NR13 - Curso Operador de Calderas
NR13 - Curso Operador de Calderas
NR13 - Curso Operador de Calderas
Operação de Caldeiras
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Sumário
2. CALOR E TEMPERATURA.................................................................................13
2.1 Conhecendo a temperatura e o calor................................................................13
2.2 Aplicação da transferência de calor..................................................................17
2.3 Vapor saturado e vapor superaquecido............................................................19
CONHECENDO AS CALDEIRAS....................................................................21
1. TIPOS DE CALDEIRAS............................................................................... 21
1.1 Considerações gerais....................................................................................... 21
1.2 Tipos de caldeiras e suas utilizações............................................................... 22
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2. ACIDENTES DO TRABALHO.....................................................................102
2.1 Risco de explosões em caldeiras....................................................................124
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
INTRODUÇÃO
Com base nestes objetivos, você aprenderá os elementos teóricos para a aplicação
no seu dia a dia da Segurança em Operação de Caldeiras. Aprenderá sobre caldeiras
e suas utilizações, operação de caldeiras, dispositivos de segurança, tratamento de
água, noções de manutenção de caldeiras, prevenção contra explosões. Com essa
capacitação, você estará apto a ingressar no estágio prático para se tornar um excelente
Operador de Caldeiras.
Bom aprendizado!
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1. PRESSÃO
Olá, eu me chamo Dreithe. Trabalho como
operador de caldeira. A partir de agora, nós vamos
trabalhar acerca da segurança na operação de
caldeiras. Você pode estar se perguntando, o que a
física tem em comum com a operação de caldeiras
a vapor! Você encontrará a resposta no decorrer
do curso, mas posso dizer que essa magnífica
engenhosidade humana funciona graças a ela.
Nesta lição vamos recordar algumas grandezas, tais
como, pressão, calor e temperatura e suas unidades
representativas.
1.1 Conceito
Pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. A força é a causa
que pode modificar o estado de repouso ou movimento de um corpo. Para calcular
qualquer tipo de pressão utiliza-se a fórmula:
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Ex.: 01 - Supondo que uma força de 30 kgf é aplicada sobre uma área de 2
cm², calcule a pressão resultante.
Resolução
F
Dados: F = 30 kgf Temos pela fórmula que:P=
A
A = 2 cm²
Então: P = 30 ÷ 2 » P = 15 kgf/cm²
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Se a pressão relativa é positiva, ou seja, se ela for maior que zero, ela é medida
por meio de um instrumento chamado de manômetro. É com o manômetro que
o operador verifica os níveis de pressão dentro da caldeira e os mantém dentro de
faixas seguras de operação.
Se a pressão relativa for negativa, isto é, se ela for menor que zero, o vacuômetro,
será usado na medição.
Se no local onde é feita a medição a pressão relativa (ou manométrica) for somada
com a pressão atmosférica, obteremos a pressão absoluta.
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Resolução:
Dados: P
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= 1,0 bar P3 = 0,9869 [da tabela]
P2 = 4,0 bar Px = ?
Fórmula:
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Multiplique cruzado,
lembra?
Resolução:
Fórmula:
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2. CALOR E TEMPERATURA
À energia térmica que passa de um corpo para outro, enquanto existe diferença de
temperatura, dá-se o nome de calor.
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Escalas de temperatura
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Transferênciadecalor
Os materiais condutores são aqueles que transmitem o calor com mais
facilidade. Os metais em geral são bons condutores de calor.
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Convecção :
transferên-
A propagação do calor acontece nos
cia de calor sólidos, nos líquidos, nos gases e no vácuo e
através de
um fluido pode ocorrer de três formas: por condução, por
que ocorre convecção e por radiação.
devido ao
movimento
do próprio
fluido.
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Para reforçar o que você aprendeu, vamos relembrar: na transmissão por condução,
o calor passa de molécula para molécula. Na transmissão por convecção por sua vez, o
calor é transferido juntamente com o ar, a água ou outro material.
Calor específico
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Isso significa que o ferro necessita de menos calor que a água para elevar
sua temperatura, ou seja, ele tem menor calor específico.
Calor sensível
Calor latente
Dilatação
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Existem processos industriais que exigem vapor seco, sem partículas sólidas
em suspensão e com temperatura elevada. Isso é obtido por meio da produção do
vapor superaquecido. Porém, o vapor saturado arrasta umidade e grande parte
das impurezas na forma de partículas sólidas, causando danos ao processo. Um
tratamento eficaz da água da caldeira pode diminuir a quantidade das partículas,
minimizando esse problema.
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CONHECENDO AS CALDEIRAS
1. TIPOS DE CALDEIRAS
1.1 Considerações gerais
Calor é o resultado da agitação de moléculas dentro dos corpos. É uma
forma de energia que se transfere de um corpo para outro quando há diferença
de temperatura entre eles.
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Caldeiras verticais
Nelas, os tubos são colocados verticalmente em
um corpo cilíndrico, fechado nas extremidades por
placas chamadas espelhos. Podem ser de fornalha
interna ou externa.
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Caldeiras horizontais
Caldeira Cornuália
Caldeira Lancaster
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Caldeira Escocesa
Caldeira Multitubular
Este tipo possui vários tubos de fumaça. Podem ser de três tipos:
• tubos de fogo diretos: os gases percorrem o corpo da caldeira uma única vez;
• tubos de fogo de retorno: os gases provenientes da combustão na
tubulação da fornalha circulam pelos tubos de retorno, veja na figura abaixo;
• tubos de fogo diretos e de retorno: os gases quentes circulam pelos tubos
diretos e voltam pelos de retorno.
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Para se ter uma ideia, a caldeira A ocupa uma área de aproximadamente 600
m², bem diferente da caldeira B, que ocupa em média 11 m². Porém o tamanho
é justificado pela capacidade de geração de vapor, que é de 130 toneladas de
vapor/hora (TVH), aproximadamente 76 vezes superior as convencionais de
menor porte, movidas a óleo ou gás.
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CALDEIRAS ELÉTRICAS
Principio de funcionamento
A produção do vapor em uma caldeira elétrica
baseia-se em um princípio pelo qual a corrente elétrica,
ao atravessar qualquer condutor, encontra resistência à
sua livre circulação e desprende calor (efeito Joule).
A água pura é considerada um mau condutor de corrente elétrica. Portanto,
para que se possa obter a condutividade desejada devem ser adicionados a ela
determinados sais. Alguns fabricantes recomendam a adição de produtos para
o ajuste da condutividade (soda cáustica, fosfato trissódico, etc.) na água de
alimentação. Essa adição deve ser calculada e colocada após o tratamento químico
da água de alimentação, com acompanhamento por técnicos especializados de
empresas químicas especialistas em tratamento de água para caldeiras.
Características
Por não queimar combustível para produzir vapor, a caldeira elétrica é
diferente das outras caldeiras. Por isso, ela não possui fornalha, ventiladores,
queimadores e chaminé.
As principais características das caldeiras elétricas são:
• não necessita de área para estocagem de combustível;
• ausência total de poluição (não há emissão de gases);
• baixo nível de ruído;
• modulação da produção de vapor de forma rápida e precisa;
• alto rendimento térmico (aproximadamente 98%);
• melhora do Fator de Potência eFator de Carga;
• área reduzida para instalação da caldeira;
• necessidade de aterramento da caldeira de forma rigorosa;
• tratamento de água rigoroso.
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Economizador
• separados; •integrais.
Pré-aquecedordear
Equipamen-
to: trocador
de calor. Pode ser definido como equipamento que eleva a temperatura do ar antes
Tiragem: que este entre na fornalha. O calor é cedido pelos gases residuais quentes ou
saída dos
gases da pelo vapor da própria caldeira.
combustão.
Há três tipos de pré-aquecedor de ar, de acordo com os princípios de
operação da caldeira:
a) pré-aquecedor regenerativo;
b) pré-aquecedor regenerativo (tipo Ljungstron);
c) pré-aquecedor tipo colméia.
Sopradores de fuligem (ramonadores)
Chaminé
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Injetores
Bombad’água
Combustível líquido
Combustível gasoso
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Combustível sólido
picador,
com a injeção de ar. moenda, etc.
DISPOSITIVOS DE ALIMENTAÇÃO DE AR
Visor de nível
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Existem algumas caldeiras onde isso não ocorre e cabe ao operador certificar-
se desta correspondência: nível do visor x nível real do tubulão. É importante que o
operador mantenha uma atenção especial ao visor de nível, verificando vazamentos,
nível de limpeza do vidro e efetuando as drenagens de rotina.
Sistema de bóia
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Sistema de eletrodos
Sistema termostático
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Sistema termo-hidráulico
Quando o nível do tubulão diminui, o vapor passa a ocupar uma parte maior do
tubo interno, e o calor adicional fornecido pelo aumento da quantidade de vapor no
tubo interno do gerador, faz com que aumente a pressão do sistema hidráulico e o
fole da válvula reguladora se expanda.
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Indicadores de pressão
Manômetro tubular
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absoluta. Isso quer dizer que, para se obter a pressão denominada absoluta,
tem-se de somar a pressão atmosférica local à pressão indicada no manômetro
(pressão absoluta = pressão manométrica + pressão atmosférica).
Válvuladesegurança
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Fotocélula
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Válvula solenoide
DISPOSITIVOS AUXILIARES
Pressostato
Programador
Tem como finalidade promover um ciclo com a sequência de acendimento.
Para caldeiras de combustível líquido ou gasoso, geralmente esta sequência envolve:
Acendimento 1. acionamento do ventilador;
do piloto:
Com gás, óleo
diesel, ou
2. purga da fornalha;
querosene.
3. acendimento do piloto;
Abertura:
Após trava-
mento da
4. abertura da válvula de combustível;
fotocélula.
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5. desligamento do piloto;
6. término da sequência de acendimento, ficando disponível para novo ciclo;
7. modulação de fogo baixo para fogo alto.
Ventiladores
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1. PARTIDA E PARADA
1.1 Caldeiras de combustíveis
Os combustíveis das caldeiras podem ser:
sólidos;
líquidos/gasosos.
Pré-partida
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Partida
A seguir as etapas para partida:
• colocação de combustível seco, fino e um pouco de combustível líquido
para facilitar a combustão inicial;
• acendimento do fogo com tocha ou outro sistema disponível;
• alimentação da fornalha de maneira a garantir aquecimento gradual dos
refratários e grelhas da caldeira;
• fechamento do respiro do tubulão superior após garantir eliminação total
do ar, nas caldeiras que não possuem superaquecedor;
• aberturalentadaválvuladesaídadevaporparaevitargolpedearíete,quando
a pressão de trabalho da caldeira é atingida e há liberação do vapor para consumo;
• fechamento do respiro (damper) do superaquecedor nas caldeiras que
possuem superaquecedor.
Operação
A seguir as etapas para a operação de caldeiras de combustíveis:
• observaçãoatentadoníveldeáguadacaldeira,fazendoosajustesnecessários;
• observação das temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar,
quando aplicável;
• observação das indicações dos dispositivos de controle de temperatura e pressão,
fazendo os ajustes necessários;
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A rotina de parada prevê que o operador deve anotar o motivo da parada no livro
da caldeira, deve anotar também as providências a serem tomadas para a correção
de eventuais anormalidades.
Partida
A seguir as etapas para uma partida segura:
• ventilação ou purga da fornalha por um período suficiente para garantir a
eliminação total de gases;
• partida do compressor de ar para atomização, onde for aplicável;
• verificação se os valores de temperatura e pressão do combustível são
ideais para acendimento;
• acendimento do queimador piloto;
• alinhamento lento da válvula manual de combustível, certificando-se de
que a caldeira está acesa;
• para caldeiras com mais de um queimador, a sequência de acendimento
recomendada pelo fabricante deve ser obedecida;
• ajuste das condições de queima, garantindo estabilidade de chama;
• desligamento do queimador piloto e verificação da estabilidade da chama;
• aquecimento gradual com acompanhamento para não danificar o
refratário e tubos respeitando-se a curva de aquecimento recomendada para
cada tipo de caldeira;
• verificação, durante a fase de aquecimento, de quaisquer anormalidades
nos equipamentos e nos instrumentos indicadores de controle, tomando as
providências para os ajustes necessários;
• fechamento do respiro do tubulão superior, após garantir eliminação total
do ar em caldeiras que não possuem superaquecedor;
• passagem do controle da caldeira para o automático quando as condições
de pressão atingirem valores preestabelecidos para tal, conforme procedimento
operacional;
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Operação
A seguir as etapas para a operação em caldeiras de combustíveis líquidos/
gasosos:
• observaçãoatentadoníveldeáguadacaldeira,fazendoosajustesnecessários;
• observação das temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar,
onde existirem;
• observação das indicações dos dispositivos de controle de temperatura e
pressão, fazendo os ajustes necessários;
• realização de todos os testes de rotina da caldeira;
• verificação do abastecimento dos tanques de suprimento de água;
• verificação da reposição de combustível;
• vistoria nos equipamentos, observando qualquer anormalidade (ruído,
vibrações, superaquecimento).
• verificação dos parâmetros de temperatura dos gases da chaminé;
• observação da combustão através dos visores e da chaminé fazendo os
ajustes necessários;
• regulagem nos dampers quando necessário;
• sopragem periódica de fuligem conforme rotina de cada equipamento;
• realizaçãodedescargasdefundoconformerecomendaçõesdolaboratório
de análise de água;
• execução das anotações exigidas pelos superiores e dos registros
necessários no livro da caldeira;
• manutenção da ordem e da limpeza da casa de caldeiras;
• nunca se ausentar da casa de caldeira sem notificar algum colega ou
superior para que se efetue a substituição;
• se a caldeira apagarsubitamente durante sua operação normal, retomar o
processo de acendimento somente após garantia de completa purga e exaustão
dos gases remanescentes.
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Parada
Para uma parada segura, siga as seguintes etapas:
• sopragemdefuligem(ramonagem)emcaldeirasdotadasdestesdispositivos;
• interrupçãoda alimentaçãode combustível,fazendo apurgada linha, uma
parte para queima e o restante para uma linha de retorno. No caso de queima de
óleo combustível, a purga da linha pode ser feita com óleo menos viscoso o qual
não poderá passar pelo aquecedor de óleo que deverá ser desligado. Para linha
de gás, esta purga poderá ser feita com injeção de vapor;
• apagamento dos queimadores obedecendo à sequência recomendada
pelo fabricante da caldeira;
• para caldeiras de óleo combustível, deve-se desligar a bomba de
alimentação de óleo;
• ventilação da fornalha para exaustão completa de gases remanescentes;
• drenagem dos visores de nível, fazendo os ajustes necessários para manter
a caldeira com nível operacional;
• após a exaustão da fornalha, desativação do ventilador e abafamento da
caldeira fechando todos os dampers e registros de ar;
• fechamento da válvula de saída de vapor e bloqueamento de todos os
pontos de drenagem da caldeira;
• interrupção da alimentação de água;
• abertura do respiro da caldeira ou do superaquecedor.
O operador de caldeira
deve realizar os controles
de pressão e temperatura.
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Controle da pressão
Controle da pressão
Controle da pressão
da água da
do ar
alimentação
Pressão da fornalha
Pressão do combustível
Pressão do vapor
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Pressão do ar
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Nível de água
1.3 Queimadores
Queimadores são os dispositivos responsáveis por:
• uma boa mistura do combustível e do ar nas proporções corretas,para
uma combustão eficiente e completa;
• determinar a forma e direção da chama.
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Vantagens:
• custo relativamente baixo; • simples de manter.
Desvantagens:
• se as características de operação de plantas variam consideravelmente ao
longo de um dia, a caldeira terá de ser parada várias vezes para troca de bocais;
• facilmente bloqueados por detritos. Isso significa que os filtros de malha
fina devem ser muito bem cuidados.
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Vantagens:
• robusto;
• boa faixa de regulagem de atomização;
• viscosidade do combustível é menos crítica.
Desvantagens:
• custo mais elevado para comprar e manter;
• há uma variação desse dispositivo, no qual o fluido auxiliar é o vapor;
• existem também queimadores a gás, que fornecem o gás combustível e o
comburente à câmara de combustão, fixando adequadamente o posicionamento
da chama, onde sua função é:
Queimado-
res duais
:
• misturar convenientemente o gás combustível e o comburente;
queima óleo
ou gás. • proporcionar os meios necessários para manter uma ignição contínua da
Válvula mistura gás combustível/ar (evitando a extinção da chama).
solenóide:
válvula
acionada
por sinal
elétrico. Queimadores duais
Para utilizar um sistema de queima de gás natural ou outro, é necessária
uma adaptação do sistema de queima normal a óleo.
Nessa adaptação, utilizam-se obrigatoriamente os seguintes equipamentos:
• reguladores de vazão;
• válvula solenóide;
• pressostatos e válvulas reguladoras (voltados para o controle da pressão);
• manômetros especiais para gases;
• lança de queima principal para melhor homogeneização;
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Vejamos:
• controle e estabilidade da chama: função
realizada pelo bocal, pelo disco difusor, e pelo sistema de
dosagem de combustível;
• interrupção do fornecimento de combustível em caso de anomalia:função
executada pelo programador e sensor de chama e pelos sistemas de bloqueio de
combustível;
• bloqueio da entrada de combustível na câmara de combustão durante
a parada do queimador: função das válvulas de bloqueio e segurança e do
pressostato de ar;
• ausência de gases explosivos na câmara de combustão no momento da
ignição: função da rotina da pré-purga ou da pré-ventilação.
1.4 Chaminé
Responsável pela tiragem. Pode ser constituída de chapas de aço ou
alvenaria de tijolo comum, porém em qualquer um dos casos sua construção deve
ser rigorosamente projetada e executada, levando-se em conta a quantidade de
gases que deverá passar pela chaminé, a velocidade destes gases, a temperatura Tiragem:
saída dos
e a pressão atmosférica local. gases da
combustão.
Tempera-
tura: tanto
na base
como no
topo.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
TEMPO (HORAS)
OPERAÇÕES
PADRÃO DE 1 2 3 4 5
FUNCIONAMENTO
I - SISTEMA DE COMBUSTÃO
1A-Compressor
Nível de óleo Normal
Pressão de ar 82Kpa
Refrigeração Normal
Temperatura Normal
1B- Ventilador
Temperatura dos mancais Normal
Folga das correntes do Normal
ventilador
Rolamentos (estado geral) Normal
1C-Bombadeóleo
Temperatura dos mancais da
Normal
bomba de óleo combustível
Redutor (estado geral) e
nível de óleo (até ¼ de Normal
engrenagens conduzidas)
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TEMPO (HORAS)
PADRÃO DE 1 2 3 4 5
OPERAÇÕES FUNCIONAMENTO
Temperatura do óleo 120 °c
combustível
Pressão do óleo combustível 206 kpa
1E-Ignição
Pressão do óleo diesel do 820Kpa
piloto
II-SISTEMADE
ALIMENTAÇÃO DA ÁGUA
Funcionamento da bomba
Normal
de água
Situação da gaxeta da Normal
bomba
Temperatura da água de
alimentação no tanque de 90°
condensado
Indicador de nível de água Normal
Descarga da coluna de nível Sim
Descarga de fundo (conferir
indicação do tratamento da Sim
água)
III-COMANDO
AUTOMÁTICO
Pressão máxima de trabalho 820Kpa
Diferencial de pressão para
modulação
34-102Kpa
Funcionamento da Normal
fotocélula
IV-DIVERSOS
Lubrificação geral Normal
Temperatura dos motores Normal
Temperatura dos gases de
combustão da chaminé
120 °c
Descarga da válvula de
Sim
segurança
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Alimentação de água
Defeitos Causas prováveis Providências
Purgar o ar da bomba e verificar
Ar na sucção. se não há entrada de ar pelas
conexões da rede.
Filtro de água sujo. Limpar o filtro.
Válvula fechada na sucção ou Verificar se há alguma válvula
no recalque. fechada na rede de água.
A instalação para água quente
está incorreta, causando
Cavitação.
vaporização na sucção. Verificar
instalação.
Válvula de retenção dando Verificar ajustes na válvula ou se
passagem. há partículas solidas na rede.
A bomba não recalca, ou
recalca água insuficiente. Bomba com capacitação
Verificar projeto da caldeira e
inferior à exigida para a
redimensionar bomba.
caldeira.
Solicitar ao pessoal da
manutenção a verificação da
Rotação invertida da bomba.
instalação elétrica do motor da
bomba.
Verificar se as válvulas de
Válvula de descarga de fundo
descarga de fundo estão
aberta.
fechadas.
Instalação incorreta da Verificar procedimento de
bomba. instalação.
Defeito mecânico da bomba. Ver instruções de manutenção.
Solicitar ao pessoal da
Bomba de água não manutenção a verificação do
Defeito no comando elétrico.
funciona. regulador de nível automático
ou da chave eletromagnética.
Drenar o regulador de nível por
Eletrodos do controle de nível alguns segundos, repetindo a
com óleo, lama, etc. operação quantas vezes forem
necessárias.
A bomba enche a caldeira Fio do eletrodo do nível
Solicitar troca do fio ao pessoal
de água e não pára máximo está partido ou com
automaticamente.
da manutenção.
defeito.
Contatar manutenção para a
Eletrodo danificado.
troca de eletrodos.
Solicitar manutenção
Defeito no sistema elétrico.
especializada.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Controle de nível
Defeitos Causas prováveis Providências
Imantação permanente na
A bomba só liga bobina de caixa. Alta tensão
quando soa o alarme. nas vizinhanças pode causar Blindar a caixa.
esse defeito.
Abrir totalmente a válvula de dreno
reguladora de nível durante um
Deposito nos eletrodos.
minuto. Fechá-la em seguida e
A bomba não verificar se o defeito persiste.
funciona, o nível baixa
e o alarme soa. Chave magnética da bomba Ler sobre chaves magnéticas nesta
desarmada ou com defeito. lista.
Umidade na caixa dos
Eliminar a umidade.
eletrodos.
Apagar a caldeira imediatamente.
Se o nível estiver abaixo do visor,
deixar a caldeira esfriar sozinha. Se
A bomba não ainda houver água no visor, de nível,
funciona, o nível de nível por falta de acionar a bomba manualmente,
baixa, o alarme restabelecendo o nível. Descarregar
não soa, mas a a válvula do dreno reguladora de
caldeira continua nível até eliminar a lama. Fazer uma
funcionando. limpeza completa.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Controle de combustão
Defeitos Causas prováveis Providências
Encher o tanque, tendo
Falta de óleo no deposito de o cuidado de purgar o ar
combustível para a ignição. da sucção da bomba. Ver
O queimador piloto não
acende ou às vezes falha e instruções de manutenção
o manômetro de óleo não Válvula de saída do
registra pressão. combustível para ignição Abrir válvula.
fechada.
Ar na tubulação de sucção. Manutenção mecânica.
Ar na tubulação. Manutenção mecânica.
Filtro sujo. Limpar filtro.
O queimador piloto não
Limpar o furo do giclê. Não
acende ou as vezes falha. Atomizador de óleo diesel usar estopa, arame ou estilete
A pressão registrada no sujo. metálico.
manômetro de óleo é inferior
a 100 lb/pol. Eletrodos de ignição Consultar módulo sobre
desajustados. manutenção.
Porcelanas partidas. Trocar as porcelanas.
Verificar se o atomizador
está obstruído. Limpar a
peça com querosene ou
solvente apropriado. Usar, de
preferência, ar comprimido.
O óleo não chega Não usar estopa. Se o
normalmente ao combustor. atomizador estiver limpo,
e o fenômeno permanecer,
observar se a junta, colocada
no acento da culatra da
O sistema automático de parte interna da sede do
combustão opera, o piloto combustor, está mal ajustada.
acende, mas o queimador
principal não acende e Retirar a parte interna do
combustor; abrir a válvula
a pressão indicada no
de entrada de óleo no
manômetro está boa.
combustor; colocar uma
lata em frente à entrada de
A válvula de entrada de óleo óleo do queimador, ligar a
está aberta, porém não chega chave de comando manual.
óleo no combustor. Deverá sair um jato de
óleo de queimador. Se não
sair, verificar se há alguma
obstrução na tubulação de
óleo, desde o manômetro até
o combustor.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Controle de combustão
Defeitos Causas prováveis Providências
Verificar se a(s) válvula(s)
Tubulação fechada. entre o deposito e a bomba
está(ão) fechada(s).
Fazer uma limpeza nos
Apesar de a pressão indicado Filtros sujos. filtros, depois de consultar as
no manômetro de óleo instruções de manutenção.
ser muito baixa ou nula, Verificar se há alguma
o sistema automático de Ar na sucção da bomba. entrada de ar na canalização
combustão opera, o piloto de sucção.
acende, mas o combustor
principal não acende. Válvula de retorno aberta Ver instruções de
pela ação de partículas manutenção a respeito dessa
solidas na rede. limpeza.
Falta de óleo impede o Verificar se o deposito de
funcionamento da bomba. serviço está cheio.
Sistema automático de
combustão opera, o piloto
acende, mas o combustor
principal não acende, apesar Válvula de entrada de óleo no Abrir a válvula.
de o manômetro principal combustor fechada.
indicar que a pressão do óleo
está boa.
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Controle de combustão
Defeitos Causas prováveis Providências
Fechar a válvula de entrada
de óleo no combustor e
fazer a circulação de óleo,
acionando a chave de
Pressão de óleo oscilando por comando manual até que o
causa de ar na canalização. ponteiro do manômetro de
pressão de óleo se estabilize.
Verificar se há linha de
conexão solta na linha de
sucção da bomba.
Registro da borboleta de ar Colocar o registro no lugar
A fumaça na saída de gases
fora do lugar. certo.
está mais escura que o
normal. O servomotor não abre a
Prender a alavanca de
borboleta porque a alavanca
comando.
de comando está solta.
Limpar o rotor e a tela
Ventilador sujo. de entrada, seguindo as
instruções de manutenção.
Caixa de ar suja. Providenciar limpeza.
Temperatura do óleo alta ou Ver nesta lista o item sobre o
baixa. aquecedor de óleo.
Baixa pressão no ar de Ver na lista de defeitos no
atomização. compressor.
Desmontar e lavar o
Atomizador entupido. atomizador de óleo
combustível.
Ler sobre chaves magnéticas
Defeito no sistema de
e sistema de comando
comando elétrico.
automático nesta lista.
O ventilador não funciona. Defeito no motor, Providenciar conserto ou
impedindo-o de dar partida. troca.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Controle de combustão
Defeitos Causas prováveis Providências
Correias bambas. Trocar ou esticar as correias.
Regular borboleta:
Borboleta de regulagem fora totalmente aberta – para fogo
O ventilador funciona, mas do lugar. alto; meio – fechada - para
sua atuação não é normal. fogo baixo.
Ventilador sujo. Limpar o ventilador.
Defeito mecânico no
Providenciar conserto.
ventilador.
Verificar, aproximando os
terminais um do outro
e observando se saltam
centelhas. Verificar também
O combustor piloto não se o defeito está no circuito
acende ou falha às vezes. elétrico do transformador,
Não chega corrente nos
A pressão registrada no por interrupção nos fios ou
eletrodos.
manômetro de óleo é inferior cabos. Uma vez que chegue
a 7,0 kgf/cm². corrente no transformador e
não saia pelos cabos de alta-
tensão, o transformador está
defeituoso. Ver as instruções
de manutenção.
Controle de pressão
Defeitos Causas prováveis Providências
Verificar se as chaves de
A pressão está acima da
comando manual e de
permitida. As válvulas de Está ligada a chave de
comando automático de
segurança e o automático de comando manual de ignição.
ignição não foram ligadas ao
parada não funcionam.
mesmo tempo.
Platinado de pressostato
Lixar o platinado.
colado.
Pressostato com o diafragma
A pressão está acima da defeituoso. (Neste caso, sai Trocar o pressostato.
permitida. As válvulas de vapor pelo pressostato).
segurança e o automático de Capilar do diafragma
parada não funcionam. Tirar o pressostato e limpá-lo.
defeituoso.
Pressostato desregulado e
defeituoso. ( é muito difícil o Regular o pressostato.
pressostato desregular).
O gerador de vapor pára
de funcionar e a pressão
registrada no manômetro de Defeito no manômetro. Trocar o manômetro.
vapor está abaixo no nível
máximo normal.
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Controle de pressão
Defeitos Causas prováveis Providências
Defeito no compressor. Ver sobre o compressor de ar.
O manômetro de ar não
Defeito no manômetro. Trocar o manômetro.
registra pressão ou registra
pressão muito baixa. Ver sobre o sistema
Defeito no circuito de óleo.
automático de combustão.
O manômetro de óleo não Defeito no circuito de óleo. Verificar.
registra pressão Defeito no manômetro. Trocar o manômetro.
O manômetro de vapor
registra pressão inferior
Defeito no manômetro. Trocar o manômetro.
quando o gerador de vapor
desliga automaticamente
Purgar o ar na tubulação e
O manômetro de óleo oscila estudar o assunto referente
muito sem indicar pressão Ar na tubulação de óleo. à tubulação em que o
exata. respectivo monômetro se
encontra.
Num sistema com varias caldeiras é necessário que cada uma delas possa ser
isolada das demais. Para isso, é necessária a instalação de uma válvula de retenção
após a válvula principal de saída de vapor.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Tudo isso para evitar acidentes, que normalmente causam vitimas fatais e grandes
prejuízos financeiros, podendo, em alguns casos, levar a empresa à falência.
RETROCESSOS
Este fenômeno ocorre quando a pressão interna da caldeira aumenta
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
bruscamente, podendo afetar o ambiente na sala e área das caldeiras, com risco
de graves acidentes.
Causadores de retrocesso:
• vazamento do sistema de alimentação de óleo, com acúmulo de resíduos
de combustível no interior da fornalha;
• falhas no sistema de ignição;
• defeito ou falha no sistema de tiragem da caldeira;
• tentativas de acender o queimador a partir de uma parede incandescente;
• procedimento incorreto no acendimento da caldeira;
• abertura da boca de visita da fornalha de forma indevida;
• alimentação de combustível sólido pulverizado de maneira incorreta.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
O nível de água baixo com o calor da fornalha agindo sobre os tubos secos
provocará deformações no invólucro, danos ao refratário, vazamento d’água e danos
aos tubos.
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•paradas de ventiladores;
•parada de energia elétrica dos painéis de comando;
•pane no sistema deI nstrumentação.
Num sistema com varias caldeiras é necessário que cada uma delas possa
ser isolada das demais. Para isso, é necessária a instalação de uma válvula de
retenção após a válvula principal de saída de vapor.
O nível de água baixo com o calor da fornalha agindo sobre os tubos secos
provocará deformações no invólucro, danos ao refratário, vazamento d’água e
danos aos tubos.
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1. TRATAMENTO DE ÁGUA
A operação segura e eficiente de uma caldeira é extrema
-
mente dependente da qualidade da água disponível para alimen -
tação da mesma. De nada adianta a instalação de um equipamen -
to ultramoderno, com todos os acessórios/periféricos disponíveis
e totalmente automatizado, se não é levada em consideração a
qualidade da água e o tratamento químico aplicado.
A presença de todas estas impurezas muitas vezes causa problemas no uso da água
para geração de vapor, podendo formar incrustações e/ ou acelerar os processos corrosivos.
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Águas de superfície
São instáveis, apresentam altos teores de STD (Sólidos Totais Dissolvidos) e SS
(Sólidos Suspensos), elevados teores de matéria orgânica e temperatura variável.
Águas subterrâneas
São estáveis, apresentam menores teores de sólidos em suspensão e de
material orgânico, e têm temperatura constante.
Compostos
Do ponto de vista químico, a água é um composto cuja molécula é formada
por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, ou seja, H2O.
Para que as caldeiras tenham bom funcionamento e longo tempo de vida,
é necessário, entre outras coisas, dar uma especial atenção à água destinada à
sua alimentação.
Os fabricantes determinam, em seus manuais de operação, quais devem ser
as características da água de alimentação, antes da entrada na caldeira, e também
da água que está dentro dela, gerando vapor.
Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água,
dependendo da sua origem:
•cálcio(Ca) e magnésio(Mg), •sulfato; •ácido sulfídrico;
originando dureza total; •sílica; •oxigênio dissolvido;
Potabilida - •hidróxidos(OH),carbonatos •cloreto; •sólidos totais
de: carac- •ferro; dissolvidos;
terística ou (CO–3) e hidrocarbonatos
•gás carbônico; •PH
condição (HCO–3) causando alcalinidade
do que é •amônia;
potável.
total;
A alimentação de água com boa qualidade elimina, antecipadamente,
grande parte dos problemas que normalmente ocorrem em geradores de vapor.
Posteriormente, fica a cargo do tratamento químico interno a manutenção da
qualidade da água no interior da caldeira.
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Por outro lado, a água ideal para geração de vapor, ou seja, que não contém
nenhuma substância dissolvida é, por isso mesmo, inadequada para bebermos.
As principais grandezas de
qualidade da água são a Dureza
Total e o pH.
Dureza total
pH
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
A corrosão pode ter várias causas. Ela pode ser, entre outras, eletroquímica, galvânica
ou bimetálica, por oxigênio, por aeração diferencial, por concentração diferencial.
É importante notar que a corrosão não fica restrita somente à caldeira; pode
ocorrer também nas linhas de vapor e de retorno de condensado.
Incrustação
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solução com a água e, se não forem removidos, causam uma redução na taxa de
transferência de calor nos locais nos quais se formou o depósito.
Isto ocorre porque a condutividade da incrustação é muito menor que a
do material dos tubos e tem efeito isolante. Consequentemente, a temperatura
do lado oposto ao da incrustação atingirá valores que podem afetar a resistência
mecânica do tubo e causar sua ruptura.
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Arraste
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Métodos externo
O método externo é usado para dar um tratamento à água antes que
ela entre na caldeira. Pode ser realizado de várias maneiras, dependendo das
condições em que se encontra a água bruta. Se a água estiver muito carregada
de impurezas e partículas sólidas visíveis, é adotado um sistema de clarificação e
filtragem posterior da água.
Isso é feito normalmente com filtros de areia, quando a água usada é
captada de rio. Pode também ser empregado o tanque de decantação e a
colocação do cal como se faz com a água para o abastecimento urbano.
São eles:
• clarificação: o processo consiste na prévia floculação, decantação e
filtração da água com vistas a reduzir a presença de sólidos em suspensão;
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Métodos internos
Controle químico
Cuidado especial deve ser tomado com a coleta da amostra para análise.
Antes da coleta deve ser feita uma purga para que seja eliminado qualquer
depósito nos tubos e no fundo da caldeira. Deve ser previsto também o
resfriamento da amostra de água coletada para melhorar sua concentração. Caso
a análise não seja feita imediatamente, é necessário evitar o contato com o ar.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Existem vários agentes de limpeza, mas o mais usado é o ácido clorídrico misturado
a um inibidor, para evitar a corrosão acentuada das partes internas da caldeira.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diária
a. Descarga de fundo para eliminação de lama
que se deposita na tubulão inferior.
b. Teste geral de alarmes (água, óleo, nível, etc.).
c. Verificação dos controladores de nível da caldeira
e todos os seus instrumentos.
d. Limpeza de filtros de óleo combustível.
e. Revisão geral dos queimadores (coqueamento,
obstrução, etc.).
f. Avaliação da chama e fumaça na chaminé.
g. Verificação dos ventiladores e acionamento
dos dampers.
h. Verificação das bombas de alimentação de
água, do óleo combustível, das bombas dosadoras.
i. Sopragem de fuligem dos tubos.
j. Execução de teste de válvulas de segurança.
k. Verificação do sistema de ignição da caldeira.
l. Verificação geral dos sistemas de lubrificação dos equipamentos auxiliares.
m. Manutenção da limpeza da casa da caldeira.
Semanal
a. Limpeza dos bicos atomizadores com algum tipo de solvente – não é
recomendável utilização de ferramentas que possam danificar os orifícios dos
pulverizadores.
b. Limpeza de fotocélula.
c. Verificação do ventilador e seus equipamentos auxiliares (dampers
,
correias, telas de proteção, etc.).
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Mensal
a. Remoção do pó dos controles elétricos e verificação dos contatos das
chaves magnéticas, certificando-se, antes, de que a chave geral de força esteja
desligada e mantendo sempre fechada a porta do painel de controle.
b. Limpeza dos filtros de água.
c. Lubrificação dos motores, se tiverem pino de lubrificação, usando uma
boa graxa de tipo médio.
d. Verificação do alinhamento de todos os equipamentos rotativos.
e. Verificação da gaxeta da bomba d’água.
f. Desmontagem do conjunto do bico atomizador, abrindo as conexões dos
tubos de óleo a ar e removendo os parafusos que fixam o conjunto no flange
frontal do queimador.
g. Verificação dos eletrodos de ignição para garantir a correta abertura da
centelha em função do escapamento e as condições de limpeza.
h. Verificação de estado dos purgadores instalados na caldeira e na rede
de vapor.
i. Limpeza da tela de entrada de ar do ventilador.
j. Retirada do filtro de compressor de ar (se houver) e limpeza com solvente,
deixando que fique bem seco antes de recolocá-lo.
k. Limpeza do tubo de ventilação da fotocélula.
l. Limpeza do sistema de combustor piloto.
Trimestral/semestral
a. Verificação da parte interna da caldeira onde circula a água, esvaziando-a
completamente.
b. Abertura de todas as portinholas de inspeção e da porta de visita (se
houver), lavando bem a caldeira com a mangueira de água de alta pressão e
aplicando o jato em todas as aberturas e portas de visita, para que se soltem
todos os sedimentos, lodo e incrustações; o casco também deve ser lavado
internamente.
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
Anual
A manutenção periódica anual deverá ser a mais ampla possível, engloban
-
do todas as demais manutenções periódicas. Na manutenção anual, deve-se - exe
cutar a inspeção da caldeira, atendendo NR-13.
90
NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Também pode ser feito um selo com nitrogênio, que é um gás inerte. Nesse
2
caso, injeta-se 2Nno espaço vazio da caldeira até uma pressão de 3 a 5 kgf/cm
.
91
NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
92
NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
14. testar toda instalação elétrica quanto à existência de terra, nos espaços
que possam conter vapores inflamáveis, corrigindo os possíveis defeitos antes de
se enviar alguém para trabalhar na área – os testes devem ser feitos a partir de
um quadro de distribuição que esteja fora do espaço a ser testado, e os reparos
devem ser feitos com o circuito desenergizado;
15. não permitir o uso de chamas desprotegidas, como as de maçaricos, velas,
fósforos, etc., em tanques de óleo ou nas proximidades dos respiros desses tanques;
16. verificar se não ficou ninguém dentro da caldeira ou se não foi esquecida
nenhuma ferramenta no seu interior, antes de fechá-la.
93
NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
OIT: Or-
1.2 Segurança do trabalho no Brasil ganização
Interna -
O Brasil era essencialmente agrário até o início do século XX. A revolução cional do
Trabalho.
industrial chega ao Brasil por volta de 1930, mas a passagem do artesanato à
maquinofatura foi bastante demorada. A legislação brasileira, no entanto,
acompanhou a OIT.
95
NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
RISCOS FÍSICOS
pSão os diversos tipos de energia a que os trabalhadores podem estar
expostos em seu ambiente laboral. São exemplos de agentes de risco físico:
•ruídos;
•vibrações mecânicas;
•temperaturas extremas;
• pressões anormais;
• radiações ionizantes e não ionizantes;
• umidade.
Temperaturas Extremas
As temperaturas extremas são as condições térmicas rigorosas, em que são
realizadas diversas atividades profissionais.
Umidade
A exposição contínua à umidade, o
contato prolongado da pele, mãos, pés, etc.
pode ser observada no trabalho em lava rápido,
determinados tipo de atividades agropecuárias,
estufas, cozinhas, entre outros.
A exposição à água ou outros líquidos poderá
comprometer a membrana protetora da pele
que ficará exposta à penetração de agentes
nocivos causadores de doenças.
RISCO QUÍMICO
São as substâncias, compostos ou materiais químicos que em função do
tempo de exposição, concentração, natureza e intensidade do risco, possam ser
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
RISCO BIOLÓGICO
• bactérias; •fungos;
• parasitas; • bacilos;
• vírus; • protozoários.
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RISCO ERGONÔMICO
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
RISCO DE ACIDENTES
O risco de acidentes, também chamado de
risco mecânico, constitui uma classe especial de
situações que podem afetar a saúde e segurança
dos trabalhadores.
Os agentes do risco de acidente são
responsáveis por uma série de lesões nos
trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações,
queimaduras, etc. As máquinas desprotegidas, pisos defeituosos ou escorregadios,
os empilhamentos precários ou fora de prumo são exemplos desse risco.
De acordo com a Portaria nº.25/94, são considerados agentes de risco
de acidentes:
• arranjo físico inadequado;
• máquinas e equipamentos sem
proteção;
• ferramentas inadequadas ou
defeituosas;
• iluminação inadequada;
• eletricidade;
• animais peçonhentos;
• perigo de incêndio ou explosão;
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
2. ACIDENTES DO TRABALHO
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NR 13 Segurança na Operação de Caldeiras
transferência de calor do aço para a água, fazendo com que o aço absorva mais
calor sensível e aumentando sua temperatura de forma proporcional à quantidade
de calor recebida. Nos casos de incrustações generalizadas há um agravamento
da situação para manter-se a água na temperatura de ebulição, pois é necessário
o aumento do fornecimento de calor no lado dos gases. Com esse aumento
de temperatura, podem ocorrer as seguintes consequências indesejáveis com
relação à segurança do equipamento:
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