírito Santo é o Espírito de Cristo, pois Ele foi enviado pelo Salvador e no lugar
do Salvador. Gl 4.6, Jo 14.26 e 16.7. Cristo vive em nós pelo poder do Seu Espírito.
Ele morreu para nos comprar o dom do Espírito. Atos 2.33. Da mesma forma nós
não estamos indo além dos limites Bíblicos quando asseguramos que o Candelabro
representa as igrejas de Cristo como carregadoras da luz. De fato nós temos
autoridade divina para isto. Apoc 1.20. Depois da Sua ressurreição e ascensão o
Salvador enviou o Seu Espírito para dar poder a igreja para trabalhar. At 1.8. A luz
do evangelho brilha enquanto as igrejas de Cristo cumprem a Grande comissão
através do Seu poder. Mt 28.18-20. O povo de Deus é iluminado enquanto as igrejas
desempenham seus ministérios de ensinar a Palavra. I Tm 3.15, Ef 4.11-15. A igreja
local é a instituição através da qual a verdade de Cristo é preservada e conhecida. I
Tm 3.15.
Tipologia Bíblica 27
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Capitulo VII
O Santo dos Santos era o lugar onde o Deus habitava. Êx 28.28-44. Um pequeno
cômodo de 10 cúbitos x 10 cúbitos (5 x 5m) separado do Santo Lugar pelo véu. Ali
não havia nenhuma luz natural como a do sol, e nenhuma luz artificial, mas a
própria Glória de Deus a "Shekinah" iluminava o Lugar Santíssimo. Não havia ali
nenhum assento para o homem, aqui, Jeová sentou-se só, no trono de glória e
justiça. Só o Sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez por ano, no
Dia de Expiação, levando o sangue do bode de sacrifício para a remissão dos
pecados dos Israelitas. Ele fazia assim porque o Santo dos Santos do Tabernáculo, a
Casa de Deus, era um Santo Lugar onde ele não podia entrar a menos que se
levasse o sangue do sacrifício, em cuja cabeça suas mãos foram impostas, para
eliminar as iniqüidades dos pecadores. Como o Sumo Sacerdote entrava uma vez
ao ano, ele entrava com cabeça curvada, pés descalços, e sinos. Nenhuma voz
humana era ouvida, só a voz de Deus.
Após o estabelecimento do povo da terra prometida, a arca foi levada para Siló,
onde ficou guardada em um tabernáculo permanente. Foi capturada pelos Filisteus
após o período dos juízes e levada para Asdode, sendo enviada mais tarde a Ecrom
e novamente a Israel. Lá, ficou sob cuidados do sacerdote Eleazar por 20 anos em
Quireate-Jearim. Davi, durante seu reinado, ordenou a construção de um templo,
que somente foi terminado por seu filho Salomão. A arca foi depositada nesse
templo e permaneceu até o ano de 587 a.C. quando Nabucodonosor invadiu o reino
de Judá, desaparecendo misteriosamente.
Tipologia Bíblica 29
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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Há outras versões para o que teria acontecido com a Arca. Algumas delas:
No século VIII a.C. o rei Ezequias ordenou a construção de uma rede de túneis de
abastecimento de água sob Jerusalém. Os túneis levavam água da fonte de Guijón
ao tanque de Siloé. Algumas tradições judaicas afirmam que a Arca teria sido
escondida dentro desses túneis momentos antes da invasão babilônica. Não há
evidências que possam comprovar isso. A outra versão diz que os babilônios teriam
levado a arca para a sede de seu império, onde hoje está o Iraque. No entanto,
outros objetos que também pertenciam a templo foram levados para a capital do
Império e devolvidos anos mais tarde. A arca não estava entre eles.
- Uma outra tradição, narrada pelo Kebra Negast, livro sagrado etíope, diz que a
rainha de Sabá teria engravidado do rei Salomão em sua visita a Judá. O filho,
Menelik I, recebera então por herança alguns objetos, entre eles a arca, levada para
a ilha de Tana Cherqos, hoje considerada sagrada pelos etíopes e onde encontram-
se artefatos arqueológicos relacionados com Israel e com o cristianismo primitivo.
O Kebra Negast diz ainda que a arca foi finalmente levada a Axum, suposta cidade
natal da rainha de Sabá. De acordo com a Igreja Ortodoxa da Etiópia, a arca está
guardada em uma pequena capela ao lado da Igreja de Santa Maria de Ziom.
Somente o guardião do local tem acesso à suposta à pequena sala coberta com 7
cortinas.
Há um fato comum nas igrejas da Etiópia. Todas elas possuem uma réplica da arca.
Réplicas que se tornaram objeto de adoração. Há inclusive determinados dias do
ano, principalmente na época das chuvas, em que os cristãos ortodoxos etíopes
rogam à arca. Isso mesmo, pedem à própria arca proteção e abundância de chuvas.
Foi preciso que Deus escondesse o corpo de Moisés, para que não fosse idolatrado
pelo povo de Israel. Imaginando, hoje, que a verdadeira arca fosse encontrada e
divulgada por todo o mundo, certamente milhões de pessoas iriam até ela e, como
os etíopes, a transformariam em objeto de idolatria. O achado da arca seria algo
fantástico para a arqueologia bíblica. Quem sabe o maior deles, mas, traria sérios
prejuízos espirituais, devido a idolatria humana.
Tipologia Bíblica 30
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Nota apologética
"Ele [rei Ezequias] tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e
fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os
filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram de Neustã [hebraico:
pedaço de bronze]". II Rs 18.4.
Não houve outro que confiasse tanto no Senhor Deus... “Assim foi o Senhor com
ele" (18.5-6). Podemos dizer que quanto mais o rei Ezequias destruísse imagens,
mais demonstrava confiança no Senhor e mais o Senhor era com ele.
As figuras do Antigo Testamento eram sombras das coisas futuras (Cl 2.17), mas,
vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo... Entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna
redenção. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro...”. Hb 9.6-24.
Tipologia Bíblica 31
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Significado Espiritual
Tipologia
Ela representa a presença de Deus no meio dos homens. Veja os textos bíblicos que
autenticam esta afirmação: "Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te,
Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.
E quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel."
Números 10.35,36 Quando a arca partia, Moisés dizia: "Levanta-te ó Deus..." e
quando ela pousava, dizia: "Volta, ó Senhor...", porque a arca representava a
presença de Deus, que estava entre os querubins, como ele mesmo dissera a
Moisés. Vemos também que em I Samuel 4.21,22 quando os filisteus tomaram a
arca, dizia-se em Israel: "Icabode - de Israel se foi a Glória!" Assim como a arca
representava a presença de Deus no meio dos homens, da mesma forma ela figura Jesus!
Tipologia Bíblica 32
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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5. O Maná: Alimento diário vindo dos céus. Ex 16.11-15: 33. Há algumas figuras na
Bíblia que fortalecem este ensino. Lemos em Hebreus 9:4 acerca da arca da aliança
que continha em seu interior um vaso com o maná, além das tábuas da lei e da vara
de Arão que floresceu. E o mesmo escritor afirma em sua epístola que "a lei tem a
sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas". Hebreus 10.1. Na arca e
nos elementos em seu interior não temos a imagem exata das coisas, mas, a sombra
(ou figura) de bens futuros.
Tipologia Bíblica 33
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Observe isto: em Deuteronômio, vemos que as Escrituras dizem: "o homem não
vive de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor". E segundo o texto, o que
saía da boca do Senhor? O maná! Agora veja, Jesus usa estas mesmas palavras ao
ser tentado pelo Diabo no deserto, e o interpreta ao dizer: "nem só de pão viverá o
homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus". Ele substitui a expressão
"maná" por "Palavra de Deus", que era o significado desta figura, que não tinha a
imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro. O maná, portanto, é um tipo
da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo.
O Espírito Santo opera em nós a Renovação Diária: Ele nos alimenta mediante a Palavra
de Deus: João 6.58 Este é o pão que desceu do céu; não é como o caso de vossos
pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.
1. O Maná caía do Céu: A Palavra de Deus nos foi dada por Deus.
2. O Maná era para servir de alimento: A Palavra de Deus é alimento espiritual.
3. O Maná precisava ser colhido: A Palavra de Deus é comparada a uma semente.
4. O Maná era cozido: A Palavra de Deus é para ser estudada.
5. O Maná era triturado: A Palavra de Deus é para ser meditada.
6. O Maná era assado como Bolo: A Palavra de Deus é para ser praticada.
7. O Maná era comido com alegria pelo milagre da alimentação fornecida por Deus:
A palavra de Deus é nosso alimento Diário como fonte de comunhão e alegria
como nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que é nosso alimento espiritual eterno.
Tipologia Bíblica 34
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Jesus mesmo autentica esta verdade ao dizer à igreja de Pérgamo: "ao que vencer
lhe darei do maná ESCONDIDO... "Sabe o que isto significa? Se alguém olhasse para a
arca não veria o maná escondido, exceto se fizesse um exame mais cuidadoso,
abrindo a arca para examinar seu conteúdo.
Da mesma maneira, se você tiver um contato apenas superficial com Cristo jamais
descobrirá os tesouros da sabedoria e da ciência! Jamais poderá conhecer os
mistérios do Reino! Do mesmo modo como ao se examinar a arca de maneira
superficial não se encontrava o maná, assim também, um contato distante com
Cristo jamais lhe revelará os tesouros escondidos! E, infelizmente, esta é a
realidade da maioria dos cristãos que, servindo a Jesus por anos e anos, jamais
chegam a experimentar do maná escondido.
Talvez pensem que isto é só para ser desfrutado no céu, por causa da promessa de
Jesus à igreja de Pérgamo; mas o que de fato Jesus disse é que quando os
vencedores chegassem lá, continuariam a desfrutar do maná escondido, pois é
impossível chegar a desfrutar da totalidade destes tesouros em Cristo ainda nesta
vida. Eles são inesgotáveis! Mas isto não quer dizer que não se encontrem à sua
disposição desde já! Saia do seu comodismo e corra possuir o que lhe pertence! Há
mistérios no Reino.
Há verdades a serem compreendidas. Não são verdades novas, são antigas; elas
são uma novidade para estes dias apenas porque estão sendo restauradas,
restituídas por Deus já que a Igreja deixou-as de lado. Estes tesouros escondidos
são os mesmos segredos de Deus que Davi menciona no Salmo 25.14.
Tipologia Bíblica 35
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Capitulo VIII
O sistema sacrificial foi instituído por Deus para ligar a nação israelita à Ele próprio
2. A Oferta de Manjares,
3. A Oferta Pacífica,
5. e a Oferta pela Culpa. Cada um dos sacrifícios foi cumprido literalmente em Cristo.
As Ofertas que Deus falou a Moisés a respeito, eram um meio de adoração, e
também um sacrifício para perdão e restauração pessoal diante de Deus. Muitas
das ofertas estavam relacionadas com o Altar de Holocausto. Os sacerdotes
sacrificavam várias ofertas à Deus, que eram oferecidas pelos seus próprios
pecados e também pelos pecados do povo (tanto pecados conhecidos como
desconhecidos). Algumas ofertas eram oferecidas regular e freqüentemente,
enquanto outras eram oferecidas apenas em certos casos de necessidade. As
principais ofertas eram:
Tipologia Bíblica 36
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I. O Holocausto
O holocausto era um sacrifício que estava completamente queimado. Nada dele era
comido, e então o fogo consumia o sacrifício inteiro. É importante notar que o fogo
jamais se apagava: Lv 6.13 O "fogo arderá continuamente sobre o altar; não se
apagará."
III. Ofertas Pacíficas. Lv 3.1-17; 7.11-34; S1 85. Haviam 3 tipos de Ofertas Pacíficas:
Tipologia Bíblica 37
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Diferente de todas as outras, porque nela o ofertante comia uma parte, juntamente
com o levita, o órfão, o pobre e a viúva, convertendo-o em uma verdadeira refeição
de amor e comunhão. Na de holocausto tudo era queimado para Deus. Nas outras
três, o sacerdote tirava uma parte para si e seus filhos. A oferta pacifica representa
a comunhão com Deus.
Nesta oferta podia ser trazido para sacrifício: um novilho ou novilha (3.1-5); um
cordeiro (3.6-11) ou uma cabra (3.12- 16). Junto com o sacrifício sempre eram
apresentados pães asmos e bolos de flor de farinha. As ofertas pacíficas, incluíram
bolos sem levedura. Os sacerdotes comiam tudo, menos a porção comemorativa
dos bolos, e certas partes do animal, no mesmo dia que o sacrifício foi feito, e
quando o adorador os levava juntos, como oferta voluntária, o adorador poderia
comer durante 2 dias do animal inteiro, menos o peito e a coxa direita que era
comida pelos sacerdotes.
Jacó e Labão deram suas ofertas pacíficas quando eles fizeram o seu pacto (Gn 31.43
ss). era exigido fazer estas ofertas quando se fizesse um voto de consagração à
Deus, e Lhe agradecendo com louvores enquanto, espontaneamente, se traziam as
ofertas voluntárias.
Tipologia Bíblica 38
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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A Oferta pela culpa era bem parecida com a oferta pelo pecado, mas a diferença
principal era que a oferta pela culpa era uma oferta em dinheiro para pecados de
ignorância relacionados à fraude. Por exemplo, se alguém enganasse sem querer a
outro por dinheiro ou propriedade, o sacrifício dele devia era ser igual à quantia
levada, mais um quinto para o sacerdote e para o ofendido. Então ele reembolsou a
quantia levada mais 40%. Lv 6.5-7.
A tipologia de Jesus no livro de Levítico esta nas cinco ofertas no Dia da Expiação e
nas festas do capítulo 23, onde encontramos a parte mais interessante, a oferta das
primícias. As cinco ofertas são descritas nos capítulos 1 a 7 e explicam tudo que foi
realizado no Calvário.
Tipologia Bíblica 39
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Tipologia Bíblica 40
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Capitulo IX
O Sacerdócio Levítico
3. A Escolha: Arão, o filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Arão era três
anos mais velho do que seu irmão Moisés; e quando Deus apareceu na sarça
ardente, Moisés, tendo se dispensado da tarefa que lhe foi confiada argumentando
que não tinha jeito para falar, Arão, que era um homem eloqüente, tornou-se seu
intérprete e porta-voz; e na execução da libertação dos hebreus, nós, por essa razão,
encontramos os dois constantemente juntos. Durante a marcha dos filhos de Israel
pelo deserto, Arão e seus filhos foram nomeados por Deus para exercer
perpetuamente o ofício de sacerdotes no tabernáculo.
Levítico 8.30: Tomou Moisés também do azeite da unção E do sangue que estava sobre
o altar e o espargiu sobre Arão, e sobre as suas vestes, e sobre seus filhos e obre a
vestes de seu filhos com ele, e santificou a Arão, e as suas vestes, e seus filhos, e as
vestes de seus filhos com ele.
5. A Santidade: O sumo-sacerdote devia levar uma vida tão santa que em relação ao
seu casamento, devia casar com uma virgem, não com uma viúva, nem tampouco
casar com uma cuja reputação tivesse sido manchada, pois isto desqualificaria seus
filhos de seguir no ofício paterno. Lv 21.
Tipologia Bíblica 42
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Nome: Sumo-Sacerdote
Sua Roupa: Um peitoral, uma estola sacerdotal, uma sobrepeliz, uma túnica
bordada, uma mitra e um cinto.
O Éfode de Ouro: O éfode era considerado como a parte mais sagrada das
vestimentas sacerdotais, e se transformou em emblema do sacerdócio. I Sm 2:18,28;
14:3; 22.18. Este devia sustentar ao "peitoral", as duas pedras de ônix, e o Urim e o
Tumim. Ex 28.9,30. Era uma espécie de colete, feito em duas partes: uma que
cobria as costas e a outra o peito. Estas partes estavam unidas nos ombros
mediante "ombreiras" e na cintura por uma banda chamada "cinto de obra
primorosa", a qual, em realidade era parte integral do éfode. Rodeava ao corpo,
sustentando em seu lugar as duas partes do éfode.
Duas Pedras de Onix: Existe certa diferença de opinião quanto à identificação desta
pedra. O problema se deve à palavra original. A septuaginta traduz "esmeraldas".
Tipologia Bíblica 43
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É provável que tenham sido de ônix, que era uma excelente pedra para gravar. No
Egito o anel real tinha o nome gravado de seu dono, mas no santuário havia escrito
nas pedras de ônix os nomes das tribos de Israel, 6 em cada lado, a pedra estava
nos ombros, Jesus leva nossas cargas através da pedra de ônix, disse ele: "...vinde a
mim todos os que estais cansados e eu vos aliviarei" Mt 11.18 e disse também:
"Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve". Mt 11.30.
O Peitoral: O principal propósito do éfode era sustentar o peitoral, o qual ficava por
cima do éfode e era seu principal ornamento. Devia ser a parte mais brilhante e
chamativa da vestimenta do sumo-sacerdote. O chamava "peitoral do julgamento"
(decisão), principalmente porque servia para sustentar "o Urim e o Tumim",
mediante os quais se consultava a Deus e por meio dos quais ele revelava sua
vontade ao povo. O peitoral era feito dos mesmos materiais do éfode.
As 12 pedras: Quer dizer, os nomes das 12 tribos. Em cada pedra estava o nome de
uma das 12 tribos. Estes nomes gravados ilustram o valor dos homens e mulheres
para nosso Pai celestial. Deus estima a seu povo como gemas preciosas do cofre de
seu amor. Sua igreja é-lhe como uma "noiva adornada com suas jóias". Is 61.10. A
igreja é seu "especial tesouro". Ex 19.5. O fato de que cada uma das 12 tribos
estivesse representada por uma gema diferente da outra, sugere que cada cristão
tem sua própria personalidade, sua própria beleza à vista do céu. Deus não espera
que sejamos todos iguais. Honra-nos pelo que somos e pelo que podemos fazer
para ele. Pode haver diferença de experiência e de habilidades, "diversidade de
dons", mas sempre se manifesta o mesmo "Espírito". I Cr 12.4-7.
Que cada nome esteja gravado em uma pedra separada parece sugerir também que
Deus pensa em cada pessoa de seu povo como indivíduo e o conhece, ama-o e o
cuida, e o chama pelo seu próprio nome. Sl 87.5,6; Is 57.15; Mt 25.40,45; Lc 15.3-10.
O sumo-sacerdote levava os nomes de Israel "continuamente", a fim de que sempre
fossem lembrados por Deus. Nunca devia esquecer sua posição e sua
responsabilidade como representante deles. Da mesma maneira Cristo vive
"sempre para interceder" por nós (Hb 7.25), nos tendo esculpidos "em as Palmas
das mãos". Is 49.16.
Tipologia Bíblica 44
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Uma Campainha de Ouro: As "campainhas" eram de ouro puro (Ex 39.25). Podiam ser
ouvidas pelo povo quando o sumo-sacerdote ministrava dentro do santuário (Ex
28.35). O tinido das campainhas fazia que os que rendiam culto soubessem que ele
estava oficiando em favor deles na presença de Deus e os insistia a lhe seguir com
seus pensamentos e suas orações, enquanto ele levava a cabo as diferentes parte do
ritual sacerdotal. O som das campainhas unia o sacerdote à congregação no culto.
Para destacar a importância deste elo entre o povo e seu representante, o castigo
do descuido era a morte (vers. 35). Por fé devemos conseguir ouvir o som das
campainhas das orlas das vestimentas de Cristo como nosso sumo-sacerdote. Rm
8.34; Hb 8.1,2.
Cordão de Ouro envolvendo a Mitra: Esta prancha de ouro era o mais característico e
sobressalente da mitra. Estava colocada sobre a frente, atraindo desta maneira a
atenção de todos, possivelmente ainda mais que o peitoral. Sua posição fazia que
fosse "o ponto culminante de todo o adorno sacerdotal". Esta posição ressaltava
mais e tinha mais significado pela inscrição que levava: "Santidade a Jeová". Tais
palavras davam ao povo o mais elevado conceito da religião, e assinalavam seu
objetivo supremo. Lv 11.44,45; Hb 12.14; I Pe 1.15,16. Eram um constante
recordativo de que, sem este elemento essencial, todas as formas do culto seriam
para Deus como uma brincadeira (ver Is 1.11-17). Quanto ao sumo-sacerdote,
ensinavam-lhe que seu ministério devia ter todo formalismo, porque seu propósito
era a consagração de sua própria vida. Esta é uma lição muito importante para os
ministros de Deus hoje. Is 52.11; I Pe 5.2,3. Os ministros que não vivem tendo em
conta este fim, caem sob a mais severa condenação do céu. I Sm 2.12-36; 3.11-14;
4.11.
A Mitra: Era feita de linho fino e enrolado ao redor da cabeça de Arão em forma de
um turbante, na parte da frente era colocada uma fita azul onde era fixada uma
lâmina de ouro puro na qual foi gravada "Santidade ao Senhor" Significa
obediência e assim refletir como a lâmina a glória de Deus.
Tipologia Espiritual
I. Vestes da Salvação
Muito mais nestes dias o homem necessita destas vestes, o homem do século XXI,
do terceiro milênio continua despido, nu como a Igreja apocalíptica de Laodicéia
(Apocalipse 3.17). Achava-se rica e de vestes imponentes, porém o texto diz: "...és
um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". Aquela Igreja apesar de pronunciar
o nome de Deus e professar sua fé Nele, precisava das vestes de Salvação.
O pecado sempre foi representado pela sujeira, vestes sujas, etc. Como no caso do
sumo sacerdote Josué, suas vestes estavam sujas, símbolo do pecado e o opositor
(satanás) já estava pronto para se lhe opor, caso o Anjo do Senhor não interferisse e
trocasse-lhe as vestes por vestes limpas, brancas.
"Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes
sujas. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te
vestirei de vestes finas. E disse eu: ponha-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça.
E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o Anjo
do Senhor estava em pé". Zc 3. 4-5.
Esta é uma veste que não pode faltar no guarda – roupas do cristão, pois a
santidade (pureza) convém aos santos do Senhor. As vestes da purificação ou
santificação são representadas pelo branco ou pelo linho fino: "O que vencer será
vestido de vestes brancas. De maneira nenhuma riscarei seu nome do livro da vida,
mas confessarei o seu nome diante de meu pai e diante dos seus anjos". Apoc. 3.5.
Tipologia Bíblica 46
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Vá e não peques mais" (Jo 8.11) ou seja não se contamine mais, não se suje mais.
Quando leio na Bíblia sobre unção, meu coração palpita mais forte, porque há uma
necessidade de estarmos vestidos de unção para atravessarmos o deserto de nossas
vidas. A unção foi essencial na vida de Davi, na vida de Elias, Eliseu, enfim de
todos os heróis da fé."Assim tomou Samuel o vaso de azeite, e ungiu-o no meio de
seus irmãos, e daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi". I
Sm 16.13.
O Salmo 133 expressa com clareza essa unção na vida do cristão que começa na
cabeça e vai descendo sobre a barba e até a orla das vestes de Arão, uma unção
completa.
Pedro se tornou uma grande benção apenas depois da unção do pentecostes, antes
era medroso, covarde, precipitado, mas após a unção se tornou um grande líder e
exemplo de fé. Jesus sempre ministrou na unção e assoprou sobre os discípulos o
hálito do Espírito para que eles pudessem dar continuidade ao seu ministério na
mesma unção.
Deus quer nos vestir de unção, pois as batalhas são tremendas, o inimigo a ser
vencido é forte, mas na unção de Deus venceremos os ursos, leões e até mesmo
gigantes, como Davi o fez após aquela unção. O Senhor quer uma Igreja não apenas
vestida de poder e unção, mas também revestida, que significa vestida de novo,
duas vezes, porção dobrada. Há muitos que estão desistindo da carreira cristã
porque estão fracos, abatidos, derrotados, lhes falta a unção.
Tipologia Bíblica 47
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7. O Sacerdote na Bíblia
Tipologia Bíblica 48
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O argumento da epistola aos Hebreus é que o fato de ter sido mencionado naquele
Salmo um sacerdócio diferente do de Arão, era uma prova de que alguma coisa
superior ao sacerdócio de Arão era necessária. O sacerdócio de Melquisedeque é
referido para explicar a pessoa Divina do sacerdote, sendo a sua obra ilustrada com
o sacerdócio Aarônico, visto como não havia uma obra sacerdotal em conexão com
Melquisedeque.
Tipologia Bíblica 49
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I. Cerimônia de Consagração
3. Fazer expiação ao santo dos Santos, uma vez por ano. Lv 16; Hb 9.7
4. Apresentar ao Senhor os nomes das tribos de Israel, como memorial. Ex 28.12,29
5. Interrogar a vontade de Deus pelo Urim e Tumim. I Sm 23.9-12; 30.7.8
6. Consagrar os levitas. Nm 8.11-21
7. Nomear sacerdotes aos, diversos ofícios. I Sm 2.36
8. Cuidar do dinheiro coligido no tesouro sagrado. II Rs 12.10; 22.4
9. Presidir o tribunal superior. Mt 26.3.57-62; At 5.21-28; 23.1-5
10. Fazer o recenseamento do povo. Nm 1.3
11. Abençoar o povo. Lv 9.22,23
12. Algumas vezes capacitado a profetizar. Jo 11.49-52.
IX. Comissionado
X. Tipificava Cristo
1. Por necessitar de expiação para seus próprios pecados. Hb 5.2,3; 7.26-28; 9.7
2. Por ser da ordem de Arão. Hb 6.20; 7.11-17; 8.4.5 com vers. 1.2,6
3. Por ser sem juramento. Hb 7.20-22
4. Por são ser capaz de continuar. Hb 7.23,24
5. Por oferecer continuamente o mesmo sacrifício. Hb 9.25,26,28; 10.11,12,14
6. Por entrar anualmente no santo dos Santos. Hb 9.7,11,15.
Tipologia Bíblica 52
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Deus nomeou Arão e seus filhos para servirem no sacerdócio onde Arão seria
consagrado a Sumo Sacerdote e seus filhos a Sacerdotes. Os levitas, por seu zelo
espiritual foram escolhidos para auxiliarem no sacerdócio mais especialmente nos
transportes dos móveis e utensílios do Tabernáculo.
As funções dos Sacerdotes eram servir como mediadores entre o povo e Deus,
consultar a Deus sobre sua vontade, ser como mestres da lei e ministrar as coisas
sagradas do Tabernáculo. O Sumo Sacerdote era ainda mais importante pois
somente ele podia entrar no Lugar Santíssimo. Somente ele usava o peitoral com os
nomes das tribos e de consultar a Deus por meio de Urim e Tumim.
Para ser consagrado ao Sacerdócio era necessário que o homem não tivesse
nenhum defeito físico: "Disse mais o Senhor a Moisés: Fala a Arão, dizendo:
Ninguém dentre os teus descendentes, por todas as suas gerações, que tiver
defeito, se chegará para oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem que tiver
algum defeito se chegará:
1. Como homem cego,
2. Ou coxo,
3. Ou de nariz chato,
4. Ou de membros demasiadamente compridos,
5. Ou homem que tiver o pé quebrado,
6. Ou a mão quebrada,
7. Ou for corcunda,
8. Ou anão,
9. Ou que tiver belida no olho,
10. Ou sarna,
11. Ou impigens,
12. Ou que tiver testículo quebrado. Nenhum homem dentre os descendentes de
Arão, o sacerdote, que tiver algum defeito, se chegará para oferecer as ofertas
queimadas do Senhor; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o pão do seu
Deus"
Além disso, para que alguém fosse sacerdote, essa pessoa precisava não só ser da
tribo de Levi, ser chamada por Deus para o trabalho e ser consagrada, mas tinha de
estar isenta de deformidades físicas e de outras contaminações. Ainda que uma
pessoa preenchesse alguns dos outros requisitos, se fosse cega, coxa ou de algum
modo deformada, não podia atuar como sacerdote.
Então, vemos que os que eram sacerdotes no sistema do Antigo Testamento eram
especiais, santos e sem deficiências. Somente com a ordem de Deus eles
intervinham na oferta de sangue de animais sacrificados pelos pecados do povo.
Mas ainda havia uma grande deficiência no uso desses homens para oferecer
sacrifícios a favor da nação israelita. Hb 8.7-8. A deficiência era esta: os próprios
sacerdotes eram pecadores. Na verdade, eles só podiam exercer as suas funções
sacerdotais após sete dias completos de purificação cerimonial, durante os quais a
"expiação" era feita por causa do pecado deles.
Tipologia Bíblica 53
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo X
O Sacerdócio Universal da Igreja
Um exemplo dos malefícios causados por esses dogmas pode ser visto na prática
do interdito ou interdição, um instrumento utilizado pelos papas e outros líderes
religiosos contra os reis europeus, mediante o qual o clero ficava proibido de
ministrar os sacramentos em uma cidade, região ou país inteiro como um
instrumento de pressão político-religiosa.
Tipologia Bíblica 55
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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(a) O princípio do sacerdócio universal dos crentes nos fala do grande privilégio
que temos como filhos de Deus: cada cristão é um sacerdote, cada cristão tem livre
e direto acesso à presença de Deus, tendo como único mediador o Senhor Jesus.
(b) Todavia, esse princípio jamais deve ser entendido de maneira individualista. A
ênfase dos reformadores está no seu sentido comunitário. Somos sacerdotes uns
dos outros, devendo orar, interceder e ministrar uns aos outros. À luz do Novo
Testamento, todo cristão é um ministro (diákonos) de Deus, o que ressalta as idéias
de serviço e solidariedade.
(c) Num certo sentido, todos os crentes são "leigos," palavra que vem do termo
grego laós, o povo de Deus. Todavia, a Escritura claramente fala de diferentes dons
e ministérios. Alguns cristãos são especificamente chamados, treinados e
comissionados para o ministério especial de pregação da Palavra e ministração dos
sacramentos.
(d) Os leigos, no sentido daqueles que não são "ministros da Palavra," também têm
importantes esferas de atuação à luz do Novo Testamento. Os líderes da igreja
devem falar sobre o ministério do povo de Deus, bem como instruir e incentivar os
crentes e desempenharem o seu ministério pessoal e comunitário. A placa de uma
igreja nos Estados Unidos dizia o seguinte: "Pastor: Rev. tal; Ministros: todos os
membros."
(e) O sacerdócio universal dos crentes corre o risco de tornar-se mera teoria em
muitas igrejas evangélicas. Sempre que os pastores exercem suas funções com
excesso de autoridade (I Pedro 5.1-3), insistindo na distância que os separa da
comunidade, relutando em descer do pedestal em que se encontram, concentrando
todas as atividades de liderança e não sabendo delegar responsabilidades às suas
ovelhas, tornando as suas igrejas excessivamente dependente de sua orientação e
liderança, não dando oportunidades para que as pessoas exerçam os dons e
aptidões que o Senhor lhes tem concedido, há um retorno ao sacerdotalismo
medieval contra o qual Lutero e os demais reformadores se insurgiram.
1. Cego: Cego no plano espiritual, é a pessoas que não tem visão espiritual e há
muita gente dentro da igreja que não tem nenhuma visão espiritual, não enxerga
um palmo diante do nariz, são pessoas naturais que não compreendem, não
entendem, não vêem nada do que é espiritual. Essa pessoa está impedida de
exercer alguma liderança, algum ministério na igreja. Está impedida de servir o pão
de Deus. Ter visão significa ter alvos, metas, ou seja, algo mensurável. Mas os
nossos sonhos não devem ser do nosso tamanho, e sim do de Deus. Lembra-se do
caso do servo de Eliseu? Que entrou em casa gritando e dizendo: Profeta! Estamos
cercados por um exército inimigo!!! O homem de Deus disse: Senhor abra os olhos
desse moço para que veja! E então ele pode contemplar os anjos de Deus dando-
lhes proteção. II Rs 6.17. O cristão (obreiro) precisa ver as coisas no mundo
espiritual, não pode ser cego.
2. Coxo: Este é o que tem pernas que não suportam o peso de seu corpo. O cristão
(obreiro) tem que caminhar não se arrastar ou andar manquejando. a. Temos que
fazer veredas direitas para nossos pés, Deus não poderá nos usar se estivermos
coxeando pela vida.
3. Nariz Achatado ou Defeito no Rosto: Este é aquele que usa uma máscara para
esconder o verdadeiro rosto. Algumas pessoas dizem que nós precisamos viver o
que pregamos, mas eu creio que precisamos pregar o que vivemos, pois era assim
com Jesus. Um líder precisa pregar o que ele vive dentro de sua casa, em sua vida
particular. O povo espera por isso e não por um ótimo pregador. As ovelhas
querem alguém sincero. O pastor ou líder que não tem outro rosto inspira
confiança. Nasce, então, o relacionamento, e a igreja ou o ministério cresce.
5. Pé Quebrado: O que acontece com um objeto que tem o pé quebrado? Não pára
em pé, não é verdade? Existem muitas pessoas que querem fazer a obra de Deus,
mas tem o pé quebrado. Não se firmam, estão aqui, depois mudam-se para lá,
aparecem e depois somem. “Sede firmes e constantes...” I Coríntios 15.58. O que
tem pé quebrado também não pode servir o pão do Senhor. É aquele que não pode
estar de pé firmemente, ele tem que estar se escorando em alguém, numa bengala.
Vive numa tremenda dificuldade de andar, não consegue firmar-se de pé.
Há cristãos (obreiros) que estão sempre caindo, sempre repetindo o mesmo erro. O
pecado é algo que, quando detectado, precisa ser tirado de nosso meio, extirpado
de nossa vida. Caso contrário, não conseguiremos ficar de pé.
Tipologia Bíblica 57
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6. Mão Quebrada: A pessoa que tem mão quebrada é aquela que pega para fazer a
obra do Senhor e nunca termina. É aquela toda empolgada, que busca um cargo,
uma função, mas nunca a exerce, não termina o que começou e torna-se um
problema muito sério. Também o preguiçoso, que não quer trabalhar; "vai ter com
a formiga, ó preguiçoso!" - é um provérbio (Pv 6.6) - é o mão quebrada que só quer
dormir. É um lerdo e está impedido de servir o pão do Senhor. Tem um montão de
gente assim no contexto da igreja e que precisa ser curado imediatamente.
A mão quebrada não pode levantar o irmão, não enxuga suas lágrimas, não abraça.
Quem tem a mão quebrada, tem dificuldade de ofertar, de repartir.
7. Corcovado: Vemos, hoje, pessoas que só têm a visão para baixo, visão terrenal,
pessoas carnais, só pensam nas coisas sexuais, sentimentais, emocionais,
financeiras,... têm uma visão desfocada. O salmista diz: "Tu és escudo ao redor de
mim, és minha Glória e quem levanta minha cabeça". Salmo 3.3.
A vida do crente é de cabeça erguida e quem levanta a nossa cabeça é o Senhor. O
corcunda anda de cabeça baixa, olhando para o pé, com uma visão terrenal. Quem
tem só essa visão não pode servir o pão de Deus.
8. Anão: O anão nasce como todas as outras crianças, mas, em um determinado
tempo, ele pára de se desenvolver. Isso não pode acontecer com um cristão
(obreiro) ele não pode parar de crescer. É impressionante o número de pessoas
que começam o ministério e depois estacionam em algum ponto e dali nunca
mais saem. Nunca pare de crescer. quantas pessoas "nanicas" dentro da igreja?!
Quantas não cresceram, não evoluíram! Passam-se os anos e elas não evoluem, não
prosperam. Sua visão continua rasteira e isto é um grande e sério problema. Esses
são os anões, também impedidos de exercer o sacerdócio, de ser líder, de servir o
pão do Senhor.
9. Belida nos Olhos: A belida é uma manchinha que vai tomando os olhos e tornando
a visão nublada, míope. Às vezes a pessoa não é cega, mas tem uma visão nublada,
totalmente deformada, embaçada, não consegue ver as coisas espirituais
nitidamente. Este é o que tem uma visão distorcida das pessoas. Em um texto que
está no livro de Marcos 8.22-26, o narrador conta-nos de um cego que foi tocado
por Jesus. Questionado sobre o estado de sua visão, ele respondeu que via os
homens como se fossem árvores. Jesus, então, tocou-lhe novamente a fim de que
ele enxergasse as pessoas perfeitamente. Um líder nunca pode ver homens como
árvores, pois quem vê o homem como árvore, o trata como uma utilidade,
esperando receber alguma coisa. Líderes devem olhar para as pessoas com a
intenção de serví-las e não de tirar-lhes algo.
10. Sarna: Murmurador (está sempre incomodado, sempre se coçando )
11. Impigem: É também conhecida como (doença de touro), uma mancha na pele.
Um líder não pode ter manchas em sua vida e nem viver atormentado por culpas
do passado.Mau testemunho, má reputação, etc.
12. Testículo Quebrado: São aqueles que são estéreis, não conseguem fecundar. Esta
é a área onde é elaborado o esperma, os espermatozóides. Quem tem problema
nesta área, não consegue fecundar. No mundo espiritual, aquele que não frutifica,
não dá filhos espirituais. Estes são os que têm testículos esmagados. Árvore que
não dá fruto será cortada e lançada no fogo.
Tipologia Bíblica 58
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Capitulo X
O escritor aos Hebreus declara que Jesus é um sumo sacerdote. Hb 2.17; 3.1; 4.14.
A morte de Cristo elimina o sacerdócio formal judaico. O véu do Templo que simboliza
a separação da humanidade de Deus, foi "rasgado de alto a baixo" quando Ele
morreu e tornou-se nosso sumo sacerdote dando-nos acesso direto a Deus. Hb
10.18-21. Agora podemos chegar à presença de Deus mediante seu sacrifício. Jesus
é nosso Sumo Sacerdote, nosso Sacrifício e nosso Mediador. Não precisamos de
nenhum outro.
Depois de Jesus ter sido crucificado, Tito, no ano 70 A.D. destruiu todos os
registros genealógicos de Jerusalém. Tudo o que restou foram os que estão
registrados na Palavra de Deus. Deus estava dizendo: "O Messias já veio e sua
genealogia já foi provada. Está terminado."
Tipologia Bíblica 59
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Tipologia Bíblica 60
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Bibliografia
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Tipologia Bíblica 63
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INDICE
Introdução
O termo teológico apropriado para esse estudo que ora iniciamos é Angelologia (do grego
angelos, "anjo" e logia, "estudo", "dissertação"). Angelologia, se constitui, portanto, de
doutrina específica dentro do contexto daquilo que denominados de Teologia Sistemática,
a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos
anjos. A febre dos anjos também alcançou o Brasil. Como o nosso povo é muito
supersticioso, voltado para o misticismo, não é de admirar que também tenha entrado na
onda das aparições angelicais. Como outros assuntos sagrados, a Angelologia teve o seu
período de obscurantismo e ignorância no Brasil, mas, devido ao crescimento do
movimento da Nova Era, estão aparecendo livros a respeito, oficinas vendem bonecos
representando anjos (encontrado em muitas casas e jardins - inclusive de crentes), e são
realizados inúmeros cursos e palestras sobre eles.
A revista IstoÉ, 353195, trouxe como matéria de capa o seguinte tema: “Anjos - Não
Estamos Sós”. Em seis páginas inteiras, o artigo “Sob o domínio dos anjos” mostra como o
culto a esses seres angelicais tem extrapolado o modismo e arrebatado uma legião de
pessoas que acreditam ouvir suas vozes e trabalhar sob sua inspiração.
Uma escritora, cujo nome nem quero mencionar, relata em seu último livro, experiências
que, segundo ela, obteve diretamente do seu anjo protetor que lhe apareceu em tempos
atrás, e regularmente lhe aparece até os dias de hoje. A escritora, em entrevista a uma
revista semanal, declara que todas as pessoas podem entrar em contato com o seu
“anjinho da guarda”. Ela realiza visita domiciliar para àquelas pessoas que querem
informações sobre anjo. Existe também em seu livro, uma tabela onde, de acordo com o
nascimento de cada pessoa, é só procurar e verificar o nome do “anjo” responsável a
guardá-la. Mas afinal, até que ponto isto é verdade? Como saber se realmente todas as
pessoas estão sendo “veladas” por anjos enviados por Deus? Qual a aparência mais
provável de um anjo, seria com cabelos ondulados, bochechas rosada, baixinha, segurando
uma harpa na mão? Teria um verdadeiro anjo do Senhor esta aparência efeminada que os
esotéricos pintam?
São várias as afirmações expostas em uma cultura tão mística como a nossa, mas os
evangélicos só podem acreditar nas afirmações que oriunda da Bíblia, que é a única fonte
de informação segura e verdadeira, pois veio diretamente do criador de todas as coisas.
Colossenses 1.16.
Em relação à igreja evangélica, nunca os anjos foram tão lembrados como atualmente, até
parece que estamos vivendo a “síndrome de anjos”. Hinos falam de anjos, pregadores
emocionam platéias dissertando sobre eles, visionários vêem anjos de todos os tamanhos
por todos os cantos..., o que existe de verdades e alucinações?
Tipologia Bíblica 65
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Capitulo I
Os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl 2.18); depois então, na Idade Média,
com as crenças absurdas dos rituais de bruxarias com culto aos anjos, e agora em
nossos dias, os estudos cabalísticos personalizados no meio esotérico e místico,
ensinam novamente o culto aos anjos, por meio de bruxos sofisticados e modernos.
Sabendo que antes de tudo, a existência e ministério dos anjos são fartamente
ensinados nas escrituras, por isso, não podemos negligenciar os ensinamentos
sagrados. Dentre muitas falsas doutrinas (ensinamentos) sobre os anjos, destacamos
algumas:
(a) A Doutrina dos Saduceus: Não acreditava na existência dos anjos nem na
ressurreição dos mortos, At 23.8.
(d) A Doutrina Espírita: O espiritismo ensina que os anjos são as almas dos mortos
que alcançaram um grau máximo de perfeição. Essa doutrina nega a existência
distinta dos anjos como criaturas de Deus, bem como a existência dos demônios, os
quais, segundo ensinam, são almas desencarnadas dos maus.
Infelizmente, como em toda doutrina, há uma negligência muito grande desta, nas
igrejas e entre os Teólogos, que chega a ser verdadeira. Porém, apesar de toda
confusão de todos os tempos, não podemos desprezar esta grande doutrina
(Angelologia), pois ela foi autenticada pelos escritores da Bíblia e pelo próprio
Criador.
Tipologia Bíblica 66
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Foi o próprio Jesus quem disse estas coisas. As declarações de Jesus a respeito dos
anjos foram de tal modo específico, variadas e abundantes que, explicá-las sob a
teoria de que Ele estava apenas se acomodando ás crendices do povo, é enfraquecer
a validade de quaisquer palavras de Jesus, como verdades que são.
Na maior parte das vezes, a palavra refere-se aos mensageiros de Deus, que
povoam o mundo celeste e assistem em sua presença. Mas aggelos se usa tanto
para anjos de Deus quanto para os anjos caídos. Já não acontece isto com mal’aqh
porque no judaísmo a noção de Satanás e de anjos caídos é tênue. Há outros termos
hebraicos usados para designar anjos. Um deles é beney Elohym (filhos de Deus).
Encontramos em Jó 1.6; 2.1, Salmos 29.1 e 89.6 (que algumas versões trazem como
“seres celestiais”).
Tipologia Bíblica 67
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Capitulo II
Portanto, a criação dos anjos precede a criação do mundo material, texto: Jó 38.1-7.
(V 7. Linguagem figurada), estrelas da alva e filhos de Deus aqui, são seres
espirituais. Antes de criar o homem, Deus criou os anjos. Uma coisa sabemos, os
anjos não existem desde a eternidade e isto é mostrado pelos versículos que falam
de sua criação. Ne 9.6, Sl 148.2,5; Cl 1.16.
3. A Criação da Vida sobre a Terra: Deus formou a vida física numa combinação
do material com o imaterial, Gn 1.11,20-27. Nesta ordem da criação, são incluídos:
Tipologia Bíblica 68
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Capitulo III
"Havendo eu, Daniel, tido a visão procurei entendê-la, e eis que se me apresentou
diante uma como aparência de homem. E ouvi uma voz de homem dentre as
margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão.". Dn
8.15,16. Também a Elias: "Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o
tocou-lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão
cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a
dormir. Voltou segunda vez o anjo do Senhor tocou-o e lhe disse: Levanta-te e
como, porque o caminho te será sobremodo longo." I Rs. 19.5-7. Leia os seguintes
casos de aparições angélicas no Antigo Testamento, que foram testemunhos por Ló
(Gn. 19); Balaão (Nm. 22.31); Manoá (Jz 13.3,13), e o profeta Zacarias. Zc. 1.9; 2.3.
Tipologia Bíblica 69
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Capitulo IV
Tipologia Bíblica 70
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Os cristãos não eram o único grupo do primeiro século que acreditava na existência
de anjos. A maioria das seitas do judaísmo, berço do cristianismo, professava a
crença nesses mensageiros celestes, á exceção provável dos saduceus. At 23.8. 0
interesse dos judeus por anjos havia crescido de forma notável durante o período
intertestamentario, quando o segundo templo foi construído, após o retorno do
cativeiro babilônico.
É provável que esse aumento de interesse pelos anjos tenha ocorrido como
resultado da ênfase nesse período á idéia de que Deus havia se distanciado do seu
povo, já que não havia mais profetas. A ausência de profetas, os mensageiros oficiais
de Deus ao seu povo, provocava a necessidade de outros mediadores da vontade divina.
Os anjos vieram ocupar esse espaço no judaísmo do segundo templo. 0 aumento do
interesse pelo mundo celestial e pelos seus habitantes, os anjos, nota-se nos escritos
judaicos produzidos antes ou logo após o nascimento do cristianismo. Exemplos
desta tendência se percebem em alguns livros apócrifos. 4 Esdras 2.44-48; Tobias
6.3-15; 2 Macabeus 11.6.
0 mesmo se vê em alguns dos escritos dos sectários do Mar Morto achados nas
cavernas do Wadi Qumran, como o rolo da Batalha entre os Filhos das Trevas e os
Filhos da Luz. Alguns dos escritos produzidos pelo movimento apocalíptico dentro
do judaísmo, mais que os escritos de outros movimentos, enfatizava o ministério
dos anjos (1 Enoque 6. 1 ss; 9. 1 ss).
Tipologia Bíblica 71
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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0 interesse pelos anjos se nota até mesmo nos escritos rabínicos datados a partir do
século III (com exceção do Mishnah), e que possivelmente representam a linha
principal do judaísmo no período do segundo templo.
Fora das fronteiras do judaísmo, a crença em anjos, encontrava-se não somente nas
religiões que fervilhavam no mundo greco-romano, mergulhado no misticismo
helênico, como também nas obras dos filósofos e escritores gregos famosos, como
Sófocles, Homero, Xenofonte, Epicteto e Platão. A biblioteca de Nag Hammadi,
descoberta em nosso século (1945) nas areias quentes do deserto egípcio, apresenta
material gnóstico datando do século IV, com uma elaborada angelologia, onde a
distância entre Deus e os homens é coberta por trinta “archons”, seres
intermediários, possivelmente anjos, que guardam as regiões celestes.
Os “Papiros Mágicos” desta coleção contém fórmulas para atrair os anjos. Embora
datando do século IV, estes escritos possivelmente refletem crenças que já estavam
presentes de forma incipiente no mundo greco-romano desde antes de Cristo. Em
contraste aos escritos produzidos cm sua época, a literatura do Novo Testamento é
bem mais discreta e reservada em seus relatos da atividade angélica.
Embora os evangelhos não registrem quase nenhuma participação direta dos anjos
assistindo a Jesus em seu ministério (o que poderia ter ocorrido, se Jesus quisesse,
Mt 26.52), os anjos acompanharam o Senhor e se rejubilaram a medida em que
pecadores se arrependiam. Lc 15.10. As poucas vezes em que se manifestaram
visivelmente tinham como propósito demonstrar que Ele era amado e aprovado
por Deus. Mt 4.11; Lc 2143. Os anjos ainda participaram da sua ressurreição, da
anunciação ás mulheres, e da anunciação aos discípulos de que Jesus havia de
voltar. Mt 28.2-5; At 1.9-11. E o próprio Jesus também mencionou varias vezes que
os anjos participariam) da sua segunda vinda e do Juízo final. Mt 13.4 1; 16.27; 24.3 l.
Tipologia Bíblica 72
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Qualquer que seja a interpretação, a passagem não está ensinando que cada crente
ou criança tem seu próprio “anjo da guarda”, como era crido popularmente entre os
judeus na época da igreja primitiva. Fazia parte desta crença que o anjo guardião
poderia tomar a forma do seu protegido. At 12.15.
Jesus está ensinando nesta passagem que Deus envia seus anjos para assistir aos
“pequeninos”, e que, portanto, nós não devemos desprezar estes “pequeninos”. Esse
ministério angélico para com os “pequeninos” faz parte do cuidado geral que os
anjos desempenham, pelo povo de Deus. SI 9 1.11; Hb 1. 14; Lc 16.22. A passagem,
portanto, não deve ser tomada como suporte á crença popular em “anjos da
guarda”.
Estes fatos indicam que as aparições angélicas durante o período cm que Jesus
esteve presente fisicamente entre nós foram relativamente poucas, e quase todas
associadas com o seu nascimento, ministério, morte e ressurreição. Era conveniente
que a vinda do Filho de Deus ao mundo fosse marcada por esta atividade angélica
especial.
A expressão “anjo do Senhor” não tem em Atos a mesma conotação que no Antigo
Testamento, onde ás vezes este anjo é identificado com o próprio Deus. Em Atos a
expressão sempre designa um mensageiro angelical. Os anjos aparecem em Atos
com a mesma função principal, que no Antigo Testamento e nos Evangelhos, ou
seja, trazer uma mensagem oficial da parte de Deus. At 5.19; 10.22; 27.23.
A isto se acresce a função protetora, pois por duas vezes um anjo do Senhor
libertou apóstolos da prisão. At 5.19; 12.7. Uma outra missão de um anjo foi punir o
rei Herodes (At 12.23) missão esta já mencionada no Antigo Testamento. Ex 12.13; 2
Sm 24.17. A atividade dos anjos em Atos, além de bastante discreta, é voltada quase
que exclusivamente para o progresso do Evangelho. Um ponto de grande
relevância para nos hoje é que ela se concentra, em torno dos apóstolos (At 5.19;
12.7 27.23) ou dos seus associados, como Filipe. At 8.26.
Tipologia Bíblica 73
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A única exceção foi a aparição á Cornélio. At 10,3. Mesmo assim ocorreu una ponto
crucial do nascimento da Igreja Cristã, que foi a inclusão do gentios na Igreja. Á
exceção deste caso não há registro de aparições de anjos ao crentes em geral, nem
para lhes trazer mensagens de Deus, nem para protege-los, embora certamente eles
estivessem ocupados em desempenhar esta última; função, provavelmente de
forma não perceptível aos crentes.
Estes são os “anjos eleitos”, que assistem diante de Deus. I Tm 5.2 1; cf. Gl 4.14. Uma
possível explicação para a atitude reservada de Paulo é que, para ele, o Senhor
Jesus, é a manifestação suprema de Deus, que suplanta todas as demais, diante das
quais as manifestações angélicas perdem em importância e relevância. Ef 1.21; Cl 1.
16; cf. Hb 1. 1-2.
Ele alerta aos crentes de Colossos a que não se deixem arrastar para o culto aos
anjos propagado pelos líderes da heresia que ameaçava a igreja, e que se baseava
cm visões. C1 2.18. Uma passagem surpreendente sobre anjos é Gl 3.19, em que
Paulo diz que a Lei de Deus foi entregue ao povo de Israel por meio de anjos. Esse
fato no é mencionado na narrativa da entrega da Lei a Moisés no livro de Êxodo.
Só que, enquanto que para os judeus da sua época, a presença de anjos no Sinai era
algo que exaltava a glória da Lei, para Paulo, a presença destas criaturas era apenas
um sinal da inferioridade da Lei em comparação ao Evangelho, que havia sido
trazido pelo próprio Filho de Deus, sem mediação de criaturas.
Uma outra passagem difícil de entender nas cartas de Paulo é a enigmática
expressão de 1 Co 11. 10. “Por esta razão, e por causa dos anjos, a mulher deve ter
sobre a cabeça um sinal de autoridade”.
Tipologia Bíblica 74
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0 que tem os anjos, a ver com o uso do véu nas igrejas de Corinto? A resposta está
ligada a um aspecto da situação histórica específica da Igreja de Corinto no século
I, que nós desconhecemos. Havia uma idéia estranha na época de Paulo de que Gn
6.1-2 se referia a anjos que se deixaram atrair pelos encantos femininos (uma
tradição rabínica acrescenta que foram os longos cabelos das mulheres que
tentaram os anjos), A falta de decoro e propriedade por parte das mulheres na
igreja de Corinto poderia novamente provocá-los.
0 mais provável é que Paulo se refira a outro conceito corrente que os anjos bons
eram guardiões do culto divino, o que exigiria decoro e propriedade por parte de
todos os adoradores. Este conceito se encaixa perfeitamente no ensino do Novo
Testamento de que os anjos observam e acompanham o desenvolvimento do
evangelho no mundo. Ef 3. 10, 1 Tm 5.12; 1 Pe 1. 12; Hb 1. 14.
Não há menção de anjos em Tiago, e nem nas três cartas de João. Pedro menciona
apenas que os anjos anelam compreender os mistérios do Evangelho (1 Pe 1.12), e
que estão subordinados a Cristo (3,22).
Em Judas encontramos mais uma referência enigmática aos anjos, desta feita cm
relação ao confronto do arcanjo Miguel com Satanás, em disputa pelo corpo de
Moisés (Jd 9). Esse incidente não é narrado no Antigo Testamento, mas aparece
num livro apócrifo que era bastante popular entre os judeus chamado A Ascensão
de Moisés. Neste livro o autor narra que, após a morte de Moisés, sozinho no
monte, Deus encarregou o arcanjo Miguel de dar-lhe sepultura. 0 diabo veio
disputar o corpo, alegando que Moisés era um assassino (havia matado o egípcio),
e que, portanto, seu corpo lhe pertencia. De acordo com a Ascensão, Miguel
limitou-se a dizer que o Senhor repreendesse os intentos malignos de Satanás.
Embora narrado num livro apócrifo, o incidente deve ter ocorrido, e Deus permitiu
que, através de Judas, viesse a alcançar lugar no cânon do Novo Testamento.
A carta aos Hebreus menciona os anjos nada menos que 13 vezes, 11 das quais nos
dois primeiros capítulos, onde o autor procura estabelecer a superioridade de
Cristo sobre os anjos. Hb 1.4-7,13; 2.2,15,16. A razão para esta abordagem foi
possivelmente a exaltação dos anjos por parte de muitos judeus no século I. 0 autor,
escrevendo a judeus cristãos sentiu a necessidade de diferenciar a mensagem do
evangelho trazida por Cristo, e as muitas mensagens e mensageiros angelicais que
infestavam a crendice popular judaica no século I.
Tipologia Bíblica 75
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Uma questão que tem atraído o interesse dos intérpretes é o sentido da palavra
“anjo” em Apocalipse 1.20, “os anjos das sete igrejas”. Ap 2.1,8,12,18; 3,1,7,14.
Alguns acham que João se refere aos pastores das igrejas às quais endereça suas
cartas, já que em Malaquias os líderes religiosos são chamados de anjos. MI 2.7. Ou
então, aos mensageiros (aggelos) das igrejas que haveriam de levar as cartas às suas
comunidades. 0 problema com estas interpretações é que a palavra aggelos em
Apocalipse nunca é usada para seres humanos, mas consistentemente para anjos.
Por este motivo, outros, como Origenes no século II, acham que João se refere a
anjos reais, já que este é o uso regular que ele faz da palavra no livro. Estes anjos
seriam os anjos de guarda de cada igreja a quem João manda uma carta. A
dificuldade óbvia com esta interpretação é que as advertências e repreensões das
cartas seriam dirigidas a anjos, e não aos membros da igreja. Além do mais, fica
claro pelo fim de cada carta que elas foram endereçadas aos membros das igrejas
(2.7,11,17 etc). Assim, outros estudiosos têm sugerido que “anjos” representam o
estado real de cada igreja, o “espírito” da comunidade. Esta idéia, que no deixa de
ser curiosa e estranha, tem sido adotada por alguns que defendem que igrejas têm
suas próprias entidades espirituais malignas, que se alimentam dos pecados não
tratados das mesmas.
É possível que as nações ou outras regiões tenham seus príncipes angélicos, bons
ou maus, mas esta idéia não exerce qualquer função ou influência no ensino do
Novo Testamento, quanto aos anjos e á sua participação na luta da igreja contra os
“principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso”. Ef 6.12.
Enquanto que em Daniel os principados e as potestades aparecem relacionados
com determinados territórios, no Novo Testamento eles aparecem não mais
relacionados com regiões, mas com este mundo tenebroso.
Tipologia Bíblica 76
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Capitulo V
Suas Limitações
1. Foi um anjo que guiou a Eliezer a buscar uma noiva para Isaque, Gn 24.40.
2. Foi um anjo que transmitiu a Daniel uma mensagem escatológica, Dn 9.21-23.
3. Deus entregou a Lei a Moisés por meio de um anjo, At 7.53; Gl 3.19.
4. Os anjos são enviados como mensageiros para confortar, Lc 22.43.
4.1. Jacó disse que durante toda a sua vida o anjo o protegeu do mal, Gn 48.16
4.2. Elias no deserto foi confortado por um anjo, I Rs 19.5.
4.3. Um anjo fechou a boca dos leões para livrar Daniel da morte, Dn 6.22.
4.4. Dois anjos foram livraram a Ló e sua família da morte, Gn 19.15,16.
4.5. Um anjo feriu 185 mil soldados, para dar livramento a Israel, II Rs 19.35
5. O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, Sl 34.7
6. O anjo do Senhor coloca os inimigos em fuga, Sl 35.5.
7. Os anjos nos céus colocam no incensário as orações dos santos, Ap 8.1-5
8. Na morte dos santos, os anjos o conduzem ao paraíso, Lc 16.22
8.1. Por meio dos anjos, Deus envia:
8.1.1. Advertências, Mt 2.13; Hb 2.2
8.1.2. Encorajamento, At 27.32; Gn 28.12
Tipologia Bíblica 77
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Leia atentamente o testemunho deste amado servo de Deus: Um desses livramentos aconteceu
em uma viagem que realizei para a cidade de Campo Grande. As rodovias do
nosso Estado até que são razoáveis, mas as do Mato Grosso do Sul não são nada
boas. Bem, saímos de S. J. Rio Preto no domingo por volta de 23 horas. Eu estava já
um tanto cansado, pois havia na tarde daquele dia, o domingo, levado um jovem
em Bauru para passar por um período de recuperação em uma casa especializada.
Cheguei naquele dia por volta das 21hs, descansei apenas por duas horas e às 23hs
estava novamente na rodovia. Viajei acompanhado de dois obreiros, que como eu
queria ver o palestrante americano, que estaria na segunda feira pela manhã dando
início num congresso de milagres. Eu nem imaginava que o maior milagre veria
no caminho, mesmo antes de ali chegar.
Eram quase 5hs da madrugada, os meus olhos estavam pesados e cansados, apesar
de até àquela hora eu pouco ter dirigido, mas era minha vez de pegar o volante e
assim eu o fiz. Na pista eu ia com o carro bem centralizado, até queimando um
pouco de faixa por ser às margens da rodovia cheia de buracos. Lá na frente
apontou um caminhão de boi e por ser plana a rodovia ambos andávamos bem.
O detalhe que assim como eu ele vinha queimando faixa e provavelmente estava
com tanto sono quanto eu. O caminhão chegava cada vez mais perto, mas eu nada
fiz, estava paralisado como que sonhando, mas realmente o caminhão vinha em
nossa direção. Acredito que o caminhoneiro também não estava bem, de repente
um forte barulho e de minha parte só deu tempo de chamar por Jesus. Naquele
momento só eu estava acordado ou meio acordado. O irmão que esta do meu lado
acordou assustado com tamanho barulho. Foi ai que me dei conta do ocorrido, não
conseguindo nem mesmo controlar o carro.
Tipologia Bíblica 78
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Quando voltei ao controle do carro estava na contra mão da pista, por provisão não
vinha nem um carro naquela mão. Diminui bastante a velocidade do carro e voltei
para minha mão, mas eu imaginava o carro todo arrebentado e um grande arrombo
em sua lateral. Tremendo e quase chorando disse ao irmão que precisava parar o
carro, o que fiz prontamente. Antes de descermos fizemos uma oração e
concordamos que o carro estivesse em condições para prosseguirmos, pois
estávamos muito longe de alguma cidade. Ao descermos do carro levamos outro
choque, não podia ser verdade, nós ouvimos o choque do caminhão com o carro e o
barulho foi muito grande, mas milagrosamente não havia nem um arranhão no
veículo. Começamos a chorar e glorificar o nome do Senhor, pois o seu anjo havia
nos guardado poderosamente debaixo de suas asas. Sabíamos disso, pois havíamos
orado pedindo por essa proteção. Aleluia !!! Os anjos do Senhor estão conosco.
1. Querubim, Gn 3.24
2. Varão, Gn 18.2
3. Príncipe, Js 5.13-15
4. Serafim, Is 6.2
5. Filhos de Deus, Jó 1.6
6. Ministro, Sl 104.4
7. Principados, Potestades e Domínios, Ef 1.20-21
8. Espíritos Ministradores, Hb1.14
9. Arcanjo, Jd 9.
Tipologia Bíblica 79
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1. Tronos - Cl 1.16: Tem um sentido especial porque se refere a uma classe de anjos
que está diretamente ligada à majestade e soberania de Deus. É possível que os
"querubins" estejam diretamente ligados a esse tipo de atividade real, pois alguns
textos identificam os querubins como os seres sobre os quais Deus está assentado e
reinando, I Sm 4.4; II Rs 19.14; Sl 80.1; É interessante fazer uma ligação tipológica
dos anjos-tronos com os "carros" nos quais Deus anda e ostenta sua glória no
Universo, Sl 68.17. Também encontramos essa mesma linguagem figurada acerca
dos anjos comparando-os e tipificando-os "aos carros da salvação" e ainda destaca o
Senhor "montado sobre cavalos" Hc 3.8. Não há nenhum tom negativo ou
humilhante nessa tipologia sobre anjos como cavalos, porque na mente antiga, os
cavalos são símbolos de força e serviço.
3. Principados - Cl 1.16: Mais uma vez aquelas categorias especiais dos querubins e
serafins se confundem com essas classificações de tronos, domínios, principados e
potestades. Por isso, é difícil estabelecer uma ordem específica; porém, o que está
revelado acerca dessas classes de anjos nos é suficiente para entender a sua
importância e o seu ministério. Nos reinos terrestres, os principados regem sobre
territórios pertencentes ao reino. Podemos ver isto na história de Lúcifer, o qual
havia sido estabelecido como "querubim ungido para proteger" e estava no monte
santo antes de sua queda.
Tipologia Bíblica 80
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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Isto revela que esses anjos pertencem a uma classe de seres poderosos, mas não
onipotentes. A onipotência é atributo único do Deus Trino, por isso, nenhuma
criatura jamais teve nem terá poderes totais.
6. Querubins: Essa classe de anjos criados por Deus se destaca pela ligação que eles
têm com o trono de Deus. A palavra querubim, no original tem o sentido de
guardar, cobrir. Eles aparecem pela primeira vez na Bíblia em Gn 3.24 no Jardim do
Éden para guardar a entrada oriental a fim de que o homem que havia pecado
contra o seu Criador não tivesse acesso ao caminho da árvore da vida. O que
aprendemos acerca dos querubins que eles possuem uma posição elevada na corte
celestial e estão diretamente ligados ao trono de Deus, I Sm 4.4; II Rs 19.15; Sl 80.1;
99.1; Is 37.16. Em Ezequiel 10, os querubins aparecem cheios de olhos e o trono de
Deus está acima deles. A ligação dos querubins com o trono de Deus nos ensina
que eles guardam o acesso á presença de Deus. Só nos é possível entrar no Santo
dos Santos ou "Lugar Santíssimo" com o sangue da aliança em nossas vidas, Hb
10.19-22.
como tendo seis asas. As asas de cada serafim tinham funções específicas. Com
duas asas cobriam o rosto, numa atitude de reverência perante o Senhor. Com as
outras duas asas cobriam os pés, falando de santidade no andar diante de Deus, e
com as duas últimas asas, eles voavam. Essa visão de seres alados não significa que
todos os anjos, obrigatoriamente, têm de ter asas. As asas desses serafins tinham
por objetivo mostrar ao profeta a capacidade de movimento e locomoção dos anjos
para realizarem a vontade de Deus.
Tipologia Bíblica 82
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Capitulo VI
A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes às
dos anjos, em geral. Ás vezes, Suas aparições eram simplesmente para trazer
mensagens do Senhor Deus, como por exemplo, em (Gn 22.15-18; 31.11-13). Em
outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades, (I Rs 19.5-7), ou para
proteger o povo de Deus de perigos. Êx 14.19; Dn 6.22.
Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram
unânimes. Entretanto, não há porque duvidar da antiqüíssima interpretação cristã
de que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações pré-encarnadas da
Segunda Pessoa da Trindade. Desejamos, portanto, apresentar a seguir três
argumentos bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do Senhor é
Jesus Cristo antes de encarnado.
Primeiro: Josué 5.14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do
Senhor que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhe:
Que diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio
Senhor (ou melhor, o Senhor Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o anjo (caso
fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu
em. Apoc 19.10 e Ap 22.8,9.
Segundo: Jz 13.18 - Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o seu nome, Ele
responde: “... porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?".
Uma comparação desta resposta com a passagem de (Is 9.6), demonstra que o Anjo
do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o
Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso, é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo
o Menino que nos fora dado.
Tipologia Bíblica 83
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Alguns exemplos disto são os textos de, (Lc 1.11; At 12.7 e At 12.23), dentre muitos
outros. Concluindo podemos afirmar que, no Antigo Testamento, Ele aparece com
poderes maiores, portanto, o Anjo do Senhor é uma teofania (uma auto-
manifestação de um ser espiritual em forma humana) do Messias, o Libertador de
Israel. Os teólogos entendem também que, o fato de não aparecer no Novo
Testamento nenhuma menção do Anjo do Senhor, este anjo é o próprio Cristo,
manifesto no tempo do Antigo Testamento. Este Anjo do Senhor é diferente dos
demais anjos. Ele tem uma autoridade única e aceita adoração, coisa que outro anjo
não faria. Ele também fala na primeira pessoa, como sendo o próprio Deus falando.
O Anjo do Senhor, evidentemente, não deve ser entendido como um anjo, mas
especificamente como o anjo.
2. Anjo Gabriel
3. O Arcanjo Miguel
No Nome
O nome Miguel significa "Quem é Como Deus?". Encerra uma pergunta, sem
afirmar que Miguel seja Deus. Já o nome Jesus significa "Javé é o Salvador". É uma
afirmação que enfatiza a diferença de Miguel.
Em Is 43.11 se lê: "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador". Essa declaração
é aplicada a Javé nas Escrituras Hebraicas, como as Testemunhas de Jeová
costumam referir-se ao Velho Testamento. Nas Escrituras Gregas ou Novo
Testamento, vamos encontrar que a salvação é obra exclusiva de Jesus: "E em
nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome
há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos". At 4.12. Embora o Pai e
Jesus sejam duas pessoas distintas (Jo 8.16-18), constituem o mesmo Deus Salvador.
Assim a Palavra Deus, pode ser aplicada a qualquer uma das três pessoas da
unidade divina (Pai - Jo 17.3; I Co 8.4,6; Ef 4.6; Filho - Jo 1.1; Rm 9.5; Hb 1.8-9 comp.
Sl 45.6-7; I Jo 5.20; e Espírito Santo - At 5.3-4; 7.51 comp. Sl 78.18-19). São três
pessoas, mas um só Deus, e não podemos confundir as pessoas, nem separar a
substância. Jesus Cristo é a segunda pessoa da Trindade, é Deus (Jo 1.14) e homem
(I Tm 2.5). O arcanjo Miguel é uma pessoa distinta de Jesus no significado do
próprio nome.
Na Natureza
Miguel é anjo, na hierarquia angelical de arcanjo. Embora possa ser tido como chefe
dos anjos, não deixa de ser criatura. Falando dos anjos diz Hb 1.14: "Não são
porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão de herdar a salvação?" A função dos anjos é servir àqueles que
vão ser salvos.
Tipologia Bíblica 85
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Na Adoração
Os próprios anjos são conhecedores que não se lhes deve prestar adoração e por
isso recusam-na abertamente. Isso se pode ler em duas partes da Bíblia: Em Ap 19.10
e Ap 22.8,9 "E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças
tal; sou teu conservo, e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus: adora a
Deus"."E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto,
prostrei-me aos pés do anjo que, mas mostrava para o adorar. E disse-me: 0lha não
faças tal... Adora a Deus".
A Adoração ao único Deus é vista da seguinte forma em Apocalipse 5.13: "E ouvi, a
toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e eu está no mar, e a
todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao
Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o
sempre". Miguel, nunca foi chamado de "Cordeiro" na Bíblia.
Enquanto se fala de Miguel como um príncipe dentre outros, Jesus é chamado o Rei
dos reis e Senhor dos senhores. Isso é visto em Ap 19.16: "E no vestido e na sua
coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores".
Ora, este texto só pode fazer paralelo com o próprio Deus Javé que a si mesmo se
declara: "Pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o
Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
recompensas". Dt 10.17. O mesmo se lê no Sl 136.3, "Louvai ao Senhor dos
senhores; porque a sua benignidade é para sempre".
Miguel é tido nesse texto como defensor do povo judeu. Jesus é defensor de todos
os povos como declara I Jo 2.1: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que
não pequeis: e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o justo".
Tipologia Bíblica 87
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Notamos que Miguel não lutou contra Satanás na disputa sobre o corpo de Moisés,
por faltar-lhe autoridade para tanto. Usou da autoridade do nome de Jesus, "O
Senhor te repreenda". Jesus, enquanto aqui na terra, lutou várias vezes contra
Satanás, vencendo-o. Alguns exemplos:
Em Mt 4.1-10, por três vezes Jesus repreendeu Satanás e por fim ordenou
categoricamente: "Vai-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorará,
e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o
serviram". (v.10,11).
Em Mt 16.21-23 de novo Jesus repreende o diabo, manda-o retirar-se e ele não
contesta, mas obedece prontamente: "Para trás de mim, Satanás, que me serves de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são
dos homens".
Em Mc 16.17 ele concede poder aos seus seguidores de usar o seu nome para
expulsar demônios: "Em meu nome expulsarão demônios..."
Em At 19.12, 13 se lê que até os exorcistas sabiam do poder do nome de Jesus sobre
os demônios. Tentavam usar esse nome, mas sem a autoridade do próprio Jesus,
foram envergonhados. Já no caso de Paulo, que invocava o nome de Jesus, os
demônios não suportavam a autoridade desse nome e se retiravam. Como Miguel e
o Senhor Jesus podiam ser a mesma pessoa, se Miguel não ousou repreender
Satanás, o que foi feito por Jesus várias vezes durante o ministério na terra?
Tipologia Bíblica 88
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"E eles venceram pelo sangue de Miguel..." Haveria alguém que atribuísse a vitória
do povo de Deus ao sangue de Miguel? O povo de Deus sempre tem vitória pelo
nome e pelo sangue de Jesus. Lc 10.19; At 1.8; 3.6; Ef 1.7, 20-22. Com relação ainda a
I Ts 4.16 dizem as Testemunhas de Jeová: "Em 1 Tessalonicenses 4.16 a ordem de
Jesus Cristo para a ressurreição começar é descrita como 'a voz do arcanjo', e Judas
9 diz que o arcanjo é Miguel."... É, portanto razoável que o arcanjo Miguel seja Jesus
Cristo." (Raciocínios À Base Das Escrituras, STV, 1985, p. 219).
Ora, lendo-se todo o texto em tela se observa que Jesus não só vem com voz de
arcanjo", mas com a trombeta de Deus ". Se o fato de Jesus vir 'com voz de arcanjo'
o torna o arcanjo Miguel, o fato também de ele vir com 'trombeta de Deus' o coloca,
obviamente, como Deus. O exército celestial acompanhará Cristo na sua segunda
vinda, como é mostrado em Mt 25.31" E quando o Filho do homem vier em sua
glória, e todos os santos anjos com ele...". Quando se lê 'todos os santos anjos com
ele' se inclui certamente o arcanjo Miguel. O mesmo se lê em Ap 19.11,14".
É digno de nota, ainda, que o Jesus das Testemunhas de Jeová passou por três
fases: antes de vir a terra chamava-se, no céu, de arcanjo Miguel; ao tornar-se
homem, nascendo da virgem Maria, abandonou o nome que lá tinha e tornou-se
somente homem, nada mais do que homem, um homem perfeito como Adão antes
da queda; ao ressuscitar dos mortos e ascender ao céu, o Jesus de Nazaré homem,
deixou de existir para sempre, voltando a ser o arcanjo Miguel, de novo.
No livro Ajuda ao Entendimento da Bíblia, STV, p. 1111 diz: "A evidência Bíblica
indica que o nome Miguel Logo se trata de um Jesus mutável na sua natureza: anjo,
homem, anjo. Isso chega as raias de blasfêmia inominável, pois a Bíblia Sagrada
diz: Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje, e eternamente. Hb 13.8.
Mudanças doutrinárias
Tipologia Bíblica 89
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Tipologia Bíblica 90
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Capitulo VII
Apoc 12: 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e
Satanás, que engana todo mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
lançados com ele.
I. Sua Origem
De acordo com a Bíblia ele era originalmente um anjo de luz, seu nome era Lúcifer,
que no latim significa, portador de luz. Ele gozava de uma condição impar diante
de Deus, porém exaltou-se em seu coração e intentou em ser igual a Deus, por este
motivo foi lançado do céu, I Tm 3.6.
Podemos notar que no começo do capítulo o Senhor está falando com o rei, o
príncipe de Tiro, mas está falando também com o poder que está atrás dele, o
poder oculto, que move aquele homem, e que era Satanás. Lúcifer era o "querubim
da guarda ungido" - um título muito especial que mostra a sua posição.
Ele era o querubim separado para dirigir a adoração a Deus. Nós vamos ver
aparecer Gabriel, vamos ver Miguel aparecer, mas ninguém explica a criação deles.
Mas aqui, descreve como ele era, como foi criado, a formosura, a perfeição, a
maravilha, ele era um ser extremamente exaltado entre os anjos. Nele havia
instrumentos musicais, porque ele era especialista em música, ele era da área de
adoração.
Esse plano ia se formando ajudado pelo livre arbítrio de Lúcifer e, pouco a pouco o
seu pensamento transformou-se em vontade e esta em ação, ocasionando a maior
catástrofe de todos os tempos.
1. Seu pecado (Is 14.5,12-15) "EU"
(a) EU subirei ao céu (Eu tirarei o lugar a Deus)
(b) EU exaltarei meu trono acima das estrelas de Deus (acima dos anjos)
(c) EU me assentarei no monte da congregação na banda dos lados do norte
(d) EU subirei acima. . . das nuvens (a glória de Deus)
(e) EU serei semelhante ao Altíssimo.
Portanto, lúcifer se rebelou contra o próprio Deus, sendo lançado fora e precipitado
para o mais profundo dos abismos, atuando hoje nos lugares celestiais, isto é,
abaixo da morada de Deus. Is 14.13-15; Ez 28.15,16; Mt 25.41. Satanás também
conseguiu arrastar consigo 1/3 dos anjos (ou seja, 1 em cada 3 anjos ficou do lado
dele, Apoc 12.3,4,7). Esta rebelião trouxe a manifestação da ira de Deus que o Sl
18.7,11 descreve. Assim, a terra ficou no estado descrito em Gênesis 1.2.
Tipologia Bíblica 92
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1. O diabo aparece na Bíblia como o chefe dos anjos caídos. Mt 25.41; 9.34; Ef 2.2
2. Ele aspirou a ser como o Altíssimo e caiu na condenação, Ez 28.2,19; Is 14.2-15
3. Ele é o originador do pecado, Gn 3.1,4; Jo 8.4; II Co 11; I Jo 3; Apoc 12.9; 20.10
4. Ele está destinado a ser lançado no abismo, Apoc 20.10
5. Ele é mais que humano, mas não é divino (tem limitações). Mt 12.29; Apo 20.2
6. Trocou o Jardim do Édem pelo inferno, Ez 28.12-19 e Mt 25.41
6.1. O Éden de Lúcifer não é o Éden do tempo de Adão, em que o diabo
entrou como rebelde usurpador. Acredita-se ser um Éden anterior ao qual
Lúcifer presidia e ocupava alta posição. É interessante compararmos as pedras
mencionadas aqui com aquelas de Ap.21:11-21. Esse esplendor talvez indique
algo da glória do palácio em que Lúcifer residia.
O grande inimigo de Deus é visto por toda a Bíblia. Sempre em conexão com o mal,
os nomes que lhe são atribuídos, representam em si mesmo, a personificação da
maldade. Da mesma forma como os nomes qualificativos de Deus nos fornecem
uma doutrina bem completa, a respeito de Sua natureza, os nomes qualificativos de
Satanás identificam seu caráter e estratégias.
Através da Bíblia, encontramos por volta de 30 nomes para o nosso inimigo, mas
estudaremos apenas alguns deles.
1. Poderoso, Ef 2.2
2. Homicida, Jo 8.44
3. Enganador, Ef 6.11
4. Presunçoso, Mt 4.4,5
5. Feroz e cruel, I Pe 5.8
6. Belial, Jz 20.13; II Co 6.15
7. Anjo do abismo, Ap 9.11
8. Maligno, Jó 2.4, Mt 13.19
9. Astuto, Gn 3.1; II Co 11.3
10. Orgulhoso, I Tm 3.6; Ez 28.17
11. Espírito que atua nos filhos da desobediência, Ef. 2:2.
12. Tentador, (assim descrito quando tentou ao Senhor), Mt 4.3
13. Appollyon, (destruidor no grego), no hebraico, Abaddon, Apoc 9.11
14. Imitador de Deus
14.1. Deus é trino (Pai, Filho e Espírito Santo)
14.2. O diabo terá uma “trindade” durante a grande tribulação
14.2.1. O dragão (falso pai [deus])
14.2.2. O anticristo (falso filho [cristo])
14.2.3. E o falso profeta (falso espírito santo)
15. Deus tem seus servos – o diabo tem seus cavalos.
16. Deus tem um reino de luz – o diabo tem um reino de trevas.
17. Deus faz sinais verdadeiros - o diabo faz sinais de mentira, II Ts 2.9.
18. Outros nomes
Tipologia Bíblica 93
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Diabo, Mt 4.1; Ef. 6.11, Apoc 12.10: Este nome é formado de uma transliteração do
grego "diabolos" e significa acusador, difamador, caluniador e maldizente. É citado
35 vezes na Bíblia. É utilizado em passagens onde percebemos atividades de
engano, tentação e armadilhas. Salienta um caráter dominado pelo ódio e desprezo,
que se satisfaz ao envergonhar a Deus pelas acusações levantadas contra Seus
filhos.
Serpente - Apoc 12.9; 20.2: Serpente tanto em Gênesis 3.1 como em Apocalipse 12.9.
O apóstolo Paulo, em II Co 11.3, nos lembra que a serpente enganou Eva, no Éden,
com astúcia. E o que é astúcia, senão "sabedoria usada para o mal"?. As serpentes
são traiçoeiras e hábeis em se esconder. Assim também é o diabo, que esconde o
"veneno mortal", inoculado em duas vítimas. Satanás nunca mostra que o caminho
sugerido por ele, leva a uma vida destruída, e se não tiver a interferência de Cristo,
levará ao inferno.
Dragão - Apoc 12.3-17; 13.2-4: O Novo Testamento registra este nome por 12 vezes.
É um símbolo que demonstra o furor maligno de Satanás. Transparece também o
caráter de alguém que quer destruir e aterrorizar como um monstro. Não tem dó
nem piedade dos servos de Deus.
Belzebu - Mt 12.24: Príncipe dos demônios, (líder dos demônios). Jesus designou
este nome, acrescentando o detalhe de que era o "maioral dos demônios". Belzebu é
a derivação do nome de um deus adorado em Ecrom, uma cidade filistéia,
chamada “Baal-Zebube”, II Rs 1.2 e 16. O significado deste nome é "Senhor das
moscas" ou "o gênio que preside a corrupção". É interessante lembrar que o lugar
de maior concentração de moscas, é o lixo. Da mesma forma, ele quer tornar a vida
humana um lixo, correspondendo os padrões em relação a sexo, honestidade,
relacionamento interpessoal, etc.
Príncipe deste mundo - Jo 12.31; 14.30; 16.11: Este título sugere o controle que
exerce na sociedade que anda fora da vontade de Deus, Jo 12.31; II Co 4.4; I Jo 19;
2.16. Destaca também o diabo como "governante" ou "aquele que tem autoridade"
sobre o mundo. Porém, satanás traça as linhas da história, dentro dos parâmetros
de liberdade permitidos por Deus. Jó 1.10-12; Lc 22.31; Mt 12.29.
deus deste século - II Co 4.4: Ele é o principal oponente ao Deus Único e Verdadeiro,
e sempre quis ser como Deus. Isaias 14.14. Agostinho chamou o diabo de "o
imitador de Deus". Como tal, ele que a adoração das pessoas, e para isso ele as cega
e domina para que não creiam no Evangelho.
Tipologia Bíblica 94
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Mentiroso (pai da mentira): Temos notícia pela Bíblia, de que desde Éden, Satanás
mente com sutileza e frieza cada vez maiores. Na verdade, ele é um artista, um
mestre na arte de enganar. Não há limites, nem escrúpulos e nem pudores, desde
que através da mentira, consiga os seus propósitos sujos. O grande problema para
nós, é que ele tem feito rapidamente, muitos discípulos da mentira, por todo o
mundo.
Tipologia Bíblica 95
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Primeiro no Céu, Isaías 14.12: Ninguém pode dizer por quanto tempo ele viveu
gozando o favor de Deus, mas veio a hora em que ele e muitos outros anjos
caíram. Encontramos a seguir no Jardim do Éden, Gênesis 3.1-15: Por intermédio da
serpente ele se tornou o agente da queda do homem. Em seguida encontramos no
céu, Jó 1.6-7: Tendo acesso tanto ao céu como na terra, aparece diante de Deus e
tem a permissão de tentar a Jó. No futuro será lançado a terra, Apocalipse 12.9: Isto
acontecerá no período da Grande Tribulação, sua presença na terra será por
pouco tempo. Da terra será lançado no abismo, Apocalipse 20.1-3: Isto se dará
quando Cristo retornar a terra com poder e grande glória para implantar o seu
reino milenar. Satanás será acorrentado e confinado ao abismo por mil anos. Será solto
por pouco tempo, Apocalipse 20.3: Durante este período tentará frustrar os planos
de Deus, mas será em vão. Em seguida será lançado no Lago de Fogo, Apocalipse
20.10: Fogo descerá dos céus e os destruirão e todos serão lançados no lago de
fogo.
Tipologia Bíblica 96
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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Portanto, satanás, odeia até a natureza humana com a qual se revestiu o Filho
de Deus. Intenta destruir a igreja porque ele sabe que uma vez perdendo o sal
cuidado de não exagerar o seu poder. Para aqueles que crêem em Cristo, ele já é
tentação. Apesar de rugir furiosamente ele é covarde, Tg 4.7. Não pode tentar,
(Mt 4.1), afligir, (I Ts 3.5), matar (Jó 2.6), nem tocar no crente sem a permissão
de Deus. Satanás, não limita suas operações aos ímpios e depravados. Muitas
vezes age nos círculos mais elevados como "um anjo de luz", II Co 11.14.
Tipologia Bíblica 97
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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Tipologia Bíblica 98
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Capitulo VIII
Nas Escrituras não há referência de quando ocorreu a queda dos anjos, mas deixa
claro que se deu antes da queda do homem, já que Satanás entrou no jardim na
forma de serpente e induziu Eva a pecar, Gn 3. Portanto, sugerimos que ela
ocorreu algum tempo após a criação dos céus, e que foi a causa principal da
condição descrita em Gênesis 1.2.
De acordo com as Escrituras não há dúvidas, que os anjos foram criados perfeitos e
santos. Ez 28.15; Jd 1.6. Como pode tais seres pecarem? É aqui que podemos ver a
perfeição de toda a criação, os Teólogos Latinos são autores de uma frase que diz:
"Posse pecare et posse non pecare". Isso traduz a capacidade de pecar e a de não
pecar. É a posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser
constrangido a fazer uma ou outra coisa. Em outras palavras, havia liberdade de
escolha. Deus não coagiu nenhuma de suas criaturas, nem mesmo os anjos.
Conclui-se que a queda dos anjos se deu devido a sua revolta deliberada e
autodeterminada contra Deus.
1. Todos eles perderam a sua santidade original, Mt 10.1; Ef 6.11-12; Apoc 12.9
2. Condenados a viverem sem moradas, Ef 6.12.
3. Condenados a viverem sem corpos, Mt 12.43-45, Mc 5.10–11.
4. Não podem se materializar (tomar forma humana)
Tipologia Bíblica 99
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Com relação os anjos de Deus, a Bíblia diz que podem se materializar, isto é, tomar
forma humana, Gn 18.1-2; 19.10; At 1.10. A materialização dos anjos de Deus
acontece sempre quando há uma missão envolvida. Deus permite esse fato (Sl
91.11), provavelmente por causa da fraqueza humana, pois se os anjos aparecessem
no mundo físico como eles são iriam chocar os homens e não agüentariam
o esplendor angelical (Dn 8.27).
Acreditamos que esses anjos maléficos não podem se materializar, pois não iriam
usar tantos esforços para tomarem um corpo se pudessem ter um. Seria muito mais
fácil para os demônios tomar forma humana e arrasar os outros homens, mas isso
não acontece. Nunca se leu na Bíblia que um anjo bom tomou posse de corpos
humanos, mas que se materializaram em forma de varão. Por outro lado, os
demônios estão sempre procurando um corpo para cumprir as suas maldades, nos
deixando claros da impossibilidade de se materializarem.
Primeiro grupo: Os anjos que estão em liberdade. Efésios 6.12. Estes são normalmente
mencionados em conexão com Satanás
(a) Submissos a Satanás, Mt 12.24
(b) Atormentam os homens, Mc 5.1-4
(c) Procuram separar o cristão de Cristo, Rm 8.38-39
(d) Ocupam várias categorias, Mt l7.21, Ef 6.12
(e) São em grande quantidade, Mc 5.9. “...Respondeu ele: Legião é o meu nome,
porque somos muitos” "Uma Legião, no exército romano, totalizava, quando
completa, seis mil soldados; mas aqui essa palavra é usada a respeito de um
número indefinido e elevado - suficientemente elevado, contudo, para, assim que
tiveram licença, ocupar os corpos do dois mil porcos e destruí-los".
Terceiro grupo: Os anjos que estão confinados no inferno, II Pe 2.4; Jd 1.6. Os textos de
Pedro e Judas não querem dizer que todos os anjos maus estejam presos no inferno,
pois a Bíblia mostra no seu contexto geral que a maioria deles estão soltos, Ef
6.12. Em breve todos serão julgados e condenados para sempre. Mt 25.41; Apoc
20.10-14; Rm 16.20. A palavra Inferno na Bíblia tem significados que variam de
acordo com o texto em que é citada. Vamos analisar apenas quatro formas:
3. Hades: É a forma grega para o hebraico Sheol, e significa lugar das almas que
partiram deste mundo ou lugar de tormento. Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23 e Tártaro: O
mais profundo do abismo e significa encarcerar no suplício eterno. II Pe 2.4.
VI. Os Demônios
Ainda que alguns falem em "diabos", como se houvesse muitos de sua espécie, tal
expressão é incorreta. Há muitos "demônios", mas existe um único "diabo". Diabo é
a transliteração do vocábulo grego "diabolos", nome que significa "acusador" e é
aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás.
Capitulo IX
2. Sujeição, Hb 2.14-15: Pessoas que quebram tenazmente a lei da Deus, dando até
mesmo desculpas, para explicar porque continua caindo no mesmo pecado. Estes,
talvez, estejam gostando de permanecer no pecado. Devem avaliar I Jo 3.6-10.
(pode ocorrer com crentes e não crentes).
Capitulo X
I. Procedimento equivocado
6. Ordenar sua saída sem autoridade, At 19.13-17: Ninguém pode enfrentar o reino
das trevas ou expulsar demônios sem estar preparado. É preciso ter autoridade
do Senhor, poder do Espírito Santo vida de oração e, em certos casos, até jejum, Mt
17.21. Uma vida de obediência a Deus é fundamental, pois “o inimigo não
obedecerá ao desobediente“.
O inimigo não vai recuar só porque alguém prega bonito, é formado em teologia,
conhece as línguas originais da Bíblia ou porque é filho de sacerdote. At 19.13-17.
De modo algum. O inimigo vai recuar, sim, diante de um crente que vive uma vida
de submissão ao Senhor.
Antes era: O sangue de Jesus tem poder! Agora é: Tá amarrado! E como gostam de
amarrar! Em muitas igrejas, amarram no inicio, no meio e no fim do culto.
Amarram antes e depois de cada cântico. Como alguém disse: Haja corda! e não
estão amarrando direito, pois a todo o momento o demônio escapa e eles têm que
amarrar novamente. Assim, vão aparecendo de tempo em tempo, fórmulas
mágicas para derrotar o inimigo.
Não vemos tal modelo na Bíblia! Nem Jesus nem os discípulos mandaram os
demônios se manifestarem. As manifestações demoníacas na Bíblia foram
espontâneas. Mc 23,24 e 3.11. A simples presença de Jesus era suficiente para que o
inimigo se manifestasse. O mesmo acontecia com os discípulos.
Quando esteve em Filipos, Paulo não mandou o espírito que possuía uma jovem se
manifestasse. Muito ao contrário, sentiu-se incomodado com as suas declarações e
o demônio foi expulso, At 16.17,18. Basta a presença do Senhor na igreja ou na vida
do cristão para o inimigo ficar incomodado.
Não bastasse isso, programas evangélicos de Rádio e TV têm mostrado até mesmo
"ao vivo" expulsões de demônios, causa-nos preocupação, entretanto, a maneira
como muitos pastores e irmãos têm agido nessas reuniões de exorcismo.
Ora, além disto, ser uma atitude inconseqüente, muitas vezes pode esconder o
desejo íntimo de alguns dirigentes, em serem considerados por suas comunidades
como "pessoas altamente espirituais". Estes elementos devem lembrar que, mesmo
recebendo "nota 10", diante dos irmãos da igreja, eles estarão recebendo “nota 0”,
diante de Deus. O quê realmente importa, na ótica de Deus, não é simplesmente a
CONSEQUÊNCIA (aqui em nosso caso, se o demônio saiu ); Ele se importa com a nossa
OBEDIÊNCIA EM TODO O PROCESSO.
Devemos nos lembrar que, num caso parecido, Moisés foi castigado pelo Senhor.
Deus mandou que Moisés falasse com a rocha, para que ela desse água, mas o
profeta bateu nela. A CONSEQUÊNCIA foi alcançada - a água jorrou mas Deus castigou
Moisés, com a proibição de entrar na terra de Canaã. Para que não sejamos
"reprovados" pela ótica de Deus, devemos expulsar os demônios como Jesus e os
apóstolos expulsaram.
Efésios 6.12.
Capitulo XI
Batalha Espiritual
Esta última a ser referida, revela-nos uma espécie de guerra que é bastante
diferente da que estamos acostumados a ver nos noticiários de T.V, mas, não
menos horrenda e, até mais terrível: a Batalha Espiritual. Em Apoc 12.4,
encontramos a referência à primeira batalha espiritual que foi travada: “arrasta a
terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Esta é uma referência
de João a Satanás que se rebelou contra Deus e arrastou consigo a terça parte dos
anjos. Desde então, nós vemos, através da Bíblia, Satanás fazendo guerra contra
Deus e o Seu povo:
Então ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do
Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
Zacarias 3.1.
Encontramos, também, citações da batalha que o crente deve fazer contra Satanás:
“Não deis lugar ao diabo”. Ef 4.7. “Revesti-vos de toda armadura de Deus para que
possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Ef 6.11. Em Tiago 4.7, está
escrito: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós”. Esta palavra “resistir”, a qual Tiago refere-se, no grego é “anqi(sthte”, ela é
derivada de ”anqi)sthmi”, que traduzido é “colocar-se contra, opor-se, permanecer
firme”.
Esta palavra é aplicada da mesma forma o combate que o crente deve fazer ao
diabo em, pelo menos, mais duas formas no Novo Testamento: Ef 6.13 e I Pe 5.8,9.
Isso denota, de forma direta, uma luta espiritual que está se travando. Sobre isso,
Paulo Romeiro comenta de forma plausível: “A Bíblia fala muitas vezes sobre tal
conflito. Sim, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre
Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno”. Para entendermos melhor esta batalha,
precisamos tomar conhecimento de como ela começou.
Procurar saber a origem desta guerra cósmica leva-nos a indagar sobre a origem do
mal. No entanto, não iremos nos deter neste assunto. Aqui, é necessário sabermos
que existe uma origem para o mal e que esta, é identificada com o diabo.
É aí que começa toda a guerra, com o propósito de Satanás de ser igual a Deus e,
por isso, opor-se a tudo o que Deus faz ou o que se chama pelo Seu nome. Mt 13.24-
30; Lc 22.3.
Por isso se explica a tão famigerada unção dos órgãos sexuais masculinos e femininos
por determinados setores gospel para que se afastem os demônios da área e haja
fidelidade conjugal.
Era carregado num suporte especial que permanecia sempre do seu lado
direito e desprotegido, funcionando como um guarda -corpo. Jz 9.54; I Sm
14.1; 17.7; II Sm 18.15. O lado direito de um combatente armado era
desprotegido porque ele carregava suas armas na mão direita e o escudo
na esquerda. O suporte do escudo, no entanto, tinha que ficar no seu lado
mais vulnerável o direito para protegê -lo.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia
mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Efésios 6.13.
Paulo, como prisioneiro na altura que escreveu a epístola aos Efésios, observava
diariamente a armadura protetora dos soldados que o guardavam. Usando a
armadura como ilustração, Paulo explica-nos como podemos ficar firmes contras as
astutas ciladas do Diabo. Seis peças da armadura são necessárias para a total
proteção do crente contra os ataques de Satanás:
No entanto, é certo que o significado desta verdade, exposta por Paulo, vai muito
além do significado de verdade ética. A verdade aqui mencionada é a verdade
objetiva da Palavra de Deus. Deus quer que sejamos completamente dominados e
controlados pela verdade da Bíblia. É por causa de muitos Cristão não estarem
completamente compenetrados com a absoluta verdade e autoridade final da
Palavra de Deus que eles são ineficazes na batalha espiritual. Devemos tomar, II
Tm 3.16,17 e II Pe 1.3, seriamente. Isto deve ser a nossa premissa.
A couraça era uma peça da armadura romana que se constituía em duas partes: a
primeira, cobria a região do tórax, e a outra parte cobria a região das costas. Esta
peça tinha a finalidade de proteger as regiões vitais do corpo. Paulo, ao usar esta
peça, como metáfora, para exemplificar a justiça, tinha em mente a justificação. Em
Rm 8, Paulo comenta que nada poderá condenar o crente, pois é Deus quem o
justifica. Isso quer dizer que:
(1) Não podemos confiar em nossa própria justiça, ou santidade, para vencer o
inimigo, mas confiar na justiça que vem de Deus, através do sacrifício de Jesus; por
isso, é que nada, nem anjos nem potestades, poderá nos separar do amor de Deus.
A sandália romana, usada como figura pelo apóstolo Paulo, era feita de couro e
possuía vários cravos, formando uma camada espessa. Esta peça tinha a finalidade
de proteger as canelas e os pés, especialmente o tendão tibial posterior. Para esta
peça, são usadas algumas interpretações, como a que diz que Paulo está referindo-
se ao evangelismo. No entanto, é preferível a interpretação de que Paulo refere-se à
paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo, que o Evangelho
proporciona. Esta paz é a tranqüilidade mental e emocional oriunda da consciência
da plena aceitação da parte de Deus que o crente tem por aonde vai, e em toda e
qualquer situação.
Isto fala não da "fé para salvação" (pois essas pessoas já estão salvas), mas de uma
"fé viva", uma confiança nas promessas e no poder de Deus. A principal arma de
Satanás é nos fazer duvidar da Palavra de Deus. É pela fé em Deus e na Sua
Palavra que somos capazes de lidar com qualquer artimanha que Satanás possa
levantar no nosso caminho. Somente por tirar nosso olhar de nós mesmos e voltá-lo
para Deus, colocando nossa confiança nEle tanto para a vida quanto para a morte e
eternidade, confiando somente na Sua Palavra de revelação e de promessa, é que é
possível repelir a chuva de mísseis inflamados de Satanás.
Porque as armas da nossa guerra não são carnais, mas sim poderosas em
Deus para destruição de fortalezas; destruindo conceitos e toda altivez
que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando todo pensamento
cativo em obediência à Cristo. II Co 10.4-5.
Capitulo XII
Confrontando os Mitos
Embora os demônios se aproveitem das brechas que lhe são dadas, não adianta
ficar colocando a culpa neles o tempo todo. A vitória sobre o pecado e o mal é certa
através da conversão, da santificação quando o cristão passa a produzir o fruto do
Espírito, Gl 5.22,23. Portanto, apesar de Paulo não desconhecer os desígnios ou os
ardis de satanás, (II Co 2.11), pois foi um especialista em guerra espiritual, não há
na Bíblia ensinos de Paulo sobre espíritos territoriais, amarrar demônios, nomes
extra bíblico de demônios e muitas outras superstições demonológicas existentes
hoje.
Se não houver parâmetros bíblicos, nunca se sabe até onde vão chegar os desvios
doutrinários e a paranóia da guerra espiritual.
É interessante que na Bíblia os anjos não têm nada a ver com a angelologia
proposta pela Nova Era. Segundo Mônica Bonfiglio, por exemplo, os anjos são
entidades etéreas, que não tem memória e nunca julgam. São como bebês... Nus,
com asas, bochechudos e com um sorriso maroto de criança arteira [Mônica
Bonfiglio, Anjos Cabalísticos, S P, Oficina Cultural Esotérica, 1993, p. 64].
Tipologia Bíblica 114
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
No misticismo de hoje, os anjos são mostrados como entes que podem ser
manipulados. Há um anjo para cada dia, dá-se seu nome, e como se relacionar bem
com ele. No neopentecostalismo não é diferente. “Gloria Copeland e Charles Capps
sugerem que pode haver entre 40.000 e 72.000 anjos designados para cada crente,
apenas esperando para servir-nos”.
Em Brasília havia um líder que recebera uma legião de anjos da parte de Deus, e os
cedia aos crentes, que deviam se comprometer pagando mensalidades de um carnê
pelo “aluguel” dos anjos.
Ora, isso é reconhecer um panteão mitológico, pois à luz da Bíblia, “não existe Pomba-
Gira, Maria Padilha, Maria Mulambo, lemanjá, Oxalá ou qualquer tipo de Exu”. À luz da
Bíblia todos são demônios. O incrível é que estes nomes e informações foram obtidos
através de entrevistas e diálogos com os demônios no ato do exorcismo. Logo,
trata-se de revelações demoníacas e não bíblicas.
Que diferença faz, com as obtidas numa sessão espírita? Muitas apostilas foram
distribuídas no meio evangélico e algumas com mais de trezentos nomes de demônios.
Mas, a lista ainda não está completa, pois, segundo os especialistas no assunto, estes nomes
ainda não foram revelados e considerando o número de demônios devem faltar ainda
milhares de nomes. Ainda, existem outras informações que chegam a ser
surpreendentes. Tem até aqueles que conseguem sentir o cheiro dos demônios e
inclusive, segundo estas fontes, existem demônios malcheirosos.
Depoimento de Frank e Ida Mae Hammmond: Uma outra faceta das manifestações
demoníacas é a dos cheiros. Lembro-me de uma vez em que estávamos
ministrando numa casa pastoral, a casa ficou tomada por um malcheiro parecido
com o de repolho cozinhando que, para mim, é um cheiro ruim.
Numa outra ocasião, eu estava expulsando um demônio de câncer. Ele saiu acompanhado
por um cheiro distinto, igual ao que encontramos num hospital de câncer. Segundo
eles, quando os demônios são expulsos, normalmente saem pela boca ou pelo
nariz. Os espíritos estão associados à respiração. Sem dúvida, a manifestação mais
comum é tossir. A tosse pode ser seca, mas, em geral é acompanhada de catarro.
Outras manifestações pela boca incluem: choro, grito, suspiro, arroto e bocejo.
4. A Aparência de Satanás
Certamente não. Nós fomos criados com uma estrutura absolutamente distinta
e na Eternidade nós teremos alguma semelhança com os anjos, por causa do
mundo espiritual, entretanto jamais teremos uma natureza igual à deles. Lc
20.36. Os anjos jamais serão homens. Os homens jamais serão anjos.
Capitulo XIII
16 de Agosto de 1998
"Eu estava sozinho em uma casa na ilha de Patmos por várias semanas para orar e
buscar o Senhor. Eu encontrei uma pequena capela - Capela de São Nicolas - onde
ninguém vai. Eu fui lá e derramei meu coração diante de Deus. Eu encontrei uma
rocha ao lado de uma colina onde eu me sentava e orava - meditação e leitura da
Bíblia. Eu comia muito pouco naqueles dias. Várias vezes eu fui até a caverna de
João onde ele viu a grande Revelação.
Enquanto eu meditava por um mês neste lugar solitário, eu pensei, "Eu imagino se
o Senhor irá enviar um décimo anjo?" Eu tinha visto anjos nove vezes antes - na
Inglaterra, em Belgrado, Iugoslávia, em Amman, Jordânia, em Jerusalém, e um anjo
que cuidou para que uma mulher fosse enforcada no Egito; Eu vi o nono anjo em
Beirute no meio da guerra. O anjo fisicamente me acordou às 3 da manha e me
disse para sair do país imediatamente.
Eu sou grato ao Senhor até hoje - Eu não sei o que teria acontecido comigo se o
anjo não tivesse vindo. O Céu me dirá um dia. Então eu imaginei se eu viria um
anjo pela décima vez. Houve algumas vezes enquanto eu estava orando em que eu
senti esta presença e perguntei "Senhor, eu imagino se um anjo esta vindo agora?" -
mas era somente um sonho. Eu queria ver um anjo, como eu tinha visto nove vezes
anteriores.
Um pouco antes de ter visto estes anjos no Espírito. Eu tinha visto a mim mesmo
em uma grande reunião de multidões, e eu estava pregando em inglês. Um
interprete estava a minha esquerda com cabelo escuro e um terno cinza, mas eu
não posso me lembrar que língua ele estava falando. Eu estava profetizando esta
mensagem: Minha igreja, você prega o amor, você ensina o amor, mas você precisa
praticar o amor.
Existe uma necessidade de unidade no meu corpo. Existem muitas divisões entre
vocês. O meu Espírito não vai mover e trabalhar onde não existe unidade. Existe
carnalidade na minha igreja; muita falta de limpeza na minha igreja. Eu desejo e eu
quero um povo santo. Eu morri para fazê-los santos.
Então, de repente, o primeiro anjo ao meu lado direito disse, "Nós somos os cinco
anjos dos cinco continentes. Nós estamos aqui para dar a você mensagens dos cinco
continentes do mundo." No momento em que eu ouvi aquilo, eu também ouvi a
multidão chorando, "ohhh, ohhh, ohhhh" Eu acredito que a multidão tenha visto os
anjos também.
De alguma forma o Senhor me mostrou aquilo nos dias em que estão por vir, em
muitas partes do mundo, Deus esta por revelar-se através de anjos ministradores.
Está por acontecer publicamente; está por acontecer nas igrejas - milhares de
pessoas vendo anjos ao mesmo tempo. Eles estarão ministrando ao corpo nestes
últimos dias. Então veio esta mensagem veio dos anjos : "O que você vê e ouve,
conte as nações." Então não é algo para eu manter para mim mesmo. Quer eles
aceitem ou não, eu tenho que contar as nações.
Primeiro Anjo
O primeiro anjo disse: "Eu tenho uma mensagem para toda a Ásia." Quando ele
disse aquilo, num espaço de poucos segundos, eu podia ver toda a China, Índia, os
países da Asia como Vietnam, Laos - Eu nunca havia estado nestes paises.
"Eu sou o anjo da Asia," ele disse. E na sua mão eu vi uma tremenda trombeta que
ele vai soprar sobre toda a Asia. Tudo o que o anjo disse, vai acontecer com a
trombeta do Senhor sobre toda a Asia. Milhões vão ouvir a voz poderosa do
Senhor. Então o anjo disse, "Vai haver um desastre, fome - muitos vão morrer de
fome. Ventos fortes serão como nunca aconteceram antes. Uma grande parte será
chacoalhada e destruída. Terremotos vão acontecer sobre toda a Asia e o mar
cobrirá a terra”.
estava escutando corretamente. Mas o anjo disse, "Milhões vão morrer na China e
na Índia. Nação será contra nação, irmão contra irmão. Asiáticos vão lutar uns
contra os outros. Armas nucleares serão utilizadas, matando milhões." Duas vezes
eu escutei as palavras. "Catastrófico! Catastrófico!" então o anjo disse, "A crise
financeira virá sobre a Asia. Eu abalarei o mundo."
Eu estava tremendo enquanto o anjo estava falando. Então ele olhou para mim,
sorriu e disse, “Haverá o maior despertar espiritual - bondade será quebrada,
barreiras serão removidas”. E sobre toda a Asia - China - Índia - as pessoas se
voltarão para Cristo.
Segundo Anjo
Então eu vi que o segundo anjo tinha uma foice em sua mão, como as que são
usadas na colheita. O segundo anjo disse, "A hora da colheita chegou a Israel e aos
países por todo o caminho até o Irã." Eu vi aqueles países em poucos segundos.
“Toda a Turquia e aqueles (inaudível) países que me rejeitaram e rejeitaram a
minha mensagem de amor irão odiar um ao outro e matar um ao outro." Eu vi o
anjo levantar a foice e descer sobre todos os paises do Oriente Médio.
Eu escutei estas palavras, "Israel, Oh Israel, o grande juízo chegou" O anjo disse: O
escolhido, a igreja, the remnant, serão purificados. O Espírito de Deus prepará as
crianças de Deus. Eu vi fogos subindo aos céus. O anjo disse. "Este é o julgamento
final. A minha igreja será purificada, protegida e pronta para o dia final. Homens
morrerão de sede. Água será escassa sobre todo o Oriente Médio. Rios secarão, e
homens vão guerrear por água nestes paises." O anjo mostrou-me que as Nações
Unidas serão quebradas em pedaços por causa da crise no Oriente Médio. Não
haverá mais Nações Unidas. O anjo com a foice fará a colheita.
Terceiro Anjo
Então um dos anjos com asas me mostrou a Europa de um fim ao outro - do norte
por todo o caminho até a Espanha e Portugal. Na sua mão ele tinha uma escala
para medir. Eu o vi voar sobre a Europa, e eu ouvi as palavras. "Eu estou pesaroso.
Eu estou pesaroso. Injustiça, impureza, falta de Deus - sobre toda a Europa,
O pecado subiu aos céus. O Espírito Santo esta pesaroso." Eu vi os rios da Europa
inundando e cobrindo milhões de casas. Milhões afogados. Depois de ver isso, eu li
as noticias há algumas semanas atrás. Checoslovaquia teve a pior inundação de
todos os tempos. Eu também escutei que o grande rio na China está causando um
perigo de milhares casas serem destruídas por inundação. Eu não conhecia estas
noticias antes de ter a visão e eu escutei o que os anjos me disseram.
De repente eu escutei terremotos por toda a Europa. "Países que não tiveram
terremotos serão abalados." Disse o anjo. E de repente, no meu espírito, eu vi a
torre Eiffel em Paris em pedaços a cair. Uma grande parte da Alemanha destruída.
A grande cidade de Londres - destruição em toda a parte. Eu vi as inundações em
toda a Escandinávia. Eu olhei para o sul e vi a Espanha e Portugal passando por
fome e grande destruição.
Muitos vão morrer de fome sobre toda a Espanha e Portugal. Eu me pertubei com
todas estas notícias, e eu disse, "Senhor, e nossas crianças?" O anjo disse, "Eu as
prepararei. Elas estarão procurando pela aparição do Senhor. Muitas vão chorar a
mim naqueles dias e eu as salvarei. Eu farei milagres poderosos para elas e
mostrarei a elas o Meu poder." Então no meio da grande destruição, haverá a graça
de Deus naqueles países. Eu estava feliz que Deus tivesse a sua proteção sobre suas
crianças.
Quarto Anjo
Agora nos vamos à África. Eu vi o quarto anjo com asas voar sobre a África, e eu
podia ver de Capetown no sul por todo o caminho até o Cairo - Eu vi todos os
países lá, mais de cinqüenta deles. O anjo da África tinha uma espada em sua mão -
uma espada tremenda e afiada.
De repente eu escutei ele falar: Sangue inocente foi derramado. Divisões entre as
pessoas gerações longe do Senhor - eles mataram uns aos outros, milhares de
pessoas. Eu tenho visto minhas crianças fiéis na África, e eu retribuirei a sua
fidelidade no continente da África.
Haverá tremor de terra como nunca desde a criação. Ninguém escapará da espada
do Senhor." Eu vi o rio Nilo secar. É deus do Egito. Peixes mortos e fedendo sobre
todo o Egito. Uma grande parte da África Meridional será coberta com água -
milhões morrendo. "Senhor," eu disse," Tudo isso são más notícias. Tudo
destruição. Alguma notícia boa?" O Senhor disse, "O dia final chegou. O dia do
juízo está aqui. O meu amor foi rejeitado agora, e o fim chegou." Eu estava abalado
e tremendo. Eu pensei que não poderia suportar.
Tipologia Bíblica 120
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Quinto Anjo
Então eu vi o último anjo voando sobre a América do Norte e do Sul - por todo
caminho do Polo Norte até a Argentina. Do leste dos EUA até a Califórnia. Eu vi na
sua mão uma vasilha. O anjo disse que ele iria lançar sobre os países os juízos que
estavam na vasilha. Então eu escutei o anjo dizer: Sem justiça, sem retidão, sem
Santidade, idolatria, materialismo, bebedices, servos do pecado.
Derramando sangue inocente - milhões de bebês sendo mortos antes que nasçam.
Famílias são quebradas. Uma geração adúltera, Sodoma e Gomorra estão aqui. Os
dias de Noé estão aqui. Falsos pregadores, falsos profetas. Recusa do meu amor.
Muitos deles têm a imitação da religião, mas negando o poder real.
Quando eu ouvi tudo aquilo, eu implorei ao anjo, "Você não pode esperar um
pouco mais? Não derrame os juízos. Dê uma chance para o arrependimento." O
anjo disse, "Muitas vezes Deus tem se refreado e falado, mas eles não ouviram. A
sua paciência chegou ao fim. Preste atenção, o fim chegou. Eles amaram o dinheiro
e prazer mais do que eles amaram a mim".
O mundo todo estava abalado. Então eu escutei o anjo dizer, "Isto vai acontecer em
pouco tempo." Eu disse: Você pode adiar? Não lance estas coisas sobre o globo. E
de repente eu vi os cinco anjos em volta do globo levantando as suas mãos e suas
asas em direção ao céu e dizendo: Toda glória ao Senhor dos céus e da terra. Agora
a hora chegou e ele glorificará ao seu filho. A terra será queimada e destruída.
Todas as coisas passarão. O novo Céu e a nova Terra virão. Deus destruirá as obras
do diabo para sempre. Eu mostrarei o meu poder - como eu irei proteger as minhas
crianças no meio de toda essa destruição. Esteja pronto para aquele dia, porque o
Senhor veio.
O meu quarto estava cheio de luz e brilho dos anjos. Então de repente eles
ascenderam ao céu. À medida que eu olhava eu vi os anjos irem em cinco direções.
Eu sei que eles já começaram as suas obrigações. Por mais de uma hora eu não
podia me mover. Eu estava acordado, tremendo de tempos em tempos.
Tipologia Bíblica 121
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Eu disse, "Senhor, devo deixar Patmos agora?" Ele disse, "Não, Eu trouxe você aqui
para um propósito." Eu disse, "A mensagem dos anjos sobre todo o mundo não são
boas novas. É juízo, punição, destruição, devastação. O que as pessoas iram dizer
de mim? Eu sempre fui um pregador do amor, paz e boas novas." O anjo disse, "É a
nossa mensagem. Você é o instrumento, o canal. Que privilégio que Deus tenha
escolhido você para dar essa mensagem às nações." Eu disse, "Senhor, isto será
feito." A Deus seja a Glória.
De origem Armênia, nasceu em Beirute. Como tantas famílias de seu país, a sua sofreu
tremendamente nos massacres praticados pelos turcos, em 1915. Na época seus pais eram crianças,
e ambos perderam os pais de forma bárbara, por se terem recusado a negar a Cristo. Tendo
conseguido escapar, foram mais tarde conduzidos ao orfanato de uma Missão.
Quando Samuel tinha 6 anos de idade, seus pais se transferiram para Jerusalém, onde
permaneceram até a guerra, em 1948, época em que novamente perderam tudo e se tornaram
refugiados. Aos 9 anos, estando junto ao local onde Jesus morrera, Samuel se tornou um cristão
comprometido, garantindo dedicar toda a sua vida a Cristo.
Nascido numa família muito pobre, chegando aos 14 anos não teve condições de continuar os
estudos e começou a trabalhar numa sapataria. Foi enquanto se dedicava a esse trabalho, aos 16
anos, na Nova Jerusalém, que o Senhor o chamou para o ministério. Decorrido um ano iniciou
seus estudos teológicos no Hurlet Nazarene College, próximo à Glasgow, na Escócia, onde se
graduou, tendo sido ordenado em 1951. Nesse mesmo ano retornou ao Oriente Médio, dando
início a seu ministério em Jerusalém, e mudando-se para Amã, Na Jordânia. Em 1952 casou-se
com Naomi Pashgian. O casal tem hoje cinco filhos e quatro netos.
Bibliografia
Anjos, Homem e Pecado - O Relacionamento das Criaturas Com o Criador, Raimundo F. de Oliveira, 2ª
Edição, 1989.
Batalha espiritual - Discernindo os agentes espirituais no dia-a-dia; Caio Fábio D' Araújo Filho, 1ª Edição,
1996.
Bíblia de Estudo Pentecostal - Almeida Revista e Corrigida; CPAD, Edição de 1995.
Manual Bíblico - H. H. Halley, tradução David A. de Mendonça, Edição Vida Nova, 4ªEdição - 1994,
Reimp. 1995.
Dicionário Bíblico – Davis, Bíblia (ARC), Bíblia em Cd-Rom
A.A – Autores Anônimos
Rev. Augustus Nicodemus Lopes Doutor em Novo Testamento, é professor de Exegese do Sem. Presbit. José
Manoel da Conceição, em São Paulo e Diretor do Centro Presbit. de Pós-Graduação Andrew Jumper, São
Paulo. E-Mail: anlopes@mackenzie.br
QUESTIONARIO
Questão 01. Qual a palavra, no Antigo Testamento, corresponde à “ANJO” e qual a sua
língua de origem?
( ) Angelus. Do Latim
( ) Mal’ãkh. Da língua hebraica
( ) Angelós,. Tem origem na língua grega
( ) Angelus. Da língua hebraica
Questão 02. Em geral, o que podemos entender do ministério dos anjos e a relação de
Deus com eles?
Questão 03. Dentro de uma primeira definição, podemos dizer que os anjos são:
Questão 05. Quanto à natureza dos anjos podemos afirmar que eles são:
Questão 07. De todas as atividades desenvolvidas pelos anjos, quais são consideradas as
mais sublimes?
Questão 08. Quando à classificação, quais as duas principais dos seres angelicais
( ) Anjos e arcanjos
( ) Bons e maus
( ) Anjos e demônios
( ) Serafins e querubins
Questão 09. Miguel é o único Arcanjo citado, na bíblia, por seu nome. Qual o significado
de seu nome?
Questão 10. Eles foram destinados para revelar o poder a glória e a majestade de Deus
( ) O arcanjo Miguel
( ) Os serafins
( ) O anjo Gabriel
( ) Os querubins
( ) Gabriel
( ) Miguel
( ) Querubim
( ) Serafim
( ) Sem santidade
( ) Adversário
( ) Príncipe das trevas
( ) Anjo caído
Questão 14. Sabendo que satanás era antes um anjo de luz, qual o termo hebraico que o
definia?
( ) Helel
( ) Heõsphoros
( ) Querubim Ungido
( ) Lúcifer
Questão 15. Com base no texto de Ezequiel 28.19b, em relação ao diabo, seria correto
afirmar que:
Questão 16. Em Mt 12.24 satanás é chamado de Belzebu. Esse nome o identifica como
sendo o quê?
( ) Enganador
( ) Príncipe dos demônios
( ) Caluniador
( ) Adversário
Pentecostalismo
Índice
Capitulo I: O Pentecostes
Capitulo II: A Origem e a Continuidade do Pentecostalismo
1. Movimento Pentecostal – Século I até o Século XX
2. Expansão do Movimento Pentecostal
3. Movimento Pentecostal no Brasil
4. História das Assembléias de Deus no Brasil
Capitulo III: A Doutrina Pentecostal
Capitulo IV: Principais Grupos Evangélicos no Brasil
1. Os Tradicionais
Igreja Luterana - 1517
Igreja Anglicana - 1534
Igreja Presbiteriana - 1549
Igreja Batista - 1609
Igreja Metodista - 1740
2. Os Pentecostais
Igreja Congregação Cristã no Brasil - 1910
Igreja Assembléia de Deus - 1911
Igreja do Evangelho Quadrangular - 1950
Igreja O Brasil para Cristo - 1955
Igreja Deus é Amor - 1962
3. Os Neopentecostais
Igreja Universal do Reino de Deus - 1977
Igreja Internacional da Graça de Deus - 1980
Igreja Sara Nossa Terra - 1980
Igreja Renascer em Cristo - 1986
Capitulo V: Rejeição ao Pentecostalismo
Capitulo VI: Antropomorfismo em Alta
1. Culto Antropocêntrico
2. Culto Teocêntrico
3. Mantras e Extravagâncias
Capitulo VI: Os Bastidores da Pregação dos Lideres das Igrejas Modernas
1. A Bíblia usada como pretexto
2. Ministrando numa época em que os ouvidos comicham
3. Mensagem Corrompida
4. Um Evangelho mundano e antibíblico
Capitulo VII: Culto que não agrada a Deus
Capitulo VIII: Culto que Agrada a Deus
Capitulo IX: Heresias Neopentecostal
Capitulo X: Três episódios e muitas Inquietações
Capitulo XI: Práticas Judaizantes em Igrejas Evangélicas
Capitulo XII: Comercialização Gospel
Capitulo XIII: Perguntas e Respostas Objetivas
Capitulo XIV: Reflexão
Tipologia Bíblica 129
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Introdução
Numa linguagem simples você vai percorrer os corredores da História do Movimento Pentecostal
e descobrir que o Pentecostes nunca deixou de existir, também vai conhecer os movimentos que
culminaram no pentecostalismo moderno no mundo e sua chegada ao Brasil.
Evidentemente o topo culminante que assinala, o ponto de partida do Cristianismo é o Monte das
Oliveiras. Foi ali que Jesus Cristo o Nazareno, cerca do ano 30 da nossa era, ministrou seus
últimos ensinamentos a cerca de 500 discípulos, antes de ascender aos céus, dos quais 120
permaneceram até o dia dos pentecostes.
No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu sobre aqueles 120 irmãos reunidos, estando ali
também os 12 apóstolos, os quais sendo cheio do Espírito Santo, proclamaram oficialmente as boas
novas do Cristianismo e deram impulso a este movimento começado por Cristo.
O cristianismo iniciou sua historia com um movimento de caráter mundial através do grande
derramamento do Espírito Santo na primavera do ano 30 d.C. e esse avivamento serviu para
iluminar a mente dos discípulos dando-lhes um novo conceito do reino de Deus, fazendo com que
ele compreendesse que aquele reino não era um império político, mas sim um reino espiritual
para conquistar o mundo por amor de Cristo.
Cheios do Espírito Santo, tanto os apóstolos, como os demais cristãos resistiram as perseguições
implacáveis promovidas pelos religiosos e por Roma. É bastante estranho observar essas
perseguições ao Cristianismo dirigidas pelos imperadores Romanos, pelo fato dos Romanos
possuírem uma vasta cultura na área jurídica da lei e do direito, perseguirem pessoas tão cidadãs e
fieis as autoridades como eram os cristãos; mas por outro lado havia algumas coisas que
despertavam, ciúmes, invejas e iras aos romanos e principais autoridades da época.
Umas dessas coisas eram que o Cristianismo considerava todos os homens iguais: um escravo
poderia se eleito bispo da igreja, coisas que os da nobreza não aceitavam, outra coisa era que os
cristãos não aceitavam fazer parte ao culto ao imperador, e outra questão principal, era que os
cristãos pregavam a vinda de um outro rei "Jesus", e sim a Ele adoravam, enquanto que os
romanos veneravam a Cezar; e uma das principais causas também era a ambição pretensiosa de
alguns dos funcionários públicos de se apropriar das propriedades de alguns cristãos ricos, que
morriam durante as perseguições. As perseguições mais fortes foram a que Nero liderou (66 a 68
d.C.), e Dominicano (90 a 95 d.C.). Porém, nem a mais implacável das perseguições conseguiu
apagar a chama pentecostal que ardia nos corações.
Capitulo I
O Pentecostes
No antigo calendário Deus decretou três festas anuais, as quais deveriam ter santa
convocação, ou seja, onde todos os varões deveriam apresentar-se no Tabernáculo,
ou posteriormente no Templo. Dt 16.16. A Festa dos Pães Asmos, relacionada com
a Páscoa (Dt 16.1-8); a Festa das Semanas, Festa das Primícias ou Festa do
Pentecostes, relacionada com as primícias da colheita de grãos, especialmente a do
trigo e cevada (Dt 16.9-12; Ex 23.16; 34.22); e a Festa dos Tabernáculos ou Festa da
Colheita, relacionada com o fim da colheita. Dt 16.13-16.
Pentecostes uma festa Judaica: Em primeiro lugar, a palavra festa (hag, no hebraico)
significa fazer um círculo. Isso revela o sentido primitivo de festa, isto é, uma
reunião comunitária. Êxodo 5.1. Nela, o povo celebrante reunia, especialmente,
para estudar os textos sagrados que, mais tarde, viriam a ser a Bíblia. Em segundo
lugar, o nome Pentecostes vem da língua Grega e significa cinqüenta dias depois, a
saber, da festa da Páscoa. Originalmente, esta festa possuía três nomes hebraicos:
festa das Semanas, festa das Colheitas ou Dia das Primícias. Estes três nomes
revelam um pouco do conteúdo da festa: era agrícola e situada no período das
colheitas. A troca de nome para Pentecostes deu-se a partir do período grego (333-
63 anos antes de Cristo), quando a Grécia dominou culturalmente o mundo. O mais
primitivo motivo desta festa foi gratidão a Deus pelo dom da terra. Posteriormente,
o povo israelita incorporou o motivo de gratidão pela doação da Torá.
Jerusalém como local da Festa: Tudo leva a crer que, originalmente, a Festa do
pentecostes era realizada na roça, particularmente, no campo de trigo. No projeto
de reforma, empreendido pelo rei Josias, no século VII a.C., todas as festas foram
levadas para o Templo em Jerusalém. Por que Jerusalém?
1. Jerusalém é a sede do governo, a capital política e espiritual.
2. Jerusalém é uma cidade que possui uma carga fortíssima de tradição. Sl 48.
3. Jerusalém encarna-se todas as contradições e conflitos.
4. Jerusalém é o centro de todas as tensões da vida judaica:
4.1. Em Jerusalém, sente-se amor dentro da condição de ódio.
4.2. Em Jerusalém, nasce a esperança em meio ao desespero.
4.3. Em Jerusalém, o povo acredita que se dará a plenitude da vida.
1. Fatores que Contribuíram para o dia de Pentecostes
▪ Obediência: At 1.4; 5.32; I Sm 10.1-10; Dt 16.16; Ex 23.17
▪ Oração com fé e unidade: At 1.14; Mt 5.24; Ef 4.3,6,13
▪ Perseverança: At 1.14; 4.13; Is 40.31; 62.6,7; Os 10.12
2. O dia de Pentecostes
Capitulo II
Perspectiva Histórica
Outro fator é que os casos de glossolalia (como o fenômeno das línguas estranhas é
descrito tecnicamente) foram realmente muito raros depois do terceiro século até ao
período da Reforma Protestante, já que o advento da Igreja Católica Romana, com
os seus dogmas heréticos que afetaram até o conceito de salvação, acabou jogando
a cristandade em uma profunda era de trevas espirituais. Some-se a isso a má
vontade dos historiadores e temos esta escassez de registros. A glossolalia só
voltou a ganhar registros significativos quando retomou com força total nos séculos
XIX e XX.
Um outro registro vem-nos pela pena do anticristão Celso, citado pelos Pais da
Igreja: Celso, um filósofo pagão que odiava os cristãos, menciona em um dos seus
discursos do segundo século (176 DC) que os seguidores de Cristo falavam línguas
estranhas. O discurso de Celso é citado literalmente nas obras Contra Heresias e
Comentário de João, de Orígenes (254 DC). Orígenes cita-o para comprovar que no
segundo século os cristãos falavam em línguas estranhas. Ou seja, já na época de
Orígenes, línguas estranhas não eram tão comuns. Em seu discurso, Celso afirma
que os cristãos são estranhos e fanáticos, e que em suas reuniões falam palavras
ininteligíveis para as quais uma pessoa racional não consegue encontrar
significado. Ele diz que são línguas muito obscuras.
Além de Tertuliano e Orígenes, apenas mais dois Pais da Igreja citam o falar em
línguas estranhas: Irineu e Agostinho. Irineu era discípulo de Policarpo, que por
sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ele foi bispo em Lyon, na França. A Igreja
de Irineu era uma das poucas comunidades cristãs da época em que os dons
espirituais ainda estavam em plena atividade. Em seus escritos do início do terceiro
século, Irineu afirma: Temos em nossas Igrejas irmãos que possuem dons proféticos
e, pelo Espírito Santo, falam toda a classe de idiomas.
Em meio ao avivamento do século XIX nos Estados Unidos que começou em 1857 e
se estendeu até perto do final do século, e que teve como protagonistas
principalmente Charles Finney e Moody, as ocorrências de glossolalia
aumentaram. Eventualmente, pessoas falavam em línguas nas campanhas de
Moody e Finney. Finney cria também em uma segunda bênção, mas, como Moody,
não a vinculava às línguas. Nesse período, surgiu também o Movimento de
Santidade ou Holiness, como é conhecido em inglês, de onde surgiria o Movimento
Pentecostal no início do século XX.
Em 1880, na Suíça, uma crente chamada Mary Gerber declara que em momentos
especiais de alegria, que descreve como entregar o meu duro coração ao Espírito
Santo, entoa cânticos espirituais em um idioma que lhe é desconhecido. Anos
depois, em visita aos Estados Unidos, Mary estava orando por uma amiga enferma
quando começou a cantar e a profetizar fluentemente em inglês, para espanto dele
e da sua amiga.
Em 1891, John Lake casou com Jennie Stevens e dias depois descobriu que a sua
esposa estava com tuberculose e uma incurável doença de coração. Durante anos
ele orou por ela, até que, depois de ler Atos 10.38, orou pela cura da sua esposa
com fé na Palavra de Deus e viu o milagre acontecer. Era 28 de Abril de 1898. A
partir dessa data, Lake não seria mais o mesmo. Em 1907, sabendo do Avivamento
da Rua Azusa, Lake jejuou pedindo a Deus o batismo no Espírito com a evidência
da glossolalia. Ao final do jejum, recebeu a benção e iniciou o seu ministério
evangelístico com manifestação da cura divina. Dirigido pelo Espírito, foi para a
África do Sul. Antes de morrer, voltou aos Estados Unidos, onde continuou
pregando até partir para a Eternidade em 1935. Quando isso ocorreu, as igrejas sul-
africanas Missão de Fé Apostólica e Cristã Sião, ambas fundadas por ele naquele
país, já contavam, juntas, com mais de 100 mil membros e 600 congregações na
África do Sul.
Quando o Avivamento de Azusa começou, Etter se juntou a ele. Foi só com Charles
Fox Parham que a doutrina do Batismo do Espírito Santo passou a ser entendida
como é hoje. Foi ele quem resgatou a compreensão, bastante clara nos tempos
apostólicos, de que as línguas estranhas eram evidências externa do batismo no
Espírito.
O que atraiu esses alunos foi o fato de a proposta de Parham consistir em promover
um ano de estudos onde ele e os demais alunos estudariam sobre como descobrir o
poder que capacitará a Igreja a enfrentar o desafio do novo século. Seria um ano de
treinamento com estudo da Palavra, oração e evangelismo. Cada aluno teria um
período de três horas do dia dedicadas exclusivamente à oração. Conta-se que
alguns passavam a noite orando. Era também uma escola da fé, como se chamava,
já que nenhuma taxa seria cobrada para moradia e alimentação. O objetivo da
escola era, em síntese, preparar-se para a obra do Senhor e clamar a Deus por um
novo avivamento para as igrejas.
Três dias depois, Parham retorna e seus alunos apresentam a seguinte resposta: a
prova irrefutável em cada ocasião era que eles falavam em línguas, e mesmo nas
passagens bíblicas onde as línguas não são citadas na experiência do batismo no
Espírito, elas estão claramente implícitas. Parham concordou com a resposta e
passou a sistematizar a doutrina.
Tipologia Bíblica 138
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Porém, em 1 de Janeiro de 1901, a Escola Bíblica Betel saiu da teoria para a prática.
Em um período de oração, a aluna Agnes Ozman, de 18 anos, pediu para que
Parham e os demais alunos impusessem as mãos sobre ela pedindo o batismo no
Espírito Santo. Eram 11h daquele dia quando Ozman se tornou a primeira pessoa,
depois do período apostólico, a receber o batismo no Espírito consciente de que as
línguas eram a sua evidência externa. O poder sobre ela foi tamanho que passou
três dias sem conseguir falar em inglês. Ozman transbordava no Espírito toda a
hora, louvando a Deus em línguas em todos os momentos. Nos demais dias, todos
os outros receberam o batismo, inclusive o próprio Parham, que foi um dos
últimos.
Tudo começou quando Neely Terry, uma moradora de Los Angeles que
freqüentava uma pequena Igreja da Santidade, fez uma viagem a Houston, Texas,
em 1905. Ela freqüentou a igreja que William Seymour estava pastoreando. Embora
Seymour não tivesse recebido ainda o batismo no Espírito Santo com a evidência
do falar em outras línguas, estava convencido que era bíblico e pregava esta
mensagem com grande fervor.
Assim, em 9 de Abril de 1906, o derramamento teve início quando Edward Lee foi
batizado no Espírito Santo e começou a falar em línguas após Seymour ter orado
com ele. Os dois então se dirigiram à casa dos Asbery. Lá cantaram um hino,
oraram e testemunharam, seguindo-se uma pregação de Seymour usando Atos 2.4
como texto-chave. Após a mensagem de Lee levantou suas mãos e começou a falar
em línguas. O Espírito de Deus moveu-se sobre aqueles crentes reunidos e seis
outras pessoas começaram a falar em línguas naquela mesma noite. Jennie Moore,
que mais tarde se casaria com William Seymour, estava entre elas. Foi a primeira
mulher em Los Angeles a receber o batismo no Espírito Santo. Ela começou a
cantar em línguas e a tocar piano sob o poder de Deus, sem nunca antes ter
aprendido a tocar esse instrumento.
Em poucos meses, a Azusa Street Mission, que passou a se chamar Apostolic Faith
Mission (Missão da Fé Apostólica - o mesmo nome que Gunnar Vingren e Daniel
Berg deram à igreja fundada por eles no Brasil, e que só passou a ser chamada
Assembléia de Deus oficialmente em 1918), tornou-se a maior igreja da cidade, com
cerca de 1,3 mil pessoas freqüentando os cultos diariamente, e o fervor do
avivamento continuou por três anos.
Os cultos eram realizados de Domingo a Domingo, três vezes por dia: pela manhã,
à tarde e à noite, com o prédio sempre lotado. A mensagem era o amor de Deus, e a
unidade e a igualdade eram prioridades. O historiador Frank Bartleman observou
sobre Azusa: A linha cor foi removida pelo sangue de Jesus. Também às mulheres
eram dadas posições de liderança na Missão. O jornal The Apostolic Faith,
publicado pela Missão, alcançou distribuição mundial, com tiragem de mais de 50
mil exemplares por edição.
Barratt influenciou o pastor batista sueco Lewi Pethrus, que foi o pioneiro do
Movimento Pentecostal naquele país.
Na Holanda após lerem exemplares do jornal Apostolic Faith (da Missão de Azusa)
falando sobre o Avivamento em Azusa e notícias nos jornais seculares de 1906
sobre o assunto, alguns cristãos holandeses resolveram clamar pela mesma benção.
Assim, em 1907, Deus batizou a esposa do pastor G. R. Polman. No ano seguinte,
foi a vez do próprio Polman. Em 1912 foi inaugurado o primeiro templo
pentecostal em Amsterdã. Depois foi a vez de Roterdão, Hilversum, Utrecht, Ilha
Terscchelling e Haarlem.
Todavia, como resultado daquelas orações, alguns membros daquela Igreja Batista
creram nas verdades do Evangelho completo que os missionários anunciavam. Os
primeiros a declararem publicamente sua crença nas promessas divinas foram as
irmãs Celina Albuquerque e Maria Nazaré. Elas não somente creram, mas
resolveram permanecer em oração até que Deus as batizasse com Espírito Santo
conforme o que está registrado em Atos 2.39.
Numa quinta-feira, uma hora da manhã de dois de junho de 1911, na Rua Siqueira
Mendes, 67, na cidade de Belém, Celina de Albuquerque, enquanto orava, foi
batizada com o Espírito Santo. Após o batismo daquela irmã começaria a luta
acirrada. Na Igreja Batista alguns creram, porém outros não se predispuseram
sequer a compreender a doutrina do Espírito Santo. Portanto, dois partidos
estavam criados.
Assim surgiu a necessidade de que o trabalho fosse organizado como igreja, o que
se deu a 18 de junho de 1911, quando por deliberação unânime, foi fundada a
Assembléia de Deus no Brasil, tendo em Daniel Berg e Gunnar Vingren os
primeiros orientadores.
O termo Assembléia de Deus dado a denominação não tem uma origem definida,
entretanto sugere-se estar ligado as Igrejas que na América do Norte professam a
mesma doutrina e recebem a designação de Assembléia de Deus ou Igreja
Pentecostal. Sobre a questão, é aceitável o seguinte testemunho do irmão Manoel
Rodrigues: Estou perfeitamente lembrado da primeira vez que se tocou neste
assunto. Tínhamos saído de um culto na Vila Coroa. Estávamos na parada do
bonde Bemal do Couto, canto com a Santa Casa de Misericórdia. O irmão Vingren
perguntou-nos que nome deveria dar-se a Igreja, explicando que na América do
Norte usavam o termo Assembléia de Deus ou Igreja Pentecostal. Todos os
presentes concordaram em que deveria ser Assembléia de Deus.
As Perseguições
Orando muito, eles prosseguiam com as reuniões. Porém, aos poucos, a vizinhança
começou a tomar conhecimento dos cultos. Certo dia, quando estavam orando e
cantando, uma senhora bateu à porta e convidaram-na para entrar. Perguntou-lhes
se eram crentes, e eles responderam afirmativamente. Esta mulher contou-lhes que
havia se convertido na Assembléia de Deus de Maceió, vindo depois para São
Paulo. Em sua casa, vinha por muito tempo, com lágrimas, pedindo ao Senhor
Jesus para que enviasse um servo seu para desenvolver a sua obra na cidade de São
Paulo. O casal Berg compreendeu imediatamente que fora pelas orações desta irmã
que o Senhor lhes enviara à capital paulista. Na família da mesma, haviam pessoas
que estavam sedentas de salvação, que aceitaram o Evangelho com muita alegria.
Muitos vizinhos começaram também a participar das reuniões, recebendo de bom
grado a Palavra do Senhor e a Cristo como seu Salvador.
Alguns dias depois, um grupo de crentes que haviam saído de outra denominação
(discordância doutrinária), passaram para a nova igreja. Entre eles estavam:
Ernesto Ianone e a sua esposa Josefina; Vitaliano Piro e esposa; José Piro e esposa
Elvira; Filomena Salzano e seus filhos Miguel e Luiz Salzano. Ainda faziam parte
deste grupo, familiares da irmã Regina Antunes, de saudosa memória, que em
fevereiro de 1989 passou para a eternidade: sua mãe Angelina Augusta Barretta e
seu irmão Pedro Barretta Hallepian. Nascia assim a Igreja Evangélica Assembléia
de Deus, do Ministério do Belém, que hoje já reúne cerca de 2.000.000 de membros,
e que teve como seus pastores: Daniel Berg, Samuel Nystron, Samuel Hedlund, Simon
Lundgren, Francisco Gonzaga da Silva, Bruno Skolimovski, Cícero Canuto de Lima, e o
atual pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Esta realidade histórica já havia sido revelada pelo Senhor Jesus, quando ditou as
Suas cartas para as igrejas da Ásia, ao apóstolo João, que se encontrava preso na
ilha de Patmos por causa da Palavra do Senhor. Apoc 1.9,19,20. Com efeito, quando
nos deparamos com as cartas às igrejas da Ásia, vemos que elas dizem respeito às
“coisas que são”, que correspondem à segunda parte do livro do Apocalipse
(capítulos 2 e 3), ou seja, ao período da dispensação da graça, ao tempo da Igreja
sobre a face da Terra.
Estas igrejas estavam estabelecidas em sete cidades diferentes, mas, eram cidades
vizinhas, numa área de aproximadamente 250 km entre as mais distantes (Pérgamo
e Laodicéia). A região incluída seria apenas um canto de um estado brasileiro.
Eram sete igrejas, uma próxima à outra, mas cada uma com a sua própria
personalidade e suas características diferentes. Nestas cartas encontramos igrejas
menos de 50 km distantes com contrastes enormes em atitudes e ações. Os efésios
se mostraram fortes em doutrina e fracos em amor. Os irmãos de Esmirna foram
materialmente pobres e espiritualmente ricos. A igreja de Pérgamo resistiu às
perseguições, mas tolerava a falsa doutrina de Balaão. A de Tiatira era uma igreja
muito ativa, mas que não tirou a má influência de uma mulher imoral e idólatra.
Entre a igreja quase morta em Sardes e a congregação morna em Laodicéia,
encontravam-se os irmãos perseverantes e fiéis em Filadélfia.
1. As Coisas que tens Visto. É a primeira das três divisões deste livro. É, sem dúvida,
a menor das três partes deste compêndio divino: um capítulo apenas! Também pela
duração dos acontecimentos a que se refere.
2. E as que São. Esta se refere à segunda parte do livro. De exposição, pouco mais
extensa em conteúdo (capítulos 2 e 3). No que diz respeito ao tempo, é o mais longo
período: abrange ensinos para a vida inteira da Igreja desde os primitivos tempos, e
como lição tem servido durante toda a dispensação da Graça, até o momento do
arrebatamento.
3. E as que depois destas (das duas primeiras) hão de acontecer. A terceira parte é
essencialmente futurística, vai do capítulo 4 a 22. “Porém os fatos decorrerão com
rapidez e as profecias que terão lugar neste tempo, sofrerão uma reação em cadeia
e se cumprirão sucessivamente…”.
Em todos os períodos identificados pelo Senhor (pois cada igreja, nesta perspectiva
histórico-profética, fala-nos de um período da história da Igreja ), temos sempre a
presença de um remanescente fiel ao Senhor, bem como a ação contínua do Espírito
Santo a avivar estes servos fiéis. Assim:
A Igreja de Éfeso (correspondente ao período apostólico, até por volta do ano 100) – uma igreja
que nasce avivada, mas vai perdendo o “primeiro amor”.
A Igreja de Esmirna (correspondente ao período pós-apostólico, mas de perseguições por parte de
Roma, por volta do ano 100 até por volta de 315) – uma igreja que, apesar da presença dos
integrantes da “sinagoga de Satanás”, tem riqueza espiritual e é fiel até a morte.
A Igreja de Pérgamo (correspondente ao período da liberdade de culto por parte de Roma e início
da paganização, por volta de 315 até por volta de 600, com a instituição do Papado ) – uma igreja
que se mantém fiel apesar de habitar onde está o trono de Satanás, ainda que já
sofrendo a infiltração da doutrina de Balaão, da idolatria e dos nicolaítas.
A Igreja de Tiatira (correspondente ao período que vai por volta de 600 até a Reforma Protestante)
– uma igreja se mantém fiel, apesar da tolerância que há com “Jezabel”, com a
idolatria e com as profundezas de Satanás.
A igreja de Sardes (correspondente ao período que vai da Reforma Protestante até o século XIX)
uma igreja fiel em meio a uma igreja que está espiritualmente morta, alheia à volta
de Cristo.
A Igreja de Filadélfia (correspondente ao período que vai do século XIX até o arrebatamento da
Igreja) – a igreja fiel é despertada, evangeliza todo o mundo e é poupada da Grande
Tribulação.
A Igreja de Laodicéia (correspondente ao período que vai do século XIX até o arrebatamento da
Igreja) – a igreja apóstata ou paralela, concomitante a igreja de Filadélfia, mas que,
em vez de se despertar, prefere confiar na sua auto-suficiência e na sua história,
cujo final será trágico: ser vomitada pelo Senhor, perdendo a chance de ser
poupada da Grande Tribulação.
Portanto, não houve período da história da Igreja em que não tenha existido um
remanescente fiel, remanescente este que, por ter o Espírito Santo nele, vez por
outra, como as “chuvas escassas e rápidas” do verão da Palestina, manifestaram-se
em avivamentos que passaram a ser cada vez mais intensos a partir do século
XVIII, culminando no avivamento do início do século XX, que indica o início da
“chuva serôdia”, do derramamento intenso do Espírito Santo antes da volta do
Senhor. Tem fundamento a doutrina pentecostal quando ensina que as Escrituras nos
mostram que o avivamento da Igreja é contínuo, jamais foi interrompido desde o dia de
Pentecostes do ano 30, embora esteja determinado que se intensifique, como está
intensificado nos últimos cem anos, na proximidade da volta .
Capitulo III
A Doutrina Pentecostal
A doutrina pentecostal não é uma inovação, nem uma novidade, mas é algo que está
presente na Igreja desde o seu primeiro dia de manifestação ao mundo, ou seja, o dia
de Pentecostes, pois é algo que está na Palavra de Deus e, sabemos todos, que esta
Palavra não muda, nem jamais mudará. Sl 33.11; Mt 24.35; Lc 21.33; I Pe 1.23,25.
Capitulo IV
Igrejas Pentecostais
Uma característica marcante dessas primeiras reuniões foi o seu caráter multi-
racial, com a participação de negros, brancos, hispanos, asiáticos e imigrantes
europeus. A liderança era dividida entre negros e brancos, homens e mulheres. Um
artigo do jornal A Fé Apostólica, fundado por Seymour, dizia no número de
novembro de 1906: “Nenhum instrumento que Deus possa usar é rejeitado por
motivo de cor, vestuário ou falta de cultura”. Outro artigo informava que em um
culto de comunhão que durou toda a noite havia pessoas de mais de vinte
nacionalidades. Uma frase comum na época dizia que “a linha divisória da cor
havia sido lavada pelo sangue”. Diante da longa e terrível história de racismo e
segregação nos Estados Unidos, esse fato só podia deixar maravilhado os
participantes e observadores do avivamento, que viam nisso mais uma prova de
que o movimento vinha de Deus.
O Brasil foi alcançado ainda nos primeiros anos do movimento pentecostal norte-
americano, trouxe para o país duas igrejas: a Congregação Cristã no Brasil (1910) e
as Assembléias de Deus (1911). Essas igrejas dominaram amplamente o campo
pentecostal durante quarenta anos. A Assembléia de Deus foi a que mais se
expandiu, tanto numérica quanto geograficamente. A Congregação Cristã, após um
período em que ficou limitada à comunidade italiana, sentiu a necessidade de
assegurar sua sobrevivência por meio do trabalho entre os brasileiros. É
interessante o fato de que, quando chegaram os primeiros pentecostais, todas as
denominações históricas já haviam se implantado no país: anglicanos, luteranos,
congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas e episcopais. Todavia, o seu
crescimento havia sido modesto.
Na década de 50 e início dos anos 60, surgiram, entre muitos outros, três grandes
grupos também ligados ao pentecostalismo clássico: Igreja do Evangelho
Quadrangular (1951), Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo (1955) e
Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962), todas voltadas de modo especial para a cura
divina.
Igrejas Neopentecostais
Um outro momento que merece registro aconteceu na segunda metade dos anos 70
com o surgimento das igrejas denominadas “neopentecostais”, fundadas por
brasileiros como a Igreja Universal do Reino de Deus (Rio de Janeiro, 1977); a Igreja
Internacional da Graça de Deus (Rio de Janeiro, 1978); a Renascer em Cristo (São
Paulo, 1986) e a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (Brasília, 1992) estão
entre as principais. Utilizam intensamente a mídia eletrônica e aplicam técnicas de
administração empresarial, com uso de marketing, planejamento estatístico, análise
de resultados etc. Também são mais liberais em questões de costumes.
Além das grandes denominações pentecostais, existem hoje milhares de
"ministérios independentes" ou novas denominações surgindo anualmente no
Brasil e no mundo.
Paralelamente ao Pentecostalismo, várias denominações protestantes tradicionais
experimentaram movimentos internos, com manifestações pentecostais. Assim
foram denominados "Renovados", como a Igreja Presbiteriana Renovada (originária
da IPB), Convenção Batista Nacional (originária da CBB), Igreja do Avivamento
Bíblico (originária da IMB) e a Igreja Cristã Maranata (originária também da IPB).
Vale lembrar que o Neopentecostalismo apesar do seu crescimento impressionante,
tem gerado muitos "nômades da fé" devido sua a decepção. Ao decepcionar-se
numa igreja, o crente vai em busca de outra. Nas grandes cidades, há um
contingente significativo de evangélicos que circulam, constantemente, de igreja
em igreja, constituindo o fenômeno que os sociólogos chamam de "trânsito
religioso". Eles buscam respostas imediatas aos problemas, "uma vez que vivemos
na era da velocidade. Se as respostas não chegam rápido, o sujeito procura uma
nova igreja".
E o que essas pessoas que são atraídas às igrejas neopentecostais buscam? Que
fiquem ricas, sejam curadas de todo tipo de doença e que todos os seus problemas
sejam resolvidos, desde a falta de dinheiro até a falta de emprego. Essas são
promessas da teologia da prosperidade, que propõe banir a pobreza, a doença.
O problema não está na prosperidade, mas na teologia. Para a teologia da
prosperidade, o crente "deve morar em mansão, ter carrões, muito dinheiro e nunca
ficar doente. Quando isso não acontece, é porque ele está sem fé, em pecado ou
debaixo do poder de Satanás".
Um outro fator preocupante é que hoje em dia, as pessoas na igreja funcionam na
base da emoção, e não pela reflexão. A teologia da prosperidade e todo esse clima
de emoção têm forte apoio na mídia, um instrumento que as igrejas
neopentecostais sabem trabalhar muito bem. Na avaliação do Pastor Paulo Romero
o fator principal que garante a sobrevivência do movimento neopentecostal é o seu
investimento pesado na mídia e o seu sucesso em colocar a igreja no mercado e as
políticas do mercado na igreja. Isso ainda vai durar algum tempo, representando
crescimento dos principais grupos neopentecostais no Brasil. Mas não têm mais o
mesmo ímpeto que tinha no passado "na medida em que os adeptos vão se
decepcionando com a mensagem e a falta de ética de alguns segmentos
neopentecostais, haverá uma volta à Bíblia”.
Tipologia Bíblica 155
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo V
Rejeição ao Pentecostalismo
O credo doutrinário das Assembléias de Deus (por exemplo), não foge em nada das
declarações de fé que foram estruturadas na história da igreja. Os críticos do
Pentecostalismo, normalmente cessassionistas, desconhecem a estrutura teológica
do Pentecostalismo Clássico. Em suas análises cometem erros injustos com os
pentecostais. Os erros mais comuns são:
É claro que sempre existirá pessoas que pregam doutrinas erradas no meio
pentecostal, mas esse fato acontece até mesmo no meio reformado ou hístórico. Ou
já se esqueceram que no começo do século XX, as heresias do liberalismo teológico
invadiram muito dessas igrejas? Deve-se analisar a doutrina do Pentecostalismo, e
não o ensino de muitos que se autodenominam pentecostais. Como lembra o pastor
Claudionor de Andrade: "Infelizmente, somos confundidos, às vezes, com grupos
se autodenominam pentecostais... Logo, não temos de ser equivocados como tais,
assim como os outros evangélicos não devem ser identificados com as seitas que
surgiram em seu meio e, hoje, são repugnados por todos os que seguem a sã
doutrina."
Capitulo VI
Antropomorfismo em Alta
Um crente que não fora ao culto de domingo, em uma certa igreja, perguntou a um
amigo, na segunda-feira:
- Como foi o culto ontem? Foi bom?
- Não sei. Pergunte a Jesus - respondeu o amigo.
- Como assim? - retrucou o primeiro, estranhando a inesperada e aparentemente
ríspida resposta.
- Não me leve a mal. Você vai ao templo cultuar a Deus ou receber bênçãos?
perguntou o irmão que estivera no culto de domingo. É claro que o Senhor nos
abençoa, quando estamos na presença dEle. Porém, o culto é uma reunião para os
crentes receberem bênçãos, ou, antes de tudo, um momento para adorarmos a Deus
na beleza de sua santidade?
Culto Antropocêntrico
Dentro desta cosmovisão, os céus estão a serviço da terra. Deus está a serviço do
homem. Não é mais a vontade de Deus que deve ser feita na terra, mas a vontade
do homem no céu. Tudo tem de girar ao redor das escolhas, gostos e preferências
do homem. O bem-estar do homem e não a glória de Deus tornou-se o foco central
da vida. Assim, o culto também se tornou antropocêntrico. Ele precisa ser moldado
para atingir um determinado tipo de ouvinte cujo perfil deve se encaixar dentro de
um público alvo escolhido pela igreja. Isso diz respeito basicamente ao tipo de
música que será usado nos cultos. Os cânticos são escolhidos para satisfazer o
próprio deleite.
Alegria e entusiasmo sem verdade e sem santidade não nos livram dos desastres.
Rituais pomposos sem vida de obediência não agradam a Deus. Deus está mais
interessado em quem nós somos do que no que fazemos. Deus não aceita nosso culto nem
nossas ofertas quando ele rejeita a nossa vida. Antes de Deus aceitar o nosso culto, ele
precisa agradar-se da nossa vida. É tempo de examinarmo-nos a nós mesmos e
voltarmo-nos para o Senhor de todo o nosso coração.
Portanto, infelizmente o culto divino, em muitas igrejas, vem sendo substituído por
espetáculos e shows. Em vez da simplicidade do cenáculo, a grandiosidade dos
banquetes de Assuero. A pirotecnia ofusca a glória daquele que se acha entronizado
entre os querubins. E o Cordeiro de Deus tem como sucedâneo o bezerro de ouro.
Púlpitos são transformados em palcos; obreiros fazem-se animadores de auditório; os
santos tornam-se meros espectadores e consumistas. Se algum pecador anseia por
Deus, oferecem-lhe um evangelho falso, destituído das boas novas do Calvário e sem
poder para salvar. Ao invés da mensagem do arrependimento, o que nos querem
empurrar é um marketing comprometido com os costumes do Egito e com a cultura de
Canaã.
Culto Teocêntrico
O culto cristão tem sido ameaçado por dois inimigos perigosos. : O formalismo que
sacramenta o modo de adorar a Deus, anulando um contato vital com Deus (Ex.: A
igreja de Éfeso perdeu o primeiro amor, caiu no formalismo; forma externa,
fachada) e uma espontaneidade excessiva que encoraja a liberdade desprezando
qualquer forma criando confusão e desordem (Ex.: A igreja de Corinto que amando
a liberdade perdeu a santificação).
1. Culto Teocêntrico: O culto não é para agradar ao homem, mas para agradar a
Deus. A adoração não tem de ser, e nem deve ser, desagradável aos adoradores.
Contudo, essa adoração não pode ter como meta agradar ao homem usando como
molde os seus gostos. O culto original era teocêntrico e não antropocêntrico.
Mantras e Extravagâncias
Estou preocupado com duas tendências negativas, muito fortes no meio musical
das igrejas brasileiras. A primeira diz respeito a nova onda da adoração
extravagante. Os cantores e editores resolveram utilizar uma palavra negativa em
seus cds e livros, pois ouve-se, agora, sobre adoração extravagante! Consulte
qualquer dicionário e verá que a palavra extravagante não tem o mesmo sentido
que lhe querem dar. O sentido dela é mais negativo que positivo! O Dicionário
Português Michaelis, por exemplo, dá a seguinte definição para extravagante: 1. Que
extravaga. 2. Estulto, imbecil, insano, insensato. 3. Estróina, gastador. 4. Esquipático,
esquisito, singular. 5 Que anda fora do seu lugar. s m f Pessoa que tem vida irregular e
dissipadora.
Eles querem dizer adoração extravasante, que se derrama, que se extravasa, como
um rio que sobe pela ribanceira, ou a água que transborda do copo, etc. Eis o
problema dos tradutores: dar o mesmo sentido do inglês a uma palavra em
português! Não há dúvidas de que se vê muita extravagância nos cultos e reuniões
da igreja, como se, para adorar a Deus tivéssemos que assumir outra
personalidade. Para esses cabe bem o título de extravagantes, mas não para o
verdadeiro adorador que adora a Deus em espírito e em verdade!
Minha segunda preocupação diz respeito aos "mantras" na maioria dos cultos de
adoração. Deixe-me explicar uma coisa: Quando o adorador penetra no mundo
espiritual transita entre o falso e o verdadeiro, entre o divino e o satânico, porque
penetra no campo da mística ou das revelações. Três dos dons espirituais são de
revelação: palavra de conhecimento, sabedoria e discernimento de espíritos,
porque o que se vê e se recebe nessa área transcendem a razão; estão além do
conhecimento humano, daí a necessidade do discernimento de espíritos que
permite julgar a fonte do conhecimento e da sabedoria! E na adoração, a música
penetra nesse campo transcendental.
Paulo aborda essa questão quanto ao orar em línguas, porque é algo tão
sobrenatural que o espírito ora, mas a mente fica infrutífera! Daí que a experiência
cristã é, ao mesmo tempo, mística e pragmática. Quando se ora em línguas é
mística; quando se interpreta, o Espírito Santo traz a revelação ao nível do
entendimento humano, porque a vida cristã não é de mistério, mas de revelação!
Ele diz: "Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente". E na
adoração com música canta-se com a mente, mas também com o espírito!
E muita de nossa adoração foi invadida pelos mantras coletivos de nossos cultos,
em que refrões, ou repetições, a mesma "batida" do ritmo, a repetição de sons e
frases confundem-se com cânticos espirituais e não são!
Capitulo VI
Ministrando numa época em que os ouvidos comicham: II Tim 4.3,4 Porque virá tempo em
que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para
si doutores conforme as suas próprias concupiscências. E desviarão os ouvidos da
verdade, voltando às fábulas. Paulo não constrangeu Timóteo a fazer uma pesquisa
de mercado/opinião, nem a fazer os desejos, o que agradasse o povo!. Ao
contrário, lhe ordenou que pregasse a Palavra fiel, sistemática, paciente, e
reprovantemente e deixasse-a confrontar frontalmente o espírito da época.
Capitulo VII
Culto que não Agrada a Deus
O culto hipócrita que foi denunciado era causado pelo apego a mera formalidade,
aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas
interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração
agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável
ao Senhor. Assim o Senhor condenou o povo de Israel pela boca do profeta Isaías,
dizendo: "este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me
honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só
em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu..." Is 29.13.
Ou seja, o que está nos lábios é correto, mas as motivações do coração são erradas.
No fundo, todas essas expressões hipócritas não passam de atos mecânicos. São
invenções humanas que não se importam com a vontade de Deus. O resultado
final, é que o formalismo, associado à corrupção doutrinária, produzira um
tremendo desvio do Senhor e um afastamento do verdadeiro culto a Deus.
Culto que marginaliza a Bíblia: A Bíblia é usada, não como texto, mais como pretexto
ou excitante das experiências emocionais e místicas da multidão; de fato, a
autêntica pregação do evangelho é substituída por uma pregação água com açúcar,
demagógica e mercenária, onde os aspectos radicais do evangelho são amenizados
ou totalmente tirados. Em muitos casos a pregação é trocada pelos múltiplos
testemunhos de curas, prosperidade, exorcismos etc.; Além, do alongamento quase
interminável de cânticos, teatros, e apresentações especiais.
Culto místico: onde a fé é algo mais a ser sentido do que entendido. No misticismo
perde-se o vínculo com o racional e consciente [aquilo que pode ser explicado e
verbalizado] e afunda-se no inconsciente em busca do êxtase ou percepção
sobrenatural, direta e especial de Deus. Isto não só leva ao fanatismo e superstição,
como faz o místico ser cada vez mais valorizado, e a Bíblia cada vez menos, como
única fonte de revelação divina. Sua busca psicótica (insana) por sinais, poderes
miraculosos e novas revelações contemporâneas, faz da Bíblia um livro obsoleto,
irrelevante. A Bíblia é trocada pelo profeta de plantão, ou pela pessoa que alega
“ter comunicação sobrenatural direta com Deus, a viva voz”.
Culto do descontrole emocional: As emoções literalmente explodem em gritos,
urros, choro, tremores, suspiros, quedas, calafrios, delírios e em alguns casos, em
histeria coletiva. Este descontrole é condenado em I Coríntios 14.32,33.
Culto Aeróbico ou Culto do Corpo: Onde o corpo vestido de acordo com a moda
sensual do mundo, balança solto em coreografias nunca antes imaginadas para um
templo cristão. O movimento é liberado em danças e ginásticas rítmicas e
psicodélicas de grande estimulo místico e sensual, na realidade, tudo passa a ser
regido pelo compasso da carne e não do Espírito. O resultado disto tudo é
lastimável. O culto Bíblico deve ser uma manifestação do espírito e não do corpo.
Jo 4.23-24. “Cantando e salmodiando ao Senhor em vosso coração” fala de uma
devoção interior. Ef 5.19. O corpo deve ser “esmurrado” e não estimulado
carnalmente. I Co 9.27; Gl 6.17.
Culto Psicológico [falsamente dito espiritual ]: Onde tentam numa imitação, barata e
falida da terapia de grupo mundana, e pelo soltar-se do corpo e da mente trazer
extravasamento emocional e psicológico, além de satisfação e saúde psicológica,
porém o resultado é patológico ou instalador de enfermidades espirituais – O
adorador é levado a imaginar que deve sempre estar se sentido bem, vitorioso, e
animado – quando a vida com Cristo é fraqueza, fortalecida pela graça.
No reino da graça não há lugar para o super crente, mas somente para o crente
humilde e sincero, que espera confiadamente em Deus, sem ter de lhe exigir ou
cobrar ou determinar nada - A saúde e força espiritual do crente não devem ser
derivadas do efeito psicológico exercito pela explosão emocional de um grupo.
Culto Fabricador de Espiritualidade Sintética: O que conseguem é causar ilusão
coletiva - criar uma espiritualidade emocional fantasiosa e passageira – não real,
onde mesmo alguém que vive escandalosamente no pecado pode participar do
louvor (do extravasamento ou descarrego) animadamente, pois a ênfase não é
racional, não passa pela consciência. É um culto visceral, onde o som da batida
forte da bateria e dos mais diversos tambores, junto com o balanço do corpo, faz
alguns adoradores se sentirem com a consciência aliviada, e outros que exploram o
lado místico sintam-se super poderosas e dotadas de grande autoridade.
Culto Existencialista: Marcado pela tensão entre a satisfação aqui - agora e a
insatisfação vinda quando o novo sofre o desgaste da rotina - onde a busca pelo
sentir-se sempre bem gera ansiedade e procura constante de renovação do culto e
das novidades estimulantes – ainda, nesta busca frenética e desnorteante, quase
tudo é válido, desde que feito em nome de Jesus.
Tipologia Bíblica 165
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo VIII
Culto que Agrada a Deus
1. O culto que agrada a Deus nada tem a ver com local de culto
2. O culto que agrada a Deus nada tem a ver com forma de culto
3. O culto que agrada a Deus deve ser uma celebração. Êx 12.24-27
4. O culto que agrada a Deus contém ordem e decência. I Co 14.40
5. O culto que agrada a Deus deve edificar a todos. I Co 14.26-40
6. O culto que agrada a Deus é reverente, Ecl 5.1
7. O culto que agrada a Deus é teocêntrico. Sl 100
8. O culto que agrada a Deus é sacrificial. Rm 12.1,2
9. O culto que agrada a Deus possui uma liturgia equilibrada
9.1. Oração. At 12.12; 16.16
9.2. Cânticos. I Co 14.26; Cl 3.16
9.3. Leitura e exposição da Bíblia. Rm 10.17; Hb 13.7
9.4. Ofertas. I Co 16.1,2
9.5. Manifestações e operações do Espírito Santo. I Co 14.26-32
9.6. E bênção apostólica. II Co 13.13; Nm 6.23-27.
Outras Características do Culto que agrada a Deus:
Avivamento Urgente
O aviamento nos tempos do rei Josias começou com a leitura da Palavra. No tempo
de Esdras e Neemias, foi motivado pela leitura pública das Escrituras. No vale dos
ossos secos, começou quando Deus disse: “Ossos secos ouvi a Palavra do Senhor”.
Ezequiel 37.4.
Não basta ler a Palavra, é preciso ter a Palavra no coração. O coração necessita
transbordar da Palavra. Sl 119.11. A palavra tem de ser o nosso alimento. Dt 8.3.
Precisamos comer a Palavra e dela nossas entranhas. Ez 3.1-3. Essa Palavra tem que
arder em nosso coração. Lc 24.32.
Não basta falar a Palavra de Deus, é preciso ser boca de Deus. Jr 15.19. Não basta
ser um eco, é preciso ser uma voz como o foi João Batista. Lc 3.4. Não basta
carregar o bordão profético como Geazí, é preciso que esse bordão tenha eficácia
em nossa mão.
Muitos crentes buscam apenas experiências, mas não querem saber de estudar a
Bíblia. Querem sensacionalismo, milagres e coisas extraordinárias, mas não estudar
doutrinas. Dizem que o que importa é a luz interior, a experiência íntima, o
testemunho interno do Espírito. Isso é lamentável, é desastroso.
O Espírito Santo age sempre em harmonia com a Palavra. Ele tem compromisso
com as Escrituras. Ele nos instrui na Palavra; guia-nos na verdade; faz-nos lembrar
a Palavra. Ele fala tudo o que tiver ouvido. Jo 16.13. Jesus disse aos saduceus:
“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. (Mt 22.29).
Avivamento sem Bíblia não é avivamento genuíno, e desemboca inevitavelmente
em divisões, traumas e distorções.
O liberalismo teológico foi uma tragédia para a igreja, porque ela não tem
anticorpos contra o vírus do liberalismo. Quando a igreja já não aceita a Bíblia
como única regra de fé e prática; já não crê na inerrância e infalibilidade das
Escrituras; começa a dizer que a Bíblia não é, mas apenas contém a Palavra de
Deus; que a Bíblia está cheia de mitos; não há mais esperança para ela, e a falência e
a bancarrota são inevitáveis. Foi o que aconteceu nos séculos XVIII e XIX. Os
teólogos liberais não jogaram as Bíblias nas fogueiras, mas jogaram o veneno
mortal do racionalismo nas Escrituras.
Quando o povo perde a Bíblia como o único referencial de fé e conduta, sua ruína é
iminente. O liberalismo assolou as igrejas evangélicas da Europa e da América.
Grandes templos e magníficas catedrais ficaram vazios, e as vidas, ocas.
Mas o avivamento tira a Bíblia do baú, tira-a das mãos iníquas dos liberais e põe-na
nas mãos do povo; e aí então ela age como espada que penetra (Hb 4.12), como fogo
que queima, como martelo que despedaça (Jr 23.39), como água que purifica (Ef
5.26) e como mel que alimenta. Sl 19.10.
Precisamos aprender com os nossos pais puritanos. Eles gostavam de ler a Palavra;
deleitavam-se em ouvir a pregação da Palavra; alimentavam-se da Palavra com
avidez, e por isso tinham uma vida de poder.
Certa feita Moody procurou um hotel e ali se hospedou. Cansado, lançou-se sobre a
cama, tentando conciliar o sono. Mas, de repente, seus olhos foram atraídos por um
livro à cabeceira da cama. Tomou-o nas mãos e examinou-o minuciosamente.
Percebeu que uma traça havia roído o livro de capa a capa. Era uma Bíblia. Moody
então disse para si mesmo: “Assim como esta traça roeu este livro de capa a capa,
eu também vou fazê-lo. Vou comer este livro. Vou mastigá-lo, ingeri-lo e sorvê-lo”.
De fato, Moody tornou-se um homem cheio da Palavra, e a História conferiu-lhe o
título de maior evangelista dos últimos tempos.
George Müller foi um dos homens mais extraordinários. Ele é conhecido como o
príncipe dos intercessores. Era um gigante de Deus. Era um homem afinado com o
céu. Quando ele falava, dizia um amigo de Hudson Taylor, até o céu ficava em
silêncio. Era um homem acostumado com os milagres de Deus. Sua vida era
ordinariamente extraordinária. Ele conheceu, como ninguém, o que é viver vendo o
invisível, tocando o intangível e crendo no impossível. E experimentou, como
ninguém, a providência de Deus.
Certa vez perguntaram a George Müller: “Qual é o segredo da sua vida?” Por que
Deus opera tantos milagres em resposta às suas orações? Ao que ele respondeu: “É
que eu conheço o meu Deus. Eu já li a minha velha Bíblia cem vezes de joelho.”
Quem tem intimidade com a Palavra, tem intimidade com o Deus da Palavra; e
quem tem intimidade com Deus sabe o que é avivamento. Que nestes dias Deus
nos dê fome não de pão, mas da Palavra. Amós 8.11.
Tipologia Bíblica 171
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo IX
Heresias Neopentecostal
Se você parar um instante para analisar comigo estes fenômenos, você perceberá a
seriedade deste alerta. Você já percebeu quantos “modismos” apareceram no meio
evangélico nestes últimos anos? O exagero é tão grande que no Mato Grosso pouco
tempo atrás fizeram a grande campanha do shampoo do Sangue de Cristo para
purificação da cabeça; e quem quisesse receberia a palmilha ungida para colocar no
seu sapato.
Capitulo X
Três episódios e muitas Inquietações
De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão
de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna
funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade.
Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela
em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos
percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da
violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao “espírito de Roma”.
“Esse espírito” continuou com a voz afetada, nos ensinou a guardar o domingo e
batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de
Deus.
Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro,
repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu
com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com
força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao
terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não
fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um ato profético. Prometeu
que depois daquele evento, Deus reverteria à sorte do Brasil.
Tire as suas próprias conclusões.
Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir,
indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a
incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um
programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros.
Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial
de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos. Correu para o seu escritório,
abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos “agás”, queria
“helicópteros”. Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores
mecânicos.
Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. “Irmãos e irmãs,
Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou
que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a
cidade do Rio de Janeiro”. O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi
levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro
sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem
a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na
praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o
inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca
recrudesceu.
O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário
de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a decretar sua
cidade para Deus. Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e
declarar que ele pertence a Jesus Cristo.
Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o
diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor
Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores.
Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com
lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar.
No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante
revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos
urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele
precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo
de Judá. Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela
madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas
na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas
paradas. Beberam litros e litros d’água; precisavam de muita urina para uma
cidade tão grande.
Tipologia Bíblica 174
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele
entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-
se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com
firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os
cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela
negritude. Pedi que Alexandre se sentasse.
Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d’água,
que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na
dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo
perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano. Logo que
bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor,
começou sem gaguejar, faço parte da igreja ‘X’ aqui em Fortaleza. Há dois anos
estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-
me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades
mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe
leva a crer que está endemoninhado? Sua resposta me deixou ainda mais perplexo.
– Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e
faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não
parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu
fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim.
É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com
uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo
caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca. Questionei-lhe porque
o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava
semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito
esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se
escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava
cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude
do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um
joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para
valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.
Capitulo XI
Práticas Judaizantes em Igrejas Evangélicas
Capitulo XII
Elementos Estranhos no Culto Neopentecostal e a Comercialização
Por mais bem intencionados que estejam, nenhum deles parece entender que
lidamos com valores espirituais e não gerenciais. Nosso desafio não é o de lotar os
auditórios, mas de inspirar corações a amar a Deus.
Infelizmente existem igrejas que se dizem evangélicas, mas que mais parecem
clínicas de estética contra a obesidade ou a calvície, daquelas que mostram os
clientes em duas imagens – antes e depois do tratamento. Olhe para as
propagandas das clínicas estéticas e veja que invariavelmente têm duas fotos – uma
mostra a pessoa gorda, feia ou careca; a outra exibe-a depois do tratamento, mais
bonita e atraente. Nos centros de recuperação capilar, as fotos mostram o sujeito
careca ao entrar e, depois, ostentando vistosa cabeleira. O mercado religioso tem
feito verdadeiras pesquisas para identificar o que poderá agradar o “cliente”.
Depois, basta oferecer os produtos ou serviços “espirituais” mais adequados. “Se
você perdeu aquela paixão venha participar (e dar a sua oferta – só que isso não
aparece na propaganda) do culto tal”; assim também para quem está com
problemas na empresa, no emprego, com mau-olhado etc. Tem até o show da fé,
para ninguém botar defeito na eficácia nas alternativas do prozac gospel.
A proposta é tornar cada um tão poderoso quanto a sua própria vontade. É um tipo
de promiscuidade espiritual e religiosa. Na promiscuidade sexual, busca-se dar
vazão aos mais primitivos instintos da paixão; na religiosa, o “ápice” é pela busca de
poder realizar os sonhos. “Sinta-se bem” – este é o lema do projeto de vida boa
vendida a preços não tão módicos como se pensa.
Esse lado obscuro do mundo evangélico está gerando uma onda de mercantilismo
religioso que chegará a um ecumenismo paradoxal. Hoje está difícil saber, nestes
casos, onde fica a linha divisória entre o Evangelho, a macumba, a Nova Era e o
folclore supersticioso, por exemplo. É o caso de se preocupar: aonde isso vai dar?
Mercantilismo Religioso
É interessante notar que algumas igrejas neopentecostais
distribuem aos fiéis objetos ungidos dotados de poderes
mágicos ou miraculosos, ato que mais uma vez as aproxima
de crenças e práticas dos cultos afro-brasileiros e do
catolicismo popular.
Esses líderes crêem que o uso e a distribuição de objetos
visa apenas despertar a fé das pessoas e constitui uma das
técnicas de pregação empregadas por Jesus em sua
passagem pela terra. Depois de ungidos, os objetos são
apresentados aos fiéis como dotados de poder para resolver problemas específicos,
em rituais diversificados e inventivos, tendo por referência qualquer passagem ou
personagem bíblicos. Dotados de funções e qualidades terapêuticas, servem para
curar doenças, libertar de vícios, fazer prosperar, resolver problemas de emprego,
afetivos e emocionais. Não apresentam caráter meramente simbólico como alegam
os pastores quando inquiridos pela imprensa e por outros interlocutores. Para os
fiéis, cujos poucos recursos são desembolsados em troca de bênçãos nas correntes
de oração das quais participam dias ou semanas ininterruptamente, tais objetos,
pelos quais esperam ter seus pedidos atendidos, contêm uma centelha do poder
divino.
Tipologia Bíblica 178
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo XIII
Perguntas e Respostas Objetivas
Pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação. Esse é um novo
conceito difundido no meio pentecostal. O que caracteriza um crente pentecostal é o
barulho? Há base bíblica para esse conceito? O crente que não é barulhento, é um peixe
fora da água em um culto pentecostal?
O verdadeiro pentecostalismo se baseia na Bíblia, nunca estrutura doutrinas e conceitos
em cima de experiências pessoais, revelações, tradições, eventos sobrenaturais ou
qualquer outro meio que não seja uma séria exegese dos textos bíblicos. Isso é
característica do cristianismo histórico e do pentecostalismo histórico.
1. Barulho parece que não fazia parte da pregação de Paulo, At 20.7
2. Barulho não é necessariamente sinônimo de espiritualidade
3. Barulho não é necessariamente sinônimo de avivamento
4. Barulho não é necessariamente sinônimo de fervor
5. Barulho não é necessariamente sinônimo de poder
6. Barulho não é necessariamente sinônimo de unção
7. Barulho não edifica, quando é só barulho.
Capitulo XIV
Reflexão
1. A necessidade de um Pentecoste
2. As causas do Pentecoste
3. 0 conteúdo do Pentecoste
4. Resultados do Pentecoste
Alguns até consultam a Bíblia, mas de forma equivocada, pois não contextualizam
sua mensagem, não aplicam a exegese nem a estudam sob as leis da hermenêutica
sagrada. Abrem-na a esmo, consultam-na como se fosse um livro mágico. Outros
acham que a Bíblia tem poder exorcizante. Colocam-na aberta no Salmo 91, na
cabeceira da cama, para espantar os maus espíritos e proteger o lar dos aleivosos
perigos. Usam a Bíblia, mas não retêm a sua mensagem. Carregam a Bíblia, mas
não discernem a voz de Deus. Escutam o som ruidoso que brota do coração, mas
não ouvem a voz de Deus que emana da sua Palavra.
A grande verdade é que ao longo da história, Deus visitou o seu povo, irrompendo
com grande poder e trazendo à igreja tempos de refrigério, através do der-
ramamento do seu Espírito. Foi assim entre os valdenses, na França, no século XII.
Foi assim na Reforma do século XVI, quando o Espírito de Deus soprou com
grande poder na Europa, usando homens como Lutero, Zwinglio, Knox e Calvino.
Deus voltou a visitar a igreja com grande poder no século XVII, levantando
sobretudo na Inglaterra os puritanos, uma das gerações mais santas e cultas da
história da igreja. No século XVIII, as janelas dos céus se abriram em copioso
derramamento do Espírito na Inglaterra, no País de Gales e na Nova Inglaterra. No
século XIX, Deus enviou a chuva torrencial do seu Espírito em grandes
avivamentos nos Estados Unidos, na Escócia, na Inglaterra e na Irlanda do Norte.
No século XX, Deus tem feito maravilhas, desde o grande avivamento do País de
Gales, em 1904, com Evan Roberts; o grande avivamento nas Ilhas Novas Hébridas,
em 1946, com Duncan Campbell; o avivamento entre os zulus, na África do Sul, em
1966, com Erlo Stegen; e o grande despertamento na Coréia do Sul, desde 1907,
quando o vento do Espírito começou a soprar com grande poder, levando aquela
igreja a um colossal crescimento até os dias de hoje.
As Causas do Pentecoste:
Precisamos depender mais dos recursos de Deus do que das nossas estratégias. Se
gastássemos em oração o tempo que investimos em reuniões e programações
intérminas, a igreja explodiria em crescimento fenomenal. Para nós, ficar quietos na
presença de Deus é mais difícil do que correr de um lado para o outro. É mais fácil
ser Marta do que Maria. É mais fácil sair em campo do que depender do Senhor,
obedecer à sua Palavra e descansar nas suas promessas.
Além da complexidade de uma igreja tão grande, ainda dispõe de várias emissoras
de televisão, dezenas de emissoras de rádio e um jornal com 700 funcionários e
tiragem diária de 1 milhão de exemplares. Fiquei impressionado ao conhecer essa
igreja. Imediatamente comecei a meditar sobre a agenda do pastor titular dessa
igreja. Como ele administra o seu tempo? Fiquei emocionado e comovido ao ler
que ele gasta apenas 30% do seu tempo administrando toda essa máquina e 70%
orando, lendo a Palavra e preparando o sermão de domingo. Estar com Jesus, ficar
na presença de Deus, é a grande prioridade do seu ministério. Certa feita, o
presidente da Coréia do Sul telefonou para o seu gabinete. A secretária disse-lhe que o
pastor não poderia atendê-lo porque estava orando. O presidente insistiu em falar, dizendo
à secretária que era o presidente e o assunto requeria prioridade. Ela delicadamente comu-
nicou ao presidente que o pastor não o atenderia naquele momento, porque estava orando.
Mais tarde o presidente ligou para o pastor e reclamou não ter sido atendido prontamente
como a maior autoridade do país. O pastor respondeu-lhe que não podia atendê-lo porque
estava em audiência com o soberano do universo, o Senhor Jesus Cristo.
Resultado de uma espera perseverante. Lc 24.49 "... ficai... até que do alto sejais
revestidos de poder...". Muitas vezes, deixamos de receber uma efusão e um
derramar do Espírito de Deus em nossa vida, porque somos muito apressados e
superficiais na nossa busca. Desistimos cedo demais. Nosso amor por Deus é como
a névoa que cedo passa. Vivemos num tempo em que predomina o descartável.
Tudo precisa ser rápido. Não desenvolvemos a perseverança. Não agüentamos
esperar.
Aquele grupo dos 120 discípulos perseverou em oração durante 10 dias. Eles não
arredaram o pé. Não olharam para trás com incredulidade. Não duvidaram da
promessa. Por isso, receberam a bênção. Os céus se abriram e o fogo de Deus caiu
sobre eles. As torrentes do céu inundaram o coração deles. A vida deles foi tocada e
transformada para sempre por causa dessa espera perseverante.
Naamã, comandante do exército da Síria, só foi curado de sua lepra quando deixou
de lado sua própria metodologia e resolveu obedecer à ordem do profeta Eliseu,
mergulhando no rio Jordão sete vezes. Se ele tivesse desistido na sexta vez, teria
voltado para a Síria leproso. Importa perseverar. Perseverar é obedecer.
Na África do Sul, em 1991, houve um grande avivamento que Deus deu ao povo
zulu em 1966 pela instrumentalidade do pastor Erlo Stegen. Foram 14 anos de
busca. Muitas vezes eles foram tentados a desistir.
Houve tempos de desânimo, mas eles prosseguiram. Nos três meses que
antecederam a chegada do avivamento, eles só conseguiam chorar em suas
reuniões de oração, três vezes ao dia. Mas como a terra estava seca e os corações
estavam sedentos, permanecendo na busca, Deus enviou sobre eles torrentes
caudalosas do Espírito com resultados colossais que pudemos ver e ouvir.
Resultado da expectativa de uma vida cheia de poder. Lc 24.49."... até que do alto
sejais revestidos de poder." O que você espera da sua vida cristã? Você tem
anseios? Aspira a algo maior? Busca uma vida abundante? Anela com todas as
forças da sua alma a plenitude do Espírito? Não há nada mais perigoso para o
cristão do que viver satisfeito consigo mesmo. A estagnação e o conformismo são
perigos ameaçadores à vida cristã saudável.
Perguntaram a David Yong Cho qual seria a melhor estratégia que um pastor
deveria usar para levar a sua igreja a tornar-se uma igreja de oração. Ele
respondeu: "A única maneira de levar uma igreja a orar é o pastor dela ser um
homem de oração". Por esse motivo, quando perguntaram a Dwight Moody qual
era, para ele, o maior obstáculo ao avanço da obra, ele respondeu: "O maior
obstáculo da obra são os obreiros". E disse mais: "Moody é o maior inimigo de
Moody". Se os pastores forem gravetos secos a pegar o fogo do Espírito, o povo
todo começará a arder. Se o púlpito for uma fogueira, a igreja será cheia do calor do
Espírito. Perguntaram a Moody certa vez: "Sr. Moody, como começar um
avivamento na igreja?". Ele respondeu: "Acenda uma fogueira no púlpito".
Martyn-Lloyd Jones afirmou que "o Pentecoste é derramado sobre algo que está
pronto. A unção do Espírito derrama-se sobre a preparação. Elias erigiu um altar,
em seguida cortou a lenha e arrumou-a sobre o altar. Então, matou o novilho,
cortou-o em pedaços e colocou-os sobre a lenha. Tendo feito tudo isso, orou para
que descesse fogo; e o fogo desceu. Essa é a ordem das coisas".
Ele não se deixa domesticar. Ele não pode ser pressionado. Ele é Deus. Está no
trono e faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Também no
Pentecostes o Espírito veio em forma de línguas de fogo. O fogo ilumina, purifica,
aquece e alastra. Jesus veio para lançar fogo sobre a terra. Hoje muitos crentes
parecem mais barras de gelo do que brasas vivas. Benjamim Franklin gostava de
ouvir George Whitefield porque podia vê-lo arder diante dos seus olhos. Deus
disse ao profeta Jeremias: "Eis que eu converterei em fogo as minhas palavras na
tua boca". Mas a tendência do fogo é apagar. Onde não há combustível, o fogo se
apaga. É por isso que, cinco vezes, em Levítico capítulo 6, Deus instruiu a que não
se deixe o fogo apagar sobre o altar. Deus acende o fogo, mas nós devemos mantê-
lo aceso. II Cr 7.11. O apóstolo Paulo, nessa mesma direção, exorta o seu filho na fé,
Timóteo, a reavivar o seu dom. II Tm 1.6. A palavra reavivar refere-se ao uso de
foles para fazer com que volte a chamejar o fogo prestes a apagar. Precisamos de
uma igreja inflamada. Quando a igreja perde o fogo do Espírito, os pecadores perecem
no fogo do inferno. Só uma igreja aquecida pelo fogo de Deus pode arrebatar as pessoas do
fogo da condenação.
Entrou na sinagoga de Nazaré e tomou o livro de Isaías nas mãos, para revelar ao
povo que o Espírito de Deus estava sobre ele, ungindo-o para pregar, curar e
libertar. Lc 4.17,18. Toda a vida de Jesus e todo o seu ministério aconteceram sob a
unção do Espírito Santo. At 10.38. O Espírito Santo esteve presente até mesmo na
sua morte (Hb 9.14) e na sua ressurreição. Rm 8.11. Se Jesus, sendo Deus, não
prescindiu do poder do Espírito, tampouco nós podemos fazê-lo. Não basta apenas
conhecer as Escrituras, é preciso experimentar o poder de Deus. Mt 22.29. Não
basta apenas ter a cabeça cheia de luz, é preciso ter o coração cheio de fogo. Não
basta apenas ter boa teologia, é preciso ter unção do Espírito. Não basta apenas ter
boa organização, é preciso ter óleo na engrenagem. A igreja sem a unção e o poder
do Espírito é como um vale de ossos secos.
Sem o poder do Espírito, poderemos ter igrejas grandes, mas não igrejas vivas. Sem
o poder do Espírito, poderemos ter grandes templos, mas não congregações santas.
Sem o poder do Espírito, poderemos ter um culto solene e pomposo, mas não
convicção de pecado e sede de Deus. Sem o poder do Espírito, poderemos realizar
grandes obras, mas não estender as estacas do Reino de Deus. Foi esse sentimento
que levou Billy Graham, o maior evangelista deste século, a dizer: "Se Deus tirar a sua mão
da minha vida, estes lábios se tornarão lábios de barro".
Depois que Deus derramou seu Espírito e Moody experimentou essa efusão de
poder, ele disse: "Eu não voltaria ao lugar em que estava há quatro anos, por todo o
dinheiro do mundo". Mais do que nunca, estamos precisando de um Pentecoste
para revitalizar a pregação nos nossos púlpitos. Há púlpitos que estão dando não o
pão do céu ao povo, mas um caldo venenoso e mortífero. Há pastores pregando
outro evangelho, ensinando ao povo doutrinas de homens, mercadejando a Palavra
e sonegando às almas o santo Evangelho de Cristo. Há outros púlpitos que são
verdadeiras cátedras de erudição, mas anunciam ao povo apenas sabedoria
humana. Alguns púlpitos têm-se transformado em balcões de negócio, onde
pregadores inescrupulosos vendem e barganham as bênçãos de Deus e escondem
do povo o Evangelho da graça. Há também púlpitos que pregam a sã doutrina, a
ortodoxia bíblica, mas sem o óleo da unção. São púlpitos secos, cujas mensagens
são áridas. Os pregadores parecem postes doutrinários, carentes da seiva da vida.
Se não houver unção no púlpito, haverá morte nos bancos. Sem pregação ungida, os
mortos espirituais não ressuscitarão. Sermões sem unção alimentam a mente, mas
não tocam o coração. Lançam luz à cabeça, mas não ateiam fogo ao coração. Não
estamos necessitados de grandes homens no púlpito, mas precisamos de homens
de Deus. Não estamos necessitados de grandes sermões, mas de mensagens cheias
do azeite do Espírito. Não estamos precisando de erudição, mas de unção.
Atos 1.8: Sem o poder do Espírito, a igreja perde a visão e a paixão. Sem o poder do
Espírito, a igreja se encolhe e ensarilha as suas armas. Sem o poder do Espírito, a
igreja se intimida e se esconde dentro de suas quatro paredes, pois é mais fácil ficar
do que sair, é mais cômodo permanecer no ninho do que entrar em campo. Só o
Pentecoste pode dar senso de urgência à igreja em relação à sua missão. Só o
derramamento do Espírito pode tirar os olhos da igreja de si mesma e erguê-los
para ver os campos brancos para a ceifa. Só o poder do Espírito pode elastecer a
visão da igreja quanto à visão missionária.
No século passado, Alexandre Duff deixou a Escócia e foi para índia. Ali gastou a
sua vida. Ali derramou o seu coração. Ali fez sua alma arder por Deus numa
profunda devoção à salvação dos perdidos.
Tipologia Bíblica 188
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Depois de velho e cansado, doente e com as forças estioladas, voltou a seu país
para tratamento de saúde. Também realizou conferências missionárias para
despertar outras vocações que dessem prosseguimento ao seu trabalho. Certa feita,
num grande auditório, falava a centenas de jovens. Pregou com grande ardor.
Derramou seu coração num apelo veemente aos jovens, convocando-os a deixar a
Escócia e ir para a índia. Para sua surpresa, nenhum jovem atendeu ao apelo. Ele
ficou tão chocado com a resposta negativa do auditório que teve um ataque
cardíaco no púlpito e desmaiou. Levaram-no para uma sala contígua ao púlpito,
massagearam-lhe o peito e ele voltou à consciência. Pediu, então, para o levarem de
volta ao púlpito de modo que pudesse terminar o apelo. Os médicos responderam
que ele não podia voltar ao púlpito. Mas ele retrucou: "Eu não posso deixar de
voltar. Preciso terminar o apelo". Levaram-no então ao púlpito, e o auditório o
ouviu atentamente. Mesmo com voz trêmula, ele se dirigiu à seleta audiência com
estas palavras: "Jovens, se a rainha da Escócia convocasse vocês para qualquer missão
diplomática, em qualquer lugar do mundo, vocês iriam com orgulho e sem detença. O Rei dos
Reis, o Senhor dos Senhores, aquele que amou vocês e morreu por vocês na cruz, convoca-
os para ir à índia como embaixadores do céu e vocês não querem ir. Então irei eu. Já estou
velho, cansado e doente. Pouco poderei fazer, mas pelo menos morrei às margens do
Ganges, e o povo indiano saberá que alguém os amou e se dispôs a ir até eles, levando a boa
nova da salvação". Quando Alexandre Duff terminou o apelo, o auditório estava em prantos.
O Espírito de Deus produziu grande quebrantamento naquela conspícua assembléia, e
dezenas de jovens se levantaram atendendo ao desafio de ir para a índia.
Conta-se que, quando Jesus terminou sua obra de redenção no mundo, morrendo
na cruz e ressuscitando dentre os mortos, voltou para a glória, sendo recebido
apoteoticamente pelos anjos. Um anjo aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:
"Senhor, tu morreste na cruz para a salvação dos pecadores. Mas quem vai levar
essa mensagem ao mundo inteiro?". Jesus respondeu: "Eu deixei lá na terra doze
homens preparados para esta missão". O anjo, então, arriscou uma segunda
pergunta: "Mas, Senhor, e se eles falharem?". Jesus de pronto respondeu: "Se eles
falharem, eu não tenho outro método". Essa missão é nossa. É intransferível. Por
isso, precisamos do poder do Espírito para realizá-la.
As missões são uma tarefa impostergável. Não podemos omitir-nos nessa tarefa,
pois seria uma atitude criminosa. Não podemos protelar o que deve ser nossa
missão mais urgente. A cada dia que passa, portas se fecham e outros atalhos
aparecem para desviar as pessoas. Surgem a cada dia, em cada esquina, novas
seitas pregando um falso evangelho, outro evangelho, fazendo os incautos
enveredar pelas sendas do erro. Doutrinas satânicas estão ganhando espaço, con-
quistando terreno, invadindo as universidades, entrando na mídia bem na cara da
igreja. Estamos assistindo nesse século à orientalização do ocidente. O
espiritualismo com suas diversas faces está penetrando na cultura subjacente do
nosso povo. Os terreiros de Umbanda crescem como cogumelos em todos os
quadrantes da nossa Pátria. As seitas heréticas conquistam terreno a cada dia. E o
pior disso é que a igreja dorme, enquanto o inimigo semeia o seu joio maldito no
meio do trigal de Deus. Precisamos acordar. Precisamos levantar os olhos.
Precisamos ver os campos que estão brancos para a ceifa.
1. Som - Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. O
Pentecoste foi audível, verificável, público, transpirando para fora do cenáculo,
reverberando sua influência na sociedade. Este insólito acontecimento atraiu a
grande multidão que estava em Jerusalém para ouvir a Palavra de Deus.
2. Vento - O vento é símbolo do Espírito Santo. O hebraico tem uma única palavra
para vento e sopro. O homem passou a ser alma vivente quando Deus soprou em
suas narinas. Foi o hálito de Deus que lhe deu vida. Deus renova a face da terra,
enviando o seu Espírito. SI 104.30. O Espírito soprou no vale de ossos secos e do
vale brotou a vida. Jesus disse que "o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas
não sabes donde vem, nem para onde vai..." Jo 3.8. O vento é livre, ninguém
consegue domesticá-lo; ele sopra onde quer. Muitas vezes, ele sopra onde jamais
sopraríamos e deixa de soprar onde estamos soprando com toda a força.
A Bíblia diz de João Batista que, cheio do Espírito, era uma voz e não um eco, e por
isso as multidões deixavam Jerusalém com todo o seu aparato religioso, o sumo
sacerdote e os mestres da lei e rumavam para o deserto para ouvi-lo. O que mais
importa não é se estamos num púlpito erudito, numa catedral ou num templo de
chão batido ou mesmo no deserto. O que importa é se o nosso ministério está
irrigado pelo óleo do Espírito. O que importa é se há unção em nossa vida. Não
adianta erudição sem poder. Não adianta conhecimento sem unção. Não adianta ter cursos e
mais cursos se o orvalho de Deus não cai sobre nós. Nossos diplomas não podem atrair as
multidões para ouvir a Palavra. Nossos títulos não nos credenciam a ter um ministério
frutífero. E finalmente, depois do Pentecoste a religião deixou de estar vinculada a
lugares sagrados para penetrar na tessitura da vida. O lar, o lugar mais comum,
mais universal, deve ser o lugar mais sagrado, uma verdadeira Betel, casa de Deus.
Tipologia Bíblica 191
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Referências Bibliográficas
Índice
Capitulo I: Família: Um Projeto de Deus
Introdução
O apóstolo Paulo, afirmou que nos últimos dias o inimigo promoveria uma
destruição em massa na família. Os sentimentos de ternura, amor e respeito,
desapareceriam do lar e com a ausência de tudo aquilo que faz parte da estrutura
familiar, surgiria pais desumanos, egoístas e filhos desobedientes, II Tm 3.1-3.
Como a família é o núcleo de toda a sociedade, ela se torna alvo fácil da destruição
em função da exploração, em outras palavras, cada vez que alguém quer
transformar a opinião do povo passa a introduzir conceitos distorcidos dentro dos
lares. São várias as maneiras de se distorcer a base de uma família, o que gera este
caos em a atual sociedade está inserido e que em tempos passados ocasionou o
julgamento implacável de Deus como nos dias de Noé e posteriormente em
Sodoma, Gomorra e cidades circunvizinhas.
Porém, quando uma família está bem estabelecida e alicerçada na Palavra de Deus,
a contaminação exterior não a atinge. É com profundo pesar que constamos que
muitas famílias cristã tem adotado o mesmo discurso e conceitos mundanos que
tem causado danos irreversíveis. Por exemplo, com relação a cultura do divórcio: a
sociedade parece tomada por uma epidemia de separações conjugais, doença que
deixa marcadas as almas de muitos casais maduros, como as de inúmeros jovens
que experimentam desde cedo a inconstância do amor e a experiência perversa das
rupturas do lar.
Todos os anos, milhares de cristãos decidem, por diversos motivos, terminar seu
casamento. Um estudo realizado pelo Barna Research Group revela que o índice de
divórcio entre os cristãos americanos está realmente um pouco mais elevado do
que entre os que não são cristãos. Entre os adultos que não são cristãos, 24 por
cento estão atualmente ou já estiveram divorciados. Em comparação, 27 por cento
dos crentes que acham que nasceram de novo estão nessa mesma situação. Essa
tendência prejudica o testemunho dos cristãos na sociedade. Há a informação de
que até os ateus estão, com alegria, utilizando o mesmo estudo para anunciar que
quem não crê em Deus tem o índice mais baixo de divórcio.
Capitulo I
Certa feita, num grande simpósio de arquitetura nos EUA, dentre muitos profissionais
reuniam-se ali as maiores autoridades e estudiosos da engenharia e arquitetura
mundial discutindo os projetos arquitetônicos da humanidade... Num certo momento
pede a palavra um renomado historiador, que convida todo auditório a lembrar e
elencar os maiores projetos da humanidade construídos até hoje. E assim foram
sendo destacados: As pirâmides do Egito, O Templo de Jerusalém, as Muralhas da
China, Coliseu, Estátua da Liberdade e até as grandes obras brasileiras foram
lembradas, como o Cristo Redentor e a nossa Usina de Itaipu.
Muito bem! disse o bom historiador a toda a platéia, essas são as grandes
maravilhas da humanidade. Mas, vocês sabem qual é o maior projeto de Deus?
Alguns minutos se passaram num total silêncio e infelizmente aqueles
doutores não souberam responder.
O maior projeto de Deus é a Família: Todos esses projetos acima citados e centenas
de outros são belos, mas, nada se compara a família. Pois, o maior projeto de Deus
é a instituição mais valiosa que possuímos, antes mesmo do Estado, da Igreja, a família
tem sua origem em Deus e por isso é a célula mater da sociedade e, isto é comprovado
na santíssima trindade, na pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. A eterna
comunhão familiar existe no seio de Deus. “Por esta causa, me ponho de joelhos
diante do Pai, de quem tomo o nome toda família tanto no céu como sobre a terra”.
Ef 3.14,15
No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só
levou-o a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua
companheira, sua ajudadora. Gn 2.18-25. Daí se originou os primeiros filhos. Estava
formado o primeiro núcleo familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.
A família que nasce em Deus é uma família voltada à satisfação do ser: "Não é bom
que o homem esteja só". Gn 2.18. Essa constatação, por si só, evidencia que Deus
estava interessado no bem-estar da sua criatura. Família surgiu para trazer
satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros
sentimentos inerentes à própria condição de ser família. Ou seja, família é para ser
bênção segundo a intenção original de Deus.
O Antigo Testamento se inicia quando a primeira família é criada por Deus (Gn 2.26-
27) e quando Deus dialoga com o primeiro casal (Gn 3.9-10) e termina chamando as
famílias para uma reconciliação. Ml 4.6: “E ele converterá o coração dos pais aos
filhos, e o coração dos filhos a seus pais...”.
O Novo Testamento se inicia com a história de uma família que aguarda um filho
que, pelas indicações dos acontecimentos, seria muito importante. Mt 1.18-25. O
filho nasce quando a família está em viagem e o único lugar que encontram para
acolher a criança é uma manjedoura. O Novo Testamento termina com a figura da
esposa e do esposo que se comunicam com a palavra de convite “Vem”. Apoc 22.17.
O termo grego oikos ocorre cerca de 110 vezes no Novo Testamento e significa
“casa”, “família”, “pertences”, “bens”, etc. Lendo e analisando alguns textos dos
Evangelhos, pode-se perceber que Jesus, de uma maneira ou outra, resgatou o
sentido de família. Jesus não falou de uma maneira clara e direta sobre ela, mas fica
claro que a família teve um papel importante na sua formação e para o seu
ministério. Jesus viveu cerca de 30 anos junto com sua família, enfrentando diversos tipos
de situações e experimentando o cotidiano da vida e das relações judaicas.
Nas cartas de Paulo há alusão às relações familiares. Ele destaca a família como
modelo de comportamento ideal para toda a igreja e exorta as comunidades cristãs
como uma família. Rm 12 e 14; I Co 12; Ef 5.21-26; Cl 3.18-21.
Portanto, a família faz parte do plano divino da criação. Deus tem um projeto para
a vida da família. Ao criar a família, Deus providenciou as condições para que o
homem e a mulher não estivessem sozinhos. Ao vínculo entre o homem e a mulher
Deus estabeleceu a comunhão. A garantia de felicidade no lar está em o casal
“buscar constantemente sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto
de Deus”. Qualquer constituição familiar que fuja a esse padrão divino é pecado,
pois contraria frontalmente a intenção de Deus, caracterizando-se como
desobediência aos seus ensinamentos. Todo servo de Deus deve primar por uma
família dentro dos padrões divinos.
Capitulo II
"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeita-a; dominai (...). Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom."
(Bíblia Sagrada, Livro do Gênesis, 1:27-28, cerca de 1.500 a.C.)
"Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. (...) A família é o núcleo
natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado."
(Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU - 1.948, art. XVI, "1" e "3")
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 226): "O casamento estabelece
comunhão plena de vida (...). O casamento se realiza no momento em que o homem e a
mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal e o juiz
os declara casados." (Código Civil Brasileiro, 2002, arts. 1.511 e 1.514).
Sob o prisma científico, resta, também, comprovado hoje que é no seio da "Família"
que atingimos a plenitude da nossa formação física, moral, cultural e intelectual. É
exatamente por isso que as chamadas Ciências Humanas - assim como também, as
Ciências Sociais e Aplicadas - olham, objectual e cognitivamente, a instituição
"Família" como uma forma de organização elementar dos indivíduos, cujas funções
- proteção psicossocial; socialização; geradora de afeição; proporcionadora de
segurança, aceitação pessoal, satisfação e de sentimento de utilidade; asseguradora
da continuidade das relações sociais; impositora de disciplina, autoridade e do
sentimento do que é correto - são essenciais para o desenvolvimento do ser
humano, do ser social e da sociedade.
A psicologia, neste sentido, afirma que é no seio da "Família" que se constitui o
sujeito e se estabelece os parâmetros comportamentais que vão dominar as relações
sociais (Freud, em "Totem e tabu", 1913). Não é por outra razão que este mesmo
Freud afirmou que, com a morte do pai, o sentimento que veio à tona nele é o de
que, apartir daquele momento da morte, ele estava sendo desenraizado (Carta a
Wilhelm, em 1895).
A sociologia e a antropologia atestam no mesmo sentido a importância vital da
"Família" para a sociedade porque esta é um tipo de instituição social que se
encontra em todos os agrupamentos humanos, mesmo que variem as estruturas e
funcionamento, de tal modo que podemos, sociológica e antropologicamente,
afirmar que a família é ínsita ao conceito de sociedade. É inelutável afirmar que não
existe sociedade sem famílias. A questão maior é indicar que tipo de "Família" é
essa que se tem constituído neste momento pós-moderno.
Todo esse entendimento cultural e científico sobre a "Família" foi incorporado no
nosso Sistema Jurídico, porque, como sabemos, este é consubstanciado nos valores
principiológicos e nos preceitos normativos que a sociedade adota. É a sociedade,
em sua maioria, quem decide sobre eles - os princípios e os preceitos jurídicos. Por
isso que o nosso legislador constitucional e infraconstitucional - assim como o
próprio Direito Internacional - reconhecem a "Família" como instituição mater e
basilar de uma sociedade. Foi o que vimos nos texto da epígrafe do presente ensaio.
Tipologia Bíblica 200
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capitulo III
A Televisão e a Família
Pesquisa, um tanto antiga, concluía que só em uma semana foram disparados 1.940
tiros nas telas de TVs; houve 886 explosões; 651 brigas; 1.145 cenas de nudez;
233 trombadas de carro e 188 referências a trejeitos homossexuais. Pesquisa
semelhante, nos Estados Unidos, mostrou que um telespectador de 18 anos terá
visto 3.200 cenas de homicídios e 250.000 atos violentos na TV.
Daquele momento em diante, ele passou a ser um homem mudado – mas mudado
para pior; não apenas se tornou assíduo freqüentador desse esporte, mas passou
também a instar com outros a fazerem o mesmo. A lição que Norton destaca é que,
apesar de Alípio ter entrado na arena contra a sua vontade, a exposição ao mal
mostra o que pode acontecer com as melhores pessoas ao sentirem o gostinho pelo
prazer destrutivo. Antes de o perceberem, já estão escravizados a ele.
Se você geralmente passa algumas horas por dia diante da televisão, então isso
provavelmente já aconteceu com você. Embora não seja nenhuma novidade, o conteúdo
moral da televisão tem decaído constante e rapidamente nos últimos anos. A boa
notícia é que nós não temos que cair junto.
Hoje, 98% dos lares brasileiros têm televisão, enquanto 94% têm geladeira. Para se
ter uma idéia, o brasileiro, hoje, é o campeão mundial em tempo gasto na frente da
televisão. Ele assiste em média cinco horas e sete minutos por dia – só as crianças
assistem mais de quatro horas. A única coisa que a criança brasileira faz mais do
que assistir televisão, é dormir.
No século XVII, teve início a Era Industrial; no século XX, tivemos a Era Pós-
industrial, e o início da era da informação, que avança pelo século XXI. Os meios de
comunicação têm uma influência poderosa sobre a mente das pessoas, queiramos
ou não, aceitemos ou não. A Igreja de Cristo, em seu aspecto humano, sofre
diariamente essa tremenda influência. As famílias e as pessoas, individualmente,
são afetadas pelos veículos de comunicação. E o Diabo tem sabido fazer o mais
eficiente uso desses meios para a destruição de vidas. Como diz a Palavra de Deus,
ele tem usado a mídia para roubar, matar e destruir. Jo 10.10a.
O uso da televisão é sem dúvida alguma um tema que durante anos tem sido
motivo de bastante controvérsia no seio da igreja. Os benefícios e malefícios do seu
uso têm gerado calorosos debates, chegando ao extremo inclusive de ser motivo de
disciplina em algumas igrejas, onde seu uso é proibido e verazmente combatido.
Teremos que dar conta, diante de Deus, do tempo que nossos filhos tem
gasto inutilmente diante da TV.
Sabemos que 58% da população brasileira está abaixo de 15 anos, e 3,5 bilhões da
população mundial é formada de crianças. As pessoas que aceitam a Jesus Cristo
como Senhor e Salvador de suas vidas, tem sua distribuição percentual da seguinte
forma:
Satanás conhece também estes dados. Ele nunca vai tocar nas crianças na igreja, na
escola dominical, ou enquanto os pais estão orando com eles. Satanás vai tocá-los
na sala de sua própria casa, quando os pais ligam a televisão para eles. Mas por
que? Se ele destruir as crianças hoje, no futuro não haverá ministros, pastores,
cristãos e nem igreja. A especialidade do inimigo é esta - matar, roubar e destruir.
Jo 10.10. Se os pais não criarem seus filhos, podemos ter certeza de uma coisa:
alguém os criará A criança ainda é o alvo principal de Satanás, pois nela estão
contidas todas as possibilidades do futuro.
Tipologia Bíblica 203
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
1. Os filhos devem ser ensinados pelos pais tanto a ver programas televisivos
gratificantes e enriquecedores, como a não ver aqueles que os possam degradar na
sua dignidade humana. Se os pais não ensinarem os filhos a ver televisão, quem o
fará?
2. Ensinar aos filhos que não se deve ''ver televisão'', mas sim ver programas de
televisão. Assim podemos revelar a capacidade de seleção e discriminação, que nos
habilitará a ver aquilo que nos convém e a não ver aquilo que não nos convém ver.
Os pais devem perguntar aos seus filhos: ''Que querem ver? '', mas não: ''Querem
ver televisão?''.
3. Para criar um critério de seleção, devemos evitar estar presos à televisão quando
não estamos a ver um determinado programa.
4. Uma boa maneira de pôr em prática as idéias anteriores é não ter à mão o
controle remoto, o ''zapping'', ou o costume de mudar constantemente de canal,
dado que isto é contrario ao critério de seleção que devem criar os filhos para
verem televisão.
5. Os filhos não devem ter um aparelho de televisão no seu quarto. Este costume
incentiva o isolamento e provoca uma dependência da televisão que é contrária à
vida de família. Uma dependência desregrada da televisão impede o jogo dos
filhos, a sua criatividade e o convívio familiar.
7. Não use a televisão como uma ''babá eletrônica'', dado que ela não cuida
verdadeiramente dos seus filhos, especialmente se os deixar ver ''o que está
passando''. Quando os pais trabalham, o critério é especialmente importante.
9. Culpar à televisão é uma saída fácil. Os pais não devem abdicar da luta para que
em casa se veja boa televisão, tendo sempre presente que pertence a eles a grande
responsabilidade de formar os seus filhos.
10. Se for possível, é muito conveniente que os pais vejam televisão com os filhos.
De maneira a poderem conhecer diretamente os efeitos que os programas que
vêem produzem neles.
11. Nem todos os programas são igualmente vantajosos. Os pais devem preferir
que os seus filhos vejam aqueles que têm a ver com o revelar de valores familiares,
amor pela natureza, ocupação positiva dos tempos livres, estudo e
desenvolvimento da cultura do espírito, etc., e não aqueles programas superficiais e
sem fundamento.
12. Não é conveniente que a criança veja um programa que a iluda, tanto com a
cumplicidade dos pais como às escondidas deles. Não convém dar por assente que
todos os programas chamados infantis têm um conteúdo adequado. Os pais devem
orientar os seus filhos nesse sentido, o que nos obriga a informarmo-se
adequadamente a este respeito.
14. Há que ter presente que os filhos devem aprender os valores morais antes de
mais nada no domínio da família e no convívio com os outros, e não com os
personagens e ações da televisão.
15. Os pais de família devem fazer esforços para procurar alternativas à televisão:
desporto, visitas a museus e parques naturais, sessões de teatro, projeções de
vídeos, fomentar conversas familiares, praticar ações solidárias a favor dos outros...
16. A “cultura da imagem’’ deve chegar às crianças por outros meios que não seja
exclusivamente a televisão, quer dizer por fotografias, exposições, mapas, leitura,
etc.”.
18. As famílias, a pouco e pouco, podem criar uma coleção de vídeos com filmes e
documentários de interesse para as crianças.
19. Os anúncios comerciais podem ser tão perigosos como os maus programas de
televisão. Os pais devem estar muito atentos para que a televisão não torne os seus
filhos pessoas superficiais ou consumidores de tudo o que se anuncia. Nunca se
deve fazer caso da publicidade de jogos que incitem à violência, erotismo, à
discriminação ou ao racismo.
20. Ver ou não ver televisão não deve constituir para as crianças uma questão de
prêmio ou castigo.
21. Os pais de família devem iniciar os seus filhos, segundo a sua idade e
desenvolvimento, numa prudente e positiva educação sexual, na qual se evite que
uma imagem distorcida da mulher e do sexo lhes seja transmitida, pouco a pouco,
por meio da televisão.
22. Os pais de família devem lutar para que qualquer programa de televisão
infantil, realizado sem ética, sem respeito pelos valores e pelos direitos das
crianças, seja qualificado como um delito pela legislação nacional. A má televisão
infantil, ou "programação-lixo" tem como origem o desprezo pelas crianças como
pessoas.
23. Os pais não devem deixar que os seus filhos vejam televisão-lixo. Se estes
programas de televisão forem vistos pelos seus filhos, farão com que confundam
realidade e ficção; desorientar-se-ão e ficarão equivocados na compreensão do
valor e do sentido da vida, e irão deformar a sua própria consciência. Transigir com
a má qualidade desses programas de televisão impróprios para crianças, deixando-
os ver, equivale a transigir e tornar-se cúmplice dessas pessoas que distorcem os
valores e os direitos da infância.
24. Os pais de família devem organizar-se para exigir uma boa televisão, em
horários infantis. As atitudes grosseiras, os hábitos e comportamentos anti-sociais,
as linguagens obscenas, a perda do sentido da autoridade, a vulgaridade e a
frivolidade, o direito a condutas menos corretas, qualquer desrespeito à vida
humana, etc., devem ser eliminados, especialmente dos programas que tenham as
crianças como destinatários.
25. Perante uma programação infantil com baixa, discutível e reprovada qualidade,
os pais têm o legítimo direito de pôr em marcha uma crítica construtiva. Assim,
devem incentivar uma boa televisão, destacando os bons programas.
26. Os pais de família e educadores devem fazer compreender aos seus filhos que a
televisão não é imprescindível nem é o único meio para ocuparem seu tempo livre.
27. O exemplo é uma terapia eficaz. Se os pais vêem muita televisão, e televisão de
má qualidade, com que critério vão evitar que os seus filhos vejam os programas
que são negativos para eles?
Portanto, muita coisa poderia mudar na vida da família se alguém, com um leve toque
de mão, desligasse a televisão. A televisão tem domínio sobre os lares, impondo as suas
leis e exigindo o cumprimento das mesmas. Muitas famílias estão sendo destruídas e
estão cada vez mais desunida, os valores estão sendo trocados e invertidos e a maioria
tem se acovardado diante desta situação.
Assim sendo, as crianças recebem pouca ou nenhuma atenção dos pais e os casais
vivem como estranhos dentro de sua própria casa. Em geral, a atenção é reservada para
os programas de televisão, que têm total primazia em todos os horários e em todos os
dias.
Capitulo IV
A Família e as Finanças
O dinheiro é de Deus ou do diabo? Alguém certa vez afirmou: Dizem que dinheiro é coisa do
diabo; mas se alguém quer ver o diabo, ande sem dinheiro. Afinal como defini-lo
corretamente?
O consumismo desenfreado e a
busca incansável pelo dinheiro podem afastar o homem de Deus e tomar o lugar do
que realmente é importante na vida de um cristão. Mt 6.33. O capitalismo empurra
as pessoas para a necessidade de se ter e ostentar uma aparência independente da
condição financeira. Mas antes deste sistema ser imposto, a Bíblia já alertava
quanto a isto: "Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou
pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é
a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves
do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam celeiros, e, contudo o vosso pai
celestial as alimenta. Não tende vós muito mais valor do que elas?. Mt 6.25,26.
A primeira razão é a “Ignorância”. Muitas pessoas, mesmo com curso superior, são
financeiramente iletradas. Nunca estudaram os princípios bíblicos — e nem mesmo
os seculares — quanto à administração do dinheiro.
Há esperança para essas pessoas também, mas isso requer uma mudança de
coração, ou seja, a capacidade de contentamento. O apóstolo Paulo exorta: “De fato,
grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido
para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir,
estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em
muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição”. I Tm 6.6-9.
A despeito de seu caminho ser mais difícil, a pobreza pode ser superada. A
mudança pode ocorrer a partir do auxílio de amigos cristãos; o conselho e/ou
assistência de pessoas íntegras; um esforço dedicado somado a uma boa educação e
a bênção e providência de Deus, que podem reverter o quadro. Mas chega de
problemas! Falemos agora sobre as soluções para uma experiência financeira bem-sucedida.
1. Deus é o dono de todas as coisas. Salmo 24.1; 50.12; I Crônicas 29.13,14. Como cristãos,
precisamos compreender que nada trouxemos a este mundo e nada levaremos dele.
Enquanto vivermos na Terra, somos apenas mordomos daquilo que Deus nos
confiou. Fidelidade é o mais importante.
2. Deus e Sua suprema sabedoria devem ter o primeiro lugar em nossa vida. Pv 3:5-9; Mt
6.33.Deus pode ver nossa vida desde o princípio até o fim. Ele sabe o que é melhor
para nós e deseja que prosperemos. Essa não é uma questão simplista do tipo: “O
que Jesus faria?”, mas antes devemos perguntar: “Qual é o Seu conselho para essa
esfera de minha vida?”.
3. Nosso propósito na vida é glorificar a Deus. Mateus 5.16; I Coríntios 10.31. Pessoas
secularizadas buscam a prosperidade para que possam acumular e gastar. Cristãos
buscam prosperar para que possam satisfazer suas necessidades, as necessidades
de outros e ajudar no avanço da causa de Deus. São embaixadores de Deus.
4. Prosperidade é ter aquilo que precisamos quando necessário. Fl 4.19; Is 26.3. Deus
não nos prometeu que, se nos tornássemos cristãos, seríamos ricos segundo os
padrões da sociedade. Mas Ele nos garantiu que se nós O servíssemos, Ele supriria
nossas necessidades, estaria conosco onde estivéssemos e nos daria paz interior.
A beleza dessa diretriz orçamentária é que ela pode ser adaptada às situações
pessoais. Por exemplo, se você precisa de 35% para despesas com a casa, pode
ajustar seu orçamento desde que deduza o percentual de outras categorias. Você
tem apenas 100% para gastar ou se tornará um devedor. Se você adicionar mais
uma categoria para as despesas educacionais, deverá subtrair o percentual
necessário de outras categorias. Essa é a razão pela qual estudantes e pais com
crianças na escola devem ter um estilo de vida bem econômico.
Os estrategistas financeiros geralmente incentivam as pessoas a olharem para sua
vida sob três segmentos: anos de acumulação, anos de preservação e anos de
distribuição. Da perspectiva cristã, podemos referir-nos a esse tripé como anos de
aprendizagem, anos de obtenção e anos de devolução. Quando somos jovens, não
temos preocupação quanto ao fato de nos tornarmos idosos. Entretanto, contrair
uma doença terminal, sofrer um acidente fatal ou experimentar envelhecimento
todos teremos de enfrentar um dia. Para a maioria das pessoas há um tempo na
vida que, em função de uma limitação física ou qualquer outro tipo de restrição,
serão forçados a abandonar seus empregos. Um planejamento e uma provisão
financeira devem ser efetuados para enfrentar esse período. Se nos aposentarmos
sem dívidas e com casa própria, essa quadra da vida será muito mais fácil e
prazerosa. Finalmente, todos sabem que algum dia, quer seja na morte ou na volta
de Jesus, todos deveremos livrar-nos das posses terrenas. Não poderemos levá-las
conosco. I Tm 6.7. Mas Jesus encorajou Seus seguidores a ajuntar tesouros no Céu.
Mt 6.20. Onde está ajuntando o seu tesouro maior?
Tipologia Bíblica 209
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Capítulo V
Não encontramos, aqui, uma mulher frustrada por causa de suas obrigações e
deveres na família, mas alguém que alegremente se empenha em suas atividades
diárias. Não observamos o retrato de alguém impedida no desenvolvimento de
suas habilidades intelectuais, mas uma que rege muito bem cada espaço e esfera de
atividade que cai em suas mãos – e alguém que também está ativamente
procurando as oportunidades de desenvolvimento.
1. Valiosa. V.10
2. Confiável. V.11
3. Benevolente. V.12
4. Operosa, nos trabalhos manuais. V.13
5. Inteligente na busca dos melhores recursos para o lar. V.14
6. Madrugadora. V.15
7. Pronta a delegar. V.15
1. Respeitáveis. I Tm 3.11
2. Não maldizentes. Tito 2.3
3. Temperantes. I Tm 3.11
4. Fiéis em tudo. I Tm 3.11
5. Mestras do bem. Tt 2.3
6. Amam a seus maridos. Tt 2.3-4
7. Amam a seus filhos. Tt 2.3-4
8. Sensatas. Tt 2.3-5
9. Honestas. Tt 2.3-5
10. Boas donas de casa. Tt 2.3-5
11. Bondosas. Tt 2.4-5
12. Submissas. Tt 2.3-5
13. Espírito manso e tranqüilo. I Pe 3.3-4
1. Deus
2. Esposo
3. Filhos
4. Trabalho
A Constituição reconhece, em seu art. 3º, que constitui objetivo da República Federativa do
Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação. Seu art. 5º, inciso I, determina que homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações, enquanto o art. 7º, inciso XVIII, garante à
mulher gestante trabalhadora, sem prejuízo do emprego e do salário, licença de 120 dias. O
inciso XX desse artigo ainda propõe a proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos. O art. 226, § 5º, por seu turno, determina que os direitos
e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela
mulher.
Nos termos da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o § 7º do art. 226 da
Constituição Federal, o planejamento familiar é direito de todos, e o Sistema Único de
Saúde deve garantir, em sua rede de serviços, a assistência à concepção e contracepção; o
atendimento pré-natal; a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; o controle das
doenças sexualmente transmissíveis além do controle e da prevenção do câncer cérvico-
uterino e do câncer de mama. Essa lei ainda proíbe, no seu art. 13, a exigência de atestado
de esterilização ou de teste de gravidez para quaisquer fins, impondo a pena de um a dois
anos de reclusão e multa para quem o fizer.
Davi sempre dizia: "eu não ponho as mãos no ungido do Senhor". Outro exemplo
são os cristãos primitivos que, embora fossem submissos ao governo de Roma, não
o obedecia quando suas leis eram contrárias as leis de Deus. Eles sempre diziam:
"mais importa obedecer a Deus do que aos homens", mas nunca aproveitaram das
falhas do governo para se rebelarem contra as autoridades.
Por que submissão é tão importante? Porque toda autoridade é constituída por
Deus. Como cristãos cremos na soberania de Deus, que Ele é quem põe Rei e tira
Rei, e que toda autoridade é constituída por Ele. Portanto, a rebelião contra
autoridades, em última instância, é a rebelião contra Deus. A Bíblia sempre diz que
a rebelião é como pecado de feitiçaria, procede do inferno. Por isso sempre que o
Novo Testamento fala de submissão, quer seja na esfera da família, da igreja ou da
nação, sempre nos lembra que devemos submeter-nos a essas autoridades
constituídas "como ao Senhor".
1. Civil: Rm 13.1-3.
2. Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
3. Igreja: I Co 12.28; Hb 13.7,17.
4. Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
Maria que, sendo a bem aventurada e teve a experiência singular de trazer dentro
de si, gerado em suas entranhas, o Senhor Jesus Cristo, também observamos este
princípio aplicado. É interessante perceber que, enquanto Maria estava solteira, o
Senhor falava diretamente a ela, dando-lhe a direção. Entretanto, depois que se
casou, o Espírito Santo revelava a José o caminho a seguir e Maria lhe era
submissa.
A submissão feminina, biblicamente entendida, quer dizer que uma família precisa de
uma liderança: Nenhum organismo social vive sem uma liderança. Nem mesmo
uma família, que precisa de uma liderança para o planejamento do futuro e para a
tomada de decisões. Marido e mulher podem inclusive se especializar na liderança.
O casal pode combinar, por exemplo, que a gestão financeira poderá ficar sob a
responsabilidade daquele que for mais capaz (aquele que sabe gastar menos...).
Uma eventual especialização não altera o papel do homem na vida familiar. Muito
do que há de pior nas famílias advém da omissão masculina. Portanto, numa
situação ideal, em que o casal busca a plenitude do Espírito Santo, a liderança é
masculina. No entanto, vivemos num mundo decaído, presentes o abandono, a
infidelidade, a insanidade, a violência doméstica e a dependência química. Nessas
condições de exceção, a esposa deverá tomar a liderança do casal e da família, para
que a tragédia não seja maior.
Uma esposa abandonada não pode esperar que o marido ausente lidere a família;
esta tarefa tem que ser assumida por ela, se não quiser que a fome campeie e a
desagregação se estabeleça de modo definitivo. Uma esposa sabidamente traída
precisa assumir sua dignidade, não esperando que um marido adúltero diga a ela e
a seus filhos como devem agir. Um marido infiel está moralmente incapacitado
para liderar a família.
Uma esposa física ou emocionalmente agredida por seu marido está desobrigada
de aceitar a violência como decorrência da liderança masculina. A violência de um
homem contra sua esposa é uma demonstração de insanidade, que o desqualifica
como líder. A mulher tem o dever de preservar sua saúde física e emocional,
buscando uma delegacia, se for o caso, para denunciar seu cônjuge.
Uma família em que o marido/pai ficou enfermo mentalmente não deve esperar
que ele assuma seu papel de líder enquanto precisa de recuperação. Ele deve ser
respeitado, amado, querido, mas não pode ter sobre si mais este peso, que o
debilite ainda mais. A esposa precisa assumir a liderança da casa e até do
tratamento do esposo.
Tipologia Bíblica 215
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Mais uma vez, estamos falando num plano espiritual, não natural. No plano
natural, a legislação brasileira não estabelece mais o marido como chefe da família.
Ao fazê-lo, a lei apenas reconheceu o que acontece em muitas comunidades: há
famílias sem maridos e pais, com as mulheres acumulando as duas funções; há
famílias com maridos presentes, mas ausentes nos seus compromissos e deveres.
Num documentário recente, na televisão, ouvi uma mulher dizer: "eu chegava,
punha a conta na mesa; se eu não pegasse, o papel ficaria velho; ele só queria
beber".
Numa família que procura viver sob o Espírito de Deus, o padrão é outro. Nela, o
marido assume o seu papel, amando a sua esposa, amando os seus filhos, sem se
impor com frases do tipo "aqui quem manda sou eu", próprias dos fracos.
Maridos, lamento dizer que a liderança tem um peso e não é sobre a mulher; é
sobre o marido, que deve se comportar com sua esposa como Cristo se comportou
em relação à Igreja. Jesus Cristo, "embora sendo Deus, não considerou que o ser
igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a
ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma
humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!".
Filipenses 2.6-8. Preciso ler mais algum texto?.
Portanto, a submissão deve ser a mais forte demonstração de amor da mulher para
com o marido. Esta submissão não escraviza. É importante entender o que não é
submissão segundo a Bíblia. Submissão, não é ser empregada doméstica de luxo,
não é ser super-dependente, não é se auto-escravisar, não é se anular como pessoa.
(Pr. Josué Gonçalves).
Mãe, só tem uma, como se costuma dizer. E nem precisa mais. Sua
figura é tão marcante na família que o próprio Senhor se fez carne
através de uma. Em qualquer cultura (e a cristã não é exceção), a
maternidade é encarada quase como um ministério, um sacerdócio.
Por isso mesmo, também é uma missão complexa, e mesmo a mais
consagrada das mulheres precisa do auxílio da Palavra de Deus
para cumpri-la bem. A figura da mãe pode ser sintetizada pelo
exemplo de Ana em I Samuel: uma mulher estéril que se torna fértil a partir de um
encontro terapêutico com Deus e, por isto, entrega este filho para servir ao Senhor.
É o exemplo de uma mulher que experimenta a superação de suas limitações por
ter "derramado a sua alma perante o Senhor".
Uma mulher que ama este filho, mas não de forma possessiva e egoísta. Ela se
dispõe a doá-lo para Deus para que ele possa cumprir a vocação para a qual Deus o
chamou. Ela continua expressando o seu amor, manifesto através da túnica que
tecia para ele ano após ano, e continua se doando sem cobrança nem controle.
Assim, as mães, são chamadas a abrir mão de suas expectativas pessoais para que
os filhos se sintam livres para desenvolver o potencial que Deus lhes deu, em vez
de atender os seus desejos.
3. Obrigações da Mulher como “Profissional”
Aliás, vale lembrar que, desde o início, pela leitura e interpretação das Sagradas
Escrituras, Deus aprova o trabalho da mulher, desde que digno e não provindo da
prostituição ou venda de seu corpo, a colocando como "adjutora" idônea a estar
agregando com o homem conhecimentos e técnicas de gestão do lar, filhos, família,
podendo pois querendo, exercer profissão remunerada.
A cura dos Traumas Emocionais: As mulheres por serem mais sensíveis, desde mais
tenra infância tem recebido ataques do inimigo para serem usadas como figuras de
sensualidade ficando escravizadas suas mentes e sentimentos, por amarras que são
difíceis de serem rompidas. Pelo poder de Cristo não existe enfermidade que não
tenha remédio, Ele é o remédio para toda a humanidade. Ainda que algumas
mulheres tenham sido marcadas na tenra infância até a fase adulta, há uma cura
específica para cada faixa etária, que quando se manifesta este milagre, romperão
numa desenvoltura e mostrarão uma capacidade na sua liderança e viverão
realizadas como pessoa, mulher, mãe e esposa; respondendo no nível sacerdotal
ministrando cura e libertação aos oprimidos e cativos do Diabo, trazendo as
revelações mais profundas. At 10.38.
1. A sensível?
2. A ansiosa?
3. A exagerada?
4. A compulsiva?
5. A perfeccionista?
6. A romântica?
7. A ciumenta?
8. A parceira
9. A independente
10. A econômica
Tipologia Bíblica 219
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
11. A autoritária?
12. A obediente? Tt 2.5
13. A fiel. Pv 28.20
14. A discreta. Pv 11.22
15. A paciente. I Co 13.4
16. A cuidadosa? I Tm 5.8
17. A dona de casa? Tt 2.5
18. A sábia?Pv 14.1; 12.4; 31.10-12
19. A ajudadora? Gn 2.18; Pv 31.13-31
Se o esposo se vê dentro da casa como sacerdote, honra, esposa sábia, como amiga,
intimidade sexual, confiança, não praticar o mal, dignidade, com vontade e admiração.
Essa casa estará edificada sobre a Rocha. Os rios vão subir, os ventos vão soprar, mas
a casa não vai cair, pois ela está edificada sobre a Rocha.
Não importa se você está começando a vida conjugal agora ou se você já está
casado há mais tempo, o importante é saber que para um casamento dar certo, o
casal, marido e mulher, precisa aprender a tornar-se consciente das necessidades
um do outro e procurar satisfazê-las.
Suprir necessidades não significa que você deva sofrer e ranger os dentes para
fazer o melhor de algo que detesta. Significa preparar-se para atender as
necessidades que você pessoalmente não tem. Aprendendo a compreender que seu
cônjuge é uma pessoa totalmente diferente, você começa a se especializar em
atender a todas as necessidades emocionais dele (a), se você assim desejar. Deus
criou a mulher para completar o que faltava no homem, e vice-versa. O outro
termo, "idônea", literalmente significa "conforme o seu oposto". Em outras palavras,
a mulher corresponde ao homem, mas também completa o homem. Ela é o que ele
não é, faz o que ele não faz, supre o que ele não tem, e vice-versa. Assim como os
dedos de duas mãos se entrelaçam, homem e mulher juntos "fecham" as respectivas
falhas na vida de cada um.
1. Companheirismo: Mais do que qualquer outra coisa, seu marido precisa de uma
parceira e companheira por toda vida. É o que ele mais deseja para ter a
oportunidade de partilhar com você seus sonhos, frustrações, tristezas e alegrias.
4. Ter suas necessidades supridas: Ele não é precisamente igual a você e nem igual a
qualquer outra pessoa. Ele é um ser único, com necessidades e preferências, com
falhas e fraquezas, virtudes e poderes, ele é o somatório de características que o
fazem diferente e exatamente por isso, pode ser que a maneira como você tenta
agradá-lo, não esteja satisfazendo suas necessidades. Descubra as necessidades
pessoais e singulares de seu marido e tente satisfazê-las.
Para a maioria das mulheres, afeto Quando um homem escolhe uma mulher
significa segurança, proteção, conforto e para ser sua esposa promete permanecer
aprovação. Coisas de vital importância aos fiel a ela por toda a sua vida. Isto significa
seus olhos. Quando o marido demonstra pensar que sua esposa será sua única
afeto por sua esposa, está enviando parceira sexual "até que a morte os
mensagens como: "Eu cuidarei de você e a separe". Ele assume este compromisso
protegerei. Você é importante para mim e porque acredita que sua esposa está
eu desejo que nada de mal lhe aconteça", sexualmente tão interessada nele quanto
"eu me preocupo com os problemas que ele nela. É importante que a mulher
você enfrenta e estou ao seu lado", "Você compreenda o quanto o sexo é especial
fez um bom trabalho, parabéns.". para o homem.
A mulher deseja estar com alguém que, no Pode parecer imaturo ou superficial, mais
seu entender, preocupa-se imensamente os homens apreciam uma esposa atraente.
com ela. Quando percebe esse tipo de Eles não apreciam uma mulher apenas por
atenção, ela se sente bem próxima da suas qualidades interiores. Para eles é
pessoa com quem está falando. Na psique muito importante a maneira como ela é
feminina a conversa mistura-se com fisicamente, e como se apresenta. Lembre-
afeto, o que a leva a se sentir unida à se que a atração física de uma esposa é
outra pessoa. Marido, lembre-se que freqüentemente um ingrediente vital para
parceiros atenciosos conversam de forma o sucesso de um casamento, e qualquer
atenciosa. Não esqueça que pequenos esposa que ignore esta verdade por
gestos, pequenos elogios, cavalheirismo, qualquer razão que seja, certamente
etc, fazem diferença. arrisca-se a enfrentar um desastre.
Capítulo VI
1. Deus
2. Esposa
3. Filhos
4. Trabalho
Há muitos homens que não está levando à vida espiritual a sério, deixando
de cumprir seu papel de guia espiritual de sua família, transferindo esta
responsabilidade a esposa. É preciso se posicionar. Há uma convocação
urgente para os homens abrirem os olhos espirituais e guardarem seus
lares.
Como Sacerdote da Casa: A Bíblia ensina que Jesus Cristo nos comprou com seu
sangue para fazer de nós reis e sacerdotes (Apoc 5.9,10), o que nos faz compreender
a visão do sacerdócio universal do crente. Diferente da idéia pintada pela igreja em
séculos anteriores, não temos duas categorias distintas na igreja: o clero e os leigos.
Todos são sacerdotes e deveriam funcionar como tal. A Bíblia distingue posições de
governo dentro da Igreja Local, mas não limita o sacerdócio a uns poucos cristãos.
Todo crente deve funcionar em seu lugar no Corpo de Cristo, e todos têm a
responsabilidade de ministrar ao Senhor, bem como aos homens, em nome d´Ele.
Esta visão tem sido resgatada em nossos dias, e somos gratos a Deus por isso.
Contudo, mesmo para aqueles cujo coração já se encontra aberto a esta verdade,
ainda vemos muitos com uma dificuldade: a de não enxergarem o sacerdócio do lar
como algo fundamental.
O Sacerdócio Começa em Casa: Antes de ser sacerdote na igreja, o homem tem que ser
sacerdote na sua própria casa: "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher... e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito, pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como
governará a Igreja de Deus?", I Tm 3.2,4,5.
Não é porque vai governar a igreja que o bispo tem que ter um bom lar, mas
justamente o contrário. O homem tem que ser o pastor do seu lar; isto é requisito
não só para quem ingressa no ministério de tempo integral, mas é um exemplo de
vida cristã. E se a pessoa não cumpre um requisito básico da vida cristã, então não
tem autoridade para ser um ministro à frente da Igreja.
Portanto, o mandamento de ser sacerdote no lar é para todo cristão. E isto envolve
uma excelente conduta familiar, que depois será cobrada do líder como exemplo
para o restante do rebanho: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesse em
ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísse presbíteros,
conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher,
que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados", Tt 1.5,6.
O homem, além de ser fiel à sua esposa, deve conduzir seus filhos no caminho do
Senhor e numa vida de santidade, o que exigirá dele não só conselhos casuais, mas
todo um acompanhamento, investimento e ministração na vida espiritual de seus
familiares. O posicionamento de um homem de Deus sempre deve envolver sua
casa. Este foi o exemplo dado por Josué: "Mas se vos parece mal servir ao Senhor,
escolhei hoje a quem sirvais, se aos deuses a quem serviram vossos pais, que
estavam dalém do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém
eu e a minha casa serviremos ao Senhor", Js 24.15.
O plano de Deus não é apenas para o homem sozinho, mas para toda a sua
família. Quando o Senhor decidiu julgar e destruir a humanidade nos dias de
Noé, não proveu salvação para ele sozinho, mas para toda a sua família. Gn 6.18.
Vemos também que Deus prometeu a Abraão que nele seriam abençoadas todas as
famílias da Terra. Gn 12.3. Ao tirar Ló de Sodoma, o anjo do Senhor fez com que ele
saísse com toda a família. Gn 19.12. No Novo Testamento encontramos um anjo
visitando Cornélio e dizendo que deveria chamar a Pedro, "o qual te dirá palavras
Tipologia Bíblica 224
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
mediante as quais será salvo, tu e toda a tua casa". At 11.14. E além de todas estas
porções bíblicas, encontramos a clássica declaração do apóstolo Paulo ao carcereiro
de Filipos: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e toda a tua casa", At 16.31.
Deus tem um plano para toda a família. Não quer dizer que porque um se
converteu, todos irão converter-se por causa deste texto. Não creio que ele seja uma
promessa a todo crente, mas sim que revele uma intenção de Deus quanto às
famílias de uma forma geral.
Vale lembrar que Paulo declarou isto ao carcereiro num momento em que este
homem ia se matar. Paulo não podia vê-lo, pois além de estar dentro de sua cela, a
Bíblia diz que eles estavam no escuro. O apóstolo Paulo teve uma revelação do
Espírito Santo para uma pessoa específica, num momento específico. Não posso
dizer: - "Ei, Deus! Você prometeu que se eu cresse iria salvar todo mundo lá em
casa!". Mas posso muito bem orar pelos meus familiares crendo que há um plano
divino para a família.
Cada familiar meu tem o direito de escolha, se dirão sim ou não a Jesus Cristo, é
responsabilidade pessoal de cada um deles. Mas farei de tudo para convencê-los,
ensina-los, cobri-los de oração intercessória e tudo o mais que for possível. No caso
deste carcereiro filipense, o Senhor mostrou de antemão toda a família salva. Mas
para cada um de nós, mesmo se não diga de antemão o que irá acontecer, Deus já
revelou seu plano em sua Palavra para toda a família. E o sacerdote do lar tem uma
grande responsabilidade de afetar o destino dos seus entes queridos.
No caso da mulher cujo marido não é convertido, entendemos que ela deve
assumir a posição de sacerdotisa sobre os filhos, porém não sobre seu marido.
Parece-nos ter sido exatamente o que aconteceu na casa de Timóteo, discípulo do
apóstolo Paulo. A Bíblia menciona apenas a mãe dele como sendo convertida:
"Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo,
filho de uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho os
irmãos em Listra e Icônio", At 16.1,2.
E além da Bíblia nada falar sobre o pai de Timóteo sendo convertido, ainda mostra
que a cadeia de ensino e discipulado foi sendo transmitida por meio da avó e
depois da mãe dele: "Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para
que eu transborde de alegria pela recordação de tua fé sem fingimento, a mesma
que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo
de que também, em ti", I Tm 1.4,5.
No versículo anterior a este, Deus já havia dito: “... e as farás saber aos teus filhos e
aos filhos de teus filhos". Dt 4.9. Precisamos ministrar a Palavra de Deus aos nossos
filhos! Nosso ensino – ou a falta dele – tem o poder de afetar o resto da vida de
nossos filhos; foi Deus mesmo quem declarou isto: "Ensina a criança no caminho
em que deve andar, a ainda quando for velho, não se desviará dele", Pv 22.6.
Não se trata apenas de dar uma boa educação, mas sim a verdadeira educação.
Ensinar-lhes a andar nas veredas da justiça, nos caminhos bíblicos. Isto também é
um mandamento claro e expresso da Nova Aliança: "E vós, pais, não provoqueis
vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor", Efésios 6.4.
Cobertura de Oração: Também vemos na Bíblia que o sacerdote do lar deve cobrir os
seus com oração. A Palavra de Deus nos mostra que Isaque orava a Deus para que
abrisse a madre de Rebeca, sua mulher. E Deus ouviu suas orações. Gn 25.21.
As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó, que periodicamente chamava seus
filhos para um culto e sacrificava ao Senhor em favor deles, com medo de terem
pecado contra Deus. Jó 1.5.
O Sacerdócio envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua Palavra desde o
início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden: "Tomou, pois, o Senhor
Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar", Gn 2.15.
Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guarda-lo, protege-
lo. Mas guardar de quem, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada? Penso que
Deus já estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria
destruir o que o Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse
protegido a Eva, em vigilância, bem como ministrando-lhe sobre a importância da
obediência ao Senhor, provavelmente aquilo não teria acontecido. Também nós
precisamos guardar e proteger nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância,
bem como a ministração da Palavra de Deus em nossos lares.
Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (Atos 10)
com salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu de graça. Este
homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre
haverá uma colheita da manifestação do poder de Deus! Se cobrirmos nossa casa de
oração, veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor sempre
age num ambiente de muitas orações.
Quando o casal ora junto, goza de princípios operando em seu favor que orando
sozinho não se experimentaria. "Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra
concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu
Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles", Mateus 18.19,20.
Ao orar junto, o casal aumenta seu "poder de fogo" contra o inimigo, pois no reino
de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É
sinérgico! Moisés cantou acerca deste princípio ao mencionar o que Deus fizera
acerca do exército de Israel: "Como poderia um só perseguir mil, e dois fazer fugir
dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o Senhor não lhos entregara"?, Dt 32.30.
A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre o casal.
Desentendimentos vão roubar deles o poder de unidade nas orações, que por sua
vez serão impedidas: "Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento,
dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras
convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações", I
Pedro 3.7.
A "correria" é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o casal deve ter
junto. E cada um deve aprender a "driblar" suas dificuldades e conseguir praticar
este princípio de alguma forma. Não deve haver vergonha ou críticas quanto à
forma de cada um orar. A intimidade no que diz respeito à vida espiritual precisa
ser desenvolvida da mesma forma que a física e emocional.
"Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas
mulheres e os seus filhos", II Crônicas 20.13. "No mesmo dia, ofereceram grandes
sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres
e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe",
Números 12.43.
Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor. I Sm 1.1-5. Acredito que
pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e
não é, porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente
que exalta ao Senhor e sua Palavra do que num ambiente mundano que exalta o
pecado e os prazeres da carne.
Cultuar ao Senhor em família não envolve somente o ir à igreja, mas também pode
abranger um culto familiar na própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na
casa de Cornélio. Atos 10.33. A reunião familiar também não precisa acontecer
apenas dentro de casa. Além dos cultos na igreja, podemos nos reunir em algum
outro lugar (e até mesmo com outras famílias) para buscar ao Senhor. Atos 21.5.
"Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa;
começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela
iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os
repreendeu", I Samuel 3.13.
O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está
falando de negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos,
Eli não os repreendeu. Toda omissão no sacerdócio do lar sempre trará
conseqüências sérias. Davi teve problemas com vários de seus filhos, e se você
estudar com calma a história dele, perceberá o quanto ele era negligente em relação
a seus filhos. Adonias, assim como Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono.
Mas por trás desta atitude de rebelião, a Bíblia mostra a negligência de Davi como
sacerdote em sua casa: Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?,
I Rs 1.6.
Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a
qualidade do relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos
ser sacerdotes dedicados em ministrar e cobrir suas vidas.
1. O marido deve escutar e dar ouvidos aos conselhos sábios de sua esposa:
1.1. Conselho da esposa de Abraão. Gn 21.12
1.2. Conselho da esposa de Manoá. Jz 13.19-23
Tipologia Bíblica 229
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
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Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Quando um parente tentava tirá-lo deste tormento, pedia: 'O único desejo que eu
tenho é ser enterrado ao lado do meu filho'. A depressão e a fraqueza geral foram
seguidas por uma quebra na resistência e a chegada de uma infecção. Na Páscoa,
Amador teve um derrame cerebral e entrou em coma. Morreu na quinta-feira. Foi
sepultado à direita do túmulo de Rodrigo. O inimigo é o maior interessado em destruir o
relacionamento entre pais e filhos.
O primeiro entendimento que os pais devem ter é o de que a missão de ser Pai e
Mãe é para toda vida. Ela não termina quando os filhos saem de casa ou tornam-se
adultos. Em I Timóteo 5, 8 o autor chega a dizer que: “quem se descuida dos seus, e
principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel”.
1. Pai herói
2. Pai coruja
3. Pai que é uma mãe
4. Pai bravo
5. Pai amigo
6. Não importa o tipo, a raça ou a crença, pai é sempre pai.
7. Tem pai que Ama. Tem pai que esquece do Amor.
8. Tem pai que não sabe que é Pai. Tem filho que não sabe do Pai.
9. Tem pai que dá Amor. Tem pai que dá Presente.
10. Tem pai que se preocupa com os problemas do Filho,
11. Tem pai que não sabe dos problemas do Filho...
12. Tem pai que Ensina. Tem pai que não tem Tempo.
13. Tem pai que Afaga. Tem pai que só pensa em Negócios.
14. Tem pai que Acaricia. Tem pai que não percebe que o filho precisa de Carinho.
15. Tem pai de todo jeito. E você? Que tipo de pai você é?
15.1. Pai permissivo?
15.2. Pai indiferente?
15.3. Pai cobrador?
O pai, como primeira imagem de autoridade que a criança tem na vida, para
educar bem o filho para vir a ser cidadão consciente e responsável, precisa ter
atitudes educativas firmes, mas com um coração amoroso. Agindo assim para com
seu filho, o pai poderá formar um ser humano mais equilibrado e que, certamente,
saberá, quando adulto, agir com harmonia no contato com os outros, contribuindo
com seu comportamento para que a sociedade venha a ser melhor. O pai é, para a
criança, a primeira imagem de autoridade em sua vida e a interiorização dessa
imagem (e das imposições sociais, culturais, morais, religiosas). O tipo de
relacionamento que a criança tiver com seu pai, certamente irá influenciar como ela
enfrentará as regras e os limites normais que encontrará no convívio com as outras
pessoas. Os tipos de relacionamento utilizado por pais são variados, mas há três
mais marcantes, apresentados a seguir.
Primeiro Tipo: Há pai que utiliza no relacionamento com seu filho, o "estilo
autoritário" que era muito utilizado algumas gerações passadas: ele educa de modo
rígido, severo, dogmático, inflexível, rigoroso, repressivo, ríspido, exigente, dá
ordens e direções, valoriza obediência cega às regras e valores estabelecidos,
reprimindo quaisquer outros comportamentos. Quando o filho comete alguma
falta, lhe dá castigos físicos ou outros corretivos disciplinares, como punição.
O filho reconhece e obedece integralmente a autoridade do pai, sem nenhum
questionamento e nesse ambiente de autoritarismo, não tem outra escolha a não ser
agir de modo resignado, obediente, submisso, dependente, silencioso, com medo,
ansioso, frustrado, etc., o que poderá provocar nele inibição da sociabilidade, baixa
auto-estima, frustrações, agressividade reprimida, sentimento de inferioridade, etc.
Certamente esse tipo de pai foi influenciado com a publicação das experiências da
Escola inglesa de Summerhill, que dava liberdade total aos seus alunos e pelas
mudanças na juventude da década de 60, com o comportamento "hippie" e com a
influência da explosão libertária dos jovens universitários franceses ocorrida em 22
de março de 1968, iniciando a Revolução Cultural na França que espalhou as suas
idéias pelo resto do mundo. Em pleno século XXI é encontrado pai que age com esse
"estilo permissivo", por sentir culpa ao pensar em impor quaisquer limites ao filho.
Esse pai acredita na idéia, sem fundamento, que o filho ficará frustrado se lhe
forem estabelecidos limites e regras. Essa idéia é crendice popular, idéia distorcida
e sem fundamento bíblico e científico, já que nenhuma teoria recomenda aos pais
que não ensinem limites às crianças e não exerçam a natural autoridade, educando
os seus filhos. Esse tipo de pai, além de errar na interpretação das teorias
psicológicas, e por ter, ele próprio, ficado frustrado e desiludido com a educação
repressora e punitiva que teve na infância, quer dar ao seu filho uma educação
diferente da que teve e também, porque não quer que seu filho o veja como
autoritário, repressor e inibidor, mas o veja como "bom" pai.
E assim, esse tipo de pai dá liberdade total para o filho ter quaisquer tipos de
comportamentos inadequados, para ter ataques emocionais de raiva, choro, birra,
agressividade verbal (xingamentos, palavrões, etc) ou física (bater em outras pessoas)
tolerando até as grosserias, a falta de respeito do filho e os abusos que ele comete.
Agindo desse modo com o filho, o pai sofrerá as conseqüências de ter criado filho
que é um verdadeiro "tirano" exigente que manda e desmanda sobre os membros
da família, sem ter aprendido regras de convívio, limites, bons comportamentos e
disciplina.
Com esse tipo de convivência e orientação positiva sobre os limites, regras e o que é
permitido ou não, certamente haverá melhores condições de desenvolvimento da
cidadania do filho com obtenção de melhores resultados, e se a maioria dos pais
agirem assim poderá existir uma melhor sociedade humana, com seres humanos
O adolescente passa por períodos em que se sente embaraçado, mas está consciente
das mudanças que lhe ocorrem. O corpo desafia o próprio tempo e torna-se uma
loucura conviver com tal instabilidade. O olhar-se no espelho causa espanto.
Descobre sua sexualidade. Há uma dificuldade em controlar seus impulsos sexuais
que tornam-se cada vez mais intensos. Para desabafar, o adolescente procura seu
grupo, colegas da mesma idade, com os mesmos sonhos, problemas e carências; tal
experiência oferece-lhes senso de realização.
Existe um forte desejo de ser aceito, uma busca de identificação com os demais
através dos costumes, maneira de vestir, linguagem e formas de diversão. Sonhar
acordado torna-se comum e longas horas são gastas, conversando com amigos ao
telefone.
O espírito de independência dos pais e dos valores por eles estabelecidos é muito
comum nesta fase. A família passa para o segundo plano. Ela já não satisfaz seus
anseios, não há mais novidade. Por isso negam-se a acompanhar os pais em
viagens, festas e passeios. Querem ser e agir como adultos. Buscam explicações
racionais para tudo.
Qual será meu estilo de vida? Os adolescentes estão cercados por diferentes
padrões de vida impostos pela sociedade. Conhecem os estilos de vida de seus
pais, irmãos mais velhos, parentes e líderes, mas questionam seus padrões por,
muitas vezes, enxergarem incoerências na vida de tais pessoas. Não quero esse
estilo de vida para mim no futuro. Diante de tantas mudanças e desafios
enfrentados na adolescência, torna-se imprescindível que pais e filhos mostrem
paciência e disposição para ceder. Os filhos devem compreender que os pais são
colocados por Deus como porta-vozes de Sua vontade em suas vidas.
Os pais devem encarar os filhos como seres pensantes e também respeitar suas
opiniões, ponderando-as antes de tomarem decisões contrárias. Compreendendo
tal processo, poderão passar por esse período sem grandes conflitos, curtindo
emoções e momentos, pois cada um deles possui seu encanto.
O Adolescente e as Amizades
Por isso, segundo Maria Tereza Maldonado, é importante que os pais conheçam os
amigos dos filhos e tenham noção clara das características dos grupos que eles
pertencem. O maior risco, na opinião da terapeuta, é que muitos se submetem às
regras do grupo a ponto de fazerem coisas que não ousariam fazer sozinhos, tudo
para serem merecedores dessa inclusão.
Tipologia Bíblica 236
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
“Eles são capazes de atos anti-sociais como riscar carros, depredar orelhões, fazer
bagunça nas portas das boates, passar trotes ou cometer pequenos furtos”, alerta.
Quem não se lembra do índio Galdino, o Pataxó covardemente queimado vivo por quatro
jovens de classe média, filhos de funcionários públicos em Brasília? A agressividade,
para a psicóloga Karina Brodski, geralmente tem a ver com o crescimento físico,
que nem sempre acompanha o emocional. Eles não têm noção da força física que
possuem e não entendem que devem usar a inteligência ao invés do corpo e da
ação.
Como são mais imaturos, os adolescentes não têm muita idéia das conseqüências de seus
atos. São mais impulsivos e têm aquele sentimento de invencibilidade, do tipo “nada vai me
acontecer”, explica a psicóloga. Os pais precisam orientar e impor limites desde cedo.
É importante também não passar a mão na cabeça e fingir que nada aconteceu com
o filho. Léa Gonçalves, por exemplo, não pestanejou e castigou seu filho quando
soube que ele passou a tarde inteira aprontando com quatro colegas em sua casa.
“Sem mais nada o que inventar, os cinco tiveram a brilhante idéia de passar trotes
ameaçadores para alguns colegas de turma. Deu a maior confusão porque duas das
‘vítimas’ tinham bina. Fui até chamada pela coordenação do colégio”, lembra a mãe
que proibiu, como punição, que seu filho fosse a uma festa e cortou o acesso à
Internet por uma semana. Para quem está de fora, não é fácil ver alguns
adolescentes querendo quebrar a cabeça pelas esquinas da vida. Aos pais e
educadores, resta impor limites, sanções e, sempre dialogar, com muito afeto.
O Adolescente e a Depressão
Não devemos, nem por brincadeira, julgar as pessoas deprimidas como se elas
estivessem ficando loucas, nem tampouco devemos achar que há motivos para o
deprimido se envergonhar. A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas
as nacionalidades, em todas as fases da vida. Estima-se que cerca de 5% da
população mundial sofra de depressão (incidência) e que cerca de 10% a 25% das
pessoas possam apresentar um episódio depressivo em algum momento de sua
vida (prevalência).
O Adolescente e a Violência
Adolescente e os Desafios dos Pais: Toda família enfrenta dificuldades para educar
seus filhos. A temida adolescência não tem necessariamente que ser uma
experiência ruim para pais e filhos. Há alguns passos que os pais podem dar para
fazer desses anos uma aventura boa para todos. Os pais necessitam de: Joelhos
Calejados; Ouvidos de Elefante; Olhos Perspicazes; Exercite Equilíbrio; Seja Modelo e
Seja Acessível e Gaste tempo com seu filho.
Como Amar o seu Adolescente: Criar os seus filhos nos anos de adolescência pode
ser um desafio e geralmente uma aventura perigosa. O fundamento segura para
um sólido relacionamento com seus adolescentes é o amor incondicional. Só
quando este fundamento é construído você pode ficar seguro sobre a educação que
foi dada. De outra forma educar torna-se algo confuso e bastante frustrante.
Esse amor atua como uma luz que guia, para saber onde você está com seu filho. Amor
incondicional, para o seu adolescente significa:
Se você amar o seu adolescente só quando ele lhe agradar (amor condicional) e
comunicar o seu amor apenas nestes momentos, ele não se sentirá genuinamente
amado. Isso fará com que ele se sinta inseguro, com sua auto-imagem prejudicada,
e de fato o impossibilitará de desenvolver um comportamento mais maduro. Se
você ama o seu adolescente incondicionalmente, ele se sentirá bem com ele mesmo.
Será capaz de controlar sua ansiedade, e por sua vez seu comportamento ao tornar-
se um adulto.
Seu adolescente vai lhe testar. Geralmente isto se dará através do comportamento
impróprio na busca por independência. Não reaja no momento de raiva. Isto não
significa aprovar o mau comportamento. Você precisa expressar os seus
sentimentos honestamente, mas de maneira apropriada, sem ira, gritarias,
linguagem torpe, atacando o adolescente verbalmente, ou ficando fora de si.
Thiago pegou as chaves do carro e virou-se para abrir a porta da casa. Deparou com
uma placa afixada com fita adesiva.
Não tenho maior alegria do que esta a de ouvir que meus filhos andam na verdade. III Jo 4.
Quais as normas que devem ser seguidas quando jovens continuam no lar paterno
depois de se tornarem adultos? Afinal, não há na Bíblia qualquer orientação
dirigida especificamente a esta situação. Será possível alguém olhar para a nossa
família e enxergar nela pelo menos um vislumbre da felicidade, intimidade,
fraternidade e união familiar que a Bíblia tanto nos incentiva a imitar? (Sl 133.1; I
Co 1.3,10; Hb 13.1) Sim, é possível aproximar-se deste ideal. Há esperança! Existem
sábios princípios, que são bíblicos, que se aplicam e que, se forem seguidos,
possibilitarão amenizar e evitar muitos dos problemas que têm surgido entre filhos
adultos e seus pais e irmãos quando convivem sob o mesmo teto.
A primeira coisa que devemos estabelecer, antes de mais nada, é que a casa é dos
pais e que quem deve mandar nela são eles. Foram eles que investiram suas
energias, seus recursos e seu tempo no intuito de construir um abrigo confortável e
sossegado para se refugiar das agruras do mundo externo. Nenhum filho tem o
direito de diminuir ou tirar o bem-estar, tranqüilidade ou alegria paterna ou
materna neste local criado por eles.
O lar, portanto, não é uma democracia onde pais e seus filhos crescidos devem ter
voz igual, como alguns sugerem. Quando Paulo instrui Timóteo sobre quais os
homens aptos a liderar a igreja (a “família de Deus”), ele diz que eles têm que ser
pessoas conhecidas por governar bem a sua própria casa e pergunta: Se alguém não
sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? Ef 2.19; I Tm 3.4,5,12.
Mas isto não significa, de jeito nenhum, que os pais têm mandato divino para
manter controle sobre todos os aspectos da vida dos filhos adultos enquanto eles
moram na mesma casa. O alvo paterno deve ser de progredir da fase de
regulamentação geral (criança pequena) para o estágio de liberdade condicional
(adolescência) até a etapa de independência total de decisão e ação (adulto). Não
pretendemos advogar aqui a tendência dos pais de outros países de desalojar os
filhos. Mas eles devem procurar se relacionar com seus filhos, desde a sua
adolescência, com o amadurecimento e eventual emancipação em mente,
preparando-os de tal modo que a sua partida para o mundo fora do lar nem seja
excessivamente traumática nem por demais libertadora.
Pais, é bom reavaliar a situação nos nossos lares à luz de Efésios 6.4, Pais, não
provoqueis vossos filhos à ira. Como nosso filho (ou nossa filha) descreveria o seu
relacionamento conosco? Sente-se sufocado? Manipulado? Fiscalizado? Vigiado?
Controlado?
Dona Valdete hesitou e depois entrou, decidida, no quarto do neto. Alisou a cabeça dele.
Era tão bonito, parecia um anjo dormindo. Mas era um anjo muito descuidado e precisava de
uma bronca.
–Acorde, Thiago.
–Que é, Vó?
–Acorde e olhe para mim! Thiago se virou e dobrou o travesseiro debaixo da cabeça.
–Que foi? Aconteceu alguma coisa?
–Ainda não, mas vai acontecer se você não parar de ser preguiçoso.
–Que história, Vó! Eu trabalho todo dia.
–É, e sua mãe não?! Ela acaba de me dizer a lista de coisas que tem que ser feitas hoje.
Olhe, sua mãe está com apenas dois meses de operada. Seu pai teve que ir ao trabalho.
–Ela não me falou nada. Como eu vou saber?
–E você perguntou, por acaso? Eu mesma ouvi você avisando ontem que ia aproveitar o
sábado para colocar o sono em dia. Você acha que seus pais vão lhe pedir alguma coisa
depois de uma declaração daquelas? Onde já se viu? Um marmanjo deste tamanho na cama
enquanto a mãe coloca o lixo na rua. Se fosse apenas um volume, ainda vai lá, mas são quinze
sacos bem pesados porque ontem o jardineiro teve aí. Eu a proibi terminantemente! Depois
ela está querendo levar o carro para o mecânico e para o borracheiro. Agora me diga, com
quem foi que o pisca-pisca quebrou? E com quem o pneu furou?
–Comigo, Vó.
–Então! E pode desmanchar essa cara de espantado! Estou achando que Deus me mandou
para cá para dar uma basta nessa exploração! Tem quatro de vocês e ninguém faz nada para
ajudar nesta casa nos sábados. Fica todo mundo na cama até meio-dia e depois cada um tem
seus programas. Se vocês dividissem as tarefas, seus pais poderiam dormir umas horas a
mais também. Bem que eles precisam. E aí, vai sair desta cama, ou não?!
Quando o pai (Neto) chegou algumas horas mais tarde, ficou espantado. Thiago havia saído
para cuidar do carro (com ordens para comprar ração e passar na farmácia e na locadora).
Seu caçula estava dando banho na cachorra enquanto a avó estava preparando o material
para ensinar-lhe como lavar três pares de tênis. O outro filho estava cortando a grama do
quintal. Na cozinha, a filha estava assando o bolo que ela havia prometido para a reunião da
mocidade daquela noite e já sabia que quem iria passar sua blusa a ferro seria ela mesma.
Sr. Neto chamou a esposa de lado e perguntou a ela que “milagre” era aquele.
–Olhe, sua mãe resolveu que nossos filhos são um bando de preguiçosos e acordou a
cambada toda. Mas eu também já recebi uma bronca bem grande. Duvido que você escape!
Mais tarde, Vovó Valdete reuniu a família.
—Como vocês notaram hoje de manhã, apesar de achar vocês a família mais linda do mundo,
estou preocupada com algumas coisas que tenho observado nas três semanas que passei
aqui. Já conversei com seus pais e agora vou falar com vocês novamente. E aí ela continuou
falando, com a Bíblia na mão….
Uma das queixas mais freqüentes dos pais é que os jovens vivem como se a casa
em que moram fosse uma espécie de hotel onde necessidades e caprichos de filhos-
hóspedes têm que ser satisfeitos exatamente por pais-empregados. Para eles, amor
de pai e mãe implica em sacrifício e canseira. Amor de filho, entretanto, tem pouco
a ver com este conceito. Basta dizer “eu te amo” de vez em quando, comprar uns
presentinhos no dia deles e no Natal e pronto.
Vemos que a culpa pelos desentendimentos nesta área é de ambas as partes. É dos
pais que não exigem participação nos gastos e desgastes físicos que a manutenção e
conservação do lar requerem. É dos filhos que não percebem que, por serem
adultos, já podem e devem começar a aliviar os pais das suas tarefas e despesas
com o andamento domiciliar. Paulo ensinou a Timóteo que os filhos e netos devem
aprender a exercer piedade para com a sua própria casa, e a recompensar os seus
progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. I Tm 5.4. Em outra epístola, Paulo
falou da importância de evitar comer pão, de graça, à custa de outros, mas de trabalhar,
em labor e fadiga, de noite e de dia, a fim de não ser pesado a ninguém . Ele continua
afirmando, Se alguém não quer trabalhar, também não coma. II Ts 3.8,10.
No lar ideal, os pais criam os filhos e, em seguida, lutam ao lado deles por um
tempo enquanto se estabilizam na sua emancipação. Depois, tanto os filhos como
os pais devem ser livres. A mãe também tem direito a este estágio de liberdade,
retomando ou desenvolvendo novos talentos e atividades na sua comunidade. As
suas obrigações e tarefas com os cuidados dos seus filhos terminam quando esses
se tornam adultos exceto, quando de comum acordo, pais e filhos decidem
continuar com a convivência ou dependência financeira.
Pode ser no intuito de ajudar o filho ou a filha a se preparar melhor para uma
próxima fase nas suas vidas. Este apoio é voluntário e temporário e pode ser
retirado ou diminuído se os pais notarem que seus filhos estão lhes explorando ou
tirando proveito indevido do sacrifício paterno.
Chega o momento em que os pais vêem que seus mimos estão atrasando o
amadurecimento dos filhos. Agora, quem deve se sacrificar mais, fora e também
dentro do lar (o labor e fadiga, noite e dia acima) é o jovem. Um filho crente se esforça
não apenas para não ser um peso, mas também para aliviar a carga dos pais,
começando a recompensá-los, assumindo tarefas domésticas, compras, consertos…
O seu amor se concretiza—passa de meras palavras para ações visíveis.
Tipologia Bíblica 245
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
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É certo que hoje vivemos uma época em que as mulheres trabalham fora e
ajudam nas despesas de casa, porém há muitos maridos que se aproveitam
dessa participação e transferem suas responsabilidades de provedor do lar
colocando uma grande sobrecarga na esposa causando cansaço, desilusão, e
até desinteresse dela pelo seu companheiro. Um homem de Deus, no
exercício da Mordomia da Família procura por todas as formas dar o
melhor possível à sua mulher e filhos, suprindo suas necessidades
materiais.
1. Silencioso: governa sem que haja qualquer tipo de comunicação; silêncio total.
2. Hipócrita: fala bem da mulher só na frente dos outros, em casa a maltrata.
3. Desequilibrado: ora negligente, ora ditador (vive nos extremos).
4. Bomba Relógio: a família nunca sabe quando vai explodir.
Tipologia Bíblica 246
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Desde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as coisas
mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem
inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade. Se todas as esposas
virem em seus maridos amor, atenção, bondade, fidelidade, proteção, cobertura
espiritual, valorização, intimidade sexual. Essa casa estará edificada sobre a Rocha. Os
rios vão subir, os ventos vão soprar, mas a casa não vai cair, pois ela está edificada
sobre a Rocha. O que toda Esposa espera de seu Esposo?
1. Convivência: O marido deve procurar passar tempo com a esposa, para aprender a
conhecê-la como a pessoa especial que é. Conhecer profundamente todas as
sutilezas e nuances de temperamento, para poder fazer uso desse conhecimento em
benefício da própria esposa. Através da convivência, o esposo poderá descobrir
quais são as necessidades básicas de sua esposa e satisfazê-las dentro do possível.
2. Exemplo: Uma liderança eficaz requer que o líder dê o exemplo, não exigindo dos
seus nada que ele mesmo não esteja disposto a fazer. O marido que já tiver
demonstrado amar a esposa, sabe que poderá contar com ela para fazer por ele o
que tenha feito por ela. Se ele a servir, será servido; se ele a amar, será amado; se
ele coloca os interesses dela antes dos seus, verá que ela fará o mesmo por ele.
Expresse constantemente e audivelmente o amor que sente por ela: Muitas vezes o
marido acha difícil entender a necessidade que a esposa tem de ouvi-lo confirmar
com palavras o sentimento que tem no coração. Expresse, através de ações, o
cuidado que merecem as necessidades dela: Uma massagem no pescoço cansado e
dolorido, uma mãozinha inesperada com alguma tarefa dela, podem falar mais alto
que mil palavras. Mas não se esqueça que as palavras dão aquele toque especial e
indispensável.
Procure demonstrar de maneira prática que ela é o ser humano que ocupa o primeiro
lugar em sua vida: Mostre-lhe que suas opiniões são respeitadas, mesmo quando não
forem aceitas. Nos conflitos, ela deverá poder contar com seu apoio, pois você
deixou até pai e mãe para unir-se a ela. Trate-a com cortesia e com ternura: Ela será
o reflexo do modo como a tratar. Se quiser ter uma rainha por esposa, terá que
tratá-la como tal. Expresse freqüente e generosamente sua apreciação e admiração:
São tantas as coisas que ela faz por você e por sua família, que esta dedicação não
pode ser passada em branco. Se realmente ela representa algo em sua vida, então,
expresse. Jamais use comparações para tentar mudá-la: Especialmente no caso de
compará-la a outras mulheres, isso pode produzir uma terrível mágoa e
sentimentos de falta de valor próprio. Lembre-se de que sua esposa é uma pessoa
especial e diferente das outras pessoas e mulheres. Ela será uma pessoa muito
melhor se, ao invés de criticar seus pontos fracos, você encorajá-la a desenvolver
suas qualidades.
Não a critique na frente de outras pessoas: Se houver algo que ela precisa corrigir,
espere pelo momento certo, quando vocês estiverem a sós, e então, diga-lhe o que
tens para dizer, mas com brandura e amor.
Capítulo VII
De acordo com o art. 1566 do Código Civil, são deveres de ambos os cônjuges, entre outros,
mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos. O art. 1568 determina que os
cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do
trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial.
6. Advertência
7. Disciplina
Este fato os torna vulneráveis e frágeis para a tarefa de educar, e eles não impõem
as regras necessárias para que os filhos desenvolvam-se com maturidade. Se a
criança disser “não gosto de você”, eles levam tão a sério que se mostram
totalmente ameaçados na relação.
Tipologia Bíblica 251
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Outros problemas surgem porque muitos pais se sentem culpados por estar
ausentes a maior parte do dia e, assim, assumem posturas permissivas. Têm
dificuldade de frustrá-los com repreensões, imposições ou castigo físico. Temem
ser considerados “chatos”, e não repreendem suficientemente os filhos. O pior desta
dinâmica é que a criança percebe tal fragilidade e abusa, tornando-se cada vez mais
exigente. Muitas vezes, exige novamente uma exceção ou concessão que lhe foi
dada em determinado dia, e enfrenta os pais com arrogância: “Mas você deixou
naquele dia. Por que não vai deixar hoje? Eu quero!”. A birra das crianças é um
exemplo clássico de disputa de poder em relação aos pais.
É, ao mesmo tempo, o que lhe garante proteção e a confiança de que está sendo
cuidado por alguém que sabe o que é melhor para ele. Portanto, o limite tem
duas funções: a educativa, que dá a noção de respeito ao outro, e a função
psicológica, de segurança, proteção e a noção de quem eu sou. Quando a atmosfera
de confiança é mantida e reconhecida e há afeto na relação, a comunicação eficaz
acontece. A educação que Deus nos dá é assim! Temos liberdade para agir e ser
aquilo que escolhemos, considerando o outro ao nosso redor e ainda
amadurecendo na plena vontade do nosso Pai. Qual é a vontade do Pai? Filhos
maduros, carinhosos, íntegros, responsáveis e, principalmente, que reconheçam o
investimento e o afeto que o Pai nos dedicou, Deuteronômio 6.7.
5. Apanhe tudo o que seu filho deixar espalhado: livros, sapatos e roupas. Faça
tudo por ele e, assim, ele se acostumará a jogar todas as responsabilidades em cima
dos outros. (O certo: não fazer tudo pelo filho; ensiná-lo a ter responsabilidade,
cuidando de suas coisas, desde criança).
6. Deixe-o ler tudo que lhe caia nas mãos. Cuide sempre que as vasilhas, pratos,
talheres e copos sejam esterilizados, mas deixe que sua mente se alimente de lixo;
(O certo: examinar o que o filho ler, não permitindo literatura imoral no lar).
7. Brigue com sua esposa (ou com seu marido) frequentemente na presença dos
filhos; deste modo, eles não ficarão chocados mais tarde, quando o lar se desfizer;
(O certo: jamais brigar com a esposa, muito menos em frente dos filhos ).
8. Dê-lhe todo o dinheiro quiser. Não permita que ele trabalhe para ganhar
dinheiro. Porque ele teria que adquirir as coisas com as mesmas dificuldades que
você? (O certo: se puder, dar a mesada aos filhos, orientando-lhes para o valor do
dinheiro, sem gastar além do que recebe).
9. Satisfaça qualquer desejo de comida, bebida e conforto que ele queira. Veja que
todos os seus desejos sensuais sejam gratificados. A inibição de desejo pode dar
origem a uma perniciosa frustração; (O certo: só satisfazer aquilo que é lícito e
conveniente para os filhos).
10. Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. Todos eles estão de
prevenção contra seu filho. (O certo: se ele errar, nunca ficar de seu lado; ajudá-lo a
corrigir as falhas, com amor e compreensão).
11. E, quando ele estiver seriamente envolvido em dificuldades, desculpe-se a si
mesmo, dizendo: "Nunca consegui fazer nada com ele"; (Procurar ajudar nas
dificuldades, visando a correção e resolução dos problemas).
12. Prepara-se para uma vida de tristezas e sofrimentos. Você está fazendo tudo
para tê-la. (O certo: usando a Palavra de Deus, preparar a família para uma vida de
amor, obediência e dedicação a Deus).
Pontos Positivos
■ Não dê à criança tudo quanto ela queira.
■ Aponte os erros que seu filho comete.
■ Nos momentos de perplexidade, esclareça sua dúvida.
■ Ensine e ajude seu filho a escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal.
■ Ajude-o a seguir o caminho do bem abraçando sempre a verdade.
■ Dê a seu filho uma educação espiritual.
■ Quando seu filho deixar tudo espalhado pelo chão roupas, faça-o apanhá-los.
■ Com gritos nunca se educa uma criança. Educa-se com energia, amor e bondade.
■ Não brigue nem discuta na presença do filho.
■ Quem não se contenta com pouco, nem o muito o satisfará jamais.
■ O filho deve aprender quanto custa ganhar dinheiro.
■ Não satisfaça todos os desejos e caprichos do seu filho.
■ Ninguém é perfeito; seu filho também está dentro desta regra.
■ Seja justo e dê razão a quem tem de fato.
Capítulo VIII
Violência Domestica
Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em sua própria casa,
pelo pai de seus filhos, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes maior do
que o de sofrer alguma violência na rua, fora do âmbito familiar. Aquelas que
deveriam ser as paredes protetoras do lar atuam como muros do medo. A vítima
não vê saída, mesmo que tenha a chave da porta. Isso porque, em sua essência, a
violência doméstica é a manifestação da distribuição desigual de poder. Poder
físico, econômico, psicológico, social e, sobretudo, emocional do homem. Aí está o
nó da questão.
Ele espelha o caminho que cada uma percorreu até a delegacia, para expor as
feridas mais íntimas de sua vida. Muitas desistem à última hora e dão meia-volta
antes de entrar. Outras — quase 30% — retornam nos dias seguintes para retirar a
queixa. "Quero que a violência cesse", diz a delegada Martha Rocha, "mas tenho a
humildade de não impor a essa mulher os meus princípios. Não tenho a pretensão
de mudá-la". Segundo dados levantados pela pesquisadora carioca Bárbara Soares,
do Instituto Superior de Estudos da Religião, Iser, 52% das mulheres que sofreram
agressões anteriores preferiram não fazer registro. Ainda assim, foram quase
220.000 os boletins de ocorrência registrados nas Delegacias da Mulher em 1997.
A delegacia está escondida numa área que causa estranhamento, entre armazéns
desativados e prédios surrados que abrigam órgãos policiais. É preciso
determinação e anestesia emocional para chegar até ali, subir os três lances de
escada descascada e alcançar o corredor que deságua na área de atendimento. Para
fazer o relato de suas cicatrizes, a vítima não tem a mínima privacidade, nem
cadeira para sentar. A seu lado, ombro a ombro, outra mulher estará relatando uma
rotina de murros e abusos semelhantes. Nessa primeira saleta não há janelas. Os
depoimentos são dados por cima de um balcão de vinil azul para plantonistas que
ao mesmo tempo precisam atender às chamadas telefônicas, igualmente urgentes.
"O meu ex-noivo, coronel reformado do Exército, está com uma calibre 12, uma
espingarda e uma pistola 45 em casa", inquieta-se uma voz feminina que conseguiu
ligar cedinho. "Ele bateu na minha filha, que teve afundamento no rosto, e a
mantém presa em casa", denuncia outro fiapo de voz. O plantonista ouve, orienta e
dá o endereço da delegacia. Enquanto isso, desconcertada com as interrupções, a
vítima que está tentando contar seus horrores ao vivo, de pé no balcão, se sente um
nada.
Segundo uma teoria desenvolvida pela psiquiatra americana Lenore Walker, que
estuda a cumplicidade da mulher espancada com seu agressor, a violência
doméstica segue três ciclos distintos. A primeira fase é a escalada da tensão, uma
tensão insuportável, que costuma moer emocionalmente a mulher, e durante a qual
ela se anulará ao extremo para tentar apaziguar o parceiro. Como Julia Roberts, no
filme Dormindo com o Inimigo. Jamais dá certo. Segue-se a brutalidade anunciada,
que dura, em média, de duas a 24 horas. Durante a sessão de violência, a mulher
não tem mais o que temer — o pior já está ocorrendo. É a catarse, para os dois.
Passada a explosão, começa a fase da tranqüilidade doentia, em que a vitimização
da mulher se completa: o parceiro faz juras e promessas, e ela, por não ter
condições psicológicas de não acreditar, finge que acredita. Não é raro que uma
mulher submetida a anos de abuso acelere a fase da pancadaria para chegar logo à
fase da lua-de-mel. Somente quando a agredida se sente completamente sem saída,
pode ocorrer-lhe matar o companheiro agressor. Nesse momento, com medo de si
mesmas, muitas procuram ajuda.
"Senhora, pare de falar um pouquinho, senão não entendo nada", pede a policial
Ana Regina Soares, 42 anos, que dá plantão de 24 horas a cada três dias, enquanto
tenta transformar o relato fluvial de uma vítima numa ocorrência policial em cinco
vias. "Você fica sentada aqui dia e noite, escutando situações dramáticas que não
pode resolver com um 38. Só pode colocar no papel. Quando entra uma nova
vítima por essa porta, mudam apenas o nome e o endereço. A gente já sabe o
enredo do samba: agressão, estupro ou ameaça porque o arroz queimou. Naquela
manhã de segunda-feira, ao lado da figura miúda, com olhar de passarinho, que
trazia um bebê no ventre, outro no colo, e deixara os seis filhos maiores em casa
"para buscar meus direitos" (fora espancada pelo marido por se recusar a manter
relações sexuais), estava uma senhora de classe média alta, acompanhada da filha
universitária de 20 anos, vinda de Jacarepaguá. Tinha um braço engessado e o olho
direito macerado. Na véspera, domingo à noite, o marido com quem está casada há
22 anos, executivo de uma grande cervejaria, cobriu-a de socos, chutes, tapas e
pauladas, bateu-lhe o rosto na parede e a arrastou da sala até o quarto. Motivo: o
sumiço de uma carteira.
A próxima da fila é uma figura em desalinho, que mal alcança o topo do balcão,
agarrada a uma sacola em que guarda o que conseguiu pegar antes de fugir do seu
apartamento de Copacabana: um chinelo, um pacote de biscoito água e sal,
algumas peças de roupa. Está fora de casa há quatro dias, amparada por uma
vizinha. Ele sempre aumentava o som da televisão na sala ou no quarto antes de me bater.
Eu apanhei por dezessete anos.
Mas dessa vez me deu terror quando ele botou um lençol na minha garganta para
eu não gritar. Acho que levei muito soco, não lembro bem. Depois ele me atacou
com unhadas que destruíram minhas partes íntimas. Foi horrível..." O investigador
Assis coloca o formulário da ocorrência na caquética Olivetti e começa a batucar.
"Zero sete, barra, zero cinco, barra, 98..." "E o que mais?", pergunta Assis,
protocolarmente. Sempre tem mais. "Ele falou que se eu aparecer vai me matar...
ele é policial militar reformado." A depoente está com a vida à deriva. Existem, no
Brasil, sete casas-abrigo para onde são encaminhados os casos de maior risco. Mas
é difícil avaliar onde mora o perigo, e mais difícil ainda, para a mulher, romper
com tudo e com todos e ir esconder-se da vida.
Nos países mais desenvolvidos, faz-se todo tipo de cruzamento de dados para
determinar o berço em que nasce a violência doméstica. Desde características
individuais do agressor (biológicas, idade, abuso na infância, educação, profissão) até
as familiares (densidade habitacional, renda familiar) e da comunidade (violência do
bairro, índice de criminalidade do país). Disso resultam algumas conclusões
genéricas: 1) quanto mais tempo de casado, maior a chance de haver violência; o
direito ao abuso parece consolidar-se; 2) quando a mulher tem um trabalho
remunerado, a violência física mais bruta despenca substancialmente; a violência
psicológica, porém, permanece a mesma; 3) o agressor costuma estar na idade
máxima de produção (entre 25 e 40 anos) e recorre à violência quando acha que não
está conseguindo cumprir o mandato social de ser o provedor, a autoridade; 4)
alcoolismo, pobreza e desemprego, freqüentemente citados como causa, são
coadjuvantes, não atores principais; 5) a teoria do agressor descontrolado, sob
stress intenso, não se sustenta: quanto mais ele brutaliza a mulher, mais diminui
seu batimento cardíaco; ele focaliza com frieza a agressão. Ademais, se as tensões
no trabalho fossem a causa, por que não começar espancando o patrão?; 6) classe
social não altera o comportamento-padrão da vítima e do agressor.
Estatística
No Brasil a cada 4 (quatro) minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar,
por uma pessoa com quem mantém uma relação de afeto.
41% dos homens que espancam suas parceiras também são violentos com as
crianças da casa. Um terço dessas crianças tende a perpetuar a agressividade
quando crescer.
Evidentemente, uma das violências praticadas contra a mulher e que vem com um
alto poder de destruição é a “violência psicológica”. Conceitualmente, a violência
emocional é toda ação ou omissão destinada a produzir dano psicológico ou
sofrimento moral a outra pessoa como sentimentos de ansiedade, insegurança,
frustração, medo, humilhação e perda da auto-estima e acontece quando:
a. A mulher é ofendida moralmente e também sua família;
b. A mulher é ameaçada de ficar sem os filhos;
c. A mulher é acusada de ter amante;
d. A mulher é impedida de trabalhar, estudar, ter amizades ou sair; não recebe
carinho; é rejeitada pelo seu corpo; é ameaçada de espancamento.
Acontecimentos
Sem Fachadas
Só que naquela sala de espera não sobra lugar para fachadas. Quem chega até ali se
esgueira até os bancos de madeira em forma de L e fica quieto. Ninguém olha para
os lados nem puxa conversa. Não precisa. Num canto está a moreninha Cineide,
com um imenso curativo cobrindo o olho estourado por uma seqüência de murros
do ex-marido. É só o pedaço mais visível do seu estado de decomposição interior.
A cabeça lateja, ela tenta disfarçar a tontura. Cineide acaba de ser informada de
que para registrar queixa ela precisa lembrar do nome completo dos pais do ex-
marido agressor. "Deus meu, me ajude. Como é que eu vou saber esses nomes
numa hora dessas? Eu nem os conheci, morreram cedo. Acho que era Ana e
Albertino."
Sentado num canto mais afastado, um evangélico aguarda a vez de apresentar
queixa de adultério contra a esposa. Numa outra ponta, uma senhora de meia-
idade não larga a mão da filha. É a mais encolhida. Na véspera, pressentindo novo
surto de violência em casa, foi até um orelhão chamar a polícia, pelo 190. Quando
voltou, o marido saiu nu do banho e começou a chutar e arrebentar o que via pela
frente. "Quero ver essa polícia chegar! Duvido. Daqui a gente só sai morto, eu e
você." A policia jamais veio. Foi uma noite de terror.
Enquanto aguarda sua vez, a miúda Alaíze procura se convencer de que está
fazendo a coisa certa. "Que coisa horrível, vir até aqui e denunciar a pessoa com
quem vivi a vida toda, que é pai da minha filha, que me conhece melhor que os
meus próprios pais. Mas não posso completar mais um ano apanhando. Acho que
os abusos e o desrespeito começaram quando eu me tornei dependente dele até
para comprar um pente. Eu já tive emprego — fui secretária bilíngüe durante mais
de dez anos —, mas me deixei convencer a parar de trabalhar. Me tornei a office-
girl de luxo do meu marido, sem nenhuma vontade própria. Até para mudar um
sofá de lugar eu tinha de perguntar antes.
Depois vieram as bofetadas. Na hora, não dói, você não pensa em nada, só em ficar
quieta, em não reagir. Os hematomas, os zumbidos na cabeça, as feridas aparecem
depois. É ficar quieta e ganhar aquele murro, ou ele quebra a casa inteira. As
agressões são sempre à noite, e me convenci de que se eu não gritar minha filha
não vai notar nada. Já não vivemos maritalmente, mas o controle continua total. É
doentio. Fui aceitando porque não queria perder o que tenho, não queria piorar as
coisas ainda mais.
De uns tempos para cá, ando com mais medo. Avisei uma vizinha para pedir ajuda
se algum dia me ouvisse gritar. Também coloquei uma escada de pedreiro do lado
de fora da janela do meu quarto e tenho dormido com uma pochete na cintura. Mas
isso é jeito de dormir? Na pochete eu guardo os documentos da minha filha e os
meus. Também escondo 50 reais para poder pegar um táxi, numa emergência. Nem
sei como vim até aqui — me sinto como se eu estivesse engatinhando. Estou com
medo de fazer a denúncia, mas não quero que minha filha tenha medo de ser
mulher quando crescer."
Alaíze sai da delegacia mais insegura do que entrou. Uma folha de papel que
recebeu da policial lhe queima as mãos: trata-se da intimação que deverá entregar
ao marido, com data marcada para seu comparecimento perante um juiz. Por que a
intimação não é enviada pelo Correio? Por que não é entregue por um policial? Por
que tem de ser logo por ela, que já gastou toda sua coragem indo até a delegacia?
"Falta de meios", denuncia a própria coordenadora das 124 Deams de São Paulo,
Maria Inês Valente. Quem lida com violência doméstica sabe que há agressores que
obrigam as companheiras a literalmente engolir as intimações. Alaíze também sabe.
Por isso talvez não a entregue.
Tipologia Bíblica 263
Angelologia (Um Tratado sobre os Anjos)
Pentecostalismo
Família Projeto de Deus
ITI Curso Teológico Módulo VI
Última Parada
Em todo o Brasil existem apenas sete refúgios públicos e seguros para mulheres
que atingem o grau máximo do medo e correm perigo de vida em casa. Em São
Paulo, Porto Alegre, Campinas, Rio, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte. São
espaços em que a integridade física da mulher, e a de seus filhos menores, estará
resguardada pelo poder público por um máximo de noventa ou 120 dias, e onde ela
tentará reestruturar-se emocionalmente. Cavalo de batalha das organizações
feministas, as Casas Abrigo representam um grande avanço no envolvimento do
Estado com as conseqüências da violência doméstica. Apenas o Canadá tem
instrumentos semelhantes.
A Casa Abrigo do Rio de Janeiro é uma das mais bem estruturadas. Tem psicóloga,
agente de saúde, educadoras sociais, professoras para as crianças de até 6 anos e
segurança. É provável que nenhuma das 71 mulheres e 133 crianças que ali
aportaram entre janeiro e abril deste ano tenha recebido tanta atenção em toda a
sua vida. Ainda assim, o rompimento da mulher agredida com seu mundo é
duríssimo, e nem todas agüentam.
Quinze dias? Esperar 'só um pouquinho'? Como é que alguém pode dizer um
absurdo desses? Entrei em pânico, peguei um ônibus e fui direto ao Conselho
Estadual dos Direitos da Mulher, Cedim, que me deu o endereço sigiloso dessa
casa do subúrbio do Rio. Aceitei me esconder porque meu marido poderia me
matar se descobrisse que o denunciei, ou eu poderia matá-lo, de medo. Foi como
sair de uma vida inteira, não apenas de uma casa. Saí fugida, apavorada de que ele
chegasse enquanto eu pegava duas calcinhas, um jeans, chinelo, escova e creme
dental.
Consegui achar o Abrigo por milagre, no meio da noite. Vim sozinha. Não me senti
no direito de arrastar meus filhos menores, pois só eu sei por que estou aqui. Acho
que fiz bem. Aqui é duro. Quando acordo, percebo que não estou na minha cama,
que este não é meu travesseiro, que não sei onde estou. Sinto apenas que estou
onde jamais deveria estar. É uma dor muito grande. Eu tinha uma casa, uma
família, e hoje divido o quarto com mulheres feridas e desesperadas. Minha vizinha
de beliche não está agüentando, todo dia ela diz que vai sair daqui.
É fácil cair na depressão, ela vai te consumindo. Não gosto de ver novelas, como as
outras daqui — afinal, o clima da minha vida não está para novela, com gente se
beijando e eu nesta depressão. Dói mais ainda. Quero fazer coisas normais, coisas
comuns, como ir a um supermercado. Quero de volta essa vida que tem aí fora.
Para mim, voltar à lucidez está sendo difícil. Não sei mais quem sou. Mas sei que
estou viva.
Capitulo IX
Durante muitos anos pairou em minha mente uma dúvida que me assombrava. Eu
me indagava se não faltava algum ponto vital no ensino bíblico a respeito do
casamento. Já ouvi muitas palestras, li muitos livros e artigos que falavam sobre os
alicerces adequados para a construção de um casamento sólido; ensinei em muitos
seminários sobre liderança, submissão, papel do marido e da esposa, como resolver
conflitos, etc.
No entanto, para mim parecia que o elemento que seria a base para todos os outros
ainda estava faltando. Descobri que esse elemento é a graça.
Casamento é a união de dois indivíduos imperfeitos. Cada um traz para o
relacionamento uma série de hábitos, fracassos, preconceitos e idiossincrasias.
Não importa a quantidade de boas intenções, não importa a qualidade da paixão e
do romantismo, o fato é que existem forças que minam o casamento ameaçando
enfraquecê-lo e até destruí-lo.
O compromisso diz: Eu ficarei com você até que a morte nos separe. A graça diz:
Eu o aceito e o tratarei com dignidade mesmo se você falhar comigo. Graça é a
qualidade espiritual que proporciona a base para todos os relacionamentos
saudáveis.
"Graça é demonstrar bondade a quem não merece. Seria mais ou menos o quadro
de uma rainha, com todas as suas roupas finas e caríssimas jóias, abaixando-se para
ajudar um mendigo imundo, malcheiroso, cheio de feridas e, para completar,
criminoso. Falamos muito sobre o amor de Deus. Graça, no entanto, é a forma de
expressão do amor para enfrentar a imperfeição, o fracasso ou o pecado".
A graça diz: No nosso casamento, você está livre de minhas regras, exigências e leis.
Existe certa manipulação entre cônjuges. Cada um tenta estabelecer o controle do
relacionamento aspirando egoisticamente seu próprio ganho. Às vezes a pessoa
tenta manipular a outra crendo realmente que sabe o que é melhor para ela. No
entanto, pouco a pouco isso torna a relação restrita e destrutiva.
Num casamento baseado na graça, ambos ficam livres da necessidade de esforço e
performance para obterem amor, aceitação e compreensão. Isso propicia um
ambiente de liberdade e crescimento mútuo. Não existe receio, desconfiança e, em
conseqüência, nenhuma postura defensiva de autoproteção.
A graça diz: Eu o aceito como alguém igual a mim. "Sois juntamente herdeiros da mesma
graça de vida". I Pe 3.7. Quando o Espírito da graça reina no casamento, estamos
livres da obsessão de "ser o senhor sobre o outro". Tornamo-nos cônjuges genuínos
na nossa busca de Deus pela vida. Não temos necessidade de hierarquias
socialmente impostas. Ambos seguros, vivendo sob a liderança do Senhor, não se
sentindo ameaçado pelo outro.
Capitulo X
1. Amor
2. Perdão
3. Diálogo
4. Tolerância
5. Solidariedade
6. Cumplicidade
7. Respeito
8. Alegria
9. Bom Humor
10. Sinceridade
11. Base sólida
12. Segurança
13. Carinho
14. harmonia
15. Equilíbrio
16. Justiça
17. Pureza
18. Sonhos
19. Projetos
20. Longaminidade
21. Nobres sentimentos
22. Luz
23. Verdade
24. Princípios cristãos
25. Amor a esposa
26. Amor ao esposo
27. Amor aos filhos
28. Perseverança
29. Espírito de equipe
30. Simplicidade
31. Paz
32. Oração
33. Culto doméstico
34. Ordem
35. Santidade
36. Bons costumes
37. Flexibilidade
38. A graça de Deus
39. Capacidade de superação
40. Jesus
QUESTIONARIO
Bibliografia
Pr. Kemp
Revista Veja
Helio Coutinho
Luciano Subirá
G. Edward Reid
Iara Vasconcellos
Antonio de Andrade
Pr. José Antônio Corrêa
Sanders, J.O. Liderança
Luís Eduardo Machado
Elizabeth Zekveld Portela
AD “Autores Desconhecidos”
Dusikek, N.G. Liderança cristã
Enciclopédia Britannica, 1969, p. 298
Uziel Santana – Advogado e Professor
Psiquiatria. Barcelona: Toray, 1970, p.31
Lahaye, T. Temperamentos transformados
Revista Palavra Viva: O Lar Segundo Deus
Ministério Cristo Vai Voltar – Cleando Viana
Autor desconhecido. Extraído do livro Ela Precisa Ele Deseja - Willard F. Harley, Jr
Allport, Gordon W. Personalidade. São Paulo: Herder, 1969, p. 191. Horney, Karen. Novos Rumos da
Psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966, p. 169-189. Spoerri, TH. Compendio de
Livro do Ano Barsa. Anuário Ilustrado dos Principais Acontecimentos de 1968. Rio de Janeiro/São Paulo: