6001 Subsidio Desemprego
6001 Subsidio Desemprego
6001 Subsidio Desemprego
SUBSÍDIO DE DESEMPREGO
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
Guia Prático – Subsídio de Desemprego
(6001 – v4.65)
PROPRIEDADE
Instituto da Segurança Social, I.P.
AUTOR
Departamento de Prestações e Contribuições
PAGINAÇÃO
Departamento de Comunicação e Gestão do Cliente
CONTACTOS
Linha Segurança Social: 210 545 400 | 300 502 502, dias úteis das 9h00 às 18h00.
Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurança Social Direta.
DATA DE PUBLICAÇÃO
16 de agosto de 2023
ÍNDICE
A – O que é? ............................................................................................................................................................ 4
B1 – Quem tem direito? ........................................................................................................................................... 4
Quem tem direito ao subsídio de desemprego? ........................................................................................ 4
Quem não tem direito ao subsídio de desemprego? ................................................................................. 5
Quais as condições necessárias para ter acesso ao subsídio de desemprego? ....................................... 5
Qual é o prazo de garantia? ...................................................................................................................... 6
O que conta para o prazo de garantia? ..................................................................................................... 7
B2 – Qual a relação desta prestação com outras que já recebo ou posso vir a receber? ....................................... 7
Não pode acumular com ............................................................................................................................ 8
Pode acumular com ................................................................................................................................... 8
Pensão de Velhice antecipada por desemprego de longa duração ........................................................... 8
Subsídio Social de Desemprego ................................................................................................................ 8
Subsídio de Desemprego Parcial............................................................................................................... 9
Subsídio por suspensão da atividade cultural ............................................................................................ 9
Pagamento do montante único das prestações de desemprego ............................................................... 9
C – Como posso pedir? – Que formulários e documentos tenho de entregar? ....................................................... 9
Formulários .............................................................................................................................................. 10
Documentos necessários ......................................................................................................................... 11
Situações em que é necessário apresentar outros documentos: ............................................................ 12
Se o empregador terminar o contrato com justa causa ........................................................................... 12
Se o empregador terminar o contrato por extinção do posto de trabalho ou inadaptação do trabalhador
................................................................................................................................................................. 12
Se o empregador terminar o contrato por despedimento coletivo ........................................................... 12
Se o trabalhador terminar o contrato com justa causa............................................................................. 13
Se o trabalhador suspender o contrato por salários em atraso ............................................................... 13
Os beneficiários que estão a receber prestações de desemprego em Portugal e pretendem ausentar-se
do território nacional para procurar trabalho num país da União Europeia, Islândia, Noruega,
Listenstaina ou na Suíça, mantendo o direito às prestações de desemprego, devem: ........................... 14
Onde se pede? ........................................................................................................................................ 16
Até quando se pode pedir? ...................................................................................................................... 16
D1 – Como funciona esta prestação? – Quanto e quando vou receber? .............................................................. 17
Quanto se recebe? .................................................................................................................................. 17
Como se calcula o valor do subsídio ....................................................................................................... 17
Limites máximos ao montante do subsídio de desemprego .................................................................... 18
Limite mínimo ao montante do subsídio de desemprego ......................................................................... 18
Durante quanto tempo se recebe?........................................................................................................... 19
A partir de quando se tem direito a receber? ........................................................................................... 21
D2 – Como posso receber? ................................................................................................................................... 21
D3 – Quais as minhas obrigações? ....................................................................................................................... 22
Obrigações para com a Segurança Social............................................................................................... 22
O que acontece se não cumprir ............................................................................................................... 23
Obrigações para com o Serviço de Emprego .......................................................................................... 23
Pode ser dispensado de algumas destas obrigações .............................................................................. 24
Pode beneficiar do Estatuto do Trabalhador Estudante........................................................................... 25
O que são diligências de procura ativa de emprego ................................................................................ 25
Como se comprova as diligências de procura ativa de emprego ............................................................. 25
O que acontece se não cumprir ............................................................................................................... 27
D4 – Por que razões é suspenso ou termina? ....................................................................................................... 27
O pagamento do subsídio de desemprego é suspenso se… .................................................................. 27
O que é preciso fazer para reiniciar o pagamento ................................................................................... 29
Casos em que perde o direito ao subsídio cujo pagamento está suspenso (e não pode haver reinício do
pagamento) .............................................................................................................................................. 30
O subsídio de desemprego termina definitivamente se: .......................................................................... 30
E – Outra Informação – E1 Legislação Aplicável ................................................................................................... 30
E2 – Glossário ....................................................................................................................................................... 34
Perguntas Frequentes ........................................................................................................................................... 38
A – O que é?
O subsídio de desemprego é um valor em dinheiro que é pago em cada mês a quem perdeu o
emprego de forma involuntária, e que se encontre inscrito para emprego no Centro de Emprego ou
Serviço de Emprego dos Centros de Emprego e Formação Profissional (doravante designado por
Serviço de Emprego).
Nota: A informação constante deste guia não abrange os trabalhadores independentes que
prestem serviço maioritariamente a uma entidade contratante e da qual dependem
economicamente, nem os trabalhadores independentes com atividade empresarial e os
gerentes e administradores das pessoas coletivas, que também têm direito a proteção no
desemprego nos termos de legislação própria (Decreto-Lei n.º 65/2012, de 15 de março,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 13/2013, de 25 de janeiro e Decreto-Lei n.º 12/2013, de 25 de
janeiro).
• Trabalhadores no domícilio.
2. Se for estrangeiro, ter título válido de residência ou outra autorização que lhe permita ter um
contrato de trabalho.
5. Ter ficado desempregado por razões alheias à sua vontade (desemprego involuntário).
6. Não estar a trabalhar (se trabalhar a tempo parcial como trabalhador por conta de outrem ou
como independente, poderá ter direito ao subsídio de desemprego parcial desde que a
retribuição do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da atividade
independente seja inferior ao valor do subsídio de desemprego).
7. Não exercer atividade, remunerada ou não remunerada ou ainda a qualquer título, na empresa
que efetuou o despedimento do trabalhador e que determinou a atribuição do respetivo subsídio
de desemprego ou em empresa ou grupo empresarial que tenha uma relação de domínio ou
de grupo com aquela.
Nota: O rendimento anual relevante dos trabalhadores independentes passou a ser apurado
nos termos do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial, correspondendo,
consoante o caso, a 70% do valor total dos serviços prestados ou 20% do valor dos
rendimentos associados à produção e venda de bens, bem como das prestações de serviços
efetuadas no âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas, auferidos no
ano civil imediatamente anterior.
Para completar este prazo de 360 dias, são contados, se for necessário, os períodos de
registo de remunerações no âmbito do regime dos trabalhadores independentes (TI), desde
que a respetiva taxa contributiva inclua proteção no desemprego,
Se tiver trabalhado menos dias, pode ter direito ao Subsídio Social de Desemprego.
• Os dias de férias a que tinha direito e que foram pagos, mas que não foram gozados;
• Os dias que trabalhou em países com os quais Portugal tenha acordos de Segurança
Social, que permitam contabilizar o período de descontos nesses países para ter
acesso ao subsídio de desemprego português (terá de apresentar o formulário
respeitante a cada país preenchido pela Segurança Social do país onde trabalhou);
• Até 120 dias em que esteve receber um subsídio da Segurança Social de doença ou
maternidade que tenha determinado o registo de remunerações por equivalência, se
for trabalhador doméstico ou agrícola.
B2 – Qual a relação desta prestação com outras que já recebo ou posso vir a receber?
• Bolsa complementar por realizar trabalho socialmente necessário (quem fizer trabalho
socialmente necessário promovido pelo Serviço de Emprego tem direito a receber mais 20%
do valor do indexante dos apoios sociais).
Obs: Para uma informação completa acerca das condições necessárias para ter acesso à Pensão de
Velhice consulte o respetivo Guia Prático – Pensão de Velhice no sítio da Internet em www.seg-
social.pt
Se já recebeu todo o Subsídio de Desemprego a que tinha direito e continua desempregado, pode ter
direito ao Subsídio Social de Desemprego Subsequente se satisfizer as respetivas condições (ver
Guia Subsídio social de Desemprego, Inicial ou Subsequente ao Subsídio de Desemprego).
Se está a receber subsídio de desemprego e começar a trabalhar como trabalhador por conta de
outrem a tempo parcial ou como independente, e se a retribuição do trabalho por conta de outrem ou
o rendimento relevante da atividade independente for inferior ao valor do subsídio de desemprego,
pode receber Subsídio de Desemprego Parcial. (ver Guia Subsídio de Desemprego Parcial).
Atenção: o exercício da atividade não pode, em qualquer caso, ser feito na empresa que efetuou o
despedimento do trabalhador e que determinou a atribuição do respetivo subsídio de desemprego ou
em empresa ou grupo empresarial que tenha uma relação de domínio ou de grupo com aquela.
Formulários
Documentos necessários
Trabalhadores migrantes que trabalharam num país da União Europeia, da Islândia, Noruega,
Listenstaina e Suíça e que mantêm a residência em Portugal, onde vêm requerer as
prestações de desemprego.
Onde se pede
− Autorização para viver e trabalhar em Portugal para cidadãos de países que não pertencem à
União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça;
Formulários
• RP5000 – Requerimento de Prestações de Desemprego (preenchido online pelo funcionário do
Serviço de Emprego).
Saiba mais sobre esta nova funcionalidade na página dos serviços online do portal do IEFP.
Mais informações e esclarecimentos podem ser obtidos todos os dias úteis das 8h00 às 20h00,
através do telefone 300 010 001 do Centro de Contacto do IEFP.
Nota: Por motivos técnicos, não é possível a apresentação do requerimento na Segurança Social
Direta, podendo apenas ser apresentado no Serviço de Emprego ou através do Portal
iefponline.iefp.pt.
Nota: Esta declaração pode ser obtida na Segurança Social Direta no menu Emprego >>
Declaração de situação de desemprego
• O cidadão receberá uma mensagem na sua área reservada da Segurança Social Direta
quando a sua Entidade Empregadora registar a Declaração de Situação de Desemprego.
Documentos necessários
• Diretamente pela entidade empregadora através da Segurança Social Direta (só com
autorização do trabalhador, devendo o empregador entregar uma cópia ao trabalhador);
intenção de proceder a um despedimento coletivo, nos termos do n.º 3 dos artigos 360.º
ou n.ºs 1 ou 4 do artigo 360.º, do Código do Trabalho;
• Caso o empregador não tenha efetuado nenhuma das comunicações atrás referidas,
deve apresentar prova de interposição de ação judicial contra o empregador.
Trabalhadores migrantes que trabalharam num país da União Europeia, Islândia, Noruega,
Listenstaina e Suíça e que mantêm a residência em Portugal, onde vêm requerer as
prestações de desemprego.
o Documento portátil U1
- Informar o Serviço de Emprego de que se vão ausentar do território nacional para procurar
trabalho;
Importante: As prestações de desemprego podem ser pagas por um período de três meses a
contar da data em que o desempregado deixou de estar à disposição do Serviço de Emprego
em Portugal, podendo ser solicitada a sua prorrogação por mais 3 meses, não podendo, em
ambos os casos, ser ultrapassado o período de concessão atribuído inicialmente. No caso de
prorrogação, o requerimento deverá ser devidamente fundamentado (designadamente na
perspetiva da promoção da empregabilidade do beneficiário) e entregue, junto do serviço de
Segurança Social que emitiu o documento portátil U2, até 30 dias antes do termo do período
inicial.
Caso seja autorizada a prorrogação, esta é comunicada pelo competente Centro Distrital ao
serviço de emprego do país onde o beneficiário está inscrito, através de formulário próprio,
mas antes disso, e com vista a decidir sobre o pedido de prorrogação, o Centro Distrital pode
solicitar informação sobre o acompanhamento mensal daquele desempregado ao serviço de
emprego do país onde o desempregado está à procura de emprego.
Se, durante o período em que o desempregado tiver direito à manutenção das prestações,
ocorrer algum facto suscetível de modificar esse direito, o serviço de emprego do Estado-
Membro da União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça para onde o
desempregado se deslocou transmite de imediato à instituição portuguesa competente e ao
interessado um documento do qual constem as informações pertinentes.
Nos casos em que o trabalhador não pediu a renovação do contrato deve ser assinalado o n.º
9 do quadro 3 da DSD - Modelo RP5044-DGSS, não sendo necessária qualquer declaração
adicional, mas nestes casos o desemprego é considerado voluntário.
O requerimento das prestações de desemprego pode ser apresentado por um representante nos
casos em que os beneficiários adoeçam após a data do desemprego e fiquem impedidos de se
deslocarem ao Serviço de Emprego, devendo o representante fazer prova do impedimento do
beneficiário através do atestado (CIT) emitido por médico dos serviços competentes do Serviço
Nacional de Saúde.
Caso a situação de doença se prolongue para além da data inicialmente prevista, os beneficiários
devem remeter ao Serviço de Emprego da área da sua residência a respetiva certificação médica
(CIT) no prazo de 5 dias úteis.
Onde se pede?
No Serviço de Emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P. mais próximo de si.
Nota: Nas situações em que os beneficiários devem comprovar que instauraram ação judicial contra
a entidade empregadora, o requerimento também deve ser apresentado no prazo de 90 dias
consecutivos (seguidos) a contar da data do desemprego, sob pena de, se apresentado fora
daquele prazo, ser reduzido o período de concessão da prestação pelo período de tempo
correspondente ao atraso.
A contagem dos 90 dias consecutivos (seguidos) fica suspensa enquanto o trabalhador estiver
numa destas situações:
• Baixa por doença (se a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada à
Segurança Social e confirmada pelo Sistema de Verificação de Incapacidades; caso
contrário, retoma-se a contagem dos 90 dias consecutivos (seguidos) do prazo a partir do
31.º dia de doença);
Obs: Nas situações de doença por acidente de trabalho ou viação os beneficiários não estão
obrigados a comunicar a incapacidade. No entanto, aquando da entrega do requerimento das
• A receber subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da gravidez,
subsídio parental (subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio
parental inicial exclusivo da mãe e subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso
de impossibilidade do outro) e subsídio por adoção;
Quanto se recebe?
Quanto se recebe?
O montante diário do subsídio de desemprego é 65% da remuneração de referência (RR), calculado
na base de 30 dias por mês, sem prejuízo da aplicação do limite mínimo ou máximo previsto na lei.
Se for ex-pensionista de invalidez considerado apto para o trabalho, recebe 384,34€ por mês (se
viver sozinho) ou 480,43€ por mês (se viver com familiares). Se este valor ultrapassar o valor da
pensão de invalidez que estava a receber antes, o valor do subsídio é igual ao valor que recebia de
pensão.
a 31 outubro de 2021.
2. Ao valor anterior soma-se o valor dos subsídios de férias e de Natal declarados e devidos
durante estes 12 meses (no máximo, um subsídio de férias e um subsídio de Natal).
3. Divide-se o total da soma por 12 (R/12). Este valor é a remuneração de referência ilíquida.
O valor mensal do subsídio de desemprego não pode ser superior a duas vezes e meia o
valor do IAS (1.201,08€), não podendo ultrapassar 75% do valor líquido da remuneração de
referência que serviu de base de cálculo ao subsídio.
Porém, nos casos em que 75% do valor líquido da remuneração de referência seja inferior ao
valor do IAS, o valor do subsídio de desemprego é igual ao menor dos seguintes valores: IAS
ou valor líquido da remuneração de referência.
Atenção:
O montante mensal do subsídio de desemprego não pode, em qualquer caso, ser superior ao
valor líquido da remuneração de referência que serviu de base de cálculo ao subsídio de
desemprego.
situações:
a) Quando o cônjuge ou pessoa com que com ele viva em união de facto se encontre em
Depende da idade que tiver e do número de meses com descontos para a Segurança Social, desde a
última vez que esteve desempregado com direito a subsídio.
Para a contagem dos meses com descontos conta, além do tempo que trabalhou com contrato ou a
recibos verdes, o tempo em que esteve a receber subsídio de doença ou subsídios no âmbito da
proteção na parentalidade, concedidos após o fim do período de concessão das prestações devidas
pela última situação de desemprego.
Os beneficiários que, em 31 de março de 2012, já têm garantido, nos termos do quadro seguinte,
determinado período de concessão do subsídio, tendo em conta a idade e o período de descontos
naquela data, mantêm esse período de concessão do subsídio na primeira situação de desemprego
subsidiado ocorrida após 01-04-2012 (ver perguntas frequentes n.º 13):
No caso dos ex-pensionistas de invalidez, a partir do dia 1 do mês seguinte àquele em que lhe foi
comunicada a decisão de aptidão para o trabalho.
• Transferência bancária.
Para saber se cumpre os critérios necessários e obter mais informações, consulte o site
www.clientebancario.bportugal.pt ou dirija-se a um dos Serviços de Atendimento da Segurança
Social.”
Os vales postais podem ser levantados nos CTT ou depositados em instituições bancárias.
Podem também ser endossados (passados ou transmitidos), sendo que só pode existir um
endosso em cada vale emitido.
1. Comunicar à Segurança Social, no prazo de 5 dias úteis, a contar da data em que toma
conhecimento:
c. Por e-mail, enviado através da Segurança Social Direta, para comunicar o exercício
de atividade profissional por conta de outrem (EACO) para efeitos de suspensão
das prestações de desemprego.
2. Devolver o Subsídio de Desemprego, se lhe tiver sido pago sem ter direito a ele.
Situação Consequência
Se não comunicar à Segurança Social que Pode ficar até 2 anos impedido de
começou a trabalhar a contrato ou a recibo receber subsídio de desemprego e/ou
verde (para que lhe seja suspenso o subsídio de subsídio social de desemprego.
desemprego)
Obrigações para com o Serviço de Emprego, desde a data de apresentação do requerimento das
prestações de desemprego:
5. Além disso, deve avisar o Serviço de Emprego, no prazo de 5 dias úteis, a contar da data do
• Mudar de morada
• Viajar para fora do país; deve comunicar quanto tempo vai estar ausente
Caso não comunique com a antecedência referida, não pode invocar que o
incumprimento de qualquer dever ou obrigação foi efetuado em período de dispensado
anual.
O mesmo regime é aplicável aos trabalhadores desempregados que iniciem os seus estudos
durante o período em que se encontrem a auferir as prestações de desemprego. Para o
efeito, devem fazer prova do facto logo após o início dos respetivos estudos.
Nota:
Nesses termos, o referido Estatuto apenas permite justificar o incumprimento das suas Obrigações
para com o Serviço de Emprego por motivo de prestação de provas na véspera e no próprio dia em
que estas ocorram.”
• Diligências para a criação do próprio emprego ou para a criação de uma nova iniciativa
empresarial;
i) Cópia dos anúncios colocados, tendo visível a data e o local onde foram colocados;
− Formação Profissional;
• Não se apresentar noutra entidade para onde tenha sido encaminhado pelo Serviço
de Emprego (por exemplo, para uma entrevista);
Nota: Dispõe até 5 dias seguidos a contar do dia imediato à falta, para justificar todos os
incumprimentos e situações de doença.
Casos em que perde o direito ao subsídio (e não pode haver reinício do pagamento)
• For atribuído subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da
gravidez, subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio parental
inicial exclusivo da mãe, subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de
impossibilidade do outro e subsídio por adoção.
• Estiver a frequentar um curso de formação profissional pelo qual lhe seja paga uma bolsa. Se
o valor que lhe pagam pelo curso for mais baixo do que a prestação do subsídio de
desemprego, continua a receber o subsídio, mas o valor que lhe pagam pelo curso é
descontado (Ver exemplo nas perguntas frequentes).
• Sair do país, exceto no período anual de dispensa ou tratamentos médicos cuja necessidade
seja atestada nos termos estabelecidos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (deve
comunicar ao Serviço de Emprego que se vai ausentar).
• For praticado um ato isolado (para efeitos fiscais) por exercício de atividade independente, e
pelo período de duração da atividade se o beneficiário comunicar o início da atividade
independente ao competente serviço de Segurança Social ou se o período em que foi
exercida a atividade constar do recibo do ato isolado.
Caso o beneficiário pratique um ato isolado, para efeitos fiscais, e não comunique o exercício
de atividade independente ao competente serviço de Segurança Social, o número de dias de
suspensão do pagamento das prestações corresponde ao valor resultante da divisão do
montante declarado a título de ato isolado pelo valor diário da remuneração de referência.
Ex: Um beneficiário que tenha praticado um ato isolado no valor de 900,00€ e cuja
remuneração de referência diária, para o cálculo do subsídio de desemprego era de 15,00€,
terá o subsídio de desemprego suspenso por 60 dias.
Se o subsídio de desemprego foi interrompido por estar a receber subsídio por risco
clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da gravidez, subsídio parental inicial,
subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio parental inicial exclusivo da mãe e
subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e
subsídio por adoção, não precisa de voltar a inscrever-se no Serviço de Emprego, mas
tem que comunicar o início e fim das referidas situações.
Casos em que perde o direito ao subsídio cujo pagamento está suspenso (e não pode haver
reinício do pagamento)
• Se se ausentar do país por mais de 3 meses, sem apresentar nenhum comprovativo de ter
estado a trabalhar,
• Se não regressar ao país no fim do período de duração da bolsa (nas situações de ausência
do país como bolseiro ao abrigo de programa comunitário ou promovido por outra instituição
internacional ou como bolseiro de investigação).
• Se tiverem passado 5 anos ou mais desde a data em que inicialmente pediu o subsídio.
• Atingir a idade para pedir a Pensão por Velhice e tiver cumprido o prazo de garantia para
acesso à pensão de velhice.
• A inscrição para emprego no Serviço de Emprego tiver sido anulada por incumprimento
dos deveres.
• Tiver dado informações falsas, omitido informações ou usado meios fraudulentos para obter o
subsídio ou influenciar o montante das prestações a receber.
(Orçamento do Estado para 2021): O artigo 141.º, estabelece a condição especial de acesso ao
subsídio social de desemprego subsequente; O artigo 154.º, prorroga, excecionalmente, por mais seis
meses, os períodos de concessão do subsídio de desemprego que terminem em 2021; O artigo 155.º,
estabelece as condições de majoração do limite mínimo do subsídio de desemprego; O artigo 158.º,
estabelece a majoração do montante subsídio de desemprego, subsídio por cessação de atividade e
do subsídio por cessação de atividade profissional.
(Orçamento do Estado para 2019): O art.º 116.º, estabelece a Condição especial de acesso ao
subsídio social de desemprego subsequente; O art.º 131.º mantém a majoração do subsídio de
desemprego e subsídio por cessação de atividade.
Regulamento de Incentivos à Prestação de Serviço Militar nos Regimes de Contrato Especial (RCE),
Regime de Contrato (RC) e no Regime de Voluntariado (RV).
(Orçamento de Estado para 2018): O art.º 122.º elimina a redução de 10% do montante diário do
subsídio de desemprego efetuado após 180 dias de concessão; O art.º 123.º mantém a majoração do
subsídio de desemprego e subsídio por cessação de atividade.
(Orçamento de Estado para 2017): O art.º 100.º mantém a majoração do subsídio de desemprego e
subsídio por cessação de atividade.
- O art.º 75.º estabelece uma majoração para o subsídio de desemprego e subsídio por cessação
de atividade.
Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, alterada pela Lei 119/2009 de 30 de dezembro, pelo Decreto-Lei
n.º 140-B/2010, de 30 de dezembro, pela Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro, pela Lei n.º 64-
B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de
dezembro, pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro,
pela Lei n.º 23/2015, de 17 de março, e pelo Decreto-lei n.º 2/2018, de 9 de janeiro
Portaria n.º 128/2009, de 30 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 294/2010, de 31 de maio, pela
Portaria 164/2011, de 18 de abril, pela Portaria 378-H/2013, de 31 de dezembro e pela Portaria 20-
B/2014, de 30 de janeiro.
Portaria n.º 8-B/2007, de 3 de janeiro alterada pela Portaria n.º 282/2016, de 27 de outubro.
Indexante dos Apoios Sociais (IAS), regras da sua atualização e das pensões e outras prestações
sociais do sistema de Segurança Social.
Decreto-Lei n.º 220/2006, de 03 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 68/2009, de 20 de março,
pela Lei n.º 5/2010, de 5 de maio, pelos Decretos-Leis n.ºs 72/2010, de 18 de junho, e 64/2012, de 15
de março, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, pelos Decretos-Leis n.ºs 13/2013, de 25 de
janeiro, e 167-E/2013, de 31 de dezembro, pela Lei n.º 34/2016, 24 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º
53-A/2017, de 31 de maio, pela Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, pelo Decreto-Lei nº 53/2018, de
2 de julho, pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n ºs 84/2019, 2019, de 28
de junho, e 153/2019, de 17 de outubro e pelo Decreto-Lei n.º 119/2021, de 16 de dezembro.
Regime geral de proteção social no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem
Direito a prestações de desemprego por suspensão do contrato de trabalho por retribuições em mora
(salários em atraso).
Alarga o regime estabelecido no Despacho 8/SESS/86 aos deficientes militares que recebam
pensões de invalidez atribuídas em consequência da redução ou perda da capacidade de ganho
ocorrida no cumprimento do serviço militar obrigatório.
Equipara a pensão de aposentação por incapacidade dos deficientes das Forças Armadas à pensão
de acidente de trabalho.
E2 – Glossário
Agregado monoparental
Aquele que é composto por crianças e jovens com direito ao abono e um único adulto (parente ou
afim em linha reta ascendente até ao 3º grau, ou em linha colateral, maior até ao 3º grau, adotante,
tutor ou pessoa a quem o requerente esteja confiado por decisão judicial ou administrativa).
Ex: pai, mãe, avó, avô, bisavó, bisavô, irmão, irmã, tio, tia, sobrinho ou sobrinha, cunhado ou
cunhada, madrasta ou padrasto).
Data do desemprego
Desemprego involuntário
• Iniciativa do empregador
• Fim do contrato quando não implica que o trabalhador passe a receber uma pensão
• Quando o trabalhador foi reformado por invalidez, mas é considerado apto para o trabalho
nos exames de revisão da incapacidade.
Pessoa que está inscrita no Serviço de Emprego há mais de 12 meses, como desempregado.
Emprego conveniente
• Consiste em tarefas que possam ser realizadas pelo beneficiário, tendo em conta as suas
aptidões físicas, nível de escolaridade e formação profissional. Pode ser num setor de
atividade diferente do anterior emprego do trabalhador;
• Garante uma remuneração ilíquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor da
prestação de desemprego.
Nota: É sempre considerado emprego conveniente aquele que garanta uma remuneração
ilíquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor àquela que recebia no emprego
imediatamente anterior.
• Assegure que o valor das despesas de deslocação entre a sua casa e o local de
emprego (nos transportes coletivos) cumpra uma das seguintes condições:
• Não sejam superiores a 10% da sua remuneração mensal ilíquida a auferir (por
exemplo, se vai ganhar 750,00€, não pode gastar mais de 75,00€ em deslocações)
ou
• Não ultrapasse as despesas de deslocação que tinha no anterior emprego, desde que
a remuneração ilíquida oferecida seja igual ou superior à auferida no emprego
imediatamente anterior
ou
• Não seja maior do que 25% das horas de trabalho diário (por exemplo, se trabalhar 8
horas não pode demorar mais de 2 horas para ir e vir do emprego).
• Não seja maior do que 20% das horas de trabalho diário quando tem filhos menores
ou outros dependentes a cargo (por exemplo, se trabalhar 8 horas não pode demorar
mais de 1h36m para ir e vir do emprego).
• Se for maior do que 25% das horas de trabalho diário, tem de ser igual ou inferior ao
do emprego anterior.
A sua elaboração é efetuada em conjunto pelo gestor de carreira e pelo desempregado, no caso da
inscrição para emprego presencial ou é elaborado, autonomamente, pelo desempregado no caso da
inscrição para emprego online, através do net emprego, sendo posteriormente validado pelo serviço
de emprego. Do PPE fazem parte:
Termina quando:
Prazo de garantia
É o período mínimo de trabalho com descontos para a Segurança Social que é necessário para ter
acesso a um subsídio.
Remuneração de referência
É a média de todas as remunerações declaradas à Segurança Social nos primeiros 12 meses dos
últimos 14 meses anteriores ao mês em que ficou desempregado.
Atividades com fins sociais e de interesse coletivo promovidas por entidades públicas ou privadas
sem fins lucrativos.
As pessoas que estão a receber subsídio de desemprego podem ser chamadas pelo Serviço de
Emprego para realizar este tipo de atividades, recebendo em acréscimo ao valor da prestação de
desemprego, uma bolsa mensal complementar no valor de 20% do Indexante dos Apoios Sociais
(IAS).
Para além das situações atrás referidas, consideram-se, ainda, como desemprego involuntário as
situações de cessação de contrato de trabalho por acordo que visem o reforço da qualificação e da
capacidade técnica das empresas e não determinem a diminuição do nível de emprego.
A manutenção do nível de emprego tem de se verificar até ao final do mês seguinte ao da cessação
do contrato de trabalho e considera-se assegurada desde que seja contratado um novo trabalhador,
mediante contrato sem termo a tempo completo, para posto de trabalho a que corresponda o
exercício de atividade de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que
pressuponha uma especial qualificação.
• Até três trabalhadores ou até 25% do quadro de pessoal - Nas empresas que empreguem até
250 trabalhadores;
Os limites referidos são aferidos por referência aos três últimos anos, cuja contagem se inicia na data
da cessação do contrato, e pelo número de trabalhadores da empresa no mês anterior ao da data do
início do triénio.
Os triénios são móveis e não fixos. A data fim do triénio coincide com a data em que ocorre a
cessação do contrato de trabalho e a data início do triénio é fixada contando três anos para trás da
data fim do triénio.
A data em que ocorrem as cessações dos contratos de trabalho por acordo é sempre contabilizada
como a data fim do triénio.
Assim, na situação referida, a data fim do triénio é 24-02-2022 e a data início é 25-02-2019, pelo que
as quotas são calculadas com base no número de trabalhadores da empresa no mês de janeiro de
2019, que é o mês anterior ao do início do triénio.
Como se trata de triénios móveis, alerta-se que se a cessação de um novo contrato ocorrer, por
exemplo, em 02-03-2022 a data fim do triénio por referência a esta cessação de contrato será 02-03-
2022 e a data de início do triénio será 03-03-2019, pelo que o mês relevante para apuramento das
quotas é fevereiro de 2019 que é o mês anterior à data de início do triénio.
Perguntas Frequentes
1. O que é que os militares em regime de contrato especial (RCE), regime de contrato (RC) ou
em regime de voluntariado (RV) têm de fazer para terem direito ao subsídio de desemprego?
4. Os dias de subsídio de desemprego, contam como dias em que descontei para a Segurança
Social?
6. O período em que estou a receber subsídio de doença conta para o cálculo do subsídio de
desemprego?
7. O que acontece se o contrato terminar por mútuo acordo mas a entidade empregadora
ultrapassar o número de despedimentos permitidos (as quotas definidas)?
8. Quando o despedimento é por extinção do posto de trabalho o que é que as empresas têm
de fazer para o trabalhador ter direito ao subsídio de desemprego?
9. O meu subsídio de desemprego foi suspenso por ter arranjado emprego. Se eu cessar o
contrato por minha iniciativa (durante, ou após o período experimental) tenho direito ao
reinício subsídio que suspendi?
10. Os valores que recebo da Segurança Social a título de subsídio de desemprego devem ser
declarados para efeitos de IRS?
11. Se um dos cônjuges estiver desempregado e o outro a trabalhar, mas entretanto este
também vier a ficar desempregado, há direito à majoração do subsídio de desemprego desde a
data em que o primeiro ficou desempregado?
12. Nas situações em que ambos os cônjuges ou unidos de facto têm direito à majoração do
subsídio de desemprego e cessa o subsídio de desemprego em relação a um deles, o outro
mantém o direito à majoração do subsídio de desemprego?
1. O que é que os militares em regime de contrato especial (RCE), regime de contrato (RC) ou
em regime de voluntariado (RV) têm de fazer para terem direito ao subsídio de
desemprego?
• Se foi contratado em RCE, RC ou RV, e o contrato cessou por ter atingido o período máximo de
contrato permitido por lei (18 anos em RCE, 6 anos em RC ou 1 ano em RV), a entidade
empregadora deve assinalar o n.º 19 do quadro 3 da declaração de situação de desemprego -
Modelo RP5044-DGSS.
• Se foi contratado em RCE, RC ou em RV, e o contrato cessou antes de ter atingido o período
máximo de contrato permitido por lei (18 anos em RCE, 6 anos em RC ou 1 ano em RV), mas
solicitou a renovação do mesmo e esta não lhe foi concedida por facto que não lhe é
imputável a entidade empregadora deve assinalar o n.º 19 do quadro 3 da declaração de
situação de desemprego - RP5044-DGSS.
R: Se quando foi nomeado gerente já pertencia ao quadro da empresa, onde foi nomeado gerente,
como trabalhador contratado há pelo menos um ano e enquadrado no regime geral de segurança
social dos trabalhadores por conta de outrem, pode ter direito ao subsídio de desemprego se
renunciar à gerência ou for destituído dessas funções e, posteriormente, o contrato de trabalho
cessar de forma involuntária e se satisfazer as demais condições de atribuição.
Se foi, desde o início, gerente (sócio ou não), pode ter direito ao subsídio por cessação de atividade
profissional desde que tenha 720 dias de exercício de atividade profissional como membro dos
órgãos estatutários das pessoas coletivas (MOE), com as respetivas contribuições pagas a uma taxa
de 34,75%, num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação da atividade
profissional de forma involuntária e satisfaça as restantes condições de atribuição.
Hipótese 1:
Se durante o curso de formação não receber qualquer valor a título de bolsa de formação
continua a receber o subsídio de desemprego durante o período de duração do curso, não havendo
alteração do período de concessão do subsídio de desemprego.
Hipótese 2:
Se receber uma bolsa de formação e o valor da bolsa for igual ou superior ao valor do
subsídio, há lugar à suspensão total do valor do subsídio de desemprego durante o período de
duração do curso de formação, retomando o subsídio de desemprego após o termo do curso de
formação e pelo período que faltava aquando do início do curso.
Hipótese 3:
O período de concessão do subsídio de desemprego a que o beneficiário teria direito após o termo do
curso de formação é reduzido em função dos valores das prestações parciais de desemprego pagas
durante a frequência do curso.
Por exemplo: Um beneficiário, que recebia 20,00€ diários de subsídio de desemprego, passou a
receber 5,00€ diários de subsídio por ter ido frequentar um curso de formação profissional, durante
120 dias, em que lhe foi paga uma bolsa com o valor diário de 15,00€. Assim, dado que durante o
período de duração do curso de formação recebeu 600,00€ (120 X 5,00€) de subsídio de
desemprego, cujo valor corresponde a 30 dias de subsídio (600,00€ : 20,00€ = 30), após o termo do
curso de formação são descontados 30 dias no período de duração do subsídio que faltava aquando
do início do curso de formação.
4. Os dias de subsídio de desemprego contam como dias em que descontei para a Segurança
Social?
R: Sim. Os dias em que está a receber subsídio de desemprego também contam como dias em que
descontou para a Segurança Social. Durante esse período, assume-se que os seus rendimentos são
iguais ao valor da remuneração de referência com o limite de 8 vezes o IAS (3.843,44€).
No caso dos ex-pensionistas de invalidez, assume-se que os seus rendimentos são iguais ao valor do
subsídio de desemprego.
No caso de estar a frequentar um curso de formação profissional cuja bolsa é inferior ao valor da
remuneração de referência, assume-se que os rendimentos são iguais à remuneração de referência
menos o valor da bolsa.
Se não cumprir esta obrigação, pode pagar uma multa de 250,00€ a 2.000,00€ (ou metade destes
valores se for uma empresa com 5 ou menos trabalhadores).
6. O período em que estou a receber subsídio de doença conta para o cálculo do subsídio de
desemprego?
R: Os dias em que está a receber subsídio de doença também contam como dias em que descontou
para a Segurança Social. Durante esse período, assume-se que os seus rendimentos são iguais ao
valor da remuneração de referência.
7. O que acontece se o contrato terminar por mútuo acordo mas a entidade empregadora
ultrapassar o número de despedimentos permitidos (as quotas definidas)?
8. Quando o despedimento é por extinção do posto de trabalho o que é que as empresas têm
de fazer para o trabalhador ter direito ao subsídio de desemprego?
Caso o empregador não efetue as comunicações previstas no artigo 369.º do Código do Trabalho, o
despedimento é ilícito (art.º 384.º do Código do Trabalho), pelo que o trabalhador deve apresentar
prova de que intentou ação judicial contra o empregador para que lhe seja atribuído o subsídio.
9. O meu subsídio de desemprego foi suspenso por ter arranjado emprego. Se eu cessar o
contrato por minha iniciativa (durante, ou após o período experimental) tenho direito ao
10. Os valores que recebo da Segurança Social a título de subsídio de desemprego devem ser
declarados para efeitos de IRS?
R: Não, não necessita de declarar, para efeito de IRS, os valores recebidos a título de subsídio de
desemprego
11. Se um dos cônjuges estiver desempregado e o outro a trabalhar, mas entretanto este
também vier a ficar desempregado, há direito à majoração do subsídio de desemprego
desde a data em que o primeiro ficou desempregado?
12. Nas situações em que ambos os cônjuges ou unidos de facto têm direito à majoração do
subsídio de desemprego e cessa o subsídio de desemprego em relação a um deles, o outro
mantém o direito à majoração do subsídio de desemprego?
R: Sempre que um dos cônjuges ou uma das pessoas que vivam em união de facto deixe de receber
subsídio de desemprego e lhe seja atribuído subsídio social de desemprego subsequente ou,
continuando desempregado, não receba qualquer prestação social por essa eventualidade, o outro
cônjuge ou pessoa que viva em união de facto, mantém o direito à majoração do subsídio de
desemprego que está a receber.
No entanto, o número de dias a conceder pode variar de acordo com a situação do beneficiário
perante a segurança social em 31-03-2012. Ou seja, nas situações de desemprego ocorridas após
01-04-2012 podem ser aplicados os períodos de concessão que estavam em vigor em 31-03-2012 e
a que os beneficiários teriam direito nessa data ou os novos períodos de concessão que entraram em
vigor em 01-04-2012 consoante os que forem mais favoráveis.
Assim, aos beneficiários que, em 31-03-2012, tinham prazo de garantia para aceder ao subsídio de
desemprego (em 31-03-2012 o prazo de garantia era de 450 dias), na primeira situação de
desemprego subsidiada ocorrida após 1-04-2012, é garantido o período de concessão do subsídio a
que teriam direito naquela data nos termos da legislação então em vigor (ver tabela publicada na
pág. 19, 20 e 21), desde que mais favorável.
Se tivesse ficado desempregado em 01-04-2012, teria direito a 360 dias de subsídio de desemprego
mais 30 dias por cada grupo de 5 anos com registo de remunerações nos últimos 20 anos (ver tabela
publicada na pág.19). No total teria direito a 420 dias de subsídio de desemprego.
Como em 2016, a idade do beneficiário é superior a 30 anos, pelo novo regime de proteção social do
desemprego teria direito 420 dias de subsídio de desemprego mais 30 dias por cada grupo de 5 anos
com registo de remunerações nos últimos 20 anos (ver tabela publicada na pág. 20). No total, teria
direito a 480 dias de subsídio de desemprego.
Neste caso, aplica-se o novo regime de proteção social do desemprego por ser mais favorável ao
beneficiário.
Como em 31-03-2012, o beneficiário não tinha prazo de garantia para acesso às prestações de
desemprego, o período de concessão do subsídio de desemprego vai ser definido de acordo com o
novo regime de proteção social de desemprego (ver tabela publicada na pág. 20).
Neste exemplo, como o beneficiário tem apenas 4 anos de descontos desde a última situação de
desemprego subsidiado, não tem direito a qualquer acréscimo ao período de concessão.
1.ª Fase
1.º Passo
2.º Passo
Encontrar a remuneração de referência que vai servir de base para cálculo do Subsídio
de Desemprego
RR= R/12
3.º Passo
A regra geral para cálculo do Subsídio de Desemprego é 65% da RR [n.º 1 do art.º 28.º do
Dec. Lei n.º 220/2006], sendo calculado na base de 30 dias por mês, logo:
4.º Passo
❖ Taxa do IRS = Taxa constante das tabelas de retenção de IRS de acordo com o valor
líquido da remuneração de referência e agregado do beneficiário, em vigor à data em que
foi requerida a prestação de desemprego.
5.º Passo
0,75 X VLRR.
2.ª Fase
1. Ser superior a duas vezes e meia do valor do IAS (1.201,08€) nem inferior ao IAS (480,43€),
salvo se a remuneração de referência líquida for inferior ao IAS.
2. Ser superior a 75% da remuneração líquida de referência que lhe serviu de cálculo, sem
prejuízo da garantia do montante mínimo do IAS ou do valor líquido da remuneração de
referência se esta remuneração for inferior ao IAS;
NOTA: Nas situações em que as remunerações que serviram de base ao cálculo do subsídio
de desemprego correspondam, pelo menos, ao salário mínimo nacional (760,00€), a
prestação de desemprego é majorada de forma a atingir o valor mínimo correspondente a
1,15 IAS (552,49€) (Ver exemplo nº 4).
Exemplos de cálculos
Exemplo 1
Um beneficiário com uma retribuição mensal de 300,00€ (tempo parcial), correspondendo a uma RR
de 350,00€ [(300,00€ X 14): 12], e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de
aplicação da tabela de IRS, aplicável em 2023, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor mensal de 311,50€.
Exemplo 2
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor mensal de 480,43€
(IAS).
Exemplo 3
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor mensal de 480,43€
(IAS).
Exemplo 4
Neste caso, como a remuneração de referência (RR) (770,00€) que serviu de base ao cálculo do
subsídio de desemprego é superior ao salário mínimo (760,00€), a prestação de desemprego é
majorada de forma atingir 1,15 IAS, ou seja, passa de 502,43€ para 552,49€ (1,15 IAS).
Exemplo 5
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor de 612,68€.
Exemplo 6
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor de 924,00€.
Exemplo 7
Neste caso, o beneficiário tem direito a uma prestação de desemprego no valor de 1.201,08€ (2,5 do
IAS).
- Na Região Autónoma dos Açores, pelo Instituto da Segurança Social dos Açores.
R: Qualquer trabalhador que fique desempregado, para requerer o subsídio de desemprego tem de
se inscrever no Serviço de Emprego da sua área de residência.
Um cidadão estrangeiro, para se inscrever no Serviço de Emprego, tem de ter título válido de
residência ou respetivo recibo de pedido de renovação ou outro título que lhe permita o exercício de
atividade por conta de outrem. Se for refugiado ou apátrida deve ter um título válido de proteção
temporária.