Exame Físico Abdominal
Exame Físico Abdominal
Exame Físico Abdominal
ABDOMINAL
VA N E S K A N A S C I M E N TO
DOC ENTE DO C URSO DE ENFERM AG EM
SEMIOLOGIA ABDOMINAL: QUAIS SÃOS
AS REGIÕES ABDOMINAIS?
A cavidade abdominal é divida por quatro planos: dois horizontais e dois verticais, delimitando
as seguintes regiões:
• Deve ser realizada nos quatro quadrantes de forma superficial para avaliar os ruídos
hidroaéreos, presença de sopros nas artéria aorta, artérias renais, ilíacas e femorais e atrito
entre o figado e o baço.
• Para os ruídos hidroaéreos, deve-se descrever a descrever intensidade (++++/IV) e se estão
presentes/normais, diminuídos ou ausentes, aumentado.
• Para avaliar alterações do fluxo aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o estetoscópio
ao longo do trajeto da aorta.
• As principais alterações a serem pesquisadas na ausculta são:
• Palpação supercial
Ela serve para avaliar:
• Sensibilidade;
• Integridade anatômica;
• Grau de distensão da parede abdominal;
• Defesa da parede abdominal (contratura da musculatura abdominal, voluntária ou involuntária);
• Continuidade da parede (hérnias, diástase dos músculos reto abdominais).
• Os pacientes com dor abdominal devem ser solicitados a localizá-la. Só então inicia-se a
palpação da área mais distante da região dolorosa, deixando esta por último. Deve ser feita
com uma mão a 45 graus ou duas mãos superpostas.
• Pontos dolorosos:
• Palpação do fígado
• No fígado devemos observar o tamanho (hepatimetria), consistência, superfície e borda e sensibilidade.
• O método de palpação mais utilizado na prática é o de Lemos Torres. Nele, o examinador com a mão
esquerda na região lombar direita do paciente tenta evidenciar o fígado para frente. Com a mão direita
espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda.
• Deve ser avaliado a borda hepática, se tem borda fina ou romba; regularidade da superfície, sensibilidade,
consistência, presença de nodulações.
• A hepatimetria deve ser realizada percutindo dois pontos:
• A partir do 5º espaço intercostal direito em direção ao rebordo
costal direito, até que haja mudança do som (de maciço para timpânico);
• A partir do apêndice xifoide
• A hepatimetria normal varia entre 6 e 12 cm na linha hemiclavicular e entre 4 e 8 cm na linha
esternal média.
• Palpação do baço
• Normalmente o baço não é palpável. Porém, quando atinge duas ou três vezes
seu tamanho normal (esplenomegalia), é possível palpá-lo.
• A técnica é digito-digital, em que o examinador posiciona uma das mãos sobre o abdome e
percute com o dedo indicador.
• Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio volume. Quando o paciente está em
decúbito dorsal o líquido acumula-se na região lateral do abdome, revelando timpanismo na
região anterior. Quando o paciente posiciona-se em decúbito lateral, o líquido desloca-se para
o mesmo lado, onde fica maciço e a região acima fica timpânica.
• Sinal de Giordano: punho-percussão das lojas renais. Se o paciente sentir dor, é positivo e
pode indicar pielonefrite aguda.
• Sinal de Jobert: percussão do hipocôndrio direito com detecção de timpanismo. É indicativo
de pneumoperitôneo (ar na cavidade abdominal).
• Sinal de Corvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável. Pode ser indicativo de neoplasia.