Assert I Vida de
Assert I Vida de
Assert I Vida de
2. Fale de forma aberta, direta e honesta. Não tenha receio de dizer o que pensa,
sente e quer, apenas tenha atenção à forma com o faz, através das palavras e da
linguagem corporal, afinal o corpo fala! Ao mesmo tempo, dê espaço para que as
outras pessoas se manifestem de igual forma. A pessoa assertiva afirma-se e permite
que os outros se afirmem.
3. Diga "não" com tato, para não ferir nem sentir culpa. Evite dizer "sim" quando
gostaria de dizer "não", só para agradar a outras pessoas ou para manter um clima de
paz. Dessa forma, evita um conflito externo, mas acaba por criar um interno, e isso não
é bom para si nem para as pessoas que o/a rodeiam. É caso para dizer, respeite-se
para ser respeitado.
6. Admita os seus erros. Seja capaz de reconhecer que errou e até de pedir desculpa.
Ninguém é perfeito, a perfeição não existe, por isso se diz que "errar é humano".
Agora, grave, é fingir que nada aconteceu e que as outras pessoas não notaram nada.
Com a atitude certa, até nos momentos de crise pode manter/aumentar a sua
credibilidade.
1- Use frases que tenham “Eu”, como “Eu quero”, “Eu preciso”, “Eu sinto” fazem
parte de um estilo de comunicação assertivo quando usadas não de forma
arrogante, mas como um recurso para apresentar claramente as suas
opiniões, vontades e sentimentos. Por exemplo:
– “Eu preciso que você me ajude nisto para que possamos concluir esse trabalho ainda
hoje.”
– “Quando você chega atrasado, eu sinto que o meu tempo não está sendo
respeitado.”
– Alguém mexeu nas suas coisas e você diz com clareza “Eu não gostei de você ter
mexido nas minhas coisas”.
– Alguém pergunta para você “O que vamos comer hoje?”, em vez de ficar inseguro
pensando você expressa a sua vontade “Hoje eu quero comer pizza”.
– “Não me sinto à vontade na sua carona pois você gosta de andar em alta
velocidade.”
– Em vez de agressivamente falar “Você não está fazendo as suas tarefas direito”,
assertividade no trabalho seria dizer “A sua tarefa está incompleta pois faltam os itens
a, b e c que deveriam estar presentes”. O foco passa a ser menos na pessoa e mais nos
fatos.
- Expressão de incômodo, desagrado, desgosto – Temos direito a viver uma vida feliz e
agradável. Se algo que alguém faz limita de forma pouco razoável nossa felicidade,
temos o direito de fazer algo a respeito. Às vezes, podemos estar incomodados, em
determinadas situações, pelo comportamento de outras pessoas. Por exemplo, um
amigo chega sempre tarde quando marca encontro conosco; nosso parceiro deixa sua
roupa suja em qualquer lugar da casa; nosso vizinho está fazendo ruídos excessivos e
impendem nossa concentração no estudo, etc. Nessas situações podemos nos sentir
incomodados ou desgostosos com razão e, se assim, temos o direito de expressar
esses sentimentos de maneira socialmente adequada. Porém, temos também a
responsabilidade de não humilhar ou rebaixar a outra pessoa no processo. Temos que
nos comunicar de maneira não agressiva.
Como fazer?
1) Determinar se vale a pena criticar determinado comportamento: este pode ser
muito insignificante, não tornará a ocorrer, etc.
2) Ser breve. Uma vez expresso o que se queira dizer, não é preciso fazer rodeios.
3) Evitar fazer acusações dirigindo a crítica ao comportamento e não a pessoa.
4) Pedir uma mudança de comportamento específico.
5) Expressar os sentimentos negativos em termos de nossos próprios
sentimentos, em primeira pessoa.
6) Se possível, começar e terminar a conversação em um tom positivo.
7) Estar disposto a escutar o ponto de vista da outra pessoa. Terminar a
conversação quando esta pode acabar em atrito.
Sugestão de roteiro
1) Centrar-se nos elementos relevantes da situação como:
a. Comportamento diante do qual temos de reagir
b. Nossos sentimentos, os efeitos que o comportamento produz em nós e
os sentimentos dos outros;
c. As mudanças comportamentais que queremos efetuar;
d. As possíveis consequências positivas e negativas.
2) Escolher qual dos elementos anteriores vamos expressar verbalmente. Para se
expressar pode-se utilizar o roteiro abaixo – expressar sentimentos negativos
via estratégia DESC: Descrever, Expressar, Especificar e Consequências
a. Passo 1 – descreva o comportamento ofensivo ou incômodo da outra
pessoa em termos objetivos. Observe e examine exatamente o que a
outra pessoa disse ou fez. Use termos concretos, descrevendo
momento, lugar e frequência específicos da situação. Descreva atuação,
não o “motivo”. Alguns começos de frases típicos desse passo seriam:
“Quando você...’; “Quando eu...”;
b. Passo 2 - Expresse seus pensamentos ou sentimentos sobre o
comportamento problema de forma positiva, como se fossem dirigidos
a um objetivo a atingir. Expresse-os com calma, centrando-se no
comportamento incomodo, e não na pessoa. Alguns começos de frases
típicos desse passo seriam “Sinto-me...”; “Acho que...”
c. Passo 3 - Especifique, de forma concreta, a mudança de
comportamento que quer que a outra pessoa apresente. Peça, a cada
vez, uma ou duas mudanças que não sejam muito significativas. Leve
em conta se a outra pessoa pode satisfazer suas demandas sem sofrer
grandes perdas. Pergunte-lhe se está de acordo. Especifique (se for o
caso) que comportamento está disposto a mudar para chegar a um
acordo. Alguns começos de frases típicos desse passo seriam
“Preferiria...” “Gostaria...”
d. Passo 4 – Assinale as consequências positivas que você proporcionará
(ou que ocorrerão) se a outra pessoa mantiver o acordo para mudar.
Caso seja necessário (e somente nesse caso), assinale à outra pessoa
que consequência negativa proporcionará (ou ocorrerão) se não houver
mudança. Alguns começos de frases típicos desse passo seriam “Se você
fizer...”; “Se não fizer...”
Observação: você pode fazer combinação dos passos e não precisar fazer
todos.
3) Elaborar um roteiro socialmente adequado – exemplo
Descrever: Quando respiro a fumaça do cigarro que você fuma...
Expressar: Sinto-me mal, incomoda-me a garganta, dói-me a cabeça
Especificar: Gostaria que chegássemos a um acordo para que ambos nos sentíssemos
bem, que você pudesse fumar e eu não tragasse a fumaça. Por exemplo, quando você
tiver vontade de fumar, poderia fazê-lo em outro cômodo...
Consequência: Dessa forma, poderia trabalhar melhor e teria mais tempo livre para
compartilhar com você (consequências positivas). Do contrário, teríamos de estudar
em turnos e perderíamos muito mais tempo (consequência negativa).
Para verificar a qualidade do roteiro:
a) Descrever: é objetivo, específico, simples e concreto? Descreve o
comportamento e não as intenções, motivos ou atitudes?
b) Expressar: os sentimentos são expressos de forma tranquila e construtiva?
Dirigem-se a um comportamento específico e não à pessoa?
c) Especificar: é explícito e requer pequenas mudanças comportamentais,
observáveis e realistas? Deixa aberto o caminho para negociação?
d) Consequência: ressalta as possíveis consequências positivas, explicitas e
apropriadas ao comportamento? No caso de consequências negativas, fica
claro que se está compartilhando a informação para que a outra pessoa
conheça suas opções, e não para ameaçá-la?
- Enfrentar críticas: não importa quão boas sejam nossas relações, seremos criticados
de vem em quando. A maneira como enfrentamos as observações críticas tem um
papel importante na determinação da qualidade de nossas relações. Geralmente as
pessoas agem de forma defensiva, como:
a) pode-se tentar evitar a crítica ignorando-a, negando-se a discuti-la, mudando de
assunto ou indo embora;
b) podem negar diretamente;
c) pode tentar desculpar o comportamento, explicando com detalhes e diminuindo a
importância – nesse caso, não prestamos atenção aos sentimentos ou razões de nosso
crítico, podendo acumular-se esses sentimentos até explodir.
d) pode responder a crítica com outra crítica, isto é, devolvendo-a.
Como lidar com a crítica de forma construtiva?
1) Pedir detalhes – para sabermos exatamente quais são as objeções da outra
pessoa.
2) Estar de acordo com a crítica – podemos estar de acordo com a pessoa de duas
formas:
a. Estar de acordo com a verdade – parte do que expressam nossos
críticos é certo e o mais correto seria estar de acordo com a verdade.
Podemos até repetir as palavras do nosso crítico – Exemplo “A comida
não saiu boa.” Resposta: “é verdade, hoje a comida não saiu muito
boa.” Se vamos mudar em resposta à crítica, temos de estar de acordo
com a verdade e expressar logo o que pensamos fazer de maneira
diferente, algo que normalmente restaurará a harmonia. Mas, ainda
que não queiramos mudar, podemos melhorar a situação respondendo
de maneira socialmente adequada, depois de concordar com a verdade
e admitindo que nosso comportamento pode se rum problema para a
outra pessoa. Nosso crítico saberá que o problema foi reconhecido e é
provável que nos respeite por sermos tão diretos. Porém, a crítica virá
formulada, frequentemente, empregando palavras como sempre, nunca
para descrever nosso comportamento (sua comida nunca fica boa), ou
estarão nos rotulando, dirigindo críticas a nós como pessoas, e não ao
comportamento que os incomoda (você é um inútil, um egoísta).
Quando nos deparamos com essas críticas tão amplas, podemos estar
de acordo em parte que seja verdade e não estar de acordo com o
resto. Geralmente, poderemos citar provas do contrário para expressar,
de maneira mais eficaz, nosso desacordo. Sempre podemos expressar
nossos sentimentos, algo que não oferece uma boa base para discutir.
b. Estar de acordo com o direito do crítico a uma opinião. Fazer isso nos
ajudará a pensar em pontos de vista diferentes, enquanto ao mesmo
tempo, nos ajudará a manter nossa própria opinião. Quando estamos
totalmente em desacordo com a crítica, podemos expressá-lo. Mas
também podemos encontrar, normalmente, alguma maneira de estar
de acordo com elas quando dizemos que cremos ser a verdade.
Embora os passos que vemos constituam uma forma construtiva de abordar a crítica,
pode ser que as vezes necessitemos utilizar procedimentos defensivos ou de proteção.
Referem-se a técnicas que podem provocar um corte permanente ou temporal na
comunicação ou na própria relação. Portanto, somente devem ser utilizados depois de
ter falhado a comunicação honesta e se a outra pessoa persistir em nos fazer de
vítimas, em não nos escutar ou em não nos respeitar.
- Procedimentos de “ataque”
a) Inversão – é empregada quando o individuo pede algo e parece óbvio que o
pedido será recusado, porém a outra pessoa não disse ainda “não”, mas está dando
uma série de razões pelas quais o pedido será provavelmente recusado. A pessoa pede
simplesmente que lhe diga sim ou não. Dessa forma, é mais provável que da próxima
vez obtenha um sim, já que as pessoas parecem recordar melhor suas respostas
negativas diretas que as indiretas e, em suas tentativas de serem justas com os
demais, equilibrarão as respostas sim e não.
b) repetição – é usada quando a pessoa pensa que a outra pessoa não está
escutando ou entendendo o que ele está dizendo. Implica em pedir à outra pessoa que
repita o que ele estava dizendo. Isso requer tato e uso de frases “O que você acha do
que estou dizendo?”; “Você entende minha posição?”
c) asserção negativa de ataque – se tememos um pedido ou uma recusa possa
incomodar o outro, podemos empregar essa técnica para minimizar o mal-estar
potencial. Revelamos o nosso temos sobre a reação da outra pessoa antes do pedido
ou da recusa. Por exemplo, em uma situação de recusa, na qual não queremos
emprestar o carro a um amigo, podemos dizer “não quero que pense que não gosto de
você e que não sou seu amigo, porém não empresto o carro a ninguém e espero que
você compreenda.”