Notas de Aula - IT - 533 - Versão - Abril - 2021
Notas de Aula - IT - 533 - Versão - Abril - 2021
Notas de Aula - IT - 533 - Versão - Abril - 2021
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
BÁSICA:
COMPLEMENTAR:
A REM pode ser caracterizada por uma natureza quântica (corpuscular) e por
uma natureza eletromagnética ou modelo ondulatório.
c =
c= velocidade de propagação da radiação no vácuo = 3 x 10 8 ms-1
= comprimento de onda (m)
= frequência em ciclos por segundo (Hertz)
Por exemplo, uma radiação EM com onda de 0,50 m (entre azul e verde), tem
frequência de:
Obs.: os limites das faixas podem ter pequenas variações entre autores.
Ultravioleta (UV)
UV extremo 0,010 m a 0,280 m
UV médio 0,280 m a 0,315 m
UV próximo 0,315 m a 0,400 m
Visível (corresponde também à faixa fotossinteticamente ativa)
Azul 0,400 m a 0,500 m
Verde 0,500 m a 0,600 m
Vermelho 0,600 m a 0,700 m
Infravermelho (IV)
Próximo 0,700 m a 1,4 m
Médio 1,4 m a 3,0 m
Termal 3,0 m a 15 m
Distante 15 m a 30 m
Micro-ondas
Ka 0,83 cm a 1,18 cm
K 1,18 cm a 1,67 cm
Ku 1,67 cm a 2,70 cm
X 2,70 cm a 4,80 cm
C 4,80 cm a 7,50 cm
S 7,50 cm a 19,0 cm
L 19,00 cm a 77,0 cm
Ondas de rádio
VHF 30,00 cm a 100,0 cm
P 77,00 cm a 133,00 cm
com a mistura de outras cores, enquanto que as outras cores do visível podem ser
recriadas com misturas de diferentes proporções das cores primárias.
A faixa do visível é também subdividida por alguns autores em faixas mais finas
que correspondem às cores do arco íris:
Violeta 0,380 m a 0,446 m
Índigo 0,446 m a 0,464 m
Azul 0,464 m a 0,500 m
Verde 0,500 m a 0,578 m
Amarelo 0,578 m a 0,592 m
Laranja 0,592 m a 0,620 m
Vermelho 0,620 m a 0,750 m
No caso da cor amarela, esta sensação pode ser causada tanto por uma
faixa específica do espectro como pela adição do verde com vermelho.
2hc 2
E = 5 hc / kT
e −1
h = 6,6256 * 10-34 W s2 (Constante de Planck);
c = 2,997925 * 108 m s-1 3 * 108 m s-1 (Velocidade da luz no vácuo);
k = 1,38054 * 10-23 W s K-1 (Constante de Boltzmann);
T = Temperatura em Kelvin;
= Comprimento de onda em metros.
Por esta lei é possível calcular a quantidade de radiação emitida por um corpo
por cada comprimento de onda, sendo importante no SR para o cálculo da quantidade
de radiação emitida nas bandas de um dado sensor.
Toda matéria acima de zero absoluto ou zero Kelvin (0 K = -273,15 C) emite
REM continuamente. A intensidade, bem como o tipo de REM emitida, depende da
temperatura deste corpo assim como de seu material constituinte.
WB = T 4
Esta equação diz que um "corpo negro" (B - Black, um hipotético radiador ideal
de energia) emite energia EM radiante (W em watts/m 2 =W/m2) de acordo com sua
temperatura (T em K) e com a constante de proporcionalidade de Stefan-Boltzmann
( = 5,6697 * 10-8 W m-2 K-4). Esta equação é a integral da equação de Planck ao
longo de todo o espectro.
WG = T 4
onde é um “fator de emissividade” que depende do material, e que na prática é
obtido por: =WG/WB, logo sempre menor que 1. (Ex.: água 0,99; árvore com folhagem
0,96; areia 0,95; concreto 0,92; solo seco 0,90; neve 0,85 e, prata polida 0,02, isto é,
como a prata polida é alta refletora, absorve pouca energia sendo, então, ruim como
emissora).
Ex.: A água a uma temperatura de 310 K terá uma emissão total de 518,37 W m-2
Esta lei pode ser invertida para se calcular a temperatura dos alvos para os
quais a radiação emitida foi calculada. Por exemplo, se um sensor mediu que a
quantidade total de radiação emitida no termal para uma superfície de areia (=0,95)
é igual a 520 wm-2, a temperatura do mesmo será:
WG 520
T =4 =4 = 313,46 K = 40,31º C
0,95 * 5,6697 *10 -8
A
max =
T
A Lei dos deslocamentos de Wien calcula o comprimento de onda de máxima
emissão (max em m) como uma função inversa da temperatura deste corpo (T em
K) e de uma constante (A = 2898 m K). Essa fórmula pode ser obtida através da
derivada da equação de Planck.
Exemplo: Um corpo com temperatura de 310 K (37o C) terá emissão máxima em 9,34
m, que é na faixa do infravermelho termal. Já um corpo com 6000 K (o sol) terá
emissão máxima em 0,483 m, que é na faixa do azul próximo do verde.
A lei de Kirchhoff diz que para um corpo cinza em equilíbrio térmico com o
ambiente à volta a emissividade é igual à absorbância:
WG
= = 1− = ,
WB
E = I cos
3.6 LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA
E= 1
d2
A irradiância solar total (ou seja, no espectro solar todo) em uma superfície
plana perpendicular aos raios solares e fora da atmosfera (no espaço livre) e a uma
distância média entre o sol e a terra tem sido obtido através de observações por
sensores em satélites orbitais. Às vezes é chamada constante solar, embora esta
quantidade varie ao longo dos anos e através dos anos devido a variações na
atividade solar. O ciclo solar varia em ciclos de 11,5 anos em média, com flutuações
de +- 0,5% na quantidade de radiação que chega ao topo da atmosfera considerando
uma unidade astronômica.
Por exemplo, no dia 8 de dezembro de 2010 ao meio dia solar (às 11:46:44
desconsiderando o horário de verão) o ângulo zenital solar em Seropédica é de 0 o,
ou seja, o sol neste dia está “a pino” no meio dia solar e a distância Sol-Terra é de
0,985 UA (Unidade Astronômica). Daí a irradiância total exoatmosférica (em todo
espectro e fora da atmosfera) é dada por:
E = 1367,39 cos0
0 , 9852
= 1409,35Wm -2
cos 43,81
E = 1367,39 1, 0162 = 955,93Wm -2
L
=
E i
Pi é em (esferrorradiano)
L é em W m-2 Sr-1
Enquanto E é em Wm-2
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4.2 ABSORÇÃO
Janelas atmosféricas: são faixas do espectro que não são severamente afetadas
pela absorção da radiação eletromagnética pela atmosfera. Os sensores são
desenhados de modo que as bandas espectrais estejam dentro das janelas
atmosféricas (Figura 8). Uma banda espectral que estivesse fora de uma janela
atmosférica não receberia radiação suficiente para ser gravada e só faria sentido
colocar uma banda espectral em um sensor se esta tivesse por objetivo estudar a
atmosfera.
Figura 8. Localização das bandas de dois sensores dentro das janelas atmosféricas.
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4.3 EMISSÃO
4.4 TRANSMISSÃO
5.1 DEFINIÇÕES
Irradiância: energia incidente sobre uma superfície, em Watts por metro quadrado
(Wm-2). Observe que a lei do cosseno de Lambert afeta a irradiância, dependendo
do ângulo de incidência.
Radiância: Energia incidente por área e por ângulo sólido (Wm -2 sr-1), sendo sr a
unidade de ângulo sólido, chamada de esferoradiano.
Da energia total incidente em uma superfície (Ei), parte é refletida (Er), parte
é transmitida (Et) e parte é absorvida (Ea):
Ei = Er + Et + Ea
Na fórmula acima a letra grega lambda (λ) se refere ao comprimento de onda.
Considerando cada componente acima como uma fração em relação à radiação
incidente, temos:
Er
=
Ei
TEXTURA: Solos de textura mais fina formam uma superfície mais lisa e mais
reflexiva por formarem menos sombras. Além disso, em um experimento com o
aumento o diâmetro das partículas de 0,022 para 2,65 mm (de argila para silte) houve
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Percent Reflectance
40
30 5 – 12%
20 22 – 32%
10
0
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1 2.3 2.5
a.
60 Clay
50
Percent Reflectance
2 – 6%
40
30
20
35 – 40%
10
0
0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 1.5 1.7 1.9 2.1 2.3 2.5
b. Wavelength (m)
Nessa faixa do espectro ocorre uma grande absorção da radiação pela água,
com bandas bem definidas em torno de 1,4 m e 1,9 m. Nesta faixa existe até
mesmo a possibilidade de se monitorar a vegetação quanto ao estresse hídrico, pois
com a perda de água ocorre um aumento da reflectância.
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A plataforma diz respeito ao satélite ou outro aparelho que leva o sensor e que
dá condições para realizar o imageamento. A plataforma pode ser orbital (satélite),
aérea (drone ou vant (UAV), avião, helicóptero, balão, dirigível e girocóptero) ou
terrestre (imagem feita da superfície). As plataformas orbitais mais novas são do tipo
multimissão, ou seja, levam mais de um sensor com diferentes objetivos.
As imagens digitais coletadas por sensores remotos são formadas por matrizes
de linhas e colunas sendo que cada elemento (chamado pixel) corresponde a uma
determinada área da superfície terrestre. Estas imagens podem ser constituídas de
apenas uma banda espectral ou podem ser constituídas por mais de uma banda
espectral.
Quanto à plataforma:
Orbital (satélite);
Aérea;
Terrestre.
• SENSORES ÓPTICOS
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São sensores que têm sistemas de varredura da cena na terra e que utilizam
o espectro óptico, ou seja, do visível ao infravermelho termal. Por serem óticos os
feixes de radiação são direcionados aos detectores através de lentes e espelhos.
Estes podem ser do tipo Whiskbroom ou Pushbroom. Como exemplos de
Whiskbroom temos os sensores TM do Landsat 5 e o ETM+ do Landsat 7. A vantagem
do ponto de vista de engenharia do Whiskbroom é que a quantidade de detectores
(elementos que detectam a anergia) é muito menor. Por outro lado, problemas
geométricos nas imagens são mais comuns devido a falhas no sistema ou mesmo
devido à incorreta correção geométrica dos dados. Um bom exemplo do Pushbroom
é o sensor OLI do satélite Landsat 8. Neste caso a parte óptica é mais simplificada,
levando a menos distorções geométricas causadas pela junção das varreduras, mas
requer uma quantidade de detectores muito maior.
A grande maioria dos sensores óticos usam os CCDs ("Charge Couple Device",
em português dispositivo de carga acoplada). A tecnologia dos CMOS
(Complementary metal–oxide–semiconductor, em português semicondutor metal-
óxido complementar) apareceu recentemente como opção para substituir os CCDs,
mas para a maioria dos sensores que vão além do visível os CCDs ainda são os mais
utilizados.
• RESOLUÇÃO ESPECTRAL
• RESOLUÇÃO RADIOMÉTRICA
NC = 2n
Apenas como ilustração, uma imagem gravada em apenas um bit teria apenas
dois níveis de cinza: preto e branco. Para um sensor de 6 bits (64 níveis de cinza) o
salto de um nível de cinza representa um acréscimo de 1,563% na reflectância. Para
um sensor de 10 bits (1024 níveis de cinza) o salto de um nível de cinza corresponde
a um acréscimo de 0,098% na reflectância, ou seja, 1% de reflectância seria
subdividido em 10 níveis de cinza. A Figura 23 mostra a mesma imagem em que
aparece a UFRRJ em 8 bits e em 1 bit.
Figura 24. Imagem da UFRRJ em torno do prédio P1 tomada pelo sensor ETM+ na
banda 8 em 8 bits e reduzido para 1 bit apenas como exemplo.
• RESOLUÇÃO ESPACIAL
Figura 26. Prédio principal da UFRRJ (P1) na imagem do sensor ETM+ do Landsat
7 (30 m) e do sensor Ikonos II (1 m).
A área realmente amostrada pelo sensor define a PSF (Figura 27). É definida
pelo sistema ótico do sensor e afetada pela atmosfera e compreende a área onde a
resposta do detector é acima de 50%. Uma PSF que defina uma área amostrada
muito maior do que o espaçamento dos pixels (muito maior do que o tamanho de
pixel) diminui o contraste entre alvos vizinhos, especialmente nas bordas, dificultando
a identificação destes alvos.
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 37
Figura 27. Função de espalhamento do ponto (PSF) ideal e real para o sensor
MODIS a bordo do satélite Terra. A resolução divulgada pela NASA para o sensor
MODIS é de 250 metros.
Frequência de Nyquist
• RESOLUÇÃO TEMPORAL
É o tempo que leva para um sensor repetir a mesma cena. Por exemplo,
para o sensor do satélite Landsat 7 este tempo é de 16 dias. Em alguns sensores o
satélite leva 16 dias ou mais para passar sobre uma mesma órbita, mas o tempo
necessário para repetir uma mesma cena é bem menor devido à capacidade de
visada lateral.
Figura 28. Órbita dos satélites Landsat 4 e 5. Fonte: Lillesand e Kiefer (1987).
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 39
Figura 31. Faixas da superfície cobertas pelas órbitas de um dia. Lillesand e Kiefer
(1987).
Figura 32. Faixas cobertas durante o período de 16 dias. Lillesand e Kiefer (1987).
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Definições:
• Satélite: Plataforma orbital em que fica o sensor, os sistemas de controle, o
painel solar de alimentação e o sistema de transmissão dos dados. Pode
conter um ou mais sensores ou missões;
• Missão: Tipo de uso do satélite, por exemplo: comunicação, meteorológico,
sensoriamento remoto;
• Sensor: Carga útil do satélite quando o objetivo é medir algum parâmetro físico
da atmosfera ou da superfície;
• Programa: É o nome da série de satélites de uma empresa ou agência
espacial. Ex: Programa Landsat da NASA, Programa CBERS do Brasil e da
China, Programa SPOT, etc.
Exemplos:
• Programas e Satélites governamentais
➢ Landsat (NASA, EUA), SPOT (França), CBERS (Brasil-China), NOAA (EUA),
ERS (Agência Espacial Européia), Radarsat (Canadá), SAC-C (Argentina), IRS
(Índia);
• Programas e satélites comerciais:
➢ Ikonos, Quickbird, EROS, Orbview, EnviSat, Kampsat
Informações adicionais:
Altitude: 705 km
Quantização: Melhores 8 de 9 bits
Inclinação: Heliossíncrona, 98,2 graus
Passagem pelo equador: Nodo descendente; 10:00 +/- 15 minutos
Lançamento: Abril de 1999
Faixa
Descriçã
Banda espectral Principais aplicações
o
(m)
Mapeamento de águas costeiras. Diferenciação entre
TM1 0,45-0,52 Azul
solo e água e entre coníferas e decíduas.
TM2 0,52-0,60 Verde Vigor das plantas verdes.
Vermelh Diferenciação de espécies vegetais. Absorção da
TM3 0,63-0,69
o clorofila.
IV Levantamento da fitomassa. Delineamento de corpos
TM4 0,76-0,90
próximo de água.
Medidas de umidade da vegetação. Diferenciação
TM5 1,55-1,75 IV médio
entre nuvens e neve.
TM6 10,74-12,5 IV termal Mapeamento hidrotermal.
TM7 2,08-2,35 IV médio Mapeamento de estresse hídrico em plantas
TM HRV AVHRR
Resolução
16 dias 26 dias 2 vezes ao dia
temporal
Resolução 30 m 20 m (Banda1 a 3)
espacial 1,1 km (nominal)
120 m (Banda6) 10 m (Pan)
Resolução 8 bits (1-3)
radiométrica 8 bits 10 bits
6 bits (Pan)
Banda1 - 0,45-0,52
Banda2 - 0,52-0,60 Banda 1 - 0,58-0.68
Bandas Banda1 - 0,50-0,59
Banda3 - 0,63-0,69 Banda 2 - 0,725-1,1
espectrais Banda2 - 0,61-0,68
(Resolução Banda4 - 0,76-0,90 Banda3 - 0,79-0,89 Banda 3 - 3,55-3,93
espectral)(μm) Banda5 - 1,55-1,75 Banda 4 - 10,30-11,30
Pan - 0,51-0,73
Banda6 - 10,74-12,5 Banda 5 - 11,50-12,50
Banda7 - 2,08-2,35
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Satélites EROS
Cenas em
10 cenas de 15 cenas de 20 cenas de
estereoscopia
(12,5X12,5 km) (16X16 km) (16X16 km)
(24 Graus)
ORBVIEW-3
Modo de
Modo Pancromático Modo Multispectral
Imageamento
Resolução Espacial 1 metro 4 metros
Bandas Espectrais 1 banda 4 bandas
Faixas Espectrais 450-900 nm 0,450-0,520 μm
0,520-0,600 μm
0,625-0,695 μm
0,760-0,900 μm
Faixa de
8 km
Imageamento
Área de cada
Definida pelo cliente
Imagem
Frequência de
Inferior a 3 dias
revisita
Altitude de Órbita 470 km
Horário solar da
passagem pelo 10:30 da manhã
equador
QUICKBIRD
Tamanho do pixel
Satélite Bandas espectrais Faixas espectrais
na superfície
Pancromático
2.5 m ou 5 m 0.48 - 0.71 µm
B1: verde
10 m 0.50 - 0.59 µm
B2: vermelho
Spot 5 10 m 0.61 - 0.68 µm
B3: Infravermelho próximo
10 m 0.78 - 0.89 µm
B4: Infravermelho
20 m 1.58 - 1.75 µm
médio(SWIR)
Monoespectral
(Pancromático) 10 m 0.61 - 0.68 µm
B1: verde 20 m 0.50 - 0.59 µm
Spot 4 B2: vermelho 20 m 0.61 - 0.68 µm
B3: Infravermelho próximo 20 m 0.78 - 0.89 µm
B4: Infravermelho 20 m 1.58 - 1.75 µm
médio(SWIR)
Pancromático 10 m 0.50 - 0.73 µm
Spot 3
B1: verde 20 m 0.50 - 0.59 µm
Spot 2
B2: vermelho 20 m 0.61 - 0.68 µm
Spot 1
B3: Infravermelho próximo 20 m 0.78 - 0.89 µm
WORLDVIEW-2 (DigitalGlobe)
Lançamento: 8 de outubro de 2009
Órbita:
Altitude: 770 quilômetros
Tipo: Heliossíncrona, passando pelo equador às 10:30 no nodo descendente
Período: 100 minutos
Resolução Espectral:
Pancromática: 450 - 800 nm
Multiespectrais (8 bandas):
Coastal: 400 - 450 nm
Blue: 450 - 510 nm
Green: 510 - 580 nm
Yellow: 585 - 625 nm
Red: 630 - 690 nm
Red Edge: 705 - 745 nm
Near-IR1: 770 - 895 nm
Near-IR2: 860 - 1040 nm
Resolução Espacial:
Pancromática: 0,46 metros GSD no nadir, 0,52 metros 20° fora do nadir
Multiespectral: 1,84 metros GSD no nadir, 2,08 metros GSD a 20° fora do nadir
vai ser impressa com 300 dpi em uma escala de 1/354330, E={0,0254 m /
(300 x 30 m)};
B) Disponibilidade da imagem: Alguns satélites têm que ser programados para
coletarem as imagens. Em algumas regiões do Brasil isto pode levar meses
para conseguir devido à cobertura de nuvens. A visada lateral aumenta a
chance de obter imagens sem nuvens;
C) Número de bandas e faixa espectral: Vai depender dos alvos a serem
identificados. A maioria dos sensores tem bandas no visível e infravermelho
próximo, o que é o suficiente para a maioria das aplicações. Observe que
um número mínimo de três bandas é necessário para que se possa fazer a
combinação de bandas com as três cores primárias (RGB);
D) Nível de processamento: Para imagens a serem utilizadas em pesquisas
científicas é melhor que apenas as correções básicas de radiometria e
geometria sejam feitas, para que não sejam alterados os valores de
reflectância dos alvos;
E) Época do ano: A grande maioria das imagens é conseguida para a época
da seca, quando se tem uma maior chance de se obter imagens sem
nuvens. Para a época das chuvas a chance de se obter imagens é bem
menor, mas se a aplicação em questão requer imagem da época das
chuvas tem que se considerar a grande dificuldade de não se conseguir
imagem. Se para a aplicação em questão não é necessário uma imagem
atual pode-se utilizar imagens de bancos de dados de anos anteriores.
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 51
1. INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
(que aplicação requer o uso das imagens?)
AQUISIÇÃO DE IMAGENS
(resolução espacial, temporal, espectral que atendam)
OBTENÇÃO DE DADOS DE CAMPO
(pontos para georreferenciamento e validação e
localização de amostras para a interpretação e validação temática)
PRÉ-PROCESSAMENTO DAS IMAGENS
(transformações geométricas e radiométricas)
MELHORIAS NA IMAGEM (CONTRASTE, ÍNDICES DE VEGETAÇÃO, ETC.)
(conforme o tipo de aplicação)
EXTRAÇÃO DE INFORMAÇÕES (VISUAL OU AUTOMÁTICA)
(classificação digital)
AVALIAÇÃO DE ERROS
(acurácia posicional e temática)
AVALIAÇÃO TEMPORAL (quando necessário)
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
(exportação dos resultados para um SIG)
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 52
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
(relatório para empresa e/ou instituição e/ou publicação dos resultados)
➢ JPEG (.JPG): Muito utilizado para imagens que são compartilhados pela
Internet por permitirem uma grande compactação de dados. No entanto, esta
compactação ocorre com perda de informação. Assim, ao salvar uma imagem
de sensoriamento remoto neste formato, ao abrir novamente esta imagem o
brilho de cada pixel não é o mesmo da imagem original. A compactação ocorre
separadamente para o brilho e para as cores. Este tipo de imagem pode ser
utilizado quando se deseja passar a imagem sem que esta possa ser utilizada
para trabalhos futuros. Por exemplo, quando se adquire uma imagem Ikonos a
licença não permite o repasse para outra empresa/instituição de uma imagem
que possa ser trabalhada com os níveis de cinza originais. A alternativa é
repassar a imagem em formato JPEG. Este formato utiliza transformadas de
Fourier para compactar, o que diminui a qualidade da imagem.
➢ JPEG2000 (.JP2): Pode utilizar compactação sem perda, por isso imagens do
Sentinel (satélite da ESA) são fornecidas neste formato.
➢ BMP: Este formato (bitmap do Windows) permite armazenamento tanto em
cores RGB de 24 bits como em cores de paleta. Permite a compactação RLE,
a qual é sem perdas;
➢ RAW: Formato sem cabeçalho, ou seja, cada byte da imagem equivale ao nível
de cinza de um pixel (para o caso resolução radiométrica de 8 bits);
➢ TIFF: Formato muito usado comercialmente para armazenar imagens sem
perda. Permite compactação LZW (sem perdas),
As imagens são gravadas em uma sequência de bytes que são chamadas strings
no termo em inglês ou uma corda de bytes. No início do arquivo existe um cabeçalho
que contém as informações necessárias à exibição da imagem e no caso de imagens
da superfície, este cabeçalho contém também as características geográficas da
imagem, com exemplo das imagens no formato geotiff.
2. PRÉ-PROCESSAMENTO DE IMAGENS
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 55
Definições:
Raiz do erro médio quadrático (RMSE de Root Mean Square Error): É o erro utilizado
para a determinação da exatidão da transformação de um sistema de coordenadas
para outro.
E p1 = a0 + a1 X 1 + a2Y1
N p1 = b0 + b1 X 1 + b2Y1
E p 2 = a0 + a1 X 2 + a2Y2
Para um polinômio de primeiro grau temos: N p 2 = b0 + b1 X 2 + b2Y2
E pn = a0 + a1 X n + a2Yn
N pn = b0 + b1 X n + b2Yn
Onde p1, p2, ...... pn são os pontos de controle e os coeficientes a0, a1, ... an,
e b0, b1, ... bn são determinados pelo método dos mínimos quadrados.
E pn = a0 + a1 X n + a2Yn + a3 X nYn + a4 X n + a5Yn
2 2
forma uma imagem ortogonal se o terreno for plano, ao nível do mar e a imagem for
tomada no nadir, ou seja, na vertical. A figura a seguir mostra o deslocamento devido
ao relevo.
d = h Tan V
θV
Superfície
d Datum
Como exemplo, as imagens Landsat são obtidas com visada no nadir, mas nas
bordas da imagem o ângulo chega a 8 graus fora do nadir. Neste caso, para um
terreno de 500 metros de altitude temos um deslocamento de:
resolução esta necessidade é ainda maior, pois o deslocamento passa a ser muito
significativo em relação à resolução espacial da imagem.
a - Classe A
1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da carta, sendo
de 0,3 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente;
2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da equidistância entre as
curvas-de-nível, sendo de um terço desta equidistância o Erro-Padrão
correspondente.
b - Classe B
1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,8 mm na escala, da carta, sendo
de 0,5 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente;
2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quintos da equidistância entre
as curvas-de-nível, sendo de dois quintos o Erro-Padrão correspondente.
c - Classe C
1 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 1,0 mm na escala da carta, sendo
de 0,6 mm na escala da carta o Erro-Padrão correspondente;
2 - Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: três quartos da equidistância entre
as curvas-de-nível, sendo de metade desta equidistância o Erro-Padrão
correspondente.
Fonte: Adaptado de: Cintra, J.P. e Nero, M.A. (2001), Documentos Cartográficos:
Determinação do PEC, In: XX Congresso Brasileiro de Cartografia, Belo Horizonte,
2001.
Exemplo 1: Qual a escala máxima de uma carta de uso da terra gerada pela
interpretação de uma imagem ETM+ do satélite Landsat 7 cuja resolução espacial é
de 30 metros? (Calcule levando em conta a PSF considerando que a PSF é de 30
metros)
ab 0,2mm 0,2mm 1
E= = = =
AB 60 m 60 .000 mm 300.000
Exemplo 2: Qual a escala de trabalho gerada pelo uso de uma imagem HRC do
satélite CBERS 2B cuja resolução espacial é de 2,5 metros (Neste caso calcule sem
levar em consideração a PSF, por falta deste valor).
ab 0,2mm 0,2mm 1
E= = = =
AB 5m 5.000 mm 25.000
de cinza em valores que representem alguma grandeza física do alvo, como por
exemplo reflectância e temperatura.
L max − L min
L = * ( DN − DN min) + L min
DN max − DN min
onde Lmax e Lmin são a radiância máxima e mínima expressas em Wm -2 sr-1 para o
sensor e banda em questão e que são fornecidas pelo fabricante do satélite.
onde:
= Ângulo sólido do hemisfério projetado (sr);
= Reflectância planetária ao nível do satélite;
L= Radiância espectral na abertura do sensor em mW sr-1 m-2 µm-1;
d= Distância do sol à terra em unidades astronômicas (pode ser encontrado nas
tabelas náuticas);
ESUN = Irradiância solar total espectral fora da atmosfera em mW m-2 µm-1 , na
distância média Sol-Terra e perpendicular aos raios solares (obtido de tabelas
fornecidas pelo fabricante do satélite);
S = Zênite solar no pixel da imagem em questão. Em geral utiliza-se o zênite solar
do centro da imagem.
Uma vez determinada a radiância (L) para a banda termal, basta aplicar a lei
de Stefan-Boltzmann para se calcular a temperatura composta da superfície e da
atmosfera. Para se obter a temperatura da superfície deve-se realizar a correção
atmosférica, subtraindo a quantidade de radiação emitida pela atmosfera.
K2
T=
K1
ln + 1
L
Duas abordagens:
- Modelos empíricos (método da extração do pixel mais escuro)
- Modelos de transferência radiativa (fisicamente embasados)
3. REALCE DE IMAGENS
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 65
3.2. FILTRAGEM
Filtro passa-alta: Neste caso o filtro atua mais sobre as baixas do que sobre as altas
frequências, consequentemente realçando bordas e linhas da imagem, tornando-a
mais aguda.
Exemplo:
0 -1 0
-1 5 -1
0 -1 0
Neste caso não é necessário dividir porque o somatório dos pesos é igual a 1.
IVP − Verm
NDVI =
IVP + Verm
SR (Razão simples ou Simple Ratio em inglês):
IVP
SR =
Verm
Notas de Aula-IT533-Sensoriamento Remoto, Prof. Mauro A. Homem Antunes, UFRRJ, Abril de 2021 68
SAVI (Índice de vegetação ajustado para solo, Soil Adjusted Vegetation Index em
inglês):
IVP − Verm
SAVI = (1 + L)
IVP − Verm + L
Onde:
ρIVP é a reflectância na faixa espectral do infravermelho próximo;
ρVerm é a reflectância na faixa espectral do vermelho;
L é uma constante, em geral utiliza-se 0,5 para L.
As imagens IHS podem ser realçadas e quando convertidas de IHS para RGB,
para permitir melhor separação das cores e das feições que se deseja observar.
Existe uma alta correlação entre as bandas de uma imagem de satélite. Isso
faz com que as bandas tragam informações que sejam redundantes, fazendo com
que a classificação digital da imagem com mais de uma banda não seja eficiente, ou
seja, o acréscimo de bandas em alguns casos não traz melhorias na classificação
devido a essa redundância.
interesse. A classificação toma por base as diferenças nas respostas espectrais entre
as diferentes bandas, que levam a diferenças nos espaços de atributos das imagens.
A Figura 37 abaixo mostra um espaço de atributos bidimensional das bandas 4 e 5
do sensor ETM+ do Landsat 7.
Figura 37. Espaço de atributos das bandas 4 e 5 de uma imagem do sensor ETM+.
• Método do paralelepípedo
Também pode ocorrer dois casos extremos nesta classificação: Algum pixel
pode não ser enquadrado em nenhum dos paralelepípedos e são então rotulados
como não pertencentes a nenhuma das classes, enquanto que algum pixel pode ser
enquadrado em mais de um paralelepípedo em sobreposição.
Este método faz pouco uso dos atributos das amostras de treinamento mas por
outro lado é um método simples e rápido.
Este método considera a ponderação das distâncias entre médias dos níveis
digitais das classes, utilizando parâmetros estatísticos (Figura 40).
4.4.1. Segmentação
4.4.2. Classificação por redes neurais artificiais
4.4.3. Classificação por lógica nebulosa ("fuzzy" em inglês)
4.4.4. Modelos de mistura
4.4.5. GEOBIA e Classificação Textural
Verdade terrestre
Residen Comerci Banhado Floresta Água
cial al Soma
Residencial 70 5 0 13 0 88
Classificação
Comercial 3 55 0 0 0 58
Banhado 0 0 99 0 0 99
Floresta 0 0 4 37 0 41
Água 0 0 0 0 121 121
Soma 73 60 103 50 121 407
x
i =1
ii
ExatidãoGeral =
N
r r
N xii − ( xi + x+ i )
= i =1 i =1
r
N 2 − ( xi + x+ i )
i =1
onde:
N é o número total de pixels,
r é o número de classes,
i+ indica soma na linha e +i indica soma na coluna.
Coeficiente = 92,1%
Deste modo, o somatório nas linhas é o resultado total das classificações para
cada classe enquanto que o somatório nas colunas é o resultado que seria ideal, pois
é o número de pixels obtidos para cada classe com a verdade terrestre.
Através da tabela de erros acima pode-se calcular o coeficiente Kappa (), que
é o índice mais utilizado para a verificação da exatidão da classificação.
r
xii = (70 + 55 + 99 + 37 + 121) = 382
i =1
r
( xi + x +i ) = (88 73) + (58 60) + (99 103) + ( 41 50) +
i =1
E o coeficiente é:
407(382) − 36792
= = 92,1%
407 2 − 36792
5.3. ECOLOGIA
• No inventário florestal;
• Na determinação de áreas desmatadas e queimadas;
• Cálculo da produção de plantios;
• Classificação de tipos de cobertura vegetal
• Avaliação da dinâmica do carbono (sequestro e perdas de carbono).
5.5. GEOLOGIA
5.6. OCEANOGRAFIA
5.8. URBANISMO