Antidepressivos, Propsiq 2015
Antidepressivos, Propsiq 2015
Antidepressivos, Propsiq 2015
INTRODUÇÃO
Em 1994, foi liberada para uso nos EUA a venlafaxina, um agente dual (ISRS e da
norepinefrina).
Em 2004, o Food and Drug Administration (FDA) aprovou a duloxetina, outro agente dual,
para o tratamento das depressões. A agomelatina, um agente melatonérgico, foi introduzida em 2009
1 Porto JA, Sarin LM, Marchetti L. Antidepressivos. In: Associação Brasileira de Psiquiatria; Nardi AE, Silva AG, Quevedo JL,
organizadores. PROPSIQ Programa de Atualização em Psiquiatria: Ciclo 4. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 129-84.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 3).
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na União Europeia. Mais recentemente, passaram a ser utilizados, nos EUA, o vilazodone e a
vortioxetina.
Cumpre notar que, apesar do nome (“antidepressivos”), esses medicamentos são hoje
utilizados (com algumas diferenças entre as classes) para diversas indicações, incluindo:
▪ depressão;
▪ ansiedade generalizada;
▪ fobia social;
▪ transtorno obsessivo-compulsivo (TOC – e condições relacionadas);
▪ transtorno disfórico pré-menstrual;
▪ enxaqueca;
▪ fibromialgia e outras condições dolorosas (alguns deles, citados no texto);
▪ transtornos alimentares.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
Os ADTs com cadeia lateral formada por amina secundária (como desipramina,
nortriptilina, protriptilina) promovem maior inibição da recaptação da norepinefrina, em
comparação aos que possuem cadeia lateral composta por amina terciária.5
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A nortriptilina possui “janela terapêutica” que lhe é peculiar (abaixo e acima da referida
“janela”, a nortriptilina não possui efeito terapêutico adequado).
▪ depressão;
▪ ansiedade;
▪ transtorno do pânico (TP);
▪ TOC;
▪ dor neuropática;
▪ fibromialgia;
▪ cefaleia;
▪ dores lombares;
▪ enurese.
Nem todos os tricíclicos estão contemplados com todas essas indicações, que variam de
acordo com suas características farmacodinâmicas e com as exigências das agências
reguladoras de cada país (por exemplo, FDA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] e
Agência Europeia de Medicamentos [European Medicines Agency – EMEA]). Dessa forma, nos
EUA, por exemplo, a clomipramina não está registrada como antidepressivo, e sim como agente
para o tratamento do TOC.
Em que pese sua comprovada eficácia, os tricíclicos são hoje menos utilizados que em
décadas anteriores por conta dos seus efeitos colaterais (ação anticolinérgica, anti-histamínica,
bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos, bloqueio no sistema de condução cardíaco etc.).
Cada tricíclico possui apresentação própria, dose inicial e faixa terapêutica específica
(Tabela 1).
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PRECAUÇÕES E EFEITOS COLATERAIS
Os ADTs podem induzir à mudança para o estado maníaco, ou para estados mistos, em
pacientes bipolares ou do chamado “espectro bipolar”. Os ADTs podem, ainda, favorecer a
ocorrência de ciclagem rápida nesses pacientes.
É necessária cuidadosa seleção dos pacientes para o uso de ADTs, pois as depressões
bipolares devem ser tratadas com medicamentos específicos (estabilizadores do humor, quetiapina,
lamotrigina, lurasidona etc.).
A maioria dos efeitos colaterais atenua-se com o tempo de uso e a introdução gradual. Os
efeitos colaterais dos ADTs estão relacionados com a ação sobre outros receptores. Exemplos:7
- o bloqueio dos receptores muscarínicos (M1) pode levar a constipação intestinal, a visão turva, a
retenção urinária, a boca seca, a disfunção erétil e a sonolência;
- o bloqueio dos receptores adrenérgicos (α1) pode provocar hipotensão ortostática, sonolência e
tontura;
A ação anticolinérgica dos ADTs pode causar déficit cognitivo e confusão mental em idosos,
o que requer cuidados especiais.
Pacientes com hipertrofia prostática e glaucoma de ângulo fechado requerem também
atenção especial; para esses pacientes, preferem-se, em geral, outros tipos de antidepressivos. Os
efeitos cardiovasculares (que incluem bloqueio atrioventricular [BAV], achatamento da onda T,
arritmias, prolongamento do intervalo QT e achatamento do complexo QRS) fazem com que seja
indicada avaliação da função cardíaca, em especial quando existirem fatores de risco ou em
pacientes com mais de 50 anos de idade.
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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE
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A moclobemida é usada em doses de 300 a 600mg/dia. Sua eficácia, no entanto, não se
equivale à dos IMAOs tradicionais (como a tranilcipromina e a fenelzina), sendo, em geral,
considerada menos eficaz.
INDICAÇÕES CLÍNICAS
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Quadro 1
No uso de IMAOs não seletivos, devem ser evitados também medicamentos que induzam à
síndrome serotonérgica e que aumentem a liberação de norepinefrina.
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Dadas as diferenças entre os ISRS, pacientes que não respondem a um determinado ISRS
podem, eventualmente, responder a outro, da mesma classe. Os efeitos colaterais também
diferenciam os ISRS, e muitas vezes são determinantes para a escolha terapêutica individual.
▪ fluoxetina;
▪ paroxetina;
▪ sertalina;
▪ citalopram;
▪ escitalopram;
▪ fluvoxamina.
Os ISRS são utilizados para o tratamento das depressões, do TOC e das síndromes
relacionadas, do transtorno disfórico pré-menstrual, de transtornos alimentares (como a bulimia), do
TP, do transtorno de ansiedade social (TAS) ou fobia social e do transtorno do estresse pós-
traumático (TEPT).
Nem todos os ISRS são, no entanto, aprovados para todas essas indicações pelas agências
regulatórias, como o FDA. Assim, por exemplo, a fluvoxamina, apesar de ser amplamente
reconhecida como um antidepressivo potente, nos EUA, é oficialmente recomendada pelo FDA
apenas para o tratamento do TOC e para a fobia social.
Mais estudos são necessários para determinar se há subgrupos de pacientes com depressão
que respondam preferencialmente aos duais versus ISRS (por exemplo: depressões melancólicas,
depressões mais graves, depressões psicóticas etc.). Até agora, a maioria dos estudos não mostra
franca superioridade de qualquer outra classe de antidepressivos sobre os ISRS (10), mas são
grandes as diferenças metodológicas entre os estudos. Cipriani e colaboradores,12 por meio de
metanálise em que incluíram 117 estudos randomizados e controlados (com 25.928 pacientes),
compararam os seguintes antidepressivos: bupropiona, citalopram, duloxetina, escitalopram,
fluoxetina, fluvoxamina, milnacipram, mirtazapina, paroxetina, reboxetina, sertralina e venlafaxina.
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A mirtazapina, o escitalopram, a venlafaxina e a sertralina mostraram-se, no estudo de
Cipriani e colaboradores, mais eficazes que a duloxetina, a fluoxetina, a fluvoxamina e a reboxetina.
A reboxetina foi inferior a todos os demais antidepressivos estudados. O escitalopram e a sertralina
mostraram o melhor perfil de tolerabilidade, levando a menores taxas de abandono do tratamento. É
importante frisar que não houve comparações head to head, tratando-se de uma metanálise.
Os ISRS possuem, no geral, boa tolerabilidade, mas seus efeitos colaterais podem diferir
entre si, o que pode contribuir para a escolha terapêutica em determinados casos.
EFEITOS COLATERAIS
Efeitos gastrintestinais
Ativação/insônia
Algumas vezes os ISRS podem, no início do tratamento, exacerbar a ansiedade, causar certa
inquietude e agitação. Tais efeitos são transitórios e tendem a se esvanecer. Eventualmente, pode
ocorrer acatisia. A ansiedade pode ser minimizada ao se introduzirem os ISRS em doses mais
baixas. A acatisia é passível de ser tratada com um betabloqueador (BB) ou com benzoadizepínicos
(BZDs). A insônia pode ser tratada com zolpidem ou zopiclone, ou, ainda, com BZDs ou com
trazodone em dose baixa (25mg, por exemplo).
Efeitos sexuais
Efeitos neurológicos
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Inicialmente, os ISRS podem exacerbar a migrânea ou a cefaleia tensional; tal efeito tende a
ser passageiro, e os ISRS podem mesmo auxiliar na prevenção da migrânea. Efeitos extrapiramidais
(acatisia, distonia, parkinsonismo, e discinesia tardia) podem, eventualmente, aparecer, mas são
raros e geralmente ocorrem em idosos ou em portadores da doença de Parkinson.
Quedas
O risco de quedas, embora pequeno, pode ser aumentado com o uso concomitante de BZDs
e de outros fármacos. Raramente o risco de quedas tem sido associado à bradicardia, que pode ser
induzida pelos ISRS. O risco de quedas com os ISRS é bem menor do que ocorre com os ADTs.
Peso corporal
Ganho de peso, às vezes substancial, pode ocorrer com o uso crônico dos ISRS, em especial
com a paroxetina. A fluoxetina pode, inicialmente, reduzir o apetite e o peso, mas, com o tempo,
pode induzir o ganho de peso.
Síndrome serotonérgica
Interações farmacológicas
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A retirada abrupta dos ISRS pode ocasionar a síndrome da descontinuação, que se
caracteriza por sintomas do tipo flu-like (náusea, dor de cabeça, cabeça oca, arrepios, dores
musculares, parestesias e insônia.
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS
Os ISRS, como grupo, não devem ser associados aos IMAOs, devido ao risco de indução à
síndrome serotonérgica. Também não devem ser combinados com sumatriptano e fármacos
relacionados. O tramadol aumenta o risco de convulsões quando associado aos ISRS, e os anti-
inflamatórios não hormonais podem diminuir a eficácia dos ISRS.
Quando a fluoxetina estiver sendo utilizada, deve-se dar um intervalo de pelo menos cinco
semanas antes de se iniciar um IMAO, devido à longa meia-vida de seu metabólito ativo, a
norfluoxetina; para os demais, é suficiente um intervalo de duas semanas.
A fluoxetina inibe o CYP 450 2D6 e o CYP 450 3A4; pode, assim, aumentar os níveis dos
ADTs. Igualmente, pode aumentar o nível plasmático da tiorizazina e do pimozide e causar
arritmias cardíacas.
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A paroxetina também inibe de forma considerável o CYP 450 2D6 e pode aumentar os
níveis da teofilina. Também aumenta os efeitos anticolinérgicos da prociclidina e de outros
fármacos anticolinérgicos. A sertralina e o citalopram são inibidores muito fracos do CYP 450 2D6
e do CYP 450 3A4.
A fluvoxamina inibe o CYP 450 3A4, 1A2, 2C9 e 2C19. Deve ser evitada em conjunto com
os triptanos (sumatriptano, por exemplo), pois aumenta o risco de sangramento com os
anticoagulantes, aumenta os níveis do anti-inflamatórios não hormonais e reduz o clearance da
teofilina e da clozapina. Também pode reduzir o clearance de carbamazepina e de BZDs, como o
alprazolam e triazolam, e, por inibir o CYP 450 3A4, aumentar o nível sérico das estatinas e do
pimozide.
* Para saber mais: Para uma lista mais completa das interações dos ISRS, ver o
guia da American Psychological Association (APA – 2010)9 e o livro de Stahl,
Prescribers Guide (2014).9
ANTIDEPRESSIVOS DUAIS
▪ venlafaxina;
▪ desvenlafaxina;
▪ duloxetina.
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atividade das enzimas hepáticas, além de possuírem perfil farmacodinâmico diferente (alguns
agem igualmente sobre NA e 5-HT, enquanto outros atuam mais sobre a 5-HT).
Depressão e sintomas físicos dolorosos frequentemente ocorrem juntos. A dor crônica pode
ter um efeito devastador na saúde, na produtividade e na qualidade de vida dos pacientes. A
presença de dor de moderada a severa torna o tratamento da depressão mais difícil ou até mesmo
resistente, aumentando a severidade dos sintomas e piorando a evolução do quadro. A recíproca é
verdadeira, isto é, há uma alta a prevalência de depressão nos pacientes com dor crônica.
Estudos clínicos e em modelos animais na dor crônica mostraram que os IRSNs são
superiores em termos de eficácia quando comparados aos ISRS. Duloxetina, venlafaxina e
milnaciprano têm sua eficácia relatada em numerosas condições de dor crônica, como a
fibromialgia e a lombalgia crônica, e o efeito analgésico é independente de seu efeito no humor.13
O benefício dos IRSNs quando comparados aos agentes de ação serotoninérgica incluem
maior eficácia nas depressões mais graves, com características melancólicas, e nas depressões
refratárias. Entretanto, essa é uma questão que ainda não está completamente elucidada, e
metanálises recentes11,14 tentaram esclarecer as possíveis diferenças em termos de eficácia entre
esses compostos.
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estatisticamente significativa, redução maior (1,7 pontos) na pontuação da escala de Montgomery-
Asberg para depressão (MADRS) nos pacientes que receberam escitalopram em vez de um IRSN
(P < 0,01).15
Uma série de publicações tem investigado as diferenças de eficácia entre os agentes duais e
os ISRS em subpopulações específicas de pacientes deprimidos ou em sintomas específicos, tais
como sintomas dolorosos residuais16 e depressão em mulheres na pós-menopausa.17
▪ tonturas;
▪ vertigens;
▪ náuseas;
▪ aumento da ansiedade;
▪ irritabilidade;
▪ sonhos vívidos.
VENLAFAXINA
A venlafaxina foi o primeiro ISRSN lançado no mercado, em 1994. O espectro mais amplo
de seu mecanismo de ação teve sua eficácia demonstrada em várias condições, como TDM grave,
depressão refratária e transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
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Possui um mecanismo de ação semelhante aos ADTs, porém com um perfil de tolerabilidade
superior e sem os problemas de segurança dessas medicações, com pouca afinidade pelos receptores
muscarínicos e histamínicos.
A retirada da venlafaxina deve ser feita de forma gradual, em 2 a 4 semanas, para evitar
sintomas de descontinuação.20
Indicações clínicas
A venlafaxina tem indicação para tratamento do TDM, do TAG, do TAS e do TP. Sua
eficácia também foi demonstrada no TEPT e no TOC.21 A venlafaxina é, portanto, uma boa
indicação na presença de comorbidade com transtornos de ansiedade, sintomas somáticos,
dolorosos e fadiga e na ausência de resposta a um ISRS.
As análises demonstram que a venlafaxina pode ser superior aos ISRS para alcançar
remissão em pacientes severamente deprimidos. A maior diferença nas taxas de remissão ocorreu
em pacientes com valor basal na HAM-D17 ≥ 30 (NNT = 11), o que sugere um benefício clínico
mais pronunciado da venlafaxina em pacientes severamente deprimidos.22
Efeitos colaterais
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Os efeitos colaterais da venlafaxina costumam ser dose dependentes. São comuns náuseas
(geralmente no início do tratamento, menos frequentes na formulação de liberação prolongada),
cefaleia, insônia ou sedação, sudorese, astenia, disfunção sexual, aumento do apetite, ganho de peso
e hipertensão arterial (HTA). Mais raramente podem ocorrer anormalidades da condução cardíaca.25
DULOXETINA
A duloxetina deve ser administrada na dose de 60 a 120mg/dia. A dose inicial deve ser de
30mg/dia, apenas em pacientes com doença renal na fase final (clearance de creatinina < 30mL/
min) e em pacientes com cirrose hepática.
A dose da duloxetina deve ser reduzida (devido ao aumento de seu nível plasmático) quando
usada em associação com inibidores potentes do CYP 450 2D6 (fluoxetina, paroxetina e quinidina,
por exemplo).
O IMAO deve ser suspenso pelo menos 14 dias antes da introdução da duloxetina. O início
do IMAO deve aguardar pelo menos cinco dias após a interrupção da duloxetina. Inibidores do CYP
450 1A2, como a fluvoxamina, requerem uma redução da dose de duloxetina, pois também podem
aumentar seu nível plasmático. A duloxetina pode aumentar os níveis plasmáticos de tricíclicos,
portanto, essa associação deve ser usada com cuidado.
Devido à inibição do CYP 450 2D6, a duloxetina pode interferir na ação analgésica da
codeína e aumentar níveis plasmáticos de BBs e da atomoxetina.
▪ monitoração da PA;
▪ uso cauteloso em pacientes com história de convulsão;
▪ avaliação cuidadosa de aparecimento de ideação suicida em adolescentes.
A duloxetina é considerada classe C quanto aos riscos na gravidez, por ausência de estudos
de segurança em humanos, não sendo, portanto, recomendado seu uso na gravidez, em
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particular no primeiro e no terceiro trimestres; porém, a continuidade do tratamento pode ser
necessária, devendo-se sempre avaliar a relação risco/benefício.
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Efeitos colaterais
▪ náusea (efeito adverso inicial relatado com maior frequência, melhora após a primeira semana);
▪ insônia;
▪ boca seca;
▪ sudorese;
▪ constipação;
▪ disfunção sexual;
▪ sedação;
▪ fadiga.
DESVENLAFAXINA
Indicações clínicas
A desvenlafaxina é indicada para tratamento do TDM.30 A dose terapêutica varia de 50 a
200mg/dia em dose única. A dose inicial de desvenlafaxina recomendada em pacientes com
insuficiência renal grave ou com doença renal em estágio terminal é de 50mg em dias alternados;
em pacientes com insuficiência hepática, o uso de doses acima de 100mg/dia não é recomendado.
O uso de IMAO deve ser interrompido pelo menos 14 dias antes da introdução da
desvenlafaxina. Ela deve ser aplicada com cautela em pacientes que usam antiagregantes
plaquetários (ácido acetilsalicílico [AAS], clopidogrel) e anticoagulante (varfarina), por causa do
aumento do risco de sangramento.
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Estudos clínicos de desvenlafaxina também avaliaram sintomas dolorosos dentro do quadro
depressivo. Os resultados no alívio da dor em geral e de dores específicas, como dor em membros,
dor nas costas, dor no peito e dores articulares, foram significantemente positivos.32
Efeitos colaterais
Náusea é o feito colateral mais comum e tende a melhorar após a primeira semana de
tratamento. Tonturas, sudorese, obstipação intestinal e diminuição do apetite também podem
ocorrer.
Interações medicamentosas
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A metabolização da desvenlafaxina é feita sem uma utilização relevante da via da isoenzima
2D6 do citocromo P450 (CYP450), por isso a desvenlafaxina tem um mínimo de interações
medicamentosas. As propriedades farmacocinéticas da desvenlafaxina não são afetadas pelo
genótipo do paciente quanto a CYP2D6, isto é, seu nível plasmático não é alterado em lentos e
rápidos metabolizadores.
▪ náuseas;
▪ vertigens;
▪ diarreia;
▪ irritabilidade.
▪ humor disfórico;
▪ irritabilidade;
▪ agitação;
▪ distúrbios sensoriais (parestesias, sensações de choque elétrico);
▪ ansiedade;
▪ confusão;
▪ letargia;
▪ instabilidade emocional;
▪ insônia;
▪ zumbido.
BUPROPIONA
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pacientes deprimidos com sintomas de redução do afeto positivo, como perda de felicidade, de
alegria, de interesse, de prazer, de energia, de entusiasmo, de vigilância e de autoconfiança.
A bupropiona pode ser indicada nos pacientes que não toleraram os efeitos colaterais (não
causa ganho de peso nem a disfunção sexual que frequentemente ocorre com os antidepressivos
que agem por inibição do transportador de serotonina) e/ou não responderam aos ISRS.
Também pode ser usada como estratégia de combinação em pacientes que têm sintomas
residuais, como fadiga ou sonolência, ou naqueles que, após o tratamento com ISRS ou IRSN,
desenvolveram sintomas de apatia e indiferença (síndrome amotivacional).
▪ insônia;
▪ agitação;
▪ tremor;
▪ cefaleia;
▪ boca seca;
▪ náuseas;
▪ redução do apetite;
▪ perda de peso.
O efeito colateral mais grave da bupropiona é a crise convulsiva, que ocorre raramente e
está relacionada a doses mais altas do que as recomendadas, sendo mais frequente com a
formulação de meia-vida mais curta.
As três apresentações disponíveis da bupropiona devem ser usadas com diferentes frequências:
A faixa terapêutica da bupropiona situa-se entre 150 e 300mg/dia, sua metabolização é hepática e
doses menores devem ser usadas em pacientes com grave comprometimento hepático ou renal.5
Recentemente, foram publicados estudos epidemiológicos sobre os resultados da exposição materna
à bupropiona no primeiro trimestre de gravidez. Tais estudos sugeriram um possível risco
aumentado de algumas malformações cardiovasculares congênitas e, por isso, a bubropiona
passou a ser classificada como categoria D de risco na gravidez (sua classificação anterior era
categoria B).
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MIRTAZAPINA
A mirtazapina apresenta meia-vida de 20 a 40 horas, sendo mais longa nas mulheres. Sua
eliminação se dá 85% pela urina e 15% pelas fezes.
O tratamento com mirtazapina deve ser iniciado com 15mg e aumentado gradativamente até
30 a 45mg.
Pode ser utilizada com segurança na maioria dos casos depressivos em idosos, pois
apresenta boa tolerabilidade, pouca interação medicamentosa e ajuda no tratamento da insônia.
Os principais efeitos colaterais são sedação excessiva, ganho de peso e tontura relacionados
ao antagonismo dos receptores de histamina.
OUTROS ANTIDEPRESSIVOS
TRAZODONA
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A trazodona age por meio do bloqueio potente dos receptores de serotonina 2A (5-HT2A) e
bloqueio dependente da dose dos receptores de serotonina 2C (5-HT2C) e do transportador de
serotonina (SERT). Ainda bloqueia os receptores alfa 1 adrenérgicos.
Trata-se de antidepressivo de segunda linha, uma vez que seus efeitos antidepressivos só
são atingidos em altas doses e, consequentemente, apresenta excesso de efeitos colaterais.
▪ hipotensão ortostática;
▪ tontura;
▪ taquicardia;
▪ sedação diurna.
VILAZODONE
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Em modelos animais, a adição de um agonista 5-HT1A aos ISRS causa um aumento mais
rápido e mais intenso da serotonina no cérebro. Por outro lado, a dupla ação provavelmente
contribui para que o vilazodone tenha menores taxas de efeitos colaterais sobre a função sexual.37
O vilazodone é extensamente metabolizado pelo sistema enzimático CYP 450 3A4. Sua
dose deve ser reduzida para 20mg quando se usarem inibidores potentes do CYP3A4, como
eritromicina, amiodarona e inibidores da protease e do cetoconazol. Não se conhecem metabólitos
ativos do vilazodone, e sua atividade terapêutica deve-se à substância original. O vilazodone tem
meia-vida de aproximadamente 25 horas.38
O vilazodone foi aprovado pelo FDA, em 2011, nos EUA, com base em dois amplos estudos
clínicos que o diferenciaram do placebo. Um estudo aberto de 52 semanas (um ano), com 612
pacientes, mostrou resultados positivos na MADRS nesse período de tempo. Uma revisão de 24
estudos com pacientes deprimidos, incluindo 2.898 pessoas, concluiu que o vilazodone é tão eficaz
quanto os ISRS.
Os efeitos colaterais mais comuns do vilazodone são:
▪ diarreia;
▪ náusea;
▪ sonolência;
▪ tonturas.
Nos estudos sobre o vilazodone, não foram observadas alterações anormais do peso nem
efeitos metabólicos adversos. Os efeitos sobre a função sexual, nesses estudos, foram mínimos
(apenas 1 a 2% a mais sobre as taxas do placebo). Os cuidados relativos à síndrome serotonérgica, a
interações com os IMAOs, à hiponatremia e ao risco de convulsões devem ser semelhantes aos que
se tomam com os ISRS. Não há dados sobre a segurança do vilazodone na gestação; o medicamento
não tem indicação para uso em pediatria.
AGOMELATINA
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A agomelatina é um agonista melatoninérgico (receptores MT1 e MT2) e antagonista 5-
HT2C e 5-HT2B. Essas ações promovem a regularização do sono e o aumento da liberação da
noradrenalina e dopamina.
Deve-se ter cautela no uso de agomelatina em pacientes com hepatopatia (contraindicada quando a
transaminase medida é superior a três vezes o limite superior) e insuficiência renal grave.
Recomenda-se a monitoração hepática no início e durante o tratamento.
A dose inicial de agomelatina é de 25mg antes de dormir, devendo ser aumentada para
50mg após duas semanas, caso não seja observada melhora significativa.
Apesar de alguns estudos demonstrarem melhor tolerância dos efeitos colaterais e boa
eficácia no tratamento da depressão, esses não são suficientes para comprovar a superioridade da
agomelatina em relação aos outros antidepressivos.39
VORTIOXETINA
A vortioxetina foi estudada em mais de 6.000 pacientes e conta já com sete estudos
positivos, controlados por placebo, de curto prazo (6 a 8 semanas); desses sete, quatro estudos
contaram com um comparador ativo (duloxetina ou venlafaxina). Além desses, há um estudo
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controlado para prevenção de recaídas em longo prazo. Um estudo com comparador ativo
(duloxetina) foi dedicado à população de idosos.40
De acordo com a MADRS e a escala Hamilton para depressão (HAM-D), em estudos com
comparadores ativos, pode-se inferir que a vortioxetina seja comparável em eficácia à duloxetina
e à venlafaxina.
Como citado anteriormente, a vortioxetina parece ter como diferencial a ação benéfica
sobre a função cognitiva. De acordo com os estudos existentes, a vortioxetina foi geralmente bem
tolerada42 e os efeitos adversos mais comuns foram:
▪ náusea;
▪ constipação;
▪ vômitos;
▪ dor de cabeça;
▪ tonturas.
A vortioxetina poderia ser retirada abruptamente, pois os estudos não evidenciaram sintomas
de descontinuação; no entanto, se o paciente estiver usando doses maiores que 15mg/dia,
recomenda-se reduzir a dose para 10mg por uma semana, antes da retirada total.
A dose da vortioxetina deve ser reduzida quando dada em combinação com inibidores
potentes do CYP2D6, tais como bupropiona, fluoxetina, paroxetina e quinidina; ao contrário, deve-
se aumentar a dose da vortioxetina quando dada em conjunto com indutores enzimáticos potentes,
como a carbamazepina e a fenitoína.
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A vortioxetina deve ser suspensa 21 dias antes da introdução de um IMAO, assim como
deve ser evitado o uso concomitante com o antibiótico linezolide (que também inibe a MAO).
A vortioxetina é considerada classe C quanto aos riscos na gravidez, por ausência de dados
adequados quanto à segurança. Também não há dados quanto à segurança durante a amamentação; a
vortioxetina não tem indicação para uso pediátrico.
O TDM é considerado resistente ao tratamento, quando foram usados pelo menos dois
antidepressivos (geralmente de duas classes farmacológicas diferentes), sem que seja obtida uma
melhora significativa do paciente.44 A presença de sintomas residuais de depressão ao final do
tratamento agudo aumenta o risco de recorrência, recaída e refratariedade.
Pacientes com depressão refratária têm risco duas vezes maior de hospitalização por motivos
médicos e/ou relacionados a depressão, têm mais consultas ambulatoriais e usam mais psicotrópicos
(incluindo antidepressivos) do que os pacientes com depressão que tiveram resposta ao tratamento.
45
SUBSTITUIÇÃO DE ANTIDEPRESSIVO
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Estudo de Souery e colaboradores48 constatou que a substituição por uma classe diferente de
antidepressivos em pacientes não respondedores resultou em taxas de remissão semelhantes tanto
com a mudança dentro da mesma classe como em classe diferente (19 e 14%, respectivamente).
Figura 1 – Taxas de remissão para substituição de antidepressivos na mesma classe e em classes diferentes.
Fonte: Rush e colaboradores (2009);47 Souery e colaboradores (2011).48
POTENCIALIZAÇÃO DE ANTIDEPRESSIVO
Consequentemente, quando funciona, a potencialização pode ter um efeito mais rápido. Essa
estratégia tem como alvo, normalmente, sintomas residuais específicos do paciente, tais como
insônia ou ansiedade e, portanto, as características desses sintomas devem guiar a escolha do tipo de
potencialização a ser realizada.49
Lítio
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resistente aos antidepressivos. Isso pode ser devido à faixa terapêutica relativamente estreita e da
necessidade de monitoramento regular dos níveis séricos de lítio.
Durante a última década, o lítio tem sido administrado em regime de titulação rápida em
pacientes deprimidos adultos que não apresentam efeitos adversos importantes. Em adultos com
idade superior a 55 anos e em pacientes idosos mais lentamente, o carbonato de lítio é iniciado com
uma dose diária de 450mg, e a dose é aumentada a até 900mg no segundo dia.
Esse esquema leva a níveis séricos de lítio de 0,5 a 0,7mmol/L na maioria dos pacientes. O
primeiro ajuste da dose pode ser realizado depois de atingido o estado de equilíbrio, isto é, cinco
dias após a última mudança de dosagem. A avaliação da resposta do paciente pode ser feita a
partir da quarta semana de tratamento.
Vale a pena notar que os pacientes com depressão maior recorrente tratados com lítio
tiveram um risco 88,5% menor de suicídio ou de tentativas de suicídio ao longo do tempo do que
aqueles não tratados com lítio.51
Antipsicóticos atípicos
O uso desses agentes não deve ser limitado à depressão psicótica ou à depressão bipolar.
Existem importantes diferenças entre os grupos, e a risperidona, a olanzapina e a aripiprazol e
quetiapina apresentam eficácia comprovada.52
- Página 29 de 43 -
Uma metanálise de 16 ensaios duplos-cegos, randomizados, controlados com placebo, que
incluiu 3.480 pacientes, concluiu que a potencialização de antidepressivos com antipsicóticos
atípicos aumenta significativamente as taxas de resposta (OR= 1,7, p < 0,00001) e de remissão (OR
= 2,0, p < 0,00001) em comparação com o placebo, embora as taxas de descontinuação também
tenham sido maiores com os antipsicóticos atípicos (OR = 3,9, p < 0,00001) (Figura 2).53
#
Figura 2 – Taxas de resposta, remissão e descontinuação por efeitos adversos da potencialização com antipsicóticos atípicos e monoterapia de
antidepressivos na depressão refratária.
Fonte: Nelson e Papakostas (2009).53
A quetiapina e o aripiprazol também são aprovados pelo FDA como tratamentos adjuvantes
aos antidepressivos em pacientes que responderam inadequadamente à monoterapia antidepressiva.
A recente análise agrupada de dois ensaios controlados com placebo mostrou que 150mg/dia e
300mg/dia de quetiapina aumentou significativamente as taxas de remissão em comparação à
associação de placebo na sexta semana de tratamento.55
- Página 30 de 43 -
O aripiprazol como agente de potencialização foi associado com taxas de remissão e de
resposta significativamente maiores do que o placebo em três estudos randomizados, duplos-cegos,
controlados com placebo.56-58
Uma revisão recente comparou a potencialização de ISRS com lítio e com antipsicóticos
atípicos através da avaliação de 12 estudos randomizados controlados relevantes, concluindo não
haver diferenças estatisticamente significativas entre as duas estratégias de potencialização. No
entanto, as análises de custo-benefício sugeriram que a potencialização com lítio é mais barata do
que com um agente antipsicótico atípico. Essa revisão fornece evidência para o valor clínico de
potencialização com lítio ou com antipsicóticos atípicos e ressalta a importância do uso de
estratégias de menor custo, tais como lítio.59
Outra pergunta ainda sem definição clara na literatura é se existem subgrupos de pacientes
que teriam um maior benefício com os atípicos, como aqueles com ansiedade comórbida e com
depressão atípica. Finalmente, a relação custo-benefício em termos de risco de síndrome metabólica
e de discinesia tardia também necessitam maior investigação.
▪ N-metil-D-aspartato (NMDA);
▪ amino-3-hidroxi-5-metilisoxazol-4-ácido propiônico (AMPA);
▪ kainato.
Incluem-se entre os receptores metabrotrópicos que atuam sobre a proteína G os oito tipos
de receptores modulatory action of metabotropic glutamate (mGluR – tipos 1 a 8). O glutamato é
transportado para a glia por meio de transportadores ativos, e é aí metabolizado. As células gliais,
junto com os neurônios pré e pós-sinápticos, compõem a chamada sinapse tripartite, que regula a
transmissão glutamatérgica.
- Página 31 de 43 -
Níveis excessivos de glutamato podem acarretar toxicidade para os neurônios.60 Autópsias de
pacientes deprimidos e estudos de espectroscopia por ressonância nuclear magnética (RNM)
evidenciam aumento do glutamato e diminuição do ácido gama-aminobutírico (GABA) em regiões
corticais. Outros estudos mostram alterações do binding a receptores NMDA em pacientes
deprimidos.
Ketamina
O primeiro estudo controlado sobre os efeitos antidepressivos da ketamina foi feito por
Berman e colaboradores62 que utilizaram uma dose endovenosa de 0,5mg/kg (cerca de um quarto da
dose anestésica), observando o rápido início da melhora da depressão, que se fez notar já nas
primeiras horas após a infusão.
Apesar dos estudos já existentes, a ketamina permanece ainda sendo um tratamento experimental, e
muitas questões ainda precisam ser elucidadas antes do seu uso na prática rotineira.
Riluzol
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Lamotrigina
Memantina
Agentes dopaminérgicos
Modafinil
Pramipexol
Metilfenidato
- Página 33 de 43 -
Vários estudos negativos indicam que o metilfenidato não é eficaz como adjuvante do
antidepressivo em adultos com depressão refratária, porém, pode ser eficaz nos sintomas residuais,
incluindo a fadiga e a sonolência.71
Lisdexamfetamina
Ensaios clínicos controlados são necessários para maior esclarecimento do papel dos
agonistas dos receptores da dopamina em potencializar a ação dos antidepressivos nos pacientes
refratários.
Hormônio tireoidiano
Buspirona
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Os pacientes do estudo STAR D que receberam o citalopram associado à buspirona
apresentaram, aproximadamente, a mesma probabilidade de responder ou remitir que os pacientes
que receberam combinação de citalopram e de bupropiona.74
Folato
#
Figura 3 – Taxas de resposta da associação com metilfolato ou com placebo em pacientes que não responderam aos ISRS.
Fonte: Papakostas e colaboradores (2012).76
COMBINAÇÃO DE ANTIDEPRESSIVOS
A falta de eficácia associada aos antidepressivos de primeira linha pode ser parcialmente
explicada pela sua incapacidade de atuação em determinados sintomas depressivos específicos,
inclusive em sintomas residuais. Por exemplo, antidepressivos serotoninérgicos reduzem sintomas
associados ao aumento de afeto negativo, como culpa, irritabilidade, ansiedade e medo; porém, eles
podem ter eficácia menor nos sintomas associados com a diminuição afeto positivo, como a perda
de prazer, de interesse, de energia e fadiga. Por outro lado, antidepressivos que aumentam a
- Página 35 de 43 -
atividade noradrenérgica e dopaminérgica podem melhorar sintomas associados com afeto positivo,
mas não atingir remissão completa dos sintomas associados com afeto negativo. É, portanto,
possível reduzir sintomas em pacientes com resistência ao tratamento por meio de estratégias de
combinação de antidepressivos com diferentes mecanismos de ação ao combinar mecanismos que
atuam em diferentes sistemas neurotransmissores e ao criar uma ação sinérgica que aumente a
atividade neuronal da serotonina, da noradrenalina e da dopamina.77 A associação de um ISRS com
bupropiona, por exemplo, é uma combinação bastante usual no tratamento da depressão refratária,
particularmente quando existem efeitos adversos de disfunção sexual, ganho de peso e/ou síndrome
amotivacional.78 Na literatura, porém, os resultados obtidos pela combinação de dois
antidepressivos ainda são controversos. No estudo STAR D, pacientes que não responderam a três
ensaios clínicos de tratamento antidepressivo foram tratados com uma combinação de mirtazapina e
venlafaxina de liberação prolongada e uma taxa de remissão de apenas 13,7% foi observada.79
O estudo CO-MED não observou diferenças nas taxas de remissão e de resposta entre a
monoterapia de escitalopram quando comparada a combinação bupropiona-escitalopram e
venlafaxina-mirtazapina ao longo de 12 semanas e ao final de 7 meses.80
#
Figura 4 – Taxas de resposta e remissão de sintomas depressivos com diferentes combinações de antidepressivos.
Fonte: Blier e colaboradores (2010).81
CONCLUSÃO
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