DISSERTACAO Ziane Maria Florencio de Santana
DISSERTACAO Ziane Maria Florencio de Santana
DISSERTACAO Ziane Maria Florencio de Santana
Recife
2017
Ziane Maria Florêncio De Santana
Recife
2017
DEDICATÓRIA
.
AGRADECIMENTO
The purpose of this research was to analyze proposals for the reading of images in
pre-reading activities of Portuguese-language textbooks for the 9th year, in order to
answer the following question: What contributions to reading the image that
precedes different texts in the pre - reading, can you give the reading
comprehension of the students of the 9th year of elementary school? The
corpus consists of two textbooks of collections approved by PNLD 2014, namely To
live together: Portuguese, 9th grade: ensino básico, and Jornada.port - Portuguese
Language, 9th grade, adopted in the year of the beginning of the research, In schools
of the state of Pernambuco. We proceeded to the analysis of the corpus of this
research according to the GDV (Visual Design Grammar), focusing on aspects that
relate to the textual / compositional metafunction (KESSESS van LEEUWEN, 2006).
We argue that in today's world, it is necessary for the school to prepare its students
not only to read the information that is transmitted linguistically, but also to those that
express themselves through other languages. In a globalized world where multiple
languages – some of which have a high degree of insertion of images – coexist in the
discursive genres, the school must overcome the limits of the linguistic code and
bring to the classroom an effective work with textual multimodality, as well as find
ways to captivate the reader, bringing it closer to the various readings, since the
textual genres that circulate in our literate society - and not unlike those recorded in
textbooks - are increasingly impregnated by characteristics of imagery media and
Digital technologies that contemplate intersemiotic texts. Thus, to base our research
on the subject of reading, we consult works by Kleiman (2002), Koch (2014) and Solé
(1998), among others. On the reading of images and multimodal texts, we consult
works de Kress; Van Leeuwen (2006), Dionísio (2005), Marcuschi (2008), Rojo
(2012, 2015, 2016) Santaella (2012,2014) and on textbooks, we support ourselves in
Soares (2003), Saviani (1996), Barzotto; Aragute (2008), Lajolo (1996), Bezerra
(2002) and others. The results of the analysis indicate that the pre-reading activities
of the respective books give some contribution to motivate students to read the texts
of the reading section, but they contribute little to the teaching of reading images. As
a proposal to confront the identified problem, we elaborated a book on fundamentals
and teaching of reading of images, which images, which could be a resource in
processes of continuous training, of teachers of public education networks to
contribute to the teachers have. More autonomy in textbooks adopted in schools.
Keywords: Reading, Multimodality, Pre-Reading, Semiotic Resources.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 6- Quadro sinóptico das atividades de pré-leitura cap.2- livro B............... 222
4 LIVRO-DIDÁTICO ......................................................................................... 88
6.2.6 Análise dos demais capítulos/ unidades dos LDP A e B ....................................... 223
1 INTRODUÇÃO
Quanto à análise do corpus desta pesquisa, esta foi realizada à luz dos
pressupostos da GDV, no que concerne a metafunção e seus significados.
Para o nosso estudo elegemos a metafunção Textual/Composicional por que
percebemos que nela se estabelece relação entre os elementos da imagem –
valor da informação, saliência e estrutura (framing) – e como estes
elementos dialogam no texto das atividades de pré-leitura e como dialogam
também com os textos que se seguem na seção de leitura.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3
Essa nomenclatura será utilizada nesse trabalho para fazer referência a textos cuja
constituição reúne diferentes recursos semióticos.
26
com a leitura seja mais significativo e renda melhores resultados. Além disso, é
preciso, também, dar melhores condições aos sistemas de ensino, em especial
ao ensino público, para que possam, dentre outras possibilidades, proporcionar
aos professores formações continuada, em suas respectivas áreas, que
ofereçam aos docentes oportunidades de ampliar e aprofundar seus
conhecimentos sobre o ensino de leitura, além de fazê-los refletir sobre a
própria prática pedagógica no que concerne ao ensino deste eixo de língua
materna, além dos demais.
Além de melhorar a qualidade da leitura de textos verbais, o que é
inegavelmente relevante, defendemos que também se invista na melhoria do
ensino de leitura de textos imagéticos. Essa é uma exigência da sociedade
atual, que se comunica cada vez mais por meio de imagens. Na vivência como
professora de escolas públicas do Recife, sabemos que, para muitos colegas, a
leitura ainda é considerada uma ação individual, subjetiva e não interativa.
Entretanto, sabemos que isso não procede, já que ler é um processo dinâmico
e uma das maneiras mais eficientes de se construir conhecimentos, ativar o
raciocínio e ampliar a capacidade interpretativa. Se essa informação não
chegou até os professores em sua formação inicial, urge fazê-la chegar aos
docentes. Para tanto, é preciso mesmo investir mais na formação continuada.
A leitura amplia a nossa cognição, o que nos dá base para compreender
e questionar, quando for o caso, aspectos de muitas temáticas que estão
presentes no nosso cotidiano. Manguel (1997, p. 20) afirma que “todos lemos a
nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos.
Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não podemos
deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função essencial”.
Segundo Freire (2011, p.19-20), a “leitura do mundo precede a leitura da
palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade
da leitura daquele”. Percebemos, nas palavras do autor, que o indivíduo, antes
da leitura da palavra, já faz “a leitura do mundo”, mas esta somente se
completa quando o cidadão de uma sociedade letrada tem o domínio da
palavra escrita, visto que dominá-la é importante nas sociedades grafocêntricas
para a garantia de seus direitos.
São muitos os fatores que contribuem para que isso aconteça. Porém,
uma exploração elaborada de uma obra literária é essencial para que o saber
epistemológico e o horizonte de expectativas dos estudantes impliquem numa
atitude positiva em relação ao texto lido. Para Bordini; Aguiar (1993, p. 83-84),
uma “obra é perene enquanto consegue continuar contribuindo para o
alargamento dos horizontes de expectativas de sucessivas épocas”.
reflexivo, já que pode esperar como desfecho da história lida – como dissemos
antes – apenas um final feliz. Bordini; Aguiar (1993, p. 84) dizem que:
Sendo assim, podemos compreender que ler inclui, dentre tantos outros
objetivos, aprender, criar, recriar, transformar, construir, criticar e,
principalmente, nos fazer refletir sobre a nossa condição como ser em
constante transformação. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1997, p.40) nos dizem:
procedimento para chegar aonde ele quer, ele tem vários possíveis, e se um
não der certo, outros serão ensaiados.” Para se tornar um bom leitor é preciso
construir deferentes tipos de conhecimentos, entre os quais os conhecimentos
de mundo. Certa vez, em um discurso, sobre “a importância do ato de ler”, na
abertura do Congresso Brasileiro de Leitura, realizado em Campinas, em
novembro de 1981, Freire (2011, p.19) disse:
que podiam ser traduzidas sem perder o significado essencial do que estava
sendo representado; logo, eram passíveis de serem lidas e compreendidas por
membros de um determinado grupo. Por esse motivo, acredita-se que o
homem pré-histórico, com os desenhos que fez, tivesse como finalidade não só
desenhar, mas também dar informações através desses desenhos que
retratam situações por ele vivida.
Segundo Santaella; Noth (1997, p.13), “as imagens têm sido meios de
expressão da cultura humana desde as pinturas pré-históricas das cavernas,
milênios antes do aparecimento do registro da palavra pela escritura.” As
pinturas rupestres apresentam, em suas formas simbólicas, avisos, fatos,
indícios, experiências vividas e hábitos primitivos da época. Além disso, o
registro por meio dessa linguagem visual, evidentemente, intencionava
expressar, através de sinais e símbolos, desejos, pensamentos e o estado de
espírito do ser humano. Conforme Dondis (2007, p. 7):
Assim, nasciam os livros, que surgiram há mais ou menos cinco mil anos
na Mesopotâmia e eram produzidos, inicialmente, com materiais variados. De
acordo com Soares (2002, p.149), “a página, propiciando o códice4, tornou
4
Códice sm 1. Volume antigo manuscrito; 2.obra de autor clássico: 3.código antigo. Amora, Antônio
Soares, 1917-1999. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa/ Antônio Soares Amora. –19ª ed.
– São Paulo: Saraiva, 2009.
44
Por esse motivo, acreditamos que a escola deve criar novas estratégias
para motivar o educando a ler além do código escrito, já que o uso intenso das
novas tecnologias digitais tem causado mudanças nos novos formatos em que
o texto se apresenta na atualidade e exigido o desenvolvimento de mais
competências de leitura.
47
3 TEXTO VISUAL
5
Char.ge s.f. cartum que contém crítica social, política etc. [ETIM: fr. charge ‘carga’, p.ext., ‘o
que exagera o caráter de alguém ou de algo para torná-lo ridículo, representação exagerada e
burlesca, caricatura’]. Dicionário Houaiss Conciso/ Instituto Antônio Houaiss, organizador;
[editor responsável Mauro de Salles Villar]. – São Paulo: Moderna, 2011.
49
Figura1- Cartum: Só dói quando eu respiro, de Caulos . Porto Alegre: L&PM, 2001.
Fonte:http://www.vestibular.uerj.br/portal_vestibular_uerj/arquivos/arquivos2011/provas_e_gab
aritos/2eq/2011_2eq_linguagens_cods_tecnologias_portugues.pdf
Fonte: Cócco, Maria Fernandes. Alp novo: análise, linguagem e pensamento /Maria Fernandes
Cócco, Marcos Antônio Hailer. – São Paulo: FTD,2000. – (coleção Alp novo)
55
6
Iconicidade S.f (ícone+i+dade) Semiótica. Propriedade que tem o signo icônico ou ícone de
representar por semelhança o mundo objetivo ou de ser a imagem de um objeto real.
Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/iconicidade/. Acesso em : 09/07/2016.
59
o aluno que usa o livro atribua sentidos às imagens, reflita e aja criticamente
diante do que é proposto. Quando um aluno interpreta uma imagem, ele
também usa diferentes estratégias de leitura, tal como faz quando lê textos
verbais, já que o aluno, neste momento, é o leitor, o intérprete e o crítico, tanto
das imagens como de situações presentes no cotidiano.
[...]
b. Gêneros textual refere os textos materializados em situações
comunicativas recorrentes. [...] gêneros textuais são [...] textos
que encontramos em nossa vida diária e que representam
padrões sociocomunicativos característicos definidos por
composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos
concretamente realizados na integração de forças históricas,
sociais, institucionais e técnicas. Em contraposição aos tipos,
os gêneros são entidades empíricas em situações
62
Pelo exposto até aqui, já podemos dizer que entendemos que imagens
não são apenas objetos de observação ou de contemplação, mas também são
objetos de leitura. Ou seja, respondendo já à pergunta que intitula esta seção,
imagem é para ver e para ler.
[...], não há por que manter uma visão purista da leitura restrita
à decifração de letras. Do mesmo modo que, o livro ilustrado e
as enciclopédias, o código escrito foi historicamente se
mesclando aos desenhos, esquemas, diagramas e fotos, o ato
de ler foi igualmente expandindo seu escopo para outros tipos
de linguagens. Nada mais natural, portanto, que o conceito de
leitura acompanhe essa expansão.
É por isso que podemos afirmar que, fora e além do livro, há
uma multiplicidade de tipos de leitores, multiplicidade, aliás,
que vem aumentando historicamente. Há o leitor da imagem no
desenho, na pintura, na gravura e na fotografia. Há o leitor de
jornais e revistas. Há o leitor de gráficos, mapas, sistemas de
notações. Há o leitor da cidade, da miríade dos signos,
símbolos e sinais em que se converteu a cidade moderna, uma
verdadeira floresta de signos. Há o leitor-espectador da
imagem em movimento, no cinema, televisão e vídeo. A essa
multiplicidade, mais recentemente veio se somar o leitor das
imagens evanescentes do grafismo computadorizado e o leitor
68
Com base no que diz a autora, frente à pluralidade dos tipos de leitores,
urge a necessidade de se capacitarem as pessoas para que tenham olhares
menos ingênuos e, portanto, mais críticos no que concerne à leitura de
imagem. Logo, “diante disso, nada poderia ser mais plausível, e mesmo
necessário, que a imagem adquira na escola a importância cognitiva que
merece nos processos de ensino aprendizagem.” (SANTAELLA, 2012, p.14).
Para dar essa importância à imagem nos processos de ensino, os
professores e os autores de livros didáticos precisam ter mais informações
teóricas sobre a imagem, o que inclui saber como ela tem sido vista por
diferentes áreas do conhecimento ao longo do tempo. Sendo assim,
apresentaremos a imagem sob algumas perspectivas.
69
8
Grammar goes beyond formal rules of correctness. It is a means of representing patterns of
experience... It enables human beings to build amental pictures of reality, to make sense of their
experience of what goes on around them and inside them. (HALLIDAY,1985, p.101 apud
KRESS; LEEUWEN, 2006, P. 2)
77
9
Título original: Reading Images: The Grammar of Visual Design
10
We might now ask , ‘What is our” visual grammar” a grammar of?’ First of all we wold say that
it describe a social resource of a particular group, its explicit and implicit knowledge about this
resource, and its uses in the practices of that group. Then, second, we would say that it is a
quite general grammar, because we need a term that can encompass oil painting as well as
magazine layout, the comic strip as well as the scientific diagram. .(KRESS; LEEUWEN,
2006,P. 3)
78
11
Empowerment: (trad.) empoderamento s.m. ato, processo ou efeito de dar poder a
alguém ou a um grupo, ou de alguém ou um grupo tomá-lo [ETM:ING.; Empowerment
‘dar poder a alguém’]. HOUAISS, Dicionário Conciso/ Instituto Antônio Houaiss,
organizador; [editor responsável Mauro de Salles Villar]. – São Paulo: Moderna, 2011, p.340.
82
Logo, uma possível mudança nas aulas de língua materna, no que diz
respeito ao ensino de gêneros mais multimodais, pode começar na escolha dos
LDP. Devemos, pois, atentar para aquele que contemple gêneros textuais que
interessem e que motivem os estudantes a lerem e compreenderem textos
multimodais.
Por outro lado, os LDP – um dos artefatos educativos mais presentes
nas práticas de ensino – não devem retirar do professor a autonomia frente a
um ensino de compreensão leitora mais significativo. Entretanto, cabe ao
educador a tarefa de criticamente avaliá-lo, afim de superar as limitações que
esse material pedagógico possivelmente apresenta. É sobre o que trataremos
no próximo capítulo.
88
4 LIVRO-DIDÁTICO
A Cartinha de Aprender a Ler era uma das mais antigas. Foi impressa em
1539, era de autoria de João de Barros e foi escrita no idioma português.
Essas cartinhas, além de ensinar as primeiras letras, incluíam os preceitos
sociais e os mandamentos da Igreja. Mais tarde, ficaram conhecidas como
Cartilhas, que também eram materiais didáticos vindos de Portugal – metrópole
– e enviado para a colônia – Brasil. Para Maciel; Frade (2014), as cartilhas
apresentam definições diferentes nos verbetes de alguns dicionários. Vejamos:
89
Com base no excerto, vemos que o foco das cartilhas restringia-se “ao
ato de ensinar ler e/ou aprender a ler”, além de contribuir para manter os
preceitos sociais da época e os mandamentos da igreja, constituindo-se, assim,
como um instrumento de manipulação, uma vez que eram utilizadas para um
ensino de leitura – método de repetição e de memorização – que não deixava
espaço para a crítica ou reflexão. O ensino não levava em consideração os
conhecimentos de mundo em que o educando estava inserido nem a
possibilidade de transformá-lo.
Uma das obras produzidas em Portugal e que também foi usada aqui no
Brasil foi o Método Castilho para o Ensino Rápido Aprazível do Ler Impresso,
Manuscrito e material didático. Entretanto, a quantidade de cartilhas que aqui
chegava era insuficiente. No final do século XIX, eram comuns as reclamações
sobre a falta de livros e materiais didáticos nas províncias. Com essas
limitações, os professores faziam uso de outros mecanismos para que o ensino
continuasse. Deste modo, utilizavam como material didático cartas, ofícios e
documentos de cartório, além de manuscritos produzidos pelos próprios
docentes.
91
usam a escrita”; desta forma, o letramento pode ser concebido como ação
específica que vai muito além do saber ler e escrever. E essa concepção de
ensino também deve estar presente nos LDP.
No entendimento de Bunzen (2014), os LDP na atualidade, além de
apresentarem os objetivos de ensino e as atividades, “organizam-se em lições,
unidades, capítulo, em função do tempo escolar (bimestre, semestre)” e ainda,
“de uma provável progressão de escolhas curriculares. Levam em
consideração os interlocutores, os diferentes níveis de ensino e, mais
recentemente, os critérios avaliativos propostos pelo Programa Nacional do
livro Didático (PNLD)”. As propostas do PNLD são “fruto de um trabalho
coletivo[...] uma vez que “sugere a produção de textos verbo-visuais (capa,
explicações, instruções, ilustrações, infográficos), a seleção temática e de
objetos do conhecimento, em um processo dinâmico e complexo de elaboração
didática”. (BUNZEN, 2014). Ou seja, diversos agentes estão envolvidos na
construção do LD. Esses agentes são desde escritores, editores, ilustradores,
designer, críticos, revisores e outros, que visam desenvolver a competência
leitora e escrita dos educandos, através de um trabalho analítico e reflexivo
sobre os usos das linguagens.
Sendo assim, já que a nossa prática pedagógica tem sido marcada pelo
uso constante desses livros, há alguns anos, este material tem passado por
rigoroso processo avaliativo antes de chegar às salas de aula.
12
PNLD – Programa Nacional do Livro Didático é um dos programas mais antigos relacionados à
distribuição de livros didáticos para estudantes da rede pública em nosso país. Existente há mais de 80
anos, segundo informações do FNDE, este programa está voltado para a educação básica, com exceção
da educação infantil. Durante todo esse tempo, muitos foram os nomes que este programa recebeu e,
evidentemente, formas de atuação também. Surgiu em 1929, mas, somente em 1996, já com o nome
PNLD, e no formato que conhecemos hoje, teve início o processo de avaliação pedagógica dos livros
didáticos inscritos para serem publicados no primeiro Guia de Livros Didático. Os livros foram
selecionados sob rigoroso critério de avaliação proposto pelo MEC. Dentre os procedimentos para a
inclusão do LD no Guia do Livro Didático, estão as obras que não apresentem erros conceituais, não
induzem ao erro, não induzem a desatualização, não apresentam textos que induzam ao preconceito e à
discriminação de qualquer tipo. Entre os anos de 1997 a 2004, o PNLD contemplou apenas os alunos do
Ensino Fundamental – incluindo, em 2001, os deficientes visuais. Porém, somente a partir de 2005, de
maneira parcial, começa a contemplar os alunos do Ensino Médio-PNLEM e, em 2009, começa a
contemplar também a Educação de Jovens e adultos – PNLD EJA. Frente aos avanços tecnológicos, o
PNLD, em 2012, publicou um edital: [...] para o ano letivo de 2015, [...] que prevê que as editoras podem
apresentar obras multimídia, reunindo livro impresso e livro digital. (grifos da autora). ( FNDE,2016
http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didatico-historico). Acesso em: 22/07/2016
101
A sociedade atual exige uma educação inclusiva que não fique restrita,
apenas, à transmissão de saberes. Desse modo, cabe à escola fornecer aos
seus educandos ferramentas pedagógicas que os auxiliem “a ler o mundo” de
forma autônoma, para que possam compreender, selecionar e sistematizar
outros saberes que estão presentes no mundo letrado e que, evidentemente,
farão parte de sua formação. Sendo assim, os Parâmetros Curriculares de
Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental e Médio – PCE nos afirmam
que “Saber ler é condição fundamental para o exercício da cidadania e para a
construção de um posicionamento mais autônomo no mundo.” (PCE, 2012,
p.63).
[...]
C) além de atividade sociocognitiva, a leitura é também
empreendimento interativo mediado pelo texto, que implica
diálogo e negociação entre os interlocutores.
Pesquisas sobre a natureza sociocognitiva e interacional da
linguagem e da leitura, a partir da investigação dos
procedimentos ativos por leitores proficientes, indicam bons
caminhos para o ensino-aprendizado da leitura na escola.
Práticas de formação de leitores devem propor o exercício
cotidiano daquilo que faz um leitor proficiente quando lê: o
exercício de investigar o contexto de produção do texto, sua “
agenda comunicativa” ( quem escreve?, em que suporte?, com
que objetivo, etc.); o de selecionar pistas interpretativas
relevantes ( imagens, formatação do texto, título e subtítulos,
recorrências lexicais etc.); o de levantar hipóteses de leitura e
103
A) Abordagem teórico-metodológica
O ensino da leitura
a. O que se propõe para o ensino da leitura?
(Apresente a organização do eixo. Avalie cada volume quanto
aos itens: consistência e suficiência metodológica; diversidade
e clareza das propostas de leitura; articulação e equilíbrio em
relação aos outros eixos; coerência com a proposta
pedagógica da obra; progressão e sistematização das
estratégias e dos procedimentos implicados na atividade de
leitura.) (PNLD, 2014, p. 40-43)
106
Fonte: PNLD 2014: língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais- Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2013.p.40-41.
Fonte: PNLD 2014: língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais– Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2013.p.42-43
Figura 5: Guia de livros didáticos.
Fonte: PNLD 2014: língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais– Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2013.p.42-43
Por isso, podemos afirmar que os avanços que vêm ocorrendo no LDP –
principalmente, no que se concerne a textos multimodais – tenham como base
as orientações legais sugeridas pelo PNLD.
108
5 METODOLOGIA
5.1 Fundamento e procedimentos metodológicos
Assim sendo, nossa análise foi realizada com LD, que são considerados
documentos de fontes secundárias, como destaca Marconi; Lakatos (2010,
p.159): “os dados são considerados secundários quando obtidos de livros,
revistas, jornais, publicações avulsas e teses, cuja autoria é conhecida.”
6. ANÁLISE DO CORPUS
Figura 6: Capa do LDP Para Viver Juntos: português, 9º ano: ensino fundamental.
Fonte: Greta Marchetti, Heidi Strecker, Mirella L. Cleto. – 3.ed. –São Paulo:
Edições SM, 2012.
Assim, o LDP aqui referido, como já foi dito, tem nove capítulos, conforme
Figura 7- Sumário do LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental.
Língua viva, em que o educando pode fazer uma reflexão sobre os conceitos
estudados.
13
Programa Nacional Biblioteca da Escola
121
As autoras deste LDP têm como base, no manual do professor, o que diz
Délia Lerner (2002) em sua obra Ler e escrever na escola, na qual destaca
que há dois tipos de comportamentos leitores: os de dimensão social e os de
dimensão psicológica. Os primeiros, segundo Lerner, referem-se à capacidade
de “comentar ou recomentar o que se leu, compartilhar a leitura, confrontar
com outros leitores as interpretações geradas por um livro ou uma notícia,
discutir sobre as intenções implícitas nas manchetes de certo jornal...” (p.7). Já
os segundos implicam na capacidade de “antecipar o que se segue no texto [...]
verificar o que se compreendeu [...] saltar o que não se entendeu [...] avançar
para compreender melhor, identificar-se com o autor ou distanciam-se dele
assumindo uma postura crítica [...] (p.7). É nesta concepção de leitura que este
LDP se fundamenta.
PRÉ-
Ação que possibilita “levantar hipóteses, verificar conhecimentos
LDP A LEITURA
prévios, antecipar características sobre o gênero a ser estudado no
capítulo e instrumentalizar os alunos para a leitura de imagem [...]”
(p.45).
LEITURA
“Ler envolve diversos procedimentos e capacidades (perceptuais,
DE
IMAGEM práxicas, cognitivas [...]), todas elas dependem da situação e da
finalidade de leitura, [...] diferentes tipos de letramento diferentes
práticas de leitura em diferentes situações, vão exigir diferentes
combinações de capacidades[...]” (MANUAL DO PROFESSOR,
p.15)
Figura 8 – Vik Muniz, Quebra-cabeça górdio: a torre de babel, sobre Pieter Bruegel,2007,
cópia cromogênica digital,101,60cm x 135,90cm.
Fonte: MARCHETTI, Greta. Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
MARCHETTI, STRECKER, Heidi, CLETO, Mirella L. – 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012,
p.10-
a obra do pintor Pieter Bruegel15 (século XVI), Torre de Babel16, 1563, que se
encontra exposta no Museu Kunsthistorisches, em Viena, Austrália. (MANUAL
DO PROFESSOR, p. 22). Salientamos também que o título original da obra de
Muniz é: Gordian puzzle: the tower of Babel, after Pieter Bruegel (Quebra-
cabeça górdio: a torre de Babel, sobre Pieter Bruguel). Enfatizamos isto,
porque acreditamos que, para melhor compreender esta obra do artista
brasileiro – e a relação desta com os contos psicológicos que vêm
posteriormente na seção de leitura –, é importante que o leitor compreenda a
expressão nó górdio17, presente no título e que pode significar “dificuldade em
determinada questão”, “um assunto complicado”, “problema aparentemente
sem solução”.
15Exemplar original da The Tower of Babel (1563), de Pieter Bruegel, obra exposta no Museu
Kunsthistorisches, em Viena, Austrália. https://www.google.com/culturalinstitute/beta/asset.
Acesso em: 24/12/16.
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com.br/2015/11/o-no-gordio.html.
Acesso em: 04.01.17.
126
Fonte: MARCHETTI, Greta. Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
MARCHETTI, STRECKER, Heidi, CLETO, Mirella L. – 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012,
p.10.
Fonte: MARCHETTI, Greta. Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental /
Greta MARCHETTI, STRECKER, Heidi, CLETO, Mirella L. – 3.ed. –São Paulo: Edições
SM, 2012, p.10.
Fonte: MARCHETTI, Greta. Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
MARCHETTI, STRECKER, Heidi, CLETO, Mirella L. – 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012,
p.10.
Fonte: MARCHETTI, Greta. Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
MARCHETTI, STRECKER, Heidi, CLETO, Mirella L. – 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012,
p.10.
130
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi., CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM,2012, p.12–14
136
19 De origem ucraniana, mas desde a infância viveu no Brasil, a autora tem um estilo que
rompe com a estrutura clássica das narrativas: começo, meio e fim. Suas histórias procuram
apresentar personagens de aparência e comportamentos convencionais que são capazes de
revelar, através de ações simples do dia a dia que o ser humano possui de mais íntimo e que,
até ele próprio não tem conhecimento. Por meio de uma percepção aguçada da realidade a
autora convida o leitor a adentrar nos mistérios que estão dentro e fora de todos nós. (PARA
VIVER JUNTOS: PORTUGUÊS, 9º ANO: ENSINO FUNDAMENTAL, 2012, p.12).
137
Figura 14: Leitura 2– Conto psicológico: Eu estava ali deitado, de Luiz Vilela.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.26-28.
que procura, de forma peculiar, utilizar os recursos da língua para criar e recriar
a realidade em suas narrativas. Além disso, tem como objeto literário o homem
enquanto um ser inconstante e moldado por aspectos psicológicos, sociais e
culturais.
As suas narrativas abordam temas do cotidiano, tais como a incapacidade
que têm muitos seres humanos de se comunicar. Um dos temas abordados por
Vilela é a adolescência, fase da vida em que há grandes descobertas e o
experimento de novas sensações e de novas emoções.
Assim, em Eu estava ali deitado – publicado originalmente em No
Bar (1968) –, evidencia-se a presença do monólogo interior da personagem,
que traz para o texto o inconsciente. Graficamente original pela estética
narrativa – certa “escassez de pontuação e com espaços entre as frases e
trechos que imediatamente chamam a atenção do leitor” (LDP.p.30) –, o texto
de Vilela induz o leitor a ler o conto no ritmo do fluxo de pensamento de Carlos,
o protagonista da história. O que se percebe, também, é que o conto
psicológico supracitado objetiva apresentar ao leitor um sentimento de tristeza
que perpassa toda a narrativa, já que é uma desilusão amorosa a causa da
amargura do protagonista. Abandonado pela amada, encontra-se o narrador-
personagem sem ânimo para se levantar da cama onde está deitado e
permanece quase imóvel, todavia o que contrasta com sua imobilidade física é
o turbilhão de pensamentos e lembranças vividos com Míriam e que estão
presentes em seu mundo interior. Ao mesmo tempo, percebe-se, ainda, que o
Carlos ignora as próprias necessidades físicas, como almoçar, por exemplo, e
busca fixar-se às percepções abstratas, ao observar os detalhes do mundo que
o cerca, como: um vento que bate nas roseiras e entra pela sua janela, a
lembrança da admiração que a sua amada sentia pelo fato dele ter zelo pelos
próprios sapatos e passa a recordar, até mesmo, as fatalidades do mundo.
À semelhança do que ocorre nas páginas em que aparece o conto
‘Restos de carnaval’, percebe-se aqui, também, com referência à disposição
gráfica (layout) do texto, na seção de leitura, que este LDP continua mostrando
fortes tendências aos pressupostos da GDV (metafunção
textual/composicional). Vejamos que neste também as imagens presentes na
apresentação do conto – páginas 26, 27 e 28 – são significativas e
estabelecem relação de sentido como o estado de espírito do narrador, através
142
“não que comer nada? Eu disse que não [...] ela sorriu e deu uma
palmadinha no meu joelho e eu também sorri”
“Papai estava parado à porta pensei que você estivesse dormindo ele
disse eu sorri”
“ele perguntou e ficou olhando pra mim esperando não Papai dar
uma volta não obrigado você vai virar sorvete aí dentro ele
brincou e eu ri e ele riu [...]”
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.29.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.242-243.
20
Lefèvre-Utile(LU) foi fundada em Nantes, na França em 1846. Vendida desde 2007, hoje “é
uma empresa do ramo de Biscoitos da Kraft Foods[...] comprou o grupo Danone. A marca LU
seja como Danone ou Kraft Foods a marca é o número 1 do biscoito francês. É também o
número 1 na Europa em biscoitos, doces e salgados. Desde a sua constituição em Kraft Foods,
a empresa tornou-se o líder mundial.”
http://dictionnaire.sensagent.leparisien.fr/Lef%C3%A8vre-Utile/fr-fr/. Acesso em: 06/03/2017.
147
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.242-243.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.242-243.
produtor do texto acredita que esse tipo de contraste entre a iluminação natural
(externa) e a iluminação artificial (interna) atraia a atenção do receptor que
passa pela vitrine e desperte nele o interesse de consumir os produtos
expostos.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental. MARCHETTI, Greta,
Heidi STRECKER, Heidi, CLETO, Mirela L., 3.ed. –São Paulo: Edições SM, 2012, p.242-243.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta Marchetti, Heidi
Strecker, Mirela L. Cleto,2012, p.244.
.
Figura 22: Reprodução da imagem da atividade de leitura do LD- A
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
Marchetti, Heidi Strecker, Mirela L. Cleto,2012, p.244.
Corroboramos com o que diz o autor, tendo em vista que esta mesma
análise se coaduna com o que dizem os autores da GDV, ao afirmarem que os
signos se modificam de acordo com o contexto em que estão inseridos.
Acreditamos nisso, pois, no texto imagético analisado, vemos que a cor
“vermelha” não foi usada aleatoriamente. Ela foi escolhida pelo produtor do
texto para que pudesse estabelecer uma relação de afetividade entre o produto
e o consumidor. Certamente, esta mesma cor, em outro contexto, poderia
estabelecer outra relação de sentido.
Quanto à estrutura (framing), compreende-se que a conexão é forte,
tendo em vista que quase não há linhas divisórias separando os elementos
constitutivos do todo imagético, causando em quem o vê um certo fluxo
159
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
Marchetti, Heidi Strecker, Mirela L. Cleto,2012, p.244.
2a) O título do anúncio acima recria a fala típica de um grupo social. Qual é
ele?; 2b). Embora o texto traga marcas do discurso desse grupo social, o
responsável por essa fala não é, necessariamente, um de seus representantes.
A quem se pode atribuir a frase? Justifique sua resposta.”) e 3 (“O anúncio
‘Prometo construir casas.’ apresenta, além da imagem, três pequenos textos:
título, logotipo e slogan. 3a) Qual é a função de cada um? e 3b) No anúncio
‘Confie na opinião de quem tem duas vezes mais pés do que você’, esses
elementos também estão presentes? Identifique-os”).
Assim, ao ler o texto, o leitor é levado a conhecer a trajetória do anúncio
publicitário e como se realiza uma campanha publicitária que visa vender um
produto, no caso as sandálias Havaianas, uma marca conhecida em nosso
país.
O que podemos perceber é que, nesse gênero – anúncio –, as questões
para análise e compreensão do texto – na seção de leitura – são abordadas de
maneira semelhante às da pré- leitura. O foco da compreensão textual está nos
recursos que este gênero apresenta, ao imbricar imagem e código linguístico.
Entretanto, poderiam ter explorado o uso das cores, o que não foi feito.
Vejamos agora o segundo anúncio:
161
Figura 24- Leitura 2 – Anúncio de propaganda: Doe Montanhas, do Banco de Olhos do 19º
Anuário do Clube da Criação de São Paulo de 1994.
Fonte: Reprodução da atividade de leitura do LD-A -LDP: Para viver juntos: português, 9º ano:
ensino fundamental / Greta Marchetti, Heidi Strecker, Mirela L. Cleto, 2012, p.256.
Fonte: Reprodução da atividade de leitura do LD-A -LDP: Para viver juntos: português,
9º ano: ensino fundamental / Greta Marchetti, Heidi Strecker, Mirela L. Cleto, 2012,
p.256.
163
Isso faz com que a interação seja mínima entre os elementos verbais e visuais
na composição do texto multimodal.
(CONSID
ERANDO
-SE QUE
AS
QUESTÕ
ES 4 E 5
SE
DESDOB
RAM EM
DOIS
SUBITEN
S CADA,
‘A’ E ‘B’).
Fonte: LDP Jornadas.port – Língua Portuguesa, 9º ano. Delmanto Dileta. Laíz B. de Carvalho.
– 2.ed. – São Paulo: Saraiva, 2012.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta Marchetti,
Heidi Strecker, 2012, p.12–14.
Há, também, a seção Do texto para o cotidiano, que discute temas como
“Cidadania, ética, Meio ambiente e pluralidade Cultural” (p.5). Em Reflexão
sobre a língua, as autoras prometem levar o aluno a refletir sobre o uso da
gramática como “recurso para uma comunicação oral e escrita competente e
expressiva” (p.5).
Perspectivas teóricas apontadas pelos autores das obras no manual do professor sobre
concepção de:
LEITURA
Segundo as autoras, “[...] a leitura é uma construção que envolve
tanto o produtor do texto como o leitor. A habilidade do leitor de
interpretar as pistas do texto depende tanto de uma maior ou menor
aproximação dos sentidos pretendidos pelo autor como da
possibilidade de atribuir novos sentidos pertinentes ao que está
escrito” (p.20)
PRÉ-LEITURA
Não há (explicitamente) uma seção exclusiva sobre o tema Pré-
leitura, no manual do professor, que converse com o docente sobre
possibilidade de abordagens sobre o tema. Todavia, este LDP traz,
na abertura de cada unidade, uma imagem e perguntas como
atividade de pré-leitura. Segundo o Manual do professor (p.19), a
“imagem e as questões sempre terão relação com o trabalho
desenvolvido na unidade”. Entretanto, a subseção Antes de ler
apresenta, antes da leitura dos textos da seção de leitura, “perguntas
para avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero do
texto a ser lido ou sobre o assunto tratado nela, despertar o
interesse dos alunos pela leitura, explorar finalidades de leitura,
propor estratégia de antecipação, formulação de hipóteses, levantar
176
1 – Seção de pré-leitura
Figura 28: Pintura de rua em 3D (Lego) criada por Leon Keer, Ruben Poncia, Remko van
Schaik e Peter Westerink, inspirada no Exército de Terracota, de Qin Shi Huang, o primeiro
imperador de China.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta Marchetti,
Heidi Strecker, 2012, p.12–14.
21
Considerado um artista pop-surrealista, Leon Keer criou o trabalho de lona e arte final (3D)
em diversas ruas pelo mundo. Suas temáticas são contemporâneas. Percebe-se também em
sua arte a preocupação com o meio ambiente e com a habitabilidade no mundo. Suas pinturas
visam levar o espectador a confrontar “[...] o espírito doentio de nossos tempos, a decadência
visível contrapondo um desejo intemporal de beleza intocada. [...] mistura [...] técnicas, utiliza
uma rica variedade de materiais, que vão desde [...] de tintas acrílicas a adesivos,
solventes[...]. Seus assuntos e imagens são inteiramente contemporâneos: poderiam ser
quadros congelados de um clipe de vídeo”. O artista [...] “exibiu suas pinturas em várias
galerias de arte holandesas e britânicas [...] em várias mostras arte e feiras de arte na Europa e
os EUA”. (Tradução nossa) http://www.leonkeer.com/leonkeer/. Acesso em 15/01/2017.
https://www.google.com.br/search?q=imagens+do+exercito+de+terracota&biw.
Acesso em: 15/01/2017.
23
O Exército de terracota ou os Guerreiros de Xi’an são esculturas em terracota – cor que é
uma mistura de laranja queimado com vermelho – com “mais de 8.000 soldados, 130 carroças
com 520 cavalos e 150 cavalos de cavalaria feitos com terracota, dispostos em três poços.
Esse exército representa uma maravilha artística da cultura chinesa de 210 a.C. que foram
encontradas em escavações na China em 1974, no distrito de Lintong em Xi’an, a capital da
província de Shaanxi, perto do mausoléu do primeiro imperador de Qin.”
https://www.epochtimes.com.br/exercito-de-terracota-uma-das-mais-facinantes-
historias-da-arqueologia. Acesso em: 15/01/2017.
179
24
Ilusão de ótica: “são imagens que enganam a visão humana, fazendo com que o ser humano
veja coisas que não estão presentes ou fazendo ver coisas de forma errada. Normalmente elas
são figuras que podem ter várias interpretações, podem surgir naturalmente ou até serem
criadas. As ilusões se tornam divertidas, pois combinam dois tipos de elementos: os elementos
claros, que são aqueles que se percebem logo que se vê, e os elementos surpresa, que são
aqueles que aparecem na medida em que se passa a observar o desenho com mais atenção.
Estamos rodeados de ilusões de óptica e a televisão é um exemplo. Ela é um conjunto de
imagens estáticas que parecem ter movimento quando são apresentadas de forma rápida. É o
cérebro humano que faz a montagem de todas essas imagens e as observa de forma mais
lenta em relação a como ela é mostrada.”. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ilusao-
optica.htm. Acesso em 22/01/2017.
25 Neste caso, a ilusão é a incapacidade que o indivíduo tem de discernir sobre o que é real e
o que é irreal. É ser enganado ou ainda, ter uma percepção falsa da realidade que o cerca.
180
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=guerreiros+de+terracota+em+3d&biw=1366&bih=648&so
urc. Acesso em 22/01/2017.
Fonte: LDP: Para viver juntos: português, 9º ano: ensino fundamental / Greta
Marchetti, Heidi Strecker, 2012, p.12–14.
sendo lido, uma vez que estes elementos juntos têm amplo valor significativo
para a compreensão do texto.
26 Epilepsia s.f. distúrbio neurológico caracterizado por ataques convulsivos com perda de
consciência [ETIM: gr.epilepsia ‘id.’, pelo lat. epilepsia,ae ‘id.’]. (HOUAISS, 2011, p.368).
190
sequer demostra afeto pelo marido e está sempre insatisfeita. Uma das coisas
inusitadas, no conto, é que Bárbara, quando tem seus desejos satisfeitos
engorda muito e passa a adquirir formas gigantescas. Há uma frase no conto
que confirma isso: “Bárbara gostava somente de pedir. Pedia e engordava”.
Porém, no desenrolar da narrativa, o leitor vai percebendo que o narrador se
ilude ao pensar que, satisfazendo os desejos da mulher – o oceano que ele
trouxe numa garrafa, um transatlântico que ele levou e montou em sua cidade,
além do pedido de uma estrela que ele saiu para buscar –, conseguirá o amor
dela. Entretanto, à medida que o tempo passa, os pedidos vão ficando cada
vez mais caros e impossíveis de serem atendidos no mundo real.
narrativa a partir dos pedidos estranhos, que a faz engordar muito, cada vez
que seus pedidos são atendidos, e de emagrecer, quando não são atendidos, o
seu egoísmo, o desprezo pelo marido e pelo filho: 1 (“O primeiro parágrafo do
texto já antecipa toda a ação da narrativa. 4a. Há uma palavra nesse parágrafo
que reforça a ideia de que o ato de Bárbara pedir era obsessivo. Qual é?; 4b.
O que há de estranho ou fora do comum na passagem que é revelado ao leitor
logo no início da narrativa?); 4c. Cite alguns episódios em que os pedidos de
Bárbara são absurdos ou impossíveis de serem realizados no mundo real?;
4d. O que há de real na personagem Bárbara?”)
perguntas que ajudam o aluno a levantar hipóteses acerca do texto que vai ser
lido. Desta vez, as questões remontam ao autor do texto e ao gênero conto
fantástico. Além disso, as autoras colocaram também a imagem da capa do
livro Contos reunidos, de Murilo Rubião, que traz uma garrafa com “o oceano
dentro”, estabelecendo “íntima” relação com um dos pedidos feitos por Bárbara
ao marido no texto. À direita (informação nova), na página 34, temos a imagem
do quadro Bárbara,27 do artista Leo Brizola28. Na 35, aparece novamente do
lado direito (informação nova), a imagem, agora fragmentada, do mesmo
quadro de Brizola, além da imagem de um Baobá29 que, possivelmente, remete
ao corpo gigantesco da protagonista. Já na página 36, temos, na base (mundo
real, a imagem de uma garrafa com o oceano dentro, que foi a forma
encontrada pelo narrador para trazer o “oceano” para sua amada. Esta imagem
remete ao livro contos reunidos de Murilo Rubião, como já dissemos neste
parágrafo. Quanto à saliência, há na composição das imagens, cores escuras,
como o preto, verde escuro, azul escuro e o predomínio do preto, que
possivelmente remete ao estado de espírito da personagem.
27A arte referencial e onírica de Leo Brizola. Bárbara, 2011, Leo Brizola (Brasil, 1962), acrílica
sobre tela, 160 x 200 cm
28 Formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard/ Universidade do Estado de Minas Gerais
(1981-1987) e Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983-1985) mostra
grande segurança de técnica e tema: refere-se não só ao passado, mas o utiliza para retratar
seu lugar no presente.
https://peregrinacultural.wordpress.com/2013/03/03/a-arte-referencial-e-onirica-de-leo-brizola/.
Acesso em: 28/01/2017
29Baobá é uma árvore cujo tronco pode chegar a medir 9 metros de diâmetro. (DELMANTO;
CARAVALHO, 2012, p.35).
196
32
No Brasil, o WWF (World Wide Fund For Nature) ” trabalha na região amazônica junto com
autoridades governamentais, comunidades locais e indígenas, organizações não-
governamentais, o setor privado e outros, para contribuir para a proteção de grandes porções
da Amazônia e de sua singular biodiversidade, funções e serviços ecológicos.” Disponível em:
http://wwf.panda.org/pt/ . Acesso em 04.03.2017.
199
Deste modo, partindo das observações feitas até aqui, acreditamos que,
para estabelecer a relação de sentido entre o texto imagético da seção de pré-
leitura – anúncio institucional sobre o Dia da Árvore, produzido pelo Fundo
Mundial de Vida Selvagem (WWF) – e os demais textos da seção de leitura –
anúncio institucional dos 95 anos da Shell no Brasil e do Folheto sobre o
combate à dengue, produzido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) –, o objetivo
é, como salientam as autoras, levar o aluno a ler proficientemente e
criticamente esses gêneros publicitários que geralmente imprimem, em seus
discursos, o poder de persuadir e o poder de seduzir o leitor a adquirir um
produto ou aderir a uma ideia.
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=wwf+21+de+setembro+dia+da+arvore&espv=2&biw=136
6&bih=648&source=lnms&tbm. Acesso em 04.03.2017.
33
No Brasil, o WWF (World Wide Fund For Nature)” trabalha na região amazônica junto com
autoridades governamentais, comunidades locais e indígenas, organizações não-
governamentais, o setor privado e outros, para contribuir para a proteção de grandes porções
da Amazônia e de sua singular biodiversidade, funções e serviços ecológicos.” Disponível em:
http://wwf.panda.org/pt/ . Acesso em 04.03.2017.
201
continuidade do muro, sem que se possa ver seu término. É como se ele fosse
infinito. Na base (mundo real), há a imagem de um canteiro vazio que aparece
na calçada do muro. Esta calçada também está em processo de deterioração,
assim como o muro onde se projeta a sombra de árvore. Aparentemente, ao
olhar essa imagem, o leitor é levado a crer que não há quase sinal de vida
naquele lugar, a não ser pela presença insistente de algumas poucas
gramíneas34 que teimam em aparecer naquele ambiente.
34
“As gramíneas são uma família de plantas com folhas semelhantes a lâminas. A maioria tem
caules ocos e muitas raízes ramificadas. A grama verde encontrada nos jardins, as que
crescem em descampados, [...]”. Disponível
em:http://escola.britannica.com.br/article/481402/gramínea. Acesso em: 08.03.2017.
202
direito/ base (mundo real / informações novas), num boxe vermelho com letras
brancas, o que se espera que o aluno aprenda na unidade.
um texto não apresente “imagem”, ou seja, ainda que seja um texto composto
apenas pelo código escrito, de acordo com os estudos da multimodalidade,
recursos como a cor de letras e as fontes diversificadas tornam o texto também
visual.
Das 7 (sete) questões apresentadas para orientar a análise do anúncio
publicitário institucional acima descrito e comentado, todas as questões
requerem dos estudantes observação do texto imagético. É importante
salientar que consideramos 7 (sete) questões, já que as questões 1 e 3 se
subdividem em: 1a, 1b e 1c e 3a, e 3b como vemos a seguir: 1. (“A imagem
reproduzida ao lado fez parte de uma campanha realizada por uma
organização não governamental que luta contra a degradação da natureza.
Considere apenas a imagem. 1a) Que elemento falta nela, causando um
grande impacto em quem a observa ?; 1b) Que recurso foi empregado para
revelar ao leitor a ausência desse elemento?; 1c) Imagine a cena sem a
sombra da árvore projetada no muro, o efeito seria o mesmo?. 2. Observe o
cenário. Que sensação ele provoca? Que elementos colaboram para criar essa
sensação ?; 3. O texto que acompanha a imagem é “21 de setembro. Dia da
Árvore”. 3a) O que há de incongruente entre esse texto e a imagem?; 3b) Que
efeito essa incongruência produz no leitor?; 4. Observe o logotipo e o símbolo
da organização que assina a propaganda. O conteúdo da imagem está de
acordo com os ideais dessa organização? Por quê?”). As questões 1a, 1b e 1c
possibilitam a ativação de conhecimentos prévios por parte do leitor. Fazemos
uma ressalva quanto à questão 1c, que, ao mencionar a sombra da ‘árvore’, dá
ao estudante a resposta da pergunta que faz a este na questão 1a. Seria mais
adequado, a nosso ver, o uso de uma palavra genérica, para não comprometer
a questão 1a, como ‘elemento’, por exemplo. As demais suscitam reflexões que
podem ajudar o estudante a atribuir sentidos ao texto.
35
O OC Plus “é o óleo combustível da Shell, desenvolvido exclusivamente para o segmento industrial.
Seu uso reduz a emissão de material particulado e melhora o rendimento da combustão. O OC Plus
também proporciona economia de combustível e aumenta o desempenho dos equipamentos, gerando
mais rentabilidade e competitividade para o negócio”. Disponível em: https://www.raizen.com.br/produtos-
e-servicos/para-negocios/produtos-para-automoveis-e-frotas/oc-plus. Acesso em : 09.03.2017.
209
Shell significa concha.” Por isso, a primeira logomarca da rede, em 1900, era uma concha de
36
mexilhão. Em 1904, ela foi trocada por uma concha de vieira, também conhecida como pécten.
O novo símbolo pode ter sido adaptado de um brasão do casaco de um dos sócios da Shell.
Ano a ano, os traços foram se simplificando”.
Disponível em:http://guiadoscuriosos.uol.com.br/blog/2011/07/15/historia-das-logos-xerox-shell-
e-walmart. Acesso em: 13.03.2017.
211
Figura 40- Leitura 2– Folheto sobre o combate à dengue, produzido pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
Vejamos a imagem:
idealizado) a frase Faça sua parte, juntos somos mais fortes nesta luta, num
indicativo de que o ideal seria que todos se unissem no combate à dengue. Do
lado direito/topo (informações conhecidas), há um relógio onde há uma frase
de alerta que diz: Sempre é hora de combater a dengue; uma informação que é
veiculada constantemente pelos meios de comunicação. Já do lado
esquerdo/topo (informações novas), temos a imagem de um cidadão que traz a
seguinte frase apelativa num balão: Dengue se combate com a ajuda de todos,
faça sua parte. Esta frase pode representar um apelo à população em defesa
da vida. Na base (mundo real/lado esquerdo), aparecem imagens de pessoas
conversando próximas a locais que podem ser criadouros do mosquito. É um
ambiente que deve ser eliminado das residências, uma vez que apresentam
pneus que podem armazenar água da chuva, garrafas vazias abertas, lata de
lixo destampada, ou seja, ambientes propícios para a proliferação do Aedes
aegypti. E, na base (mundo real/lado esquerdo,) temos a imagem de pessoas
fazendo exatamente o oposto das anteriores, já que estão colocando as
garrafas de cabeça para baixo, tampando o lixo e colocando areia nos vasos
com planta.
3a. Quem se inclui nesse “nós”? 3b. Qual o efeito criado pelo uso da primeira
pessoa do plural?”); 4- (“Considerando os interlocutores envolvidos, responda.
4a. A linguagem empregada é formal ou informal? Segue a norma-padrão? 4b.
Considerando que o folheto destina-se a alunos de escolas do Brasil todo, por
que foi escolhida essa linguagem? 4c.Que palavras e expressões pertencem
ao campo semântico da área da saúde?”).
Quadro 7: Quadro sinóptico sobre o tipo de relação existente entre as seções de pré-leitura e de
leitura – livro a.
37
Infográfico: “[...] info entendemos informação, e por gráfico entendemos imagem, ilustração
etc. PACHECO, Mariana do Carmo. "Gênero textual infográfico"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/redacao/genero-textual-infografico.htm>. Acesso em 20 de julho
de 2017.
Quadro 8: Quadro de Sinóptico sobre o tipo de relação existente entre as seções de pré-leitura
e de leitura – livro b.
U Pré-leitura/ Leitura-1/ Leitura-2/ gênero Relação entre os
ni Texto imagético gênero textos
da
de
s
Relatório
de Relatório de visita Temática
experiência ao museu.
científica
escolar.
mais, de
Luísa
Nagib Eluf.
Roteiro de filme
Roteiro de uma propaganda Temática
filme para a TV
39 3D - São “formas tridimensionais” [...] ou seja, “são aquelas que têm três dimensões -
comprimento, largura e altura. Elas se distinguem das formas bidimensionais. Cubos,
pirâmides, paralelepípedos, cones, cilindros, esferas são formas tridimensionais, enquanto
quadrados, triângulos, retângulos, círculos são formas bidimensionais.”
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo4/matematica/espaco_forma/figuras_tridimensi
onais/figuras_tridimensionais.htm. Acesso em 15/01/2017.
230
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
40 In semiology, motivation is generally not related to the act of producing signs as it is in our
approach, but defined in terms of an intrinsic relationship between the signifier and the
meaning. [...] In our view, signs are never arbitrary and "motivation" must be formulated in
relation to sign producers and the context in which the sign is produced, and not isolated from
the act of producing analogies and classifications. Sign makers use the modes they deem
appropriate for the expression of their meaning in any médium. (KRESS: VAN LEUWEN, 2006,
p.8)
240
41 3D - São “formas tridimensionais” [...] ou seja, “são aquelas que têm três dimensões -
comprimento, largura e altura. Elas se distinguem das formas bidimensionais. Cubos,
pirâmides, paralelepípedos, cones, cilindros, esferas são formas tridimensionais, enquanto
quadrados, triângulos, retângulos, círculos são formas bidimensionais.”
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo4/matematica/espaco_forma/figuras_tridimensi
onais/figuras_tridimensionais.htm. Acesso em 15/01/2017.
243
REFERÊNCIAS
AMARILHA, Marly. Alice que não foi ao país das maravilhas: a leitura
crítica na sala de aula/ Marly Amarilha. – Petrópolis, RJ: Vozes,2006.
.
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Martins Claret, 2001.
KRESS, Gunther and LEEUWEN, Theo van. Reading images: the grammar
of visual design. 2nd ed. Londone New York: Routledge, 2006.
SITES:
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/cartilhas-e-
materiais-para-aprender-a-ler). Acesso em: 20/07/2016.
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/livro-didatico-de-
lingua portuguesa) Acesso em: 20/07/2016.
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/cartilhas-e-
materiais-para-aprender-a-ler) Acesso em: 20/07/2016.
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com.br/2015/11/o-no-gordio.html.
Acesso em: 04.01.17.
http://www.infoescola.com/civilizacao-da-babilonia/torre-de-babel , Acesso em
05/01/2017.
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo4/matematica/espaco_forma/fig
uras_tridimensionais/figuras_tridimensionais.htm. Acesso em 15/01/2017.
https://www.google.com.br/search?q=imagens+do+exercito+de+terracota&biw.
Acesso em: 15/01/2017.
https://www.epochtimes.com.br/exercito-de-terracota-uma-das-mais-facinantes-
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https://www.google.com.br/search?q=lefevre+utile+criancas+observando+doce
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