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Manual de

GUIA PRÁTICO
SUBSÍDIO POR CESSAÇÃO DE ATIVIDADE PARA
TRABALHADORES INDEPENDENTES COM
ATIVIDADE EMPRESARIAL
INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

ISS, I.P. – Departamento/Gabinete Pág. 1/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

FICHA TÉCNICA

TÍTULO
Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com
Atividade Empresarial.
(6008 – v1.09)

PROPRIEDADE
Instituto da Segurança Social, I.P.

AUTOR
Departamento de Prestações e Contribuições

PAGINAÇÃO
Departamento de Comunicação e Gestão do Cliente

CONTACTOS
Linha Segurança Social: 300 502 502, dias úteis das 9h00 às 18h00.
Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurança Social Direta.

DATA DE PUBLICAÇÃO
24 de junho de 2020

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

ÍNDICE

A – O que é? ............................................................................................................................................................ 4
B1 – Quem tem direito? ........................................................................................................................................... 4
Quem tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional? .................................................... 4
Quem não tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?.............................................. 4
Quais as condições necessárias para ter acesso ao subsídio por cessação de atividade profissional? ... 4
Qual é o prazo de garantia? ........................................................................................................ 5
O que conta para o prazo de garantia? ....................................................................................... 6
Não contam para o prazo de garantia: ........................................................................................ 6
B2 – Qual a relação desta prestação com outras que já recebo ou posso vir a receber? ....................................... 6
Não pode acumular com: ........................................................................................................................... 7
Pode acumular com: .................................................................................................................................. 7
Pensão de velhice (antecipada por desemprego de longa duração). ........................................................ 7
Subsídio parcial por cessação de atividade profissional ............................................................................ 7
Pagamento do montante único das prestações do subsídio por cessação de atividade profissional ........ 7
C – Como posso pedir? C1 – Que formulários e documentos tenho de entregar? .................................................. 8
Formulários ................................................................................................................................................ 8
Documentos necessários ........................................................................................................................... 9
Os beneficiários que estão a receber subsídio por cessação de atividade profissional em Portugal e
pretendem ausentar-se do território nacional para procurar trabalho num país da União Europeia,
Islândia, Noruega, Listenstaina ou na Suíça, mantendo o direito às prestações do subsídio por cessação
de atividade profissional, devem: ............................................................................................................. 10
Apresentação do requerimento por um representante .............................................................. 11
Onde se pede? ........................................................................................................................................ 12
Até quando se pode pedir? ...................................................................................................................... 12
D1 – Como funciona esta prestação? – Quanto e quando vou receber? .............................................................. 12
Como se calcula o valor do subsídio por cessação de atividade profissional. ......................................... 13
Limites máximos ao montante do subsídio por cessação de atividade profissional .................. 13
Limite mínimo do montante do subsídio por cessação de atividade profissional ....................... 13
Majoração do montante do subsídio por cessação de atividade profissional ............................ 13
Durante quanto tempo se recebe?........................................................................................................... 14
A partir de quando se tem direito a receber? ........................................................................................... 14
D2 – Como posso receber? ................................................................................................................................... 14
D3 – Quais as minhas obrigações? ....................................................................................................................... 16
Obrigações para com a Segurança Social............................................................................................... 16
O que acontece se não cumprir ................................................................................................. 16
Obrigações para com o Serviço de Emprego, desde a data de apresentação do requerimento do
subsídio por cessação de atividade profissional ...................................................................................... 17
Pode ser dispensado de algumas destas obrigações ................................................................ 18
O que são diligências de procura ativa de emprego .................................................................. 18
Como se comprova as diligências de procura ativa de emprego ............................................... 18
O que acontece se não cumprir ................................................................................................. 19
D4 – Por que razões é suspenso ou termina? ....................................................................................................... 20
O pagamento do subsídio por cessação de atividade profissional é suspenso se: ................................. 20
O que é preciso fazer para reiniciar o pagamento ..................................................................... 21
Casos em que perde o direito ao subsídio cujo pagamento está suspenso (e não pode haver
reinício do pagamento) .............................................................................................................. 22
O subsídio por cessação de atividade profissional termina definitivamente se: ...................................... 22
E – Outra Informação. E1 – Legislação Aplicável .................................................................................................. 22
E2 – Glossário ....................................................................................................................................................... 24
Perguntas Frequentes ........................................................................................................................................... 24

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

A – O que é?

O subsídio por cessação de atividade profissional é um valor em dinheiro que é pago mensalmente
aos trabalhadores independentes que cessaram a atividade empresarial de forma involuntária e que
se encontrem inscritos para emprego no Centro de Emprego ou Serviço de Emprego dos Centros de
Emprego e Formação Profissional (doravante designado por Serviço de Emprego).

B1 – Quem tem direito?

Quem tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?


Quem não tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?
Quais as condições necessárias para ter acesso ao subsídio por cessação de atividade profissional?
Qual é o prazo de garantia
O que conta para o prazo de garantia
Não contam para o prazo de garantia

Quem tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?


− Empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer
atividade comercial ou industrial, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares;

− Titulares de estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;

− Cônjuges dos trabalhadores independentes, referidos nas alíneas anteriores que com eles
exerçam efectiva atividade profissional com caráter de regularidade e permanência.

Quem não tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?


• Pensionistas de invalidez e velhice;

• Quem, à data da cessação da atividade profissional ou encerramento da empresa, já puder


pedir a pensão de velhice.

Quais as condições necessárias para ter acesso ao subsídio por cessação de atividade
profissional?
1. Ser residente em Portugal.
2. Se for estrangeiro, ter título válido de residência ou respetivo pedido de renovação.

3. Se for refugiado ou apátrida, ter um título válido de proteção temporária.

4. A cessação da atividade profissional ter sido involuntária (desemprego involuntário).

Nota: A cessação de atividade profissional considera-se involuntária sempre que decorra de:

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

o Redução do volume de negócios igual ou superior a 40%, verificada no ano de cessação da


atividade e nos dois anos imediatamente anteriores;

o Apresentação de resultados negativos contabilísticos e fiscais, verificados no ano de


cessação da atividade e no ano imediatamente anterior;

o Sentença de declaração de insolvência (não qualificada como culposa), que decretou o


encerramento total e definitivo da atividade;

o Sentença de declaração de insolvência (não qualificada como culposa),que decretou a


inibição do empresário ou titular de estabelecimento em nome individual;

o Motivos económicos, técnicos, produtivos e organizativos, que inviabilizaram a continuação


da atividade empresarial;

o Perda de licença administrativa não decorrente do incumprimento contratual ou da prática de


infração administrativa ou delito imputável ao próprio;

o Motivo de força maior, que determinou a cessação da atividade empresarial. Neste caso, o
estabelecimento deve manter-se encerrado enquanto o beneficiário se encontrar a receber as
prestações por cessação de atividade profissional.

5. Ter, na data em que ocorreu a cessação da atividade, a situação contributiva regularizada


perante a segurança social.

6. Não estar a trabalhar (se, à data em que cessou a atividade empresarial, mantiver outra
actividade profissional a tempo parcial, poderá ter direito ao subsídio parcial por cessação
de atividade profissional desde que a retribuição do trabalho a tempo parcial seja inferior ao
valor do subsídio por cessação de atividade profissional).

7. Estar inscrito, à procura de emprego, no Serviço de Emprego da área onde vive.

8. Ter pedido o subsídio no prazo de 90 consecutivos (seguidos) dias a contar da data da


cessação da atividade profissional.

9. Cumprir o prazo de garantia.

Qual é o prazo de garantia?


Para terem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional têm de ter 720 dias de
exercício de atividade profissional como trabalhadore independente com atividade empresarial,
com as respetivas contribuições pagas à taxa de 25,2%, num período de 48 meses
imediatamente anterior à data da cessação da atividade profissional.
Para completar este prazo de 720 dias são contados, se for necessário, outros períodos de
registo de remunerações no âmbito do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem (TCO)
e do regime dos trabalhadores independentes (TI), desde que a respetiva taxa contributiva inclua
a proteção no desemprego.

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Nota: No caso dos trabalhadores independentes com atividade empresarial, a situação


contributiva irregular determina o indeferimento da prestação. Porém, se na data da cessação da
atividade estiver em curso um plano prestacional para regularização da dívida de contribuições,
há lugar à suspensão do pagamento do subsídio por cessação de atividade profissional a partir
da data em que o mesmo é devido. Caso a totalidade da dívida seja liquidada dentro dos 3 meses
subsequentes ao mês em que tenha ocorrido a suspensão é pago o subsídio desde a data do
requerimento.
Se a totalidade da dívida for paga após o decurso dos 3 meses, o beneficiário perde o direito às
prestações suspensas e só retoma o direito a partir do dia seguinte àquele em que pagou a
totalidade da dívida e pelo remanescente do período de concessão do subsídio.

O que conta para o prazo de garantia?


Contam para o prazo de garantia:
• Todos os dias de exercício de atividade profissional como trabalhador independente
com atividade empresarial, com pagamento de contribuições à taxa de 25,2%, num
período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação involuntária da
atividade profissional.
• Os dias em que exerceu atividade profissional como trabalhador independente com
atividade empresarial, com respetivo pagamento de contribuições à taxa de 25,2%,
no mês em que cessou a atividade profissional;
• Os dias em que exerceu outra actividade profissional como trabalhador por conta de
outrem (TCO) ou trabalhador independente (TI), desde que a respetiva taxa
contributiva inclua a protecção no desemprego.
• Os dias em que esteve a receber subsídio da segurança social no âmbito da proteção
na doença e na parentalidade.

Não contam para o prazo de garantia:


• Os dias em que esteve a receber subsídio por cessação de atividade profissional ou
outra prestação de desemprego;
• Os dias que trabalhou como trabalhador por conta de outrem (TCO) ou como membro
de órgão estatutário de pessoa coletiva (MOE), cujo pagamento das contribuições
não inclua a protecção no desemprego.
• Os dias em que trabalhou com contrato a tempo parcial (part-time) ou exerceu
atividade independente e recebeu simultaneamente subsídio parcial por cessação
de atividade profissional ou subsídio de desemprego parcial.

B2 – Qual a relação desta prestação com outras que já recebo ou posso vir a receber?

Não pode acumular com...


Pode acumular com...
Pensão de velhice (antecipada por desemprego de longa duração)

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Subsídio parcial por cessação de atividade profissional


Pagamento do montante único das prestações do subsídio por cessação de atividade profissional

Não pode acumular com:


• Pensão da Segurança Social ou de outro sistema de proteção social obrigatório (incluindo a
função pública e sistemas de segurança social estrangeiros).

• Pré-reforma e outros pagamentos regulares, normalmente designados por rendas, feitos


pelos empregadores por motivo de cessação do contrato de trabalho.

• Outros subsídios que compensem a perda de remuneração (subsídio de doença, subsídio


parental inicial ou por adoção, etc.).

• Subsídio de apoio ao cuidador informal principal.

Pode acumular com:


• Indemnizações e pensões por riscos profissionais (doenças profissionais e acidentes de
trabalho) e equiparadas (deficientes das Forças Armadas).

Pensão de velhice (antecipada por desemprego de longa duração).


Os trabalhadores independentes com atividade empresarial não têm direito à Pensão de Velhice
antecipada por desemprego de longa duração.

Subsídio parcial por cessação de atividade profissional


Se na data em cessou a atividade empresarial, como trabalhador independente, que determina a
concessão do subsídio por cessação de atividade profissional, exercer atividade por conta de outrem
a tempo parcial, pode ter direito ao subsídio parcial por cessação de atividade profissional desde que
a retribuição do trabalho por conta de outrem a tempo parcial seja inferior ao valor do subsídio por
cessação de atividade profissional.

Se está a receber subsídio por cessação de atividade profissional e começar a trabalhar como
trabalhador por conta de outrem a tempo parcial ou como trabalhador independente e se a retribuição
do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da atividade independente for inferior ao
valor do subsídio por cessação de atividade profissional, pode ser-lhe atribuído o subsídio parcial por
cessação de atividade profissional, desde que, consoante o caso, apresente cópia do contrato de
trabalho a tempo parcial com indicação da remuneração ou apresente prova do tipo de atividade
independente exercida (profissional livre ou empresário em nome individual) e valor dos respetivos
rendimentos ilíquidos.

Pagamento do montante único das prestações do subsídio por cessação de atividade


profissional
O subsídio por cessação de atividade profissional pode ser pago antecipadamente de uma só vez, na
totalidade ou parcialmente, caso o beneficiário apresente no Centro de Emprego do Instituto de
Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP) um projeto de criação do seu próprio emprego e este
seja aprovado.

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Ver em: https://www.iefp.pt/empreendedorismo

C – Como posso pedir? C1 – Que formulários e documentos tenho de entregar?

Formulários
Documentos necessários
Beneficiários que estão a receber subsídio por cessação de atividade profissional em Portugal e
pretendem ausentar-se do território nacional para procurar trabalho num país da União Europeia,
Islândia, Noruega, Listenstaina ou na Suíça, mantendo o direito ao subsídio por cessação de
atividade profissional
Apresentação do requerimento por um representante
Onde se pede
Até quando se pode pedir

Formulários
• Modelo RP5065 - DGSS – Requerimentos de prestações de desemprego (preenchido online
pelo funcionário do Serviço de Emprego) para trabalhadores independentes com atividade
empresarial.

Nota: Por motivos técnicos, não é possível a apresentação do requerimento na Segurança


Social Direta, podendo apenas ser apresentado no serviço de emprego.

• Modelo RP5066-DGSS – Declaração de situação de desemprego para trabalhadores


independentes com atividade empresarial.

• Modelo RP5059-DGSS – Majoração do Montante do Subsídio por Cessação de Atividade.

Nota: O requerimento de majoração do Subsídio por Cessação de Atividade deve ser apresentado,
preferencialmente, na Segurança Social Direta em www.seg-social.pt, selecionando “Perfil” aqui deve
selecionar “Documentos de prova”. Surge uma nova janela, premir “Enviar documentos de prova”
aqui deve escolher o Assunto “Req. Majoração do Subsídio de Desemprego” e anexar o ficheiro com
o Modelo RP5059-DGSS previamente preenchido.
O requerimento de majoração do Subsídio por Cessação de Atividade – RP5059-DGSS - pode,
ainda, ser entregue em qualquer Serviço de Atendimento da Segurança Social ou enviado pelo
correio para o Centro Distrital da área da residência do beneficiário.

Estes Formulários/Modelos encontram-se disponíveis em www.seg-social.pt no menu


“Documentos e Formulários”. Deverá selecionar Formulários e no campo Pesquisar inserir
número do formulário ou nome do modelo.

Por exemplo, se pretende aceder à Declaração de Situação de Desemprego para trabalhadores


independentes com atividade empresarial, no campo Pesquisa deverá colocar “RP5066-DGSS”
ou “Declaração – Trabalhadores independentes com atividade empresarial”.

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Documentos necessários
Declaração que comprova o desemprego (Modelo RP5066-DGSS).

Deve ser apresentada pelo trabalhador independente com atividade empresarial no Serviço de
Emprego.

Atenção: Tem de inscrever-se no Serviço de Emprego da zona onde vive, antes ou quando pedir o
Subsídio por Cessação da Atividade Profissional.

Documentos comprovativos do motivo de cessação da atividade

Se a atividade profissional cessou em consequência de:

1. Redução do volume de negócios igual ou superior a 40%, verificada no ano de cessação da


atividade e nos dois anos imediatamente anteriores;

2. Apresentação de resultados negativos contabilísticos e fiscais, no ano de cessação de


atividade e no imediatamente anterior;

3. Motivos económicos, técnicos, produtivos e organizativos, que inviabilizaram a continuação


da atividade empresarial;

4. Perda de licença administrativa não decorrente do incumprimento contratual ou da prática de


infracção administrativa ou delito imputável ao próprio;

5. Motivo de força maior, que determinou a cessação da atividade empresarial, com


encerramento do estabelecimento;

6. Sentença de declaração de insolvência (não qualificada como culposa), que decretou o


encerramento total e definitivo da atividade;

7. Sentença de declaração de insolvência (não qualificada como culposa), que decretou a


inibição do empresário ou titular de estabelecimento em nome individual.

Para os Motivos 1 a 5, deve apresentar:


– Declaração de cessação de atividade para efeitos de IVA;
– Documentos contabilísticos, fiscais ou administrativos comprovativos de cada um dos motivos.

Nota:
Em relação ao motivo 2, quando a cessação da atividade para efeitos de IVA ocorra antes do
final do ano relevante (ano da cessação da atividade) a prova dos resultados negativos ou da
redução do volume de faturação pode ser feita pela Informação Empresarial Simplificada (IES) ou
declaração fiscal ou, quando tal não for possível, através de declaração de estimativa de
resultados emitida por TOC ou ROC.

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Em relação ao motivo 3, os documentos contabilísticos ou fiscais devem comprovar que no ano


relevante (ano da cessação da atividade) se verificou uma redução de, pelo menos, 75% do
volume de faturação em relação ao ano anterior, ou proveitos inferiores a 2/3 dos custos.

Para os Motivos 6 e 7, deve apresentar:


– Cópia da sentença

Os beneficiários que estão a receber subsídio por cessação de atividade profissional em


Portugal e pretendem ausentar-se do território nacional para procurar trabalho num país da
União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou na Suíça, mantendo o direito às prestações
do subsídio por cessação de atividade profissional, devem:
− Ter permanecido inscritos no centro de emprego durante, pelo menos, quatro semanas
após o início do desemprego;
− Informar o Serviço de emprego de que se vão ausentar do território nacional para
procurar trabalho;
− Solicitar ao competente serviço de Segurança Social o documento portátil U2;
− Inscrever-se como candidatos a emprego nos serviços de emprego do Estado-Membro
da União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça onde vão procurar
trabalho, no prazo de 7 dias, devendo aí apresentar o documento portátil U2. (Caso a
inscrição seja feita após o referido prazo, o subsídio por cessação de atividade
profissional só é pago a partir da data da inscrição no serviço de emprego do Estado-
Membro da União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça).

Importante: O subsídio por cessação de atividade profissional pode ser pago por um período de três
meses a contar da data em que o desempregado deixou de estar à disposição do serviço de emprego
em Portugal, podendo ser solicitada a sua prorrogação por mais 3 meses, não podendo, em ambos
os casos, ser ultrapassado o período de concessão atribuído inicialmente. No caso de prorrogação, o
requerimento deverá ser devidamente fundamentado (designadamente na perspetiva da promoção
da empregabilidade do beneficiário) e entregue, junto do serviço de Segurança Social que emitiu o
documento portátil U2, até 30 dias antes do termo do período inicial.

A prorrogação é comunicada pelo competente Centro Distrital ao serviço de emprego do país onde o
beneficiário está inscrito, através de formulário próprio (SED U015), mas, antes disso, o Centro
Distrital pode solicitar informação sobre o acompanhamento mensal daquele desempregado ao
serviço de emprego do país onde o desempregado está à procura de emprego, através do SED
U012. Esta informação deve ser comunicada pelo serviço de emprego do país onde o desempregado
está inscrito ao Centro Distrital, através do SED U013.

As prestações de desemprego são pagas pela Segurança social portuguesa, mas o beneficiário fica
sujeito ao controlo que é organizado pelo serviço de emprego desse Estado-Membro da União
Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça, que o informa das suas obrigações, devendo o

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

mesmo respeitar as condições estabelecidas pela legislação daquele Estado-Membro da União


Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça.

O serviço de emprego do Estado-Membro da União Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da


Suíça para onde o desempregado se deslocou envia imediatamente ao competente Centro Distrital
um documento (formulário U009) do qual constem a data de inscrição do desempregado nos
serviços de emprego e o seu novo endereço.

Se, durante o período em que o desempregado tiver direito à manutenção das prestações, ocorrer
algum facto suscetível de modificar esse direito, o serviço de emprego do Estado-Membro da União
Europeia, Islândia, Noruega, Listenstaina ou da Suíça para onde o desempregado se deslocou
transmite de imediato à instituição portuguesa competente e ao interessado um documento do qual
constem as informações pertinentes.

Se o desempregado não encontrar emprego no Estado-Membro da União Europeia, Islândia,


Noruega, Listenstaina ou da Suíça para onde se deslocou e regressar a Portugal antes do termo do
período de 3 meses, para continuar a receber as prestações do subsídio por cessação de atividade
profissional terá de se inscrever no serviço de emprego da sua área de residência.

Se não regressar a Portugal e não se inscrever no serviço de emprego até ao termo do período de 3
ou, no caso de prorrogação, 6 meses, perde o direito às prestações que lhe estavam a ser pagas pela
instituição portuguesa, salvo se provar, através do documento portátil U1, que esteve a trabalhar.

Apresentação do requerimento por um representante


O requerimento das prestações do subsídio por cessação de atividade profissional pode ser
apresentado por um representante nos casos em que os beneficiários adoeçam após a data da
cessação da atividade profissional e fiquem impedidos de se deslocarem ao serviço de emprego,
devendo o representante fazer prova do impedimento do beneficiário através do atestado (CIT)
emitido por médico dos serviços competentes do Serviço Nacional de Saúde.

Caso a situação de doença se prolongue para além da data inicialmente prevista, os beneficiários
devem remeter ao serviço de emprego da área da sua residência a respetiva certificação médica
(CIT) no prazo de 5 dias úteis.

Após o termo do período de incapacidade temporária para o trabalho, os beneficiários devem


atualizar a respetiva inscrição no serviço de emprego da área da sua residência no prazo de 5 dias
úteis.

O incumprimento dos prazos de remessa do CIT ou de atualização da inscrição no serviço de


emprego pode determinar a redução do período de concessão.

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Onde se pede?
No Serviço de Emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P. mais próximo de si.

Consulte a rede de serviços de emprego na página do IEFP em: https://www.iefp.pt/redecentros

Até quando se pode pedir?


Até 90 dias consecutivos (seguidos), depois da data da cessação da atividade profissional, mas
apenas tem direito a receber a partir da data de entrega do pedido.
Se entregar o requerimento após o prazo de 90 dias consecutivos (seguidos), os dias
correspondentes ao atraso serão descontados no período de concessão das prestações por
cessação de atividade profissional.

A contagem dos 90 dias consecutivos (seguidos) fica suspensa enquanto o trabalhador


independente com atividade empresarial, estiver numa destas situações:
• Baixa por doença (se a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada à
Segurança Social e confirmada pelo Sistema de Verificação de Incapacidades; caso
contrário, retoma-se a contagem dos 90 dias consecutivos (seguidos) do prazo a partir do
31.º dia de doença).
Obs: Nas situações de doença por acidente de trabalho ou viação os beneficiários não estão
obrigados a comunicar a incapacidade. No entanto, aquando da entrega do requerimento das
prestações de desemprego nos serviços de Emprego devem apresentar declaração da
seguradora responsável pelo pagamento da indemnização com indicação do respetivo
período de incapacidade.
• A receber subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da gravidez,
subsídio parental (subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio
parental inicial exclusivo da mãe e subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso
de impossibilidade do outro) e subsídio por adoção;

• A desempenhar funções de manifesto interesse público;

• Detido em estabelecimento prisional e outras medidas de coação privativas da liberdade.

D1 – Como funciona esta prestação? – Quanto e quando vou receber?


Quanto se recebe
Como se calcula o valor do subsídio por cessação de atividade profissional
Limites máximos ao montante do subsídio por cessação de atividade profissional
Limite mínimo do montante do subsídio por cessação de atividade profissional
Majoração do montante do subsídio por cessação de atividade profissional
Durante quanto tempo se recebe?
A partir de quando se tem direito a receber?

Quanto se recebe

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

O montante diário do subsídio por cessação de atividade profissional é 65% da remuneração de


referência (RR), calculado na base de 30 dias por mês, sem prejuízo da aplicação do limite mínimo
ou máximo previsto na lei.

Como se calcula o valor do subsídio por cessação de atividade profissional.


1. Somam-se todas as remunerações declaradas dos primeiros 12 meses dos últimos 14 (a contar
do mês anterior àquele em que cessou a atividade empresarial). Por exemplo, se ficou
desempregado a 7 de janeiro de 2019, somará as remunerações de novembro de 2017 a outubro
de 2018.
2. Divide-se o total da soma por 12 (R/12). Este valor é a remuneração de referência ilíquida.
3. Multiplica-se o valor obtido por 0,65 e obtém o montante mensal do subsídio por cessação de
atividade profissional.

Limites máximos ao montante do subsídio por cessação de atividade profissional


O valor mensal do subsídio por cessação de atividade profissional não pode ser superior a
duas vezes e meia do valor do IAS (1.097,03€), não podendo ultrapassar 75% do valor líquido
da remuneração de referência que serviu de base de cálculo ao subsídio.

Limite mínimo do montante do subsídio por cessação de atividade profissional

O valor do subsídio por cessação de atividade profissional não pode ser inferior ao valor do
IAS (438,81€).

Porém, nos casos em que 75% do valor líquido da remuneração de referência seja inferior ao
valor do IAS, o valor do subsídio por cessação de atividade profissional é igual ao menor dos
seguintes valores: IAS ou valor líquido da remuneração de referência.

Nota: Para o cálculo do valor líquido da remuneração de referência desconta-se ao valor


ilíquido da remuneração de referência os valores correspondentes à taxa de IRS e à taxa
contributiva da segurança social aplicáveis.

Atenção:
O montante mensal do subsídio por cessação de atividade profissional não pode, em qualquer
caso, ser superior ao valor líquido da remuneração de referência que serviu de base de cálculo ao
subsídio.

Majoração do montante do subsídio por cessação de atividade profissional

a) Nos casos em que no mesmo agregado familiar ambos os cônjuges ou pessoas que vivam
em união de facto se encontram a receber subsídio de desemprego ou subsídio por
cessação de atividade profissional e tenham filhos ou equiparados a cargo titulares de
abono de família, o montante do subsídio de desemprego ou do subsídio por cessação de
atividade profissional é majorado em 10% do seu montante para cada titular da prestação;

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

b) Tratando-se de um agregado monoparental, o montante do subsídio por cessação de


atividade profissional é majorado em 10% se o titular do subsídio for o único adulto a viver
com a(s) criança(s) titular(es) de abono de família.

Durante quanto tempo se recebe?

Depende da idade que tiver e do número de meses com descontos para a Segurança Social, desde a
última vez que esteve desempregado com direito a subsídio.

Para a contagem dos meses com descontos conta, além do tempo que trabalhou com contrato ou a
recibos verdes, o tempo em que esteve a receber subsídio de doença ou subsídios no âmbito da
proteção na parentalidade, concedidos após o fim do período de concessão das prestações devidas
pela última situação de desemprego.

Não conta o tempo que esteve a receber subsídio por cessação de atividade profissional.

Idade do N.º de meses com Durante quanto tempo recebe


Beneficiário descontos para a SS N.º de dias Acréscimo

Menos de 30 +30 dias por cada 5 anos com registo de


330
anos remunerações nos últimos 20 anos

Igual ou superior
+30 dias por cada 5 anos com registo de
a 30 anos e 420
remunerações nos últimos 20 anos
inferior a 40 anos Igual ou superior a 24
Igual ou superior
+45 dias por cada 5 anos com registo de
a 40 anos e 540
remunerações nos últimos 20 anos
inferior a 50 anos

+ 60 dias por cada 5 anos com registo de


Mais de 50 anos 540
remunerações nos últimos 20 anos

A partir de quando se tem direito a receber?

Desde o dia em que pede o subsídio.

D2 – Como posso receber?

Pode receber através de:


− Transferência bancária.
− Vale postal (correio)
Como aderir aos Serviços Mínimos Bancários (SMB)

Para maior comodidade e segurança adira ao pagamento dos subsídios por transferência
bancária. O dinheiro entra diretamente na sua conta bancária e fica disponível de imediato.
A Segurança Social garante um pagamento mais rápido, mais seguro, sem atrasos e extravios.

Como aderir ao pagamento por transferência bancária


1. Pela Internet, no serviço Segurança Social Direta:

ISS, I.P. Pág. 14/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

− Aceda ao site da Segurança Social em www.seg-social.pt;


− Clique em: “Segurança Social Direta ”
− Digite o NISS (Número de Identificação de Segurança Social) e a Palavra-Chave;
− No menu “Perfil” clique em “Alterar conta bancária”
− Indique o seu IBAN
− A alteração do IBAN é efetuada de imediato no sistema de informação da Segurança Social.

2. Preenchendo o modelo MG2-DGSS

Este Formulário/Modelo encontra-se disponível para impressão em www.seg-social.pt, no


menu “Documentos e Formulários”. Deverá selecionar Formulários e no campo Pesquisa
inserir número do formulário (Modelo MG2-DGSS) ou nome do modelo (Pedido de Alteração
de Morada ou de Outros Elementos).

2.1 Junte um dos seguintes documentos:


− Documento da instituição bancária comprovativo do IBAN (Número Internacional de
Conta Bancária), onde conste o nome do beneficiário como titular;
ou
− Fotocópia da primeira folha da caderneta bancária.

2.2 Junte também fotocópia de documento de identificação civil válido do beneficiário (cartão de
cidadão, bilhete de identidade, passaporte ou outro documento com fotografia), ou do rogado,
se o pedido for assinado por outrem, a rogo do beneficiário

Nota: No caso de IBAN inválido, esta declaração Modelo MG2-DGSS fica sem efeito. Para o
pagamento de Prestações Sociais a que tem direito, será utilizado o meio de pagamento Vale
postal (correio).

Envie o formulário e os documentos (IBAN e identificação) pelo correio para o Centro Distrital da
sua área de residência ou entregue-os diretamente num dos Serviços de Atendimento da
Segurança Social.

Poderá consultar o mapa da rede de serviços de atendimento público em www.seg-social.pt, no


menu “A Segurança Social” clique em “serviços de atendimento”.

Pode também obter o formulário nos Serviços de Atendimento da Segurança Social.

Vale postal (correio)

Os vales postais podem ser levantados nos CTT ou depositados em instituições bancárias. Podem
também ser endossados (passados ou transmitidos), sendo que só pode existir um endosso em cada
vale emitido.

ISS, I.P. Pág. 15/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Como aderir aos Serviços Mínimos Bancários (SMB)

Os serviços mínimos bancários são um conjunto de serviços bancários considerados essenciais, aos
quais os cidadãos podem aceder a custo reduzido.
Obtenha informação sobre os Serviços Mínimos Bancários junto do balcão ou nos sites das
instituições de crédito, ou em https://clientebancario.bportugal.pt / www.todoscontam.pt.

D3 – Quais as minhas obrigações?


Obrigações para com a Segurança Social
O que acontece se não cumprir
Obrigações para com o Serviço de Emprego
Pode ser dispensado de algumas destas obrigações
O que são diligências de procura ativa de emprego
Como se comprova as diligências de procura ativa de emprego
O que acontece se não cumprir

Obrigações para com a Segurança Social

1. Comunicar à Segurança Social, no prazo de 5 dias úteis, a contar da data em que toma
conhecimento:

• qualquer situação que leve à suspensão ou ao fim do subsídio por cessação de


atividade profissional.

Nota: Os beneficiários podem utilizar os seguintes meios para procederem às respetivas


comunicações:
a. Serviços de atendimento da Segurança Social.

b. Por correio, para os serviços da Segurança Social da área da residência do beneficiário.

c. Por e-mail, enviado através da Segurança Social Direta, para comunicar o exercício de
atividade profissional por conta de outrem (EACO) para efeitos de suspensão das
prestações do subsídio por cessação de atividade profissional.

2. Devolver o subsídio por cessação de atividade profissional, se lhe tiver sido pago sem ter
direito a ele.

O que acontece se não cumprir


Situação Consequência

Se não cumprir os deveres para com a Multa de 100,00€ a 700,00€


Segurança Social

Se trabalhar enquanto está a receber Multa de 250,00€ a 1.000,00€


subsídio por cessação de atividade

ISS, I.P. Pág. 16/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

profissional (mesmo que não se prove


que recebeu um salário)

Se não comunicar à Segurança Social Pode ficar até 2 anos impedido de


que começou a trabalhar a contrato ou receber subsídio por cessação de
a recibo verde (para que lhe seja atividade profissional, subsídio de
suspenso o subsídio por cessação de desemprego e/ou subsídio social de
atividade profissional) desemprego.

Obrigações para com o Serviço de Emprego, desde a data de apresentação do requerimento


do subsídio por cessação de atividade profissional

1. Aceitar e cumprir o Plano Pessoal de Emprego

2. Aceitar emprego conveniente, trabalho socialmente necessário, formação profissional e


outras medidas ativas de emprego em vigor.

3. Procurar ativamente emprego, de acordo com o plano pessoal de emprego, e demonstrar ao


Serviço de Emprego que o faz

4. Sujeitar-se a medidas de avaliação, acompanhamento e controlo, nomeadamente:

- Comparecer nas datas e locais determinados pelo Serviço de Emprego.

5. Além disso, deve avisar o Serviço de Emprego, no prazo de 5 dias úteis, a contar da data do
conhecimento do facto, se:

• Mudar de morada.

• Viajar para fora do país; deve comunicar quanto tempo vai estar ausente.

• Iniciar ou terminar situações de proteção na parentalidade: subsídio por risco clínico


durante a gravidez, subsídio por interrupção da gravidez, subsídio parental inicial,
subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio parental inicial exclusivo da mãe,
subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e
subsídio por adoção.

• Ficar doente, mediante apresentação do Certificado de Incapacidade Temporária para o


Trabalho por estado de doença (CIT) emitido pelo Serviço Nacional de Saúde, inicial e
respetivos prolongamentos.

• Cessar a incapacidade que permitiu a sua inscrição em situação de incapacidade


temporária por motivo de doença, para atualizar a inscrição no centro de emprego.

Atenção: As situações de doença têm que ser comunicadas ao Serviço de Emprego, no


prazo de 5 dias úteis a contar da data do seu início. No entanto, se o beneficiário for
convocado pelo Serviço de Emprego mas, entretanto, ficar doente e por esse motivo não
puder comparecer à convocatória, para justificar a falta, deve apresentar o respetivo CIT, no
prazo de cinco dias seguidos a contar do dia imediato à falta de comparência.

ISS, I.P. Pág. 17/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Os cidadãos de países que não pertencem à União Europeia, Islândia, Noruega


Listenstaina ou Suíça devem manter o título válido de residência ou permanência que
habilitou à inscrição no centro de emprego, sob pena da sua inscrição para emprego
ser anulada.

Pode ser dispensado de algumas destas obrigações


Em cada ano, pode ser dispensado, durante 30 dias seguidos, de cumprir as obrigações
enunciadas nos números 1 a 4 do ponto anterior.
Para isso tem de comunicar ao Serviço de Emprego, com a antecedência de 30 dias
seguidos, qual o período em que pretende ter a referida dispensa.

Caso não comunique com a antecedência referida, não pode invocar que o
incumprimento de qualquer dever ou obrigação foi efetuado em período de dispensado
anual.

O que são diligências de procura ativa de emprego


• Respostas escritas a anúncios de emprego;
• Respostas ou comparências a ofertas de emprego divulgadas pelo Serviço de Emprego
ou pelos meios de comunicação social, ou divulgadas por qualquer outro meio;
• Apresentação de candidaturas espontâneas;
• Diligências para a criação do próprio emprego ou para a criação de uma nova iniciativa
empresarial;
• Respostas a ofertas disponíveis na Internet;
• Registos do curriculum vitae em sítios da Internet;
• Comparência em entrevistas de emprego ou seleção;
• Inscrição em empresas de recrutamento, seleção, Empresas de Trabalho Temporário e
Agências Privadas de Colocação.

Como se comprova as diligências de procura ativa de emprego

a) Comprovativo do envio de candidatura espontânea, nomeadamente mediante a


exibição de cópia de cartas, do registo das remessas eletrónicas, através da exibição
dos originais das respostas das empresas às candidaturas ou qualquer outra prova que
o Serviço de Emprego considere válida. A declaração sob compromisso de honra pode
ser igualmente considerada, a título excecional;

b) Comprovativo de resposta a anúncios, nomeadamente mediante a exibição de


cópias de anúncios (com menção ao dia de publicação, ainda que manuscrita) e ainda
das cópias das cartas e anexos remetidos, devidamente datados, ou através da
exibição dos originais das respostas das empresas às candidaturas formuladas. A
declaração sob compromisso de honra bem como qualquer outra prova que o Serviço
de Emprego considere válida pode ser igualmente considerada em como as diligências

ISS, I.P. Pág. 18/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

foram efetuadas;

c) Comprovativo da comparência nas entrevistas de emprego, mediante a exibição de


declaração de comparência emitida por representante ou trabalhador da entidade,
validada por aposição da respetiva assinatura;

Na impossibilidade da obtenção de uma declaração da empresa em que tenha ocorrido


a entrevista e desde que a mesma não resulte de convocatória do Serviço de Emprego,
poderá ser considerado como comprovativo a declaração sob compromisso de
honra, desde que nesta conste uma menção expressa à entidade e indicação de
contacto pessoal para eventual confirmação por parte do Serviço de Emprego, ainda
que promovida aleatoriamente;

d) Comprovativo das iniciativas desencadeadas tendo em vista a criação do próprio


emprego ou empresa, quando não houver qualquer apoio por parte do IEFP, IP,
mediante a exibição do original ou cópia da candidatura já apresentado ou dos
procedimentos ulteriores promovidos até ao deferimento, nomeadamente a inscrição de
inicio de atividade na Repartição de Finanças, e/ou documento de “constituição de
empresa na hora”;

e) Comprovativo da participação em ações de aproximação ao mercado de


emprego, mediante apresentação de um documento que a respetiva organização
promotora da ação possa emitir, identificando-se, bem como ao momento e o local da
ação e ainda o respetivo participante;

f) Comprovativo da participação em ações de formação promovidas por entidades


externas ao IEFP, IP, através da exibição de um documento da inscrição ou de
frequência;

g) Respostas recebidas de entidades empregadoras;

h) Comprovativo dos contactos estabelecidos com entidades empregadoras;

i) Cópia dos anúncios colocados, tendo visível a data e o local onde foram colocados;

O que acontece se não cumprir

A inscrição no Serviço de Emprego é anulada e perde o direito ao subsídio por


cessação de atividade profissional se, injustificadamente:

• Recusar emprego conveniente;


• Recusar, desistir injustificadamente ou exclusão justificada de:
− Formação Profissional;
− Trabalho Socialmente Necessário;
− Medidas Ativas de Emprego;
• Recusar a formalização do Plano Pessoal de Emprego (PPE), manifestada

ISS, I.P. Pág. 19/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

presencialmente ou através da não comparência injustificada a convocatória para o


efeito;
• Faltar a convocatórias, diretamente ou através da rede de Gabinetes de Inserção
Profissional (GIP), nas situações em que já tenha tido uma advertência escrita,
independentemente do motivo que lhe deu origem;
• Não se apresentar noutra entidade para onde tenha sido encaminhado pelo Serviço
de Emprego (por exemplo, para uma entrevista);
• Ocorrer 2ª atuação injustificada.

Nota:. Dispõe até 5 dias seguidos a contar do dia imediato à falta, para justificar todos os
incumprimentos e situações de doença.
Se a inscrição no Serviço de Emprego for anulada, só poderá voltar a inscrever-se decorridos
90 dias consecutivos (seguidos) contados da data de decisão de anulação.

D4 – Por que razões é suspenso ou termina?

O pagamento do subsídio por cessação de atividade profissional é suspenso se…


O que é preciso fazer para reiniciar o pagamento
Casos em que perde o direito ao subsídio (e não pode haver reinício do pagamento)
O subsídio por cessação de atividade profissional termina definitivamente se…

O pagamento do subsídio por cessação de atividade profissional é suspenso se:


• For atribuído subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da
gravidez, subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio parental
inicial exclusivo da mãe, subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de
impossibilidade do outro e subsídio por adoção.

• Começar a trabalhar a recibos verdes ou com contrato.

Nota: Se durante o período de atribuição do subsídio por cessação de atividade profissional o


beneficiário começar a trabalhar como contratado (TCO) ou como independente (TI), mesmo
que receba pela atividade exercida menos do que o valor do subsídio por cessação de
atividade profissional, há sempre lugar à suspensão do subsídio por cessação de atividade
profissional. No entanto, poderá ter direito ao subsídio parcial por cessação de atividade
profissional, caso se encontrem reunidas as condições para atribuição do mesmo e faça
prova dessas condições.
• Estiver a frequentar um curso de formação profissional pelo qual lhe seja paga uma bolsa. Se
o valor que lhe pagam pelo curso for mais baixo do que a prestação do subsídio por cessação
de atividade profissional, continua a receber o subsídio mas o valor que lhe pagam pelo curso
é descontado.

• Sair do país, exceto no período anual de dispensa ou tratamentos médicos cuja necessidade
seja atestada nos termos estabelecidos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (deve

ISS, I.P. Pág. 20/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

comunicar ao Serviço de Emprego que se vai ausentar).

• Se sair do país em missão de voluntariado devidamente comprovada, durante o período de


duração da missão, até ao máximo de cinco anos, a contar da data do requerimento do
subsídio por cessação de atividade profissional.

• Se sair do país na qualidade de bolseiro ao abrigo de programa comunitário ou promovido por


outra instituição internacional ou como bolseiro de investigação, durante o período de
duração da bolsa, até ao máximo de cinco anos a contar da data do requerimento do subsídio
por cessação de atividade profissional.

• Estiver detido em estabelecimento prisional ou sujeito a outras medidas de coação privativas


da liberdade.

O que é preciso fazer para reiniciar o pagamento


1. Fazer a reinscrição no Serviço de Emprego

No entanto, se o subsídio por cessação de atividade profissional foi interrompido por estar
a receber subsídio por risco clínico durante a gravidez, subsídio por interrupção da
gravidez, subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio
parental inicial exclusivo da mãe e subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em
caso de impossibilidade do outro e subsídio por adoção, não precisa de voltar a inscrever-
se no Serviço de Emprego, mas tem que comunicar o início e fim das referidas situações.

2. Provar que já não está a trabalhar

Se esteve a trabalhar em território nacional


O reinício do pagamento das prestações de desemprego suspensas, nas situações em
que os trabalhadores (por conta de outrem, independentes economicamente dependentes,
empresários e administradores/gerentes) estiveram abrangidos por um regime de
segurança social com proteção no desemprego, depende da involuntariedade do
desemprego, a qual é avaliada com base no motivo constante da declaração de situação
de desemprego (RP5064-DGSS, RP5066-DGSS, RP5082-DGSS, consoante o caso).

Se esteve a trabalhar no estrangeiro


Apresente na Segurança Social:
• Declaração de inscrição no Serviço de Emprego

• Documento portátil U1, se esteve a trabalhar em algum país pertencente à União


Europeia, Islândia, Noruega, Listentaina ou na Suíça;

• Prova de que trabalhou no estrangeiro, autenticada pelo consulado português


desse país (se esteve a trabalhar fora da União Europeia, Islândia, Noruega,
Listentaina ou Suíça).

Se esteve em missão de voluntariado ou como bolseiro no estrangeiro

• Prova de que esteve em missão de voluntariado ou como bolseiro, consoante o

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Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

caso.

Casos em que perde o direito ao subsídio cujo pagamento está suspenso (e não pode
haver reinício do pagamento)
• Se estiver a trabalhar a recibos verdes ou com contrato há 3 anos seguidos ou mais.

• Se lhe for atribuído um novo subsídio por cessação de atividade profissional.

• Se se ausentar do país por mais de 3 meses, sem apresentar nenhum comprovativo de ter
estado a trabalhar.

• Se não regressar ao país no fim do período da missão de voluntariado (para as situações


devidamente comprovadas).

• Se não regressar ao país no fim do período de duração da bolsa (nas situações de ausência
do país como bolseiro ao abrigo de programa comunitário ou promovido por outra instituição
internacional ou como bolseiro de investigação).

• Se tiverem passado 5 anos ou mais desde a data em que inicialmente pediu o subsídio.

O subsídio por cessação de atividade profissional termina definitivamente se:


• Terminar o período durante o qual tinha direito ao subsídio.

• Passar à situação de pensionista por invalidez.

• Atingir a idade para pedir a Pensão por Velhice e estiver cumprido o prazo de garantia
para acesso à pensão de velhice.

• A inscrição para emprego no Serviço de Emprego tiver sido anulada por incumprimento
dos deveres.

• Tiver dado informações falsas, omitido informações ou usado meios fraudulentos para obter o
subsídio ou influenciar o montante das prestações a receber.

E – Outra Informação. E1 – Legislação Aplicável

No menu Documentos e Formulários, selecionar Legislação e no campo pesquisar inserir o


número/ano do diploma.

Portaria n.º 27/2020, de 31 de janeiro


Procede à atualização do valor do indexante dos apoios sociais (IAS) para o ano de 2020.

Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro.


(Orçamento do Estado para 2019): O art.º 131.º mantém a majoração do subsídio de desemprego e
subsídio por cessação de atividade.

Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro

ISS, I.P. Pág. 22/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

(Orçamento de Estado para 2018): O art.º 122.º elimina a redução de 10% do montante diário do
subsídio de desemprego efetuado após 180 dias de concessão; O art.º 123.º mantém a majoração do
subsídio de desemprego e subsídio por cessação de actividade.

Lei n.º 42/2016, de 28 dezembro


(Orçamento de Estado para 2017): O art.º 100.º mantém a majoração do subsídio de desemprego e
subsídio por cessação de actividade.

Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março (Orçamento de Estado para 2016):


- O art.º 73.º mantém o valor do IAS em 419,22 euros no ano de 2016;
- O art.º 75.º estabelece uma majoração para o subsídio de desemprego e subsídio por cessação de
atividade.

Despacho n.º 15654/2014, de 29 de dezembro


Aprova os modelos de requerimento de prestações de desemprego e declaração de situação de
desemprego, para trabalhadores independentes com atividade empresarial e membros dos órgãos
estatutários das pessoas coletivas.

Decreto-Lei n.º 12/2013, de 25 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº 53/2018, de 2 de julho.

Regime geral de proteção social na eventualidade desemprego dos membros dos órgãos estatutários
que exerçam funções de administração e gerência (MOES) e trabalhadores independentes com
atividade empresarial, comercial e industrial (TI).

Decisão n.º 1/2012, de 31 de março


Acordo entre os Estados-Membros da Comunidade Europeia e a Confederação Suíça, sobre a livre
circulação de pessoas.

Decisão do comité misto do EEE, n.º 76/2011, de 1 de julho de 2011


Acordo entre os Estados-Membros da Comunidade Europeia e Islândia, Liechtenstein e Noruega,
sobre livre circulação de pessoas.

Decreto-Lei 220/2006, de 03 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 68/2009, de 20 de março,


pela Lei n.º 5/2010, de 5 de maio, pelo Decreto-Lei n.º 72/2010, de 18 de junho, pelo Decreto-Lei n.º
64/2012, de 15 de março, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 13/2013,
de 25 de janeiro, pelo Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro, pela Lei n.º 34/2016, 24 de
agosto, pelo Decreto-Lei n.º 53-A/2017, de 31 de maio e pelo Decreto-Lei nº 53/2018, de 2 de
julho, e pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro.
Regime geral de proteção social no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Regulamento (CE) n.º 883/2004 e Regulamento (CE) n.º 987/2009

ISS, I.P. Pág. 23/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Portaria n.º 8-B/2007, de 3 de janeiro alterada pela Portaria n.º 282/2016, de 27 de outubro
Regulamenta o Decreto-Lei 220/2006, de 03 de novembro, sobre a proteção no desemprego.

E2 – Glossário

Data do desemprego
Dia imediatamente a seguir àquele em que se verificou a cessação da atividade profissional

Perguntas Frequentes

1. Os dias de subsídio por cessação de atividade profissional, contam como dias em que descontei
para a Segurança Social?
2. Os valores que recebo da Segurança Social a título de subsídio por cessação de atividade
profissional devem ser declarados para efeitos de IRS?
3. Depois de ter terminado o subsídio por cessação de atividade profissional a que tinha direito
posso pedidr o subsídio social subsequente ao subsídio por cessação de atividade profissional?
4. Um trabalhador independente com atividade empresarial, que na sequência do processo de
atualização da base de incidência e da taxa contributiva, tenha sido notificado da isenção
ofociosa de contribuir, pode ter direito ao subsídio por cessação de atividade profissional?
5. Exemplos de como se calcula o valor do subsídio por cessação de atividade profissional para
trabalhadores independentes com atividade empresarial.

1. Os dias de subsídio por cessação de atividade profissional contam como dias em que
descontei para a Segurança Social?
R: Sim. Os dias em que está a receber subsídio por cessação de atividade profissional também
contam como dias em que descontou para a Segurança Social. Durante esse período, assume-se
que os seus rendimentos são iguais ao valor do subsídio que lhe foi pago.

Atenção: Estes períodos de “registo de remunerações por equivalência à entrada de


contribuições” quando está a receber subsídio por cessação de atividade profissional não
contam para o prazo de garantia quando pedir novas prestações de desemprego (subsídio de
desemprego ou subsídio por cessação de atividade profissional).

2. Os valores que recebo da Segurança Social a título de subsídio por cessação de atividade
profissional devem ser declarados para efeitos de IRS?
R: Não. Não necessita de declarar, para efeito de IRS, os valores recebidos a título de subsídio
de por cessação de atividade profissional.

3. Depois de ter terminado o subsídio por cessação de atividade profissional a que tinha

ISS, I.P. Pág. 24/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

direito posso pedir o subsídio social subsequente ao subsídio por cessação de atividade
profissional.

R: Não. Após o fim do período de concessão do subsídio atribuído aos trabalhadores


independentes com atividade empresarial, não há lugar à atribuição do subsídio social
subsequente.

4. Um trabalhador independente com atividade empresarial que, na sequência do processo


de atualização da base de incidência e da taxa contributiva, tenha sido notificado da
isenção oficiosa de contribuir, pode ter direito ao subsídio por cessação de atividade
profissional?

R: Se não houver pagamento de contribuições, o beneficiário pode não ter direito ao subsídio por
não se encontrar preenchida uma das condições de acesso à prestação (prazo de garantia).
Para ter acesso ao subsídio por cessação de atividade profissional o beneficiário tem de ter 720
dias com registo de contribuições pagas com base na taxa de 25,2%, num período de 48 meses
imediatamente anterior à data da cessação da atividade profissional (prazo de garantia) e a
cessação da atividade profissional ter sido involuntária. No entanto, se for necessário, para
completar este prazo de 720 dias são contados outros períodos de registo de remunerações no
âmbito do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem (TCO) e do regime dos
trabalhadores independentes (TI), desde que a respetiva taxa contributiva inclua a protecção no
desemprego.

5. Exemplos de como se calcula o valor do subsídio por cessação de atividade profissional


para trabalhadores independentes com atividade empresarial.
1.ª Fase
1.º Passo
Encontrar o total de remunerações declaradas dos primeiros 12 meses dos últimos 14 a
contar do mês anterior àquele em que o beneficiário cessou a atividade empresarial.

2.º Passo
Encontrar a remuneração de referência que vai servir de base para cálculo do subsídio
por cessação de atividade profissional
RR= R/12

3.º Passo
Calcular o valor mensal do subsídio por cessação de atividade profissional
A regra geral para cálculo do subsídio por cessação de atividade profissional é 65% da RR,
sendo calculado na base de 30 dias por mês, logo:
Valor do subsídio de por cessação de atividade profissional = 65% X RR

4.º Passo
Calcular o valor líquido da remuneração de referência

ISS, I.P. Pág. 25/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

VLRR = O valor líquido da remuneração de referência obtém-se pela dedução à


remuneração de referência ilíquida do valor da taxa contributiva para Segurança Social a
cargo do trabalhador independente com atividade empresarial e da taxa de retenção do IRS.
❖ Contribuições para Segurança Social = 25,2%.

❖ Taxa do IRS = Taxa constante das tabelas de retenção de IRS de acordo com o valor
ilíquido da remuneração de referência e o agregado do beneficiário, em vigor à data em
que foi requerido o subsídio por cessação de atividade profissional.

5.º Passo

Calcular 75% do valor líquido da remuneração de referência


0,75 X VLRR.

2.ª Fase
Verificar os limites ao valor do subsídio por cessação de atividade profissional
O valor do subsídio por cessação da atividade profissional não pode:
1. Ser superior a duas vezes e meia do valor do (1.097,03€), nem inferior ao IAS (438,81€).
2. Ser superior a 75% da remuneração líquida de referência que lhe serviu de cálculo, sem
prejuízo da garantia do montante mínimo do IAS ou do valor líquido da remuneração de
referência se esta remuneração for inferior ao IAS;
− Em nenhuma circunstância, ser superior ao valor líquido da remuneração de referência
que lhe serviu de cálculo.

Exemplos de cálculos

Exemplo 1
Um empresário posicionado no escalão 0 a que corresponde uma retribuição mensal de
210,66 €.

Um empresário com uma retribuição mensal de 210,66€, correspondendo a uma RR de 210,66€


[(210,66€ X 12) : 12], e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de aplicação da
tabela de IRS, aplicável em 2020, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
− Valor do IAS = 438,81€.
− Valor do subsídio por cessação de atividade profissional = 210,66€ X 0,65 = 136,93€
− Valor líquido da remuneração referência (VLRR) = 157,57€.
(VLRR = Remuneração de referência – (contribuição para a Segurança Social (25,2%) + taxa de
IRS aplicável (neste exemplo não se aplica)) = 210,66€ – 53,09€ = 157,57€
− 75% do valor líquido remuneração referência = 157,57€ X 0,75 = 118,18€

Neste caso, o empresário tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissinal no valor
mensal de 157,57€ .

ISS, I.P. Pág. 26/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

Exemplo 2
Um empresário posicionado no escalão 1 a que corresponde uma retribuição mensal de
421,32€
Um empresário com uma retribuição mensal de 421,32€ correspondendo a uma RR de 421,32€
[(421,32€ X 12) : 12], e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de aplicação da
tabela de IRS, aplicável em 2020, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
− Valor do IAS = 438,81€.
− Valor do subsídio cessação de atividade profissional = 421,32€ X 0,65 = 273,86€.
− Valor líquido remuneração referência (VLRR) = 315,15€.
(VLRR = Remuneração de referência – (contribuição para a Segurança Social (25,2%) + taxa de
IRS aplicável (neste exemplo não se aplica)) = 421,32€ - 106,17€ = 315,15€.
− 75% do valor líquido remuneração referência = 315,15€ X 0,75 = 236,36€

Neste caso, o empresário tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional no valor
mensal de 315,15€.

Exemplo 3
Um empresário posicionado no escalão 2 a que corresponde uma retribuição mensal de 631,98 €
Um empresário com uma retribuição mensal de 631,98 € correspondendo a uma RR de, 631,98 €
[631,98€ X 12) : 12], e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de aplicação da
tabela de IRS, aplicável em 2020, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
− Valor do IAS = 438,81€.
− Valor do subsídio por cessação de atividade profissional = 631,98€ X 0,65 = 410,79€.
− Valor líquido remuneração referência (VLRR) = 472,72€.
(VLRR = Remuneração de referência – (contribuição para a Segurança Social (25,2%) + taxa de
IRS aplicável (neste exemplo não se aplica)) = 631,98€ – 159,26€ = 472,72€
− 75% do valor líquido da remuneração referência = 472,72€ X 0,75 = 354,54€.
Neste caso, o empresário tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional no valor
mensal de 438,81€.

Exemplo 4
Um empresário posicionado no escalão 3 a que corresponde uma retribuição mensal de 842,64€
Um empresário com uma retribuição mensal de 842,64€ correspondendo a uma RR de 842,64€
[(842,64€ X 12) : 12], e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de aplicação da
tabela de IRS, aplicável em 2020, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
− Valor do IAS = 438,81€.
− Valor do subsídio por cessação de atividade profissional = 842,64€ X 0,65 = 547,72€
− Valor líquido remuneração referência (VLRR) = 542,66€.

ISS, I.P. Pág. 27/28


Guia Prático – Subsídio por Cessação de Atividade Profissional para Trabalhadores Independentes com Atividade Empresarial.

(VLRR = Remuneração de referência – (contribuição para a Segurança Social (25,2%) + taxa de


IRS aplicável (neste exemplo é de 10,4%) = 842,64€ - (212,35€ + 87,63€) = 542,66€.
− € 75% do valor líquido da remuneração de referência = 542,66€ X 0,75 = 417,00€.
Neste caso, o empresário tem direito ao subsídio por cessação de atividade profissional no valor
mensal 438,81€ (IAS).

Exemplo 5
Um empresário posicionado no escalão 11 a que corresponde uma retribuição mensal de
5.055,84 €.
Um empresário com uma retribuição mensal de 5.055,84 € correspondendo a uma RR de 5.055,84€
[(5.055,84€ X 12) : 12] e no pressuposto de que é solteiro sem filhos (para efeitos de aplicação da
tabela de IRS, aplicável em 2020, para cálculo do valor líquido da RR), temos:
− Valor do IAS = 438,81€.
− Valor do subsídio por cessação de atividade profissional = 5.055,84€ X 0,65 = 3.286,30€.
− Valor líquido da remuneração de referência (VLRR) = 2.088,06€.
(VLRR = Remuneração de referência – (contribuição para a Segurança Social (25,2%) + taxa de
IRS aplicável (neste exemplo é de 33,5%)) = 5.055,84€ – (1.274,07€ + 1.693,71€) = 2.088,06€.
− 75% do Valor Líquido Remuneração Referência = 2.088,06€ X 0,75 = 1.566,05€.
Neste caso, como tanto o valor líquido da remuneração de referência como 75% desse valor são
superiores a 2,5 IAS (valor máximo de subsídio de desemprego), o empresário tem direito a
1.097,03€ (2,5 do IAS), de subsídio por cessação de atividade profissional.

ISS, I.P. Pág. 28/28

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