Manual Situações de Emergência e Primeiros Socorros TVDE
Manual Situações de Emergência e Primeiros Socorros TVDE
Manual Situações de Emergência e Primeiros Socorros TVDE
Socorros
ELABORADO POR:
i
UNIVERSITAS, CRL
Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.
ÍNDICE
1. Introdução .................................................................................................................... 1
2. Procedimentos em caso de acidente ............................................................................. 1
1. INTRODUÇÃO
A profissão de motorista, tanto no contexto do transporte de passageiros como de
mercadorias, comporta vários riscos. Como utilizador do sistema de rodoviário, o motorista está
exposto ao risco de acidente envolvendo-o directamente e ao veículo que conduz, mas também é
frequentemente confrontado com acidentes que envolvem outros veículos e pessoas, podendo ainda
ser alvo de agressões e enfrentar outras situações de emergência. Todas estas situações justificam
a necessidade de estar consciente dos riscos que corre e de possuir conhecimentos que lhe
permitam reagir adequadamente e prestar primeiros socorros sempre que for apropriado.
Qualquer condutor que assista a um acidente no qual existam pessoas feridas ou haja
um veículo danificado, mesmo que o acidente tenha sido causado por outros, tem o
dever de parar e prestar auxílio. Acima de tudo, o condutor deve evitar o pânico e ser
o mais objectivo possível, recomendando-se as seguintes regras gerais:
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• Chamar imediatamente as autoridades e uma ambulância quando for necessário
ou repartir estas duas tarefas com outra pessoa de modo a reduzir o tempo de
espera.
• Na cena do acidente deverá:
- Colocar sinalização adequada e proteger-se de modo a evitar outros
acidentes;
- Procurar pessoas que tenham visto a ocorrência e que possam prestar
o seu testemunho às autoridades;
- Desligar a ignição dos veículos acidentados de forma a evitar incêndios;
- Evitar acções, por parte de pessoas que estejam a observar a ocorrência, que
possam causar mais ferimentos ou danos, como por exemplo,
fumar no local ou remover pessoas feridas ou veículos danificados.
• Verificar quem está ferido para ver se pode ajudar a pessoa a sentir-se mais
confortável até chegar a assistência médica e identificar quem precisa mais
urgentemente de cuidados médicos; nunca oferecer comida ou mesmo água ou
qualquer medicamento a pessoas feridas.
• Possuindo conhecimentos e experiência prática de primeiros socorros, deverá
informar os feridos dessa sua competência e prestar a ajuda que puder aos
feridos; no entanto, as pessoas feridas não devem ser movidas, pois isso pode
agravar a sua lesão.
• Evitar que pessoas com alguns ferimentos ou mesmo aparentemente ilesas
abandonem o local do acidente e pedir a quem testemunhou o acidente que se
mantenha no local até à chegada das autoridades.
• Evitar que outros veículos, mesmo que apenas estejam marginalmente
envolvidos no acidente, não desapareçam da cena do acidente; convém não
esquecer que, por vezes, as pessoas não querem estar envolvidas em processos
ou não querem que se saiba que estavam naquele lugar àquela hora.
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No sector profissional, o motorista envolvido directamente num acidente tem que
reportar a ocorrência à entidade patronal, devendo, para o efeito referir os seguintes
e dados:
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1.4. Princípios da declaração amigável
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7. Veiculo
Indique dados do veículo (marca/modelo, nº de matrícula e país de matrícula), bem
como do reboque se existir.
8. Companhia de Seguros
É indispensável a indicação das seguradoras, número de apólice Carta Verde e
respectiva validade, bem como dos dados e contactos da agência, representante ou
corretor. Indique também se os danos materiais estão cobertos pela apólice.
9. Condutor
É necessário, para além do nome e morada, número da carta de condução para se
verificar a habilitação à condução do tipo de veículo. Indicar um telefone ou e-mail
para contacto durante o dia, em caso de necessidade.
10. Ponto de embate inicial
É fundamental a indicação do ponto de embate inicial, pois os danos apresentados
após a imobilização do veículo podem não ser conclusivos para apuramento da
responsabilidade.
11. Danos Visíveis
Assinalar os danos atribuíveis ao sinistro, já que os veículos poderão ter outros
danos não provocados pelo acidente que motivou esta D.A.A.A.
12. Circunstâncias
Devem ser assinalados todos os quadros aplicáveis à descrição do acidente (1 a
17).
13. Esquema do Acidente
A desenhar de forma a que, complementado pelas circunstâncias, permita
concluir como aconteceu o acidente e definir responsabilidades. Deverão
constar alguns elementos essenciais tais como:
-Veículos intervenientes e danificados
-Outros objectos danificados
-Sentido da marcha dos veículos
- Largura dos veículos
- Largura da via
- Traços contínuos ou tracejados
- Sinalização existente
- Metros de travagem
- Local exacto onde se deu o acidente
- Local onde o(s) veículo(s) ficou(ficaram) imobilizado(s)
14. Observações
Qualquer indicação que considerar pertinente.
15. Assinatura dos condutores
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Devem ser as que constam do seu B.I. e deverão corresponder igualmente à que
consta das propostas de seguro/alteração, se for o Tomador ou Segurado.
O verso da declaração amigável consiste na participação de sinistro e deve ser
preenchido da forma mais completa e precisa possível, dando especial atenção à
descrição pormenorizada do acidente e a feridos. É indispensável a assinatura do
Tomador, que é a pessoa autorizada a assinar pela empresa operadora do transporte
(mercadorias ou passageiros), sendo ainda necessária a aposição do respetivo
carimbo.
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2. SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
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• O custo total dos 476 ataques acima referidos foi de aproximadamente 12
milhões de Euros, incluindo o roubo de veículos, a carga e os bens pessoais do
motorista.
No transporte de passageiros, as situações de emergência podem resultar de agressão
ou conflito com o motorista ou de agressão ou roubo cometido contra passageiros ou ainda
de conflito entre estes. Apesar do seu relativo isolamento e de nunca ou raramente receber
dinheiro de títulos de transporte, o motorista também está vulnerável a ataques, roubos e
agressões físicas, particularmente em horários nocturnos, quando há menos movimento de
passageiros e em locais mais isolados e com fraca vigilância das autoridades. Os
passageiros são mais frequentemente assaltados em condições de maior confusão e,
portanto, quando há muito movimento de passageiros e, consequentemente, mais contacto
físico entre eles. Em condições de atrasos do serviço de transporte e acumulação de
passageiros, geram-se conflitos que atingem frequentemente o motorista, sob forma de
agressões verbais.
A frequência crescente de situações de violência no contexto do transporte rodoviário tem
levado as autoridades e os operadores de transportes a implementar novas medidas de
segurança que cobrem diferentes tipos de situações de emergência: acidente, incêndio,
inundação, agressão, crime violento, actos de vandalismo e até terrorismo. Estas
medidas têm vindo a evoluir à medida que se vai aprendendo com as mais recentes
ocorrências e se vão enfrentando novas ameaças. Neste contexto, os operadores de
transportes têm que desenvolver e implementar medidas preventivas, desenvolver
capacidades de resposta às situações que forem sendo criadas, o que implica formação dos
diferentes actores, neste caso, os motoristas, conferindo-lhes meios e capacidades de
resposta.
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da vulnerabilidade, o que passa pela identificação dos factores que as determinam, ou
seja:
• Quais os factores que podem convidar a uma potencial hostilidade?
- A existência de infra-estruturas e meios de comunicação que podem ser
alvo de violência, agressão ou roubo (estações, paragens, abrigos, parques de
estacionamento, sistemas de comunicação, sistemas de vigilância e controlo,
etc., podendo ser alvo de destruição);
- O transporte de mercadorias com valor comercial;
- Problemas sociais conducentes a descontentamento e aumento da violência.
• Quais são as vulnerabilidades ou fraquezas do sistema que poderão facilitar o
sucesso de qualquer acto de violência?
- A localização, sabendo que há zonas que, pelas suas características
geográficas e urbanísticas (isolamento, falta de iluminação, mau estado da
via, etc.) conferem um elevado risco ao trajecto definido;
- O impacto social de qualquer acto de violência sobre determinado sistema e
a respectiva dificuldade em recuperar ou mitigar os seus efeitos;
- A elevada exposição do motorista quando viaja sozinho (mercadorias) ou
sem o devido isolamento do seu habitáculo (passageiros).
Os motoristas deverão conhecer a política de segurança da empresa de forma a
adotar comportamentos preventivos em consonância com essa política.
A instalação de elementos de protecção, tais como o isolamento do habitáculo nos autocarros,
cria um posto de trabalho suficientemente isolado para impedir qualquer contacto físico com o
motorista. Em qualquer dos contextos (mercadorias ou passageiros), recomenda-se a
instalação de meios tecnológicos, tais como: (1) câmaras de vídeo, cujo conhecimento da
sua existência em pleno funcionamento tem um efeito dissuasor sobre potenciais agressores;
(2) dispositivos de comunicação e alarme ligados ao operador de transporte e à polícia local,
que permitirão a ajuda necessária em qualquer situação de emergência. A completar os meios
tecnológicos de protecção, os motoristas deverão ser submetidos a uma formação específica
em gestão de conflitos, que, proporcionando-lhes a necessária calma, permitirá
neutralizar alguns comportamentos de agressão e optimizar a utilização dos meios
tecnológicos colocados à sua disposição para tais situações
No contexto do transporte de mercadorias, que prevê longos trajectos para o transporte
interurbano e internacional, os motoristas estão fortemente expostos a actos de agressão e
vandalismo pelo facto de transportarem cargas mais ou menos valiosas, viajarem
predominantemente sozinhos e circularem dia e noite por estrada. No entanto, são eles as
pessoas indicadas para combater no local a possibilidade de roubo adoptando comportamentos
seguros:
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• Verificar se a carga que transportam corresponde à guia de transporte;
• Verificar os endereços para distribuição da mercadoria;
• Não devem permitir a entrada de pessoas não autorizadas na área de carga; Devem
• deixar os veículos fechados e levar as chaves consigo, nunca deixando, mesmo
escondidos, os meios que permitam a entrada no veículo e o seu roubo;
• Nunca devem falar sobre a carga que transportam e a rota que seguem;
•
Nunca devem dar boleias que não estejam autorizadas;
•
Nunca devem parar em locais não previstos, particularmente em zonas escuras e
remotas;
•
Devem estacionar o veículo de forma a vê-lo a partir do restaurante ou café
quando param para comer;
•
Quanto param para pernoitar, devem estacionar o veículo com a porta de acesso à
carga bloqueada por uma parede, muro ou qualquer objecto fixo que não permita o
acesso à carga;
A primeira condição para uma acção eficaz em situação de emergência é saber gerir
a incerteza que caracteriza a actividade do motorista, desde a condução do veículo,
passando pelo tipo de transporte que efectua (passageiros ou mercadoria e respectiva
natureza) até às situações que se lhe vão deparando ao longo do seu percurso. A gestão
adequada da incerteza integra competências para antecipação de potenciais situações de
conflito e identificação de potenciais agressores. Reconhece-se, no entanto, que estas
competências se desenvolvem apenas com a prática, pelo que a baixa frequência destas
situações não permite ao motorista o necessário desenvolvimento de competências
específicas a aplicar na gestão de conflitos. De qualquer modo, revela-se importante a
formação neste domínio, a par do estímulo permanente ao desenvolvimento das
capacidades de decisão e controlo das emoções, fazendo valer serenamente a sua autoridade.
Na gestão da incerteza, o local onde a agressão é cometida faz toda a diferença. Tal como
uma pessoa que caminha por uma zona de risco exibindo objectos atraentes para
potenciais agressores (jóias, máquina fotográfica ou outros artigos de valor), a exposição
prolongada e insuficiente vigilância são atractivos quase infalíveis. Nestas zonas, devem ser
limitadas as paragens, sobretudo a horas de menor movimento, devendo, paralelamente, ser
reforçada a vigilância.
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2.1.3. Como recuperar
O motorista pode ser confrontado com uma situação de incêndio ou fumo no próprio
veículo, pelo que deverá estar preparado para agir com segurança e eficácia. Assim, a primeira
coisa a fazer é ligar os 4 indicadores de mudança de direcção, após o que deverá encostar à
berma, parar o veículo, desligar o motor, deixando a chave na ignição e abandonar
rapidamente o veículo. Deverá, então, fazer uma rápida avaliação da situação para depois
chamar o socorro apropriado (bombeiros), informando da gravidade da situação. Se houver um
telefone de emergência próximo do local, a chamada telefónica deverá ser feita a partir desse
telefone uma vez que permite imediatamente a localização da ocorrência. No caso de se tratar
de um incêndio de fracas proporções, sem risco imediato de explosão, o motorista poderá
combater desde logo o fogo com os meios disponíveis a bordo (extintor). Para optimizar a sua
acção, o motorista deverá saber exactamente onde se encontra o extintor, como o deve retirar
do seu ponto de fixação no veículo e conhecer o seu modo de funcionamento. Há diferentes
tipos de extintores, geralmente codificados por cores, que são específicos para combater
determinados tipos de fogo, pelo que é preciso conhecer cada tipo de extintor e saber para que
situações é adequado. Assim, para combater um incêndio em veículos, o extintor de pó seco é
considerado o mais apropriado (Lowe, 2008). Mesmo em situações em que não se conheça
determinado tipo de extintor disponível, é fundamental ler previamente as instruções que
nele estão afixadas, pois o tempo que se gasta a fazê-lo reflectir-se-á na maior eficácia da
acção, evitando, por exemplo, utilizar um extintor de água num incêndio na parte eléctrica
do veículo.
Em situações nas quais o motorista se depare com um incêndio noutro veículo, deverá
igualmente ligar os 4 indicadores de mudança de direcção, encostar à berma, parar
suficientemente afastado do veículo incendiado, desligar o motor e preparar-se para prestar a
necessária ajuda até à chegada dos bombeiros seguindo os procedimentos atrás referidos.
Se se tratar de incêndio no motor de um veículo
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ligeiro, deve haver todo o cuidado em não abrir totalmente a tampa do
compartimento do motor, pois a entrada brusca de ar irá alimentar o fogo,
inflamando-o violentamente. Assim, deve-se procurar abrir ligeiramente a tampa do
compartimento do motor e accionar o extintor através dessa pequena abertura.
Se, em qualquer das situações, o veículo estiver incendiado e o fogo tiver proporções que
estejam fora da capacidade de combate do motorista com os meios de que dispõe,
então deverá aguardar a chegada dos bombeiros, ficando afastado do veículo tendo
previamente posto a salvo todos os seus ocupantes. O motorista deve ainda impedir, até à
chegada dos bombeiros, que haja outros veículos a estacionar nas proximidades, a fim de
evitar uma exposição desnecessária dos respectivos ocupantes aos riscos inerentes à
situação e assegurar que não dificultem o livre acesso aos veículos de emergência.
À chegada das equipas de socorro, o motorista deverá informar os seus elementos das
acções que empreendeu, passar-lhes a liderança de todo o processo e cooperar com eles
seguindo as suas instruções.
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PARTE II: PRIMEIROS SOCORROS
1. INTRODUÇÃO
Este Manual de Primeiros S o c o r r o s t e m como objectivo f o r n e c e r a l g u m a s
informações de como iniciar a prestação dos primeiros cuidados em caso de acidente ou
doença súbita de forma a evitar que se agrave, transmitindo a informação adequada
ao pessoal especializado e assim contribuir para a rápida recuperação da vítima.
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Box 2 - Recomendações de Actuação Perante um Acidente
• M ANTER a calma;
• GARANTIR a segurança;
• PEDIR socorro;
• CONTROLAR a situação;
Forma de Transmitir o
No pedido de auxílio deve referenciar o seguinte
ALERTA
Local do Acidente Referir o nome da rua e a localidade; e outros pontos de referência
Vitimas Encarceradas ou
Indicar se existem vítimas encarceradas nas viaturas ou soterradas
Soterradas
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Como Sinalizar? E garantir a segurança de todos?
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Novas Colisões: Sinalizar de forma adequada o local onde o acidente ocorreu.
Atropelamentos: Isolar o local do acidente, garantindo a segurança das vítimas e dos
indivíduos que estejam a colaborar no local.
Incêndio: Prevenir o risco de incêndio, tendo em atenção que este risco é potenciado pelo
derramamento de combustível na via. Não fumar no local.
Explosão: No caso de haver um camião de transporte de combustível, gás ou outro tipo de
matérias inflamáveis envolvido deve ser interrompido o fluxo de veículos.
Electrocussão: Existe um risco potencial de electrocussão quando em consequência de um
acidente é afectado um poste eléctrico. Quando houver contacto com cabos eléctricos, os
ocupantes devem ficar protegidos dentro do veículo desde que os pneus estejam intactos.
Derramamento de óleo: Colocar terra ou areia por cima do derramamento. Prevenção da
transmissão de doenças Infecto-contagiosas: Deve ser evitado o contacto com sangue
devendo utilizar luvas e que devem estar disponíveis na caixa de primeiros socorros do
veículo. No caso de efectuar manobras de respiração artificial é recomendado
preferencialmente a utilização da Máscara de Bolso (pocket mask) e só em último recurso a
respiração boca a boca.
Figura 3 -
Luvas
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6. EXTINTORES
O tipo de extintor a ser utilizado em veículos deve ser adequado para fogos das
classes A, B e C e ter capacidade não inferior a 4 kg.
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Quadro 2 - Forma Correcta de Utilizar o Extintor
● Observação da Pele:
Coloração (normal, congestionada, pálida ou cianosada);
Temperatura (normal, quente ou fria);
Grau de humidade da Pele (normal, seca ou suada);
Existem atitudes que não devemos ter perante uma vítima de acidente pois podem
comprometer a sua vida e que são:
1-Não mobilizar a vítima: Só deverá ser realizada se houver risco iminente de
explosão, incêndio ou outra situação que faça perigar a vida.
2-Não retirar o capacete de um motociclista: O capacete só deve ser removido em
caso de paragem cardio-respiratória para início de manobras de reanimação.
3-Não efectuar garrotes para parar as hemorragias: Só deve ser realizado em
situações bem definidas e por profissionais de saúde.
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4-Não dar líquidos ou alimentos: Uma vez que a situação clínica poderá implicar
procedimentos cirúrgicos à chegada ao hospital.
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Figura 6 - Desobstrução da Via
Aérea
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8.3. Suporte Básico de Vida
São as manobras que podem ser efectuadas por um socorrista de forma a manter a
vítima a respirar e com actividade circulatória, a vítima deve estar na posição de
decúbito dorsal. O quadro seguinte refere-se à Avaliação Primária de situações
potencialmente graves.
Quadro 4 - Avaliação Primária A/B/C/D/E
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Pedir ajuda, se necessário gritar;
• O Pulso está presente, vamos iniciar a ventilação artificial. Figura 11 - Avaliação da Vítima
Posição do socorrista:
• De joelhos, perto do tronco da vítima; Efectuar a manobra de extensão da cabeça;
• Apertar o nariz, entre o polegar e o indicador de modo a ficar bem vedado e não haver
passagem de ar;
• Insuflar lentamente 2 vezes consecutivas e observar a expansão do tórax;
• Repetir esta sequência até 10 a 12 insuflações, esta manobra demora cerca de 1
minuto; Reavaliar novamente o grau de consciência;;
• Se já existem movimentos respiratórios e se continua a existir pulso:
a) No caso de existir pulso, manter a ventilação e após cada 10 insuflações,
reavaliar.
b) A Vítima não Ventila e não tem Sinais de Circulação (sem Pulso)
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Como efectuar a Ressuscitação Cárdio-Pulmonar
• Abrir a via aérea; Extensão da cabeça, levantar o queixo;
• Efectuar 2 insuflações: cada uma deve demorar cerca de 1
segundo;
• Iniciar Compressão Cardíaca Externa;
Localizar bordo inferior da grelha costal, utilizando
dedos indicador e médio;
Figura 12 - Início da
• Mantendo os dedos unidos localizar o ponto onde Ressuscitação Cardio-
costelas se unem, que é o Apêndice Xifóide; Pulmonar
• Com o dedo médio no Apêndice Xifóide colocar o
indicador acima;
· Colocar a base da outra mão logo acima do indicador, apoiada na porção média da
metade inferior do esterno;
· Colocar a base da 1ª mão sobre a outra e entrelace os dedos das duas mãos
assegurando-se que a pressão exercida não incide sobre as costelas;
· Debruce-se sobre a vítima, braços estendidos e perpendiculares ao seu corpo,
exercer pressão sobre o esterno, provocando uma depressão de 4-5 cm;
· Aliviar a pressão, descomprimindo, não retirar a base da mão entre as
compressões;
· As manobras de Suporte Básico de Vida só devem ser interrompidas, se após a
reavaliação da vítima houver presença de circulação novamente.
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8.4. Estado de Choque
O Choque é uma situação que ocorre por colapso do sistema cardiovascular, tendo
como consequência uma falência circulatória periférica generalizada.
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8.5. Hemorragias
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NO CASO DA VITIMA SE ENCONTRAR CONSCIENTE:
Pressão directa sobre a ferida: Consiste em aplicar sobre a ferida compressas esterilizadas ou um penso que poderá ser
improvisado mas deve ser limpo, comprimindo a zona com a mão.
Se o penso ensopar de sangue não deve ser retirado, coloca-se outro por cima e faz-se compressão manual forte.
Nunca retirar o primeiro penso, se tiver oportunidade pode aplicar uma ligadura não demasiado apertada e vigiar o
local bem como as extremidades se for num dos membros superiores ou inferiores (braços ou pernas).
Atenção: A Compressão Manual Directa não deverá ser efectuada se no local existir foco de fractura ou corpo
estranho encravado. Nas situações em que a hemorragia persiste ou em que é provocada pela lesão de uma artéria
temos de realizar a Compressão Manual Indirecta.
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8.7. Compressão Manual Indirecta
9. LESÕES OSTEOARTICULARES
O esqueleto humano tem como papel principal o de suporte e da locomoção, sendo
dividido em 3 regiões anatómicas: Cabeça, Tronco e Membros.
SINAIS E SINTOMAS
· Edema ou inchaço
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Primeiro Socorro
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• 1º Grau: A Pele apresenta-se vermelha, quente, seca, dolorosa e
acompanhada de ardor. A lesão apresenta-se à superfície da pele
sendo a epiderme atingida e o agente mais comum é o sol.
1º Grau e 2 º Grau
•Baixar a temperatura e arrefecer com água ou soro fisiológico, aliviando assim a
sensação de ardor local, no 2º grau proteger as flictenas (bolhas) com compressas
ou panos limpos sem pêlos, tendo o cuidado para não as rebentar;
3º Grau
· Arrefecer com água, a vítima não sente dor uma vez que os nervos sensitivos
poderão ter sido atingidos. Providenciar de imediato o transporte ao hospital.
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Box 5 - Recomendações Gerais nas Queimaduras
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Quadro 7 - Constituição da Caixa/Mala de Primeiros Socorros
Solução Dérmica
Compressas Esterilizadas
Pensos Rápidos
Luvas Descartáveis
Termómetro
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REFERÊNCIAS
International Road Transport Union (2008)–Attacks on Driver of International
Heavy Goods Vehicles: Survey results. Geneva.
Legislação Consultada:
Decreto-Lei n.º 209/98, de 15 de Julho, alterado pela Lei n.º 21/99, de 21 de Abril, e
pelos Decretos-Leis n.ºs 315/99, de 11 de Agosto, e 570/99, de 24 de
Dezembro, e revogado relativamente aos arts. 5º e 6º pelo Decreto-Lei
n.º313/2009, de 27 de Outubro. – Regulamento da habilitação legal para
conduzir.
Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, revisto e republicado pelos Decretos-Leis
n.ºs 2/98, de 3 de Janeiro, e 265-A/2001, de 28 de Setembro, alterado pelo Lei n.º
20/2002, de 21 de Agosto, revisto e republicado pelo Decreto-Lei n.º 44/2005,
de 23 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 113/2009, de 18 de Maio,
alterado pela Lei n.º 78/2009, de 13 de Agosto. – Código da Estrada.
Despacho N o r m a t i v o n º 46/2005 – Funcionamento d o número
europeu de emergência 112
.
Despacho nº 15680/02 (2.ª série) de 10 de Julho de 2002 – Extintores
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