ITI Curso de Teologia Modulo I - Bibliologia I - AT
ITI Curso de Teologia Modulo I - Bibliologia I - AT
ITI Curso de Teologia Modulo I - Bibliologia I - AT
Bibliologia I
Antigo Testamento
Índice
Muitos cristãos se perguntam se é realmente necessário estudar o AT. Alguns leitores da Bíblia
descartam o estudo do AT, crendo que a revelação do NT já é suficiente. E, infelizmente, há
cristãos que consideram o AT como um livro de lendas e mitos, produzidos pelos judeus do
passado, para explicar os mistérios de uma época em que as pessoas não conheciam a ciência
nem sabiam a causa de coisas como: trovões, eclipses, terremotos, etc.
Mas não é isso que os autores tanto do AT quanto do NT pensavam a respeito dessa porção
tão importante das Escrituras Sagradas. Além dos próprios autores bíblicos, Jesus Cristo deu
testemunho da autoridade do AT e os cristãos do passado (desde a era apostólica até hoje)
sempre o enxergaram como Palavra de Deus e, portanto, uma parte vital e imprescindível
da herança cristã.
Há dois temas principais no livro de Gênesis, que oferecem-nos uma visão panorâmica de todo
o Antigo Testamento:
isto é, o Deus
pessoal, que formou tudo o que existe, continua envolvido com sua criação, dando-lhe direção
e propósito. Deus tem um plano que dá forma e sentido a toda a história da humanidade.
Quando compreendemos esta parte de Gênesis, toda a história bíblica começa a tomar forma
e a fazer um real sentido. Essa compreensão é que nos dá segurança, ainda que vivamos em
meio a guerras, crimes e tragédias.
O AT cobre Dez Períodos da História Bíblica, começando com toda a humanidade (Gn 1—11) e
concentrando-se, em seguida, na história do povo de Israel – a família de Abraão (Gn 12—Ml
4). Cada um desses períodos mostra um passo específico no desdobramento dos desígnios de
Deus. Todos os livros do AT estão inseridos em um desses
Capitulo I
O Pentateuco
Introdução
O termo Pentateuco deriva do grego “” (transliterado fica “pente”, que significa “cinco”) e
“” (transliterado fica “teuchos”, que significa “livro, rolo”), de onde se depreende o
significado de “livro em cinco volumes”. Evidentemente, pela análise etimológica percebe-se
que o termo Pentateuco não foi cunhado pelos judeus, que a propósito, utilizam o termo
“Torah” (Lei) ou “seper hattorah” (livro da Lei). Assim sendo, a primeira utilização do termo
ocorreu cerca do século III a.C. com a tradução grega do Antigo Testamento conhecida com
Septuaginta (LXX), no entanto este nome apenas se popularizou no meio cristão perto do
século II e III d.C., quando dentre outros Orígenes se valeu do vocábulo. Fala do período de
tempo: da Criação até Josué; ou do Jardim do Éden até a Entrada na terra prometida do povo
de Deus (desta banda do Jordão, Josué 1.14), 4000 - 1460 a. C. Criação a Abraão 4000 - 2000 a.
C. (Gênesis 1-11). Abraão a Moisés 2000 - 1500 a. C. (Gênesis 12-50). O Êxodo (a saída do
Egito) 1500 – 1460.
Imagine apanhar um livro de apenas 50 curtos capítulos e encontrar nas primeiras páginas o
único relato exato da história mais primitiva do homem, e um registro que mostra a relação do
homem com Deus, seu Criador, bem como com a terra e suas miríades de criaturas! Nessas
poucas páginas obtém-se, além disso, uma penetrante visão dos propósitos de Deus em
colocar o homem sobre a terra. Lendo um pouco mais além, descobre-se por que o homem
morre e o motivo da sua atual situação dificultosa, e obtém-se esclarecimento com relação à
real base para fé e esperança, até mesmo com relação à identificação do instrumento de Deus
para a libertação a Semente da promessa. O notável livro que contém tudo isso é Gênesis, o
primeiro dos 66 livros da Bíblia.
Deus é o Autor da Bíblia, mas ele inspirou Moisés a escrever o livro de Gênesis. De onde
obteve Moisés as informações que registrou em Gênesis? Algumas talvez tenham sido obtidas
diretamente por revelação divina, por transmissão oral. É possível também que Moisés
possuísse documentos escritos preservados por seus antepassados como valiosos registros
sobre as origens da humanidade.
Êxodo registra a libertação dos hebreus do Egito e as suas peregrinações no deserto durante
quarenta anos.
A palavra Êxodo vem da Septuaginta (LXX) que é a tradução grega do Velho Testamento
hebraico e significa sair ou saída. Êxodo conta a história da saída de uma nação toda (Israel) do
Egito para começar uma vida nova. José e Jacó com suas famílias já morreram. Este povo
judaico que chegou ao Egito contando 70 pessoas cresceu para ser uma multidão muito
grande. A prosperidade e crescimento de Israel deixaram os Egípcios com inveja e medo de
perder a supremacia e domínio sobre os judeus. Além disto, outra dinastia (série de soberanos
pertencentes à mesma família) levantou-se sobre o Egito que não conheceu (reconheceu) nem
respeitou os judeus. Foi por isso que os Egípcios escravizaram os judeus cruelmente. Até o rei
do Egito mandou matar todos os meninos nascidos ás hebreias. Satanás sempre tentou acabar
com esta nação e principalmente o seu Messias.
Porém, não há na história humana toda uma coisa mais espetacular do que a saída de Israel
(três milhões de pessoas) do Egito, uma revelação de Deus mais solene do que a do Monte de
Sinai, uma construção (estrutura) mais significante do que o tabernáculo, nem uma figura
humana maior do que Moisés no Velho Testamento. Êxodo tem a origem da vida nacional e da
lei e da religião organizada por Deus para os judeus.
Israel gastou 430 anos no Egito (Êx. 12:40), da chegada de Jacó e sua família no Egito até a
saída do Egito com Moisés. Quando Jacó e sua família chegaram ao Egito deu o total de 70
pessoas. Gn 46:27, Êx. 1:5. Quando a multidão de Israel saiu do Egito com Moisés deu o total
de seiscentos mil (600.000) homens, sem contar as crianças e mulheres. Êx. 12:37. Calculando
que cada homem tinha uma esposa e dois ou três filhos, o total chegou para ser mais ou
menos três milhões (3.000.000) de pessoas. Então, Êxodo 1:7 é a verdade mesma. Foi por isso
que o Egito escravizou Israel. Êx. 1:8-22.
Portanto, a redenção feita por Deus de Israel do Egito, simboliza a redenção do pecador da
escravidão e da condenação do pecado e do mundo pelo poder e salvação de Deus. Observa o
que isto significa para Israel e o pecador: pelo êxodo (saída) de Israel da escravidão do Egito,
ela foi tirada dele para uma liberdade nova; pela lei dada por Deus, Israel foi tirado do Egito (o
mundo) para um governo novo; pelo Tabernáculo providenciado por Deus, Israel foi tirado do
Egito para uma comunhão nova e divina. Tudo isto pode ser resumido na maneira seguinte;
liberdade, responsabilidade e privilégio. É tudo isto que o pecador ganha na salvação por Jesus
Cristo.
Levítico registra a vida religiosa dos israelitas, salientando os seus cerimoniais e a vida
sacerdotal.
Introdução
Números registra a viagem dos hebreus para Canaã e os dois recenseamentos feitos entre eles
nesse período.
A duração total dos acontecimentos de Números é de 38 anos e 9 meses, que podem ser
divididos em 4 períodos, tendo início aproximadamente um ano depois da saída do povo do
Egito. Uma curiosidade é que os eventos relatados entre os capítulos 7.1 e 9.2 (tabernáculo
erigido, ofertas dos príncipes, nomeação dos levitas e celebração da segunda páscoa )
antecederam o recenseamento dos capítulos 1 a 3.
Tipos Messiânicos
As Sete Queixas
Introdução
Autor: Nas páginas do livro de Deuteronômio se declara que Moisés é o autor dos discursos
que abrangem a maior parte da obra. É evidente que a narrativa de sua morte, que consta do
final do livro, foi escrita por outro autor, mui provavelmente Josué. Daí que é inteiramente
apropriado referir-se a Deuteronômio como o quinto livro de Moisés.
O nome do livro de Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua natureza e propósito. Figura,
segundo consta em nossas Bíblias, como o último dos cinco livros de Moisés, fazendo um
resumo e pondo em relevo a mensagem que os quatro livros precedentes contém. Não
significa isto que se trata de mera repetição do que ficou dito anteriormente. Sem dúvida,
Deuteronômio faz parte dos acontecimentos históricos que se deram previamente, em
particular no Êxodo e em Números. Contudo vai além destes relatos visto que os interpreta e
os adapta.
Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de Moabe, ao leste do
rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade anterior, Israel havia falhado, por falta de fé,
ao não entrar na Palestina. Agora, 38 anos depois, Moisés reúne o povo escolhido e procura
infundir-lhe fé que capacitará a avançar em obediência. Diante deles está a herança. Os
perigos, visíveis e invisíveis, jazem além. Acompanha-os se Deus, a quem chegaram a conhecer
melhor durante suas experiências na península do Sinai, península deserta e escarpada.
Moisés compreende, corretamente, que os maiores perigos que os assediam estão na esfera
da vida espiritual; sendo assim, sua mensagem acentua o aspecto espiritual. O Senhor Deus
deles, é o único Senhor; foi ele quem os libertou da escravidão. Deu-lhes a lei. Selou uma
aliança com eles. São o seu povo. O Senhor exige devoção e adoração exclusivas. Seus
caminhos são conhecidos do povo. Mediante longa experiência, Israel aprendeu que o Senhor
honra a obediência e castiga a transgressão. Agora, em um novo sentido, Israel age por sua
própria conta, sob a direção do Senhor e em sua própria casa.
O livro abrange toda uma gama de perguntas que surgem desta nova fase da vida de Israel.
Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o principal problema. Moisés, com toda a
diligência de que é capaz, convida Israel a confiar de todo o coração no Senhor, e a fazer das
leis divinas a força diretriz de suas vidas.
Esta lei, se obedecida, infundirá vida e fará que os israelitas sejam povo destacado entre todas
as nações. Receberão bênçãos, e as nações reconhecerão que seu Deus é Senhor. Porém, se
Israel imitar a conduta das nações vizinhas, esquecendo-se de seu Deus, então sobrevirá a
aflição, e finalmente será espalhada entre os povos. Através do livro todo acentua-se a fé
somada a obediência. Em um sentido verdadeiro, esta é a chave do livro.
Capitulo II
Livros Históricos
Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester: Todos os
doze livros históricos são anônimos em suas escrituras, porém a tradição remonta a provável
participação de Josué, Samuel, Natã, Esdras, Neemias e Mardoqueu como seus autores. Estes
livros registram a história de Israel, desde a ocupação da Palestina sob a liderança de Josué,
passando pelas apostasias que levaram o povo a ser expulso pelos assírios e babilônicos até a
restauração parcial dos persas.
Os livros históricos são narrativas da história de Israel desde a morte de Moisés até a salvação
do povo judeu no reinado de Assuero, quando quase foram totalmente destruídos. Trata-se do
mais pormenorizado e completo relato histórico de um povo da antiguidade, que nos prova
quanto Deus vela pelo Seu povo e para o cumprimento de Suas promessas. Os livros históricos
mostram que a história da humanidade está sob o controle do Senhor e que o Seu povo
necessita estar em fidelidade e obediência para que as promessas e as bênçãos divinas lhes
alcancem.
Os livros históricos pertencem ao chamado "gênero narrativo", ou seja, são livros cujo
propósito é narrar, contar histórias do povo de Israel. Desta forma, os livros não precisam ter
sido escritos necessariamente por personagens das histórias, já que, na narração, pode, muito
bem, a pessoa que está escrevendo ter acesso a fontes informativas, seja través de escritos,
seja através de relatos orais. É por isto que, na maior parte das vezes, não temos dados
seguros sobre a autoria dos livros históricos, ainda que suas narrativas têm sido comprovadas
pelas descobertas arqueológicas que, cada vez mais, confirmam a veracidade das histórias
relatadas por estes livros. O período cobre aproximadamente mil anos, de 1405 até 426 a.C.
Estes livros dão à estrutura histórica ao restante do AT até a época de Neemias e Malaquias.
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Considerações Gerais
JOSUÉ: O livro parte do ponto onde Moisés parou. É a continuação da história do povo
escolhido. Enquanto Moisés conduziu uma nação para fora, Josué a conduz para dentro. O
livro dividir-se em duas grandes partes: (1) A conquista da terra prometida: Capítulos 1 a 12 e
(2) A ocupação da terra prometida: Capítulos 13 a 24.
JUÍZES: Os acontecimentos deste livro cobrem o turbulento período da história de Israel que
vai de 1380 a 1050 a.C., da conquista da Palestina ao começo da monarquia. Embora a terra
tivesse sido conquistada e ocupada, de modo geral, sob a liderança de Josué, muitos bolsões
de resistência cananita haviam sido deixados para que as tribos os destruíssem
individualmente. O livro de Juízes descreve estas lutas transcorridas quando os israelitas
tentavam completar a sua ocupação da terra. Quem eram os juízes? Eram líderes civis e
militares que exerciam autoridade durante este período em que Israel era uma confederação
sem estrutura. Analisando o quadro:
RUTE
Essa belíssima história de uma mulher extraordinária se segue, assim como a calmaria depois
da tormenta, às cenas turbulentas de Juízes. É um retrato agradável da vida doméstica em
tempos de anarquia e aflição. Mil anos antes, Abraão tinha sido chamado para fundar uma
nação com o propósito de trazer à humanidade, em data futura, o Salvador. No pequeno livro
de Rute, narra-se como foi constituída dentro daquela nação, a família na qual nasceria o
Salvador. Rute foi bisavó do rei Davi. Daí por diante o A.T. gira principalmente em torno da
família de Davi. O tema do livro de Rute é redenção.
I e II SAMAUEL
O livro narra uma parte importante da história de Israel que foi o final do período de Juizes e o
início do reino.
Segundo Samuel mostra os fatos dos primeiros anos do reino em Israel. Demonstra
especialmente a unção de Davi como rei e seu ministério em Israel. Davi, governante ungido
por Deus, é o personagem central do livro, que narra como este homem comum foi usado por
Deus. Mostra também os erros de Davi e sua restauração.
A mensagem básica de II Samuel é que Deus possui um propósito imutável. O Senhor chama e
usa vasos para, por intermédio deles, cumprir Seus eternos e amoráveis propósitos.
I e II REIS
O reino durou 120 anos: 40 anos com Saul, 40 anos com Davi e 40 anos com Salomão. Depois
da morte de Salomão, o reino começou a entrar em conflito interno, no qual os filhos e
generais de Salomão brigavam pelo trono. Roboão tinha a bênção paterna para assumir o
trono. Por outro lado, Jeroboão exercia grande influência entre os militares. O resultado foi
que Roboão passou a reinar sobre o sul e lhe deu o nome de Judá, enquanto Jeroboão ficou
com a outra metade e lhe deu o nome de Israel.
Dez tribos formaram o Reino do Norte e levaram consigo o nome de Israel cuja capital era
Samaria. As duas outras tribos, Judá e Benjamim, formaram o Reino do Sul, chamado Judá,
cuja capital era Jerusalém. O Reino do Norte durou pouco mais de 200 anos. Foi destruído pela
Assíria em 722 a.C. As dez tribos foram deportadas e desapareceram da história. O Reino do
Sul durou quase 350 anos. Foi destruído pela Babilônia por volta de 586 a.C. A separação das
dez tribos provinha de Deus (I Reis 11: 11,31), como castigo pela apostasia de Salomão e como
lição para Judá.
Jeroboão, o fundador do Reino do Norte, com o propósito de manter separados os dois reinos,
adotou como religião oficial a adoração aos bezerros no seu reino recém- formado. A adoração
a Deus passara a identificar-se com Judá, Jerusalém e com a família de Davi. Os bezerros
chegaram a representar simbolicamente que Israel era independente de Judá, de Jerusalém e
da família de Davi. Seus dois centros religiosos eram Betel no sul e Dã no Norte. Sempre havia
a tendência de os israelitas participarem do culto à divindade Cananéia, Baal. Este culto foi
promovido por Jezabel, mas enfrentou a oposição ativa dos profetas Elias e Eliseu. Cada um
dos 19 reis do norte aderiu aos bezerros de ouro. Alguns deles serviram também a Baal.
Nenhum deles jamais tentou levar o povo de volta para Deus.
Judá, em princípio adorava a Deus, embora a maioria dos reis de Judá servisse aos ídolos e
andasse nos maus caminhos dos reis de Israel. Alguns dos reis de Judá serviam a Deus, e em
algumas ocasiões, houve grandes reformas em Judá. De modo geral, Judá também, a despeito
de ter recebido severas advertências, afundou-se cada vez mais nas práticas horríveis da
adoração a Baal e a outras religiões cananéias, até não haver mais remédio e Judá ser
totalmente conquistada pelos babilônios.
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Dois profetas se destacaram nesse período: Elias e Eliseu. Ambos fizeram muitos sinais
miraculosos com poder que vinha de Deus. Isaías, Jeremias, Amós, Oséias, Miquéias, Ezequiel e
outros profetas advertiram Israel e Judá de que Deus lhes castigaria a maldade.
Todo o período da monarquia é narrado nos livros de I e II Reis. Os livros de I e II Crônicas, que
originalmente era um único livro e foram escritos por Esdras registram muitos fatos contidos
nos livros de I e II Reis, embora o livro de II Crônicas focalize exclusivamente os reis de Judá,
excluindo os reis de Israel. A desobediência foi a razão do cativeiro babilônico. O livro termina
com uma breve menção ao decreto de Ciro, promulgado em 539 a.C, pelo qual os judeus
receberam a permissão para voltar à Judéia e construir seu templo.
O Período do Cativeiro:
Israel, o Reino do Norte, pecou contra Deus, adorando os deuses da região. Mesmo alertado
pelos profetas sobre o perigo de tais atitudes, eles continuaram nas suas práticas
pecaminosas. Porém, Deus enviou os assírios, um povo agressivo e impiedoso, para subjugar a
Israel. Parte dos assírios ficou morando em Samaria. Com isso, surge um culto misto, com a
adoração a Deus e também aos deuses pagãos.
Os vinte reis de Israel reinaram aproximadamente 209 anos e todos eles fizeram o que era mal
perante o Senhor e também levaram a nação a cometer pecado. Assim, em 722 a.C. o rei
Sargão II da Assíria , destruiu a capital Samaria e levou as pessoas importantes e fortes para o
cativeiro. Pessoas idólatras de outros países foram colocadas naquela região conquistada. Os
que ficaram em Israel adoravam ídolos e também ao Senhor. Aqueles que foram levados para
o cativeiro nunca mais retornaram.
Com a queda de Israel, restou apenas o reino do Sul, Judá. Esse reino teve vinte reis, e oito
apenas fizeram o que era reto diante do Senhor. Mas, eles, a exemplo de Israel, também
entraram num processo de decadência moral e espiritual, salvo em alguns períodos. Mediante
a decadência do povo, o Senhor enviou vários profetas para adverti-los, mas eles nem se
importaram. Assim, Deus enviou Nabucodonosor, rei da Babilônia, para conquistar Judá.
Em sua última investida, Nabucodonosor destruiu o Templo, o palácio do rei e muitas casas,
ele ainda levou todos os tesouros do Templo.
Durante os 70 anos de cativeiro, Deus usou os judeus de uma maneira espetacular. Ele usou
principalmente Daniel na vida dos babilônicos, para mostrar a sua grandeza e soberania sobre
a história. Daniel interpretou sonhos e também foi preservado vivo diante dos leões. No
período em que os judeus estavam no cativeiro, a Babilônia foi conquistada pelos medos-
persas. Dn 5.30 e 31.
O domínio babilônico foi quebrado pelos medos-persas. Depois de conquistar a Babilônia, Ciro,
em 538 a.C. promulgou um decreto autorizando os judeus a retornarem às sua terras.Cerca de
cinqüenta mil pessoas retornaram na primeira leva, liderados por Zorobabel.Em pouco tempo
eles lançaram os alicerces do templo, que , no entanto, só veio a ser concluído em 515 a.C.
Estes livros, que abrangem cerca de 100 anos formam a última seção da história no A.T.
Contam a história da volta dos judeus da Babilônia, da reconstrução do templo e de
Jerusalém e do restabelecimento da vida nacional dos judeus na sua pátria original. Os três
últimos profetas do A.T. (Ageu, Zacarias e Malaquias) viveram e trabalharam durante este
mesmo período da volta e da restauração dos judeus.
O QUADRO DO REGRESSO:
444 a. C. Neemias:
Neemias na condição de governador viaja com uma escolta militar a fim de
reconstruir e fortificar Jerusalém, custeado pelo governo.
Os muros de Jerusalém são reconstruídos sob a liderança de Neemias, o
governador, e de Esdras, o sacerdote.
O Império Persa:
Era sacerdote, bisneto do sacerdote Hilquias, que, 160 anos antes, orientava a reforma feita
pelo rei Josias. Saiu da Babilônia 80 anos depois do primeiro regresso dos judeus e 13 anos
antes da chegada de Neemias.
Era o copeiro do rei Artaxerxes I. Ele experimentava o vinho antes do rei beber. Era uma
pessoa de confiança do rei. Quando o rei ficou sabendo que as muralhas de Jerusalém ainda
não tinham sido reconstruídas, ele autorizou Neemias a ir até lá, como governador e liderar o
trabalho de construção. Em 52 dias os muros foram reconstruídos debaixo de muita oposição.
Neemias acabou ficando como governador durante 12 anos.
Contexto histórico (597-465 a.C). Por volta de 597 a.C. Judá fora invadido por Nabucodonosor,
rei de Babilônia. Onze anos depois, por ordem deste poderoso monarca, os babilônios
destruíram Jerusalém e levaram os judeus para o cativeiro (II Cr 36.17-21). Porém, a despeito
de sua grandeza, o Império Babilônico não resistiu às pressões militares do colossal exército
Medo-persa, sendo derrotado em 539 a.C. A partir daí, os judeus tornaram-se vassalos dos
persas.
Em 485 a.C, Dario Histapes, rei da Pérsia, o que reinara na época da conclusão do templo de
Jerusalém (ver II Cr 36.22,23; Ed 5-6), morreu, sendo sucedido por seu filho Assuero (Xerxes I).
A miraculosa história da rainha Ester inicia-se no terceiro ano do reinado deste extraordinário
monarca.
Capitulo III
Livros Poéticos
Os livros poéticos que vão de Jó a Cantares de Salomão foram escritos em forma de versos, ao
invés de prosa. Esta é a razão básica de sua classificação, embora tenhamos que notar que eles
tratam primordialmente de sabedoria prática para o dia-a-dia. São livros muito populares.
JÓ
O livro de Jó fala sobre a sua vida, o sofrimento, salientando uma narrativa sucinta de sua
integridade e fidelidade a Deus. A autoria deste livro e anônima, mas muitos eruditos crêem
que fora escrita por Moises. Em sua composição, contem 42 capítulos. Os acontecimentos
relatados neste livro se desenrolam em Ur dos Caldeus, que mais tarde veio a ser território de
Edom, que se encontrava a norte da Arábia e a sudoeste do mar morto. Jo viveu na época de
Abraão, por volta dos ano 200 a.C. Fazendo uma abordagem do livro em pauta, podemos
ressaltar assuntos concernentes ao mesmo como: A prova de Deus de sua Retidão, Seu
sofrimento, confrontação de seu amigos Elifaz, Bildade e Zofar, sua falha ao amaldiçoar o dia
de seu nascimento, Deus falando de sua grandeza e soberania em suas perguntas, intercessão
de Jo por seu amigos, final da provação do patriarca e multiplicação de sua possessão e
restauração em todas as áreas de sua vida. Pelo menos duas lições aprendemos neste livro. (1)
De sua confiança em deus quando ele afirma que o seu redentor vive (Jo 19.25-27) e de sua
paciência e dependência em sua vontade, quando ele afirma que ainda que o Senhor o
matasse, no Senhor ele esperaria. Jo 13.15.
SALMOS
A autoria do livro de Salmos e concernente a Davi, Asafe (Sl 50; 75-83) os filhos de Core (Sl 42;
49; 84; 85; 87), Salomão (Sl 72; 127), Herma (Sl 88), Eta (Sl 89) e Moises (Sl 90) e ele relata
sobre a adoração a Deus, petição, suplica, declaração de confiança e louvor a Deus. Davi
escreveu este livro em momentos de oração, adoração, louvor, intensa aflição, humilhação,
canto, ação de graças, exaltação, etc. A palavra Salmos vem do hebraico, tehillim, que significa
louvores. Ha 186 citações dos salmos no novo testamento. Este livro e composto de 150 versos
e foi redatado entre o ano 10 a cinco a.C. Existem pelo menos duas divisões neste livro que
tem uma certa predominância sobre nomes da divindade. A primeira que vai dos salmos um
ate ao 41 e desde os salmos 90 ate ao 150 que ressalta a pessoa de Jeová como “Senhor”, a
segunda divisão que vai dos salmos 42 ate ao 89 da um enfoque de Jeová como Deus “Elohim”.
Os Salmos estão divididos em:
PROVÉRBIOS
ECLESIASTES
Acredita-se que tenha sido Salomão seu autor, mas a autoria continua incerta.
É um livro de profunda reflexão, as vezes filosóficas, tendo como tema a vida. Depois de muito
refletir o autor conclui que tudo na vida sofre do mal da vaidade. O sentido da vaidade é que
tudo passa. Nada tem tanto valor, e valor permanente, para que o homem se agarre a tal. É
uma conclusão um tanto que desencorajadora aparentemente. Entretanto, ela vai conduzindo
o homem a buscar o que não perece. O que não passa. O que é eterno. O que é de Deus. Então
o autor conclui que o final de tudo é '' teme a Deus ''. É isto, que depois de tudo, vale.
Não é fácil analisar o conteúdo de Cantares de Salomão. Ao invés de ele avançar de modo
sistemático e lógico, do primeiro ao último capítulo, movimenta-se numa série de círculos
interligados, que por sua vez giram em torno do tema central — o amor. Como cântico, tem
seis estrofes ou poemas, cada uma das quais trata de determinado aspecto do amor de
noivado, ou do amor conjugal entre Salomão e sua noiva. (1.2—2.7;2.8—3.5;3.6—5.1;5.2—
6.3;6.4—8.4; 8.5-14). O estado virgem da noiva é descrito pela expressão “jardim fechado”
(4.12), e a consumação do casamento como entrar no jardim para colher seus frutos
excelentes (4.16;5.1). A maioria dos diálogos transcorre entre três tipos de personagens: a
noiva (uma donzela sulamita); o noivo, o rei Salomão; e um grupo de amigas da noiva e do
noivo chamadas “filhas de Jerusalém”. Quando a noiva e o noivo estão juntos, sentem-se
plenamente felizes; quando estão longe, anseiam pela presença um do outro. O apogeu
literário de Cantares de Salomão acha-se em 8.6,7A tradição aponta Salomão como autor.
Cânticos dos Cânticos possui uma linguagem de amor íntimo. Por causa disto possivelmente,
muitos crentes não o comenta usualmente. Todavia, Cantares, como também é chamado, tem
sido entendido como uma alegoria espiritual entre Cristo e a sua Igreja. Sua mensagem é
simples e bela, Cristo ama sua Igreja, e por ela, como faz um esposo, se entrega e protege.
Capitulo IV
Profeta maior, por ser maior a extensão do seu ministério e, em consequência, como é
natural, uma maior extensão dos seus livros.
Isaias. Jeremias. Ezequiel e Daniel: Baseia-se esta classificação no tamanho dos livros. Cada um
dos três livros, Isaías, Jeremias, ou Ezequiel, é em si mesmo maior do que todos os 12 profetas
menores, tomados em conjunto. Daniel é quase igual ao tamanho combinado dos dois
profetas menores, Oséias e Zacarias. As pessoas não costumam ler os livros proféticos da Bíblia
tanto quanto os demais livros.
Os livros contendo a Palavra Divina - de Isaías a Malaquias - também são, de certa forma,
pouco lidos em casa. São tidos como leitura pesada, inadequada para os jovens. É verdade que
os profetas fazem amplo uso de metáforas, símbolos e parábolas; entretanto, a maior porção
de seus escritos é constituída de afirmações verdadeiras que requerem pouca ou nenhuma
explicação. Esses livros são um retrato vivo da época em que foram escritos. Nenhum livro de
história mostra mais eloquentemente o curso da decadência e queda de uma grande nação. Os
profetas nos levam às raízes de todas as degenerações humanas.
Estudando seus escritos, entenderemos melhor nosso tempo e saberemos como evitar a
degeneração da raça. O que pode ser mais interessante? Mais instrutivo?
Com a cooperação interessada do estudante, o estudo dos Profetas será mais interessante do
que poderíamos imaginar e perfeitamente adequado para o ensino dos jovens. Eles são
documentos vivos. É interessante estudar os profetas e aprender o que pudermos sobre sua
época e sobre os povos a quem pregaram. Isso nos ajuda a entender o cerne de sua
mensagem. Porém, com a leitura continuada de seus livros, concluímos que sua mensagem é
universal. Suas denúncias e promessas são válidas para nós e para as pessoas de todas as
épocas. Desde remotos acontecimentos em Judá emanam promessas para todo o mundo,
especialmente da vinda do Senhor.
Em nossa Bíblia, os livros dos Profetas não se acham dispostos cronologicamente. A ordem
adotada é aquela ditada pelo Senhor. A Palavra Divina não nos foi transmitida para nos ensinar
história, mas para guiar-nos no caminho do céu. Portanto, há uma razão espiritual para os
livros dos profetas seguirem, em série, de Isaías à Malaquias.
Comentários Gerais: O período inteiro dos profetas cobriu mais ou menos uns 400 anos, 800-
400 a.C. O fato central desse período foi a destruição de Jerusalém, cronologicamente no meio
aproximado do período. Com esse fato, de outro modo, sete dos profetas estiveram
relacionados, efetiva ou cronologicamente: Jeremias, Ezequiel, Daniel, Obadias, Naum,
Habacuque, Sofonias. A queda de Jerusalém foi o tempo da maior atividade profética, que
procurava evitá-la ou explicá-la. Ainda que Deus mesmo causasse a destruição de Jerusalém,
humanamente falando, Ele fez o que pode para evitá-la.
Parece que Deus preferia ter uma instituição que se batesse pela idéia dEle no mundo, mesmo
essa instituição sendo eivada de impiedade e corrupção, a não ter nenhuma. Talvez esteja aí a
razão pela qual Ele permitiu ao papado uma existência continuada, através da Idade Média. De
qualquer modo, Deus enviou uma falange brilhante de profetas, num esforço por salvar
Jerusalém. Não conseguindo salvar a Cidade Santa pecadora, os profetas refulgem literalmente
com explicações e garantias de que o colapso do povo de Deus não significa o aniquilamento
dos planos divinos; que, depois de um período de castigo, haverá uma restauração e, para o
povo de Deus, um futuro glorioso.
ISAIAS: Foi profeta do reino do Sul, Judá, ao tempo em que o reino do Norte, Israel, fora
destruído pelos assírios. Viveu nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Sua vocação se
deu no ano em que Uzias morreu; porém algumas de suas visões podem ter ocorrido mais
cedo, (6.1). Segundo tradição judaica, foi morto por Manasses. Podemos conjecturar que a
data de seu ministério ativo enquadra-se mais ou menos em 740-687 a.C., abrangendo assim
um período de 50 anos, ou mais. Segundo uma tradição rabínica que Amos, pai de Isaías (não
Amos o profeta) foi irmão do rei Amazias. Neste caso, Isaías foi primo em 1º grau do rei Uzias
e neto do rei Joás, sendo, pois, de sangue real, e membro da corte.
Sua obra literária: Escreveu outros livros que não chegaram até nós: uma biografia de Uzias, II
Cr 26.22; um livro dos reis de Israel e de Judá, II Cr 32.32. Foi historiador e vidente. É citado no
N.T. mais do que outro profeta. Que intelecto foi o seu! Em algumas de suas rapsódias atinge
culminâncias jamais igualadas, mesmo por Shakespeare, Milton ou Homero.
Seu martírio. Uma tradição talmúdica, aceita como autêntica por muitos dos primitivos pais da
Igreja, declara que ele resistiu aos decretos idolátricos de Manasses, pelo que foi preso,
imprensado entre duas pranchas de madeira e "serrado ao meio", sofrendo assim morte
penosa e horrível. Pensa-se que a isto se refere em Hebreus 11.37.
Fundo Assírio sobre que se projeta o Ministério de Isaías: Por 150 anos antes de Isaías o
império assírio estivera se expandindo e absorvendo nações vizinhas. Já em 840 a.C. Israel, sob
Jeú, começara a pagar tributo à Assíria. Isaías era ainda moço, 732 a.C., quando esse país levou
cativo todo o Israel do norte. 13 anos mais tarde, 722, Samaria caiu, e o resto de Israel foi
levado cativo.
Poucos anos ainda e os assírios vieram sobre Judá, destruíram 46 cidades muradas, e levaram
200.000 cativos. Finalmente, em 701 a.C., sendo Isaías já idoso, os assírios pararam diante dos
muros de Jerusalém, quando seu exército foi desbaratado por um anjo de Deus. Assim, Isaías
passou a sua vida toda sob a sombra das ameaças do poderio assírio, e ele próprio
testemunhou a ruína de sua nação toda às mãos daqueles inimigos, exceto Jerusalém.
Os livros do A.T. foram escritos em hebraico. Os do N.T. em grego. Os mais velhos manuscritos
conhecidos que agora existem da Bíblia toda datam do 4.° ao 5.° século d.C. São escritos em
grego, contendo, com relação ao A.T., a Septuaginta, que foi uma tradução grega do A.T.
hebraico, feita no 3º século a.C.
Os mais velhos manuscritos hebraicos existentes dos livros do A.T. que se conhecem foram
produzidos cerca de 900 d.C. Sobre eles baseia-se o que se chama o texto massorético do A.T.
hebraico, à vista do qual se fizeram nossas versões portuguesas dos livros do A.T. O texto
massorético proveio de uma comparação de todos os manuscritos disponíveis, copiados de
cópias anteriores feitas por diferentes escolas de escribas. Entre tais manuscritos existem tão
poucas variações, que os hebraístas concordam geralmente em que o texto de nossa Bíblia
atual, salvo pequenas variantes, é na essência o mesmo dos próprios livros originais.
E ainda há pouco, em 1947, em Ain Fashkha, cerca de 11 kms ao sul de Jericó, 1.600 metros a
oeste do Mar Morto, uns beduínos árabes errantes, que transportavam mercadorias do vale
do Jordão para Belém, procurando uma cabra que se perdera, próximo de um riacho que
desemboca no Mar Morto, deram com uma caverna desmoronada em parte, na qual
encontraram uma porção de jarros de onde saíam as extremidades de rolos de pergaminhos.
Este e os outros pergaminhos tinham sido envoltos em linho, cobertos de cera preta e
cuidadosamente lacrados em jarros de barro. Evidentemente faziam parte de uma biblioteca
judaica, que foi escondida nessa caverna isolada, em tempo de perigo, talvez por ocasião da
conquista da Judéia pelos romanos. Em sua essência é o mesmo livro de Isaías que
conhecemos, uma voz do pó de 2.000 anos passados, preservado pela admirável Providência
de Deus em confirmação da integridade de nossa Bíblia.
JEREMIAS: Jeremias viveu uns cem anos depois de Isaías. Isaías salvara Jerusalém da Assíria.
Jeremias tentou salvá-la da Babilônia, mas não conseguiu. Jeremias foi chamado para o ofício
profético em 627 a.C. Jerusalém foi parcialmente destruída em 605 a.C.; outra vez devastada
em 597 a.C.; finalmente incendiada e assolada em 587. Jeremias assistiu às agruras desses
terríveis quarenta anos, "o fim da monarquia", "a agonia de morte da nação"; vulto patético e
solitário, último mensageiro de Deus à Cidade Santa, que se apegara desesperada e
fanaticamente aos ídolos; bradava incessantemente que se arrependessem, Deus os salvaria
da Babilônia. De modo que, assim como a Assíria servira de cena de fundo ao ministério de
Isaías, assim também a Babilônia serviu ao ministério de Jeremias.
EZEQUIEL: Ezequiel era de família sacerdotal, possivelmente da linha de Zadoque. Ezequiel foi
profeta durante o exílio babilônico. Mas ele não foi apenas profeta. Antes disso, foi sacerdote
em Jerusalém. Ele foi treinado para o sacerdócio durante o reinado de Joaquim, foi deportado
para a Babilônia (1.1; 33.21; 40.1) e estabeleceu-se junto ao rio Quebar, (1.1).
O chamado de Ezequiel veio a ele em 593 a.C, o quinto ano do reinado de Joaquim. A última
data dada por oráculo (29.17) é, provavelmente, 571 a.C, fazendo de seu ministério cerca de
vinte anos de duração. A morte de sua esposa ocorreu ao mesmo tempo da destruição de
Jerusalém, em 587 a.C (24.1,15-17). Exilado por ocasião do segundo cerco de Jerusalém, por
volta de sua iminente e completa destruição, incluído a partida da presença de Deus. Partes
foram também, aparentemente escritas após a destruição de Jerusalém.
Portanto, Ezequiel manifesta grande familiaridade com Jerusalém, onde passou os primeiros
anos de sua vida e como templo do Senhor. Antes da queda de Jerusalém em 586, ele era
principalmente um pregador do arrependimento e do juízo. A um povo rebelde, inclinado para
a idolatria, e susceptível ao ambiente pagão, ele trouxe constantes advertências. Aos seus
desesperados ouvintes, depois da queda de Jerusalém ele veio a ser um consolador, um arauto
da salvação, um expositor da necessidade da religião interior, um profeta do rejuntamento e o
que previa a restauração divina do Templo, dos cultos e da terra para um Israel redimido e
purificado.
DANIEL: Daniel estava no primeiro grupo de cativos levados de Jerusalém para a Babilônia, 605
a.C. Pertencia à nobreza, era de descendência real, v. 3. Diz Josefo que ele e seus três amigos
eram parentes do rei Zedequias. Isto lhes facilitaria o acesso ao palácio de Babilônia. Jovens de
boa aparência, talentosos, estavam sob o cuidado especial de Deus, e por Ele foram
preparados para dar testemunho do Seu nome na corte pagã que naquela época governava o
mundo.
As "finas iguarias do rei", v.8, que recusaram comer, eram provavelmente alimentos que antes
haviam sido oferecidos em sacrifício aos ídolos babilônicos. A rápida ascensão de Daniel a uma
posição de fama mundial está indicada em Ezequiel 14.14,20; 28:3; passagens estas escritas só
15 anos mais tarde, quando ele era ainda muito moço. Que homem notável!!!
Capitulo V
Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias: Há doze livros na Bíblia chamados de profetas menores. É-lhes dado esse nome,
não por serem menores do que os outros em importância, mas por terem poucos capítulos. No
entanto, seu conteúdo é maravilhoso! Os profetas menores mostram especialmente que Deus
é, Sua pessoa, Seus atributos, Suas características de amor e justiça.
1. Oséias: o Senhor repudiado por Israel, será um dia Deus de todas as nações.
2. Joel: visão da dispensação do evangelho, colheita das nações pelo Senhor.
3. Amós: a Casa de Davi, ora repudiada por Israel, ainda regerá o mundo.
4. Obadias: Edom perecerá de todo, por causa de sua inimizade ao povo de Deus.
5. Jonas: vislumbre do interesse do Deus de Israel nos inimigos de seu povo.
6. Miqueias: o Príncipe vindouro de Belém, e seu reinado universal.
7. Naum: Juízo pendente sobre Nínive.
8. Habacuque: certeza de triunfo final para o povo do Senhor.
9. Sofonias: a vinda de nova revelação, chamada por um nome novo.
10. Ageu: o segundo templo, e o templo maior que há de vir.
11. Zacarias: o rei vindouro, sua casa e seu reino ilustre.
12. Malaquias: mensagem final à nação messiânica.
Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente
na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos. Lc 24.44. A palavra
"profeta" aparece aproximadamente 660 vezes na Bíblia. Destas, 440 vezes no Antigo
Testamento e 220 vezes no Novo Testamento.
Outros tiveram os nomes omitidos. São anônimos. Ficaram conhecidos como "profetas de
Samuel em Rama" (I Sm 10.5-11; 18.10; 19.19-24); um "homem de Deus" (I Rs 13.1-24); o
"velho profeta" (I Rs 13.11-32); os cem profetas escondidos por Obadias (I Rs 18.4); dois
profetas desconhecidos (I Rs 20.13,35); os quatrocentos profetas de Acabe (I Rs 22.6-12); os
"filhos dos profetas" discípulos de Elias e Eliseu (II Rs 2.3); em Jericó (II Rs 2.5); em Gilgal (II Rs
4.38); em lugar desconhecido (II Rs 6.1); um jovem profeta (II Rs 9.1-10).
Nossa visão de profeta é condicionada por eles e pelo descortínio de futuro que apresentam,
além do chamado "sermão profético", de Jesus. Assim pensamos no futuro. Mas o
verdadeiramente profeta é aquele que traz uma mensagem da parte de Deus que pode se
aplicar às pessoas que o ouvem, e, muitas vezes, deixando princípios para as demais gerações
posteriores.
O choque entre Profeta e o Sacerdote - Quando lemos os livros proféticos, vemos que houve
grandes choques entre profetas e sacerdotes. Boa parte se deu porque os sacerdotes
institucionalizaram a religião, tornando-a matéria de rito. Esta deixou de ser vida com Deus e
passou a ser algo que obedecia a ritos e que sucedia dentro de um prédio chamado templo.
Havia algumas diferenças importantes entre o profeta e o sacerdote, a saber:
(4) Ministério - Os profetas se preocuparam com a justiça social e ética, com a dignidade
humana e relacionamentos sociais corretos. Pregavam a necessidade de um coração limpo.
Falavam do julgamento divino devido ao pecado e pregavam a necessidade de
arrependimento. Sua mensagem ecoava principalmente em épocas de crise, angústia, e
decadência moral e espiritual da nação. Os sacerdotes, por sua vez, ministravam
constantemente e se preocupavam mais com o sistema religioso. De novo, a diferença entre
vida e rito.
Homens do Espírito e da Palavra: O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas
alguém possuído pelo Espírito de Deus. Ez 37.1.4. Pelo fato do Espírito e a Palavra estarem
nele, o profeta do AT possuía estas três características:
(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera aí da que recebiam a
plenitude do Espírito de Deus. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram
demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à
dimensão divina.
Os Falsos Profetas
Nesse momento, Acabe ficou Feliz; mas Josafá não estava satisfeito, pois sentiu que aqueles
homens eram apenas peões pagos por Acabe com propósitos de propaganda. Josafá
perguntou: “Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?” (v.7)
Acabe admitiu que havia um homem chamado Micaías, mas disse que o odiava porque nunca
tinha profetizado nada de bom dobre si. Mesmo assim, pela insistência de Josafá, aquele
profeta impopular foi chamado. De início, o profeta ridicularizou os reis, dizendo exatamente o
que os falsos profetas tinham profetizado. Mas todos compreenderam o que ele estava
fazendo, e Acabe por fim perguntou: “Até quantas vezes te conjurarei, que me não fales senão
a verdade em nome do Senhor?” (v.16).
Micaías responde, conforme Deus o havia instruído: “Vi todo Israel disperso pelos montes,
como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm Senhor; torne casa um em
paz para sua casa” (v.17). Aquilo foi de modo evidente uma profecia sobre a morte de Acabe, e
foi obviamente impopular. Micaías foi preso. Porém, quando estava sendo levado para a
prisão, exclamou: “Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim” (v 28). E mais, ele
desafiou todo o povo a registrar aquela profecia.
Capitulo VI
Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e
o seu irmão Esaú, que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que,
posteriormente, haveriam de acontecer entre os israelitas, descendentes de Jacó, e os
edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicada que as
anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região
mesopotâmica de Padã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de
Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a
renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a morte de Jacó no Egito. Gn
37.1-50.14.
A saída do Egito
A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no
período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis. O Egito
viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo
oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc.
XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um
século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó se instalou ali com toda a sua
família.
Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que
algum dos seus descendentes como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar
postos importantes no governo do país. A situação mudou quando os hicsos foram finalmente
expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas,
foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registrada em
Êxodo 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José."
Durante o mandato daquele faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições
subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e Ramessés. Êx 1.11. Porém, em tais
circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para
sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do
seu povo.
Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte
do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado
em Êxodo 3.14 como "EU SOU O QUE SOU") revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os
israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito. Êx 3.1-4.17. Regressou Moisés ao
Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, conseguiu
que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.
Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e
a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se
sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último
caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá).
Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem
coube guiá-lo ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se
com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela inaugurava-
se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita. Js 1-3.
Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo
(Jz 1), às vezes, de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos
cananeus ( Jz 4-5), formados por populações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes
ao comum tronco semítico muitas delas terminaram absorvidas por Israel. Js 9.
A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué. Js 24.29-32.
Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez,
a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos independentes e sem um
governo central que lhes desse um mínimo sentido de organização política. Naquelas
circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que,
ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex.,
em Juízes 5, o Cântico de Débora, que celebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as
forças cananeias).
Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para
Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo oriental,
os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam
intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das
planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis",
o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (I Sm 6.17), cujo
poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufatura do ferro,
utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares. I Sm 13.19-22.
A figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz
ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de
Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação da monarquia e, com ela,
uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária para manter uma
administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes
resistências internas (I Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o
último dos juízes de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da
monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os
babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou
a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (I Sm 11) e de ter triunfado em outras
ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte
Gilboa que morreram os seus três filhos e ele próprio. I Sm 31.1-6.
Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom. II Sm
2.4-5. O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-
se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-
las sob o seu governo.
Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho
Roboão. I Rs 12.1-24. Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes
pessoais, a ruptura do reino: de um lado, a tribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e manteve a
capital em Jerusalém de outro, as tribos do Norte, que proclamaram rei a Jeroboão, antigo
funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a divisão da nação em reino do Norte
e reino do Sul se fez inevitável.
Judá, sempre governada por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos
anos, ainda que a sua independência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde
que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a submeteu a uma dura vassalagem. Aquele antigo
império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo do séc. VI a.C., apagaram-na
do panorama da história. Na 1-3. Então, em Judá, onde reinava Josias, renasceram as
esperanças de recuperar a perdida independência mas, depois da batalha de Megido (609
a.C.), com a derrota de Judá e a morte de Josias (II Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida
decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. O Templo e toda a
capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado ao exílio, e a
dinastia davídica chegou ao seu fim. II Rs 25.1-21. Ao que parece, a perda da independência de
Judá supôs a sua incorporação à província babilônica de Samaria mas, além disso, o país havia
ficado arruinado, primeiro pela devastação que causaram os invasores e em seguida pelos
saques a que o submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11), Amom e outros. Ez 25.1-4.
O reino do Norte, Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua
capital mudou de lugar em diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na cidade de
Samaria (I Rs 16.24), e várias tentativas para constituir dinastias duradouras terminaram em
fracasso, frequentemente de modo violento. Os 8.4.
A aniquilação do reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente: primeiro foi a
imposição de um grande tributo (II Rs 15.19-20) em seguida, a conquista de algumas
povoações e a consequente redução das fronteiras do reino e, por último, a destruição de
Samaria, o exílio de uma parte da população e a instalação de um governo estrangeiro no país
conquistado.
O Exílio
Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa, onde
um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos
sagrados que constituíam o patrimônio espiritual de Israel. Entre os componentes desse grupo
se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e profeta (Ez 1.1-3 2.1-5),
exerceu uma influência singular.
Retorno e restauração
A esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de Anshan,
empreendeu a sua carreira de conquistador e fundador de um novo império. Elevado já ao
trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidades de estrategista e de político permitiram-lhe
superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação do reino medo-persa, com a
sua capital Ecbatana (553 a.C.) segundo, a conquista de quase toda a Ásia Menor, culminada
com a vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.) terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.).
Desse modo, ficou configurado o império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o
panorama político do Oriente Médio.
Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu que
cada um conservasse os seus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua própria
religião, atitude que redundou em benefício aos judeus residentes na Babilônia, os quais, por
decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.
O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se
ampararam os exilados que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o imperador
persa não somente permitiu aquele regresso, mas também devolveu aos judeus os ricos
utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado à Babilônia. Para maior
abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter oficial para apoiar
economicamente a reconstrução do templo de Jerusalém.
O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais
chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar. Ed 1.11. Tempos depois iniciaram-se as obras
de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar
os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, apoiados pelos
profetas Ageu e Zacarias. Ed 5.1. O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índole
muito diversa. As duras dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões
no seio da comunidade e, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram
causa da degradação da convivência entre os repatriados em Jerusalém e em todo Judá.
Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias, residente na
cidade de Susã, copeiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com o título de
governador de Judá, tivesse a permissão de ajudar o seu povo (445 a.C.). Neemias revelou-se
um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A sua presença na Palestina foi
decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também para
que a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva. Ne 8-10.
O período helenístico
O domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III sucumbiu
em Isso (333 a.C.) ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali começou a hegemonia
do helenismo, que se manteve até 63 a.C. e que entre os seus sucessos contou com o
estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente. Mas as rivalidades
surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o estabelecimento de uma
unidade política eficaz nos territórios que ele havia conquistado.
De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a que fora dominada primeiro pelos
ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das dinastias fundadas
pelos generais sucessores de Alexandre. Durante a época helenística estendeu-se
consideravelmente o uso do grego, e muitos judeus residentes na "diáspora" (ou "dispersão")
habituaram-se a utilizá-lo como língua própria. Chegou um momento em que se fez necessário
traduzir a Bíblia Hebraica para atender às necessidades religiosas das colônias judaicas de fala
grega. Essa tradução, chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita
aproximadamente entre os anos 250 e 150 a.C.
Essa rebelião desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus cinco
filhos organizaram a luta contra o exército sírio. Depois da morte de Matatias, Judas, o seu
terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus, reconquistou o templo de
Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou. A Hannuká ou
Festa da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói nacional, Judas foi o
primeiro a receber o sobrenome de "Macabeu" (provavelmente "martelo"), que depois foi
dado também aos seus irmãos.
Depois da morte de Simão, o último dos Macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho João
Hircano I (134-104 a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a Judéia
alguns dias de esplendor, mas, em geral, durante o governo dos hasmoneus, a estabilidade
política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo o Império Romano, e, no
ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a anexou, com toda a Palestina, à que
já era oficialmente província da Síria. A partir desse momento, a própria vida religiosa judaica
ficou hipotecada, dirigida aparentemente pelo sumo sacerdote em exercício, mas submetida,
em última instância, à autoridade imperial.
Portanto, a base do Antigo Testamento é a história de um povo. Narra como ele surgiu, como
viveu escravo no Egito, como possuiu uma terra, como foi governado, quais as relações que
teve com outras nações, como estabeleceu as suas leis, a sua religião. Apresenta seus
costumes, sua cultura, seus conflitos, derrotas e esperanças. Mas essa parte da Bíblia é, antes
de tudo, a história desse povo em aliança com Deus. Nada do que se conta no Antigo
Testamento a respeito de Israel está desligado do seu relacionamento com Javé, o nome com
que Deus se revelou.
O Antigo Testamento conta como esse povo se comportou em relação a Javé. Mostra qual o
projeto que Deus quis realizar no meio da humanidade através desse povo. Israel foi um povo
escolhido, diferente, justamente porque estava encarregado de realizar esse plano de Deus.
Esse projeto aparece bem claro nesses livros.
Capitulo VII
[Do lat. ecl. dispensationem ] Período de tempo no qual Deus se revela de modo distinto e
particular ao ser humano. As diversas dispensações devem ser vistas, pois, como os sucessivos
esparzimentos da luz da graça que o Senhor vem derramando sobre a raça humana. A graça
sempre esteve presente em todas as etapas da história humana. Se Adão foi salvo na
dispensação da consciência, o foi pela graça. Se Moisés e Arão o foram na dispensação da Lei,
o foram de igual modo pela graça de Deus. Sem a graça, ninguém haveria de ser salvo. As
dispensações, por conseguinte, têm de ser vistas como etapas da revelação de Deus, e não
como modos distintos de o homem se salvar. Pois só há um único meio de nos salvarmos:
aceitar integralmente a graça que nos oferece o Senhor. Em todas as dispensações, a graça
sempre foi abundantemente dispensada. Portanto, uma dispensação é definida como um
período de tempo em que o homem é experimentado em relação à sua obediência a uma
determinada revelação da vontade de Deus.
O vocábulo dispensação aparece apenas quatro vezes no original da Bíblia. Destacamos aqui os
textos nos quais aparece a expressão: I Co 9.17; Ef 1.10; 3.2; Cl 1.25.
2. O segundo período inicia-se com Abraão e a vai até Cristo. Este período já é marcado na terra
pela presença de dois grupos de povos: Judeus e gentios. A revelação de Deus é dada aos
judeus, usando-os como bênçãos em benefício dos demais povos. Este período também
abrange dois mil anos;
3. O terceiro período começa com o nascimento de Cristo e vai até a sua segunda vinda. Aqui nós
vamos encontrar três tipos de povos na terra: os gentios, judeus e um novo grupo denominado
de igreja de Deus. Esse período já ultrapassa agora de dois mil anos.
4. O quarto é o período do Milênio, onde será restaurado o trono de Davi, por Jesus Cristo, seu
descendente segundo a carne. Mt 1.1; Lc 1.32; Apoc 20.1-6. Esse tempo será marcado pelo
arrependimento de Israel que aceitará o Messias, após sofrer os dissabores do período
tribulacional. A duração deste quarto período será de mil anos.
5. Este quinto período seguir-se-á ao Milênio. Será um período em que o tempo como elemento
humano terminará, unindo a eternidade passada com a futura. A Bíblia se refere a esse tempo
como o fim (I Co 15.24-28), fim no sentido de última etapa no plano de Deus para com o
homem criado por Ele.
As Dispensações da Bíblia
Palavra chave aqui é: inocência. Gn 1-3. Deus criou o homem em estado de inocência como
coroa e glória de toda a criação. Estava no início num lugar perfeito, sujeito a uma lei simples,
tendo sido advertido das conseqüências caso desobedecesse. O homem ao ser criado foi
dotado de personalidade. Essa personalidade do homem resulta numa tríplice capacidade: a )
capacidade de pensar (intelecto); b)capacidade de sentir (emoção); c) capacidade de escolher
(livre arbítrio) Esta dispensação estende-se desde a criação do homem até a expulsão do casal
do Jardim do Édem. Nesta dispensação o casal deveria encher a terra, comer do fruto da terra,
guardar o jardim e abster-se de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Quando comeram do fruto que Deus lhes tinha determinado não comer, desobedecendo a
ordem do Senhor, caíram e foram expulsos do Jardim de Édem (Gn 3.1-6; 3.24), tendo como
conseqüência maldição e morte sobre si. Gn 3.7-19.
Palavra chave é Governo Humano. Gn 8-11. Nesta dispensação vemos o homem no exercício
da tarefa de governar-se a si próprio como sociedade constituída. Era propósito de Deus,
provar a capacidade humana de servir a Deus num sistema de consciência coletiva, isto é,
como sociedade adotando o governo humano. Noé, sobrevivente do dilúvio, foi o primeiro
governador humano. Embora sendo da décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas
quatorze anos depois da morte de Sete. No período dessas oito gerações e por mais de
trezentos e cinqüenta anos ele viveu entre os homens daquela nova geração depois do dilúvio.
Vemos, portanto, que o novo mundo teve um pai piedoso. Esta dispensação teve um período
de 420 anos, desde o dilúvio até a dispersão em Babel. Foi aqui neste período dispensacional
que foi estabelecida a pena capital. O homem fracassou em sua missão de povoar a terra,
deixando que o orgulho entrasse em seu coração querendo chegar até Deus. Gn 11.1-4. O juízo
de Deus foi a confusão das línguas dos povos (Gn 11.5-9), espalhando-os pela face da terra.
Palavra chave: Lei. Lc 16.16; Jô 1.17; Mt 11.11,12. Nesta dispensação o povo de Israel devia
reger sua vida religiosa e política segundo a Lei dada por Deus a Moisés no Monte Sinai e
demais regimentos que lhe sucederam. Quando lhes foi dada a Lei, todos disseram que
cumpririam tudo o que o Senhor dissera. Ex 19.1-8. Com a Lei, Deus queria testar a obediência
de Israel além, de avaliar sua capacidade de tornar-se uma nação líder na comunidade mundial
como instrumento e porta voz da revelação de Deus, numa preparação final para a vinda do
Messias. A Lei destinava-se especificamente a Israel; as demais nações conservavam-se
debaixo do regime anterior de Governo Humano. Dt 4.7,8. O propósito de Deus era a eleição
de Israel para ser um reino sacerdotal. Ex 19.6. O período de duração desta dispensação é de
1430 anos. Do êxodo até a crucificação de Cristo. Para uma maior compreensão acerca desta
longa dispensação, os estudiosos a divide em sete épocas a saber:
1. Época da peregrinação;
2. Época das conquistas;
3. Época dos juízes;
4. Época do reino unido;
5. Época do reino dividido;
6. Época do cativeiro e dispersão;
7. Época interbíblica.
Nesta dispensação o homem deveria como prometeu, guardar a Lei e jamais se desviar dela
(Ex 19.3-8), mas como era de se esperar, a violou e tornou-se incapaz de cumpri-la (II Rs 17.7-
20), tendo como consequência de seus atos a dispersão pelas nações do mundo até 1948,
quando voltou a ser uma nação política e geograficamente organizada.
Esse período se estende desde a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda. Atos 2.1 a
Apoc 19.21. Nesta dispensação contamos com a nova aliança do sangue de Cristo. Tal qual
Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o mediador da nova aliança. Com
exceção do quarto mandamento do decálogo, os outros foram reafirmados na nova aliança.
Assim como o final da Dispensação da Lei teve uma transição (as várias partes da Primeira
Vinda de Cristo), o final da Dispensação da Igreja também terá uma transição com eventos que
compõem a Segunda Vinda de Cristo: O Arrebatamento da Igreja – 1 Ts 4:16-17: O pacto do
Anticristo com Israel – Dn 9:27; A tribulação – Mt 24:21-22; A vinda de Cristo com a Sua Igreja
– Jd 14; O juízo das nações – Mt 25:31-46. Com o Retorno do Senhor Jesus, será implantado o
Reino Milenar de Cristo, a sétima e última Dispensação – Apocalipse 20:6.
Tudo culminará no fim dos sete anos da tribulação com a vinda de Jesus Cristo com seus
santos (a parousia). Após a parousia, o reino do Anticristo será destruído e Cristo passará a
reinar sobre a terra. Assim se cumprirão literalmente às profecias do A.T. que preveem um
reino messiânico na terra. Passados os mil anos, satanás será solto da sua prisão, encabeçará
uma revolta breve pelos moradores não regenerados do mundo, mas ela será esmagada.
Sucederá então o último julgamento. Apoc 20.11-15.
Capitulo VIII
Na aliança de Deus feita com Adão, e por extensão a toda humanidade, havia uma promessa
de vida, sendo esta a parte do pacto que cabia a Deus, e de obediência que seria a parte do
homem. Era uma aliança baseada na obediência. Como esse pacto foi quebrado pelo homem
que desobedeceu, como conseqüência ele foi condenado a morte e expulso do jardim do
Éden. Mas Deus havia criado o homem para estar ao Seu lado, e nele havia posto o fôlego de
vida. A vida de Deus havia sido dada ao homem. Então o Deus fiel, através de Isaías, profetiza
sobre o nascimento de um homem que seria obediente e que cumpriria a parte do homem
nesse antigo pacto firmado. Se o erro de Adão trouxe a morte, agora a obediência de Jesus
traz vida, e vida eterna. Através de Jesus é feita uma nova aliança de Deus com o homem. É
dessa forma que Deus enxerga os pactos, as alianças. Alguns requisitos para se fazer aliança
com alguém:
2. Troca de Túnica (ou capa). Era complemento do primeiro tópico. Gn 12.3, I Sm 18.3.
Significa: Que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida.
4. Sinal visível: Marcar com sinal visível na carne. (compl. do 3) Gn 17.11 e 21.4: Usa-se passar
cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se
encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o
chefe, pois possui muitos amigos também chefes.
5. Troca de Nomes. Gn 17.4,5/28 e 26.24: Significa que o meu nome passa a ter direito sobre
tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome
tem direito, inclusive dívidas. Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um
pedaço do meu nome.
6. Refeição da aliança. Gn 14.18-20: Significa parceria, união (a minha vida se torna a tua e tua
vida se torna minha).
7. Morte de um animal. Gn 15.9-17 e Jr 34.18: Significa: Que eu morra se não cumprir e que tu
morras se não cumprir. E Memorial (plantar árvore como memorial, Gn 21.33): Significa a
lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, deve lembrar-se da aliança.
Aliança significa pacto, (acordo bilateral de obrigação mútua entre as partes), ajuste, concerto.
Teologicamente, diz respeito a concerto entre Deus e o seu povo. O Antigo Testamento é
chamado Antiga Aliança. E o Novo Testamento, Nova Aliança. O nosso Deus é Deus de alianças.
Através delas, Ele, pelo seu imenso amor, nos dá a garantia de muitas bênçãos, se houver fé e
obediência. A iniciativa do concerto sempre foi de Deus, que estabelece as condições.
Vejamos:
A primeira aliança Deus fez com Adão e Eva, no Éden: deu-lhes a Terra e pleno domínio sobre
os animais; deu-lhes fartura de alimento, abençoou-os e disse-lhes que deveriam frutificar e
multiplicar. Mas estabeleceu condições: Não deveriam comer do fruto da árvore da ciência do
bem e do mal. O princípio da obediência estava criado. Se comessem da árvore proibida,
morreriam. Desobedeceram, quebraram a aliança, e experimentaram imediatamente a morte
moral e espiritual, e, depois, a morte física. Convém lembrar que em todos os concertos há
promessas de bênçãos, mas há a contrapartida da fé e fiel obediência. Gênesis 1.27-30; 2.16-
17; 3.2-20. Aliança adâmica ou edênica é como é conhecida a aliança com Adão.
Após o dilúvio, do qual se salvaram Noé e sua família, num total de oito pessoas (Gn 7.13),
Deus falou: "Convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne
pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra". Como sinal
perpétuo dessa aliança Deus deixou o arco sobre as nuvens, conhecido como arco-íris. Gênesis
9.11-17
Esta aliança foi chamada "concerto perpétuo", porque foi extensivo às gerações vindouras e já
apontando para o Reino Eterno de Cristo, Gn 17.7. O concerto foi feito com Abrão, nome
mudado por Deus para Abraão (pai da multidão), Gn 17.39. Como parte da aliança, Abraão
deveria circuncidar todos os machos, filhos e servos sob sua autoridade, como selo do
conserto, e de aceitação de Deus como Senhor. Gn 17.10-14,23.
1. A aliança Abraâmica tem nove partes distintas: Gn 12.2-3,7,15; 13.16; 15.5; 17.2,6,7,8,9.
Nota: Há aproximadamente 4.000 anos atrás, Deus chamou um homem chamado Abrão para
uma tarefa especial. Ele era originalmente de Ur dos Caldeus (perto da Basra, no Iraque hoje),
estava morando em Harã, sul da Turquia hoje, quando Deus o chamou. Quando ele tinha 75
anos Deus falou com ele, Gn 12.1-3. Abrão, sua esposa estéril Sarai e seu sobrinho Ló, saíram
de Harã para Canaã, onde Deus disse a ele.
Gênesis 13.14-17. Depois de dez anos de espera pelo filho da promessa em Canaã, Abrão e
Sarai se tornaram impacientes. Sarai ofereceu sua serva Hagar para Abrão e eles tiveram um
filho chamado Ismael. Porém, esse não era o filho que Deus havia prometido.
Finalmente, quatorze anos depois (24 anos depois que eles chegaram a Canaã), Deus falou
com Abrão sobre Sua promessa. Foi então quando Deus mudou o nome de Abrão para Abraão
(pai duma multidão), e o de Sarai para Sara (princesa) que Deus começou a cumprir Sua
promessa, Gn 17.7-8. Esse texto confirma que a aliança de Deus seria perpétua e incondicional,
não seria temporária. Nessa época Abrão tinha 99 anos e Sara tinha 90 anos e continuava
estéril. Por causa disso, ele entendeu que Ismael, que era seu filho, seria o filho da promessa.
Em Gênesis 17.18 Abraão disse a Deus: "Oxalá viva Ismael diante de ti". Esse não era o plano
de Deus, o qual Ele explicou: Ismael não era o filho da promessa e Sara realmente teria um
filho: Isaque é que seria o herdeiro, teria as promessas e o título da terra. Para que Abraão não
tivesse dúvida, Deus disse: "Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho e lhe porás o nome
de Isaque; com ele estabelecerei a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência
depois dele". Gn 17.19.
Como ficaria Ismael? Ele também não é filho de Abraão? Sim, mas não o filho da promessa.
Quanto a isto Deus disse: "E quanto a Ismael, também te tenho ouvido: certamente o
abençoarei; fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei grandissimamente. Doze príncipes gerarão, e
dele farei uma grande nação. A minha aliança, porém, estabelecerei com Isaque, que Sara te
dará neste mesmo tempo, daqui a um ano". Gn 17.20-21.
Isaque recebeu a bênção da aliança e não Ismael. Isso nos traz para a atualidade porque, a
pergunta no momento é: "Quem na verdade tem direito de possuir a Terra de Israel - os
Árabes ou os Judeus"? Deus prometeu abençoar Ismael e seus descendentes, mas não com a
terra de Canaã, a qual Deus passou o direito de posse para os descendentes de Abraão via
Isaque. Esse é um ponto crítico, pois muitos Árabes reivindicam o direito sobre a terra de Israel
como descendentes de Abraão através da linhagem de Ismael! Como descendentes de Abraão
através de Ismael estava previsto que eles recebessem muitas bênçãos prometidas, mas não a
terra de Israel. Esta foi reservada aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
Sabemos que Abraão teve outros filhos os quais também não receberam o direito sobre a terra
de Canaã. Em Gênesis 25:1-6 lemos que os outros filhos de Abraão receberam presentes e
foram enviados para as terras do Oriente: "Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Mas aos
filhos das concubinas que tinha, deu Abraão presentes e, ainda em vida, separou-os do seu
filho Isaque, enviando-os ao Oriente".
Jacó, o filho prometido: Mais tarde, Isaque teve dois filhos, Jacó e Esaú, e nós podemos ver
Deus fazendo uma promessa similar para Jacó. Em Gn 35.11-12. Como ficaria Esaú? Em Gn
36.6-9, lemos que Esaú pegou sua família e saiu de Canaã, para longe de Jacó. Isso porque Jacó
era tão rico que aquela terra não era suficiente para sustentar todos os seus animais. Ele se
mudou para Edom, do outro lado do Mar Morto, sul da Jordânia hoje. Considerando a aliança
de Deus e a história, a terra de Israel biblicamente pertence aos Judeus, aos descendentes de
Abraão, Isaque e Jacó.
Mas, será que os Árabes foram enganados? Deus disse que os abençoaria e hoje existem 21
países Árabes soberanos e apenas um estado Judeu. Se somarmos a área de todos os países
Árabes do mundo verificamos que eles possuem uma área que é 650 vezes mais do que Israel.
Em outras palavras, Israel é do tamanho da metade do estado do Espírito Santo. Entretanto, os
países Árabes possuem uma área que é seis bilhões de metros quadrados maior do que o
Brasil somado a mais uma vez a área do estado do Amazonas, em contraste com o estado do
Espírito Santo, sem contar que eles praticamente têm o controle do suprimento de petróleo
nas mãos. Bem, os Árabes não foram enganados pelo fato de os judeus terem retornado para
a terra que é deles desde os tempos antigos, Israel.
Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás
deitado te darei a ti e à tua semente. E tua semente será como o pó da terra... e em ti serão
benditas todas as famílias da terra. Gn 28.13-14.
Nota: Há cinco elementos distintos na aliança que Deus fez com Abraão, Isaque, e Jacó (Israel)
que distinguem seus descendentes de todos os outros povos da terra. Aqui eles estão na
ordem em que foram dados: (1) a promessa de que o Messias viria ao mundo por Israel; (2) a
promessa de um certo território que foi dado a Israel como possessão para sempre; (3) a lei
mosaica e seus subseqüentes pactos de promessa, que definiram um relacionamento especial
entre Deus e Israel; 4) a manifestação visível da presença de Deus entre eles; e 5) o reinado
prometido do Messias, no trono de Davi em Jerusalém, sobre Seu povo escolhido e sobre o
mundo inteiro.
Passados uns três meses da saída do Egito, Deus falou ao seu povo através de Moisés, ao sopé
do monte Sinal (Horebe), para, basicamente, renovar e relembrar os termos do concerto com
Abraão, Isaque e Jacó: (a) a terra de Canaã seria deles; (b) Deus seria o único Deus de Israel; o
povo assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos; (c) seriam castigados em
caso de desobediência. Êxodo 6.3-8; 19.4-6; 23.20-25.
Uma promessa que deve ser guardada no coração: "Agora, se diligentemente ouvirdes a minha
voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos... Vós me sereis reino sacerdotal e nação santa", Êx 19.5-6. O pacto foi fechado quando
o povo declarou: "Tudo o que o Senhor falou, faremos", Êx 24.3.
Renovação da Aliança nas Planícies de Moabe: Antes da entrada na terra prometida, e após
percorrerem o deserto durante 39 anos, os termos do concerto foram relembrados. A
finalidade era de dar conhecimento das promessas divinas aos que nasceram durante a
peregrinação, e fortalecer espiritualmente o povo para enfrentar o desafio conquistar a nova
terra. Dt 4.44-26.19; 31.1-33.29. Os capítulos 27 e 28 tratam das maldições e das bênçãos
decorrentes da rebeldia ou da obediência.
O resultado mais imediato da aliança davídica foi o estabelecimento do reino do filho de Davi,
Salomão, que deveria edificar um templo para o Senhor (II Sm 7.11-13, Sl 89.34); o reinado de
Davi passaria aos seus descendentes: "Fiz aliança com o meu escolhido; jurei ao meu servo
Davi: a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em
geração". Sl 89.3-4. A condição para o cumprimento dessas bênçãos seria a fiel obediência de
Davi e de seus descendentes. A vinda de um Rei messiânico e eterno, da linhagem de Davi,
estava implícita nesse concerto. Is 9.6-7. “Do trono de Jessé brotará um rebento, e das suas
raízes um renovo frutificará”. Is 11.1; Mq 5.2-4. Esse novo Rei seria chamado "O Senhor, Justiça
Nossa" (Jr 23.5-6) e se cumprirá literalmente no milênio quando Jesus governará pessoalmente
a Israel.
Capitulo IX
Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de
qualquer teste lhes ser aplicado. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes
mesmo de se aplicar neles qualquer prova. Os testes apenas provam aquilo que já existe. Os
diversos concílios eclesiásticos reconheceram certos livros como sendo a Palavra de Deus e,
com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos e profundamente analisados quanto á sua
coerência e autenticidade, foram colecionados para formar o que hoje chamamos Bíblia. E que
testes foram aplicados o longo dos séculos?
Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e
autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria se demonstrar ao leitor como algo diferente de
qualquer outro livro, por comunicar a revelação de Deus. O veredito das igrejas quanto à
natureza canônica dos livros era importante.
Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos
livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos
tenham sido recusados ou questionados por uma minoria, nenhum livro da Bíblia, cuja
autenticidade tenha sido questionada por um grande número de igrejas, veio a ser aceito
posteriormente como parte do cânon.
A Formação do Cânon. O cânon da Escritura estava-se formando, é claro, à medida que cada
livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da
"formação" do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos.
Esse processo levou algum tempo. Alguns estudiosos afirmam que todos os livros do Antigo
Testamento já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século a.C.
(2.500 anos atrás). As referências nos escritos do historiador Flávio Josefo (95 A.D.) indicam a
extensão do cânon do Antigo Testamento como sendo os 39 livros que conhecemos e
aceitamos hoje. Quando Jesus acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os
profetas que Deus enviara a Israel, desde Abel até Zacarias (Lc 11.51), Ele, desta forma,
delimitou o que considerava ser a extensão dos livros canônicos. O relato da morte de Abel
está no primeiro livro, Gênesis; o da morte de Zacarias se acha em II Crônicas, que é o último
livro da disposição da Bíblia hebraica (em lugar do nosso Malaquias). Assim sendo, é como se
Jesus tivesse dito: "A culpa de vocês está registrada em toda a Bíblia, de Gênesis a Malaquias".
É interessante que Jesus nunca fez referência a nenhum dos livros chamados apócrifos, que já
existiam em seu tempo, uma vez que os fatos neles relatados ocorreram no período
intertestamentário, quase 200 anos antes de Seu nascimento. O primeiro concílio eclesiástico
a reconhecer todos os 27 livros do Novo Testamento foi o Concílio de Cartago, em 397 A.D.
Alguns livros do Novo Testamento, individualmente, já haviam sido reconhecidos como
canônicos muito antes disso (II Pe 3.16; I Tm 5.18), e a maioria deles foi aceita como canônicos
no século posterior ao dos apóstolos, embora alguns como Hebreus, Tiago, II Pedro, II e III João
e Judas tivessem sido debatidos durante algum tempo.
A seleção do cânon sagrado foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu
valor, passando pelos testes de canonicidade. Os 12 livros chamados apócrifos do Antigo
Testamento jamais foram aceitos pelos judeus ou por Jesus. Eles eram respeitados, mas não
foram considerados como Escritura. Eles chegaram a ser incluídos na tradução grega chamada
Septuaginta, produzida quase 300 anos antes de Cristo. Jerônimo (420-340 a.C.) fez uma
distinção entre esses livros e os canônicos, chamando-os de eclesiásticos, e essa distinção
acabou por conceder-lhes uma canonicidade secundária. Os Reformadores também os
rejeitaram. Em algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram
colocados à parte.
Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais
antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se mostrou extremamente
exato. Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta, os
targuns aramaicos (paráfrases e citações do Antigo Testamento), citações em autores cristãos
da antiguidade, a tradução latina de Jerônimo (a Vulgata, 400 A.D.), feita diretamente do texto
hebraico corrente em sua época.
Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do
Antigo Testamento. Em relação ao Novo Testamento, mais de 5.000 manuscritos dele existem
ainda hoje, o que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. Além de existirem
muitas cópias do Novo Testamento, muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos
originais.
Há aproximadamente 75 fragmentos de papiro datados desde 135 A.D., até o oitavo século,
possuindo partes de 25 dos 27 livros do Novo Testamento, num total de 40% do texto total. As
muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande Códice Sinaítico (quarto
século), o Códice Vaticano (também do quarto século) e Códice Alexandrino (quinto século).
Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das
Escrituras), mais de 86.000 citações do Novo Testamento nos escritos dos chamados Pais da
Igreja, antigas traduções como a latina ou Ítala, a siríaca e a egípcia, datadas do terceiro
século, e a versão latina de Jerônimo. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos
estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto
exato e fidedigno do Novo Testamento. No entanto, o que realmente nos dá a certeza de que
a Bíblia contêm o pensamento inspirado por Deus a homens escolhidos para esse fim, é o
poder que suas verdades possuem.
I. O Cânon Judaico
O cânon hebraico é composto de 24 livros, dividido em três grupos: a lei (Torah), os profetas
(Nebhim) e os escritos (Kethubim). Esta foi à ordem de aceitação dos livros como canônicos:
1. Torah: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômios.
2. Nebhim: Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel, (Profetas Menores)
3. Kethubim: Salmos, Provérbios, Jó (poesia), Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester
(os cinco rolos), Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas (históricos).
São chamados “os cinco rolos” porque cada um foi escrito em um rolo para ser lido nas
festividades judaicas: (a) Cantares na Páscoa; (b) Rute no Pentecostes; (c) Eclesiastes na festa
dos Tabernáculos; (d) Ester no Purim e; (e) Lamentações no aniversário da destruição de
Jerusalém. Portanto, esta é a Escrituras Sagradas dos judeus. A Bíblia dos judeus é o Antigo
Testamento.
Apócrifos significava, a princípio, "oculto". Com o passar dos anos, assumiu o sen-tido de "não
genuíno", "espúrio". Eles foram incluídos quando foi efetuada a versão grega do Velho
Testamento (Septuaginta), mas considerados espúrios posteriormente pelos judeus, daí
surgindo o termo que, no entanto só ganhou ênfase, na redescoberta destes fatos, durante o
período da Reforma. Como contra-reforma a igreja católica manteve-se fiel ao cânon da
Septuaginta e chamou estes livros Deuterocanônicos (canônicos da 2ª época). São eles:
1. TOBIAS (2000 a.C.). É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e
alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. Apresenta:
(a) Justificação pelas obras, 4.7-11; 12.8.
(b) Mediação dos Santos, 12.12.
(c) Superstições, 6.5,7-9,19.
(d) Um anjo engana Tobias e o ensina a mentir, 5.16 a 19.
2. JUDITE (150 a.C.). História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando
o inimigo e decaptando-o. Sua grande heresia é a própria história onde os fins justificam os
meios.
3. SABEDRIA DE SALOMÃO (40 a.D.). Livro escrito com a finalidade exclusiva de lutar contra a
incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã). Apresenta:
4. ECLESIÁSTICO (180 a.C.). É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fossem as tantas
heresias: Apresenta:
5. BARUQUE (100 a.D.). Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta
Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data
muito posterior, quando da 2a destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras
coisas, a intercessão pelos mortos – 3.4.
6. I MACABEUS (100 a.C.). Descreve a história de três irmãos da família “Macabeus”, que no
chamado período interbíblico (400 a.C. - 3 a.D.), lutam contra inimigos dos judeus visando a
preservação do seu povo e terra.
7. II MACABEUS (100 a.C.). Não é a continuação do I Macabeus, mas um relato paralelo, cheio
de lendas e prodígios de Judas Macabeu. Apresenta:
8. ADIÇÕES A DANIEL: Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda, Daniel salva
Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.
Capítulo 3.24-90 - o cântico dos três jovens na fornalha.
Os próprios judeus não aceitaram esses livros como inspirados por Deus mesmo aparecendo
na Vulgata Latina, o próprio Jerônimo também rejeitou a canocidade destes livros. A Igreja
Evangélica considera esses livros fora do Cânon Sagrado pelas razões básicas: contem erros
históricos geográficos e cronológicos, aprovam a mentira, o suicídio, o assassinato, os
encantamentos mágicos, as orações aos mortos, salvação por meio de gratificações, descrição
do sobrenatural de uma forma grotesca e ridícula.
No Concílio de Trento (1546 D.C.) a Igreja Ocidental passou a considerá-los autoritários com o
voto de 53 prelados sem conhecimentos históricos destacados sobre documentos orientais,
encontrando oposição de grandes homens como o cardeal Polo que afirmou que assim agira o
Concílio a fim de dar maior ênfase às diferenças entre católicos romanos e os evangélicos.
Capitulo X
I. Cristo no Pentateuco
Capitulo XI
Referirmo-nos a manuscritos como cópias totais ou parciais da Bíblia. Recebem seu nome
dependendo do lugar, quem fez a descoberta, ou conhecendo-se os escritores da cópia. O
estudo destes manuscritos é importante para conhecermos parte do processo que levou a
Bíblia até nossos dias. Vamos dividir nosso estudo entre os manuscritos do Velho e Novo
Testamento.
Septuaginta (LXX) - Septuaginta é o nome de uma suposta versão da Bíblia hebraica para o
grego koiné (grego popular), que teria sido traduzida entre o terceiro e o primeiro século a.C.
em Alexandria. A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta,
palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX ), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela
e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.
O caso é que a versão grega é uma realidade inegável e foi bem acolhida pelos judeus
alexandrinos, que logo a difundiu pelas nações onde o grego era falado. A Septuaginta foi
usada como base para diversas traduções da Bíblia. Ela tornou-se o Antigo Testamento da
Igreja e foi altamente estimada pelos cristãos primitivos, de modo que muitos escritores
declararam-na inspirada. Os cristãos recorriam à ela constantemente em suas controvérsias
com os judeus; estes logo reconheceram suas imperfeições e, finalmente, a rejeitaram em
favor do texto hebraico ou de traduções mais literais.
Vulgata - A Vulgata é uma tradução para o latim da Bíblia, escrita em meados do século IV por
Jerônimo, a pedido de Dâmaso (Bispo de Roma).
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que
foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, bem como muitos escritos
cristãos de séculos seguintes. No século IV, o biblista Jerônimo traduz pelo menos o Antigo
Testamento para o latim. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que traduziu o
Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução Septuaginta. O nome vem da
frase versio vulgata, isto é “versão dos vulgares”, e foi escrito em um latim cotidiano.
Os Códices (Códex)
Na igreja primitiva dos séculos II e III, as Escrituras eram executadas em material barato como
o papiro, daí não terem sido tão bem preservados quanto os rolos hebraicos encontrados nos
sítios arqueológicos. Ainda eram usados os rolos.
A partir do século IV o suporte de papiro foi substituído por cascas de árvores, prensadas e
misturadas à goma, técnica desenvolvida pelos ítalos. E ao invés de enroladas as folhas eram
sobrepostas umas às outras e costuradas, da mesma forma dos livros atuais. Para proteger a
obra, era colocada uma capa de madeira, que depois foi substituída por couro.
Capitulo XII
O Centro da Bíblia: Qual é o capítulo mais curto da Bíblia? Salmos 117. Qual o capítulo mais
comprido da Bíblia? Salmos 119. Qual o capítulo que está no centro da Bíblia? Salmos 118. Há
594 capítulos antes de Salmos 118. Há 594 capítulos depois de Salmos 118. Se somar estes
dois números totalizam 1188. Qual é o versículo que está no centro da Bíblia? Salmos 118.8.
Esse versículo diz algo importante sobre a perfeita vontade de Deus para nossas vidas? A
próxima vez que alguém te disser que deseja conhecer a vontade de Deus para sua vida e que
deseja estar no centro da Sua Vontade, referira a ele o centro de Sua Palavra, Salmos 118.8.
"Melhor é colocar sua confiança no Senhor teu Deus que confiar nos homens". Agora, diga,
seria uma casualidade isto? Ou estaria Deus no centro da Bíblia?
Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versícu¬los. A divisão em capítulos foi feita no
ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudio-so das Escrituras. A
divisão em versículos foi feita de duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551,
por Robert Stevens, um impressor de Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina)
dividida em capí¬tulos e versículos em 1555. O AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O NT
tem 260 capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos. O
nú¬mero de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119,
e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em Êxodo 20.30. (Isso,
nas versões portuguesas e com exceção da cha¬mada "Tradução Brasileira", onde o menor é
Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os livros de Ester e Cantares não
contêm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados,
mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos, e 177
menções do Diabo, sob seus vários no¬mes.
A vinda do Senhor é referida direta e indiretamente 1.845 vezes, sendo 1.527 no AT e 318 no
NT. - Não é esse um assunto para séria meditação? O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de
8 versículos cada uma. O número 22 corresponde ao número de letras do alfabeto hebraico.
Cada uma das 22 seções inicia com uma letra desse alfabe¬to, e, dentro, de cada seção, todos
os versículos começam com a letra da respectiva seção. Caso semelhante há no li¬vro de
Lamentações de Jeremias. Ali, em hebraico, os capítulos 1,2,4, têm 22 versículos cada um,
compreenden¬do as 22 letras do alfabeto, de álefe a tau. Porém o capítulo 3 tem 66
versículos, levando cada três deles, a mesma letra do alfabeto.
Há outros casos assim na estrutura da Bíblia. Isso ja¬mais poderia ser obra do acaso. A frase
"não temas" ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano! O capítulo
19 de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías. O AT encerra citando a palavra "maldição"; o NT
encerra citando a expressão: "a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo." A Bíblia foi o primeiro
livro impresso no mundo após a invenção do prelo; isso deu-se em 1452, em Mogúncia,
Alemanha.
Você sabia? Noé passou 382 dias na arca com a sua família e os animais durante o dilúvio! Gn
7.9-11 / 8.13-19. Você sabia? Jubal, descendente de Caim, foi o pai de todos os que tocam
harpa e flauta! Gn 4.21.
Você sabia? O Rei Asa morreu porque buscou mais aos médicos do que a Deus! II Crô 16.12.
Você sabia? A Bíblia Sagrada já relatava a invenção de máquinas muito antes da famosa
Revolução Industrial de 1789!! II Crô 26.15. Você sabia? A palavra ''Cristão'' aparece apenas
três vezes na Bíblia! At 11.26; 26.28 e I Pe 4.16.
Você sabia? O salmista Davi, além de poeta, músico e cantor foi também o inventor de
diversos instrumentos musicais! Am 6.5. Você sabia? A estatura do gigante Golias vencido por
Davi era de seis côvados e um palmo, o que equivale a quase três metros de altura! I Sm 17.4.
Você sabia? Matusalém, o homem que mais viveu, morreu com 969 anos de idade! Gn 5.25-
27.
Você sabia? O Capítulo 19 de II Reis e o Capítulo 37 de Isaías são idênticos. Você sabia? O
primeiro aposentado que relata a Bíblia foi o Rei Joaquim. Jr 52. 33, 34.
Você sabia? O primeiro milagre da multiplicação de pães foi realizado por Eliseu centenas de
anos antes de Cristo! II Rs 4.42 a 44. Você sabia? O povo de Israel chegou a ser comparado a
uma vaca rebelde! Os 4.16.
Você sabia? O maior nome da Bíblia Sagrada é Maersalalhasbas, que era filho de Isaías. Seu
significado em Hebraico é: Rápido. Is 8.1.
Você sabia? O dilúvio não foi apenas uma grande chuva, mas foi a primeira chuva que veio
sobre a terra. Gn 2.6 ; 7.4
Você sabia que quando Deus criou o homem já existia o macaco... No sexto dia ou período da
criação, Deus fez os animais irracionais, inclusive o macaco, cada um "conforme a sua espécie",
e depois criou uma espécie especial, o animal racional chamado homem, "sua imagem e
semelhança", coroa e Rei da criação. É por isso que até hoje continua assim: homem é homem,
mcacaco é macaco... Gn 1. 24 e 31.
Você sabia que não temais! A frase "Não temais" aparece na Bíblia 366 vezes. Uma para cada
dia do ano e uma sobra para o ano bissexto.
ITI – Instituto Teológico Internacional 59
Um Instituto a Serviço do Reino
São Paulo - SP
ITI Curso Teológico Módulo I
Você sabia? Até nos dias de hoje, no Oriente Médio, um lugar sagrado não deve ser pisado
senão com os pés descalços?
O Profeta Isaías já sabia que a terra é redonda! A primeira citação da redondeza da terra
confirmava a idéia de Galileu, de um planeta esférico. Bastava que os descobridores
conhecessem a bíblia. Is 40.22.
Você sabia que a menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas.
Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5cm de comprimento, 3cm de largura e 2cm de
espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma série de gravuras
ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente.
Você sabia que a maior Bíblia que se conhece, contém 8048 páginas, pesa 547 kg e tem 2,5m
de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de
trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1m de comprimento, em cuja
superfície estão gravados os textos.
Avaliação
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Bibliografia
CPAD
A.A Autores Anônimos
Anísio Renato de Andrade
Bíblia de Estudos Pentecostal
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Paulo Cristiano da Silva
A Bíblia Explicada, S.E.Mcnair;
Bíblia de Estudo Pentecostal,
Apostila FAETEL módulo VI
Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Pr Airton Evangelista da Costa
Prof. Marcos Alexandre R. G. Faria
Conhecendo as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman
Pr. Pedro Corrêa Cabral
Presb. Alípio Fernandes
Diálogo inacabado entre um pastor e um cientista (Augusto N. Lopes)